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Noções de Citologia, Histologia,

Anatomia e Fisiologia Humana

 CITOLOGIA

Introdução
A Biologia Celular, também chamada de Citologia, é a parte
da Biologia que se dedica ao estudo das células e suas
estruturas. É uma área bastante importante, uma vez que a
célula é a menor unidade viva de um organismo e é utilizada
para diferenciar um ser vivo daquele que não apresenta vida.
As células começaram a ser estudadas a partir dos trabalhos
com cortiça realizados por Robert Hooke em 1665. Esse
pesquisador inglês foi o primeiro a visualizar células em um
microscópio. Como ele verificou células de cortiça mortas,
acreditou que essas estruturas eram apenas câmaras vazias, daí
a denominação célula, que significa pequena cela.
Com o desenvolvimento dos microscópios e estudos mais
aprofundados em outros materiais, percebeu-se que todos os
seres vivos apresentavam células e estas eram muito mais
complexas do que as estruturas visualizadas por Hooke. Os
trabalhos do botânico Mathias Schleiden e do zoólogo
Theodor Schwann foram fundamentais para a construção da
chamada Teoria Celular, que dizia que todos os seres vivos → Todos os organismos vivos são formados por uma ou
eram compostos por células. várias células;
Em 1855, Rudolf Virchow publicou um trabalho em que ele → As células são as unidades funcionais dos seres vivos;
afirmava que todas as células originavam-se de outra célula → Uma célula somente se origina de outra existente.
preexistente. Entretanto, somente em 1878, Walther Flemming
observou o processo de divisão celular e conseguiu provar Atualmente, admite-se que as células são formadas por três
como a multiplicação das células ocorria. partes básicas: a membrana, o citoplasma e o núcleo. Vale
As conclusões obtidas nesses dois trabalhos foram destacar, no entanto, que o mais correto é admitir que todas as
incorporadas à Teoria Celular, que, atualmente, é conhecida células possuem material genético, uma vez que nem todas
por três pontos principais: possuem um núcleo delimitado por uma membrana nuclear,
também chamada de carioteca. As células que não possuem
membrana nuclear são chamadas de células procarióticas, e
as que possuem a membrana recebem a denominação de
eucarióticas.

A membrana plasmática de uma célula possui como função


principal controlar o que entra e o que sai dessa estrutura.
Graças a essa importante característica, dizemos que ela
possui permeabilidade seletiva. O modelo que melhor
representa a estrutura da membrana atualmente é o modelo do
mosaico fluido, que admite que ela é formada por uma
bicamada fosfolipídica onde estão imersas proteínas.

O citoplasma é um líquido viscoso presente entre o núcleo e a


membrana onde estão localizadas as organelas, que são
estruturas responsáveis pelas mais variadas funções da célula.
Analisando as organelas celulares, também é possível
perceber a diferença entre uma célula eucariótica e uma
procariótica. Nessas últimas são encontrados apenas
ribossomos, enquanto nas eucarióticas uma variada gama de
organelas é observada.

Veja a seguir as principais organelas visualizadas em uma


célula:
→ Retículo endoplasmático liso – Relaciona-se,

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principalmente, com a síntese de lipídios e carboidratos.  - O material genético (material cromossômico) fica dentro do
→ Retículo endoplasmático rugoso – Responsável pela núcleo (envolvido por uma membrana), portanto, separado do
síntese intensa de proteínas. citoplasma.
→ Ribossomo – Relaciona-se com a síntese de proteínas.  
→ Complexo Golgiense – Possui como principal função a Exemplos de seres vivos eucariontes:
secreção celular.  - Animais
→ Mitocôndrias – Envolvidas no processo de respiração  - Vegetais
celular.  - Protozoários
→ Lisossomo – Organela exclusiva das células animais, o  - Fungos
lisossomo está relacionado com a digestão intracelular.  - Algas (exceto as algas azuis)
→ Centríolo – Possui importante papel na divisão celular.   
→ Peroxissomo – Destrói substâncias tóxicas.
→ Cloroplasto – Atua no processo de fotossíntese, não sendo
encontrado, portanto, nas células animais.
→ Vacúolo – Relacionado com a digestão intracelular e
acúmulo de substâncias. Você sabia?
Desde o entendimento de que os seres vivos são formados por  
células até os dias atuais, muito conhecimento sobre a - Os vírus não podem ser classificados como seres eucariontes
Biologia Celular foi adquirido. Apesar disso, ainda faltam ou procariontes, pois não possuem células. Este tipo de
muitos estudos a serem realizados. classificação depende da presença de células no organismo.

 Hialoplasma
Também conhecido como citozol, o hialoplasma é um líquido
presente no interior das células dos seres vivos. É a parte
solúvel do citoplasma.
 Principais características:
Conceitos iniciais - Nas áreas periféricas do citoplasma, apresenta-se como uma
As células dos seres vivos podem ser procariontes ou matéria coloidal (espécie de gel viscoso). Já na parte interna
eucariontes. O que diferencia um tipo do outro é a (endoplasma), o hialoplasma apresenta uma consistência mais
complexidade da estrutura celular e funcionamento. Cada ser fluída;
vivo é composto de uma ou mais células de apenas um tipo,  - É composto por água, sais minerais, proteínas, açúcares e
ou seja, ou o ser vivo é procarionte ou eucarionte. aminoácidos livres;
  - Corresponde a cerca de 50% do volume da célula;
Os tipos e principais características:
  Função
 Células Procariontes - O hialoplasma (citosol) é responsável por grande parte das
  reações químicas do metabolismo celular. É no hialoplasma
- Surgiram há bilhões de anos, portanto são primitivas e que ocorre a glicólise e a biossíntese de açúcares.
possuem estrutura mais simples em relação às eucariontes. - É no hialoplasma que ocorre a produção, através de reações
- Estas células, ao contrário das eucariontes, não possuem químicas, de moléculas que formam as estruturas celulares.
núcleo separado. Desta forma, o DNA (ácido - É no hialoplasma que ocorre o armazenamento de
desoxirribonucleico) fica solto no citoplasma. substâncias de reserva usadas pelas células.
- Apresentam apenas uma organela no citoplasma que é o
ribossomo, responsável pela síntese de proteínas.  Citoplasma
- A troca de substâncias com o ambiente externo e a proteção  
são realizadas pela parede celular. Nas células dos seres eucariontes há um espaço entre a
Tem funcionamento simples membrana plasmática e a membrana nuclear. Este espaço é
denominado Citoplasma.
Exemplos de seres vivos procariontes:  O Citoplasma é composto pelo hialoplasma, uma matéria
 - Bactérias coloidal (viscosa). No Citoplasma, encontramos as organelas
- Cianobactérias (algas azuis) celulares (componentes de uma célula animal).
 
Funções do Citoplasma das células animais:
 Células Eucariontes  - Favorece a estrutura da célula, mantendo sua consistência e
  forma.
- Possuem estrutura celular mais complexa do que as  - Armazenamento de substâncias químicas essenciais para a
procariontes. manutenção da vida.
 - Apresentam membrana plasmática, responsável pela troca  
de substâncias com o meio externo e proteção. Organelas citoplasmáticas das células animais:
 - Apresentam várias organelas no citoplasma, responsáveis  
por realizar diversas funções na célula. As organelas são: - Lisossomos:
Mitocôndria, Complexo de Golgi, Centríolos, Ribossomos, Participam da digestão de substâncias orgânicas. São
Lisossomos e Retículo Endoplasmático Liso e Rugoso. organelas presentes no citoplasma da grande maioria das

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células eucariontes. No interior dos lisossomos podemos membrana nuclear externa.
encontrar grande quantidade de enzimas digestivas. Funções do RER
 Onde são formados: A proximidade com o núcleo torna a síntese de proteínas mais
Os lisossomos são formados no Complexo de Golgi (outra eficiente, uma vez que o RER pode enviar rapidamente um
importante organela presente no citoplasma). sinal para o núcleo iniciar o processo de transcrição do DNA,
 Funções dos lisossomos: e ainda quando há proteínas deformadas ou desdobradas
Fazer a degradação e digestão de partículas originárias do (inativas), há um sinal específico para melhorar o processo,
meio exterior às células; Reciclar (função de renovação caso contrário, será sinalizado que a célula deve ser
celular) outras organelas celulares que estão envelhecidas. encaminhada para uma morte programada (apoptose).
Este processo é conhecido como autofagia.

 Enzimas digestivas dos lisossomos


 As enzimas digestivas presentes em grande quantidade no
interior dos lisossomos, são originadas no retículo
endoplasmático rugoso (outra organela presente no
citoplasma).
  Curiosidade:
  - Vacúolos:  - O retículo endoplasmático foi visualizado pela primeira vez,
Presentes nos protozoários, participam da digestão em 1945, pelo biólogo belga Albert Claude.
intracelular.
 
- Centríolos:
Participam da divisão celular além de originar flagelos e
cílios.
- Retículo endoplasmático - Complexo de Golgi:

O Complexo de Golgi é a parte diferenciada do sistema de


membranas no interior celular, que se encontra tanto nas
células animais quanto nas células vegetais. Esta organela
celular se localiza entre o retículo endoplasmático (RE) e a
membrana plasmática.
LISO
O Retículo endoplasmático liso não possui ribossomos
Localização e composição do complexo de golgi
ligados à sua membrana e por isso parece liso.
O complexo de Golgi situa-se próximo do núcleo celular e é
A sua função é,basicamente, participar da produção de
formado por unidades, os dictiossomas, que estão ligados
moléculas de lipídios, em especial fosfolipídios que irão
entre si. Cada dictiossoma é composto por um conjunto de
compor a membrana das células. No entanto, dependendo do
sacos ou cisternas discóides e aplanadas, cercadas de vesículas
tipo de célula em que se encontra, o REL terá funções
secretoras de diversos tamanhos. Cada dictiossoma agrupa,
diferentes. Assim, por exemplo, ele pode estar mais
em média, seis cisternas, entretanto, em alguns casos, esta
envolvido na produção dos hormônios esteroides a partir do
quantidade pode atingir cinco vezes mais. O número de
colesterol, ou com a regulação dos níveis de cálcio no
dictiossomas pode variar desde  poucas unidades até algumas
citoplasma de células musculares estriadas.
centenas, isto ocorrerá de acordo com a função realizada pelas
células eucariotas.
RUGOSO OU GRANULOSO
Os ribossomos estão aderidos à membrana, atuando na
 Função
produção de proteínas.
 A função mais importante do Complexo de Golgi é a secreção
O retículo endoplasmático, quando associado aos ribossomos
das proteínas produzidas no retículo endoplasmático rugoso.
adquire uma aparência áspera, motivo pelo qual é chamado de
Durante este processo, as membranas das vesículas se juntam
rugoso ou granuloso. Está localizado no citoplasma, próximo
com a membrana plasmática de tal maneira, que esta se
ao núcleo, sendo a sua membrana uma continuação da
regenera.

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dizer que a mitocôndria possui duas membranas (uma externa
- Ribossomos: e outra interna). Muitas das reações químicas ocorrem em sua
Realizam a síntese de proteínas. membrana interna. A membrana externa tem a função de
Os ribossomos são pequenas granulações presentes no revestir e sustentar suas organelas.
citoplasma da célula e também na parte superficial do retículo  
endoplasmático, formando o retículo endoplasmático rugoso
(granular). 
 Origem e composição
 Os ribossomos são formados a partir das células procarióticas
e eucarióticas do núcleo celular. É composto por diversas Curiosidades sobre as mitocôndrias:
proteínas e também pelo flagelo ribossomático. Os  - As mitocôndrias também são encontradas nas células
ribossomos são ricos em ácido ribonucleico. vegetais.
 Quando atuam no processo de síntese celular, os ribossomos  - As mitocôndrias só podem ser visualizadas com o auxílio de
ficam juntos ao filamento de RNA, formando os polissomos. microscópio profissional, pois possuem dimensão diminutas
  (medem em média 0,003mm).
Funções Especiais  - As mitocôndrias não são encontradas nas células de
 Uma das principais funções dos ribossomos é atuar na síntese bactérias e algas azuis.
das proteínas. Como a célula necessita de muita proteína para  - A palavra mitocôndria é de origem grega, onde “mitos”
se desenvolver, ela possui milhares de ribossomos em seu significa linha e “chondrion” significa grânulo.
citoplasma.   - As mitocôndrias estão presentes em maior quantidade nas
 Os ribossomos atuam também na síntese das cadeias células dos músculos, coração e sistema nervoso, pois estas
polipeptídicas. necessitam de grande quantidade de energia.
- Membrana Plasmática
- Peroxissomos: A membrana plasmática, membrana celular ou plasmalema é
Processam reações oxidativas, atuando na desintoxicação das um envoltório fino, poroso e microscópico que reveste as
células. células dos seres procariontes e eucariontes.
  É uma estrutura semipermeável, responsável pelo transporte e
- Mitocôndrias: seleção de substâncias que entram e saem da célula.
Fazem a respiração celular. Toda a atividade celular requer Apenas com o desenvolvimento do microscópio eletrônico foi
energia, é através da mitocôndria que esta energia necessária possível a observação da membrana plasmática.
às atividades das células será gerada.
Funções
Como funciona a mitocôndria  As funções da membrana plasmática são:
 Para obter energia, a célula obrigatoriamente precisa de  Permeabilidade Seletiva, controle da entrada e saída
glicose. A mitocôndria tem a função de quebrar a glicose de substâncias da célula;
introduzindo oxigênio no carbono, o que resta é o gás  Proteção das estruturas celulares;
carbônico, que sairá através da expiração.  Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular,
 Este processo realizado por esta importante organela celular é garantindo a integridade da célula;
conhecido como respiração celular. Para que as células  Transporte de substâncias essenciais ao metabolismo
possam desempenhar suas funções normalmente, elas celular;
dependem de várias reações químicas que ocorrem dentro da  Reconhecimento de substâncias, graças a presença de
mitocôndria. receptores específicos na membrana.
 Apesar de sua grande importância, a mitocôndria é uma
organela celular bastante pequena. Existem células que Estrutura e Composição
possuem um grande número de mitocôndrias, contudo, a
quantidade desta organela dependerá da função de cada uma. 
 Quanto mais a célula necessitar de energia para realizar suas
funções vitais, mais mitocôndrias ela produzirá. 

Estrutura da mitocôndria

Estrutura da Membrana Plasmática

Com relação a sua estrutura, de forma simplificada podemos A membrana plasmática apresenta o denominado "modelo do

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mosaico fluido”. Ele foi desvendado pelos biólogos transporte passivo não há gasto de energia e as
estadunidenses Seymour Jonathan Singer e Garth L. Nicolson, substâncias são transportadas a favor do gradiente de
em 1972. contração.
O nome "mosaico fluido" deve-se pela presença de estruturas
flexíveis e fluidas, com grande poder de regeneração.  Transporte em Bloco: Endocitose e Exocitose -
A membrana plasmática é quimicamente constituída por Ocorre quando a célula transfere grande quantidade
lipídios (glicolipídeos, colesterol e os fosfolipídeos) e de substâncias para dentro ou para fora do seu meio
proteínas. Por isso, é reconhecida por sua composição intracelular.
lipoproteica.  Bomba de Sódio e Potássio - Passagem de íons sódio
Os fosfolipídios estão dispostos em uma camada dupla, a e potássio para a célula, devido às diferenças de suas
bicamada lipídica. Eles estão conectadas às gorduras e concentrações.
proteínas que compõem as membranas celulares.
Os fosfolipídios apresentam uma porção polar e outra apolar.  HISTOLOGIA
A porção polar é hidrofílica e volta-se para o exterior. A
porção apolar é hidrofóbica e voltada para o interior da Histologia Animal é a parte da Biologia que estuda os tecidos,
membrana. suas funções e como eles se relacionam para o funcionamento
Os fosfolipídios movem-se, porém, sem perder o contato. Isso adequado do organismo.
permite a flexibilidade e elasticidade da membrana.
As proteínas são representadas por enzimas, glicoproteínas,
proteínas transportadoras e antígenos. As proteínas podem ser A Histologia é a parte da Biologia relacionada com o estudo
transmembranas ou periféricas. dos tecidos dos seres vivos. Na imagem, observa-se um corte
 Proteínas transmembranas: atravessam a bicamada do corpúsculo renal.
lipídica lado a lado.
 Proteínas periféricas: situam-se em apenas um dos Todos os seres vivos são formados por células, estruturas
lados da bicamada. consideradas as menores unidades morfológicas e funcionais
dos organismos. Alguns seres apresentam apenas uma célula,
As enzimas que estão presentes na membrana plasmática sendo chamados de unicelulares; outros, no entanto,
possuem diversas funções catalisadoras, responsáveis por apresentam vários conjuntos dessas estruturas, sendo
facilitar as reações químicas intracelulares. considerados multicelulares. Nos organismos multicelulares,
as células com características semelhantes e que exercem a
Transporte de Substâncias mesma função geral formam os tecidos. A parte da Biologia
A membrana atua como um filtro, permitindo a passagem de que estuda a função dos tecidos e suas interações recebe o
substâncias pequenas e impedindo ou dificultando a passagem nome de Histologia.
de substâncias de grande porte. Essa propriedade é chamada
de Permeabilidade Seletiva. O termo histologia começou a ser utilizado em 1819 por
O transporte de substâncias através da membrana plasmática Mayer, que o criou baseando-se na palavra tecido, do grego
pode ser de modo passivo ou ativo: histos, proposta anos antes pelo francês Xavier Bichat. Esse
O transporte passivo ocorre sem gasto de energia. As último pesquisador denominou de tecido as estruturas
substâncias deslocam-se do meio mais concentrado para o macroscópicas encontradas no corpo que apresentavam
menos concentrado. São exemplos: diferentes texturas. Segundo Bichat, tínhamos no corpo 21
 Difusão Simples - É a passagem de partículas de tipos diferentes de tecidos.
onde estão mais concentradas para regiões em que
sua concentração é menor. Para que o estudo da histologia fosse possível, foi necessário o
 Difusão Facilitada - É a passagem, através da uso de equipamentos que possibilitassem a visualização das
membrana, de substâncias que não se dissolvem em estruturas microscópicas. Assim sendo, a histologia
lipídios, com ajuda das proteínas da bicamada desenvolveu-se juntamente à evolução dos microscópicos. A
lipídica da membrana. cada melhoria nesses equipamentos, mais descobertas eram
 Osmose - É a passagem de água de um meio menos feitas.
concentrado (hipotônico) para outro mais
concentrado (hipertônico). Entre as descobertas que os histologistas realizaram graças ao
desenvolvimento do microscópio podemos citar os princípios
O transporte ativo ocorre com gasto de energia (ATP). que compõem a teoria celular: as células constituem todas as
O transporte ativo é o que ocorre através da membrana formas de vida; são as unidades morfológicas e funcionais dos
celular com gasto de energia. organismos; e originam-se de outras preexistentes.
Nesse caso, o transporte de substâncias ocorre do local de
menor para o de maior concentração. Ou seja, contra um Além do uso de microscópio, o desenvolvimento da histologia
gradiente de concentração. esteve diretamente relacionado com o desenvolvimento de
Dentre as substâncias que podem ser transportadas técnicas que permitiram o preparo de tecidos mortos e in vivo.
ativamente através da membrana estão: íons sódio, Atualmente, o método mais utilizado é a preparação de
potássio, ferro, hidrogênio, cálcio e alguns tipos de lâminas histológicas permanentes, que são utilizadas para a
açúcares e de aminoácidos. análise em microscópios ópticos.
Transporte Ativo x Transporte Passivo: Lembre-se, no

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Para a preparação de lâminas histológicas, o histologista deve → Tecido muscular
seguir os seguintes passos: coleta, fixação, processamento, Tecido muscular estriado esquelético;
desidratação, diafanização, impregnação, microtomia, Tecido muscular estriado cardíaco;
colagem do corte à lâmina, coloração e montagem. Para a Tecido muscular não estriado.
coleta de amostra, o histologista poderá realizar uma biópsia,
uma cirurgia ampla ou a necrópsia. Feita a coleta, deve-se → Tecido nervoso
fixar o material utilizando-se calor, frio ou produtos químicos
chamados de fixadores, tais como o formol e o aldeído  Tecido Epitelial
glutárico.

Após a fixação, o material é processado, ou seja, passa por O tecido epitelial é formado por células justapostas, ou seja,
que estão intimamente unidas umas às outras através de
técnicas que permitem que ele fique coeso o suficiente para
garantir cortes. Para isso, são utilizados materiais de inclusão, junções intercelulares ou proteínas integrais da membrana.
como a parafina. Dependendo do produto a ser utilizado para
a inclusão, o tecido deve ser desidratado, ou seja, a água deve Funções do Tecido Epitelial
ser retirada. Após essa etapa, faz-se necessária a realização do A principal função do tecido epitelial é revestir a superfície
processo de diafanização, que clarifica o material, tornando-o externa do corpo, as cavidades corporais internas e os órgãos.
translúcido. No processo de impregnação, o material deve ser Ele também apresenta função secretora.
submetido a técnicas que garantam a total inclusão dos
agentes de impregnação, tais como a parafina e o polietileno São funções do tecido epitelial:
glicol. No final da impregnação, obtém-se um bloco com  Proteção e revestimento (pele);
tecido no seu interior, que é cortado com o uso do micrótomo  Secreção (estômago);
em um processo chamado de microtomia.  Secreção e absorção (intestino);
 Impermeabilização (bexiga urinária).
O material cortado é então colocado na lâmina para a colagem
e passa por técnicas de coloração, que variam de acordo com A estreita união entre as suas células fazem do tecido epitelial
o tecido a ser verificado e com a estrutura que se pretende uma barreira eficiente contra a entrada de agentes invasores e
observar. Por fim, temos a montagem da lâmina, que consiste a perda de líquidos corporais.
na retirada da água e na colocação do meio de montagem e da
lamínula para selar o corte. Características do tecido epitelial
 Células muito próximas, com pouco material
Com a preparação dessas lâminas, garantiu-se uma grande extracelular entre elas;
evolução no estudo da histologia, além de permitir que o  Células unidas de forma bem organizada;
material ficasse em perfeito estado por muito mais tempo. A  Possui suprimento nervoso;
vantagem do maior prazo de conservação é que estruturas  Não possui vasos (avascular);
podem ser analisadas por vários pesquisadores em diferentes  Alta capacidade de renovação (mitose) e
momentos sem que haja perda do material. regeneração;
 Nutrição e oxigenação por difusão pela lâmina basal.
Atualmente, pode-se classificar os tecidos dos seres humanos
em quatro diferentes grupos utilizando como critério suas  Tipos de Tecido Epitelial
diferenças morfológicas e suas funções no organismo. Esses
tecidos são: tecido epitelial, conjuntivo, muscular e
nervoso. De acordo com a sua função, existem dois tipos de tecido
epitelial: de revestimento e glandular. No entanto, pode haver
células com função secretora no epitélio de revestimento.
Além da divisão desses quatro grupos, podemos classificá-los
em outros subtipos, tais como:

→ Tecido epitelial
Tecido epitelial de revestimento;
Tecido epitelial glandular.

→ Tecido conjuntivo
Tecido conjuntivo propriamente dito;

→ Tecido adiposo;

→ Tecido cartilaginoso;

→ Tecido ósseo;
Tecido hematopoético.

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 Epitélio Prismático: as células são alongadas, em
forma de coluna;
 Epitélio de Transição: a forma original das células é
cúbica, mas ficam achatadas devido ao estiramento
provocado pela dilatação do órgão.

 Tecido epitelial glandular

As células do tecido epitelial glandular possuem as mesmas


características do epitélio de revestimento, no entanto, ao
contrário delas raramente são encontradas em camadas.
Portanto, suas células são muito unidas e geralmente dispostas
em uma única camada.
Os epitélios glandulares são tecidos com função secretora,
que constituem órgãos especializados chamados glândulas.

Tipos de tecido epitelial

Tecido epitelial de revestimento


Os epitélios são constituídos por uma ou mais camadas de
células com diferentes formas, com pouco ou quase nenhum
fluido intersticial (substância entre as células) e vasos entre
elas. Formação do tecido epitelial
Porém, todo epitélio está situado sobre uma malha As células epiteliais secretoras são capazes de sintetizar
glicoproteica denominada lâmina basal, que tem a função de moléculas, a partir de moléculas precursoras menores, ou
promover a troca de nutrientes entre o tecido epitelial e o modificá-las.
tecido conjuntivo adjacente. As células de secreção também podem estar isoladas entre as
células do epitélio de revestimento, ou formando esse epitélio.
Por exemplo, revestindo a cavidade do estômago ou parte do
De acordo com as camadas celulares, os epitélios podem ser
aparelho respiratório.
classificados em:
 Epitélio Simples: são formados por uma única
As glândulas e o tecido epitélio granular
camada de células;
 Epitélio Estratificado: possuem mais de uma A maioria das glândulas do corpo humano são formadas a
camada de células; partir do epitélio glandular. Elas podem ser de dois tipos:
 Epitélio Pseudo-Estratificado: são formados por exócrinas ou endócrinas.
uma única camada de células, mas possui células de Nas glândulas endócrinas a ligação com o epitélio de
com alturas diferentes, dando a impressão de ser revestimento deixa de existir, as células se reorganizam em
estratificado. folículos (tireoide) ou em cordões (adrenal, paratireoide,
ilhotas de Langerhans).
O tecido epitelial da pele humana apresenta células bastante
unidas, sendo este um epitélio estratificado. Isso porque a As glândulas exócrinas são formadas de duas partes: uma
função da pele é evitar a entrada de corpos estranhos no parte secretora (formada pelas células de secreção) e um ducto
organismo, agindo como uma espécie de barreira protetora, excretor (composto de células epiteliais de revestimento). O
além de proteger contra o atrito, raios solares e produtos ducto lança as secreções dentro de cavidades internas
químicos. (glândulas salivares) ou para o exterior do corpo (glândulas
Já o tecido epitelial que cobre os órgãos é simples, pois o sudoríparas e sebáceas).
tecido não pode ser tão espesso devido à necessidade de trocas
de substâncias.  Tecido Conjuntivo
Os epitélios também são classificados quanto à forma das → Características gerais do tecido conjuntivo
células: O tecido conjuntivo origina-se de um tecido embrionário
 Epitélio Pavimentoso: possui células achatadas; denominado de mesênquima e possui vários tipos celulares,
 Epitélio Cúbico: as células apresentam-se em forma que estão separados uns dos outros por uma matriz
de cubo; extracelular de quantidade variável. Essa matriz é composta

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por proteínas fibrosas e uma substância viscosa, denominada  Nutrição dos tecidos epiteliais;
de substância fundamental, que é formada basicamente por
glicosaminoglicanas e proteoglicanas.  Proteção de órgãos internos;
O tecido conjuntivo, de modo geral, apresenta três
componentes básicos: células, fibras e substância  Reserva energética (células adiposas);
fundamental. As células desse tecido são variadas e podem
pertencer a dois grupos principais: células residentes e  Defesa contra organismos patogênicos;
células transientes. As células residentes são aquelas que
estão permanentemente em um tecido conjuntivo, e as  Produção de células sanguíneas.
transientes são aquelas que migram pelos tecidos conjuntivos
do corpo. Os tecidos conjuntivos têm origem mesodérmica.
Caracterizam-se morfologicamente por apresentarem diversos
→ Classificação dos tecidos conjuntivos tipos de células imersas em grande quantidade de material
Os tecidos conjuntivos podem ser classificados de diversas extracelular, substância amorfa ou matriz, que é sintetizado
formas. Veja na ilustração a seguir a classificação dos pelas próprias células do tecido.
principais tipos: A matriz é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e
transparente. É constituída principalmente por água e
glicoproteínas e uma parte fibrosa, de natureza protéica, as
fibras do conjuntivo.
As células conjuntivas são de diversos tipos. As principais são
apresentadas a seguir.

 Fibroblasto
Célula metabolicamente ativa, contendo longos e finos
prolongamentos citoplasmáticos. Sintetiza o colágeno e as
substâncias da matriz (substância intercelular).

Observe que os tecidos conjuntivos podem ser classificados em dois grupos


principais

O tecido conjuntivo propriamente dito está espalhado  Macrófago


amplamente pelo nosso organismo. Ele pode ser dividido em
frouxo e denso. O frouxo apresenta fibras que não estão Célula ovoide, podendo conter longos prolongamentos
firmemente arranjadas, e o denso possui grande quantidade de citoplasmáticos e inúmeros lisossomos. Responsável pela
fibras intimamente entrelaçadas. O tecido conjuntivo denso fagocitose e pinocitose de partículas estranhas ou não ao
pode ser ainda classificado em modelado e não modelado. organismo. Remove restos celulares e promove o primeiro
Enquanto o não modelado apresenta fibras dispostas de combate aos microrganismos invasores do nosso organismo.
maneira desordenada, no modelado as fibras estão orientadas Ativo no processo de involução fisiológica de alguns órgãos
de forma paralela. ou estrutura. É o caso do útero que, após o parto, sofre uma
Os tecidos conjuntivos especiais apresentam células e funções redução de volume.
bastante distintas. Entre os principais tipos, podemos citar o
tecido adiposo, que possui células que armazenam
substâncias lipídicas; o tecido cartilaginoso, que forma
nossas cartilagens, tais como aquelas encontradas no nosso
nariz e orelha; o tecido ósseo, que forma os ossos do nosso
esqueleto; e o tecido hematopoiético, que atua na formação
das células sanguíneas. Alguns autores consideram ainda o
sangue como um tipo especial de tecido conjuntivo em que a
matriz está presente no estado líquido.
 Mastócito
→ Funções do tecido conjuntivo Célula globosa, grande, sem prolongamentos e repleta de
Entre as principais funções desse tecido no nosso corpo, grânulos que dificultam, pela sua quantidade, a visualização
podemos citar: do núcleo. Os grânulos são constituídos de heparina
(substância anticoagulante) e histamina (substância envolvida
nos processos de alergia). Esta última substância é liberada em
 Sustentação de tecidos e órgãos;
ocasiões de penetração de certos antígenos no organismo e seu
 Preenchimento de espaço entre os tecidos;

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contato com os mastócitos, desencadeando a conseqüente por três componentes principais: células de vários tipos, três
reação alérgica. tipos de fibras e matriz.

 Tipos de fibras
As fibras presentes no tecido conjuntivo frouxo são de três
tipos: colágenas, elásticas e reticulares.
As fibras colágenas são constituídas de colágeno, talvez a
proteína mais abundante no reino animal. São grossas e
resistentes, distendendo-se pouco quando tensionadas. As
fibras colágenas presentes na derme conferem resistência a
nossa pele, evitando que ela se rasgue, quando esticada.
 Plasmócito

Célula ovoide, rica em retículo endoplasmático rugoso (ou


granular). Pouco numeroso no conjunto normal, mas
abundante em locais sujeitos à penetração de bactérias, como
intestino, pele e locais em que existem infecções crônicas.
Produtor de todos os anticorpos no combate a
microorganismos. É originado no tecido conjuntivo a partir da
diferenciação de células conhecidas como linfócitos B.

As fibras elásticas são longos fios de uma proteína chamada


elastina. Elas conferem elasticidade ao tecido conjuntivo
frouxo, completando a resistência das fibras colágenas.
Quando você puxa e solta à pele da parte de cima da mão, são
as fibras elásticas que rapidamente devolvem à pele sua forma
original. A perda da elasticidade da pele, que ocorre com o
Os diferentes tipos de tecido conjuntivo estão amplamente envelhecimento, deve-se ao fato de as fibras colágenas irem,
distribuídos pelo corpo, podendo desempenhar funções de com a idade, se unindo umas às outras, tornando o tecido
preenchimento de espaços entre órgãos, função de conjuntivo mais rígido.
sustentação, função de defesa e função de nutrição.
A classificação desses tecidos baseia-se na composição de
suas células e na proporção relativa entre os elementos da
matriz extracelular. Os principais tipos de tecidos conjuntivos
são: frouxo, denso, adiposo, reticular ou hematopoiético,
cartilaginoso e ósseo.
O tecido conjuntivo frouxo preenche espaços não ocupados
por outros tecidos, apoia e nutre células epiteliais, envolve
nervos, músculos e vasos sanguíneos linfáticos. Além disso,
faz parte da estrutura de muitos órgãos e desempenha
importante papel em processos de cicatrização. As fibras reticulares são ramificadas e formam um trançado
firme que liga o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos.

 Tipos de células

O tecido conjuntivo frouxo contém dois principais de células:


fibroblastos e macrófagos.
Os fibroblastos têm forma estrelada núcleo grande. São eles
que fabricam e secretam as proteínas que constituem as fibras
e a substância amorfa.
Os macrófagos são grandes e ameboides, deslocando-se
continuamente entre as fibras à procura de bactérias e restos
de células. Sua função é limpar o tecido, fagocitando agentes
infecciosos que penetram no corpo e, também, restos de
células mortas. Os macrófagos, alem disso identificam
substâncias potencialmente perigosas ao organismo, alertando
É o tecido de maior distribuição no corpo humano. Sua o sistema de defesa do corpo.
substância fundamental é viscosa e muito hidratada. Essa
viscosidade representa, de certa forma, uma barreira contra a
penetração de elementos estranhos no tecido. É constituído

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Outros tipos celulares presentes no tecido conjuntivo frouxo são as células
mesenquimatosas e os plasmócitos. As células mesenquimatosas são dotadas
de alta capacidade de multiplicação e permitem a regeneração do tecido
Nesse tecido a substância intracelular é reduzida, e as células,
conjuntivo, pois dão origem a qualquer tipo de célula nele presente. Os
plasmócitos são células especializadas em produzir os anticorpos que ricas em lipídios, são denominadas células adiposas. Ocorre
combatem substâncias estranhas que penetram no tecido. principalmente sob a pele, exercendo funções de reserva de
No tecido conjuntivo denso há predomínio de fibroblastos e energia, proteção contra choques mecânicos e isolamento
fibras colágenas. Dependendo do modo de organização dessas térmico. Ocorre também ao redor de alguns órgãos como os
fibras, esse tecido pode ser classificado de diferentes formas, rins e o coração.
como veremos a seguir.

 Classificações:

 não modelado: formado por fibras colágenas


entrelaçadas, dispostas em feixes que não apresentam
orientação fixa, o que confere resistência e As células adiposas possuem um grande vacúolo central de
elasticidade. Esse tecido forma as cápsulas gordura, que aumenta ou diminui, dependendo do
envoltórias de diversos órgãos internos, e forma metabolismo: se uma pessoa come pouco ou gasta muita
também um a derme, tecido conjuntivo da pele; energia, a gordura das células adiposas diminui; caso
contrário, ela se acumula. O tecido adiposo atua como reserva
de energia para momentos de necessidade.

 modelado: formado por fibras colágenas dispostas


em feixes com orientação fixa, dando ao tecido
características de maior resistência à tensão do que a
dos tecidos não-modelados e frouxo; ocorre nos
tendões, que ligam os músculos aos ossos, e nos
ligamentos, que ligam os ossos entre si.
O tecido cartilaginoso, ou simplesmente cartilagem,
apresentam consistência firme, mas não é rígido como o
tecido ósseo. Tem função de sustentação, reveste superfícies
articulares facilitando os movimentos e é fundamental para o
crescimento dos ossos longos.
Nas cartilagens não há nervos nem vasos sanguíneos. A
nutrição das células desse tecido é realizada por meio dos
vasos sanguíneos do tecido conjuntivo adjacente.

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A cartilagem é encontrada no nariz, nos anéis da traqueia e
dos brônquios, na orelha externa (pavilhão auditivo), na
epiglote e em algumas partes da laringe. Além disso,
existem discos cartilaginosos entre as vértebras, que
amortecem o impacto dos movimentos sobre a coluna
vertebral. No feto, o tecido cartilaginoso é muito abundante,
pois o esqueleto é inicialmente formado por esse tecido, que
depois é em grande parte substituído pelo tecido ósseo.
O tecido cartilaginoso forma o esqueleto de alguns animais
vertebrados, como os cações, tubarões e raias, que são, por
isso, chamados de peixes cartilaginosos.
Há dois tipos de células nas cartilagens: os condroblastos (do Todas as células do sangue são originadas na medula óssea
grego chondros, cartilagem, e blastos, “célula jovem”), que vermelha a partir das células indiferenciadas pluripotentes
produzem as fibras colágenas e a matriz, com consistência de (células-tronco). Como consequência do processo de
borracha. Após a formação da cartilagem, a atividade dos diferenciação celular, as células-filhas indiferenciadas
condroblastos diminui e eles sofrem uma pequena retração de assumem formas e funções especializadas.
volume, quando passam a ser chamados de condrócitos (do
grego chondros, cartilagem, e kytos, célula). Cada condrócito Plaquetas
fica encerrado no interior de uma lacuna ligeiramente maior Plaquetas são restos celulares originados da fragmentação de
do que ele, moldada durante a deposição da matriz células gigantes da medula óssea, conhecidas como
intercelular. megacariócitos. Possuem substâncias ativas no processo de
As fibras presentes nesse tecido são as colágenas e as coagulação sanguínea, sendo, por isso, também conhecidas
reticulares. como trombócitos (do grego, thrombos = coágulo), que
impedem a ocorrência de hemorragias.
Glóbulos vermelhos
Glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos (do grego,
eruthrós = vermelho, e kútos = célula) são anucleados,
possuem aspecto de disco bicôncavo e diâmetro de cerca de
7,2 m m. São ricos em hemoglobina, a proteína responsável
pelo transporte de oxigênio, a importante função
desempenhada pelas hemácias.

Glóbulos brancos
Glóbulos brancos, também chamados de leucócitos (do grego,
Legenda: leukós = branco), são células sanguíneas envolvidas com a
1. Condroblasto defesa do organismo.
2. Condrócito Essa atividade pode ser exercida por fagocitose ou por meio
3. Grupo Isógeno da produção de proteínas de defesa, os anticorpos.
4. Matriz Cartilaginosa Costuma-se classificar os glóbulos brancos de acordo com a
presença ou ausência, em seu citoplasma, de grânulos
específicos e agranulócitos, os que não contêm granulações
 Tecido conjuntivo sanguíneo específicas, comuns a qualquer célula.

O sangue (originado pelo tecido hemocitopoiético) é um


tecido altamente especializado, formado por alguns tipos de Glóbulos Brancos Características Função
células, que compõem a parte figurada, dispersas num meio
G Célula com
líquido – o plasma -, que corresponde à parte amorfa. Os Atuam
R diâmetro entre
constituintes celulares são: glóbulos vermelhos (também ativamente na
A 10 e 14 mm;
denominados hemácias ou eritrócitos); glóbulos brancos fagocitose de
N nucleo pouco
(também chamados de leucócitos). microorganis-
U volumoso,
O plasma é composto principalmente de água com diversas mos invasores,
L contendo 2 a 5
substâncias dissolvidas, que são transportadas através dos a partir da
Ó lóbulos, ligados
vasos do corpo. emissão de
C por pontes
pseudópodes.
I cromatínicas.
Constituem e
T Cerca de 55% a
primeira linha
O 65% dos
de defesa do
S glóbulos
sangue.
brancos.
Célula com Células
diâmetro entre fagocitárias.
10 e 14 mm, Atuação em

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inervada e irrigada, os ossos apresentam sensibilidade, alto
metabolismo e capacidade de regeneração.
núcleo doênças Quando um osso é serrado, percebe-se que ele é formado por
contendo dois alérgicas. duas partes: uma sem cavidades, chamada osso compacto, e
lóbulos. Cerca Abundantes na outra com muitas cavidades que se comunicam, chamada osso
de 2% a 3% do defesa contra esponjoso.
total de diversos
leucócitos. parasitas.

Célula com
diâmetro que
varia entre 10 e Acredita-se que
14 mm. Núcleo atuem em
volumoso com processos
forma de S. alérgicos, a
Cerca de 0,5 % exemplo dos
do total dos mastócitos.
glóbulos
brancos.
Responsáveis
pela defesa
imunitária do
A organismo.
Célula com
G Linfócitos B
diâmetro que
R diferenciam-se
varia entre 8 a
A em
10 mm. Dois
N plasmócitos, as
tipos básicos: B
U células
e T. Núcleo
L produtoras de Essa classificação é de ordem macroscópica, pois quando
esférico. Cerca
Ó anticorpos. essas partes são observadas no microscópio nota-se que ambas
de 25% a 35%
C Linfócitos T são formadas pela mesma estrutura histológica. A estrutura
do total de
I amadurecem no microscópica de um osso consiste de inúmeras unidades,
leucócitos.
T timo, uma chamadas sistemas de Havers. Cada sistema apresenta
O glândula camadas concêntricas de matriz mineralizada, depositadas ao
S localizada no redor de um canal central onde existem vasos sanguíneos e
tórax. nervos que servem o osso.
Acredita-se que
Célula com atravessem as Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade
diâmetro entre paredes dos medular e com a superfície externa do osso por meio de canais
15 e 20 mm. capilares transversais ou oblíquos, chamados canais perfurantes (canais
Núcleo em sanguíneos e, de Volkmann). O interior dos ossos é preenchido pela medula
forma de nos tecidos, óssea, que pode ser de dois tipos: amarela, constituída por
ferradura. diferenciam-se tecido adiposo, e vermelha, formadora de células do
Cerca de 10 % em macrófagos sangue.
do total dos ou osteoclastos,
glóbulos células
brancos. especializadas
em fagocitose.

 Tecido conjuntivo ósseo


O tecido ósseo tem a função de sustentação e ocorre nos ossos
do esqueleto dos vertebrados.
É um tecido rígido graças à presença de matriz rica em sais
de cálcio, fósforo e magnésio. Além desses elementos, a
matriz é rica em fibras colágenas, que fornecem certa
flexibilidade ao osso.  Tipos de células do osso
Os ossos são órgãos ricos em vasos sanguíneos. Além do As células ósseas ficam localizadas em pequenas cavidades
tecido ósseo, apresentam outros tipos de tecido: reticular, existentes nas camadas concêntricas de matriz mineralizada.
adiposo, nervoso e cartilaginoso. Por serem um estrutura

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Quando jovens, elas são chamadas osteoblastos (do grego crescimento de novo tecido ósseo.
osteon, osso, e blastos, “célula jovem”) e apresentam longas
projeções citoplasmáticas, que tocam os osteoblastos vizinhos. Com o envelhecimento, o sistema esquelético sofre a perda de
Ao secretarem a matriz intercelular ao seu redor, os cálcio. Ela começa geralmente aos 40 anos nas mulheres e
osteoblastos ficam presos dentro de pequenas câmeras, das continua até que 30% do cálcio nos ossos seja perdido, por
quais partem canais que contêm as projeções citoplasmáticas. volta dos 70 anos. Nos homens, a perda não ocorre antes dos
Quando a célula óssea se torna madura, transforma-se em 60 anos. Essa condição é conhecida como osteoporose.
osteócito (do grego osteon, osso, e kyton, célula), e seus Outro efeito do envelhecimento é a redução da síntese de
prolongamentos citoplasmáticos se retraem, de forma que ela proteínas, o que diminui a produção da parte orgânica da
passa a ocupar apenas a lacuna central. Os canalículos onde matriz óssea. Como consequência, há um acúmulo de parte
ficavam os prolongamentos servem de comunicação entre inorgânica da matriz. Em alguns indivíduos idosos, esse
uma lacuna e outra, e é através deles que as substâncias processo causa uma fragilização dos ossos, que se tornam
nutritivas e o gás oxigênio provenientes do sangue até as mais susceptíveis a fraturas.
células ósseas. O uso de aparelhos ortodônticos é um exemplo de
Além dos osteoblastos e dos osteócitos, existem outras células remodelação dos ossos, neste caso, resultando na remodelação
importantes no tecido ósseo: os osteoclástos (do grego klastos, da arcada dentária.
quebrar, destruir). Essas células são especialmente ativas na Os aparelhos exercem forças diferentes daquelas a que os
destruição de áreas lesadas ou envelhecidas do osso, abrindo dentes estão naturalmente submetidos. Nos pontos em que há
caminho para a regeneração do tecido pelos osteoblastos. Os pressão ocorre reabsorção óssea, enquanto no lado oposta há
cientistas acreditam que os ossos estejam em contínua deposição de matriz. Assim, os dentes movem-se pelos ossos
remodelação, pela atividade conjunta de destruição e da arcada dentária e passam a ocupar a posição desejada.
reconstrução empreendidas, respectivamente, pelos
osteoclastos e osteoblastos. Você encontrará mais informações  Tecidos musculares
sobre os osteoclastos no texto sobre remodelação óssea.
Os tecidos musculares são de origem mesodérmica e
relacionam-se com a locomoção e outros movimentos do
corpo, como a contração dos órgãos do tubo digestório, do
coração e das artérias.
As células dos tecidos musculares são alongadas e recebem o
nome de fibras musculares ou miócitos. Em seu citoplasma,
são ricas em dois tipos de filamento protéico: os de actina e
os de miosina, responsáveis pela grande capacidade de
contração e distensão dessas células.
Quando um músculo é estimulado a se contrair, os filamentos
de actina deslizam entre os filamentos de miosina. A célula
diminui em tamanho, caracterizando a contração.

Tipos de tecido muscular


Há três tipos de tecido muscular: estriado esquelético,
O crescimento e a remodelação normais dependem de estriado cardíaco e liso. Cada um deles tem características
vários fatores próprias, adequadas ao papel que desempenham no
 suficientes quantidades de cálcio e fósforo devem organismo.
estar presentes na dieta alimentar do indivíduo;
 deve-se obter suficiente quantidade de vitaminas,
principalmente vitamina D, que participa na absorção
do cálcio ingerido;
 o corpo precisa produzir os hormônios responsáveis
pela atividade do tecido ósseo:

- Hormônio de crescimento (somatotrofina): secretado pela


hipófise, é responsável pelo crescimento dos ossos;

- Calcitonina: produzida pela tireoide, inibe a atividade


osteoclástica e acelera a absorção de cálcio pelos ossos;

- Paratormônio: sintetizado pelas paratireoides, aumenta a


atividade e o número de osteoclastos, elevando a taxa de
cálcio na corrente sanguínea;

- Hormônios sexuais: também estão envolvidos nesse


processo, ajudando na atividade osteoblástica e promovendo o

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Tecido muscular estriado esquelético

O tecido muscular estriado esquelético constitui a maior


parte da musculatura do corpo dos vertebrados, formando
o que se chama popularmente de carne.
Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa
aos ossos, daí ser chamada de esquelética. Esse tipo de tecido
apresenta contração voluntária (que depende da vontade do
indivíduo).
Um músculo esquelético é um pacote de longas fibras. Cada
uma delas é uma célula dotada de muitos núcleos, chamado
miócitos multinucleados. Um fibra muscular pode medir
vários centímetros de comprimento, por 50 mm de espessura.

Na contração muscular, os miofilamentos não diminuem de


tamanho, mas os sarcômeros ficam mais curtos e toda a célula
muscular se contrai. O encurtamento dos sarcômeros ocorre
em função do deslizamento dos miofilamentos finos sobre os
grosso, havendo maior sobreposição entre eles: a banda I
diminui de tamanho, pois os filamentos de actina deslizam
sobre os de miosina, penetram na banda A e reduzem a
A célula muscular estriada apresenta, no seu citoplasma,
largura da banda H.
pacotes de finíssimas fibras contráteis, as miofibrilas,
A membrana plasmática da célula muscular estriada
dispostas longitudinalmente. Cada miofibrila corresponde a
esquelética costuma ser chamada sarcolema (do grego,
um conjunto de dois tipos principais de proteínas: as miosina,
sarcos, carne).
espessas, e as actinas, finas. Esses proteínas estão
organizados de tal modo que originam bandas transversais,
claras e escuras, características das células musculares
estriadas, tanto as esqueléticas como as cardíacas.

Os filamentos de miosina formam bandas escuras, chamadas


anisotrópicas (banda A), e os de actina, bandas claras,
chamadas isotrópicas (banda I).
No centro de cada banda I aparece uma linha mais escura,
chamada linha Z. O intervalo entre duas linhas Z  Tecido muscular estriado cardíaco
consecutivas constitui um miômetro ou sarcômero e
correspondem à unidade contrátil da célula muscular.
No centro de cada banda A existe uma faixa mais clara, Apresenta miócitos estriados com um ou dois núcleos
chamada banda H, bem visível nas células musculares centrais. Esse tecido ocorre apenas no coração e apresenta
relaxadas e que vai desaparecendo à medida que a contração contração independente da vontade do indivíduo (contração
muscular ocorre. involuntária).
No músculo cardíaco essa contração é vigorosa e rítmica.

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Os miócitos se apresentam uninucleados e fusiformes, isto é,
alongadas e coam as extremidades afiladas. Nessas células a
Essas células musculares são menores e ramificadas, contração é involuntária e lenta. Você pode decidir quando
intimamente unidas entre si por estruturas especializadas e lavar as suas mãos, mas não controla conscientemente os
típicas da musculatura cardíaca: os discos intercalares, que movimentos de seu estômago ou a contração de seu coração.
fazem a conexão elétrica entre todas as células do coração. Ocorre nas artérias, sendo responsável por sua contração;
Assim, se uma célula receber um estímulo suficientemente ocorre também no esôfago, no estômago e nos intestinos,
forte, ele é transmitido a todas as outras células e o coração sendo responsável pelo peristaltismo (ou peristalse) nesses
como um todo se contrai. órgãos. Os movimentos peristálticos são contrações em ondas
Essa transmissão do estímulo é feita por canais de passagem que deslocam o material alimentar dentro desses órgãos do
de água e íons entre as células, que facilita a difusão do sinal sistema digestório.
iônico entre uma célula e outra, determinando a onda rítmica
de contração das células. Os discos intercalares possuem
estruturas de adesão entre células que as mantêm unidas  Tecido nervoso
mesmo durante o vigoroso processo de contração da
musculatura cardíaca.
Os seres vivos reagem aos estímulos ambientais. Mudanças
nas condições do ambiente, tais como sons, choques, calor e
frio, são percebidas pelo organismo, que reage adotando uma
postura correspondente ao estímulo.
Embora sejam os músculos que respondem aos estímulos, é o
tecido nervoso o responsável por sua recepção e escolha da
resposta adequada.
O tecido nervoso tem origem ectodérmica, nele a substância
intercelular praticamente não existe. Os principais
componentes celulares são os neurônios e as células da glia.
As células da glia ou neuroglia são vários tipos celulares
relacionados com a sustentação e a nutrição dos neurônios,
As células musculares cardíacas são capazes de auto- com a produção de mielina e com a fagocitose.
estimulação, não dependendo de um estímulo nervoso para Os neurônios, ou células nervosas, têm a propriedade de
iniciar a contração. As contrações rítmicas do coração são receber e transmitir estímulos nervosos, permitindo ao
geradas e conduzidas por uma rede de células musculares organismo responder a alteração do meio. Os neurônios são
cardíacas modificadas que se localizam logo abaixo do alongados, podendo atingir, em alguns casos, cerca de 1 metro
endocárdio, tecido que reveste internamente o coração. de comprimento, como nos neurônios que se estendem desde
Existem numerosas terminações nervosas no coração, mas o nossas costas até o pé. São células formadas por um corpo
sistema nervoso atua apenas regulando o ritmo cardíaco às celular ou pericário, de onde partem dois tipos de
necessidades do organismo. prolongamento: dendritos e axônio.
Os dentritos são prolongamentos ramificados da célula
 Tecido muscular liso ou não-estriado especializados em receber estímulos, que também podem ser
recebidos pelo corpo celular. O impulso nervoso é sempre
transmitido no sentido dendrito – corpo – axônio.
As células musculares lisas não apresentam estriação
transversal, característica das células musculares esqueléticas
e cardíacas.
A razão disso é que os filamentos de actina e miosina não se
encontram alinhados ao longo do comprimento da célula.
Acredita-se que eles estejam arranjados em espiral dentro da
fibra muscular lisa.

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O axônio é uma expansão celular fina, alongada e de diâmetro
constante, com ramificações em sua porção final, de modo
que o impulso pode ser transmitido simultaneamente a vários
destinos. É uma estrutura especializada na transmissão de
impulsos nervosos para outros neurônios ou para outros tipos
celulares, como as células de órgãos efetores (musculares e
glandulares).

Células de Schwann
Certos tipos de neurônios são envolvidos por células
especiais, as células de Schwann.
Essas células se enrolam dezenas de vezes em torno do axônio
e formam uma capa membranosa, chamada bainha de mielina.
A bainha de mielina atua como um isolamento elétrico e
aumenta a velocidade de propagação do impulso nervoso ao
longo do axônio.
 Transmissão do impulso nervoso

Em um neurônio, os estímulos se propagam sempre no mesmo


sentido: são recebidos pelos dendritos, seguem pelo corpo
celular, percorrem o axônio e, da extremidade deste, são
passados à célula seguinte (dendrito – corpo celular –
axônio).
O impulso nervoso que se propaga através do neurônio é de
origem elétrica e resulta de alterações nas cargas elétricas das
superfícies externa e interna da membrana celular.
Na doença degenerativa conhecida como esclerose múltipla,
por exemplo, ocorre uma deterioração gradual da bainha de A membrana de um neurônio em repouso apresenta-se com
mielina, resultando na perda progressiva da coordenação carga elétrica positiva do lado externo (voltado para fora da
nervosa. célula) e negativa do lado interno (em contato com o
citoplasma da célula). Quando essa membrana se encontra em
Células da glia tal situação, diz-se que está polarizada. Essa diferença de
O tecido nervoso apresenta outras células auxiliares que dão cargas elétricas é mantida pela bomba de sódio e potássio.
suporte ao funcionamento do sistema nervoso: são as células Assim separadas, as cargas elétricas estabelecem uma energia
da glia ou gliais. Elas diferem em forma e função, cada uma elétrica potencial através da membrana: o potencial de
desempenha um papel diferente na estrutura e no membrana ou potencial de repouso (diferença entre as cargas
funcionamento do tecido nervoso. elétricas através da membrana).
Os astrócitos dão suporte mecânico e fornecem alimento à
complexa e delicada rede de circuitos nervosos. Os
oligodendrócitos desempenham função equivalente à das
células de Schwann, formando bainhas protetoras sobre os
neurônios que ficam no encéfalo e na medula espinhal. As
micróglias são um tipo especializado de macrófago cuja
função é fagocitar detritos e restos celulares presentes no
tecido nervoso.

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A transmissão do impulso nervoso de um neurônio a outro ou
às células de órgãos efetores é realizada por meio de uma
região de ligação especializada denominada sinapse.
O tipo mais comum de sinapse é a química, em que as
membranas de duas células ficam separadas por um espaço
chamado fenda sináptica.
Na porção terminal do axônio, o impulso nervoso proporciona
a liberação das vesículas que contêm mediadores químicos,
denominados neurotransmissores. Os mais comuns são
acetilcolina e adrenalina.

Esses neurotransmissores caem na fenda sináptica e dão


origem aos impulsos nervosos na célula seguinte. Logo a
seguir, os neurotransmissores que estão na fenda sináptica são
Quando um estímulo químico, mecânico ou elétrico chega ao degradados por enzimas específicas, cessando seus efeitos.
neurônio, pode ocorrera alteração da permeabilidade da
membrana, permitindo grande entrada de sódio na célula e
pequena saída de potássio dela. Com isso, ocorre uma
inversão das cargas ao redor dessa membrana, que fica
despolarizada gerando um potencial de ação. Essa
despolarização propaga-se pelo neurônio caracterizando o
impulso nervoso.

Imediatamente após a passagem do impulso, a membrana


sofre repolarização, recuperando seu estado de repouso, e a
transmissão do impulso cessa.

O estímulo que gera o impulso nervoso deve ser forte o


suficiente, acima de determinado valor crítico, que varia entre No sistema nervoso, verifica-se que os neurônios dispõem-se
os diferentes tipos de neurônios, para induzir a despolarização diferenciadamente de modo a dar origem a duas regiões com
que transforma o potencial de repouso em potencial de ação. coloração distinta entre si e que podem ser notadas
Esse é o estímulo limiar. Abaixo desse valor o estímulo só macroscopicamente: a substância cinzenta, onde estão os
provoca alterações locais na membrana, que logo cessam e corpos celulares, e a substância branca, onde estão os axônios.
não desencadeiam o impulso nervoso. No encéfalo (com exceção do bulbo) a substância cinzenta
está localizada externamente em relação à substância branca, e
Qualquer estímulo acima do limiar gera o mesmo potencial de na medula espinha e no bulbo ocorre o inverso. Os nervos são
ação que é transmitido ao longo do neurônio. Assim, não conjuntos de fibras nervosas organizadas em feixes, unidos
existe variação de intensidade de um impulso nervoso em por tecidos conjuntivos densos.
função do aumento do estímulo; o neurônio obedece à regra
do “tudo ou nada”.  ANATOMIA HUMANA
Dessa forma, a intensidade das sensações vai depender do A Anatomia Humana é a ciência que estuda as estruturas
número de neurônios despolarizados e da frequência de corporais, como elas se formam e como funcionam em
impulsos. Imagine uma queimadura no dedo. Quanto maior a conjunto no corpo (sistemas).
área queimada, maior a dor, pois mais receptores serão
estimulados e mais neurônios serão despolarizados.
 Conceitos iniciais

O que a Anatomia Estuda?


A anatomia analisa como as estruturas do corpo podem ser
afetadas pela genética (alterações cromossômicas que passam
aos descendentes), pelo ambiente (doenças) e pelo tempo
(modificações da infância à velhice).
Além disso, investiga os mecanismos evolutivos que
provocam modificações e alteram suas funções. Está
relacionada com a Biologia, a Medicina, a Fisioterapia, a
Enfermagem e outras áreas biomédicas.

Termos Técnicos de Anatomia


Na anatomia há muitos nomes que podem assustar qualquer
iniciante, mas são fundamentais para a melhor compreensão
do assunto. Além dos nomes dos órgãos e estruturas, há

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termos e convenções que são essenciais, são eles: divisão do Tipos de planos anatômicos
corpo e posição anatômica, planos, eixos e movimentos  Plano Frontal ou Coronal: corta o corpo
anatômicos. verticalmente de um lado a outro, passando pela
sutura coronal do crânio, ou seja, próximo às orelhas.
Divisão do Corpo Todas as estruturas localizadas à frente são chamadas
Como em outras áreas biológicas, na anatomia o estudo é anteriores e atrás são posteriores;
feito por partes, que pode ser ao nível macroscópico ou  Plano Sagital: corta o corpo verticalmente em duas
microscópico. Há especialistas para cada área, por exemplo: metades, direita e esquerda, passando pela sutura
miologista (músculos), osteologista (ossos), entre outros. Por sagital do crânio, ou seja, pela testa. Se o corte for
isso que os médicos se tornam especialistas em uma área do feito bem no meio do corpo, é chamado plano
corpo que ele estudou melhor, como o pneumologista, que mediano. Todas as estruturas localizadas próximo do
trata dos pulmões. plano mediano são chamadas mediais e as que estão
O corpo humano é dividido em grandes grupos: cabeça, mais afastadas são laterais;
pescoço, tronco e membros. Cada um desses é subdividido  Plano Transversal ou Horizontal: corta o corpo
em partes específicas. horizontalmente, quer dizer, na transversal. Todas as
Por exemplo, na cabeça estão o crânio (onde se localiza o estruturas acima do plano são chamadas superiores e
encéfalo e medula) e a face (olhos, nariz, boca, orelhas). abaixo, inferiores.

O que é Posição Anatômica? Eixos e Movimentos Anatômicos


A posição anatômica é adotada cientificamente para o estudo Os eixos são linhas imaginárias que "perfuram" os planos
do corpo humano. Nessa posição a pessoa encontra-se de pé, perpendicularmente. Os movimentos anatômicos são
com o rosto virado para frente e olhar direcionado para o relacionados aos eixos, ou seja, as articulações se
horizonte. Os braços estendidos ao longo do corpo, com as movimentam pelo ponto de ligação representado pelos
palmas das mãos viradas para frente. As pernas ficam juntas e eixos. Os principais são listados abaixo :
os pés voltados para frente.

Eixos Anatômicos
 Eixo Ântero-posterior ou Sagital: passa pelo plano
frontal indo da frente para trás;
o Abdução: movimento no eixo ântero-
Representação de mulher em posição anatômica posterior, como as articulações dos ombros
e quadris, afastando do plano mediano do
Planos Anatômicos corpo. Exemplos: levantar o braço, se curvar
à frente;
Para facilitar a correta localização espacial das partes do corpo o Adução: movimento que aproxima do plano
são definidos os planos anatômicos. Cada plano representa um mediano do corpo. Exemplos: abaixar o
corte do corpo, dividindo-o em partes. Importante destacar braço, voltar o tronco à posição ereta;
que podem ser feitos vários cortes num plano, paralelos uns  Eixo Látero-lateral ou Horizontal: passa pelo plano
aos outros. sagital indo de um lado a outro;
o Extensão: movimento no eixo horizontal,
que provoca o aumento do ângulo entre
duas estruturas ósseas, afastando-as.
Exemplo: esticar o braço à frente;
o Flexão: Produz a diminuição do ângulo
entre duas estruturas ósseas, aproximando-
as. Exemplo: dobrar o braço, trazendo a
mão para perto do ombro;
 Eixo Longitudinal: passa pelo plano transversal indo
de cima para baixo, ou vice-versa;
o Rotação Medial ou Interna: movimento
no eixo longitudinal que gira o membro de
fora para dentro ( direção do plano
mediano).

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o Rotação Lateral ou Externa: movimento
que gira o membro de dentro para fora
(direção do plano lateral).

Certas profissões, especialmente a medicina, fisioterapia,


enfermagem, requerem um estudo aprofundado da anatomia
humana. A anatomia humana pode ser dividida em duas
principais subdisciplinas: anatomia humana regional e
anatomia humana sistemática normal (descritiva).

Uma vez que a Anatomia utiliza como material de estudo o


corpo humano, torna-se necessário fazer alguns comentários.
A simples observação de um grupamento humano evidencia
de imediato diferenças morfológicas entre elementos que
compõem o grupo. Estas diferenças morfológicas são
denominadas variações anatômicas e podem apresentar-se
externamente ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem
que isto traga prejuízo funcional para indivíduo.
Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado
por planos. Assim, temos os seguintes planos correspondentes:

Delimitação do Corpo Humano


 Plano Ventral ou Anterior
 Plano Dorsal ou Posterior
 Plano Lateral Direito e Esquerdo
 Plano Cranial ou Superior
 Plano Podálico ou Inferior

Plano de secção
 Plano Mediano – divide o corpo humano em metade
direita e esquerdo.
 Plano Frontal – divide o corpo humano em anterior e
posterior.

Plano Transverso – divide o corpo em superior e inferior.

São linhas imaginárias traçadas no indivíduo


 Eixo Ântero-posterior – unindo o centro do Plano
ventral ao centro do Plano Dorsal.
 Eixo Longitudinal – unindo o centro do Plano
cranial ao centro do Plano podálico.
 Eixo Transversal – unindo o centro do Plano lateral
direito ao Plano lateral esquerdo.

Termos de Movimento

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• Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os • Inversão: movimento da sola do pé em direção ao
ossos ou partes do corpo. plano mediano. Quando o pé está totalmente
• Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os invertido, ele também está plantifletido.
ossos ou partes do corpo. • Eversão: movimento da sola do pé para longe do
plano mediano. Quando o pé está totalmente
invertido, ele também está dorsifletido.

• Dorsi-flexão (flexão dorsal): movimento de flexão


na articulação do tornozelo, como acontece quando
se caminha morro acima ou se levantam os dedos do
solo.
• Planti-flexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos
em direção à face plantar, quando se fica em pé na
ponta dos dedos.

Adução: movimento na direção do plano mediano em um


plano coronal.
Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal.
Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para
mais perto do plano mediano.
Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano
mediano.

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SECÇÕES

 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

 Chato ou plano: a largura e comprimento são maiores


que a espessura. Ex.: escápula, osso do quadril,
ossos do crânio (parietais, occipital).

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 Curto: Curto: equivalência das três dimensões. Ex.:
ossos do carpo e do tarso.

 Irregular: sem forma definida. Ex.: vértebras.


 Alongado: Alongado: possui as características do
osso longo, porém não possui canal medular.
Ex.: costelas.
 Pneumáticos: são ocos, com cavidades cheias de ar.
Ex.: frontal, temporal, maxilar.
 Longo: comprimento maior que largura e espessura.
Ex.: fêmur, rádio, ulna.

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 ESTRUTURA DOS OSSOS Vista: anterior

• Diáfise (parte longa do osso)


• Constituída de tecido ósseo compacto,
proporcionando resistência.
• Epífise (extremidade do osso)
• A epífise se articula com outro osso. É
formada por uma fina camada de osso
compacto que reveste o osso esponjoso e é
recoberta por cartilagem.


 Crânio:Vista Anterior

Coluna Vertebral
Vista: anterior, posterior e lateral.

 Crânio:Vista Lateral

 Caixa torácica
 12 pares de Costelas:
 6 pares de verdadeiras
 4 pares de falsas
 2 pares de flutuantes
 1 Esterno
 Coluna vertebral

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 Membros superiores: realizam movimentos amplos, Existem dois tipos de articulações cartilaginosas: as
e os dedos, movimentos delicados e precisos. sincondroses e as sínfises. Essas últimas possuem entre os
Vista: anterior. ossos cartilagem fibrosa. Como exemplo, podemos citar as
articulações presentes entre as vértebras, que possuem entre
elas o disco intervertebral. Já as sincondroses possuem entre
os ossos cartilagem hialina. A articulação esternocostal, entre
o esterno e a cartilagem costal da primeira costela, é um
exemplo desse tipo de articulação.
As articulações sinoviais, também chamadas de diartroses ou
móveis, possuem uma cavidade articular (cavidade sinovial)
que apresenta uma cápsula cheia de líquido sinovial, que
funciona como um lubrificante. Essas articulações possuem
uma maior liberdade de movimento e são as mais encontradas
em nosso corpo.

De acordo com o movimento, as articulações sinoviais podem


ser classificadas em uniaxial, biaxial e poliaxial.
- Uniaxial – Permite apenas um eixo de rotação. Exemplo:
Articulação encontrada entre o úmero e a ulna.
- Biaxial – Permite dois eixos de rotação. Exemplo:
 Membros inferiores: importantes na sustentação do Articulação do punho.
peso do corpo e na locomoção bípede. - Poliaxial – Permite três eixos de rotação. Exemplo:
Vista: anterior. Articulação do ombro.
àLocal onde dois ou mais ossos se encontram; podem
permitir ou não movimentos dos ossos.

Articulações imóveis: não realizam movimento. Ex.: ossos do


crânio.
Articulações semimóveis: permitem alguns movimentos. Ex.:
vértebras.
Articulações móveis: permitem vários tipos de movimento.
As extremidades dos ossos se encaixam e são revestidas por
cartilagem. Ex.: Ombro e Joelho.

 Músculos do Corpo Humano

Cada parte do corpo humano possui uma funcionalidade


específica para o perfeito desempenho do conjunto. Presentes
 ARTICULAÇÕES no corpo inteiro, os músculos, além de contribuírem para a
forma externa, representam a parte ativa do aparelho
As articulações ou junturas podem ser definidas como o locomotor, fazendo a ligação do sistema nervoso com os
local de conexão entre dois ou mais ossos ou destes com as ossos. São responsáveis pelos movimentos e,
cartilagens. As principais funções desses locais são permitir a simultaneamente, pela estabilidade do esqueleto, mesmo
movimentação dos segmentos do corpo e manter todos os quando o indivíduo está em repouso, bem como outras partes
ossos do esqueleto juntos e estáveis. do corpo como os olhos, a língua, a laringe etc. Em outras
De acordo com o tipo de tecido conectivo entre os ossos, as palavras, do piscar de olhos à corrida, o indivíduo depende do
articulações podem ser classificadas em três tipos básicos: funcionamento muscular.
fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. As articulações fibrosas, Os três tipos de músculos existentes são os “músculos
também chamadas de sinartroses ou imóveis, possuem uma estriados”, os “músculos lisos” e os “músculos cardíacos”.
pequena separação com tecido conjuntivo fibroso e não São classificados em “voluntários” e “involuntários”, sendo
apresentam cavidade articular (espaço entre as superfícies que os primeiros, como o próprio nome já diz, se contraem de
articulares). A mobilidade dessa articulação é bastante acordo com a vontade do indivíduo, são os músculos do
reduzida ou inexistente, porém apresenta certa elasticidade. esqueleto. Possuem uma contração rápida e brusca, sendo,
Existem dois tipos principais de articulação fibrosa: as com exceção do esfíncter anal, formados por fibras
suturas e a sindesmoses. O primeiro grupo está relacionado musculares dotadas de estrias, o que lhes concedem o nome de
com as articulações do crânio. Já as sindesmoses referem-se à “músculos estriados”.
articulação entre tíbia e fíbula e entre o rádio e a ulna. Os músculos involuntários são comandados pelo sistema
As articulações cartilaginosas, também chamadas de nervoso vegetativo e não sofrem qualquer controle por parte
anfiartroses ou levemente móveis, possuem uma separação do indivíduo. Formam as paredes das vísceras, aparelho
cartilaginosa e não apresentam cavidade articular. A respiratório e aparelho circulatório, com relaxamento e
mobilidade dessas articulações é reduzida. contração lentos. Exceto o coração, que possui músculo
estriado, os músculos involuntários são formados por células

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musculares sem estrias, daí o fato de serem chamados por A maior parte deles se originam do crânio ou de estruturas
“músculos lisos”. fibrosas, e se irradiam para a pele através de um tendão
A maioria dos músculos é dotada de tendões, que os permitem elástico. 
a inserção sobre ossos, o que irá classificá-los, de acordo com Ao contrário de outros músculos esqueléticos, eles não são
a quantidade de extremidades usadas, em bíceps (duas cercados por uma fáscia (exceto o bucinador). Os músculos
extremidades), tríceps (três extremidades) ou quadríceps faciais estão posicionados ao redor das aberturas da face
(quatro extremidades). (boca, olho, nariz e ouvido), ou se estendem ao longo do
crânio e pescoço.
A localização específica dos músculos faciais permite a
realização dos diversos movimentos do rosto, que é conhecida
como mímica. Estes músculos participam em várias
expressões faciais, como surpresa, riso, etc.

 Músculos da face
 Músculo levantador do lábio superior e da asa do
nariz.
 Levantador do lábio superior.
 Músculo nasal.
 Músculo zigomático maior.
 Músculo zigomático menor.
 Músculo risório.
 Depressor do ângulo da boca.
 Músculo depressor do lábio inferior.
 Músculos da boca
• Músculo orbicular da boca: envolve a boca.
• Músculo bucinador: maxila e mandíbula → ângulo
da boca. Forma a base muscular da bochecha.
Os músculos podem ser divididos, devido à sua localização, • Músculo levantador (elevador) do lábio superior:
em “músculos superficiais” e “músculos profundos”. Os acima do forame (buraco) infraorbitário → lábio
superficiais, rudimentares e escassos, estão logo abaixo da superior.
pele, e são inseridos por uma ou duas extremidades na camada • Músculo depressor do lábio inferior: mandíbula
profunda da pele, encontrados em sua maioria na cabeça, face, abaixo do forame mentual (buraco mentoniano)
pescoço e mãos. Já os músculos profundos possuem inserção →lábio inferior.
em pontos do corpo como os olhos, laringe e língua, por • Músculo levantador (elevador) do lábio superior e da
exemplo. asa do nariz: parede orbitária medial → lábio
superior e narinas.
De acordo com sua localização os músculos podem ser • Músculo mentual (mentoniano): forma o sulco entre
agrupados em: o queixo e o lábio.
 Músculos da cabeça e do pescoço; • Músculo risório (“músculo do riso”): bochecha →
ângulo da boca.
 Músculos do tórax e do abdome;
• Músculo levantador (elevador) do ângulo da boca:
 Músculos dos membros superiores;
abaixo do forame (buraco) infraorbitário →ângulo da
 Músculos dos membros inferiores.
boca.
• Músculo depressor do ângulo da boca: borda inferior
da mandíbula → ângulo da boca.
• Músculos zigomáticos maior e menor: arco
zigomático → ângulo da boca.

 Músculos do nariz
 Músculo nasal: maxila → cartilagens nasais.
 Músculo prócero: glabela → pele entre as
sobrancelhas.

 Músculos da pálpebra
 Músculo orbicular do olho: envolve o olho.
 Músculo depressor do supercílio: ângulo medial do
olho → pele da sobrancelha.
 Músculo corrugador do supercílio: acima da raiz do
nariz → pele da sobrancelha.
 Músculos do crânio e pescoço
Os músculos faciais são um grupo de cerca de vinte músculos
esqueléticos planos que se encontram abaixo da face da pele.

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 Músculo epicrânio: fronte, superfície externa do digestório. O trato digestório é um tubo oco que se estende da
dorso da cabeça (músculo occipitofrontal), acima da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal
orelha (músculo temporoparietal) → camada alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato
fibrosa do escalpe (gálea aponeurótica). digestório incluem: Boca, Faringe, Esôfago, Estômago,
 Músculo platisma: acima da mandíbula (fáscia Intestino Delgado, Intestino Grosso, Reto e Ânus.
parotídea) → à altura da segunda costela (fáscia O comprimento do trato gastrintestinal, medido no cadáver, é
peitoral). de cerca de 9 m. Na pessoa viva é menor porque os músculos
ao longo das paredes dos órgãos do trato gastrintestinal
 Músculos do ouvido externo mantêm o tônus.
 Músculos auriculares: fáscia temporal (músculo Os órgãos digestórios acessórios são os Dentes, a Língua, as
auricular anterior), gálea aponeurótica (músculo Glândulas Salivares, o Fígado, Vesícula Biliar e o
auricular superior), processo (apófise) mastóide Pâncreas. Os dentes auxiliam no rompimento físico do
(músculo auricular posterior) → pavilhão auricular. alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os
outros órgãos digestórios acessórios, nunca entram em contato
direto com o alimento. Produzem ou armazenam secreções
Inervação que passam para o trato gastrintestinal e auxiliam na
Todos os músculos faciais derivam do segundo arco faríngeo decomposição química do alimento.
e, portanto, são inervados pelo nervo facial. Originalmente O trato gastro intestinal é um tubo longo e sinuoso de 10 a 12
eles formaram uma única placa muscular, mas durante o curso metros de comprimento desde a extremidade cefálica
do desenvolvimento embriológico eles se separaram. (cavidade oral) até a caudal (ânus).

Função
Os músculos da face são muito diferentes de outros músculos
FUNÇÕES:
esqueléticos, uma vez que eles não movem articulações, mas 1- Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de
sim a pele. substâncias estranhas ditas alimentares, que asseguram a
 Os músculos da boca são responsáveis manutenção de seus processos vitais.
principalmente pela elevação e depressão do ângulo 2- Transformação mecânica e química das macromoléculas
da boca, dos lábios superior e inferior, e pela abertura alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos, etc.) em
e fechamento da boca.  moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem
 Adicionalmente, o levantador do lábio superior e da absorvidas pelo intestino.
asa do nariz puxa as narinas para cima e abre o 3- Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da
nariz.  luz intestinal para os capilares sanguíneos da mucosa do
 O risório e os zigomáticos maior e menor são os mais intestino.
importantes músculos da risada. 4- Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não
 Os músculos do nariz enrugam o nariz e estreitam as absorvidos juntamente com restos de células descamadas da
narinas.  parte do trato gastro intestinal e substâncias secretadas na luz
do intestino.
 A contração do orbicular do olho fecha as pálpebras,
Mastigação: Desintegração parcial dos alimentos, processo
permite “apertar” os olhos e auxilia no fluxo do
mecânico e químico.
fluido lacrimal.
Deglutição: Condução dos alimentos através da faringe para o
 Os outros dois músculos da pálpebra deprimem a
esôfago.
sobrancelha e permitem o enrugamento da fronte.
Ingestão: Introdução do alimento no estômago.
 Em contraste, o músculo epicrânio eleva as
Digestão: Desdobramento do alimento em moléculas mais
sobrancelhas e a orelha.
simples.
 O platisma puxa o canto da boca lateralmente e Absorção: Processo realizado pelos intestinos.
inferiormente, e estica a pele. Defecação: Eliminação de substâncias não digeridas do trato
 Os músculos auriculares são muito variáveis, motivo gastro intestinal.
pelo qual somente algumas pessoas são capazes de
mover voluntariamente as suas orelhas. O trato gastro intestinal apresenta diversos segmentos que
sucessivamente são:  BOCA, FARINGE, ESÔFAGO,
Os músculos faciais não regulam somente a posição e ESTÔMAGO, INTESTINO DELGADO, INTESTINO
diâmetro das aberturas faciais, mas também as tornam mais GROSSO, RETO e ÂNUS.
expressivas. Dessa forma, a face é capaz de expressar
emoções e o presente estado fisiológico da pessoa, o que Órgãos Anexos:
possui um extraordinário papel na comunicação não verbal  GLÂNDULAS PARÓTIDAS
entre as pessoas.  GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES
 GLÂNDULAS SUBLINGUAIS
 FÍGADO
 FISIOLOGIA HUMANA  PÂNCREAS
 SISTEMA DIGESTÓRIO

O trato digestório e os órgãos anexos constituem o sistema

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costelas. O estômago está localizado no quadrante superior
esquerdo do abdome (Ver quadrantes abdominais no menu
principal), entre o fígado e o baço.
O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório,
em virtude dos alimentos permanecerem nele por algum
tempo, necessita ser um reservatório entre o esôfago e o
intestino delgado.
A forma e posição do estômago são muito variadas de pessoa
para pessoa; o diafragma o empurra para baixo, a cada
inspiração, e o puxa para cima, a cada expiração e por isso não
pode ser descrita como típica.
O estômago é divido em 4 áreas (regiões) principais: Cárdia,
Fundo, Corpo e Piloro.
O fundo, que apesar do nome, situa-se no alto, acima do ponto
onde se faz a junção do esôfago com o estômago.
O corpo representa cerca de 2/3 do volume total.
Para impedir o refluxo do alimento para o esôfago, existe uma
válvula (orifício de entrada do estômago – óstio cárdico ou
orifício esofágico inferior), a Cárdia, situada logo acima da
curvatura menor do estômago. É assim denominada por estar
próximo ao coração.
BOCA Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado
A boca também referida como Cavidade Oral ou Bucal é prematuramente, o estômago é dotado de uma poderosa
formada pelas bochechas (formam as paredes laterais da face válvula muscular, um esfíncter chamado Piloro (orifício de
e são constituídas externamente por pele e internamente por saída do estômago – óstio pilórico).
mucosa), pelos palatos duro (parede superior) e mole (parede Pouco antes da válvula pilórica encontramos uma porção
posterior) e pela língua (importante para o transporte de denominada antro-pilórica.
alimentos, sentido do gosto e fala). O palato mole se estende O estômago apresenta ainda duas partes: a Curvatura Maior
posteriormente na cavidade bucal como a úvula, que é uma (margem esquerda do estômago) e a Curvatura Menor
estrutura com forma de letra V e que está suspensa na região (margem direita do estômago).
superior e posterior da cavidade bucal.

A presença de alimento no interior do esôfago estimula a


atividade peristáltica, e faz com que o alimento mova-se para
o estômago. As contrações são repetidas em ondas que
empurram o alimento em direção ao estômago. A passagem do
alimento sólido, ou semi-sólido, da boca para o estômago leva
4 – 8 segundos; alimentos muito moles e líquidos passam
cerca de 1 segundo.
Funções Digestivas do Estômago:
Ocasionalmente, o refluxo do conteúdo do estômago para o
interior do esôfago causa azia (ou pirose). A sensação de  Digestão do alimento
queimação é um resultado da alta acidez do conteúdo  Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestórias e
estomacal. ácido hidroclorídrico como substâncias mais importantes.
O refluxo gastresofágico se dá quando o esfíncter esofágico  Secreção de hormônio gástrico e fator intrínseco.
inferior (localizado na parte superior do esôfago) não se fecha  Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente
adequadamente após o alimento ter entrado no estômago, o digerido e entregue ao intestino delgado.
conteúdo pode refluir para a parte inferior do esôfago.  Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias
dissolvidas.
O esôfago é formado por três porções:
 Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a INTESTINO DELGADO
traqueia. A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que
 Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás se estende do piloro até a junção ileocólica (ileocecal), que se
do brônquio esquerdo (mediastino superior, entre a traqueia e reúne com o intestino grosso. O intestino delgado é um órgão
a coluna vertebral). indispensável. Os principais eventos da digestão e absorção
 Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona ocorrem no intestino delgado, portanto sua estrutura é
o fígado, formando nele a impressão esofágica. especialmente adaptada para essa função. Sua extensão
fornece grande área de superfície para a digestão e absorção,
ESTÔMAGO sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares,
vilosidades e microvilosidades.
O estômago está situado no abdome, logo abaixo do
O intestino delgado retirado numa é de cerca de 7 metros de
diafragma, anteriormente ao pâncreas, superiormente ao
comprimento, podendo variar entre 5 e 8 metros (o
duodeno e a esquerda do fígado. É parcialmente coberto pelas
comprimento de intestino delgado e grosso em conjunto após

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a morte é de 9 metros).
O intestino delgado, que consiste em Duodeno, Jejuno e Íleo,
estende-se do piloro até a junção ileocecal onde o íleo une-se
ao ceco, a primeira parte do intestino grosso.

Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe


este nome por ter seu comprimento aproximadamente igual à
largura de doze dedos (25 centímetros). É a única porção do
intestino delgado que é fixa. Não possui mesentério.

Jejuno: é a parte do intestino delgado que faz continuação ao


duodeno, recebe este nome porque sempre que é aberto se
apresenta vazio. É mais largo (aproximadamente 4
centímetros), sua parede é mais espessa, mais vascular e de
cor mais forte que o íleo. A primeira é o ceco, segmento de maior calibre, que se
comunica com o íleo. Para impedir o refluxo do material
proveniente do intestino delgado, existe uma válvula
Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz
localizada na junção do íleo com o ceco – Válvula Ileocecal
continuação ao jejuno. Recebe este nome por relação com
(ileocólica). No fundo do ceco, encontramos o Apêndice
osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são mais finas e
Vermiforme.
menos vascularizadas que o jejuno.Distalmente, o íleo
A porção seguinte do intestino grosso é o Colo, segmento que
desemboca no intestino grosso num orifício que recebe o
se prolonga do ceco até o ânus.
nome de óstio ileocecal.
Colo Ascendente – Colo Transverso – Colo Descendente –
Juntos, o jejuno e o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. Colo Sigmoide
A maior parte do jejuno situa-se no quadrante superior
esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante
Colo Ascendente – é a segunda parte do intestino grosso.
inferior direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno,
Passa para cima do lado direito do abdome a partir do ceco
são móveis.
para o lobo direito do fígado, onde se curva para a esquerda na
flexura direita do colo (flexura hepática).
INTESTINO GROSSO
O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura, Colo Transverso – é a parte mais larga e mais móvel do
aberta para baixo, mede cerca de 6,5 centímetros de diâmetro intestino grosso. Ele cruza o abdome a partir da flexura direita
e 1,5 metros de comprimento. Ele se estende do íleo até o do colo até a flexura esquerda do colo, onde curva-se
ânus e está fixo à parede posterior do abdômen pelo mesecolo. inferiormente para tornar-se colo descendente. A flexura
O intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em esquerda do colo (flexura esplênica), normalmente mais
cerca de 14 horas, o material alimentar toma a consistência superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura direita
típica do bolo fecal. do colo.
O intestino grosso é mais calibroso que o intestino delgado,
por isso recebe o nome de intestino grosso. A calibre vai Colo Descendente – passa retroperitonealmente a partir da
gradativamente afinando conforme vai chegando no canal flexura esquerda do colo para a fossa ilíaca esquerda, onde ele
anal. é contínuo com o colo sigmoide.
As tênias do cólon (fitas longitudinais) são três faixas de
aproximadamente 1 centímetro de largura e que percorrem o Colo Sigmoide – é caracterizado pela sua alça em forma de
intestino grosso em toda sua extensão. São mais evidentes no “S”, de comprimento variável. O colo sigmoide une o colo
ceco e no cólon ascendente. descendente ao reto. A terminação das tênias do colo,
Os haustos do cólon (saculações) são abaulamentos ampulares aproximadamente a 15 cm do ânus, indica a junção reto-
separados por sulcos transversais. sigmoide.
Os apêndices epiploicos são pequenos pingentes amarelados
constituídos por tecido conjuntivo rico em gordura. Aparecem
Funções do Intestino Grosso:
principalmente no cólon sigmoide.
O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: Ceco  Absorção de água e de certos eletrólitos;
(cecun), Colo (cólun) (Ascendente, Transverso,  Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias
Descendente e Sigmoide), Reto e Ânus. intestinais;
 Armazenagem temporária dos resíduos (fezes);
 Eliminação de resíduos do corpo (defecação).

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Peristaltismo:
Ondas peristálticas intermitentes e bem espaçadas movem o
material fecal do ceco para o interior do colo ascendente,
transverso e descendente. Á medida que se move através do
colo, a água é continuamente reabsorvida das fezes, pelas
paredes do intestino, para o interior dos capilares. As fezes
que ficam no intestino grosso por um período maior perdem o
excesso de água, desenvolvendo a chamada constipação. Ao
contrário, movimentos rápidos do intestino não permitem
tempo suficiente para que ocorra a reabsorção de água,
causando diarreia.

 SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório é responsável por garantir a captura do
oxigênio do meio ambiente e a liberação do gás carbônico
para o meio externo.
O sistema respiratório é o sistema responsável por garantir a
captação de oxigênio do meio ambiente e a liberação do gás
carbônico. Além disso, esse sistema está relacionado com o
olfato, ou seja, nossa capacidade de permitir odores e
relacionado também com a fala, devido à presença das
chamadas pregas vocais em um dos órgãos do sistema
respiratório.

Resumo
 O sistema respiratório é um sistema relacionado com
a captação de oxigênio e liberação de gás carbônico
para o meio.
 O sistema respiratório pode ser dividido em duas
porções: uma parte condutora e uma parte
respiratória.
 Fazem parte da porção condutora as fossas nasais,
faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e
bronquíolos terminais.
 Fazem parte da porção respiratória os bronquíolos
respiratórios, ductos alveolares e alvéolos.
 Na porção respiratória ocorrem as trocas gasosas, ou
seja, o oxigênio retirado do meio externo é
disponibilizado para o sangue, e o gás carbônico
entra no sistema respiratório para realizar o caminho
inverso ao do oxigênio e ser eliminado para o meio.
 A respiração acontece graças a dois movimentos
respiratórios: a inspiração e expiração.
 A respiração é dependente do centro respiratório no
bulbo.

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Órgãos do sistema respiratório dando origem a brônquios terciários ou segmentares,
Os órgãos do sistema respiratório são: fossas nasais, que se ramificam dando origem aos bronquíolos.
faringe (nasofaringe), laringe, traqueia, brônquios,
bronquíolos, alvéolos e pulmões. Veja a seguir um pouco
mais a respeito de cada um desses importantes órgãos:
 Bronquíolos: são ramificações dos brônquios,
possuem diâmetro de cerca de 1 mm e não possuem
cartilagem. Esses também ramificam-se, formando
os bronquíolos terminais e, posteriormente, os
bronquíolos respiratórios. Os bronquíolos
respiratórios marcam a transição para a parte
respiratória e abrem-se no chamado ducto alveolar.
 Alvéolos pulmonares: são estruturas que fazem
parte da última porção da árvore brônquica e estão
localizadas no final dos ductos alveolares. São
semelhantes a pequenas bolsas, apresentam uma
parede epitelial fina e são o local onde ocorrem as
trocas gasosas. Geralmente, os alvéolos estão
organizados em grupos chamados de saco alveolar.
Observe os principais órgãos do sistema respiratório.
 Pulmões: são órgãos em formato de cone que
 Fossas nasais: o primeiro local por onde o ar passa. apresentam consistência esponjosa e apresenta maior
Nelas é possível observar três regiões: o vestíbulo, a parte de seu parênquima formado pelos alvéolos,
área respiratória e a área olfatória. O vestíbulo é a sendo estimada a presença de cerca de 300 milhões
parte anterior e dilatada das fossas nasais, a qual se de alvéolos nos pulmões. Cada pulmão é revestido
comunica com o meio exterior. A região por uma membrana chamada de pleura. O pulmão de
respiratória corresponde à maior parte das fossas uma criança, geralmente, apresenta a coloração
nasais. Por fim, temos a área olfatória que rósea, enquanto do adulto pode ter uma coloração
corresponde à parte superior das fossas nasais, a mais escura devido à maior exposição à poeira e à
qual é rica em quimiorreceptores de olfação. fuligem.
 Faringe: é um órgão musculomembranoso comum
ao sistema digestório e respiratório. A parte que faz  Porção condutora e porção respiratória
parte do sistema respiratório é denominada de
nasofaringe, enquanto a parte digestória é Podemos dividir o sistema respiratório em duas porções: a
denominada de orofaringe. A nasofaringe está condutora e a respiratória.
localizada posteriormente à cavidade nasal.
 Porção condutora: é formada pelas fossas nasais,
 Laringe: é um tubo de cerca de 5 cm de nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos
comprimento que apresenta forma irregular e atua e bronquíolos terminais. Como o nome indica, essa
garantindo a conexão entre a faringe e a traqueia. porção permite a entrada e saída de ar, porém sua
Na laringe, é possível perceber a chamada epiglote, função não acaba aí, é nessa parte que o ar é limpo,
que nada mais é do que um prolongamento que se umedecido e aquecido.
estende desse órgão em direção à faringe e evita que  Porção respiratória: é formada pelos bronquíolos
alimento adentre o sistema respiratório. Além da respiratórios, ductos alveolares e alvéolos, que são as
epiglote, encontramos na laringe a presença das partes responsáveis pela ocorrência das trocas
chamadas pregas vocais, que são responsáveis pela gasosas. É nessa porção que o oxigênio inspirado
produção de som. passará para o sangue e o gás carbônico presente no
sangue passará para o sistema respiratório.
 Traqueia: é um tubo formado por cartilagens
hialinas em formato de C, logo depois da laringe. A → Como funciona o sistema respiratório
traqueia ramifica-se dando origem a dois
brônquios, denominados de brônquios primários. O sistema respiratório funciona garantindo a entrada e saída
de ar do nosso corpo. O ar inicialmente entra pelas fossas
 Brônquios: são ramificações da traqueia, que nasais onde é umedecido, aquecido e filtrado. Ele então segue
penetram cada um em um pulmão, pela região do para a faringe, posteriormente para laringe e para a traqueia. A
hilo. Esses brônquios, denominados de brônquios traqueia ramifica-se em dois brônquios dando acessos aos
primários ou principais, penetram pelos pulmões e pulmões. O ar segue, então, dos brônquios para os
ramificam-se em três brônquios no pulmão direito bronquíolos e finalmente chega aos alvéolos pulmonares.
e dois no pulmão esquerdo. Esses brônquios,
chamados de secundários ou lobares, ramificam-se

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Os movimentos respiratórios garantem a entrada e saída de ar.

 Inspiração: garante a entrada de ar no sistema


respiratório. Nesse processo há a contração do
diafragma e dos músculos intercostais, levando a
expansão da caixa torácica e diminuição da pressão
em seu interior.
As trocas gasosas acontecem nos alvéolos pulmonares.
 Expiração: quando o ar sai do sistema
respiratório. Nesse processo os músculos torácicos
Nos alvéolos ocorrem as trocas gasosas, um processo também relaxam, assim como o diafragma, levando à
denominado de hematose. O oxigênio presente no ar que redução da caixa torácica e ao aumento da pressão
chega até os alvéolos dissolve-se na camada que reveste essa interna.
estrutura e difunde-se pelo epitélio para os capilares
localizados em torno dos alvéolos. No sentido oposto ocorre a
difusão de gás carbônico.  SISTEMA CIRCULATÓRIO
 Controle da respiração em seres humanos Fundamentalmente, o sistema circulatório humano (também
conhecido como sistema cardiovascular) é um circuito
Os seres humanos possuem neurônios na região do bulbo fechado que subministra a todas as células do organismo os
que garantem a regulação da respiração. O bulbo percebe materiais necessários para seu consumo e as libera dos dejetos
alterações no pH do líquido do tecido circundante e que se formam nas reações bioquímicas. Em resumo, o
desencadeia respostas que garantem alterações no ritmo sistema circulatório, em sua anatomia, é composto pelo
respiratório. coração, pelo sangue e pelos vasos sanguíneos.
Quando os níveis de gás carbônico aumentam no sangue e  Circulação sanguínea no sistema cardiovascular
no líquido cerebrospinal, acontece uma queda no pH. Isso
acontece devido ao fato de que o gás carbônico presente O sangue é o veículo apropriado para realizar esta função de
nesses locais pode reagir com água e desencadear a formação transporte no sistema cardiovascular; os vasos sanguíneos
de ácido carbônico (H2CO3). Esse pode dissociar-se em íon constituem a via de distribuição e o coração fornece a energia
bicarbonato (HCO3-) e íons hidrogênio (H+). O aumento dos que faz circular o sangue por todo o corpo. Por meio do
íons hidrogênio provoca a queda do pH. sistema circulatório chegam também às células os hormônios
O bulbo, então, percebe essas alterações, e sinais são e outras substâncias que intervêm na regulação de suas
enviados para os músculos intercostais e diafragma para que atividades.
ocorra um aumento da intensidade e taxa da respiração. Graças à circulação do sangue, tendem a igualar-se as
Quando o pH retorna ao normal, há uma redução da condições físicas e químicas dos diversos territórios
intensidade e taxa respiratória. orgânicos, por exemplo, a temperatura corporal é praticamente
homogênea, apesar de a produção de calor não ser igual em
Vale destacar que alterações no nível de oxigênio no sangue todos os tecidos.
desencadeiam poucos efeitos no bulbo. Entretanto, quando os  Coração humano – a bomba do sistema
níveis estão muito baixos, ocorre um aumento da taxa de circulatório
respiração.
O coração humano pode ser considerado a estação de
→ Inspiração e expiração bombeamento do sistema circulatório. A cada 24 horas, o
coração humano bombeia 36.000 litros de sangue, através de
19.000 metros de vasos sanguíneos. A contração e
A respiração é conseguida graças à realização de dois
relaxamento rítmicos do coração mantêm constante a
movimentos respiratórios: a inspiração e a expiração.
circulação do sangue no corpo.
Quando o coração se dilata, recebe sangue venoso e, ao
contrair-se, impulsiona o sangue para as artérias. Depois de
circular pelo carpo, o sangue volta ao coração pelas veias e o
ciclo se repete. O coração trabalha sem descanso na tarefa de
fazer circular o sangue através dos vasos principais e dos
vasos menores que se ramificam, formando uma fina rede em
todo o corpo.

 Vasos sanguíneos

O sangue sai do coração intermitentemente e a elevada


pressão; uma rede de tubos – as artérias – o conduz até as
massas tissulares.

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As veias, condutoras de sangue a baixa pressão, não são nem
tão resistentes nem tão elásticas como as artérias. Suas
paredes são muito mais delgadas e predomina nelas o tecido
fibroso. Possuem válvulas que impedem o retrocesso do
sangue, compensando-se assim a falta de uma suficiente
pressão do sistema circulatório.

 Capilares
Ali, por sucessivas ramificações, os vasos sanguíneos se
convertem em arteríolas e capilares, e através da parede destes
Os capilares são as menores veias do sistema circulatório. A
últimos se realiza o intercâmbio de substâncias entre o sangue
parede capilar está reduzida a uma simples camada de células
e o liquido tissular e os materiais provenientes do meio
endoteliais, que permite o intercâmbio de substâncias através
externo que penetraram nas cavidades abertas para o exterior.
dela e a troca gasosa entre o sangue e o tecido.
Ao passar pelas arteríolas e capilares o sangue perde grande
parte de sua pressão. Por último, outro sistema de tubos — as
veias — devolve o sangue ao coração, onde receberá um novo  Circuitos do sistema circulatório humano
impulso.
O fornecimento de materiais aos diferentes órgãos promovido
 Artérias – transportando o sangue no sistema pelo sistema circulatório precisa ajustar-se às exigências
cardiovascular impostas pelo estado funcional em que se encontre cada um
deles, o que é possível porque o coração é capaz de modificar
No sistema circulatório, as artérias são responsáveis por seu ritmo de atividade e os vasos sanguíneos orientam
transportar o sangue do coração para todas as outras partes do preferentemente o fluxo de sangue para as zonas do
corpo humano. Levam o sangue rico em gás carbônico até os organismo que realizam maior trabalho.
pulmões, para que ocorra o processo de oxigenação. Além Através do sistema cardiovascular, o sangue chega aos
disso, garante o transporte de oxigênio e nutrientes para as diferentes órgãos e sistemas por circuitos dispostos em
células do corpo humano. paralelo. Porém, o intercâmbio gasoso nos pulmões requer um
volume de sangue tal que seria muito escassa a circulação
pelos restantes. A disposição em série do circuito pulmonar
soluciona o problema.

 Átrios direito e esquerdo do coração

Ao passar pelos capilares pulmonares, o sangue perde pressão,


mas isto é resolvido por outra bomba propulsora interposta
entre eles e a rede capilar geral. O átrio direito – que envia o
sangue aos pulmões – e o esquerdo – que o ejeta para todos os
tecidos do organismo – são, na realidade, duas bombas
diferentes, e o fato de que constituam um único órgão facilita
seu sincronismo funcional e simplifica as bases estruturais do
sistema circulatório.
As paredes das artérias são resistentes, distensíveis e elásticas,
o que lhes permite conduzir o sangue a elevada pressão e
converter o trabalho intermitente do coração num fluxo
contínuo através dos capilares. Estas propriedades se devem
às suas abundantes fibras elásticas e a seu tecido muscular
liso.
Nas grandes artérias, que recebem subitamente um
considerável volume de sangue a cada contração cardíaca,
existe bastante tecido elástico, ao passo que nas de menor
calibre e nas arteríolas predomina a camada de fibras
musculares dispostas circularmente, cujas contrações fazem
variar o diâmetro dos vasos, regulando assim o fluxo de
sangue aos diferentes órgãos.
O sistema circulatório possui dois tipos de circuitos: a
 Veias – condutores do sistema circulatório circulação pulmonar, que direciona o sangue aos pulmões para
que ocorra o processo de oxigenação; e a circulação sistêmica,
que é responsável por transportar o sangue oxigenado às
As veias do sistema circulatório têm a função de levar o
células do corpo humano.
sangue proveniente do corpo até o coração, que por sua vez
encaminha o sangue rico em gás carbônico para a devida
oxigenação, garantindo retorne ao mesmo para posterior  Circulação pulmonar (pequena circulação)
bombeamento.
A pequena circulação é parte do sistema circulatório no qual

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ocorre o bombeamento de sangue aos pulmões para que haja o responsáveis pela produção dos gametas, pelo impulso sexual
processo de oxigenação, onde posteriormente o sangue retorna e outras funcionalidades.
ao coração rico em oxigênio.
Funciona da seguinte maneira: o sangue venoso que chega ao  Sistema Reprodutor Masculino
ventrículo direito é bombeado do mesmo até os pulmões, onde
ocorre o processo de hematose (troca gasosa), no qual ocorre a O sistema reprodutor masculino é o responsável por produzir
extinção do gás carbônico. A partir daí o sangue, já rico em os espermatozóides, as células que são conduzidas para o
oxigênio, percorre as veias pulmonares e volta para o coração aparelho reprodutor feminino para a fecundação do óvulo.
pelo átrio esquerdo. Para produzir os espermatozóides, o sistema reprodutor
masculino conta com vários órgãos:
 Circulação sistêmica (grande circulação)

Na grande circulação, o sangue sai do ventrículo esquerdo do


coração e percorre todo o corpo humano através da artéria
aorta. Nessa artéria, existe uma válvula chamada semilunar
(ou válvula aórtica), que abre-se no processo de
bombeamento, e fecha-se após a passagem do sangue. A
artéria aorta possui várias ramificações, responsáveis por levar
o sangue a vários órgãos e regiões do corpo humano.
O sangue venoso, após percorrer todo o caminho imposto pelo
sistema circulatório, retorna ao coração inserindo-se no átrio
direito através das veias cavas, passando posteriormente ao – Pênis: órgão reprodutor e excretor do organismo masculino.
ventrículo direito. Contém em seu interior a uretra, que é responsável pela
eliminação da urina e pela condução do sêmen, que contém os
 Capacidade do sistema circulatório espermatozoides. Ele é constituído por um tecido cavernoso e
esponjoso, que aumenta devido à grande vascularização e de
acordo com a libido do indivíduo, proporcionando a ereção
O volume de sangue que se aloja em cada região do sistema
deste órgão;
circulatório é igual à área da secção transversal total
multiplicada pelo comprimento médio dos vasos. Apesar de a
área da secção na região capilar ser maior que em qualquer – Bolsa escrotal: cavidade que aloja e protege os testículos,
outra das partes do sistema, os capilares só contêm 4% do sendo responsável pela manutenção da temperatura adequada
sangue, devido ao seu pequeno comprimento. à fisiologia dessas estruturas;

As veias e vênulas e os seios venosos podem conter mais de – Testículos: são glândulas que produzem os gametas
60 % do sangue total do corpo e constituem assim o mais masculinos, através da espermatogênese, e que possuem
importante reservatório sanguíneo do sistema circulatório; a células intersticiais (células de Leydig), que sintetizam a
elasticidade de suas paredes faz que a capacidade do sistema testosterona, hormônio sexual masculino;
venoso se acomode a todo momento ao volume de sangue
disponível e, ao mesmo tempo, experimente dilatações ou – Epidídimo: ducto formado por um canal emaranhado que
contrações em resposta a impulsos nervosos e a determinadas coleta, armazena e conduz os espermatozoides. Os gametas
substâncias químicas com as quais se põe em contato. ficam maduros com maior mobilidade, tornando-se aptos à
É claro que as variações de capacidade do sistema venoso fecundação;
alteram notavelmente a dinâmica do sistema circulatório
humano. – Ducto deferente: canal que transporta os espermatozoides
do epidídimo até um complexo de glândulas anexas;
 SISTEMA REPRODUTOR
– Glândulas anexas: conjunto formado pela próstata,
O sistema reprodutor humano é conjunto de órgãos e vesículas seminais e glândulas bulbouretrais. Formam a
estruturas do corpo humano que são responsáveis pela secreção que compõe o sêmen, fluido que nutre e proporciona
identificação do sexo de uma pessoa, e pela reprodução da o meio de sobrevivência aos espermatozoides, como a
espécie humana. Os seres humanos se reproduzem de maneira neutralização do pH levemente ácido da uretra.
sexuada, ou seja, é necessário um homem e uma mulher para
gerar novos seres da espécie humana.  Sistema Reprodutor Feminino
Diferentemente dos órgãos dos sistemas respiratório e
digestivo, por exemplo, que são os mesmos em todos os seres O sistema reprodutivo feminino é composto por diversos
humanos, os órgãos do sistema reprodutor humano variam de órgãos que estão localizados principalmente dentro do corpo e
acordo com o sexo do indivíduo. nos arredores da região pélvica da mulher. Ele possui diversas
O sistema hormonal exerce grande influência nos sistemas funções e vários papéis importantes, tais como:
reprodutores feminino e masculino, pois é através do processo
hormonal que o ocorre o estímulo necessário para que os
órgãos sexuais se desenvolvam. Os hormônios também são

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Como ocorre a fecundação?

Na relação sexual, os espermatozoides são lançados dentro do


corpo da mulher e começam a corrida para até chegar ao
óvulo. Eles são atraídos por substâncias químicas liberadas
 produz os gametas femininos (óvulos); pelo óvulo e nadam em busca dele. Além disso, substâncias do
 fornece um local apropriado para a ocorrência da sêmen estimulam as contrações da musculatura do útero, que
fecundação; juntamente com os movimentos dos flagelos, levam os
 permite a implantação de embrião; espermatozoides até a tuba uterina.
 oferece ao embrião condições para seu
desenvolvimento;
 executa atividade motora suficiente para expelir o
bebê quando ele completa sua formação.

– Vulva: é o conjunto de estruturas que formam o aparelho


reprodutor feminino externo (lábios vaginais, orifício da
uretra, abertura da vagina e clitóris);

– Lábios vaginais (grandes e pequenos): essas dobras da Diversos espermatozoides morrem no caminho, pois o
pele formadas por tecido adiposo são responsáveis pela ambiente vaginal é ácido e existem células de defesa prontas
proteção do aparelho reprodutor feminino; para eliminá-los. Ainda assim, milhares de outros
espermatozóides conseguem sobreviver.
Ao encostarem nas camadas mais externas do óvulo, acontece
– Clitóris: órgão sensível do organismo feminino;
uma reação no acrossomo dos espermatozóides liberando
enzimas digestivas que ajudam a dispersar as células
– Vagina: canal que recebe o pênis durante o ato sexual, foliculares. Quando o primeiro espermatozóide atinge a
servindo também como ducto para eliminação do fluxo membrana vitelínica, que é a mais interna, a entrada de outros
menstrual e concepção no momento do parto normal; é impedida.
O fenômeno chamado fertilização se inicia com a fusão das
– Útero: órgão que recepciona o zigoto (óvulo fecundado) e membranas dos gametas, além da secreção dos grânulos
proporciona o seu desenvolvimento durante o período corticais que formam barreira à entrada de outros
gestacional. Além de proteger o embrião contra choques espermatozóides.
mecânicos, também impede a transposição de impurezas e Com a entrada do espermatozoide, suas estruturas se fundem
micro-organismos patogênicos, além de auxiliar na ao óvulo, e nesse momento que é originado o embrião (ou
manutenção da nutrição (formação da placenta e cordão zigoto), a primeira célula do bebê. A partir da formação do
umbilical); zigoto um processo de divisões celulares é iniciado,
originando muitas outras células.
– Tubas uterinas ou trompas: são ovidutos que possuem
inúmeros cílios em sua superfície interna e desempenham a
função de transportar o “óvulo” do ovário até o útero. É nas
trompas que acontece a fecundação, o encontro do
espermatozóide com o “óvulo”.

– Ovários: são glândulas responsáveis pela ovulação e


produzem também os hormônios sexuais estrógeno e
progesterona.
 SISTEMA NERVOSO

Anatomia do Sistema Nervoso Central


O Sistema Nervoso Central é formado pelo encéfalo e
medula espinhal. Podemos dizer que ele localiza-se dentro do
esqueleto axial, mesmo que alguns nervos penetrem no crânio
ou na coluna vertebral.
O Sistema Nervoso Central é protegido por partes ósseas. O
encéfalo é resguardado pelo crânio e a medula espinhal pela
coluna vertebral.

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nervos espinhais. Eles conectam a medula espinhal as células
sensoriais e diversos músculos pelo corpo.

 Meninges
Todo o Sistema Nervoso Central é revestido por três
membranas que o isolam e protegem, as meninges.
As meninges são:
 Dura-máter: É a mais externa, sendo espessa e
resistente. Formada por tecido conjuntivo rico em
fibras colágenas. A sua porção mais externa fica em
contato com os ossos.
 Aracnoide: É a membrana intermediária, entre a
dura-máter e a pia-máter. Sua estrutura parece uma
teia de aranha, por isso o seu nome.
 Encéfalo
 Pia-máter: É a mais interna e delicada, em contato
direto com o SNC.
O encéfalo é formado pelo cérebro, cerebelo e tronco
encefálico. Ele possui em torno de 35 bilhões de neurônios e A aracnoide e a pia-máter são separadas pelo líquido
pesa aproximadamente 1,4 kg. cefalorraquidiano ou liquor. Ele confere proteção mecânica
e amortecimento de choques aos órgãos do Sistema Nervoso
 Cérebro Central. Ainda oferece nutrientes ao cérebro.
O cérebro é a porção mais maciça e o principal órgão do
Sistema Nervoso. Ele é responsável por comandar ações
motoras, estímulos sensoriais e atividades neurológicas como
a memória, a aprendizagem, o pensamento e a fala.
Ele é formado por duas metades, os hemisférios direito e
esquerdo, separados por uma fissura longitudinal. Os dois
hemisférios compreendem o telencéfalo.
Eles trabalham em conjunto, porém, existem algumas funções
específicas para cada um dos hemisférios. O hemisfério
direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério
esquerdo controla o lado direito.
O fluxo sanguíneo no cérebro é bastante elevado, superado
apenas pelos rins e coração.

 Cerebelo Os dendritos são prolongamentos geralmente muito


ramificados e que atuam como receptores de estímulos,
O cerebelo ou metencéfalo representa 10% do volume do funcionando portanto, como "antenas" para o neurônio. Os
encéfalo. Ele é relacionado com a manutenção do equilíbrio axônios são prolongamentos longos que atuam como
corporal, controle do tônus muscular e aprendizagem motora. condutores dos impulsos nervosos. Os axônios podem se
Assim, como ocorre no cérebro, o cerebelo possui dois ramificar e essas ramificações são chamadas de colaterais.
hemisférios separados por uma faixa estreita, o vérmis. Todos os axônios têm um início (cone de implantação), um
meio (o axônio propriamente dito) e um fim (terminal axonal
 Tronco Encefálico ou botão terminal). O terminal axonal é o local onde o axônio
O tronco encefálico é constituído pelo mesencéfalo, ponte e entra em contato com outros neurônios e/ou outras células e
bulbo. passa a informação (impulso nervoso) para eles. A região de
O mesencéfalo é a menor parte do tronco encefálico, localiza- passagem do impulso nervoso de um neurônio para a célula
se entre a ponte e o cérebro. A ponte localiza-se entre o adjacente chama-se sinapse. Às vezes os axônios têm muitas
mesencéfalo e o bulbo. No bulbo, a parte inferior liga-se a ramificações em suas regiões terminais e cada ramificação
medula espinhal e a superior com a ponte. forma uma sinapse com outros dendritos ou corpos celulares.
Estas ramificações são chamadas coletivamente de
arborização terminal. 
 Medula Espinhal
A medula espinhal é a parte mais alongada do sistema nervoso Os corpos celulares dos neurônios são geralmente encontrados
central. É caracterizada por um cordão cilíndrico, composto em áreas restritas do sistema nervoso, que formam o Sistema
de células nervosas, localizado no canal interno das vértebras Nervoso Central (SNC), ou nos gânglios nervosos, localizados
da coluna vertebral. próximo da coluna vertebral.
A função da medula espinhal é estabelecer a comunicação
entre o corpo e o sistema nervoso. Ela também coordena os
reflexos, ocasiões em que o corpo necessita de uma resposta
rápida.
É a partir da medula espinhal que originam-se os 31 pares de Do sistema nervoso central partem os prolongamentos dos

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neurônios, formando feixes chamados nervos, que constituem
o Sistema Nervoso Periférico (SNP).

 Sistema Nervoso Periférico (SNP): nervos e


gânglios nervosos que conectam o SNC aos órgãos
do corpo.

Componentes do Sistema Nervoso Periférico

A membrana plasmática do neurônio transporta


alguns íons ativamente, do líquido extracelular para
o interior da fibra, e outros, do interior, de volta ao
líquido extracelular. Assim funciona a bomba de
sódio e potássio, que bombeia ativamente o sódio
para fora, enquanto o potássio é bombeado
ativamente para dentro.Porém esse bombeamento
não é equitativo: para cada três íons sódio
bombeados para o líquido extracelular, apenas dois
íons potássio são bombeados para o líquido
Sistema Nervoso Central e Periférico: o SNP é constituído intracelular.
por nervos e gânglios. Eles são os responsáveis por interligar
o SNC as partes do corpo. Somando-se a esse fato, em repouso a membrana da célula
nervosa é praticamente impermeável ao sódio, impedindo que
Veja a seguir como cada um desses componentes atua no esse íon se mova a favor de seu gradiente de concentração (de
corpo humano. fora para dentro);  porém, é muito permeável ao potássio, que,
favorecido pelo gradiente de concentração e pela
 Nervos permeabilidade da membrana, se difunde livremente para o
Os nervos correspondem a feixes de fibras nervosas meio extracelular.
envolvidas por tecido conjuntivo. Eles são responsáveis por
fazer a união do SNC a outros órgãos periféricos e pela
transmissão dos impulsos nervosos.

Os nervos apresentam a seguinte divisão:


 Nervos Espinhais: compostos por 31 pares, são os
que fazem conexão com a medula espinhal. Estes
nervos são responsáveis por inervar o tronco, os
membros e algumas regiões específicas da cabeça.
 Nervos Cranianos: compostos por 12 pares, são os
que fazem conexão com o encéfalo. São estes nervos Em repouso: canais de sódio
que inervam as estruturas da cabeça e do pescoço. fechados. Membrana é
praticamente impermeável ao
Os nervos apresentam os seguintes tipos: sódio, impedindo sua difusão
 Nervos Aferentes (Sensitivos): enviam sinais da a favor do gradiente de
periferia do corpo para o sistema nervoso central. concentração.
Este tipo de nervo é capaz de captar estímulos como Sódio é bombeado ativamente
o calor e a luz, por exemplo. para fora pela bomba de sódio
 Nervos Eferentes (Motores): enviam sinais do e potássio.
sistema nervoso central para os músculos ou
glândulas.
 Nervos Mistos: formados por fibras sensoriais e
fibras motoras, por exemplo, os nervos raquidianos.

Como a saída de sódio não é acompanhada pela entrada de


O impulso nervoso potássio na mesma proporção, estabelece-se uma diferença de
cargas elétricas entre os meios intra e extracelular: há déficit

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de cargas positivas dentro da célula e as faces da membrana  ARITIMÉTICA e ÁLGEBRA
mantêm-se eletricamente carregadas.
O potencial eletronegativo criado no interior da fibra nervosa CAPÍTULO 1
devido à bomba de sódio e potássio é chamado potencial de Operações Fundamentais
repouso da membrana, ficando o exterior da membrana São elas a adição, a subtração, a multiplicação e a
positivo e o interior negativo. Dizemos, então, que a divisão.
membrana está polarizada.   Adição é uma das operações básicas da álgebra. Na sua
forma mais simples, adição combina dois números (termos
Ao ser estimulada, uma pequena região da membrana torna-se ou parcelas), em um único número, a soma. Adicionar
permeável ao sódio (abertura dos canais de sódio). Como a mais números corresponde a repetir a operação.
concentração desse íon é maior fora do que dentro da célula, o
sódio atravessa a membrana no sentido do interior da célula. A Subtração é uma operação matemática que indica quanto
entrada de sódio é acompanhada pela pequena saída de é um valor numérico (minuendo) se dele for removido
potássio. Esta inversão vai sendo transmitida ao longo do outro valor numérico (subtraendo). A subtração é o mesmo
axônio, e todo esse processo é denominado onda de que a adição por um número de sinal inverso. Portanto, a
despolarização. Os impulsos nervosos ou potenciais de ação operação inversa da adição.
são causados pela despolarização da membrana além de um Multiplicação é uma operação binária. Na sua forma mais
limiar (nível crítico de despolarização que deve ser alcançado simples a multiplicação é uma forma simples de se
para disparar o potencial de ação). Os potenciais de ação adicionar uma quantidade finita de números iguais. O
assemelham-se em tamanho e duração e não diminuem à resultado da multiplicação de dois números é chamado
medida em que são conduzidos ao longo do axônio, ou seja,  produto. Os números sendo multiplicados são chamados
são de tamanho e duração fixos. A aplicação de uma de coeficientes ou operandos, e individualmente de
despolarização crescente a um neurônio não tem qualquer multiplicando e multiplicador. MULTIPLICAÇÃO É A
efeito até que se cruze o limiar e, então, surja o potencial de SOMA DE PARCELAS IGUAIS.
ação. Por esta razão, diz-se que os potenciais de ação
obedecem à "lei do tudo ou nada". Divisão é a operação aritmética que permite identificar
quantas vezes um número, chamado divisor, está contido
em outro número chamado dividendo. Essa quantidade
será conhecida por quociente.

Exemplos de aplicação:

ADIÇÃO

O percurso do impulso nervoso no neurônio é sempre no


sentido dendrito  corpo celular  axônio.  
SUBTRAÇÃO

MUTIPLICAÇÃO

DIVISÃO
MATEMÁTICA

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número primo.

Observações:
=> 1 não é um número primo, porque ele tem apenas um
divisor que é ele mesmo.
É importante lembrar que um número pode ser => 2 é o único número primo que é par.
representado a partir de uma divisão tomaremos a divisão
Os números que têm mais de dois divisores são chamados
números compostos.
. Exemplo: 15 tem mais de dois divisores => 15 é um
número composto.

Reconhecimento de um número primo

Daí temos que: Para saber se um número é primo, dividimos esse número
pelos números primos 2, 3, 5, 7, 11 etc. até que tenhamos:
=>  ou uma divisão com resto zero e neste caso o número
não é primo,
=>  ou uma divisão com quociente menor que o divisor e
o resto diferente de zero. Neste caso o número é primo.

Logo um número D pode ser escrito da forma


D=d.Q+r
Decomposição de um número em fatores primos

Todo número natural, maior que 1, pode ser decomposto


1º) Dividimos o número pelo seu menor divisor num produto de dois ou mais fatores.
primo;
        Decomposição do número 24 num produto:
2º) a seguir, dividimos o quociente obtido pelo menor         24 = 4 x 6
divisor primo desse quociente e assim sucessivamente         24 = 2 x 2 x 6
até obter o quociente 1.         24 = 2 x 2 x 2 x 3 = 23 x 3

A figura abaixo mostra a fatoração do número 630.         No produto 2 x 2 x 2 x 3 todos os fatores são primos.
        Chamamos de fatoração de 24 a decomposição de 24
num produto de fatores primos. Então a fatoração de 24 é
23 x 3.

De um modo geral, chamamos de fatoração de um


número natural, maior
que 1, a sua decomposição num produto de fatores
primos.

Regra prática para a fatoração

Existe um dispositivo prático para fatorar um número.

Números Primos
Veja, no exemplo, os passos para montar esse dispositivo:

Números primos são os números naturais que têm apenas


        Então 630 = 2 x 3 x 3 x 5 x 7.
dois divisores( Números que dividem um número): o 1 e
                  630 = 2 x 32 x 5 x 7.
ele mesmo.

 Exemplos:

1) 2 tem apenas os divisores 1 e 2, portanto 2 é um número


primo.
2) 17 tem apenas os divisores 1 e 17, portanto 17 é um
número primo.
3) 10 tem os divisores 1, 2, 5 e 10, portanto 10 não é um MMC E MDC

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MÚLTIPLO DE UM NÚMERO NATURAL Neste processo decompomos todos os números ao mesmo
tempo, num dispositivo como mostra a figura abaixo. O
Como 24 é divisível por 3 dizemos que 24 é múltiplo de produto dos fatores primos que obtemos nessa decomposição é
3. 24 também é múltiplo de 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12 e 24. o m.m.c. desses números. Ao lado vemos o cálculo do m.m.c.
(15,24,60)
Se um número é divisível por outro, diferente de zero,
então dizemos que ele é múltiplo desse outro.

Os múltiplos de um número são calculados multiplicando-


se esse número pelos números naturais.

Exemplo: os múltiplos de 7 são:


7x0 , 7x1, 7x2 , 7x3 , 7x4 , ...  =  0 , 7 , 14 , 21 , 28 , ...
Portanto, m.m.c.(15,24,60) = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 = 120
Observações importantes:
1) Um número tem infinitos múltiplos PROPRIEDADE DO M.M.C.
2) Zero é múltiplo de qualquer número natural
Entre os números 3, 6 e 30, o número 30 é múltiplo dos
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM (M.M.C.) outros dois. Neste caso, 30 é o m.m.c.(3,6,30). Observe:

Dois ou mais números sempre têm múltiplos comuns a


eles.
Vamos achar os múltiplos comuns de 4 e 6:
Múltiplos de 6:  0, 6, 12, 18, 24, 30,...
Múltiplos de 4:  0, 4, 8, 12, 16, 20, 24,...
Múltiplos comuns de 4 e 6:  0, 12, 24,...

m.m.c.(3,6,30) = 2 x 3 x 5 = 30
Dentre estes múltiplos, diferentes de zero, 12 é o menor
deles. Chamamos o 12 de mínimo múltiplo comum de 4
e 6. Dados dois ou mais números, se um deles é múltiplo de
todos os outros, então
ele é o m.m.c. dos números dados.
O menor múltiplo comum de dois ou mais números,
diferente de zero, é chamado de mínimo múltiplo
comum desses números. Usamos a abreviação m.m.c. Considerando os números 4 e 15, que são primos entre si.
O m.m.c.(4,15) é igual a 60, que é o produto de 4 por 15.
Observe:
CÁLCULO DO M.M.C.

Podemos calcular o m.m.c. de dois ou mais números


utilizando a fatoração. Acompanhe o cálculo do m.m.c. de
12 e 30:
1º) decompomos os números em fatores primos
2º) o m.m.c. é o produto dos fatores primos comuns e não-
comuns:
m.m.c.(4,15) = 2 x 2 x 3 x 5 = 60
12   =  2  x  2  x  3
30   =  2  x  3   x  5 Dados dois números primos entre si, o m.m.c. deles é o
m.m.c (12,30)  = 2  x  2  x  3   x  5 produto desses números.

Escrevendo a fatoração dos números na forma de Determinação dos divisores de um número


potência, temos:
12 = 22  x  3 Na prática determinamos todos os divisores de um número
30 = 2   x  3  x  5 utilizando os seus fatores primos.
m.m.c (12,30)  = 22  x  3  x  5 Vamos determinar, por exemplo, os divisores de 90:

O m.m.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é 1º) decompomos


o produto dos fatores comuns e não-comuns a eles, cada o número em
um elevado ao maior expoente. fatores primos;

PROCESSO DA DECOMPOSIÇÃO SIMULTÂNEA 2º) traçamos uma

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1) decompomos os números em fatores primos;
linha e 2) o m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns.
escrevemos o 1
no alto, porque Acompanhe o cálculo do m.d.c. entre 36 e 90:
ele é divisor de 36 = 2 x 2 x 3 x 3
qualquer número; 90 = 2 x 3 x 3 x 5

O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns =>  


m.d.c.(36,90) = 2 x 3 x 3
Portanto m.d.c.(36,90) = 18.

Escrevendo a fatoração do número na forma de potência


3º) multiplicamos temos:
sucessivamente 36 = 22 x 32
cada fator primo 90 = 2  x 32 x5
pelos divisores já Portanto m.d.c.(36,90) = 2 x 32 = 18.
obtidos e
escrevemos esses
produtos ao lado O m.d.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é o
de cada fator produto dos fatores comuns a eles, cada um elevado ao
primo; menor expoente.

CÁLCULO DO M.D.C. PELO PROCESSO DAS


DIVISÕES SUCESSIVAS
4º) os divisores já
Nesse processo efetuamos várias divisões até chegar a uma
obtidos não
divisão exata. O divisor desta divisão é o m.d.c.
precisam ser
Acompanhe o cálculo do m.d.c.(48,30).
repetidos.
Regra prática:

1º) dividimos o número maior pelo número menor;


48 / 30 = 1 (com resto 18)
2º) dividimos o divisor 30, que é divisor da divisão
Portanto os divisores de 90 são 1, 2, 3, 5, 6, 9, 10, 15, 18, anterior, por 18, que é o resto da divisão anterior, e assim
30, 45, 90. sucessivamente;
30 / 18 = 1 (com resto 12)
18 / 12 = 1 (com resto 6)
Máximo Divisor Comum
12 / 6 = 2 (com resto zero - divisão exata)
3º) O divisor da divisão exata é 6. Então m.d.c.(48,30) =
Dois números naturais sempre têm divisores comuns. Por 6.
exemplo: os divisores comuns de 12 e 18 são 1,2,3 e 6.
Dentre eles, 6 é o maior. Então chamamos o 6 de máximo
PROPRIEDADE DO M.D.C.
divisor comum de 12 e 18 e indicamos m.d.c.(12,18) = 6.

Dentre os números 6, 18 e 30, o número 6 é divisor dos


O maior divisor comum de dois ou mais números é
outros dois. Neste caso, 6 é o m.d.c.(6,18,30). Observe:
chamado de máximo divisor comum desses números.
6=2x3
Usamos a abreviação m.d.c.
18 = 2 x 32
Alguns exemplos:
30 = 2 x 3 x 5
mdc (6,12) = 6
Portanto m.d.c.(6,18,30) = 6
mdc (12,20) = 4
Dados dois ou mais números, se um deles é divisor de
mdc (20,24) = 4
todos os outros, então ele é o m.d.c. dos números dados.
mdc (12,20,24) = 4
mdc (6,12,15) = 3
NÚMEROS PRIMOS ENTRE SI
CÁLCULO DO M.D.C.
Dois ou mais números são primos entre si quando o
Um modo de calcular o m.d.c. de dois ou mais números é máximo divisor comum desses números é 1.
utilizar a decomposição desses números em fatores Exemplos:
primos. Os números 35 e 24 são números primos entre si, pois mdc
(35,24) = 1.
Os números 35 e 21 não são números primos entre si, pois
mdc (35,21) = 7.

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CAPÍTULO 2 Verifique então que:

FRAÇÕES

Frações Ordinárias
É um número racional representado na forma a/b, onde a e
b são inteiros, como b não nulo, onde a é conhecido como
numerador e b como denominador. Abaixo, vamos
diferenciar as frações ordinárias das frações decimais.

Frações próprias
Elas representam o número inteiro. E também são
chamadas de frações aparentes. Nas frações aparentes, o
numerador é múltiplo do denominador, assim o numerador
é divisível pelo denominador.
A fração aparente também é imprópria, mas existe fração
imprópria que é aparente.
ex:. 4/2, 3, etc...

Frações impróprias    Assim:


É o tipo de fração que é menor do que a unidade. Por isso
são chamadas de frações impróprias. Nas frações
impróprias, o numerador é menor do que o denominador.    Um número decimal é igual à fração que se
ex:. ¾ obtém escrevendo para numerador o número sem
vírgula e dando para denominador a unidade
Frações Equivalentes/Classe de Equivalência seguida de tantos zeros quantas forem as casas
As frações 2/3, 4/6 e 6/9 representam o mesmo valor, decimais.
sendo que seus números são diferentes, assim são
chamadas de frações equivalentes.  Transformação de fração decimal em número decimal
Para que uma fração seja equivalente à outra, basta
multiplicar ou dividir o numerador e o denominador pelo    Observe as igualdades entre frações decimais e números
mesmo número (diferente de zero). decimais a seguir:

Numeração decimal

Transformação de números decimais em frações


decimais

   Observe os seguintes números decimais:

 0,8 (lê-se "oito décimos"), ou seja, .


 0,65 (lê-se "sessenta e cinco centésimos"), ou seja,

.
 5,36 (lê-se "quinhentos e trinta e seis centésimos"),

ou seja, .    Podemos concluir, então, que:


 0,047 (lê-se "quarenta e sete milésimos"), ou seja,
    Para se transformar uma fração
decimal em número decimal, basta dar
ao numerador tantas casas decimais
quantos forem os zeros do
denominador.

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Fração geratriz
Assim:
A fração geratriz é aquela que dá origem a uma dízima
periódica.
Aqui, vamos dar dicas de como achar as frações geratrizes
de dízimas periódicas simples e compostas, de uma forma
bem prática.

Dízimas periódicas simples


a) 0,2222...
Período: 2
Coloca-se o período no numerador da fração e, para
cada algarismo dele, coloca-se um algarismo 9 no
denominador.

b) 1,64444...

c) 21,308888... (o período tem 1 algarismo e o antiperíodo


tem 2 algarismos)

d) 2,4732121212... (o período tem 2 algarismos e o


antiperíodo tem 3 algarismos)

Nesse caso, temos uma dízima simples e a parte inteira


diferente de zero.
CAPÍTULO 3
Uma estratégia é separar a parte inteira e a parte CONJUNTOS
decimal:
A Teoria dos Conjuntos, um dos temas de matemática que
aparecem no Enem, foi formulada no fim do século XIX
pelo matemático russo Georg Ferdinand Ludwig Philip
Cantor. Conjuntos não podem ser definidos, mas entende-
se por conjunto toda lista de objetos, símbolos que seja
Dízimas periódicas compostas bem definida.
a) 0,27777...
Conceitos primitivos:
Para cada algarismo do período ainda se coloca um
algarismo 9 no denominador. Mas, agora, para cada - Conjunto;
algarismo do antiperíodo se coloca um algarismo zero, - Elemento;
também no denominador. - Pertinência.

No caso do numerador, faz-se a seguinte conta: Ao pensarmos em uma coleção de objetos, podemos
(parte inteira com antiperíodo e período) - (parte inteira associar a conjunto. Esses objetos da coleção são o que
com antiperíodo) chamamos de elementos do conjunto. Se um elemento está
presente em um conjunto, dizemos que o elemento
pertence (∈∈) ao conjunto. Caso contrário, dizemos que
ele não pertence.

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Símbolos Propriedades: 
Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, tem-se:
A linguagem escrita pode ser simplificada com os
símbolos descritos nos exemplos a seguir: - A ⊂ A
- ∅⊂A
- O elemento 1(um) pertence (está dentro) ao conjunto A:  - (A⊂B e B⊂A)⇔A=B
1∈A - (A⊂B e B⊂C)=>A⊂C
- O elemento 3 não pertence (não está dentro) ao conjunto
A:  Conjunto das partes
3∉A É o conjunto cujos elementos são os subconjuntos de A. É
- Existe algum: ∃ representado por P(A).
- Qualquer que seja: ∀
- Tal que: | Propriedade: se o conjunto A possui n elementos, então

Conjuntos importantes: P(A) possui    elementos, ou seja, o conjunto A possui


- Conjunto vazio: não possui nenhum elemento. É
representado por ∅ ou {  }.  subconjuntos.
- Conjunto unitário: possui um único elemento.
Operações com conjuntos
Representações
União
Um conjunto pode ser representado da seguinte maneira:
Intuitivamente, unir dois ou mais conjuntos significa
Enumerando seus elementos entre chaves, separados agrupá-los com intuito de torná-los um s
por vírgulas;
Exemplos:
Definição:
A = {–1, 0, 1}
Dados dois conjuntos A e B, representa-se e define-se o
ℕ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
conjunto união de A e B por:
A∪B= {x | x ∈ A ou x ∈ B}
Indicando, entre chaves, uma propriedade que
caracterize cada um de seus elementos;
Exemplos:
A = {x ∈ Z | −2 < x < 2}
N = {x ∈ Z | x ≥ 0}
Por meio de uma figura fechada, dentro da qual
podem-se escrever seus elementos. “Diagrama de
Euler”.
- A∪∅ = A (elemento neutro);
- A∪A = A (recíproca)
- A∪B=B∪A (comutativa)
- A∪(B∪C)=(A∪B)∪C(associativa)

Exemplos:

Dados os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4}, B = {1, 3, 5, 7} e C


= {5, 6, 7, 8, 9}, vamos obter:
A N a) A ∪ B.
b) A ∪ B ∪ C.
Conjuntos Iguais
Os conjuntos A e B são iguais quando possuem os mesmos Solução:
elementos. Representa-se a) A ∪ B = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 7}
b) A ∪ B ∪ C = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
A = B.
Interseção
Subconjuntos Intuitivamente, um elemento faz parte da interseção de
O conjunto A é subconjunto de B se todo elemento de A é dois ou mais conjuntos, se ele pertence a todos esses
elemento de B. Representa-se A⊂B(A está contido em B). conjuntos ao mesmo tempo.

Definição:                                                                            
Dados dois conjuntos A e B, representa-se e define-se o
conjunto interseção de A e B por:

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A ∩ B = {x | x ∈ A e x ∈ B} b) B – A = {3, 5, 7}

CAPÍTULO 4

CONJUNTOS NUMÉRICOS

Conjunto dos Números Naturais


São todos os números inteiros positivos, incluindo o zero.
Para três conjuntos arbitrários A, B e C, valem as É representado pela letra maiúscula N.
seguintes propriedades: Caso queira representar o conjunto dos números naturais
-A∩ ∅ = ∅ não-nulos (excluindo o zero), deve-se colocar um * ao
- A ∩ A = A (recíproca) lado do N:
- A ∩ B = B ∩ A (comutativa)
- A ∩ (B ∩ C)  =  (A ∩ B) ∩ C (associativa)
N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, ...}
N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...}
Exemplos:
Dados os conjuntos A = {0, 1, 5}, B = {0, 2, 5, 7}, C = {4,
Conjunto dos Números Inteiros
6, 7, 9} e D = {0, 1, 6}, vamos obter:
São todos os números que pertencem ao conjunto dos
a) A ∩ B.
Naturais mais os seus respectivos opostos (negativos).
b) A ∩ C.
São representados pela letra Z:
c) A ∩ B ∩ D.

Solução: Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}


a) A ∩ B = {0, 5}
b) A ∩ C = Ø O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos, eles
c) A ∩ B ∩ D = {0} são:
- Inteiros não negativos
Diferença entre conjuntos São todos os números inteiros que não são negativos. Logo
Dados dois conjuntos A e B, define-se o conjunto percebemos que este conjunto é igual ao conjunto dos
diferença A - B por: números naturais.
A – B = {x | x ∈ A e x ∉ B} É representado por Z+:

Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, ...}

- Inteiros não positivos


São todos os números inteiros que não são positivos. É
representado por Z-:

Para a diferença entre conjuntos, valem as seguintes Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
propriedades:
-A– ∅ =A - Inteiros não negativos e não-nulos
- ∅ –A= ∅ É o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se esse
-A–A= ∅ subconjunto por Z*+:

Exemplo 1: Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}


Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5}, B = {2, 4, 6},
obtenha:
Z*+ = N*
a) A – B.
b) B – A.
- Inteiros não positivos e não nulos
Solução: São todos os números do conjunto Z- excluindo o zero.
a) A – B = {1, 2, 3, 4, 5} – {2, 4, 6} = {1, 3, 5} Representa-se por Z*-.
b) B – A = {2, 4, 6} – {1, 2, 3, 4, 5} = {6}
Z*- = {... -4, -3, -2, -1}
Exemplo 2:
Se A = {x natural, menor que 10 / x é par} e B = {x Conjunto dos Números Racionais
natural, menor que 10 / x é primo}. Determine A – B e B – Os números racionais é um conjunto que engloba os
A. números inteiros (Z), números decimais finitos (por
exemplo, 743,8432) e os números decimais infinitos
Respostas: periódicos (que repete uma sequência de algarismos da
a) A – B = {0, 4, 6, 8} parte decimal infinitamente), como "12,050505...", são

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também conhecidas como dízimas periódicas.
Os racionais são representados pela letra Q.
3 - Potência de potência = mantenha a base e multiplique
Conjunto dos Números Irracionais os expoentes:
É formado pelos números decimais infinitos não-
periódicos. Um bom exemplo de número irracional é o (am)n = am . n
número PI (resultado da divisão do perímetro de uma
circunferência pelo seu diâmetro), que vale 3,14159265 .... Atenção
Atualmente, supercomputadores já conseguiram calcular
bilhões de casas decimais para o PI.
Também são irracionais todas as raízes não exatas, como a As potências abaixo NÃO são iguais:
raiz quadrada de 2 (1,4142135 ...)
(am)n e amn
Conjunto dos Números Reais
É formado por todos os conjuntos citados anteriormente na primeira, resolvemos o que está entre parênteses
(união do conjunto dos racionais com os irracionais). primeiro, já na segunda, nós devemos elevar m à n, e
Representado pela letra R. depois elevar a ao resultado da operação anterior.

4 - (a . b)n = an . bn

5 - (a/b)n = an/bn , com " b " diferente de zero.

Potenciação com números negativos

CAPÍTULO 5 Observe os exemplos abaixo:

Potenciação (-3)2 = 9
Definição: Potenciação significa multiplicar um número -32 = -9
real (base) por ele mesmo X vezes, onde X é a potência
(número natural). Exemplo: O sinal de negativo ( - ) na frente do três, só fará parte da
potenciação quando estiver dentro de um parêntese, caso
contrário, ele continua no seu lugar no resultado.

Porém, no primeiro exemplo, o expoente é 2, número par,


por isto o negativo do 3 ao final se transforma em positivo.
Se fosse 3, o resultado seria negativo:
33 (leia-se "três elevado ao quadrado", ou "três elevado à (-3)3 = (-3) . (-3) . (-3) = 9 . (-3) = -27
segunda potência" ou ainda "três elevado à três").
se tirarmos os parênteses
No exemplo, precisamos multiplicar o 3 por ele mesmo.
Ficando: 3.3 = 9.
-33 = - 3 . 3 . 3 = -9 . 3 = -27
Então 33 = 3 . 3 . 3 = 3 . 9 = 27
Potenciação de frações
Algumas outras definições que podem ser utilizadas:
De potência sabemos que an = a.a.a.....a (n vezes).
a1 = a
a0 = 1, a ≠ 0
Da mesma forma,  
Propriedades
(n vezes). Ou seja:
1 - Multiplicação de potências de bases iguais = mantenha
a base e some os expoentes:

an . am = an+m

2 - Divisão de potências de bases iguais - mantenha a base Exemplos


e subtraia os expoentes:

(an) / (am) = an-m , "a" diferente de zero.

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1) 5) Qual é o quociente da divisão ?

2)
Potência de uma potência
Quando o expoente é zero ou um
 Na potência de uma potência, conserve a base e
multiplique os expoentes.
Convencionou-se dizer que:

Exemplo

6) Dada a potência , determine o seu quadrado.

Expoentes negativos

Resolva potências de expoentes negativos utilizando a


ideia de inverso. Veja o conceito a seguir.
I – Todo número real não nulo, seja ele fracionário ou não,
elevado a 1 é igual a ele próprio.

II – Todo número real elevado a zero é igual a 1.


Exemplos
Exemplo
7) Resolva:

3) Qual é o valor de ?
a)

b)

CAPÍTULO 6
Multiplicando ou dividindo potências de bases iguais
 Para multiplicar potências de mesma base, conserve a RADICIAÇÃO
base e some os expoentes.
 Para dividir potências de mesma base, conserve a Uma raiz nada mais é que uma operação inversa à
base e subtraia os expoentes. potenciação, sendo assim, ela é utilizada para representar,
de maneira diferente, uma potência com expoente
fracionário.
Exemplos

Exemplos

(Para resolver as potências e  , proceda como


nos exemplos anteriores). 

4) Determine o produto . 

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Raiz com índice par Exemplos:
Para um número real a positivo, com n sendo um número
natural par e positivo, maior que 1, tem-se um b, tal que,
se , então bn = a, onde a é o radicando, n é o
índice, b é raiz e √ é o radical. Com
. Para resolvermos a raiz m-ésima de uma raiz n-ésima,
multiplicamos os índices entre si mantendo intacto o
Nenhum valor de a negativo (-a) tem definição nesse radical interno.
caso.

Observação: quando o índice não aparecer no radical,


isso indica que n = 2 e teremos uma raiz quadrada. Exemplos:

Exemplos:

A raiz n-ésima de um produto é igual ao produto das raízes


n-ésimas.

Raiz com índice ímpar

Sendo a um número real, positivo ou negativo, com m


sendo um número natural ímpar e positivo, maior que 1, Exemplos:

tem-se um b, tal que, se , então bm = a, onde a é o


radicando, m é o índice, b é raiz e √ é o radical. Com
.
A raiz n-ésima de um quociente (divisão) de a por b é igual
Nesse caso é possível obtermos raízes negativas dentro ao quociente entre as raízes n-ésimas.
do conjunto dos números reais (ℝ).

Exemplos:

Exemplos:

Propriedades

Para o radicando que tenha, como resultado de uma


fatoração, expoente igual a seu índice, então este CAPÍTULO 7
radicando é igual à raiz procurada.
SISTEMA DE MEDIDAS

Para podermos comparar um valor com outro, utilizamos


Exemplos: uma grandeza predefinida como referência, grandeza esta
chamada de unidade padrão.

As unidades de medida padrão que nós brasileiros


utilizamos com maior frequência são o grama, o litro e o
Podemos dividir o radicando e o índice por um mesmo metro, assim como o metro quadrado e o metro cúbico.
número real, desde que este seja diferente de zero e maior
que um, e divisor comum do radicando e do índice. Além destas também fazemos uso de outras unidades de
medida para realizarmos, por exemplo, a medição de
tempo, de temperatura ou de ângulo.

Dependendo da unidade de medida que estamos


utilizando, a unidade em si ou é muito grande ou muito

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pequena, neste caso então utilizamos os seus múltiplos ou Múltiplos e Submúltiplos do grama
submúltiplos. O grama geralmente é uma unidade muito
pequena para o uso cotidiano, por isto em geral utilizamos
o quilograma, assim como em geral utilizamos o mililitro
ao invés da própria unidade litro, quando o assunto é
bebidas por exemplo.

Medidas de comprimento

Metro

A palavra metro vem do gegro métron e significa  "o que


mede". Foi estabelecido inicialmente que a medida do
metro seria a décima milionésima parte da distância do
Pólo Norte ao Equador, no meridiano que passa por Paris.
No Brasil o metro foi adotado oficialmente em 1928. Medidas de capacidade

Múltiplos e Submúltiplos do Metro Litro

Além da unidade fundamental de comprimento, o metro,   A quantidade de líquido é igual ao volume interno de um
existem ainda os seus múltiplos e submúltiplos, cujos recipiente, afinal quando enchemos este recipiente, o
nomes são formados com o uso dos prefixos: quilo, hecto, líquido assume a forma do mesmo. Capacidade é o
deca, deci, centi e mili. Observe o quadro: volume interno de um recipiente.

    A unidade fundamental de capacidade chama-se litro.

    Litro é a capacidade de um cubo que tem 1dm de


aresta.

    1l = 1dm3

Múltiplos e submúltiplos do litro


Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes
distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas
distâncias.

Medidas de massa

 Quilograma
Medidas de tempo
    A unidade fundamental de massa chama-se 
quilograma.    . Segundo

O quilograma (kg) é a massa de     O Sol foi o primeiro relógio do homem: o intervalo de
1dm3 de água destilada à tempo natural decorrido entre as sucessivas passagens do
temperatura de 4ºC. Sol sobre um dado meridiano dá origem ao dia solar.

 Apesar de o quilograma ser a unidade fundamental de    O segundo (s) é o tempo equivalente a 1/86400 do dia
massa, utilizamos na prática o grama como unidade solar médio.
principal de massa.
Múltiplos do segundo

MINUTO = 60 SEGUNDOS

HORA = 60 MINUTOS = 3600 SEGUNDOS

As medidas de tempo não pertencem ao Sistema Métrico


Decimal.

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CAPÍTULO 8 x + x- 5 = 69
2x – 5 = 69
EXPRESSÕES ALGÉBRICAS 2x = 69 + 5
2x = 74
São expressões matemáticas que apresentam letras e x = 37
podem conter números. São também denominadas 69 – 37 = 32
expressões literais. Por exemplo: 37 – 5 = 32

A = 2a+7b Logo, a idade do marido é 37 anos e da mulher 32 anos.


B = (3c+4)-5 Esta é uma aplicação prática da álgebra. Note que é mais
C = 23c+4 fácil encontrar a solução através de uma expressão
algébrica do que utilizando um raciocínio numérico
As letras nas expressões são chamadas variáveis o que apenas.
significa que o valor de cada letra pode ser substituída por
um valor numérico. Valor numérico de uma expressão algébrica

Para resolver uma expressão algébrica, é preciso seguir a O valor numérico de uma expressão algébrica é o número
ordem exata de solução das operações que a compõem: que pode substituir as incógnitas para que seja efetuada a
operação e obtido um resultado final. Observe:
1º) Potenciação ou Radiciação
2º) Multiplicação ou divisão a)  Calcule o valor numérico da expressão algébrica 4x +
3º) Adição ou subtração 10y², para x = 2 e para y = 3.

Se a expressão algébrica apresentar parênteses, colchetes Resolução:


ou chaves, devemos resolver primeiro o conteúdo que 4 . 2 + 10 . 3² =
estiver dentro dos parênteses, em seguida, o que estiver 8 + 10 . 9 =
contido nos colchetes e, por último, a expressão que 8 + 90 = 98
estiver entre chaves. Em suma: Logo, o valor numérico desta expressão é 98.

1º) Parênteses Observe que aplicamos corretamente as propriedades das


2º) Colchetes expressões algébricas, começando o cálculo pela
3º) Chaves potenciação, em seguida a multiplicação e, finalmente,
efetuamos a adição.
Assim como em qualquer outro cálculo matemático, esta
hierarquia é muito importante, pois, caso não seja seguida b) Calcule o valor numérico da expressão algébrica 8x³y²,
rigorosamente, será obtido um resultado incorreto. Veja para x = 3 e para y = -1
alguns exemplos:
Resolução:
8 . 3³ . (-1)²
a)  8x – (3x – )8 8 . 27 . 1 = 216
x – (3x – 2) Perceba que, nesta expressão, o valor de y é um número
8x – 3x + 2 negativo, por isso, deve ser escrito entre parênteses.
5x + 2

Obs.: Sempre que o parêntese for precedido de um sinal c)  Encontre o valor numérico da expressão algébrica  
negativo, devemos inverter o sinal de todos os termos + 3y, para x = 9, para y = -2.
contidos dentro dele.
Resolução:
b)  6x – [ -x + (12 + 7x – 4)] 6x – [ -x + 12 + 7x – 4] 6x  + 3(-2)
+2x – 12 – 7x + 4 3 – 6 = -3
6x + 2x – 12 – 7x  + 4
6x + 2x – 7x – 12 + 4 De acordo com a quantidade de termos, as expressões
x–8 algébricas podem ser classificadas em:

A regra do parêntese citada no exemplo anterior também  Monômio – expressão composta por apenas um
se aplica a colchetes e chaves. termo.
2x5
c)   Uma mulher é 5 anos mais nova do que seu marido. Se  Binômio – expressão compostas por dois termos.
a soma da idade do casal é igual a 69 anos, qual é a idade y – 6x
de cada um?
x + ( x – 5) = 69

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 Trinômio – expressão composta por três termos. h) produto de binômios do primeiro grau :
3y² + x – 10
 Polinômio – expressão composta por quatro ou mais (x + a)(x + b) = x2 + (a + b)x + ab
termos.
4ab² + 2a + 3b4 + 9 CAPÍTULO 10

Cada termo de uma expressão algébrica é considerado um EQUAÇÃO DO 1º GRAU


monômio. Frequentemente, podem haver repetições de
monômios semelhantes na expressão, ou seja, monômios Equação do 1º grau em ℝ, na incógnita x, é toda igualdade
que apresentam base (letra) e expoente iguais. Sempre que do tipo:
isto ocorrer, devemos juntar os monômios semelhantes e
escrevê-los em ordem decrescente de acordo com o grau
do expoente, de modo a simplificar a equação. Veja um
exemplo: Ou redutível a esse tipo, onde a e b são números reais e a é
não nulo.
9x2 – 4x³ + x – 3 + 6x + 2x2 – 10x³ – 7 Observe que a equação é de 1º grau pois a incógnita x tem
– 4x³ – 10x³ + 9x² + 2x² + x + 6x – 3 – 7 maior expoente igual a 1.
– 14x³ + 11x² + 7x – 10 Observe exemplos de equações do 1º grau com uma
incógnita:
Obs: M.M.C: Dadas duas ou mais expressões algébricas, x+1=6
seu M.M.C é a expressão algébrica de menor grau que é 2x + 7 = 18
divisível simultaneamente por todas as expressões dadas, 4x + 1 = 3x – 9
quando não houver devemos consideras as expressões 10x + 60 = 12x + 52
como primos entre si. Para resolver uma equação, precisamos conhecer algumas
técnicas matemáticas. Vamos, por meio de resoluções
comentadas, demonstrar essas técnicas.
CAPITULO 9 Exemplo 1:
4x + 2 = 8 – 2x
PRODUTOS NOTÁVEIS Em uma equação, devemos separar os elementos variáveis
dos elementos constantes. Para isso, vamos colocar os
Operações utilizadas para facilitar produtos de elementos semelhantes em lados diferentes do sinal de
determinadas expressões algébricas. igualdade, invertendo o sinal dos termos que mudarem de
lado. Veja:
SÃO ELES: 4x + 2x = 8 – 2
a) Quadrado da soma de dois termos : Agora aplicamos as operações indicadas entre os termos
semelhantes.
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2 6x = 6
O coeficiente numérico da letra x do 1º membro deve
b) Quadrado da diferença : passar para o outro lado, dividindo o elemento pertencente
ao 2º membro da equação. Observe:
(a - b)2 = a2 - 2ab + b2 x=6/6
x=1
c) Produto da soma pela diferença : Portanto, o valor de x que satisfaz à equação é igual a 1. A
verificação pode ser feita substituindo o valor de x na
(a + b)(a – b) = a2 – b2 equação, observe:
d) Cubo da soma : 4x + 2 = 8 – 2x
4*1+2=8–2*1
(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 4+2=8–2
6 = 6 → sentença verdadeira
e) Cubo da diferença :
Todas as equações, de uma forma geral, podem ser
(a + b)3 = a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 resolvidas dessa maneira.

f) soma de dois cubos : Exemplo 2:


10x – 9 = 21 + 2x + 3x
a3 + b3 = (a + b)(a2 – ab + b2) 10x – 2x – 3x = 21 + 9
10x – 5x = 30
g) diferença de dois cubos : 5x = 30
x = 30/5
a3 - b3 = (a - b)(a2 + ab + b2) x=6

Verificando:

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10x – 9 = 21 + 2x + 3x Exemplos:
10 * 6 – 9 = 21 + 2 * 6 + 3 * 6
60 – 9 = 21 + 12 + 18 x² + 2x +8 = 0 (equação completa, a = 1, b = 2 e c = 8)
51 = 51 → sentença verdadeira 2x² + 2x = 0 (equação incompleta, c = 0)
x² - 9 = 0 (equação incompleta, b = 0)
O valor numérico de x que satisfaz à equação é 6.
Exemplo 3: Para resolver uma equação incompleta do 2º grau,
3x – 2x + 10 = 10 + 5x – 40 podemos aplicar Bhaskara ou resolvê-la aplicando
3x – 2x – 5x = 10 – 40 – 10 simplificações adequadas a cada tipo de equação do 2º
3x – 7x = –40 grau incompleta.
– 4x = – 40
Bhaskara:
Nos casos em que a parte da variável se encontra negativa,
precisamos multiplicar os membros por –1.
– 4x = – 40 * (–1)
4x = 40 Simplificações:
x = 40/4
x = 10
Verificando:
3x – 2x + 10 = 10 + 5x – 40
3 * 10 – 2 * 10 + 10 = 10 + 5 * 10 – 40
30 – 20 + 10 = 10 + 50 – 40
20 = 20 → sentença verdadeira

Exemplo 4:
10 – (8x – 2) = 5x + 2(– 4x + 1) → aplicar a propriedade
distributiva da multiplicação
10 – 8x + 2 = 5x – 8x + 2
– 8x – 5x + 8x = + 2 – 10 – 2
– 13x + 8x = – 10
– 5x = – 10 * (–1)
5x = 10
x = 10/5
x=2
Verificando:
10 – (8x – 2) = 5x + 2(– 4x + 1)
10 – (8 * 2 – 2) = 5 * 2 + 2(– 4 * 2 + 1)
10 – (16 – 2) = 10 + 2(–8 + 1)
10 – (14) = 10 + 2(–7)
10 – 14 = 10 – 14
– 4 = – 4 → sentença verdadeira

CAPÍTULO 11

EQUAÇÃO DO 2º GRAU

Equação do 2º grau em ℝ, na incógnita x, é toda igualdade


do tipo:

Ou redutível a esse tipo, onde a, b e c são números reais e


a é não nulo.

A equação é chamada de 2º grau devido à incógnita x


apresentar maior expoente igual a 2. Quando b ≠ 0 e c ≠
0(a é sempre não nulo), a equação é chamada de completa.
Se b = 0 ou c = 0, a equação diz-se incompleta.

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2º passo

Os resultados são x’ = 3 e x” = –1.

Exemplo 2

Determinar a solução da seguinte equação do 2º grau: x² +


8x + 16 = 0.

Os coeficientes são:
a=1
b=8
c = 16

∆ = b² – 4 * a * c
∆ = 8² – 4 * 1 * 16
∆ = 64 – 64
∆=0

Resolução de equações completas:

Vamos determinar pelo método resolutivo de Bhaskara os


valores da seguinte equação do 2º grau: x² – 2x – 3 = 0.
No exemplo 2 devemos observar que o valor do
Uma equação do 2º grau possui a seguinte lei de formação, discriminante é igual a zero. Nesses casos, a equação
possuirá somente uma solução ou raiz única.
onde a, b e c são os
coeficientes da equação. Portanto, os coeficientes da Exemplo 3
equação x² – 2x – 3 = 0 são a = 1, b = –2 e c = –3.
Calcule o conjunto solução da equação 10x² + 6x + 10 = 0,
Na fórmula de Bhaskara utilizaremos somente os considerada de 2º grau.
coeficientes. Veja:
∆ = b² – 4 * a * c
∆ = 6² – 4 * 10 * 10
∆ = 36 – 400
∆ = –364

Nas resoluções em que o valor do discriminante é menor


1º passo: determinar o valor do discriminante ou delta (Δ)
que zero, isto é, o número seja negativo, a equação não
possui raízes reais.
∆ = b² – 4 . a . c
∆ = (–2)² – 4 .1 . (–3)
∆ = 4 + 12
∆ = 16

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Resumo sobre o discriminante:

Δ<0  A equação não terá raízes reais.  A razão entre   é  

Δ=0  A equação possui duas raízes reais e iguais.

Δ>0  A equação possui duas raízes reais e diferentes.

.
CAPÍTULO 12

Denominamos de razão entre dois números a e b (b


Razão
diferente de zero)
  A palavra razão vem do latim ratio, e significa "divisão".
Como no exemplo anterior, são diversas as situações em o quociente ou a:b.
que utilizamos o conceito de razão. Exemplos:
CAPÍTULO 13
Dos 1200 inscritos num concurso, passaram 240
candidatos. Proporção
Razão dos candidatos aprovados nesse concurso:
A igualdade entre duas razões forma uma proporção, vale
lembrar que razão é a divisão entre dois números a e b, tal
que b ≠ 0 e pode ser escrito na forma de a/b. Observe os
exemplos de proporções a seguir:

   
é uma proporção, pois 10:20 = 3:6
(de cada 5 candidatos inscritos, 1 foi aprovado).

Para cada 100 convidados, 75 eram mulheres.


Razão entre o número de mulheres e o número de é uma proporção, pois 9:12 = 3:4
convidados:
As proporções possuem uma propriedade que diz o
seguinte: “em uma proporção, o produto dos extremos é
igual ao produto dos meios.” Essa propriedade pode ser
colocada em prática na verificação da proporcionalidade,
realizando uma operação denominada multiplicação
cruzada.
      

(de cada 4 convidados, 3 eram mulheres).

Observações:
9 x 4 = 12 x 3
A razão entre dois números racionais pode ser apresentada
    36 = 36
de três formas. Exemplo:
Multiplicação cruzada
Razão entre 1 e 4:     1:4   ou    ou 0,25.

A razão entre dois números racionais pode ser expressa


com sinal negativo, desde que seus termos tenham sinais
contrários. Exemplos:
4 x 15 = 6 x 10
      60 = 60
A razão entre 1 e -8 é  .

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As proporções possuem uma enorme aplicabilidade em Observe que, quanto maior a área a ser pintada maior será
situações problema envolvendo informações comparativas, a quantidade de tinta, então podemos dizer que a regra de
na regra três a proporcionalidade é usada no intuito de três é diretamente proporcional. Nesse caso não
calcular o quarto valor com base nos três valores invertemos os termos, multiplicamos cruzado, veja:
estabelecidos pelo problema. Acompanhe os exemplos a
seguir no intuito de demonstrar a importância do estudo 60*x = 18 * 450
das proporções. 60x = 8100
x = 8100/60
Exemplo 1 x = 135
Para fazer 600 pães, são gastos, em uma padaria, 100 Kg Portanto, serão necessários 135 litros de tintas para pintar
de farinha. Quantos pães podem ser feitos com 25kg de uma parede de 450 m².
farinha?
Exemplo 2
Estabelecemos a seguinte relação: Márcia leu um livro em 4 dias, lendo 15 páginas por dia.
600 -------------- 100 Se tivesse lido 6 páginas por dia, em quanto tempo ela
x -------------- 25 leria o mesmo livro?

Dias Páginas por dia


4 15
x 6

Observe que agora a situação é a seguinte, se ela ler mais


páginas por dia demorará menos tempo para ler o livro, caso
ela diminua as páginas lidas por dia aumentará o tempo de
leitura, nesse caso a regra de três é proporcionalmente inversa,
então devemos inverter a coluna em que se encontra a
Podem ser feitos 150 pães. incógnita e depois multiplicar cruzado.
Dias Páginas por dia
CAPÍTULO 14 x 15
4 6
Regra de três

simples  x ---------------- 15
4 ---------------- 6
A regra de três é usada nas situações de proporcionalidade 6 * x = 4 * 15
utilizando de três valores dados para o cálculo do quarto 6x = 60
valor. A regra de três é muito utilizada na Física e na x = 60/6
Química para o cálculo de conversão de grandezas: x = 10
velocidade, massa, volume, comprimento, área. A regra de
três pode ser considerada diretamente proporcional ou Se passar a ler 6 páginas por dia levará 10 dias para ler o
inversamente proporcional. Acompanhe a resolução de livro.
exemplos utilizando a regra de três.

Exemplo 1 Composta
Um pintor utilizou 18 litros de tinta para pintar 60m² de
parede. Quantos litros de tintas serão necessários para Podemos realizar comparações entre duas grandezas
pintar 450 m², nas mesmas condições? utilizando a regra de três simples, pois através dela
podemos montar uma proporção, calcular um quarto termo
Vamos relacionar os dados através de uma tabela: com base nos três existentes. Porém, se envolvermos três
grandezas, a regra de três simples não terá muita utilidade,
mas poderemos aplicar a regra de três composta. Observe
 Litros Área em m² os exemplos a seguir:
18 60
x 450

 
18 -------------- 60
 x --------------- 450

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Exemplo 1 Exemplo 3
Seis torneiras despejam 10.000 litros de água em uma Trabalhando 10 horas por dia, durante 18 dias, João
caixa em 10 horas. Em quanto tempo 12 torneiras recebeu R$ 2 100,00. Se trabalhar 8 horas por dia, quantos
despejarão 12.000 litros de água? dias ele deverá trabalhar para receber R$ 2 700,00?

Água Tempo Horas/dia Dias R$


Torneiras
(L) (h) 10 18 2100
6 10000 10 8 x 2700
12 12000 x
Horas por dia e dias são inversamente proporcionais.
Número de torneiras e tempo inversamente proporcionais. (inverter a coluna das horas / dia)
(inverter a coluna das torneiras) Dias e salário são diretamente proporcionais.
Litros de água e tempo diretamente proporcionais.

Exemplo 2 Exemplo 4
Usando um ferro elétrico 1 hora por dia, durante 20 dias, o Em uma empresa, 10 funcionários produzem 3 000 peças,
consumo de energia será de 10 kw/h. trabalhando 8 horas por dia durante 5 dias. O número de
Se o mesmo ferro elétrico for usado 110 minutos por dia funcionários necessários para que essa empresa produza 7
durante 30 dias, qual será o consumo?  000 peças em 15 dias, trabalhando 4 horas por dia, será de:

Tempo (min) Dias kW/h nº


Peças h/d Dias
funcionários
60 20 10
10 3000 8 5
110 30 x
x 7000 4 15
Tempo e kW/h são diretamente proporcionais.
Dias e kW/h são diretamente proporcionais. Funcionários e peças são diretamente proporcionais.
Funcionários e horas por dia são inversamente
proporcionais. (inverter coluna horas por dia)
Funcionários e dias são inversamente proporcionais.
(inverter coluna dos dias)

A regra de três composta é muito utilizada em situações


que envolvem mais de duas grandezas diretamente ou
inversamente proporcionais.

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CAPÍTULO 15 Portanto, chegamos a seguinte definição:

PORCENTAGEM Porcentagem é o valor obtido ao dividirmos um


número por 100.
É frequente o uso de expressões que refletem acréscimos
ou reduções em preços, números ou quantidades, sempre
tomando por base 100 unidades. Alguns exemplos:     Exemplos:

 A gasolina teve um aumento de 15%  Calcular 10% de 300.


Significa que em cada R$100 houve um acréscimo de
R$15,00        
 O cliente recebeu um desconto de 10% em todas as    
mercadorias.  Calcular 25% de 200kg.
Significa que em cada R$100 foi dado um desconto de
R$10,00
 Dos jogadores que jogam no Grêmio, 90% são        
craques.
Significa que em cada 100 jogadores que jogam no Logo, 50kg é o valor correspondente à porcentagem
Grêmio, 90 são craques. procurada.

Razão centesimal      EXEMPLOS:

    Toda a razão que tem para consequente o número 100     1) Um jogador de futebol, ao longo de um campeonato,
denomina-se razão centesimal. Alguns exemplos: cobrou 75 faltas, transformando em gols 8% dessas faltas.
Quantos gols de falta esse jogador fez?

   
    Podemos representar uma razão centesimal de outras
formas:     Portanto o jogador fez 6 gols de falta.

    2) Se eu comprei uma ação de um clube por R$250,00 e


a revendi por R$300,00, qual a taxa percentual de lucro
obtida?

    Montamos uma equação, onde somando os R$250,00


iniciais com a porcentagem que aumentou em relação a
esses R$250,00, resulte nos R$300,00.

    As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas taxas


centesimais ou taxas percentuais.

    Considere o seguinte problema:

    João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos cavalos


ele vendeu?    
    Para solucionar esse problema devemos aplicar a taxa
percentual (50%) sobre o total de cavalos. Portanto, a taxa percentual de lucro foi de 20%.

 Uma dica importante: o FATOR DE


MULTIPLICAÇÃO.

    Logo, ele vendeu 25 cavalos, que representa a     Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um
porcentagem procurada.  determinado valor, podemos calcular o novo valor apenas
multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de
multiplicação. Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos
por 1,20, e assim por diante. Veja a tabela abaixo:

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Acrésci Fator de Média Aritmética
mo ou Multiplicaç A média aritmética é o resultado da divisão do somatório
Lucro ão dos números dados pela quantidade de números somados.
Vamos determinar a média dos números 3, 12, 23, 15, 2.
10% 1,10
Ma = (3+12+23+15+2) / 5
15% 1,15 Ma = 55 / 5
20% 1,20 Ma = 11
47% 1,47 A média dos números é igual a 11.
Exemplos:
67% 1,67
1º) Calcule a média anual de Carlos na disciplina de
Matemática com base nas seguintes notas bimestrais:
     Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 1ºB = 6,0
temos: 10 * 1,10 = R$ 11,00 2ºB = 9,0
3ºB = 7,0
    No caso de haver um decréscimo, o fator de 4ºB = 5,0
multiplicação será: Ma = (6,0 + 9,0 + 7,0 + 5,0) / 4
    Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na forma Ma = 27/4
decimal) Ma = 6,75

Média ponderada
    Veja a tabela abaixo:
Alguns cálculos envolvendo média podem ser efetuados
por meio dos critérios de média simples ou média
Fator de ponderada. Na utilização da média simples, a ocorrência
Desco
Multiplic dos valores possui a mesma importância; no caso da média
nto
ação ponderada, são atribuídos aos valores importâncias
10% 0,90 diferentes.
Na média simples, os valores são somados e divididos pela
25% 0,75
quantidade de termos adicionados. A média ponderada é
34% 0,66 calculada por meio do somatório das multiplicações entre
60% 0,40 valores e pesos divididos pelo somatório dos pesos.
90% 0,10 Vamos, por meio de exemplos, demonstrar os cálculos
envolvendo a média ponderada.
    Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 1º Exemplo:
temos: 10 * 0,90 = R$ 9,00 Na escola de Gabriel, a média anual de cada matéria é
calculada de acordo com os princípios da média
Lucro / Prejuízo ponderada. Considerando que o peso das notas esteja
É o valor obtido quando subtraímos o preço de venda pelo relacionado com o bimestre em questão, determine a
preço de compra: média anual de Gabriel sabendo que as notas em
Matemática foram iguais a:
; Onde e
1º Bimestre: 7,0
2º Bimestre: 6,0
e L é o Lucro. 3º Bimestre: 8,0
4º Bimestre: 7,5
Se , não termos Lucro, mas sim Prejuízo. Mp = (7,0*1 + 6,0*2 + 8,0*3 + 7,5*4) / 1 + 2 + 3 + 4
Mp = (7,0 + 12,0 + 24,0 + 30,0) / 10
Acréscimos ou descontos sucessivos não são iguais a soma
Mp = 73,0 /   10
dos acréscimos ou descontos.
Mp = 7,3
Exemplo:
30% de 20% de 100 50% de 100 A média anual de Gabriel é correspondente a 7,3.

 GEOMETRIA
30% de 100 100
CAPÍTULO 17
30% de 80 50 Geometria Plana: POLÍGONOS
Polígonos são figuras geométricas planas que são
formadas por segmentos de reta a partir de uma sequência
80 50 de pontos de um plano, todos distintos e não colineares,
onde cada extremidade de qualquer um desses segmentos é
56 50 comum a apenas um outro.
Classificação

CAPITULO 16

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A primeira propriedade é conhecida como LEI ANGULAR DE
TALES. A segunda propriedade é conseqüência da primeira.

CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS QUANTO AOS


LADOS
 Triângulo Eqüilátero: Tem os três lados congruentes.
 Triângulo Isósceles: Tem dois lados congruentes.
 Triângulo Escaleno: Tem os três lados diferentes.

CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS QUANTO AOS


ÂNGULOS
 Triângulo Acutângulo: Tem os três ângulos agudos.
 Triângulo Retângulo: Tem um ângulo reto (igual a 90º).
 Triângulo Obtusângulo: Tem um ângulo obtuso ( maior
que 90º e menor que 180º)

Principais fórmulas OBS.:


 Soma dos angulos internos: 1) Síntese de Clairaut: classifica um triângulo em retângulo,
acutângulo ou obtusângulo, conforme o quadrado da medida do
maior lado seja respectivamente igual a, menor do que ou maior
, com N sendo o número de lados.
do que a soma dos quadrados das medidas dos outros dois lados.
 Ângulo interno
2) Condição de Existência
Em qualquer triângulo, a medida de cada lado é menor que a
soma das medidas dos outros dois e maior que o módulo da
diferença.
 Soma dos ângulos externos

S=360
 Ângulo externo

 Número de diagonais OBS: O maior lado de um triângulo estará oposto ao maior


ângulo e vice-versa.

3) Base Média
O segmento formado pelos pontos médios de dois lados de um
triângulo é paralelo ao terceiro lado e mede a metade dele
CAPÍTULO 18 (terceiro lado).
ESTUDO DOS TRIÂNGULOS

Triângulo é o polígono que possui três lados.

a) Elementos Principais

MN \\ BC

MN =

PONTOS NOTÁVEIS DO TRIÂNGULO


Propriedades:
OBS.: Ceviana é qualquer segmento de reta que une um vértice
ao seu lado oposto ou prolongamento.

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1º) O ponto de encontro das mediatrizes dos lados dos triângulos
1) Altura: segmento que une um vértice com um ponto do suporte chama-se circuncentro.
do lado oposto, sendo este segmento perpendicular ao suporte. 2º) O circuncentro representa o centro da circunferência ao
triângulo.

1º)

2º) O ponto de encontro das alturas chama-se ortocentro. 5) Exincentro: É o ponto de encontro de duas bissetrizes externas
com a bissetriz interna do terceiro ângulo. A partir dele, pode-se
3º) O triângulo formado pelos pontos I, J, K chama-se triângulo traçar uma circunferência que tangencia um dos lados e o
órtico. prolongamento dos outros dois.

2) Mediana: segmento que une o vértice ao ponto médio do lado


oposto.

OBS.: Todo triângulo tem associado a ele cinco circunferências:


1º) uma circunscrita, uma inscrita e três exinscritas.
2º) O ponto de encontro das medianas chama-se baricentro.
3º) A distância do vértice ao baricentro vale 2/3 da mediana.
4º) A distância do baricentro ao pé da mediana vale 1/3 da CAPITULO 19
mediana. CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS

Ex.:
5º) Num triângulo retângulo, a mediana relativa à hipotenusa é
igual a metade da hipotenusa.

3) Bissetriz Interna: é o segmento que une o vértice a um ponto


do lado oposto, dividindo o ângulo interno em duas partes
congruentes.

1º)
2º) O ponto de encontro das bissetrizes chama-se incentro.
3º) O incentro é o centro do círculo inscrito no triângulo.
4) Mediatriz: é a reta que divide o segmento em duas partes
congruentes, sendo perpendicular ao segmento.

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CAPÍTULO 20
Trigonometria no triângulo Retângulo
O triângulo é a figura mais simples e uma das mais
importantes da Geometria, ele é objeto de estudos desde os
povos antigos. O triângulo possui propriedades e definições de
acordo com o tamanho de seus lados e medida dos ângulos
internos. Quanto aos lados, o triângulo pode ser classificado
da seguinte forma:

Equilátero: possui os lados com medidas iguais.


Isósceles: possui dois lados com medidas iguais.
Escaleno: possui todos os lados com medidas diferentes.

Quanto aos ângulos, os triângulos podem ser denominados:

Acutângulo: possui os ângulos internos com medidas menores


que 90º
Obtusângulo: possui um dos ângulos com medida maior que
90º.
Retângulo: possui um ângulo com medida de 90º, chamado
ângulo reto.

No triângulo retângulo existem algumas importantes relações,


uma delas é o Teorema de Pitágoras, que diz o seguinte: “A
soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da
SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS hipotenusa”. Essa relação é muito importante na geometria,
atende inúmeras situações envolvendo medidas.
As relações trigonométricas existentes no triângulo retângulo
admitem três casos: seno, cosseno e tangente.

Vamos determinar as relações de acordo com o triângulo BAC


com lados medindo a, b e c.

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senoB = b/a
cossenoB = c/a
tangenteB = b/c

senoC = c/a
cossenoC = b/a
tangenteC = c/b

Altura de um triângulo equilátero


CAPÍTULO 22
RELAÇÕES MÉTRICAS
O triângulo PQR é equilátero, vamos calcular sua altura com
O TRIANGULO RETÂNGULO
base na medida l dos lados. Ao determinarmos a altura (h) do
Num triângulo retângulo, os lados perpendiculares, aqueles
triângulo PQR, podemos observar um triângulo retângulo
que formam um ângulo de 90º, são denominados catetos e o
PHQ catetos: h e l/2 e hipotenusa h. Aplicando o teorema de
lado oposto ao ângulo de 90º recebe o nome de hipotenusa. O
Pitágoras temos:
teorema de Pitágoras é aplicado ao triângulo retângulo e diz
que: hipotenusa ao quadrado é igual à soma dos quadrados
dos catetos, hip² = c² + c².

Relações métricas no triângulo retângulo

Observe os triângulos:

Os triângulos AHB e AHC são semelhantes, então podemos


estabelecer algumas relações métricas importantes:
CAPÍTULO 23
1) Retângulo

h² = mn           b² = ma               c² = an              bc = ah


2) Quadrado
Aplicações do Teorema de Pitágoras

Diagonal do quadrado
Dado o quadrado de lado l, a diagonal D do quadrado será a
hipotenusa de um triângulo retângulo com catetos l, com base
nessa definição usaremos o teorema de Pitágoras para uma
expressão que calcula a diagonal do quadrado em função da
medida do lado.

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3) Paralelogramo 8) Círculo

4) Trapézio Comprimento
C = 2..r
Área
A = .r2

9) Coroa circular

5) Losango

6) Triângulos A = .(R2 – r2)

a) Triângulo qualquer 10) Setor circular

b) Triângulo retângulo

A=

c) Fórmula trigonométrica da área


LÍNGUA PORTUGUESA

 MORFOLOGIA

Morfologia é a parte da gramática que estuda a estrutura, a


formação e a classificação das palavras de forma isolada e não
dentro de sua participação numa frase ou período.

As Classes Gramaticais são:


Variáveis Invariáveis As palavras da língua
d) Triângulo eqüilátero portuguesa estão
Substantivo Advérbio agrupadas em 10
classes gramaticais.
Artigo Preposição
Adjetivo Conjunção
Numeral Interjeição
Pronome
Verbo
7) Hexágono regular
01. Substantivo:
É a palavra que dá nome aos seres: objeto, pessoa, sentimento,
ação, qualidade, etc. Flexiona-se em gênero, número e grau.
 Dentro de uma oração, o substantivo exerce a função
de núcleo das funções sintáticas de que faz parte.

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a) Simples: é formado por um só radical.
Classificações do Substantivo: Exemplos: chuva, homem, couve, flor.
 Comum: indica um nome comum a todos os seres b) Composto: é formado com mais de um radical, ligados por
da mesma espécie. hífen ou não. Exemplos: guarda-chuva, super-homem, couve-
Exemplos: menino, estado, país, rio. flor, girassol, pontapé, etc.

O rio esta poluído. (a palavra rio não especifica um ser da Radical é a parte que contém a significação básica
espécie, neste contexto pode ser qualquer rio: o rio Tietê, o FlexõesFerr,
da palavra. Exemplos: dos Substantivos
padr, terr ...
rio São Francisco, o rio Amazonas...).
O rio São Francisco está poluído. (São Francisco especifica O Substantivo varia em: gênero, número e grau.
o rio que está poluído.). Flexão em Gênero: em Português, os substantivos, podem ser
 Próprio: particulariza um ser da espécie. do gênero masculino ou feminino, essa é uma classificação
Exemplos: Paulo (pessoa), Rio de Janeiro (estado), Brasil gramatical e não estabelece relação necessariamente com o
(país), Tietê (rio). sexo.
Exemplos: o caderno, a menina, o rapaz, a alface.
Estamos voando para o Rio de janeiro. (Rio de Janeiro
designa apenas um ser da espécie o estado do Rio de Janeiro). Quanto ao gênero, os substantivos, podem ser classificados
Em que país será realizado a copa de 2014? em biformes e uniformes.
Resposta: no Brasil
 Coletivo: embora no singular, indica uma  Biformes
multiplicidade de seres da mesma espécie. Os substantivos biformes apresentam duas formas, sendo uma
Exemplos: para o masculino e outra para o feminino. Algumas mudanças
alcateia- de lobos são feitas por acréscimo de desinências e outras pela alteração
cardume- de peixes do radical. Exemplos:
cáfila- de camelos - aluno/aluna (troca da terminação -o por -a)
caravana – de viajantes - mestre/mestra (troca da terminação -e por -a)
fauna – de animais próprios de uma região - francês/francesa (acréscimo de -a)
girândola- de foguetes, de fogos de artifício - cidadão/cidadã, patrão/patroa, folião/foliona (mudança do -
panapaná – de borboletas ão final em -ã, -oa, -ona)
réstia – de alho, de cebola -barão/baronesa, conde/condessa, poeta/poetisa, czar/czarina,
imperador/ imperatriz (com -esa, -essa, -isa, -iná, -triz)
Exemplos: - carneiro/ovelha, homem/mulher (por alteração do radical).
Na flora brasileira existem plantas raríssimas.
Flora = Conjunto de plantas de uma determinada região. Quando a mudança é feita por alteração
Como o seu problema de saúde era muito delicado, foi de radical, denomina-se heterônimo.
necessária uma junta médica.
Junta = Conjunto de médicos
 Concreto: indica seres reais ou fictícios, de  Uniformes
existência independente de outros seres. Apresentam uma única forma, tanto para o masculino como
Exemplos: mesa (ser real), fada (ser fictício), Uruguai (ser para o feminino. Subdividem-se em: epicenos, comuns de
real), saci (ser fictício). dois gêneros e sobrecomuns.
 Atenção: Deus, alma, fada, saci, demônio são
fisicamente abstratos, porém seus conceitos  Substantivos epicenos
- designam alguns animais e algumas plantas (onça, jacaré,
linguísticos são concretos. A gramática classifica a
tigre, borboleta, foca, mamão), para distinguir o sexo do
palavra, e não o ser. animal ou o gênero da planta, devem-se acrescentar as
palavras macho ou fêmea.
 Abstrato: São seres dependentes de outros. Podem Exemplos:
indica as ações, os estados, os sentimentos, as a onça macho - a onça fêmea / o jacaré macho – o jacaré
qualidades e as sensações. fêmea.

Exemplos:  Comuns de dois gêneros


A beleza da cidade impressionou Maria. (qualidade) / - designam pessoas e para distinguir o gênero, deve-se usa um
O trabalho na fazenda é cansativo. (ação) determinante (artigos, adjetivos e pronomes).
Ontem fez muito calor. (sensação) / Devemos cultivar o amor Exemplos:
ao próximo. (sentimento) o/a colega — A colega de Maria. O colega de Paulinho.
Clara tinha medo da solidão. (estado) um/uma estudante — Ele é um estudante de Medicina. Carla
é uma estudante de Música.
Primitivo: é aquele que dá origem a outras palavras. meu/minha fã — Ele tem uma fã muito ousada. Ela tem um fã
Exemplos: ferro, pedra, terra. muito atrevido.
Derivado: é aquele que se forma de outra palavra. bom/boa cliente — Teresa é uma ótima cliente da loja. Sérgio
Exemplos: ferrovia, pedreira, terreno. é um cliente muito chato.

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 Sobrecomuns Paul/pauis.
- designam pessoas, nesse caso, a diferença não é especificada  Algumas exceções: mal/males, cônsul/cônsules.
por um determinante, que nesse caso são invariáveis. (a
criança, o cônjuge, a pessoa, a criatura). Para especificar o Se vier precedido de i (il), a flexão varia de acordo com a
gênero poderá ser feito com uso de palavra, na qual tonicidade da palavra :
desempenhará a função de determinante (criança do sexo - oxítonos trocam o –l por –s: barril/barris.
masculino, cônjuge do sexo feminino) ou através do contexto. - não oxítonos trocam o –il por –eis: fóssil/fósseis.
Exemplo: “Atravessei. Na soleira, encolhidinha, estava uma
criança. Com as picadas da bengala ela ergueu rapidamente o Substantivos terminados em –ão, pode causar algumas
rosto, descobrindo-o para a tênue claridade da luminária confusões na hora de flexionar, pois fazem plural em três
distante. Era uma menina.” (Sérgio Faraco). modos: –ãos, -ões, -ães.

Era uma criança – Era uma menina. a) flexão em –ões: (grupo mais frequente):
Uso de palavra determinante e/ou
através de um contexto.
Neste grupo estão incluídos todos os substantivos
abstratos com sufixos: -ção, -são, -ão. (apreensão –
apreensões)
Algumas particularidades de Gênero:
São masculinos:
o apêndice, o formicida, o dó, o guaraná, o clã, o gengibre, Exemplos
o eclipse, o sósia, o decalque, o telegrama, o eczema, o balão – balões
grama (peso). canção – canções
opinião – opiniões
São femininos: coração – corações
a alface, a dinamite, a comichão, a gênese, a apendicite, a casarão – casarões
ênfase, a cal, a entorse, a derme, a omoplata. eleição – eleições
 Alguns substantivos admitem os dois gêneros: o/a adoração – adorações
ágape, o/a personagem, o/a laringe.
questão – questões
Um substantivo pode ter significado diferente dependendo folião – foliões
do gênero: tecelão – tecelões
O cabeça = chefe, líder espião – espiões
a cabeça = parte do corpo caminhão – caminhões
O grama = medida de massa leão – leões
a grama = relva visão–visões
O moral = estado de espírito
a moral = conjunto de regras de conduta b) Flexão em ães:
Exemplos:
Flexão em número: o substantivo pode estar no singular ou
cão – cães
plural:
alemão – alemães
 No singular, quando indica apenas um ser: a criança.
tabelião – tabeliães
 No plural, quando indica dois ou mais seres: as catalão – catalães
crianças. capitão – capitães
escrivão – escrivães
Plural dos substantivos simples: pão – pães
Formam o plural pelo acréscimo de -s nos substantivos
terminados em vogal, -n, -ã, -ãe ou ditongo oral. c) Flexão em –ãos:
Casa- casas / irmã- irmãs / herói- heróis / hífen- hífens
 Hífen e abdômen admitem também o Neste grupo está incluído pequeno grupo de vocábulos oxítonos
e a todos paroxítonos. Incluem-se, nesta regra, também os
plural: hífenes e abdômenes.
monossílabos tônicos.
Substantivos não oxítonos ficam
invariáveis. Exemplo: o lápis - os lápis. Exemplos:
órgão – órgãos
Formam plural pelo acréscimo de -es nos substantivos cidadão – cidadãos
terminados em -r, -z. cristão – cristãos
Exemplos: cor - cores / vez - vezes / cruz - cruzes / açúcar – grão – grãos
açúcares. sótão – sótãos
irmão – irmãos
Substantivos terminados em –x, não varia no plural. pagão – pagãos
Exemplos: o tórax/ os tórax, o látex/ os látex chão – chãos
Substantivos terminados em –l
Se vier precedido de -a, -e, -o, -u (-al, -el, -ol, -ul), formam o
plural trocando o –l por –is.
Exemplos: - álcool/alcoóis, papel/papéis, animal/animais, Alguns fazem duas ou três formas:

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Exemplos: Exemplos:
alazão – alazões, alazães os ganha-pouco (verbo mais variável) / os leva e traz (verbos
anão – anões, anãos de sentido opostos)
corrimão – corrimãos, corrimões
charlatão – charlatões, charlatães Substantivos que são sempre empregados no plural:
refrão- refrãos, refrães Exemplos:
vulcão – vulcãos, vulcões os afazeres, as belas-artes, as férias (descanso), os óculos, as
ancião – anciãos, anciões, anciães olheiras, os parabéns, os pêsames, as núpcias, as bodas, os
aldeão – aldeões, aldeães, aldeãos arredores etc.
ermitão – ermitãos, ermitões, ermitães
vilão – vilões, vilães, vilões Substantivos usados, habitualmente, no singular:
Exemplos:
Plural dos diminutivos terminados em –zinho e –zito a fé, a gente, o oxigênio, o pó, a claridade, o cristianismo, a
Terminado em –zinho: coloca-se a palavra no plural, depois sinceridade, a fome, a neve etc.
retira o –s de plural e acrescenta-se o sufixo de diminutivo
seguido de –s. Mudança de número com mudança de sentido:
férias – descanso — féria – renda diária
Exemplos: costa – litoral — costas – dorso
bar-bares / bare + Zinho + s = barezinhos
balão-balões / balõe + Zinho + s = balõezinhos Plural com mudança de timbre: Metofonia
O o tônico fechado de certos substantivos no singular muda
Plural dos Compostos: para o tônico aberto quando a palavra vai para o plural.
a) Substantivos compostos não separados por hífen Exemplos:
acrescenta-se o –s o tijolo (ô) _______ Os tijolos (ó)
Exemplos: o corpo (ô) ______ os corpos (ó)
pontapé - pontapés / aguardente - aguardentes o ovo(ô) ______ os ovos (ó)
o fogo (ô) ________ os fogos (ó)
b) Substantivos separados por hífen variam dois ou apenas o imposto (ô) ______os impostos (ó)
um, conforme o caso. o olho (ô) ___________ os olhos (ó)
 Variam os dois: o posto (ô) __________ os postos (ó)
Exemplos: o forno (ô) ____________os fornos (ó)
couve-flor = couves-flores (substantivo + substantivo)
cachorro-quente = cachorros-quentes (substantivo+ adjetivo) Plural com deslocamento da sílaba tônica:
má-língua = más-línguas (adjetivo+ substantivo) Certos substantivos sofrem deslocamento da sílaba tônica ao
terça-feira = terças-feiras (numeral + substantivos) passarem para o plural.
 Varia apenas o primeiro:
Exemplos:
Exemplos:
caráter________ caracteres
banana-maçã = bananas-maçã (quando o segundo elemento
Lúcifer________Luciferes
limita a ideia do primeiro)
júnior ---------juniores
pé de moleque = pés de moleque (quando for ligado por
preposição)
Substantivos estrangeiros aportuguesados seguem as mesmas
 Varia apenas o segundo elemento: regras da nossa língua. Exemplos: o chope – os chopes/ o
Exemplos: clipe- os clipes. Para os que não são aportuguesados,
beija-flor = beija-flores (verbo + substantivos) acrescenta-se o (s). Exemplo: o short – os shorts.
alto-falante = alto-falantes (advérbio + adjetivo)
contra-ataque = contra-ataques
tico-tico = tico-ticos (palavras repetidas)
Grau dos Substantivos
tique-taque = tique-taques (palavras onomatopaicas)

Se os elementos repetidos forem verbos,


Quanto ao grau podem ser: Aumentativo e Diminutivo.
admite-se também a flexão de ambos.
Exemplo: corres-corres. Os graus aumentativo e diminutivo podem ser feitos de dois
processos:
 Sintético quando há acréscimo de sufixos.
Se o elemento for constituído de formas reduzidas como grão,
grã e bel:  Analítico quando há emprego de um adjetivo que
Exemplos: indique aumentativo ou diminutivo.
grão-duque = grão-duques
grã-cruz = grã-cruzes Exemplos:
bel-prazer = bel-prazeres Sintético Analítico
Aumentativo Homenzarrão Homem Grande
Diminutivo Homenzinho Homem Pequeno
 Nenhum dos elementos varia:

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Alguns sufixos com sentido aumentativo: -ão, -aço, -aça, - o substantivo ou advérbio, com valor de adjetivo.
alhão, -ona, -arrão, -orra, -arra, -aréu, -eirão, -ázio, -az, - Alguns exemplos:
alha. de abelha – apícola
Palavras que o sufixo –ão não denota sentido de aumentativo: de abutre – vulturino
cartão, ferrão, portão, caldeirão de aluno – discente
Alguns sufixos com sentido de diminutivo: -inho, -zinho, - de cabeça – capital
ito, -zito, -acho de campo – rural
Observação: de cão – canino
 “Nem sempre os aumentativos e diminutivos de dedo – digital
sintéticos denotam as ideias de aumentativo ou de ferro – férreo
diminutivo. Em alguns casos, os substantivos de fogo – ígneo
de mãe - materno
acrescidos de sufixos, podem sofrer uma mudança de olho – ocular
semântica, passando a prevalecer às ideias de de pai – paterno
desprezo, grosseria (pejorativo ou depreciativo), de professor -docente
afeto, carinho etc. Exemplos: amorzinho (afetivo),
mulherzinha (desprezo), papelucho (papel sem Alguns exemplos:
valor).” Sapatos sem meias. / Touca de bolinhas. / Ciclo da vida. /
Dia de chuva. / Programa da tarde. / Representante dos
alunos. / Máquina de guerra. / Amor de mãe. / Luz do sol.
2- Adjetivo:
Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo ou
 Muitas locuções podem ser substituídas por adjetivos
qualquer palavra com valor de substantivo, indicando-lhe
atributo, propriedade, estado, modo de ser ou aspecto. Admite de igual significado:
flexão de gênero, número e grau.
Observe: Alguns exemplos:
Tratava-se de um homem incompetente. amor de mãe- amor materno
Encontrei uma pessoa ética. força de leão – força leonina
Ela é uma mulher honesta. doença do coração – doença cardíaca
Foi encaminhada a um hospital infantil. luz do sol - luz solar
Saíram num dia quente. carne de boi - carne bovina
Viver é perigoso. amor de pai – amor paterno
globo do olho - globo ocular
Pode indicar: unhas de gato – unhas felinas
 Qualidade: O homem delicado cedeu a cadeira a
OBS.: Muitas vezes, a locução adjetiva não possui
uma senhora.
um adjetivo que lhe corresponda, mas nem por isso deixa de
 Estado: O trânsito estava calmo. ser classificada como locução adjetiva.
 Lugar de origem: O cidadão brasileiro escolheu seu Veja alguns exemplos:
presidente instrumento de sopro, piano de cauda, caixa de papelão, gol
de placa
CLASSIFICAÇÃO DOS ADJETIVOS A maioria das locuções adjetivas é introduzida pela
Os adjetivos são classificados em: preposição de. Há, no entanto, locuções adjetivas introduzidas
a) simples: apresentam um único radical: por a ou em. Ex.: carro a álcool; tevê a cabo; fogão a gás;
momento inesquecível, alimento dietético tevê em cores.

b) compostos: apresentam mais de um radical: Observações:


acordo luso-brasileiro, causas político-econômicas 1. O contexto muitas vezes – aliado à colocação – é o único
elemento que nos permite caracterizar a palavra como adjetivo
c) primitivos: não provêm de outra palavra da língua ou substantivo.
portuguesa:
camisa verde, homem leal O doente teimoso
subst. adj.
d) derivados: provêm de outras palavras da língua
portuguesa, que podem ser derivadas de: O homem doente
* substantivos: comida baiana subst. adj
* verbos: material resistente
* outro adjetivo: pessoa desleal Um autor defunto
subst. adj.

Um defunto autor
subst. adj.
2. O adjetivo pode ser substantivado pela anteposição de um
Locução Adjetiva: é a expressão formada de preposição mais determinativo (em geral, do artigo) ao adjetivo.

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variação de grau.
O céu cinzento indica chuva. Como os substantivos, os adjetivos podem ser do gênero
adj. masculino ou feminino.
O cinzento do céu indica chuva.
subst. Observe:
aluno atento
Adjetivos Pátrios: aluna atenta
São aqueles que se referem a países, continentes, cidades, dia ensolarado
regiões etc., exprimindo a nacionalidade ou a origem do ser. tarde ensolarada
Veja, na lista que se segue, os adjetivos pátrios das capitais e
dos estados brasileiros. Dependendo da forma que assumem, os adjetivos classificam-
estado sigla adjetivo pátrio Capital adjetivo pátrio
Ainda com relação ao Brasil, merecem destaque os seguintes Acre AC Acriano Rio Branco rio-branquense
adjetivos pátrios: Alagoas AL Alagoano Maceió maceioense
Brasília (DF) Brasiliense Amapá AP Amapaense Macapá macapense
Fernando de Noronha (PE) Noronhense Amazonas AM Amazonense Manaus manauense ou
Marajó (PA) Marajoara manauara
Petrópolis (RJ) Petropolitano Bahia BA Baiano Salvador soteropolitano ou
Teresópolis (RJ) Teresopolitano salvadorense
Três Corações (MG) Tricordiano Ceará CE Cearense Fortaleza fortalezense
Santarém (PA) santareno ou mocorongo Espírito ES espírito- Vitória vitoriense
Santo santense ou
Alguns exemplos:
capixaba
Acre – acreano/a Goiás GO goiano Goiânia goianiense
Argentina – argentino/a Maranhão MA maranhense São Luís são-luisense ou
Bahia – baiano/a ludovicense
Brasil – brasileiro/a Mato Grosso MT mato-grossense Cuiabá cuiabano
Mato Grosso MS mato-grossense- Campo campo-grandense
Chipre – cipriota do Sul do-sul ou Grande
Nova Iorque – nova-iorquino/a sul-mato-
Rio de Janeiro - carioca (capital) grossense
Rio de Janeiro – Fluminense (estado) Minas MG mineiro Belo belo-horizontino
Egito – egípcio Gerais Horizonte
Pará PA paraense ou Belém belenense
Israel – israelense paroara
Paraíba PB paraibano João Pessoa pessoense
Adjetivos pátrios compostos Paraná PR paranaense Curitiba curitibano
Muitas vezes os adjetivos pátrios são compostos, referindo- Pernambuco PE pernambucano Recife recifense
se a duas ou mais nacionalidades ou regiões. Nesse caso, Piauí PI piauiense Teresina teresinense
Rio de RJ fluminense Rio de carioca
assumem sua forma reduzida e erudita, com exceção do Janeiro Janeiro
último adjetivo, que se apresentará em sua forma normal. Rio Grande RN rio-grandense- Natal natalense
Assim, um acordo entre a França, a Itália e o Brasil é um do Norte do-norte ou
acordo franco-ítalo-brasileiro. norte-rio-
grandense ou
Veja agora algumas formas reduzidas de adjetivos pátrios: potiguar
afro (africano) Rio Grande RS rio-grandense- Porto Alegre porto-alegrense
franco (francês) do Sul do-sul ou sul-
anglo (inglês rio-grandense
ou gaúcho
greco (grego)
Rondônia RO rondoniense ou Porto velho porto-velhense
austro (austríaco) rondoniano
hispano (espanhol) Roraima RR roraimense Boa Vista boa-vistense
belgo (belga) Santa SC catarinense ou Florianópolis florianopolitano
indo (indiano, hindu) Catarina catarineta ou
barriga-verde
euro (europeu) São Paulo SP paulista São Paulo paulistano
ítalo (italiano) Sergipe SE sergipano ou Aracaju aracajuense ou
luso (português, lusitano) sergipense aracajuano
nipo (japonês, nipônico) Tocantins TO tocantinense Palmas palmense
sino (chinês) se em uniformes e biformes:
teuto (alemão, teutônico)
Adjetivos Uniformes e Biformes
Adjetivos compostos- a palavra com o menor número de Uniformes: possuem apenas uma forma para o masculino e o
sílaba aparece primeiro: afro-brasileiro, etc. Caso ambas feminino.
tenham o mesmo número de sílabas, prevalecerá a ordem homem inteligente / mulher inteligente
alfabética: anglo-saxão, franco-grego, etc. homem simples / mulher simples
aluno feliz / aluna feliz
Flexões do Adjetivo: Gênero, Número e Grau o interesse comum / a causa comum
Além de flexionar-se em gênero e número concordando com o Biformes: : flexionam-se em gênero, apresentando uma forma
substantivo a que se refere, o adjetivo também apresenta para o masculino e outra para o feminino.

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homem magro  Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto
mulher magra mantém no plural a mesma forma do singular:
homem obeso Camisa verde-abacate - camisas verde-abacate
mulher obesa Sapato marrom-café - sapatos marrom-café
aluno estudioso Blusa amarelo-ouro - blusas amarelo-ouro
aluna estudiosa Meia vermelho-sangue - meias vermelho-sangue
Há, porém, alguns
adjetivos que não  Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste são
seguem a regra. invariáveis:
Exemplos: Homem ateu Blusa azul-marinho - blusas azul-marinho
- mulher ateia/ Menino
mau - menina má Camisa azul-celeste - camisas azul-celeste
 No adjetivo composto surdo-mudo, ambos os elementos
variam tanto em gênero quanto em número:
Menino surdo-mudo - meninos surdos-mudos
Os adjetivos biformes são formados pelas mesmas regras de
Menina surda-muda - meninas surdas-mudas
flexão do substantivo.
Exemplos:
O aluno ativo Quanto ao GRAU, os adjetivos podem apresentar-se assim:
A aluna ativa.
O torcedor sofredor  Grau positivo (normal)
João é atrevido.
A torcedora sofredora.
adj.
Número do Adjetivo: Plural e Singular
 Comparativo e Superlativo
Plural dos Adjetivos Simples- varia em número para
concordar com o substantivo a que se refere. Em geral, Grau do adjetivo: Comparativo e Superlativo.
 Grau comparativo – a qualidade expressa pelo
seguem as mesmas regras do substantivo.
adjetivo estabelece comparação entre dois seres ou
dois aspectos de um mesmo ser:
Exemplos:
Garota bela – garotas belas O piloto brasileiro é tão veloz quanto o alemão. (comparação
entre dois seres)
Animal feroz – animais ferozes
Pessoa jovem – pessoas jovens O piloto brasileiro é mais arrojado que experiente.
(comparação entre dois aspectos do mesmo ser)
Cidadão são – cidadãos sãos
Pessoa decente - pessoas decentes
 Grau superlativo – a qualidade expressa pelo
Animal dócil - animais dóceis
Homem feliz - homens felizes adjetivo apresenta-se amplificada:
Casou-se com uma mulher belíssima.
Os substantivos empregados como adjetivos ficam Casou-se com uma mulher extremamente bela.
invariáveis:
blusa vinho Grau comparativo pode ser: Igualdade, Superioridade e
blusas vinho Inferioridade.
vestido rosa  Pode estabelecer comparação de uma mesma
vestidos rosa qualidade entre dois seres. Exemplo: A filha era tão
terno cinza alta quanto o pai.
ternos cinza  Pode estabelecer comparação entre duas qualidades
num mesmo ser. Exemplo: A menina era tão bonita
Plural dos Adjetivos Compostos quanto educada.
Regra geral: Apenas o último elemento do adjetivo composto Igualdade: tão +adjetivo+ quanto (como)
é flexionado tanto em gênero quanto em número. Exemplo: Esta sala é tão arejada quanto aquela.
Exemplos: Superioridade: mais + adjetivo+ (do) que
Olhos castanho-claros Exemplo: Esta sala é mais arejada que aquela.
Peles castanho-claras
Problemas sul-americanos Inferioridade: menos+ adjetivo+ (do) que
Escolas médico-cirúrgicas Exemplo: Esta sala é menos arejada que aquela.
Acordo luso-franco-brasileiro - acordos luso-franco-
brasileiros Normalmente, o grau comparativo é obtido pelo processo
Camisa verde-clara - camisas verde-claras analítico. Há, no entanto, alguns poucos adjetivos que formam
Sapato marrom-escuro - sapatos marrom-escuros o comparativo de superioridade pelo processo sintético.

Exceções: Observe a lista a seguir:

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Nesses casos, deve-se preferir a forma sintética na comparativo de comparativo de
Adjetivo superioridade analítico superioridade sintético
comparação entre dois seres. Só se deve usar a forma analítica
quando se comparam duas qualidades de um mesmo ser. bom mais bom Melhor
mau mais mau Pior
Veja: grande mais grande Maior
Esta sala é maior que a outra. (comparação entre dois seres) pequeno mais pequeno Menor
Esta sala é mais grande que arejada. (comparação de duas O superlativo absoluto sintético é formado pelo acréscimo dos
qualidades de um mesmo ser) sufixos superlativos: -íssimo, -ílimo ou –érrimo.

ATENÇÃO! Grau Superlativo: Relativo e Absoluto


MAIS PEQUENO ou MENOR?
As formas mais pequeno e menor podem ser usadas Relativo: quando a qualidade de um ser é intensificada em
indiferentemente, sendo a forma sintética mais utilizada no relação a um conjunto de seres. Esta relação pode ser de
português falado no Brasil. superioridade ou inferioridade. Exemplos:
Observe: Aline era a mais alta das irmãs. (superioridade) / Aline era a
Esta sala é menor que a outra. mais baixa das irmãs. (inferioridade)
Esta sala é mais pequena que a outra.
Absoluto: quando a qualidade de um ser é intensificada sem
Sendo assim... relação com outros seres. Esta relação pode ser feita com o
Comparativo de superioridade analítico: mais bom, mais auxílio de palavra que dá ideia de intensidade (forma
mau, mais grande e mais pequeno. analítica) Ou por meio de acréscimo de sufixos –íssimo, -
Comparativo de superioridade sintético: melhor, pior, rimo, -imo (forma sintética). Exemplos: Pedro é muito
maior e menor. inteligente./ Pedro é inteligentíssimo.
 Nesses casos, deve-se preferir a forma sintética.
 Só se deve usar a forma analítica quando se Observações na formação dos superlativos absolutos
comparam duas qualidades no mesmo ser. sintéticos.
Exemplo: A sala é mais grande que arejada. a) Quando o adjetivo terminar em -re ou -ro, findará em –
érrimo. Exemplos:
 Já as formas mais pequeno e menor podem ser Pobre – paupérrimo / magro – macérrimo / negro- nigérrimo.
usadas indiferentemente, sendo a forma sintética Exceção: nobre – nobilíssimo.
considerada a melhor.
b) Quando o adjetivo terminar em –io, findará em –iíssimo.
Exemplos:
Exemplo: Esta sala é menor que a outra ou Esta sala é
Macio – maciíssimo / feio – feiíssimo
mais pequena que a outra.
Exceções: sábio – sapientíssimo / frio – frigidíssimo.
A mudança de grau do adjetivo pode ser obtida por dois
processos:
c) Quando o adjetivo terminar em -z findará em císsimo.
Exemplos:
a) sintético: a alteração é expressa por meio de uma única
Feliz – felicíssimo / feroz – ferocíssimo.
palavra:
d) Quando o adjetivo terminar em –vel, findará em bilíssimo.
Esta casa é agradabilíssima.
Exemplos
Esta casa é menor que a outra.
Amável – amabilíssimo / terrível – terribilíssimo
b) analítico: a alteração de grau é feita pelo acréscimo de
alguma palavra que modifique o adjetivo:
e) Quando o adjetivo terminar em som nasala, findará em –
Esta casa é muito agradável.
níssimo. Exemplos:
Era uma casa mais pequena que incômoda.
Pagão – paganíssimo / comum - comuníssimo.
O superlativo pode ser absoluto ou relativo. No superlativo
Comparativos e Superlativos Irregulares:
absoluto, a qualidade expressa pelo adjetivo não é posta em
O melhor Ótimo Bom
relação a outros elementos:
O pior Péssimo Mau
Este exercício é muito fácil. (superlativo absoluto analítico) O menor Mínimo Pequeno
Este exercício é facílimo. (superlativo absoluto sintético) O maior Máximo Grande
Superlativo relativo Superlativo absoluto sintético

No superlativo relativo, a qualidade expressa pelo adjetivo é Observe a seguir alguns superlativos absolutos sintéticos:
posta em relação a outros elementos: Grau normal Superlativos
“Você era a mais bonita das cabrochas das cabrochas dessa acre acérrimo
ala...” (Chico Buarque) (superlativo relativo de superioridade) ágil agílimo, agilíssimo
Este exercício é o menos fácil da lição. (superlativo relativo agradável agradabilíssimo
de inferioridade) agudo acutíssimo, agudíssimo
amargo amaríssimo
amável amabilíssimo

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amigo amicíssimo singular singularíssimo
antigo antiquíssimo soberbo superbíssimo
áspero aspérrimo tenaz tenacíssimo
atroz atrocíssimo terrível terribilíssimo
audaz audacíssimo útil utilíssimo
belo belíssimo velho vetérrimo
benéfico beneficentíssimo veloz velocíssimo
benévolo benevolentíssimo voraz voracíssimo
Bom boníssimo ou ótimo vulgar vulgaríssimo
capaz capacíssimo vulnerável vulnerabilíssimo
célebre celebérrimo
cheio cheiíssimo A língua portuguesa dispõe de outros recursos para traduzir o
comum comuníssimo superlativo. Veja outras formas de intensificar-se uma
costumaz costumacíssimo qualidade:
cristão cristianíssimo
Cru cruíssimo  Extrafino, supervolúvel, hipermilionário – prefixos que
cruel crudelíssimo, cruelíssimo
mostram intensificação
difícil dificílimo
 Estava tudo triste, triste. = muito triste;
doce dulcíssimo, docíssimo
eficaz eficacíssimo  Isto é claro como água. = muito claro
Fácil facílimo (exemplificando)
Feio feiíssimo  Ele é podre de rico. = muito rico.
Feliz felicíssimo  É forte como quê. = muito forte
feroz ferocíssimo
Fértil fertilíssimo 3-Artigo
Fiel fidelíssimo
frágil fragílimo Artigo é a palavra variável em gênero e número que precede o
Frio friíssimo substantivo, determinando-o de modo preciso ou vago.
geral generalíssimo Classificações: Definidos e Indefinidos
humilde humílimo  Artigos Definidos: especificam o sentido dos
inimigo inimicíssimo
substantivos: o, a, os, as.
íntegro integérrimo
jovem juveníssimo  Artigos Indefinidos: generalizam o sentido dos
legal legalíssimo substantivos: um, uma, uns, umas.
livre libérrimo
magnífico magnificentíssimo A anteposição do artigo a qualquer vocábulo, de qualquer
magro macérrimo, magríssimo classe gramatical, transforma-o em substantivo.
maledicente maledicentíssimo
Exemplo: O olhar dela me encantou. / O a é uma vogal.
maléfico maleficentíssimo
malévolo malevolentíssimo
manso mansuetíssimo Exemplos: O aluno fez a redação. / Um aluno fez uma
miserável miserabilíssimo redação.
mísero misérrimo No primeiro exemplo, um aluno determinado faz uma redação
miúdo minutíssimo determinada (preciso). No segundo exemplo, um aluno
móvel mobilíssimo qualquer faz uma redação qualquer (impreciso).
negro nigérrimo Muitas vezes, os artigos aparecem combinados com
nobre nobilíssimo preposições.
notável notabilíssimo Alguns exemplos:
original originalíssimo Luíza estava na cozinha. (preposição em + artigo a)
perspicaz perspicacíssimo Paulo saiu do teatro. (preposição de + artigo o)
pessoal personalíssimo Ana deixou o dinheiro numa gaveta. (preposição em + artigo
pio pientíssimo
uma)
pobre paupérrimo
Carla não foi à praia ontem. (preposição a + artigo a)
possível possibilíssimo
preguiçoso pigérrimo
próspero prospérrimo Nota:
provável probabilíssimo - entre o numeral ambos e o substantivo a que se refere é
regular regularíssimo obrigatório o emprego do artigo definido.
sábio sapientíssimo - o artigo não deve ser usado depois do pronome relativo cujo.
sagaz sagacíssimo Exemplo: Este é o autor cuja obra conheço.
sagrado sacratíssimo - as palavras casa (sentido de lar) e terra (sentido de chão
salubre salubérrimo firme), a menos que venham especificados, não se deve usar
são saníssimo artigo anteposto.
semelhante simílimo - antes de nome de pessoas, geralmente não se usa artigo.
sério seriíssimo - emprega-se o artigo definido com o superlativo.
simpático simpaticíssimo - não se combina com preposição o artigo que faz parte do
simples simplíssimo, simplicíssimo nome de revista, obras literárias e jornais.

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- diante de pronomes possessivos, o uso do artigo é primeiro – primeiros
facultativo. copo duplo – copos duplos
- na linguagem coloquial, é frequente o uso do artigo antes de um terço – dois terços
nomes de pessoas a fim de indicar afetividade ou
familiaridade. Exemplo: A Luíza é prima da Luciana. Para designar séculos, reis, papas capítulos, utiliza-se o
numeral ordinal até décimo. A partir daí, utilizam-se os
4) Numeral numerais cardinais.
É a palavra que se refere ao substantivo dando ideia de
número. Pode indicar: quantidade, ordem, multiplicação e Exemplos:
fração. Século III (século terceiro)
Século XX (século vinte)
Cardinal indica quantidade determinada de seres: um, dois Dom Pedro II (Dom Pedro segundo)
três, quatro, cinco, seis... João XXIII (João vinte e três)
Ordinal indica a ordem ou posição que o ser ocupa numa Capítulo II (capítulo segundo)
série: primeiro, segundo... Capítulo XV (capítulo quinze)
Multiplicativo indica quantas vezes a quantidade foi
aumentada: dobro, triplo, quádruplo... Quando o número vier antes do substantivo, será obrigatório o
Fracionário indica em quantas partes a quantidade foi ordinal.
dividida: meio, terço, quarto... Exemplos: século XX (século vinte), mas XX século
 Zero e ambos incluem-se como numerais cardinais (vigésimo século).
 Um (a) é numeral quando indica quantidade, e artigo
quando se antepõe ao substantivo indicando-o de O fracionário meio concorda em gênero com o substantivo a
que se refere.
forma indefinida. Essa distinção é feita pelo
Exemplos: Comprou meio quilo de arroz. / Comprou meia
contexto. tonelada de arroz.
Correto: meio dia e meia. (12h30min) meio concorda com dia
Exemplos: e meia concorda com hora.
- Quantas flores você ganhou? Quando se quer fazer referência ao primeiro dia do mês, deve-
- Ganhei uma Flor. (numeral). se utilizar o numeral ordinal. Exemplo: primeiro de maio,
- Que flor era? primeiro de junho...
- Era uma orquídea. (artigo indefinido) Exemplos: século XX (século vinte), mas XX século
(vigésimo século).
Intercala-se a conjunção e entre as centenas e as dezenas e
entre estas as unidades. Os cardinais , quando substantivados, vão para o plural se
 O numeral um (a) pode aparecer em lugar de terminarem por som vocálico. Exemplo: Eu consegui dois
substantivo; o artigo indefinido um (a) sempre setes e três oitos nas provas. Se terminarem por som
acompanha substantivo. consonantal, ficam invariáveis.
Exemplo: Eu consegui dois seis e três dez.
Flexão do Numeral
Variam em gênero: os cardinais (um, dois e os de duzentos a Aspectos Relevantes
novecentos); todos os ordinais, multiplicativos e os Vocábulos como dezena, centena, milhar são numerais.
fracionários (quando expressam uma ideia adjetiva em relação Os numerais possuem função expressiva bastante acentuada
ao substantivos). em determinados contextos. Exemplo: Já repeti mil vezes.
Quando enumeramos artigos de leis, decretos e portarias
Exemplos: deve-se usar o ordinal até nove, e o cardinal de dez em diante.
Um – uma ( cardinal) Exemplos:
Primeiro – primeira ( ordinal) Artigo 1º (primeiro)
salto triplo ( multiplicativo) Artigo 10 (dez)
Quarta parte (fracionário)
5) Pronome:
Variam em número: os cardinais terminados em –ão; todos É a palavra variável que designa o ser ou a ele se refere,
os ordinais, multiplicativos considerando-o apenas como pessoas do discurso.
(com função adjetiva); os fracionários (dependendo do Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se
cardinal que os antecede). refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de
alguma forma.
Cardinais substantivados - vão para o plural se terminar por
som vocálico, mas ficam invariáveis os terminados em som Exemplos:
consonantal. A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome]
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
[referência ao nome]
Exemplos: Essa moça morava nos meus sonhos! [qualificação do nome]
um milhão – dois milhões

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Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos,
isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de Retos: são os que desempenham
um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata a função sintática de sujeito,
daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no predicativo do sujeito e vocativo.
ato da comunicação.
Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os
demais pronomes têm por função principal apontar para as Exemplo: Ele saiu cedo. (sujeito)
pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua Eu não sou eu quando estou com você. (predicativo do
situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa sujeito)
característica, os pronomes apresentam uma forma “Tu, pássaro-mulher de leite!” (vocativo).
específica para cada pessoa do discurso.
 Pronomes pessoais quando precedidos de preposição
Exemplos: exercem a função sintática de complemento verbal.
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. Exemplo: Informamos a ele os verdadeiros motivos.
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? [tua/tu: Sujeito nunca aparece precedido de
pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala] preposição.
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. [dela/ela:
pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
Deram o livro para eu ler.
Deram o livro para tu leres.
Os pronomes podem ser:
Pessoais, Possessivos, Demonstrativos, Indefinidos,
Neste caso, quando os pronomes eu e tu funcionam
Interrogativos e Relativos. como sujeito do verbo no infinitivo, emprega-se a
preposição.
 PRONOMES PESSOAIS
São aqueles que substituem os substantivos, indicando Nunca houve discussões entre eu e tu. Nunca houve
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve discussões entre mim e ti.
assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes tu, vós,
você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, Neste caso, não se usa as formas reta eu e
eles ou elas para fazer referência à pessoa ou às pessoas de tu, mas as formas oblíquas mim e ti.
quem fala.   
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que
exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso  PRONOME OBLÍQUO
oblíquo.
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença,
Os pronomes pessoais classificam-se como: Retos e Oblíquos exerce a função de complemento verbal (objeto direto
ou indireto), complemento nominal ou sujeito do infinitivo.
a) Pronomes Pessoais do Caso Reto: Designam as três Exemplo: Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
pessoas do discurso.
1ª Pessoa – o falante – Eu (singular) / Nós (plural) Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante
2ª Pessoa – com quem se fala – Tu (singular) / Vós (plural) do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a
3ª Pessoa – de quem se fala – Ele (singular) / Eles (plural) função diversa que eles desempenham na oração: pronome
reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, complemento da oração. Os pronomes oblíquos sofrem
exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito. Ex: variação de acordo com a acentuação tônica que possuem,
Nós lhe ofertamos flores. podendo ser átonos ou tônicos.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal Átonos: empregados sem preposição. Possuem acentuação
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. tônica  fraca.
Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim Exemplos: Vi-a na rua./ Ele me deu uma joia.
configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu / - 2ª pessoa do singular: tu / - 3ª O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:
pessoa do singular: ele, ela / - 1ª pessoa do plural: nós / - 2ª - 1ª pessoa do singular (eu): me
pessoa do plural: vós / - 3ª pessoa do plural: eles, elas. - 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
Atenção!! - 1ª pessoa do plural (nós): nos
Esses pronomes não costumam ser usados como - 2ª pessoa do plural (vós): vos
complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele - 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
na rua", "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui",
comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na Saiba que:
língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se
usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua", com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas
"Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".

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como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; função de objeto indireto. Exemplos: Márcia convidou-a para
no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. festa. (objeto direto) / Luís obedeceu-lhe. (objeto indireto)

Observe  o uso dessas formas nos exemplos que seguem:


- Trouxeste o pacote?
- Não contaram a novidade a vocês?
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
- Não, não no-la contaram.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser reflexivos e
No português do Brasil, essas combinações não são usadas; recíprocos.
até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro. Reflexivos: quando se referem à mesma pessoa Exemplos:
Eu me feri. / Ele se feriu.
Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais Recíprocos: quando indicam ideia mútua. Corresponde um ao
depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina outro. Exemplos: Eles se morderam. / Nós nos abraçamos.
em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las,
ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.  PRONOMES DE TRATAMENTO:
Por exemplo:
fiz + o = fi-lo A Segunda Pessoa Indireta: A chamada segunda pessoa
fazeis + o = fazei-lo indireta se manifesta quando utilizamos pronomes que, apesar
dizer + a = dizê-la de indicarem nosso interlocutor (portanto, a segunda pessoa),
utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro
formas no, nos, na, nas. seguinte:
Por exemplo:
viram + o: viram-no
repõe + os = repõe-nos Vossa Alteza    V. A.   príncipes, duques
retém + a: retém-na Vossa Eminência V. Ema.(s) Cardeais
tem + as = tem-nas
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Tônicos: empregados com preposição. Em geral as altas autoridades e
Vossa Excelência V. Ex.ª (s)
preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os pronomes oficiais-generais
tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades
Possuem acentuação tônica  forte.
Exemplos: Ele deu uma joia para mim. /Ela não vive sem Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
mim. Vossa Majestade
V. M. I. Imperadores
Imperial
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim Vossa Santidade V. S. Papa
configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo Vossa Onipotência V. O. Deus
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
Também são pronomes de tratamento o senhor, a
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
senhora e você, vocês. "O senhor" e "a senhora" são
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
empregados no tratamento cerimonioso; "você" e "vocês", no
tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados
Átono Tônico
1ª Pessoa me/ nos mim, comigo/ nós, conosco no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de
2ª Pessoa te/ vos ti, contigo/ vós, convosco uso frequente, em outras, é muito pouco empregada. Já a
3ª Pessoa se, o, a, lhe/ se, os, as, lhes si, ele, ela/ si, eles, elas forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal
ou literária.
 Distinção entre Pronome e artigo: o, a, os, as são
pronomes oblíquos quando substituem o substantivo. Observações:
Exemplo: O livro é este aqui, eu o trouxe agora. Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de
 O, a, os, as são artigos quando se referem a um tratamento que possuem "Vossa (s)"  são empregados
substantivo, definindo-o. Exemplo: O livro é este aqui. em relação à pessoa com quem falamos.
 Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando
precedidos de verbos que terminam em –r, -s, -z, assumem a Ex:
forma lo, la, los, las, mas quando usados com verbos Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este
terminados em som nasal: as formas no, na. Exemplo: Vou encontro.
amá-lo para sempre. (amar) / Encontraram-no na sala.
 
 Os pronomes oblíquos o, a, os as, desempenham a Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa.
função de objeto direto e os pronomes oblíquos lhe e lhes a EX: Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua

Pronomes conosco e convosco normalmente são utilizados Colégio


na formaCurso Tamandaré Unidade Bangu - 73/111
sintética, caso haja palavra de reforço, substitui-se pela forma analítica.
Exemplo: Eles queriam falar conosco. / eles queriam falar com nós dois.
Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com
propriedade. A ministra disse ao deputado que concordava com a
Equivalem aos pronomes pessoais, como: você, vocês nomeação dele. (nomeação do deputado)
(informal); senhor, senhora (formal). Mesmo estando na 2ª
pessoa (com quem se fala), o verbo deverá ficar na 3ª pessoa. Pedro saiu com sua irmã. (irmã de quem?/ de Pedro ou do
Exemplos: Você é uma ótima amiga. / Vossa Magnificência interlocutor)
indeferiu a minha proposta.
Pedro saiu com a irmã dele. (irmã de Pedro)
 Se o pronome de tratamento estiver empregado na 3ª  Há casos em que o pronome possessivo não exprime
pessoa, a concordância será normal. propriamente ideia de posse. Ele pode ser utilizado
 O substantivo gente, precedido do artigo a, é para indicar aproximação, afeto ou respeito.
considerado pronome de tratamento que se refere a
um grupo de pessoas em que o falante está incluído. Exemplos:
Aquele senhor deve ter seus cinquenta anos. (aproximação)
É usando na linguagem falada e equivale a nós. Por
Meu caro aluno, procure esforçar-se mais. (afeto)
ser um pronome de tratamento na 3ª pessoa do Minha Senhora, permita-me uma sugestão. (respeito)
singular, o verbo ficará, também, na 3ª pessoa do
singular. Exemplo: A gente acabou não fazendo o  A palavra seu que antecede nomes de pessoas não é
trabalho. pronome possessivo, mas corruptela de senhor.

 PRONOMES POSSESSIVOS: Seu Humberto, o senhor poderia emprestar-me a caneta.


Nota: Corruptela- é a deformação de palavras, originada pela
São palavras que indicam a posse em referência às três má compreensão/ audição ou rápida visualização e posterior
pessoas do discurso. Concordam em gênero e número com a reprodução, ou ainda de forma proposital, como forma de
coisa possuída, em pessoa com o possuidor. eufemismo para uma expressão considerada inapropriada ou
de baixo calão.
Exemplo: Feche o teu guarda-chuva. Exemplo: o pronome você, originado de várias corruptelas:
Meu carro é vermelho. / Conhecemos bem nossos alunos. vossa mercê, vosmercê, vosmicê, vonce e finalmente você.
Trouxe o meu livro. / Trouxe os meus livros.
 PRONOMES DEMONSTRATIVOS:
 Quando o pronome possessivo determina mais de um  Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a
substantivo, ele deverá concordar em gênero e posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao
número com o substantivo mais próximo. contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço,
tempo ou discurso.
Exemplo: Perdi meus livros, cadernos e canetas.
- No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro
Singular Plural
1ª pessoa- meu, minha, meus, minhas nosso, nossa, nossos, nossas
está perto da pessoa que fala.
2ª pessoa- teu, tua, teus, tuas vosso, vossa, vossos, vossas Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro
3ª pessoa- seu, sua, seus, suas seu, sua, seus, suas está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa
que fala.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro
 O pronome possessivo colocado depois do está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
substantivo a que se refere pode alterar o sentido da Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar
frase. informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da
universidade destinatária).
Exemplos: Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no
Recebi notícias suas. (notícias sobre você) próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que
Recebi suas notícias. (notícias transmitidas por você) envia a mensagem).

O emprego do pronome possessivo de terceira pessoa seu - No tempo:


(e suas flexões) pode dar duplo sentido a uma frase Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se
(ambiguidade). Para evitar essa ambiguidade, deve-se ao ano presente.
substituir o possessivo seu (e suas flexões) por dele (e Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a
suas flexões). um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se
A ministra disse ao deputado que concordava com a sua referindo a um passado distante.
nomeação. (nomeação de quem? Da ministra? /do  
deputado?) - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
invariáveis, observe:
A ministra disse ao deputado que concordava com a Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s),
nomeação dela. (nomeação da ministra) aquela(s).

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Invariáveis: isto, isso, aquilo. seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou
não se quer revelar. 
Então:
São palavras que indicam, no espaço ou no tempo, a posição São os que se aplicam à 3ª pessoa gramatical (do discurso),
empregados em sentidos vago (impreciso) ou
Variáveis indeterminado.
Singular Plural Invariáveis Exemplo: algum, nenhum, ninguém, todo, tudo, nada, outro,
outrem, cada, certo, qualquer, muito, mais, menos...
Masculino Feminino Masculino Feminino
algum alguma alguns algumas Invariáveis: que, quem, alguém, ninguém, outrem, algo, tudo,
nenhum nenhuma nenhuns nenhumas alguém nada, onde, cada.
todo toda todos todas ninguém Variáveis: algum, nenhum, todo, vário, outro, quanto, tanto,
muito muita muitos muitas outrem
pouco pouca poucos poucas tudo Pessoa Pronome Espaço Tempo
vário vária vários várias nada
tanto tanta tantos tantas algo 1ª este (s) Perto de quem fala Momento presente do
outro outra outros outras cada esta (s) falante
quanto quanta quantos quantas isto

Os pronomes indefinidos podem ser 2ª esse (s) Perto da pessoa com Momento passado ou
divididos em variáveis e invariáveis. quaisquer essa (s) quem se fala futuro próximo
Qualquer isso
de um ser em relação às pessoas do discurso.
3ª aquele (s) Perto da pessoa de Momento passado ou
 Os pronomes o, a, os, as, quando se equivalerem a aquela (s) quem se fala futuro
aquilo,aquele, aquela, aqueles, aquelas, serão aquilo Longínquo
considerados como pronomes demonstrativos. qual, certo, muito, pouco, qualquer, um.
Exemplo: O que ele disse era a verdade. (o = aquilo
que) Exemplos: Alguém me roubou a carteira. / Algo aconteceu
 Mesmo e próprio: quando se equivalem a exato, naquela festa.
Todos os alunos compareceram. / Não entendi certos
idêntico ou em pessoa. Exemplo: Ela mesma
exercícios.
verificou o laudo judicial./ Foi o próprio José quem
afirmou isto. Observe o quadro:
 Tal: quando se equivale a este, esta, isto, esse, essa,
isso, aquele, aquela, aquilo ou ainda a semelhante. Os pronomes indefinidos podem se referir a:
Exemplo: Tal atitude provocou grandes problemas. Pessoas: quem, alguém, ninguém, etc.
Coisas: algo, todo, etc.
Tal = aquela
Lugares: onde
 Semelhante: quando possui valor de identidade.
Exemplo: Nunca o vi em semelhante situação.  O pronome indefinido “Certo”, posposto a um
 Os pronomes demonstrativos também são utilizados substantivo, assume a classe de adjetivo e muda de
com referência ao que será falado, ou àquilo de que significado. Exemplo: Certo livro – pronome
já se falou. indefinido (Pronome Indefinido -valor
Exemplos: Estas são as alunas aprovadas: Luíza, indeterminado); Livro certo – adjetivo (Adjetivo-
Sandra e Ana. (este, esta, isto são usados em valor determinado). / Certas pessoas deveriam
referência àquilo que ainda vai se falar)
ocupar lugares certos. (certas =pronome indefinido/
Luíza, Sandra e Ana, essas são as aprovadas. (esse,
essa, isso são usados em referência àquilo que foi certos = adjetivo)
falado.)  O indefinido algum, posposto a um substantivo,
 Os pronomes demonstrativos podem aparecer corresponde a nenhum. Exemplo: Livro algum é
combinados com preposições: Exemplos: deste (de + igual a este.
este) / nesse (em + esse) / daquilo (de + aquilo).  Todo, toda (no singular), quando desacompanhado
 Emprega-se este em oposição a aquele quando se de artigo significam qualquer. Exemplo: Todo
quer fazer referência a elementos já mencionados. homem é mortal. (qualquer homem). Mas quando
Este se refere ao mais próximo; aquele , ao mais acompanhado de artigo, passam a dar ideia de
distante. Exemplo: Matemática e literatura são totalidade. Exemplo: Ela comeu todo o bolo. (o bolo
matérias que me agradam: esta me desenvolve a inteiro)
sensibilidade; aquela, o raciocínio.  Os pronomes indefinidos também podem aparecer
sob a forma de locução pronominal. Exemplos: cada
 PRONOMES INDEFINIDOS: qual, quem quer que, qualquer um, etc.

É uma palavra capaz de indicar um ser humano que

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 PRONOMES INTERROGATIVOS:
O pronome relativo que pode ter por antecedente o pronome
São os pronomes indefinidos que, quem, qual, quando demonstrativo o (e flexões). Em ambos os casos, o pronome o
na interrogação direta ou indireta. equivale a aquilo.
Variáveis: qual, quanto. Onde é empregado com verbos que não dão ideia de
Invariáveis: quem, que. movimento. Pode ser usado sem antecedente. Exemplo:
Exemplos: Quem fez isso? / Perguntou quem fez isso. / Sempre morei na cidade onde nasci./ Fique onde está.
Quais os alunos saíram? Aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e
equivale a para onde, sendo resultado da combinação da
Os pronomes interrogativos quem e que, são invariáveis; preposição a + onde. Exemplo: Aonde eu for, virás comigo.
os pronomes interrogativos qual e quanto são variáveis.
Observe o quadro abaixo:
Quadro dos Pronomes Relativos

 PRONOMES RELATIVOS: Variáveis


Invariáveis
São aqueles que retomam um termo anterior (antecedente) da Masculino Feminino
oração, já mencionados anteriormente, projetando-o numa o qual os quais a qual as quais quem
outra oração. Introduzem as orações subordinadas adjetivas. cujo cujos cuja cujas que
Ex.: O racismo é um sistema que afirma a superioridade de quanto quantos quanta quantas onde
um grupo racial sobre outros. (afirma a superioridade de um
grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).
Diferença entre o Pronome Substantivo e o Pronome
O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e
Adjetivo:
introduz uma oração subordinada. Diz-se que a
palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo que.  Pronome substantivo é aquele que substitui o
Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a substantivo ao que se refere.
regência assim determinar.  Pronome adjetivo é aquele que acompanha o
substantivo com o qual se relaciona. Exemplos:
Os pronomes relativos são: que, o qual (flexões), quem, Trouxe o meu livro e o teu (livro).
cujo, quando e onde.

Que – quando equivale a o qual e suas flexões. (refere-se a  Note que:


coisas e pessoas). Exemplos: Não conheço o rapaz que saiu.
a) O pronome que é o relativo de mais largo emprego,
(pessoa) /
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser
Não li o livro que você me indicou. (coisa)
substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando
seu antecedente for um substantivo. Por exemplo:
O qual e suas flexões. (refere-se a coisas e pessoas).
Exemplos: Esta é a pessoa sobre a qual lhe falei. / Aquela é a O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção.
ferramenta com que trabalho. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima.
Quem – quando equivale a o qual e suas flexões. (refere-se à (= a qual)
pessoa). Exemplos: Não conheço a menina de quem você Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção.
falou. (quando possuir antecedente virá precedido de (= os quais)
preposição) As cantoras que se apresentaram eram péssimas.
(= as quais)
Quem cala consente. = Aquele que cala, consente. (sem
antecedente claro, nesse caso, ele é classificado como relativo b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
indefinido). pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente
para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que
Cujo e flexões. (igual= do qual – refere-se a coisas e pessoas. podem ter várias classificações) são pronomes relativos.
Deve concordar com a coisa possuída). Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa
Exemplo: Este é o autor de cuja obra gosto. por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições.

Por exemplo:
Quanto e flexões (precedido de tudo e todos). Quanto pode Regressando de São Paulo, visitei o sítio de
ser empregado sem antecedente. Esse emprego é comum em minha tia, o qual me deixou encantado.
certos documentos jurídicos. (O uso de que neste caso geraria ambiguidade.)
Exemplo: Falou tudo quanto queria.
Essas são as conclusões sobre as quais 
Saibam quanto lerem esta escritura... (sem antecedente)
pairam muitas dúvidas?
(Não se poderia usar que depois de sobre.)
Onde - quando equivale a no qual e suas flexões.
(indicadores de lugar e equivale a em que, no qual).
Exemplos: Esta é a casa onde moro. 6) Verbo :

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É a palavra que expressa ação (correr), estado (ficar), Sendo assim...
fenômeno da natureza (chover), ocorrência (nascer) e Radical – é a parte do verbo que serve como base do
desejo (querer). significado. Para achar o radical de um verbo é só colocá-lo na
Varia em pessoa, número, tempo, modo e voz. forma infinitiva e retirar a terminação que caracteriza essa
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus forma. Quando, em um verbo, o radical se mantém sob a
possíveis significados. Observe que palavras como corrida, mesma forma, dizemos que este verbo é regular (amo, amei,
chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns amando).
verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as Exemplos: desist + iram — desist + ir — desist (radical)
possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
Vogal temática – é a vogal que se agrega ao radical,
Exemplos: preparando-o para receber as desinências. Usam-se vogais a,
O gorila comeu a banana. (ação) e, i como elemento de ligação.
O jardim está florido. (estado) A – 1ª conjugação – amar, amamos...
O dia tornou-se chuvoso. (mudança de estado) E – 2ª conjugação – vender, vendemos...
Choveu muito. (fenômeno da natureza) I – 3ª conjugação – partir, partimos...
 Há, porém, uma forma em que o verbo não se refere  O radical (rad) acrescido da vogal temática (vt)
a nenhuma pessoa gramatical: é o infinitivo recebe o nome de tema. Representa a parte do verbo
impessoal (cantar). As terminações do infinitivo são preparada para receber sufixos e desinências.
- ar (1ª conjugação), - er (2ª conjugação) e -ir ( 3ª Exemplo: cant + a = canta (tema) / bat + e = bate
conjugação). (tema) / vend + i = vendi (tema).
 O verbo pôr e seus derivados pertencem a 2ª
Estrutura do verbo – as formas verbais apresentam três conjugação (forma arcaica era poer.)
elementos em sua estrutura: radical, vogal temática e
desinências.  A 1ª pessoa do singular do Presente do Indicativo e
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode de todo o Presente do Subjuntivo da maioria dos
apresentar os seguintes elementos: verbos não apresentam vogal temática (são as
chamadas formas atemáticas).
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado
essencial do verbo. Desinências – são elementos que se acrescentam ao radical
Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-) (ou ao tema) para indicar as categorias gramaticais de tempo e
modo (desinência modo-temporal-dmt), e pessoa e número
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a (desinência número-pessoal- dnp). Exemplo: cant- a- va / cant
conjugação a que pertence o verbo. radical
- á vt – vadmt – mos.dnp
Por exemplo: fala-r Os verbos regulares seguem um modelo da conjugação, já os
São três as conjugações: irregulares afastam-se de sua conjugação. Uma forma de
1ª - Vogal Temática - A - (falar) saber se o verbo é regular ou irregular é conjugá-lo no
2ª - Vogal Temática - E - (vender) presente do indicativo e no pretérito prefeito do indicativo. Se
3ª - Vogal Temática - I - (partir) ele for regular nesses tempos, será regular nos demais.
Presente do Indicativo: amo, amas, ama, amamos, amais,
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o amam.
tempo e o modo do verbo. Pretérito Perfeito do Indicativo: amei, amaste, amou,
Por exemplo: amamos, amastes, amaram.
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do Presente do Indicativo: ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis,
indicativo.) ouvem.
falasse ( indica o pretérito imperfeito do Pretérito Perfeito do Indicativo: ouvi, ouviste, ouviu,
subjuntivo.)  ouvimos, ouvistes, ouviram.
Percebe-se na conjugação do verbo ouvir uma mudança no radical no
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a presente do indicativo, então se conclui que é um verbo irregular, enquanto
que o verbo amar não muda sua conjugação em nenhum dos dois tempos.
pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou
plural).
Sufixos ( ou desinências) modo-temporais:
Por exemplo:
Tempo e Modo Sufixos Modo-Temporal
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
Presente do Ind. não há
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) Pretérito Perfeito do Ind. não há
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados Pretérito Imperfeito do Ind. VA (VE) * –1ª conj./ A (E) – 2ª e 3ª conj.
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, Pretérito Mais que Perf. do Ind. RA (RE) * – em sílaba tônica
pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A Futuro do Pres. do Indicativo RIA (RIE) *
vogal "e", apesar de haver desaparecido do infinitivo, Presente do Subjuntivo SSE
revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, Futuro do Subjuntivo R
etc. * Variantes ou alomorfes dos SMT

Desinências Número-Pessoa

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Pessoa /Número normais do Pretérito Perfeito do Futuro do a) Haver, quando sinônimo de existir, acontecer,
Subjuntivo
realizar-se ou fazer (em orações temporais).
1ª p.singular - i -
2ª p.singular s ste es Por exemplo: Havia poucos ingressos à venda. (Havia =
3ª p.singular - u - Existiam), Houve duas guerras mundiais. (Houve =
1ª p.plural mos mos mos Aconteceram),Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-
2ª p.plural is stes dês
3ª p.plural m ram em
ão), Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
b) Fazer, ser e estar (quando indicam tempo) Por
exemplo: Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
 Encontramos, ainda, as desinências o e i, ambas Era primavera quando a conheci. Estava frio
da primeira pessoa do singular, no Presente do naquele dia.
Indicativo e no Futuro do Presente do Indicativo. c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear,
 As desinências do Pretérito Perfeito. De tão
trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando,
específicas. Acaba, desempenhando o papel de porém, se constrói, "Amanheci mal-humorado", usa-
verdadeiros sufixos modo-temporal, num processo se o verbo "amanhecer" em sentido figurado.
de “dupla acumulação”. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido
 Verbo varia em pessoa e número de acordo com as figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal.
pessoas gramaticais. Por exemplo: Amanheci mal-humorado. (Sujeito
desinencial: eu), Choveram candidatos ao cargo.
Pessoa e número: 1ª, 2ª e 3ª – singular e plural. (Sujeito: candidatos) Fiz quinze anos ontem.
(Sujeito desinencial: eu)
Tempos: d) São impessoais, ainda:
- Presente 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando
- Pretérito ou Passado (imperfeito, perfeito, mais-que- tempo. Ex.: Já passa das seis.
perfeito: indicativo/ Pretérito imperfeito: subjuntivo) 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da
– Futuro (do presente, do passado- indicativo). preposição de, indicando suficiência. Ex.: Basta
Modo: detolices. Chega de blasfêmias.
- Indicativo (fato certo) 3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está
- Subjuntivo (fato duvidoso) bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica
- Imperativo (ordem). mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente.

Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se


 O imperativo não possui a 1ª pessoa do
apenas  nas terceiras pessoas do singular e do plural. Entre os
singular, pois não se prevê a ordem, o pedido unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais,
ou conselho a si mesmo. como:
 Imperativo afirmativo (formado do presente bramar (tigre) bramir (crocodilo) cacarejar (galinha) coaxar
do subjuntivo, com exceção da 2ª pessoa do (sapo) cricrilar (grilo)
plural que são retiradas do presente do
Os principais verbos unipessoais são:
indicativo sem o -s) e negativo (formado pelo
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer,
presente do subjuntivo). ser (preciso, necessário, etc.).
Observe os exemplos: Cumpre trabalharmos bastante.
(Sujeito: trabalharmos bastante) / Parece que vai chover.
Classificação dos Verbos
(Sujeito: que vai chover)
Classificam-se em:
É preciso que chova. (Sujeito: que chova)
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca
alterações no radical.
Por exemplo: canto     cantei      cantarei     cantava     
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da
cantasse
conjunção que.
Observe os exemplos: Faz dez anos que deixei de fumar.
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no
(Sujeito: que deixei de fumar) / Vai para dez anos que não
radical ou nas desinências. Por exemplo: faço     fiz      farei    
vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
fizesse
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação
Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos
completa. Classificam-se em:  impessoais,
morfológicos ou eufônicos.
unipessoais e pessoais.
Por exemplo:   verbo falir
Este verbo teria como formas do presente do
Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente,
indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
são usados na terceira pessoa do singular.
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos
contextos. Por exemplo:  verbo computar
Os principais verbos impessoais são:
Este verbo teria como formas do presente do indicativo

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computo, computas, computa - formas de sonoridade exemplo: Talvez eu estude amanhã.
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas
razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por
verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o exemplo: Estuda agora, menino.
próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a
popularização da informática, tem sido conjugado em todos os Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou
tempos, modos e pessoas. advérbio.
Por exemplo: Saindo de casa, encontrei alguns amigos.
Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma (função de advérbio) / Nas ruas, havia
com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma crianças vendendo doces. (função de adjetivo)
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na
terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas forma composta, uma ação concluída.
curtas (particípio irregular). Exemplo: Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. Tendo
trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
Formas nominais do verbo:
Chamam-se nominais porque por si só não expressam nem o Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos
tempo e nem o modo verbal. Além disso, em determinados compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma
contextos, assumem a função de substantivos, adjetivos ou ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau.
verbos. Exemplos: Vamos jantar. (verbo) / O jantar está Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos saíram.
servido. (substantivo). Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
As formas nominais são: infinitivo impessoal, gerúndio e relação temporal, assume verdadeiramente a função de
particípio. adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a
aluna escolhida para representar a escola.
Infinitivo Gerúndio Particípio
Cantar Cantando Cantado Tempos verbais
 Impessoais – quando não se refere às pessoas do 1. Tempos do Indicativo:
discurso.
 Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo:
 Pessoais – quando se refere às pessoas do discurso. Eu estudo neste colégio.
Neste caso, não flexionado na 1ª e 3ª pessoas do
singular e flexionado nas demais. Exemplo: falar  Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido
(eu), falares (tu), falar (ele), falarmos (nós), falardes num momento anterior ao atual, mas que não foi
(vós), falarem (eles). completamente terminado. Exemplo: Ele estudava as
lições quando foi interrompido.
 Infinitivos Pessoais – emprega-se quando ele tiver
 Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato
sujeito próprio (expresso ou implícito), ocorrido num momento anterior ao atual e que foi
diferente do sujeito da oração principal. Exemplo: O totalmente terminado. Exemplo: Ele estudou as
remédio era ficarmos em casa. lições ontem à noite.
 Infinitivos Impessoais – emprega-se quando ele não
se referir a sujeito algum. Exemplo: É preciso sair.  Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato
-Quando fizer parte de uma locução verbal. Exemplo: que teve início no passado e que pode se prolongar
Eles deviam ir ao cinema. até o momento atual. Exemplo: Tenho
-Na função de complemento nominal (virá regido de estudado muito para os exames.
preposição). Exemplo: Esses exercícios eram fáceis
de resolver.

Tempos Compostos
O tempo composto é formado pelo verbo auxiliar (ter ou  Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato
haver) + particípio do verbo principal. Usamos o tempo ocorrido antes de outro fato já terminado. Exemplo:
composto no indicativo, no subjuntivo e nas formas nominais. Ele já tinha estudado as lições quando os amigos
Exemplo: Temos andado muito. chegaram. (forma composta) Ele já estudara as
lições quando os amigos chegaram. (forma simples)
Modos Verbais:
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo  Futuro do Presente (simples)  - Enuncia um fato
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem que deve ocorrer num tempo vindouro com relação
três modos:  ao momento atual. Exemplo: Ele estudará as lições
amanhã.
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo:
Eu sempre estudo.  Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato
que deve ocorrer posteriormente a um momento
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por atual, mas já terminado antes de outro fato futuro.

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Exemplo: Antes de bater o sinal, os alunos já terão Tu cantas CantA tu Que tu cantes
terminado o teste.
Ele canta Cante você Que ele cante
 Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato Nós Que nós
Cantemos nós
que pode ocorrer posteriormente a um determinado cantamos cantemos
fato passado. Exemplo: Se eu tivesse Que vós
Vós cantais CantAI vós
dinheiro, viajaria nas férias. canteis
Que eles
 Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato Eles cantam Cantem vocês
cantem
que poderia ter ocorrido posteriormente a um
determinado fato passado. Exemplo: Se eu tivesse
ganho esse dinheiro, teria viajado nas férias.  Imperativo Negativo: Para se formar o imperativo
negativo, basta antecipar a negação às formas do
2. Tempos do Subjuntivo: presente do subjuntivo
 Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no
momento atual. Exemplo: É conveniente Presente do Imperativo
Subjuntivo Negativo
que estudes para o exame.

 Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, Que eu cante ---


mas posterior a outro já ocorrido. Exemplo: Eu Que tu cantes Não cantes tu
esperava que ele vencesse o jogo.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas Que ele cante Não cante você
construções em que se expressa a ideia de condição ou Que nós cantemos Não cantemos nós
desejo. Exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do Que vós canteis Não canteis vós
campeonato.
Que eles cantem Não cantem eles
 Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato
totalmente terminado num momento passado. 4 – Tempos Compostos
Exemplo: Embora tenha estudado bastante,  não
passou no teste. Modo Indicativo:

 Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa Pretérito perfeito composto: presente do verbo auxiliar +


um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. particípio do verbo principal. Você tem procurado o relógio?
Exemplo: Embora o teste já tivesse começado, Pretérito mais-que-perfeito composto: imperfeito do
alguns alunos puderam entrar na sala de exames. indicativo do verbo auxiliar+ particípio do verbo principal.
Exemplo: Você tinha procurado o relógio?
 Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que Futuro do presente composto: futuro do presente do verbo
pode ocorrer num momento futuro em relação ao auxiliar + particípio do verbo principal. Exemplo: Você terá
atual. Exemplo: Quando ele vier à loja, levará as procurado o relógio?
encomendas. Futuro do pretérito composto: futuro do pretérito do verbo
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que auxiliar + particípio do verbo principal. Exemplo: Você teria
indicam possibilidade ou desejo. Exemplo: Se ele vier à procurado o relógio?
loja, levará as encomendas.
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato Modo Subjuntivo:
posterior ao momento atual mas já terminado antes de
outro fato futuro. Exemplo: Quando ele tiver saído do Pretérito Perfeito: presente do subjuntivo do verbo auxiliar +
hospital, nós o visitaremos. particípio do verbo principal. Exemplo: Espero que você tenha
procurado o relógio.
3 - Imperativo
Pretérito mais-que-perfeito: imperfeito do subjuntivo do
 Imperativo Afirmativo ou Positivo: Para se formar verbo auxiliar + particípio do verbo principal. Exemplo:
o imperativo afirmativo, toma-se do presente do Esperávamos que você tivesse procurado o relógio.
indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda Futuro composto: futuro do subjuntivo do verbo auxiliar +
pessoa do plural (vós) eliminando-se o "S" final. As particípio do verbo principal. Exemplo: Quando você tiver
demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do procurado o relógio.
subjuntivo. Veja: 
 Não há os seguintes tempos compostos: presente e
Presente do Imperativo Presente do imperfeito.
Indicativo Afirmativo Subjuntivo
Anômalo: é o que apresenta variações no seu radical, não se
enquadrando em nenhuma conjugação; incluem mais de um
Eu canto --- Que eu cante radical em sua conjugação: ser e ir.

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Por exemplo: Ir. Pôr. Ser. Saber  Verbos em ear/iar – verbos terminados em -ear,
Vou / vais/ ides / fui / foste recebem a vogal de ligação depois da vogal e nas
Ponho / pus / pôs / punha formas rizotônicas. As terminações –iar são
Sou / és / fui / foste / seja
normalmente regulares.
Sei / sabes / soube / saiba
 Os verbos: mediar, ansiar, remediar, incendiar e
Abundante: é o que apresenta mais de uma forma de igual odiar troca o i por ei nas formas rizotônicas.
função ou valor. Essa abundância de forma é mais frequente
nos particípios.
Locução Verbal:
Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos Conjunto formado de um verbo auxiliar mais verbo principal.
compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando O verbo principal pode estar no infinitivo, no gerúndio ou no
acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas particípio.
nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio. Exemplos:
Você terá de estudar muito. (verbo auxiliar + infinitivo)
Por exemplo: Estou estudando muito. (verbo auxiliar + gerúndio)
Vou espantar as moscas. Isto já foi dito várias vezes. (verbo auxiliar + particípio)
(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)
Vozes do Verbo:
Está chegando a hora do debate. A flexão da voz indica a relação entre o verbo e o seu sujeito.
(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio) Pedem ocorrer três situações:
Os noivos foram cumprimentados por todos.
(verbo auxiliar) (verbo principal no particípio) Voz ativa: o sujeito é a gente, ou seja, aquele que executa a
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e ação expressa pelo verbo. Exemplo: O gorila comeu a banana.
haver. O gorila = sujeito/ comeu = verbo na voz ativa.

Alguns Exemplos: Voz Passiva: o sujeito é o paciente, ou seja, o receptor da ação


Infinitivo Particípio regular Particípio Irregular expressa pelo verbo. Exemplo: A banana foi comida pelo
aceitar aceitado aceito gorila. A banana = sujeito / foi = verbo auxiliar / comida =
anexar anexado anexo verbo principal.
desenvolver desenvolvido desenvolto  O objeto direto da voz ativa se transforma em sujeito
eleger elegido eleito na voz passiva.
imprimir imprimido impresso  O sujeito da voz ativa se transforma em agente da
ganhar ganhado ganho
passiva.
romper rompido roto
suspender suspendido suspenso
Voz Reflexiva: o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente,
ou seja, executor e receptor da ação expressa pelo verbo. A
 Os particípios regulares são usados, em geral, com
voz reflexiva apresenta sempre a seguinte construção: sujeito
auxiliares ter e haver, ou seja, na voz ativa, e os + verbo na voz ativa + pronome oblíquo reflexivo. O gorila
irregulares com o verbo ser, na voz passiva. cortou-se.
Exemplos: Julieta havia acendido o fogo.  Cuidado com o substantivo que é sujeito paciente, na
O fogo foi aceso pó Julieta. chamada voz passiva sintética, com o pronome
apassivador (se). Como ele constrói com verbo
 Os verbos abrir, cobrir, dizer escrever, fazer, por,
transitivo direto, parece um objeto direto, mas é
ver, vir e seus derivados possuem apenas o particípio
sujeito. Exemplo: Via-se a estrela no céu = A estrela
irregular: aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto,
(Sujeito) era vista no céu. Via-se (VTD) – a estrela
visto, vindo.
(sujeito) no céu.
 Na língua contemporânea há certa tendência pelo uso
 O verbo reflexivo pode indicar também
dos particípios irregulares, o que justifica o desuso de
reciprocidade. Exemplo: Ana e Pedro se
ganhado, gastado, pagado e pegado.
cumprimentaram.
Defectivo: é o que não possui todas as formas ou pessoas.
Reaver, precaver... Verbos Auxiliares:
São os verbos que entram na formação dos tempos compostos
Formas: Rizotônicas e Arrizotônicas e das locuções verbais. O verbo principal, quando
a) Rizotônicas – quando o acento tônico recai no radical: acompanhado de verbos auxiliares, é expresso numa das
amo, amas, ama, amamos, amais, amam. formas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio. Verbos
b) Arrizotônicas – quando o acento tônico não recai no auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
radical: amarás, amaremos...
Vou espantar as moscas.
vou ( verbo auxiliar) / espantar ( verbo principal no infinitivo)

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Está chegando a hora do debate. Maria chegou tão cedo quanto Ana.
está ( verbo auxiliar) / chegando (verbo principal no gerúndio) b) superioridade: mais + advérbio + (do) que. Exemplo: Maria
chegou mais cedo que Ana.
Os noivos foram cumprimentados na igreja, pelos c) inferioridade: menos + advérbio + (do) que. Exemplo:
convidados. Maria chegou menos cedo que Ana.
Foram (verbo auxiliar) / cumprimentos (verbo principal
Muito comum na linguagem popular usar o
no particípio) sufixo diminuto cedinho (muito cedo).

Verbos Pronominais:
São os verbos que só conjugam com pronomes oblíquos Superlativo:
átonos. Os pronomes são partes integrantes do verbo, não a) sintético: o sufixo indica o grau. Exemplo: Ele chegou
possuindo função sintática. Verbos pronominais: arrepender- cedíssimo à festa.
se e queixar-se. b) analítico: é feito por outro advérbio: Exemplo: Ele chegou
Exemplos: muito cedo à festa.
Presente do indicativo: queixo-me, queixas-te, queixa-se, Locução Adverbial: é uma expressão com duas ou mais
queixamo-nos, queixai-vos, queixam-se. palavras com valor de advérbio.
Presente do subjuntivo: que me queixe, que te queixes, que se Exemplos: às vezes, às escuras, às pressas, às tontas, de vez
queixe, que nos queixemos, que vos queixeis, que se queixem. em quando, com certeza, sem dúvida, por acaso, etc.
 Diferenças entre os verbos pronominais e os
Há locuções adverbiais que possuem advérbios
reflexivos: nos reflexivos, os pronomes, apesar de se correspondentes: de repente – repentinamente;
encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem com certeza- certamente; às pressas –
apressadamente.
funções sintáticas.

Exemplos: Eu me referi. (objeto direto)


Palavras Denotativas:
Certas palavras que se assemelham com advérbios, mas não
7) Advérbios:
possuem classificação especial, mas podem indicar, entre
outras coisas:
Palavra invariável que caracteriza circunstâncias (tempo,
Inclusão – até, inclusive, também, etc. Exemplo: Maria
causa, lugar, modo, afirmação, negação...) em que uma ação
também foi à festa.
expressa pelo verbo pode ocorrer. Referem-se a um verbo,
adjetivo ou outro advérbio.
Exclusão – apenas, salvo, menos, exceto, etc. Exemplo:
Todos, exceto Paulo, foram à festa.
Principais Advérbios ou locuções adverbiais:
Tempo: hoje, ontem, amanhã, nunca, jamais, sempre, antes,
Explicação – isto é, por exemplo, a saber, ou seja, etc.
etc.
Exemplo: Ana, por exemplo, não pode comparecer.
Lugar: aqui, aí, ali, cá, acolá, longe, perto, dentro, fora, etc.
Modo: bem, mal, depressa, devagar, às pressas, etc.
Retificação: aliás, ou melhor, ou seja, etc. Exemplo: Amanhã,
Intensidade: mais, menos, muito, pouco, bastante, etc.
ou seja, etc. exemplo: Amanhã, aliás, depois de amanhã
Afirmação: sim, certamente, efetivamente, positivamente,
iremos à festa.
etc.
Negação: não, de modo algum, de forma alguma, etc.
Realce- cá, lá, é que, etc. Exemplo: Ele é que não pode
Dúvida: talvez, porventura, provavelmente, acaso, etc.
comparecer.
Diferença entre o Advérbio e Pronome Indefinido:
Eu corri muito. (Advérbio porque se refere a um verbo, neste caso, não Situação - afinal, agora, então, etc. Exemplo: Afinal, que está
varia.).
Eu corri muitos quilômetros. (Pronome Indefinido porque se refere a um
falando.
substantivo.). Designação: eis. Exemplo: Eis a verdadeira culpada da
tragédia.

Advérbios Interrogativos: são os que introduzem uma


Emprego dos Advérbios:
pergunta direta ou indireta, exprimindo circunstâncias.
Estava trabalhando calma, tranquila e sossegadamente.
Exemplos:
Quando se coordenam vários advérbios terminados em –
Onde está o teu carro? (lugar)
mente, pode-se usar o sufixo apenas no último.
Como construíram o prédio? (modo)
Quando ela partiu? (tempo)
Por que você ficou feliz? (causa) Esta calça está mais mal acabada que a outra. Antes de
Para que você estuda? (finalidade) particípio usam-se as formas analíticas: mais bem, mais mal (e
não as formas sintéticas melhor, pior)
Graus dos advérbios: Comparativo e Superlativo
8) Preposição:
Comparativo: Palavra invariável que liga dois termos entre si, estabelecendo
a) igualdade: tão+advérbio+quanto (ou como). Exemplo: uma subordinação do consequente ao antecedente. Podem ser
essenciais e acidentais.

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a) Preposição a com artigo a ou as:
Essenciais: são as que se apresentam como preposição: a, Fui a + a praia = Fui à praia.
ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, Retornamos a + as praias = Retornamos às praias.
perante, por, sem, sob, sobre, trás.
b) Pronome aquele (s), aquela (s), aquilo:
Acidentais: são as de outras classes gramaticais que se Fui a + aquele lugar = Fui àquele lugar.
empregam com valor de preposição: afora, conforme,
consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, a) Pronome relativo a qual e flexões ( as quais):
salvo, segundo, visto. A cidade a + a qual nos referimos fica longe = A cidade à qual
nos referimos fica longe.
Locução Prepositiva: é o grupo de palavras que possui o valor
de preposição. Exemplos: abaixo de, acerca de, a fim de, b) Pronome demonstrativo a ou as (= aquela, aquelas):
além de, a respeito de, a par de, etc. Esta caneta é semelhante a + a que me deste = Esta caneta é
semelhante à que me deste.
Principais relações estabelecidas pela preposição e) Na indicação de número de horas, desde que, trocando-se
Música de Ivete Sangalo – relação de autoria esse número por meio-dia, Obtenha-se ao meio-dia. Chegou à
Estar em casa – relação de lugar uma hora em ponto, (ao meio-dia em ponto) / Saí às quatro
Sair após o jantar – relação de tempo horas. (ao meio-dia)
Maria estava com medo – relação de modo
Tremer de frio – relação de causa f) Nas expressões adverbiais femininas.
Falar sobre moda- relação de assunto Chegaram à noite.
Viajar de avião – relação de meio Caminhavam às pressas.
Ferir-se com a faca – relação de instrumento Estou à procura de ajuda.
Carro de Paulo – relação de posse
Sair com os amigos – relação de companhia  Nas expressões adverbiais femininas, muitas vezes
Ir a São Paulo – relação de destino ocorre o acento grave (`) sem que haja ocorrida a
Descendente de Holandeses – relação de origem crase, isto é, fusão de duas vogais idênticas.
Copo de (com) água – relação de conteúdo
Exemplo: Vendi à vista o relógio que ganhei. (se
Botafogo jogou contra o Vasco – relação de oposição
Anel de ouro – relação de matéria substituirmos pelo masculino teria: Vendi a prazo o
Vir para ficar – relação de finalidade elogio...).
Vender a (por) quinhentos reais – relação de preço  Nas expressões adverbiais femininas de instrumento
não se costuma usar o acento grave. Exemplo:
Distinção entre preposição, pronome pessoal oblíquo e Saíram num barco a vela.
artigo.
O a é: g) Nas locuções conjuntivas e prepositivas formadas por
Preposição: quando liga dois termos, estabelecendo entre eles palavras femininas:
relação de dependência, como preposição o a é invariável. Fui À medida que caminhava, ficava mais longe da casa.
a Manaus. À proporção que estuda, sua nota vai melhorando.
Pronome Pessoal Oblíquo: quando substitui o substantivo.
Nós levamos Maria a Manaus. Nós a levamos a Manaus. h) A crase é facultativa:
Artigo: quando antecede o substantivo, determinando-o. A - diante de nomes de pessoas do sexo feminino: Ele fez
aluna foi a Manaus. referência a (à) Ana.
Algumas contrações : - diante de pronomes possessivos femininos: Obedeço a (à)
ao ( s) ( a+ o), aonde ( a + onde), do ( de + o ), dum ( de + minha irmã.
um), desta ( de + esta ), no ( em prep. + o art. ), neste ( em+ - depois de preposição até: Fomos até a (à) feira.
este), etc.

 Não se deve fazer contração da preposição de com o i) Não ocorre crase diante das palavras casa (no sentido de lar,
artigo que encabeça o sujeito de um verbo. Exemplo: moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que
Está na hora da onça beber água. Está na hora de a venham especificadas.
onça beber água.
 Antes de verbo no infinitivo. Exemplo: Chegou a Voltamos cedo a casa.
Voltamos cedo à casa dos amigos.
hora dele sair. Chegou a hora de ele sair.
Os marinheiros desceram a terra.
9 - Crase:
Os marinheiros desceram à terra dos anões.
Fusão de dois sons idênticos. Nas contrações da preposição a
com o artigo a ou de pronomes demonstrativos aquele (s),
aquela (s), aquilo. Na escrita, o sinal indicativo da crase é o Casos em que o acento grave é obrigatório:
acento agudo (`).
1. Quando houver a preposição A + o artigo A
Casos em que ocorre crase: Ele referiu-se à melhor aluna.
2. Palavra que exige a preposição A e você encontra AS
Ele referiu-se às boas alunas
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Vou a Roma. (Volte de Roma – não pede artigo)
Se o nome de lugar que repele o artigo, vier
determinado, haverá crase:
Vou à Roma antiga. (Venho da Roma antiga. – pede
Nunca ocorre crase! artigo).
a) Diante de palavras masculinas, no entanto, se houver
subentendido a locução prepositiva à moda de, haverá o sinal
indicativo de crase:
Maria gostava de andar a cavalo. Casos em que o acento grave é proibido:
Andreia usava sapatos à Luís XV. (usava sapato à moda de 1. A preposição + masculino ou plural
Luís XV) Deu a Carlos um quadro a óleo.
2. Preposição qualquer + A [artigo]
b) Antes de verbo: Estou disposto a colaborar. Falou isso com a filha.
3. Diante de verbo no infinitivo.
Pôs-se a gritar
c) Antes da maioria dos pronomes, por eles não admitirem 4. Diante de pronomes de tratamento, pessoais,
artigo: demonstrativos e indefinidos.
Dirijo-me a Vossa Excelência com todo o respeito. Comunico a V.Sa. minha decisão.
5. Diante de palavras tomadas em sentido geral.
Referiram-se a nós ontem na discussão? Aspiro a medidas justas.
Não é esse o salário a que espirávamos. 6. Diante de palavras repetidas.
O sangue jorrava gota a gota
d) Antes de palavras no plural que não são definidas pelo
artigo:
Não tem hábito de ir a reuniões de condomínios. (nesse caso
o a é uma preposição e faz regência ao verbo ir). 10) Conjunção:
Palavra invariável que liga dois termos semelhantes de uma
e) Nas locuções adverbiais formadas de elementos repetidos: mesma oração ou duas orações e não desempenham função
Gota a gota a água no balde. sintática na oração. Classificam-se como Coordenativas e
Subordinativas.
f) Na expressão a distância, se aparecer determinada, haverá
crase. Conjunções Coordenativas:
Ligam termos independentes. Podem ser:
g) Diante do pronome relativo que, normalmente não há crase, Aditivas: quando exprimem ideia de adição: e, nem, mas
porém, quando antes dele aparecer o pronome demonstrativo a também, como (depois de não só), como ou quanto (depois
ou as (= aquela, aquelas), ocorrerá o sinal indicativo da crase. de tanto).
Esta é a faculdade a que aspiro. Exemplo: Não veio nem telefonou.
Sua caneta era igual à que comprei. (a + aquela que comprei)
Os pais observavam os filhos a distância. Adversativas: quando exprimem oposição, contraste,
Os pais observavam os filhos à distância de uns cem metros. compensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no
entanto, não obstante, etc.
Em caso de dúvidas, pode-se verificar se ocorre ou Exemplo: A peça foi boa, contudo não agradou aos
não crase pelo recurso de substituição dos termos espectadores.
femininos por masculinos.
Alternativas: exprimem alternativa, alternância, escolha: ou,
ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja, etc.
Sua caneta era igual à que comprei. Exemplo: A criança ora chora, ora ri.
Seu lápis era igual ao que comprei.

Explicativas: exprimem explicação, razão, motivo: que,


Esta é a faculdade a que aspiro. porque, porquanto, pois (anteposto ao verbo).
Este é o curso a que aspiro. Exemplo: “Corra, que vai chover logo!”

Eu conheço a diretora. Conclusivas: exprimem conclusão: logo, porquanto, por isso,


Eu conheço o diretor. por conseguinte, pois (posposto ao verbo).
Exemplo: Está muito frio; logo, sairei agasalhado.
Eu me referi a ela.
Eu me referi a ele. Conjunções subordinativas:
Ligam orações dependentes.
Fui à praia. Temporais: introduzem orações que exprimem ideia de tempo:
Fui ao parque. quando, enquanto, logo que, depois que, sempre que, desde
que, até que, etc.
 Diante de nome de lugar aceita ou não o artigo a, Exemplo: Quando ele chegou, eu saí.
usa-se o seguinte artifício: Vou à Itália. (Venho da
Itália – pede artigo) Causais: introduzem orações que dão ideia de causa: porque,

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que, porquanto, já que, visto que, uma vez que, como (no a) Ele tem certo quê misterioso.
início da frase) desde que, etc.
Substantivo: equivale a alguma coisa, virá sempre precedido de artigo ou
Exemplo: Como estivesse doente, não compareceu ao serviço. outro determinante e será acentuado.

Condicionais: introduzem orações que exprimem condição ou b) Tenho que dar uma resposta à diretoria.
hipótese: se, caso, contanto que, salvo se, a menos que, desde Preposição: liga dois verbos de uma locução verbal, equivale a
que (com verbo no subjuntivo), a não ser que, etc. de.
Exemplo: Desde que não haja problema, voltarei cedo.
c) Quê! Você não sabe onde estão os documentos?!
Proporcionais: introduzem orações que exprimem Interjeição: exprime espanto, admiração, surpresa. Nesse caso, será
concomitância, simultaneidade: à proporção que, à medida acentuada e seguida de exclamação.
que, ao passo que, e quanto mais, etc.
Exemplo: Quanto mais distante o objeto, menor ele parece. d) Quase que não consigo terminar o trabalho.
Partícula de Realce ou Expletiva: pode ser retirada da frase, sem prejuízo
Finais: introduzem orações que exprimem finalidade: para algum para o sentido. Não tem função sintática.
que, a fim de que, e outras que sejam equivalentes à para que
(de modo que, de forma que, de maneira que, de sorte que, e) Este é o caminho que procurávamos.
etc.). Pronome Relativo: retoma ao termo antecedente projetando-o na oração
Exemplo: Coloquei o livro bem visível, a fim que possa consequente.
encontrá-lo facilmente.
f) Que houve com você?
Consecutivas: introduzem orações que exprimem Pronome Indefinido: equivale a que coisa.
consequência: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho),
sem que, de sorte que, de modo que, de forma que, de
maneira que, que (equivalendo a sem que). g) Desejo que vocês venham.
Exemplo: Não pode ver uma novidade sem que a compre.
Conjunção Integrante inicia oração Subordinada Substantiva.
Concessivas: introduzem orações que exprimem certo sentido
de contrariedade: embora, conquanto que, ainda que, mesmo h) Venha logo, que é tarde.
que, posto que, se bem que, por menos que, apesar de que, Conjunção relaciona entre si duas orações, nesse caso, não exerce função
sem que (equivalente a embora não), etc. sintática.
Exemplo: Saia, ainda que seja por alguns instantes.
A palavra SE pode ser:
Comparativas: introduzem orações que exprimem o segundo Consertam-se bicicletas.
elemento de uma comparação: como, assim como, que ou do Pronome Apassivador ou Partícula Apassivadora: acontece quando com o
que (precedido de mais, menos, maior, melhor, pior) qual ou verbo transitivo forma a voz passiva pronominal ou sintética.
como (precedido de tal), como ou quanto (precedido de tanto,
tão), etc.
Exemplo: Ela é tal como (ou qual) me disseram. Trabalha-se muito aqui.

Conformativas: introduzem orações que exprimem Índice de Indeterminação do sujeito: associa-se a verbos
intransitivos ou transitivos indiretos.
conformidade de um fato com outro. Conforme, segundo,
consoante, como e que (equivalente a conforme).
Exemplo: Fizeram o trabalho conforme o professor pediu. Pronome reflexivo quando funciona como:
Lúcia considerou-se culpada pela tristeza da mãe.
Objeto Direto.

Integrantes: introduzem orações que equivalem a Mãe e filha queriam-se muito bem.
substantivos: que e se. Objeto Indireto
Exemplo: Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta).
Aquela senhora deixou-se guiar pelo garoto.
Observação:
Sujeito de um infinitivo
As conjunções quando representadas por duas ou mais
palavras, são denominadas locuções conjuntivas: à medida A filha arrependeu-se do que fez.
que, logo que, a fim de que, etc.
Mal e apenas são conjunções subordinativas temporais Partícula Integrante de um verbo, quando se associa a verbos
quando equivalem a logo que. pronominais.
As conjunções e, antes, agora quando são adversativas
quando equivalem a mas. Conjunção quando:
Senão é conjunção adversativa quando equivale a mas sim. Não sei se ele voltará hoje para casa.

Particularidades: Quando inicia Orações Subordinadas Substantivas. É uma


conjunção Subordinativa Integrante.
A palavra QUE, pode ser:

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 Prefixos: localizado antes do radical: releito
Se ela não vier, teremos muito trabalho.  Sufixos: localizado após o radical. pensamento

Quando inicia orações subordinadas adverbiais condicionais. É Vogal Temática: localiza-se nos nomes que sejam oxítonos ou
uma conjunção Subordinativa Condicional.
terminados em consoantes após o radical e nos verbos, quando
indicam a conjugação verbal. Os nomes oxítonos ou
terminados em consoantes são atemáticos (não possuem
Os convidados foram-se embora ao amanhecer. vogal temática).
Palavra Expletiva ou de Realce: quando o seu uso não é
rigorosamente necessário. Nesse caso o se não tem função Desinências: é o elemento indicativo de gênero e número dos
sintática. nomes e de modo, tempo, número e pessoa dos verbos. Podem
ser nominal ou verbal.
11) Interjeição: Nominal – quando indica o gênero e o numero dos nomes
Palavra invariável com que exprimimos nossas emoções. (substantivos, adjetivos, numerais e pronomes). Gatas – gat
( rad) -a (des. de gênero)- s ( des. num. pes.)
Principais Interjeições: Verbal – quando indica o modo, o tempo, o número e a
Ah! Oh! – de admiração pessoa dos verbos. Fal – ( rad) – á (vt) – va (dmt) – mos
Atenção! Cuidado! Cuidado! – de advertência ( dnp)
Boa! Oba! Opa! Upa! – de satisfação
Uh! Ui! Credo! – de terror, de medo Vogais e Consoantes de Ligação
Psiu! Silêncio! Caluda!- de silêncio
Ave! Olá! Oi! Salve! Adeus! Viva! – de saudação São elementos que intercalam a certos elementos mórficos a
Xi! Ou Chi! Ih! Irra! Credo! – de aversão fim de facilitar a pronúncia da palavra.
Ah! Oh! Ai! Ui! – de dor Café + cultura = café – i (vogal de ligação) - cultura =
Caramba! Que! Puxa! Nossa! Opa! Hem! – de espanto, de cafeicultura.
admiração. Chá + eira = cha – l (consoante de ligação) – eira= chaleira.
Uai! Ué! Ah! – de desapontamento
Bravo! Bis! Parabéns! Isso! Ótimo! Viva! – de aplauso Processo de Formação das Palavras
Por Derivação: é o processo pelo qual as palavras novas
 Uma mesma interjeição pode exprimir emoções ou (derivadas) são criadas a partir de outras já existentes
sentimentos diversos conforme a situação e a (primitivas).
entonação. Ah! Ainda bem que já estamos em casa.
(alívio) / Ah isso é ótimo! Muito bom! (alegria). Prefixal ou Prefixação: quando se agrega um prefixo a um
 Interjeição pode se considerada uma palavra-frase radical: in+feliz
porque sozinha pode constituir uma mensagem.
Sufixal ou Sufixação: quando se agrega um sufixo a um
Exemplo: Socorro! -Ajude-me! radical: feliz + mente
 Oh! E Ó: a primeira é interjeição que pode exprimir
espanto, admiração, alegria, lástima, etc.; a segunda é Por Prefixação e Sufixação: quando se agrega um prefixo e
interjeição usada para chamar alguém, para invocar, um sufixo a um radical: in+ feliz + mente
e é usada sem ponto de exclamação. Oh! Como estás
Parassintética: quando se agregam simultaneamente um
linda!; “Deus! Ó Deus! Onde estás que não
prefixo e um sufixo a um radical, de tal forma que a palavra
respondes?” (Castro Alves). não exista só com o prefixo ou só com o sufixo. a + noit +
 ecer
 A palavra infelizmente, apesar de ser formada por
Locução Interjetiva prefixo e sufixo, não é derivação parassintética
porque há possibilidade de forma-la apenas com
São duas ou mais palavras com valor de interjeição.
Meu Deus! Virgem Maria! prefixo: infeliz. No caso de anoitecer, essa
Puxa vida! Que esperança! possibilidade já não existe.
Ora bolas! Que pena!  Enforcamento deriva de enforcar e não de forca,
Valha-me Deus! Virgem Maria! logo não é formação parassintética e sim sufixal.
Que esperança! Pobre de mim! (forca- enforcar – enforcamento)
Puxa vida! Nossa Senhora!
Cruz credo! Ai de mim! Regressiva: quando se reduz a palavra derivante. É mais
Ora bolas! Valha-me Deus! comum na criação de substantivos derivados de verbos, que
Muito bem! Muito obrigado! são chamados de deverbais ou pós-verbais e são sempre
abstratos. Exemplo: O debate - de debater.
12 - A Estrutura das Palavras
Radical: indica o significado dos termos: ferr – agem, -ugem. Imprópria: consiste na mudança de classe gramatical da
Afixos: dividem-se em dois tipos: prefixos e sufixos

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palavra sem que sua forma seja alterada. Exemplos: Os maus significa, pois, decompô-la em seus elementos constituintes
pagarão pelos seus erros. (adjetivo substantivado) / Todos (sujeito, predicado, abjetos, adjuntos, etc.).
buscam o saber das coisas. (verbo substantivado) Por que estudar Sintaxe. Frase, oração, período?
Alguns alunos, às vezes, questionam os professores sobre
Por Composição: é o processo pelo qual a formação de gastar tempo estudando alguns assuntos que, segundo eles,
palavras se dá pela união de dois ou mais radicais: não vão usar no dia-a-dia da vida profissional. Um desses
a) Justaposição: quando na nova palavra não há alteração assuntos é a SINTAXE. Mas, o que é mesmo isso? Do que
gráfica ou fonética nos radicais (com ou sem hífen): ponta + trata? Qual o seu valor para o exercício profissional, qualquer
pé = pontapé; couve + flor =couve-flor; gira + sol = que seja ele?
girassol.
b) Aglutinação: quando na nova palavra há alteração gráfica A divisão sistemática para se estudar a língua portuguesa
ou fonética em um dos radicais: plano + alto = planalto; O estudo da Gramática se divide em três grandes partes: a
água + ardente = aguardente. Fonética, a Morfologia e a Sintaxe.
 Paraquedista não é formado pelo processo de
composição, pois é derivado da palavra paraquedas. A Fonética ocupa-se dos sons da língua. Descreve e classifica
Paraquedas (esta sim é formada pelo processo de os sons produzidos e usados na fala, fixando a pronúncia
correta das palavras.
composição). Paraquedista é formado por derivação
A Morfologia se ocupa da estrutura e classificação das
sufixal, pois recebe o sufixo –ista. palavras e do tipo de relacionamento entre o ser e a palavra
que o representa.
Por Abreviação ou Redução: é a forma reduzida que
algumas palavras apresentam: auto (automóvel); cine A Sintaxe trata do arranjo das palavras e da construção das
(cinema); moto (motocicleta); foto (fotografia); pneu frases. É o estudo do valor que uma palavra tem em relação às
(pneumático)... outras que a acompanham. A Sintaxe procura verificar qual é a
importância que cada palavra tem dentro da frase e o melhor
Onomatopeia: é a palavra que procura imitar certas vozes ou lugar em que cada uma deve ficar para melhor expressar
ruídos: tique-taque; zunzum; reco-reco; plaft!; pingue- nosso pensamento.
pongue; cocorocó; fonfom ... Portanto, estudar Sintaxe nos habilita a usar a língua
portuguesa de maneira correta, eficaz e elegante. Um dos pré-
Hibridismo: é a formação de palavras com elementos de requisitos para estudar Sintaxe é sabermos distinguir bem as
línguas diferentes: abreugrafia (abreu-português) + ( grafia – classes das palavras. Para isso você precisa estudar
grego). Morfologia.
 Enforcamento deriva de enforcar e não de forca, logo O estudo da Sintaxe também nos ajuda a interpretar melhor os
não é formação parassintética e sim sufixal. (forca- textos. Por isso, se você tem algumas dificuldades na
enforcar – enforcamento) interpretação de textos, você precisa se esforçar e deixar de
lado a indisposição para o estudo da Sintaxe. Você verá que o
Observações: estudo desta área da língua só lhe trará benefícios e não vai
a) Quando um nome está no masculino singular, possui gastar tempo à toa.
desinência zero de gênero e de número; de gênero porque o
masculino é uma forma não marcada, e de número porque a 1 - Conceitos de frase, oração e período:
ausência da desinência de plural é que indica a forma singular. Frase: é todo enunciado de sentido completo, capaz de
Exemplo: gato estabelecer comunicação.
1 – Tenha cuidado com os espinhos, meu filho!
b) Consideradas as desinências como elementos usados na 2 – Cuidado com os espinhos!
flexão dos nomes (em gênero e número) e na flexão dos 3 – Cuidado!
verbos (em modo, tempo, número e pessoa), tem-se que, a
rigor, o grau não é flexão.
Exemplo: gat – inh – a – s desinência de número
A frase tem sempre um sentido intencional, isto é, exprime
radical sufixo desinência de gênero aquilo que temos intenção de dizer. O sentido intencional que
damos a nossas palavras faz com que as pronunciemos com
c) A vogal átona final (a) será desinência de gênero quando um determinado tom de voz, isto é, com
opuser o masculino ao feminino. Exemplo: gato – gata certa entoação ou melodia. Assim, cada frase possui uma
d) Nomes terminados em consoantes ou em vogal tônica entoação própria. 
possuem apenas o radical, não apresentam vogal temática.
Exemplos: animal, café, etc. Classificação da frase é feita de acordo com o sentido
expresso pela entonação.
 SINTAXE
a) Declarativa: ocorre quando o emissor constata um fato.
Esse tipo de frase informa ou declara alguma coisa. Podem ser
Sintaxe é a parte da gramática que estuda as relações e
afirmativas ou negativas.
combinações entre as palavras de um enunciado e entre as
 Afirmativa - Você é um dos que se preocupam
frases de um texto. Analisar sintaticamente uma frase
com a poluição. / Obrigaram o rapaz a sair.

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 Negativa - Você não é um dos que se preocupa
com a poluição. / Ela não está em casa. 1 – Tenha cuidado com os espinhos, meu filho! (É um período
simples)
b) Interrogativa – ocorre quando uma pergunta é feita pelo 2 – tenha cuidado com os espinhos para que não venha a se
emissor da mensagem. São empregadas quando se deseja ferir. (É um período composto)
obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou Toda frase verbal é chamada de período, pois período é a frase
indireta. organizada com uma ou várias orações. O período com uma
Você aceita um copo de suco?  (Interrogação direta) oração é chamado de simples, e o com mais de uma oração é
Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação chamado composto. Exemplos:
indireta) a) O barulho da moto nos incomodou na sala de aula. (apenas
Você é um dos que se preocupam com a poluição? um verbo, logo apenas uma oração) - Período Simples.
b) As crianças pularam quando foi marcado o gol. (um verbo
c) Exclamativa – nesse tipo de frase o emissor exterioriza um + uma locução verbal, logo duas orações) – Período
estado afetivo. Apresentam entoação ligeiramente  Composto.
prolongada.  A maneira mais simples de saber quantas orações existe
Por Exemplo:  Que prova difícil! É uma delícia esse bolo! num período é contar os verbos ou expressões verbais:
Você é um dos que se preocupam com a poluição! haverá num período tantas orações quantos forem os
verbos.
d) Imperativa -  ocorre quando o emissor da mensagem dá
uma ordem, um conselho ou  faz um pedido, utilizando o 2 - Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado
verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos da
negativas. oração podem ser:
Faça-o entrar no carro! (Afirmativa) 1) Essenciais - Também conhecidos como termos
Não faça isso. (Negativa) “fundamentais”, são representados pelo sujeito e predicado
Dê-me uma ajudinha com isso! (Afirmativa) nas orações.
Preocupe-se com a poluição. 2) Integrantes - Completam o sentido dos verbos e dos
nomes, são representados por: complemento verbal - objeto
e) Nominal – Quando construída sem verbos: Fogo! / direto e indireto;
Trabalho digno desse feirante. complemento nominal; agente da passiva.
3) Acessórios - Desempenham função secundária
f) Verbal – Quando construída com verbo: Comemoraram o (especificam o substantivo ou expressam circunstância). São
Dia dos namorados. representados por: adjunto adnominal; adjunto adverbial;
aposto.
g) Optativa: usada para exprimir um desejo. Por Exemplo: Obs.: O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte:
Deus te acompanhe! Bons ventos o levem! não pertence à estrutura da oração.

Oração: é o enunciado que se estrutura em torno de um verbo Sujeito é o termo sobre o qual o restante da oração diz algo.
ou locução verbal. É necessário que o enunciado tenha sentido  O substantivo ou pronome que o substitua pode ser
completo e verbo. A oração pode ser composta de: termos núcleo do sujeito, quando é a resposta à pergunta
essenciais, termos integrantes e termos acessórios. “quem é que?” ou “o que é que?”, feita com o auxílio
A população precisa de saneamento básico.
do verbo da oração.
“Oração é uma frase que obrigatoriamente apresenta um Exemplo: “Sinhá Vitória remexeu no baú, os
verbo na sua estrutura em volta do qual gravitam outras meninos foram quebrar uma haste de alecrim para
palavras que lhe completam o sentido. Encontramos nela um fazer um espeto” (Graciliano Ramos)
sujeito e um predicado que podem ser claramente separados -Quem mexeu? -Quem foi quebrar?
ou identificados.”
1 – Tenha cuidado com os espinhos, meu filho! (É uma
Os pronomes substantivos também podem ser núcleos
oração) de sujeitos e predicativos.
2 – Cuidado com os espinhos! (Não é uma oração)
3 – Cuidado! (Não é uma oração)
Classificação do sujeito:
Nem toda frase é oração, pois para ser oração precisa ter Apesar de a NGB reconhecer apenas dois tipos de sujeito,
sentido completo e verbo. quando ele aparecer determinado; é comum a referência ao
Nem toda oração é frase, pois precisa ter sentido completo. sujeito oculto, quando o núcleo aparece implícito,
Exemplo: Queremos que a justiça impere no Brasil. (cada subentendido, elíptico.
oração isoladamente não tem sentido, para formar a frase Ex.: Dispensamos todos os funcionários.
foram necessárias as duas orações.) Nessa oração, o sujeito é simples e determinado, pois o
sujeito nós é indicado pela desinência verbal - mos. Também
Período: é um enunciado com sentido completo formado por chamado de desinencial ou elíptico.
uma ou mais orações. O período pode ser simples ou Determinado: quando é possível determinar que elemento da
composto. oração funcione como sujeito. Pode ser simples ou composto.

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 Simples: quando possui apenas um núcleo ligado
direto ao verbo.
Exemplo: Muitos fatos estranhos ocorriam naquela casa.
Muitos fatos estranhos = sujeito / Fatos = núcleo do sujeito
 Composto: quando possui dois ou mais núcleos
ligados direto ao verbo:
O rádio e a televisão são meios de comunicação. Oração sem sujeito (ou inexistente). Apesar de o sujeito ser
O rádio e a televisão = sujeito um termo essencial da oração, há orações que são constituídas
Rádio e núcleo = núcleos do sujeito apenas de predicado, estas orações são formadas por verbos
chamados impessoais, eles são usados na terceira pessoa do
Núcleo do sujeito - é a palavra que comunica o ser; os outros singular e se acompanhado por auxiliar transmitem a eles sua
elementos que compõem o sujeito são chamados de adjuntos. impessoalidade.
Sendo um ser o sujeito vem representado na oração por um Exemplos:
substantivo (ou palavra substantivada, pronome ou oração Verbos que expressam fenômeno da natureza (nevar,
substantiva). chover, ventar, gear, trovejar, relampear, etc.): Exemplo: Neva
bastante nos Alpes.
 Quando o sujeito não está expresso na oração, mas é Verbo Haver, significando existir, acontecer, realizar e fazer.
reconhecido pela desinência verbal, chama-se de sujeito Exemplo: Há muitos anos que eu não a vejo. (faz)
implícito. Exemplo: Não entendi a questão (“Eu” – que
está implícito, mas se reconhece pela desinência do verbo Verbos fazer, ser e estar quando indicam tempo transcorrido
entendi, na qual está em primeira pessoa). ou tempo relativo a fenômeno da natureza: Exemplo: Faz dias
que o carteiro não aparece.
Indeterminado – quando não está expresso na oração, e
Os verbos que exprimem
nenhum outro termo fornece elementos para seu Se o verbo “haver” for fenômeno da natureza,
reconhecimento (não se pode determinar o núcleo). Pode-se substituído por um equivalente, quando usados em sentido
esse novo verbo deve flexionar.
construir o sujeito indeterminado de duas maneiras: Exemplo: Devem existir soluções
figurado, deixam de ser
impessoais. Exemplo: Já
a) Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do plural: Mandaram os para o aquecimento global. amanheci cansado. (eu)
acidentados para o hospital.
b) Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do singular
acompanhado de pronome se: Precisa-se de carpinteiros.
 Quando o verbo na 3ª pessoa do plural, fazendo
referência a elementos explícitos em orações  O verbo “ser”, nas indicações de tempo,
anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado. apresenta concordância anômala. Ele deve
concordar com o numeral ao seu lado.
 O pronome “se” que acompanha o verbo na 3ª pessoa
Exemplos: É uma hora. / São duas horas.
do singular para indeterminar o sujeito é denominado
índice de indeterminação do sujeito. PARA MELHOR ENTENDER ... :

Cuidado para não confundir indeterminação do sujeito com Os casos mais comuns de orações sem sujeito ou sujeito
a voz passiva sintética ou pronominal, que só pode se inexistente da língua portuguesa ocorrem com:
realizar com VTD e VTDI. a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: nevar,
chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer
etc.
Dica: Tentar passar a frase para a voz passiva analítica, a Ex.: Choveu muito no inverno passado.
não possibilidade indicará que a frase apresenta um sujeito Observação: quando usados na forma figurada, esses
indeterminado.
verbos podem ter sujeito determinado.
Fala-se de um ser que não se sabe ou não se quer ou não se pode determinar com
Ex.: Tomates choveram na palestra. (sujeito: tomates)
segurança quem ele seja. Neste caso, o verbo aparece na 3ª pessoa do plural ou na verbo pessoal
3ª pessoa do singular + “se” (pronome indeterminador do sujeito). b) Verbo haver indicando tempo decorrido ou no sentido de
a) Com verbo na 3ª pessoa do plural: o verbo é colocado na terceira pessoa do
plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em
existir, acontecer, ocorrer.
outra oração): Ex.: Há dias não a vejo. (tempo decorrido)
Procuraram você por todos os lugares. Há vinte pessoas aqui. (existir)
b) Com verbo na 3ª  pessoa do singular, seguido do pronome se: o verbo vem
acompanhado do pronome se, que atua como pronome (índice/ partícula) de
Houve vários acidentes na estrada. (acontecer/ ocorrer)
indeterminação do sujeito. Nessa função, o pronome se acompanha verbos c) Verbos ser, estar, fazer com referência a tempo
intransitivos, transitivos indiretos, de ligação e transitivos diretos (desde que cronológico, clima, datas, temperaturas ou distâncias.
apareçam com objeto direto preposicionado). O verbo obrigatoriamente fica na
terceira pessoa do singular.
Obs.:  ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a
Vive-se bem no campo. (Verbo Intransitivo) expressão numérica que o acompanha. Veja:
Precisa-se de ajuda. (Verbo Transitivo Indireto) São duas horas da madrugada.
Na prova, fica-se nervoso. (Verbo de Ligação)
Ama-se a Deus. (Verbo Transitivo Direto c/ Objeto Direto Preposicionado)
Hoje são 15 de março.
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a Está tarde.
elementos explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é Faz dois anos que não vejo meu pai.
determinado.
Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras.
Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos).

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ATENÇÃO !!  Predicado Verbal: é aquele que informa uma
Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais devem ser ação. O núcleo do predicado verbal é o verbo,
usados SEMPRE NA TERCEIRA PESSOA DO para que o verbo seja núcleo, é necessário que
SINGULAR. Devemos ter cuidado com os verbos fazer e
ele seja um verbo significativo, ou seja, traga em
haver usados impessoalmente: não é possível usá-los no
plural. si mesmo uma ideia de ação. Pode ser formado
Ex.: Faz muitos anos que nos conhecemos. de um verbo intransitivo ou transitivo.
Deve fazer dias quentes na Bahia. Apresenta as seguintes características:
Houve muitas pessoas interessadas na reunião. a) Tem um verbo como núcleo;
Deve ter havido muitas pessoas interessadas na reunião. b) Não possui predicativo do sujeito;
Pode ter havido muitas pessoas interessadas na reunião. c) Indica ação.

NÃO CONFUNDA !! Exemplos:


O verbo haver no sentido de existir, acontecer, ocorrer é As árvores floresceram na primavera. (verbo intransitivo)
impessoal, ficará na 3ª pessoa do singular e o sujeito é Os pássaros fazem seus ninhos. (verbo transitivo direto)
inexistente.
Por outro lado, quando se tratar dos verbos existir, acontecer  Predicado Nominal: é aquele que informa um
e ocorrer propriamente ditos, haverá sujeito e o verbo deverá estado do sujeito. Neste predicado o verbo é de
concordar com ele. ligação. O núcleo não é o verbo, mas a palavra
Ex.: Houve muitas mortes no acidente.
que indica a característica do sujeito, contida no
(sujeito inexistente)
Ocorreram muitas mortes no acidente. predicado. O termo que atribui característica ao
(sujeito simples: muitas mortes) sujeito por meio do verbo de ligação é chamado
de predicativo do sujeito.
IMPORTANTE! Apresenta as seguintes características:
Quando o “SE” estiver ligado a verbos intransitivos, a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como
transitivos indiretos, de ligação ou transitivos diretos (com núcleo;
objeto direto preposicionado), ele será pronome b) É formado por um verbo de ligação mais o
indeterminador do sujeito (PIS), o sujeito será predicativo do sujeito;
indeterminado e o verbo ficará na 3ª pessoa do singular. c) Indica estado ou qualidade.
Já quando o “SE” estiver ligado a verbos transitivos diretos,
ele será partícula apassivadora (PA) e haverá sujeito Exemplo:
determinado, com o qual o verbo concordará. Neste caso, o Os jornalistas ficaram tensos.
verbo flexiona-se normalmente. Os jornalistas = sujeito / Ficaram tensos = predicado nominal
Resumindo: Ficaram = verbo de ligação
VTI, Intransitivo + se sujeito Tensos = predicativo do sujeito e núcleo do predicado
VTD (OD Prep.) PIS indeterminado
Ligação  Predicado Verbo-nominal: é aquele que
apresenta uma dupla informação: ação e estado.
VTD + se sujeito determinado O predicado é constituído de dois núcleos: um
PA (verbo concorda com o sujeito)
verbo e um nome.
Sujeito oracional: é representado por uma ou mais orações: o
núcleo é o verbo. Apresenta as seguintes características:
Exemplos: É impossível comer um só. / Comer e dormir são a) Possui dois núcleos: um verbo e um nome;
suas atividades favoritas. b) Possui predicativo do sujeito ou do objeto;
c) Indica ação ou atividade do sujeito e uma qualidade.
DICA
Há predicados verbo-nominais que o predicativo não se refere ao
 Método de reconhecimento do sujeito: faz-se a pergunta sujeito, mas ao objeto, chamados de predicativo do objeto.
ao verbo com “quem é quê?” ou “o que é quê?”

Predicado: Exemplo: Os colegas consideram Paulo inteligente.


É o termo da oração que contém o verbo. É impossível existir inteligente - se refere a Daniel (objeto direto) e não aos
oração sem predicado. Predicado pode ser verbal, nominal ou colegas (sujeito).
verbo-nominal.
Predicação Verbal - o verbo pode assumir cinco predicações:
Observação - Nas orações com sujeito desinencial, Intransitivo, Transitivo Direto, Transitivo Indireto, Transitivo
indeterminado ou inexistente (oração sem sujeito), a oração é Direto e Indireto e de Ligação.
formada apenas pelo predicado.  Intransitivo ( VI) - não apresentam
Ex: Estou cansado. / Gritaram lá fora./ Havia fila diante complemento para sua significação: O bebê
do cinema. dormiu.

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 Transitivo direto ( VTD) – apresentam Exemplo: Os alunos acharam a prova fácil. (a prova = objeto
complemento sem preposição para introduzi-lo: direto; fácil = predicativo do objeto) / Os alunos fizeram uma
Comer doces foi o que a fez engordar. prova fácil. (uma prova = objeto direto, fácil = adjunto
adnominal).
 Transitivo indireto ( VTI) – apresentam
a) Se substituirmos o objeto direto da frase pelos
complemento com preposição para introduzi-lo: pronomes (o, a, os, as), o predicativo continuará
Gostamos de estudar à noite.
sendo expresso: Os alunos acharam-na fácil.
 Transitivo Direto e Indireto (VTDI) – b) Mas, se substituirmos o objeto direto pelos pronomes
apresentam complementos com naturezas (o, a, os, as), o adjunto deixará de ser expresso. Sua
distintas: um deles é preposicionado; o outro, inclusão deixará a frase gramaticalmente incorreta:
não. Ex.: Entregou o presente ao aniversariante. Os alunos fizeram-na.
 De ligação (VL) – não apresentam ação.
Expressam estados do sujeito, ou ligam  O predicativo do objeto normalmente se refere ao
características ao sujeito: Somos tão jovens... objeto direto, mas ocorre predicativo do objeto
indireto com o verbo chamar. Exemplo: Chama-lhe
 Os verbos não possuem classificação fixa. Um mesmo
ingrato. (= chama a ele ingrato).
verbo pode aparecer ora como intransitivo, ora como de
ligação. O homem anda depressa. (verbo intransitivo -
ação) / O homem anda preocupado. (verbo de ligação-
3 - Termos Integrantes da Oração:
Certos verbos ou nomes numa oração não possuem sentido
estado).
completo em si mesmos, sua significação só se completa com
a presença de outros termos que são eles: os complementos
Predicativo:
verbais, complementos nominais e o agente da passiva.
Predicativo é nome que funciona como núcleo do predicado.
Tem como função expressar uma característica do sujeito, ou
Complementos Verbais:
do objeto, na qual podemos classificá-lo como predicativo do
Objeto direto, objeto indireto e objeto direto e indireto.
sujeito ou predicativo do objeto.
 Objeto Direto: é o termo que completa o sentido do
a) Predicativo do Sujeito é quando o termo informa alguma
característica do sujeito através da mediação de um verbo, que verbo sem o auxílio necessário da preposição.
pode ou não ser de ligação. Exemplo: Eu vejo você amanhã.
Ex.: Clara saiu apressada.  Objeto Indireto: é o termo que completa o sentido
saiu apressada = predicado da oração. / apressada é o do verbo ligando-se por meio de uma preposição.
predicativo do sujeito e o núcleo do predicado. Exemplo: A atriz não gostava de entrevistas.
b) Predicativo do Objeto é quando o termo informa alguma  Núcleo do Objeto: é a palavra principal desse termo,
coisa a respeito do objeto (objeto direto), através da mediação
pode ser constituído por: um substantivo, uma
de um verbo significativo. (só aparece no predicado verbo-
nominal) palavra substantivada, pronome substantivo ou
Ex.: O juiz julgou o réu culpado. pronome pessoal oblíquo.
julgou o réu culpado = predicado da oração./ culpado é o
predicativo do objeto, pois refere-se ao réu (objeto direto) e Exemplos: O povo reagiu contra os maus políticos. (Núcleo)
não ao juiz (sujeito)  Pronomes pessoais oblíquos na função de objeto: o,
a, os, as (lo, la, los, las, no, na, nos, nas) funcionam
DICA PARA IDENTIFICAR O PREDICATIVO DO como objeto direto. Exemplos: Irei vê-lo mais tarde./
OBJETO Chamaram-na para a festa.
Substitua o objeto pelo pronome oblíquo equivalente. Se
houver a necessidade de manter o outro termo, é porque temos  Pronomes pessoais oblíquos: lhe (lhes) funcionam
o predicativo do objeto. como objeto indireto. Exemplo: Respondeu-lhe tudo.
 Os demais pronomes pessoais oblíquos variam de
função conforme a transitividade do verbo.
O governo deixa o povo contente.
 Objeto Direto Preposicionado: quando o objeto
=o
O governo deixa-o contente. direto aparece precedido de preposição. Exemplos:
predicativo do objeto Não ouvíamos a ti nem a eles. (quando é formado
por pron. pes. oblíquo tônico).
Observe que, ao substituirmos “o povo” pelo pronome
equivalente “o”, há a necessidade de mantermos o termo Ex: Amar ao próximo como a si mesmo. (quando é formado
“contente”, a fim de que a frase mantenha o sentido inicial. de nomes referentes a pessoas)
A notícia sensibilizou a todos. (quando formado de pron.
Distinção entre predicativo do objeto e adjunto adnominal Indefinido)
do objeto: Não soube a quem cumprimentar primeiro. (quando formado
O predicativo do objeto não pertence ao mesmo termo do do pron. Quem relativo ou indefinido)
objeto e o adjunto adnominal, sim. Traiu ao pai o filho mais velho. (para evitar ambiguidade)

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São termos que poderiam ser retirados da oração sem afetar
 Objeto Direto Pleonástico: quando por seu significado básico. O adjunto adnominal, o adjunto
motivo de ênfase, aparecem repetidos. adverbial e o aposto são os termos acessórios da oração.
Exemplo: Este livro, eu o fechei já na primeira página.
Adjunto Adnominal:
Complemento Nominal: É um termo de natureza adjetiva (artigo, numeral, pronome
É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja adjetivo, adjetivo ou locução adjetiva) que modifica,
verbo. Refere-se a um substantivo, adjetivo ou advérbio, determina um substantivo, ligando-se a ele com ou sem
ligando-se a eles por meio de preposição. Os substantivos preposição.
abstratos derivados de verbos, geralmente, pedem a) O aluno faltou. (artigo)
complemento. b) Dois alunos faltaram. (numeral)
Ex: A lembrança do passado martelava-lhe na cabeça. c) Meu caderno caiu. (pronome adjetivo)
lembrança = substantivo d) Compareceram alunos interessados. (adjetivo)
do passado = complemento nominal e) O menino gosta de carne de boi. (locução adjetiva)

Diferença entre complemento nominal e adjunto


 Distinção entre complemento nominal e objeto
adnominal.
indireto: Ambos são precedidos de preposição, no Ele é rico em virtudes.
entanto, o complemento nominal completará o A crítica do jornalista foi bem recebida.
sentido de um substantivo, um adjetivo ou um
advérbio e o objeto indireto completará o sentido de Adjunto Adverbial
um verbo transitivo indireto. Exemplos: Ele deve É o termo da oração que se refere ao verbo, ligando-se a ele
obediência aos mais velhos. (substantivo) – aos mais com ou sem preposição, com a função de indicar determinada
circunstância. Quando expresso por um advérbio, também
velhos = compl. Nominal. / Ele obedece aos mais
pode se referir a um adjetivo ou outro advérbio.
velhos. (v. t. indireto) - aos mais velhos = objeto Algumas circunstâncias comuns que os adjuntos adverbiais
indireto. podem exprimir:
a) tempo: Só obtivemos as respostas da prova no dia seguinte.
Agente da passiva: b) lugar: Viajou para salvador.
É o termo da oração que se refere a um verbo na voz passiva, c) modo: Saiu sem vontade para a festa.
sempre introduzido por uma preposição, e indica o elemento d) intensidade: falou muito.
que executa a ação verbal. e) finalidade: Viajou a negócio.
Ex: As terras foram desapropriadas pelo governo. f) assunto: Falavam de política.
As terras = sujeito (paciente) g) causa: O menor trabalha por necessidade.
foram desapropriadas = loc. Verb. Na voz passiva h) instrumento: Retirou a terra com a pá.
pelo governo = agente da passiva i) companhia: saiu com Maria.
j) meio: Viajou de avião.
Geralmente, o agente da passiva, aparece na voz passiva l) negação: Não aceitarei a proposta em hipótese alguma.
analítica (locução verbal formada de verbo auxiliar + m) afirmação: Ela virá com certeza.
particípio do verbo principal). Mas, poderá ocorrer, porém em n) dúvida: Talvez entenda seu erro.
menos frequência à voz passiva sintética (verbo transitivo
direto + partícula apassivadora). Aposto
Primeiramente, vejamos o que é aposto. Observe a frase a
Exemplo: Este mar se navega de crueis marinheiros. seguir:
Este mar = sujeito paciente
se navega = voz passiva sintética Manoel, português casado com minha prima, é um ótimo
de crueis marinheiros = agente da passiva engenheiro.
Veja que o trecho “português casado com minha prima” está
explicando quem é o sujeito da oração “Manoel”. Esse trecho
é o aposto da oração.
 Se transpusermos a oração em que aparece o agente Observe a próxima:
Foram eles, os meninos, que jogaram a bola no seu quintal
da passiva para a voz ativa, o agente da passiva
ontem.
assumirá a função sintática de sujeito na voz ativa; o Mais uma vez temos um trecho (aposto) “os meninos”
sujeito da voz passiva assumirá a função de objeto explicando um termo anterior: Foram eles... Eles quem? Os
direto na voz ativa: meninos.
Exemplos:
Voz passiva: As terras (sujeito) foram Podemos concluir que o aposto é uma palavra ou expressão
desapropriadas pelo governo. (agente da passiva) que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a
Voz ativa: O governo (sujeito) desapropriou as finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse
terras. (Objeto direto) termo.
Há alguns tipos de apostos:
4 - Termos Acessórios da Oração

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• Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório A discussão começou calma e terminou violenta.
de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o  Quando o verbo da segunda oração é o mesmo da
primeiro poeta brasileiro. primeira oração, não há necessidade de repeti-lo.
• Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo Exemplo: os rapazes chegaram, as moças não.
de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas
(chegaram)
proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais.
• Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver
c) Misto: quando é constituído de orações coordenadas e
ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola
subordinadas.
munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno,
Fui à escola e busquei minha irmã que estava
cola, tesoura, apontador e régua.
esperando.
• Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da
oração oração coordenada oração subordinada
limpeza, auxiliares, coordenadores, professores, todos devem
coordenada
comparecer à reunião. 
Período Composto por Coordenação:
Mário de Andrade, o poeta de São Paulo, viajava pelo Brasil
pesquisando a nossa cultura popular. São orações sintaticamente independentes umas das outras,
relacionadas entre si pelo sentido. Podem estar ligadas por
Geralmente vem separado por vírgulas ou outro sinal de conjunção ou não. A relação de independência das orações
pontuação. Pode aparecer antes do termo a que se refere. coordenadas se dá quanto à estrutura sintática e não à relação
Exemplos: Desejo uma coisa: seus beijos. / Código universal, a semântica. (significado)
música não tem fronteiras.

a) Assindéticas: não são introduzidas por conjunção e vem


Vocativo separada por vírgula.
Observe as orações: Raspou, achou, ganhou.
1. Amigos, vamos ao cinema hoje? “Eu pensei em mim, eu pensei em ti.”
2. Lindos, nada de bagunça no refeitório!
Os termos “amigos” e “lindos” são vocativos, usados para se b) Sindéticas: são introduzidas por uma conjunção
dirigir a quem escuta de formas ou intenções diferentes, como coordenativa.
nos períodos anteriores: a utilização de um substantivo na A oração coordenada caracteriza-se por não exercer
primeira frase e de um adjetivo na segunda. Podemos concluir nenhuma função sintática em outra oração, daí ser chamada
que: também de oração independente.
Em:
Vocativo: é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante “Ninguém matava, ninguém morria.” (Moraes Moreira, Abel
para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de Silva)
um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido.
A oração sublinhada é independente porque:
É um termo que não mantém relação sintática com outro - não se integra à primeira para completar-lhe a estrutura;
termo da oração. É usado para chamar ou interpelar a pessoa a - não depende de um substantivo ou pronome da outra oração;
quem o emissor se dirige. Vem, normalmente, isolado por - não expressa uma das nove circunstâncias que caracterizam
pontuação e admite a anteposição da interjeição ó. as orações adverbiais.
“Ó pedaço de mim,
Ó metade de afastada de mim, Classificação das orações coordenadas SINDÉTICAS:
Leva o teu olhar a) Aditivas - dão ideia de soma, adição, acréscimo.
Que a saudade é pior tormento...” ( Chico Buarque) Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou
pensamentos dispostos em sequência. São
introduzidas por: e, nem (= não), mas também,
como também, tanto ... quanto, ainda mais, etc.

Acrescentam informações de igual valor. Vejamos:


Diferença entre Vocativo e Aposto. Discutimos várias propostas e analisamos possíveis
O vocativo não mantém relação sintática com nenhum outro soluções.
termo da oração. Costuma-se utilizar as estruturas não só... mas (também),
Alunos, já bateu o sinal. (Vocativo) tanto...como e semelhantes quando se pretende enfatizar
A vida de Pedro, um dos apóstolos, foi filmada. (Aposto) o conteúdo da segunda oração. Assim:
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como
5 - Períodos Simples e Períodos Compostos também) compõe muito bem.
O período simples é aquele formado de uma só oração,
chamada de oração absoluta. Exemplo: Saiu cedo e voltou tarde.
A comida será preparada pela filha. Não veio nem telefonou.
A comida está quente.
 A conjunção e pode aparecer com valor adversativo.
O período composto é aquele formado por duas ou mais
orações. Podem ser coordenadas ou subordinadas.

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Exemplo: “É ferida que dói e não se sente.” Nota-se também  que há pausa (vírgula, na escrita)
(Camões) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas
vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial
b) Adversativas - dão ideia de contraste, de oposição e causal.
são introduzidas por: mas, porém, todavia,
contudo, no entanto, entretanto, não obstante, e) Conclusivas – iniciadas principalmente por: logo, portanto.
Exprimem conclusão ou consequência relativa à oração
senão (= mas sim) etc.
anterior.
pois (depois do verbo).
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que
“Cada qual, livremente, faz o seu próprio preço, alto ou baixo,
se declara na oração coordenada anterior,
e ninguém vale senão o que se faz valer; taxa-te, pois, livre ou
estabelecendo contraste ou compensação.
escravo: isto depende de ti.”
Dedicou-se bastante, contudo não foi aprovada.
Período Composto por Subordinação.
Saiba que:
Formado por uma oração principal e oração subordinada (uma
- Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela
ou mais).
conjunção e e que.
Outro, que não eu, fará o serviço. (= mas não eu)
Classificação:
Têm olhos e não veem. (= mas não veem
a) Orações Subordinadas Substantivas
Exemplo: Muitos viajaram, porém poucos conhecem o Brasil.
Têm as funções sintáticas próprias do substantivo e são
Aquela estrada era perigosa, entretanto era muito usada.
introduzidas pelas conjunções que e se. (que – expressa
certeza / se – revela dúvida)
 A conjunção mas pode aparecer com valor aditivo.
Exemplo: era um homem trabalhador, mas Na prática, tais orações são
principalmente honesto. substituíveis pelas palavras: isto, este,
. esta.

c) Alternativas - dão ideia de alternância de fatos, de Podem funcionar como:


escolha e são introduzidas por: ou...ou, ora...ora, a) Sujeito do verbo da oração principal, classificada
já...já, quer...quer, seja ... seja, nem ... nem, etc. como Oração Subordinada Substantiva
Exemplo: Diga agora ou cale-se para sempre. Subjetiva.
Ora age com calma, ora trata todos com muita aspereza. Funciona com verbos na 3ª pessoa do singular e na
Ora chama pela mãe, ora chama pelo pai. voz passiva sintética.
É necessário que você fale a verdade.
d) Explicativas - expressam motivos, razão, explicação, É necessário – oração principal (verbo ser na 3ª pessoa do
justificativa referente ao fato expresso na declaração anterior e singular)
são introduzidas por: porque, que (ambas aparecem Que fale você fale a verdade. (sujeito do verbo ser)
normalmente depois de orações optativas e imperativas), pois Sabe-se que o jornal mentiu.
(antes do verbo). Saber-se. Oração principal (verbo na voz analítica sintética)
Exemplo: Voltaram logo, porque não puderam demorar. Que o jornal mentiu. (sujeito do verbo saber)
As orações coordenadas sindéticas são divididas em cinco  Também podem vir introduzidas pelo pronome
tipos e recebem o nome a partir da conjunção que
indefinido quem ou advérbios interrogativos, na
as introduzem.
chamada interrogação indireta.
Exemplos: Quem procura acha. / Ele é quem todos
procuravam.
Só queria entender como você fez isso./ Quero saber
quem é você.

ATENÇÃO !!: Quando é possível a substituição da oração subordinada


Cuidado para não confundir as orações coordenadas substantiva por um pronome substantivo (isto, este, esta).
explicativas com  as subordinadas adverbiais causais. Observe Quando é possível descobrir a função do pronome, descobre-
a diferença entre elas: se também a classificação da oração.
Exemplo: Todos comentavam que o jogo seria complicado.
- Orações coordenadas explicativas: caracterizam-se por
fornecer um motivo, explicando a oração anterior. Ex.: A Todos comentavam isto. (Isto - que o jogo seria complicado,
criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro logo toda a oração é o objeto direto do verbo comentar.)
da criança pode não ser a causa de sua doença.)
- Orações subordinadas adverbiais causais: exprimem a b) Objeto direto do verbo da oração principal,
causa do fato. Ex.: Henrique está triste porque perdeu seu classifica-se como Oração Subordinada Substantiva
emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Objetiva Direta.
Henrique.) As estatísticas mostram que muitas mulheres são espancadas

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em casa pelos maridos. Os homens merecem nosso diálogo - oração principal
As estatísticas mostram – oração principal  Apenas o conjunto restrito daqueles homens que são
Que muitas mulheres são espancadas em casa pelos maridos- honestos.
objeto direto do verbo mostrar (verbo transitivo direto)
Explicativas – tomam o termo a que se refere no seu sentido
c) Objeto Indireto do verbo da oração principal e amplo, destacando sua característica principal ou esclarecendo
classifica-se como Oração subordinada substantiva melhor sua significação. Aparece na escrita separada por
Objetiva Indireta vírgula.
Aquele político aspira a que o elejam prefeito da cidade. Os homens, que são seres racionais, merecem nosso diálogo.
Aquele político aspira- oração principal / a que o elejam Que são seres racionais – oração subordinada adjetiva
prefeito da cidade- objeto indireto do verbo aspirar (verbo explicativa. / Os homens merecem nosso diálogo – oração
transitivo indireto) principal
 Todos os homens merecem diálogo, já que a
d) Complemento nominal - funciona como característica a eles atribuída é comum a todos.
complemento de um substantivo, adjetivo ou advérbio da
oração principal, classifica-se como Oração Subordinada Funções sintáticas do pronome relativo:
Substantiva Completiva Nominal.
Para analisá-lo, o melhor procedimento é montar a oração
Ex.: O sociólogo estava esperançoso de que a pesquisa sobre adjetiva substituindo o pronome relativo pelo seu antecedente.
o Brasil fosse aprovada pelas autoridades. A função do pronome relativo é a mesma do seu antecedente.
O sociólogo estava esperançoso - Oração principal / de que a As principais funções são:
pesquisa sobre o Brasil fosse aprovada pelas autoridades - a) sujeito – O sol, que é uma estrela, é o centro de nosso
complemento do adjetivo esperançoso. sistema planetário.
e) Predicativo do Sujeito da oração principal com b) Objeto direto – Os trabalhos que faço me dão prazer.
verbo de ligação e classifica-se como Oração Subordinada c) Objeto direto - Os filmes a que nos referimos são italianos.
Substantiva Predicativa. d) Predicativo do sujeito - A menina bonita que ela era hoje é
Nossa esperança é que os povos vivam em paz. uma mulher judiada.
e) Complemento nominal – O filme a que fizeram referência
f) Aposto de uma palavra da oração principal e são foi premiado.
classificadas como Oração Subordinada Substantiva f) Adjunto adnominal – O filme cujo artista foi premiado não
Apositiva. fez sucesso.
Exemplo: A esperança das pessoas pobres é uma: que
melhore sua condição de vida. c) Orações Subordinadas Adverbiais:
São aquelas que exercem a função de adjunto
Diferença entre Orações Subordinadas Objetivas Indiretas
adverbial da oração principal, sendo introduzidas por
e Completivas Nominais:
uma conjunção (com exceção das conjunções
Tanto a objetiva direta como a completiva nominal são
integrantes – que e se, que inicial as orações
orações precedidas de preposição. Para distingui-las, é preciso
substantivas). Podem ser:
estar atento à palavra que elas complementam, seu verbo ou
um nome.
 Causais: exprimem a causa do que foi declarado na
Exemplos: Necessitava de que alguém o ajudasse. oração principal, estabelecendo uma relação de causa
(Necessitava-verbo / O.S.S.Objetiva Direta) e consequência ou causa e efeito entre as duas
Tinha necessidade de que alguém o ajudasse. (Necessidade- orações. Iniciadas principalmente por: porque, já que,
nome / O.S.S.Completiva Nominal) visto que.
Atenção: Ela perguntou de quem ele gostava.
Ela perguntou isto. - Perguntou é um verbo transitivo As principais conjunções e locuções conjuntivas causais são:
direto e a preposição (de) não tem ligação com o verbo da como (= porque; sempre introduzido na oração anteposta à
oração principal; existe por causa do verbo gostar. oração principal), que (= porque), porque, pois, porquanto,
b) Orações Subordinadas Adjetivas já que, visto que, visto como, uma vez que (com o verbo no
indicativo), desde que (com verbo no indicativo).
Têm o valor e a função própria do adjetivo e são
Exemplo: não saímos porque choveu.
introduzidas por pronomes relativos (que, o qual e
variações, quem, onde, cujo e variações). O pronome
 Diferença entre adverbiais causais e coordenadas
relativo pode aparecer precedido de preposição,
explicativas
desde que o verbo da oração exija.
A causa é sempre anterior a um fato dela resultante (a
consequência). Veja: Choveu porque o vapor se condensou.
No exemplo acima, a segunda oração exprime causa (o vapor
Classificação das orações adjetivas:
ter se condensado é causa da chuva, pois a provocou). Note-se
Restritivas – restringem o sentido do termo a que se referem.
ainda que o fato de o vapor se condensar é anterior a
Exemplos: Os homens que são honestos merecem nosso
“choveu”.
diálogo.
Observe agora: Choveu, porque eu estou todo molhado.
Que são honestos – oração subordinada adjetiva restritiva. /
O fato de “eu estar todo molhado” não provocou a chuva,

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portanto não é causa de “choveu”, mas tão somente a Irás bem na prova desde que estudes.
confirmação de que choveu. Observe que o fato de estar todo
molhado não é anterior a “choveu”, mas posterior a ele. Nesse  Consecutivas: traduzem a consequência, o efeito ou
caso temos uma explicação e não uma causa. o resultado do fato que se afirma na oração principal,
ou o que acontece a seguir. Iniciadas por que (antes
 Comparativas: representam o segundo termo de
de tão, tanto, tamanho, tal, etc.), traduzindo a
uma comparação e geralmente o verbo é
consequência ou o resultado do que se afirma na
subentendido.
oração principal.
Exemplo: Paula é tão bonita como o orvalho das flores nos
Exemplo: expressou-se com tal firmeza que todos
primeiros raios da aurora.
creditaram.
Exprime comparação, que é o ato de confrontar dois
As principais conjunções e locuções conjuntivas consecutivas
elementos a fim de se conhecer as semelhanças ou diferenças
são: que (precedida de tão, tal, tanto, tamanho), de sorte que,
existentes entre eles. As principais conjunções comparativas
de modo que, de forma que.
são: como, QUE ou DO QUE (precedido de mais ou menos),
Ex.: Choveu tanto que o jogo foi suspenso.
COMO e QUANTO (precedido de tanto ou tão), COMO e
Maquiou-se de sorte que ninguém a reconhecesse.
QUAL (precedido de assim ou tal).
Ex.: Ele dorme como um urso.
 Temporais: exprimem a ideia de tempo em que
Choveu aqui como chove em Belém.
É tão inteligente quanto educado. ocorre o fato expresso na oração principal, podendo
O orador foi mais brilhante do que profundo. exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou
posterioridade. Iniciam-se principalmente por:
SAIBA QUE: quando, enquanto e logo que.
É comum a omissão do verbo nas orações subordinadas
adverbiais comparativas. Exemplo: “ Oi, leva eu, minha saudade,
Ex.: Agem como crianças. (agem) Eu também quero ir.
or. subord. adverbial comparativa Quando chego na ladeira,
Tenho medo de cair.
No entanto, quando se comparam ações diferentes, isso não Leva eu, minha saudade.”
ocorre.
Ela fala mais do que faz. (comparação do verbo falar e do As principais conjunções e locuções conjuntivas temporais
verbo fazer). são: quando, enquanto, assim que, logo que, sempre que,
antes que, mal (=assim que), apenas (logo que), depois que,
 Concessivas: exprimem um fato contrário, primeiro que, todas as vezes que, cada vez que, até que.
concessão, ao da oração principal, mas não o
suficiente para anulá-lo. Ex.: Quando você foi embora, ele chegou.
Exemplo: Carla é estudiosa, embora muito atarefada. Sempre que ele vem, ocorrem problemas.
Mal você saiu, ela chegou.
Concessão é o ato de conceder, de permitir, de não negar, de
admitir uma ideia contrária. As concessivas apresentam um Relações expressas pelas orações temporais:
suposto obstáculo que não impede a realização do fato
expresso na oração principal. As principais conjunções e a) Simultaneidade - oração principal simultânea à oração
locuções conjuntivas concessivas são: embora, conquanto, subordinada.
ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de Ex.:Enquanto medito, estudo.
que, nem que, por mais que, por menos que.
Ex.: Irei mesmo que ele não vá. b) Precedência (anterior) - oração principal é anterior à
Embora fizesse calor, levei agasalho. subordinada.
Ex.: Antes que ele falasse, ela lhe deu um tapa.
c) Subsequência (posterior) - oração principal é posterior à
 Condicionais: exprimem uma condição ou hipótese, subordinada.
entendida como uma obrigação que se impõe ou se Ex.: Cada vez que falo isso, ela fica furiosa.
aceita para que determinado fato se realize, expresso
na oração principal. Inicia-se principalmente com: se,  Finais ou Finalidade: exprimem a finalidade daquilo
caso, contanto que e desde que. que se afirma na oração principal. São iniciadas
Exemplo: Conforme me expressei no último encontro, hoje geralmente por: para que e a fim de que. Ex.: A fim
faremos nossa avaliação. de que possas me amar, ouve a voz do teu coração.

As principais conjunções e locuções conjuntivas condicionais Entende-se por finalidade o objetivo, o propósito de um fato.
são: se, caso, uma vez que (com verbo no subjuntivo), desde As principais conjunções e locuções conjuntivas finais são:
que (com verbo no subjuntivo), contanto que, sem que, a para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para
menos que, salvo se, a não ser que, dado que. que; com verbo no subjuntivo).
Ex.: Viajaremos se não chover amanhã. Ex.: Fiz-lhe um sinal que se calasse.

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Ore porque não caia em tentação. As orações adverbiais já vistas apresentam-se na forma
desenvolvida, isto é, com conjunções subordinativas
adverbiais e os verbos flexionados em tempo e modo, número
 Conformativa - exprime conformidade, isto é, de
e pessoa.
acordo, de adequação, de não contradição. As
principais conjunções conformativas são: como (= Existem ainda as orações adverbiais reduzidas, cujas
conforme), conforme, segundo, consoante. características são:
— verbo aparece na forma do infinitivo, gerúndio ou
Ex.: Fiz o bolo conforme ensina a receita. particípio;
Que tudo seja como Deus quiser! — não apresentam conjunção ou locução conjuntiva (nexo).
Segundo penso, tudo foi uma brincadeira.
 Apresentam o verbo em uma das formas nominais:
 Proporcionais: exprimem um fato simultâneo ao da gerúndio, particípio, infinitivo.
oração principal; ideia de proporção. Podem ser  Não vêm introduzidas por conectivos (conjunções
iniciadas por: à medida que, à proporção que, etc. subordinadas ou pronomes relativos)
 Para analisar basta desenvolvê-las, ou seja, tirá-las da
Ex: À medida que crescia, seus músculos se tornavam mais forma reduzida, fazendo parecer o conectivo.
fortes, e sua inteligência mais aguçada. Em breve seria o novo
rei. Classificam-se como:
a) Subordinada Reduzida de Gerúndio: são quase sempre
Entenda-se por proporção a relação existente entre duas adverbiais; algumas vezes, podem ser adjetivas ou
coisas, de modo que qualquer alteração em uma delas substantivas.
implique alteração na outra. Ex.: Vi os guardas conduzindo presos. (reduzida)/ Vi guardas
As principais locuções conjuntivas proporcionais são: à que conduziam presos. (desenvolvida)
medida que, à proporção que, ao passo que, quanto
mais ...mais, quanto mais...menos, quanto menos ...mais, Como o gerúndio tem principalmente significado temporal, as
quanto menos... menos . reduzidas por ele formadas correspondem, na maioria dos
Há ainda as estruturas: quanto maior...(maior), casos, a orações subordinadas adverbiais temporais. Mas
quanto maior...(menor), quanto menor...(maior), quanto podem equivaler também a outras orações subordinadas
menor...(menor), quanto mais...(mais), quanto mais... adverbiais.
(menos),  quanto menos...(mais) quanto menos...(menos).
Ex.: À proporção que estudam, aprendem mais. Ex.: Chegando a noite, Manuela atira-se à cama.
Visito meus amigos à medida que me convidam. or.subord. adv. temporal reduzida de gerúndio
Quanto maior for a altura, maior será o tombo.
Quanto mais conheço os homens, mais estimo os animais. Pensando bem, tudo aquilo era muito estranho.
or.subord. adv. condicional reduzida de gerúndio
Lembre-se...
À MEDIDA QUE é uma conjunção que expressa ideia de Mesmo perdendo, não larga a pose
proporção; portanto, pode ser substituída por “à proporção or.subord. adv. concessiva reduzida de gerúndio
que”. b) Subordinada Reduzida de Particípio: são sempre
Ex.: À medida que comia, saciava sua fome. adverbiais ou adjetivas, nunca substantivas.
Terminado o baile, todos saíram. (reduzida)/ Quando terminou
NA MEDIDA EM QUE exprime uma ideia de causa e o baile, todos saíram. (desenvolvida)
equivale a “tendo em vista que” e só nesse sentido deve ser
usada. Assim como nas reduzidas de gerúndio, as reduzidas de
Ex.: Na medida em que estudou, conseguiu a aprovação. particípio são mais comuns nas subordinadas adverbiais
Atenção: NÃO USE as formas “À MEDIDA EM QUE” ou temporais. No entanto, também podem equivaler a outras
“NA MEDIDA QUE”. orações subordinadas adverbiais.
Ex.: Acabada a cerimônia, foram comemorar.
Orações subordinadas reduzidas: or. subord. adv. temporal reduzida de particípio
As orações reduzidas classificam-se de acordo com a forma
nominal que possuem e exercem a mesma função sintática que Traída pelo marido, suicidou-se.
teriam no período, se fossem desenvolvidas. or. subord. adv. causal reduzida de particípio

c) Subordinada Reduzida de Infinitivo: são sempre


adverbiais e substantivas, raramente adjetivas. Exemplos:
Penso estar doente. (reduzida) / Penso que estou doente.
(desenvolvida)

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Podem vir ou não regidas de preposição. Inocente que era, deixou-se enganar. (causa)
(porque era inocente)
Ex.: Por estar nervoso, não fez boa prova. Estudou tanto que passou. (consequência)
or. subord. adv. causal reduzida de infinitivo Ela era mais alta que eu (era). (comparação)
Mesmo sem estudar, inscreveu-se no concurso. Não mexia uma palha que não obtivesse lucro com isso.
or. subord. adv. concessiva reduzida de infinitivo (condição) (caso não obtivesse lucro)
Deu-lhes ordem que saíssem. (final)
MESMA CONJUNÇÃO COM VALORES SEMÂNTICOS (para que saíssem)
DIFERENTES Coma um pouco que seja. (concessão)
(ainda que seja pouco)
Saber classificar as orações subordinadas adverbiais é, antes
de mais nada, saber interpretar o que se está lendo ou ouvindo. 6 - Concordância: Verbal e Nominal
Evite decorar a relação das conjunções para classificar as
orações, já que, como você percebeu, uma mesma conjunção a) Concordância verbal: o verbo altera suas
(ou locução conjuntiva) pode iniciar vários tipos de orações desinências para ajustar-se em pessoa e número ao
subordinadas adverbiais. sujeito.
Casos Gerais:
Observe: Com sujeito simples: concorda com o sujeito em número e
 desde que: pessoa, estando o sujeito antes ou depois do verbo.
Ele não para de falar desde que chegou. (tempo) Exemplos:
(logo que chegou) Com sujeito composto anteposto ao verbo:
Posso ajudar desde que você queira. (condição)  O verbo vai para o plural.
(caso você queira)
 Admite-se também o verbo no singular quando: os
Desde que insiste nisso, deverá provar. (causa)
(porque insiste) núcleos forem sinônimos ou formados de palavras de
um mesmo conjunto significativo; os núcleos
 uma vez que: aparecerem em sequência gradativa; os núcleos se
Nada reclamarei, uma vez que ele já o fez. (causal) referirem à mesma pessoa ou coisa; os núcleos
(visto que ele já o fez) aparecerem resumidos por tudo, nada ou ninguém.
Uma vez que se dedique, será policial. (condição)
(desde que se dedique) Com o sujeito composto posposto ao verbo:
 O verbo vai para o plural ou faz-se a concordância
 sem que: do verbo com o núcleo mais próximo.
Não conseguirá sem que estude. (condição)
(caso não estude) Com sujeito composto de pessoas diferentes:
Não diz uma palavra sem que nos ofenda. (consequência)  O verbo vai para o plural na pessoa que prevalecer:
(que não nos ofenda)
Foi aprovado, sem que estudasse. (concessão) a 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª.
 A 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª.
 como:
Agiu como um herói (age). (comparação) Com sujeito representado por um coletivo:
(do mesmo modo que um herói age)  Quando o sujeito é formado de um coletivo o verbo
Como era policial, prendeu o ladrão. (causa) concorda com ele.
(porque era policial)  Quando o sujeito é formado de um coletivo singular
seguido de adjunto adnominal plural, admitem-se
Distribuiu o dinheiro como lhe ordenaram.
duas concordâncias: de preferência, o verbo fica no
(conformidade) (= de acordo com)
singular, concordando com o coletivo; para dar
ênfase ao adjunto adnominal , admite-se o verbo no
plural.

Com sujeito constituído de pronomes de tratamento :


 O verbo vai para a 3ª pessoa.

Com sujeito constituído de nomes próprios que só tem


 que: plural. Podem ocorrer as seguintes construções:
 Se o nome não for precedido de artigo, o verbo
fica no singular.
 Se o nome for precedido de artigo, o verbo vai
para o plural.
 Quando se trata de títulos de obras, admite-se o
plural ou o singular.

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Como sujeito constituído pelos pronomes relativos que e Se o sujeito e o predicativo forem representados por nomes de
quem: coisa (abstrata ou concreta) e um deles estiver no plural, o
 Se o sujeito for constituído pelo pronome verbo concordará com o que estiver no plural, mas se quiser
relativo que, o verbo concordará em número e prevalecer um elemento sobre o outro admite-se a
pessoa com o antecedente desse pronome: fui eu concordância no singular.
 Se um dos elementos (sujeito ou predicativo) for
que paguei a conta.
pronome pessoal, com este concordará o verbo, no
 Se o sujeito for constituído pelo pronome
entanto, se referir-se a pessoa o verbo concordará
relativo quem, o verbo irá para a 3ª pessoa do
com ela. Se ambos os termos forem representados
singular: Fui eu quem pagou a conta.
por pronomes pessoais, o verbo concordará com o
Com sujeito oracional: o verbo fica na 3ª pessoa do singular. pronome sujeito.
Com sujeito constituído de infinitivos: o verbo irá para o  Na indicação de horas, dias e distância, o verbo ser
plural se os infinitivos aparecerem determinados, mas se não concorda com o numeral.
aparecerem determinados poderá ficar no singular.
Com núcleos do sujeito ligados por ou: o verbo ficará no Concordância do verbo parecer:
singular sempre que houver a ideia de exclusão, mas se houve Antes de infinitivo admite dias, concordâncias:
a ideia de retificação concordará com o núcleo mais próximo. Varia o verbo parecer e não flexiona o infinitivo ou o verbo
Com núcleos do sujeito ligados por com: o verbo irá para o parecer fica no singular com a oração desenvolvida.
plural.
 Admite-se o verbo no singular quando se quer b) Concordância nominal: os nomes (adjetivos, artigos,
enfatizar o primeiro elemento do sujeito. numerais adjetivos, pronomes adjetivos) alteram suas
desinências para se ajustarem em número e gênero ao
Verbo com o pronome (se) apassivador: quando o verbo substantivo a que se refere.
transitivo direto ou transitivo direto e indireto aparece
apassivado pelo pronome se, concorda com o sujeito. Casos gerais:
Verbo com o pronome (se) índice de indeterminação do a) Adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a
sujeito: o verbo fica na 3ª pessoa do singular e é marcado com que se refere:
o pronome (se) com o verbo transitivo indireto e intransitivo. b) Um só adjetivo referindo-se a mais de um substantivo de
gênero ou números diferentes:
Com sujeito formado por expressões: c) Quando vêm após os substantivos, os adjetivos podem:
O verbo fica no singular: uma ou outro, a maior parte de (ou  Ir para o masculino plural:
uma porção de, grande número de, a maioria de).  Concordar com o substantivo mais próximo:
O verbo vai, de preferência, para o plural: um e outro, nem
um nem outro, nem...nem..., um dos que, uma das que. d) Quando vem antes do substantivo, o adjetivo concorda,
O verbo concorda com o numeral que segue com as geralmente com o mais próximo:
expressões: mais de , menos de . e) Mais de um adjetivo referindo-se a um só substantivo:
O verbo concorda com o pronome indefinido ou interrogativo  O substantivo vai para o plural sem que repita o
ficando na 3ª pessoa do plural com as expressões: quais de antigo antes de casa adjetivo:
vós, quantos de nós, alguns de nós.
O verbo concorda com o pronome pessoal.  O substantivo fica no singular e se repete o artigo de
 Se o pronome indefinido ou interrogativo estiver no cada adjetivo:
singular, o verbo ficará na 3ª pessoa do singular.
f) Concordância do adjetivo quando este for predicativo:
Com sujeito formado por número percentual: a) Predicativo e sujeito simples:
O verbo concordará com o numeral ou com o tempo a que se  O predicativo concorda em gênero e número com o
refere a porcentagem ou concordará com o numeral, se este sujeito.
aparecer com determinantes.
b) Predicativo e sujeito composto:
Particularidades:  Quando o predicativo aparece após o sujeito, podem
Concordâncias de alguns verbos: ocorrer as seguintes concordâncias.
Dar, Soar e bater: na indicação de horas concordam com o  Se os substantivos são do mesmo gênero, o
número de horas, que é normalmente o sujeito, mas podem predicativo toma a forma plural no gênero dos
também ter outras palavras como sujeito, com as quais devem substantivos.
concordar.
 Se os substantivos são de gêneros diferentes, o
Faltar, Sobrar e Bastar: esses verbos concordam com o
sujeito. predicativo toma a forma masculina plural.
 Os verbos impessoais não possuem sujeito, e ficam  Quando o predicativo aparece antes do sujeito
na 3ª pessoa do singular. Verbo ser: ora concorda constituído de substantivos de gêneros diferentes,
com o sujeito, ora concorda com o predicativo. podem ocorrer as seguintes concordâncias:
- ir para o plural:
Concordância do verbo ser: - concordar com o substantivo mais próximo:

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concordância não é feita com a forma gramatical das palavras,
Predicativo e sujeito representado por pronome de mas com a ideia ou sentido que está subentendido nelas.
tratamento: concorda, geralmente, com o sexo da pessoa a
quem se refere. 7 - Regência:
 A concordância do predicativo com o objeto é feita É a parte da gramática que trata das relações entre termo
segundo as regras do predicativo com o sujeito. regente e seu subordinado (termo regido); essas relações se
manifestam, principalmente, no emprego das preposições.
Podem ser: Nominal e Verbal
Concordância do numeral com o substantivo:
a) Os numerais cardinais que sofrem flexões de gênero
Regência nominal
concordam com o substantivo a que se referem.
É a maneira como o nome (substantivo, adjetivo ou advérbio)
b) quando mais de um numeral se referir a um mesmo
se relaciona com os seus complementos. Há nomes que
substantivo:
admitem mais de uma preposição sem que o sentido seja
- o substantivo fica no singular ou vai para o plural se os
alterado e há outros, porém, que dependendo do sentido
numerais forem precedidos de artigo:
pedem uma ou outra preposição:
- o substantivo irá para o plural se não houver repetição do
Exemplos: estou habituado a esse tipo de serviço. / Estou
artigo:
habituado com esse tipo de reunião.
- o substantivo irá para o plural se aparecer antes dos
Relação de alguns nomes com suas preposições mais
numerais: usuais:
acostumado (a, com)
Concordância do Pronome com o Substantivo:
curioso ( de)
a) O pronome concorda em gênero e número com o
aflito ( com, por)
substantivo a que se refere.
alheio ( a, de)
b) se o pronome se referir a mais de um substantivo de
devoção ( a, por, para com)
gêneros diferentes, vai para o masculino plural.
desprezo ( a, de, por)
Em algumas construções o pronome demonstrativo o pode conforme ( a)
aparecer invariável: empenho ( de , em, por)
Concordância do Particípio com o Substantivo: o particípio imune ( a, de)
concorda em gênero e número com o substantivo a que se falta ( a, com, para com)
refere: junto ( a, de )
- quando o particípio se refere a dois ou mais substantivos de situado ( a, em, entre)
gêneros diferentes, toma a forma masculina plural:
- o particípio não varia quando forma tempo composto: REGÊNCIA VERBAL de alguns verbos:
Chegar e Ir: exigem a preposição a, e não a preposição em;
Outros Casos de Concordância Nominal Custar: no sentido de custoso, ser difícil: pede objeto indireto
a) As expressões: É preciso, É necessário, É bom, É com a preposição a seguido de oração infinitiva;
proibido: Implicar: no sentido de acarretar, exige complemento sem
Com sujeito sem elemento determinante ficam invariáveis. preposição;
Com sujeito acompanhado de elemento determinante, Morar e residir: exigem a preposição em;
concordam com ele em gênero e número. Namorar: exige complemento sem preposição;
b) Mesmo, Próprio, Incluso, Anexo, Obrigado, Quite: Obedecer: exige complemento com preposição a;
concordam com o nome a que se referem.  Embora transitivo indireto, o verbo obedecer admite
c) Bastante, Meio, Muito, Pouco, Caro, Longe: voz passiva: O pai é obedecido pelo filho.
- quando aparecer como advérbio fica invariável.
- quando aparecem como adjetivo ou numeral fracionário Preferir: exige dois complementos: um sem preposição e
sofrem variações. outro com a preposição a: Preferiu estudar a trabalhar.
d) Só e A sós:  O verbo preferir não admite termo intensivo, nem
Só pode aparecer como advérbio (somente = fica invariável) palavra antes, assim, não se diz: Prefiro mais estudar
ou como adjetivo (sozinho = sendo variável). que trabalhar.
e) Menos, Alerta, Pseudo, a olhos vistos: são invariáveis.
f) Possível: Ser: a construção verbo ser + preposição em é incorreta.
- Invariável: quando usada em expressões superlativas com o Assim, não se diz:
artigo no singular. Somos em trinta nesta classe.
- Variável: quando o artigo dessas expressões aparece no Correto: Somos trinta nesta classe.
plural.

Adjetivos Adverbializados: os adjetivos que, na frase, são Simpatizar: exige a preposição com. O verbo simpatizar não é
usados com valor de advérbios terminados em –mente ficam pronominal, logo, é incorreto:
invariáveis. Simpatizei-me com aquela pessoa.
Correto: simpatizei com aquela pessoa.
Concordância ideológica ou Silepse: muitas vezes a

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Verbos com mais de uma regência:  No sentido, visar não admite a forma oblíqua lhe.
* Aspirar: Assim, não se diz: Esse cargo? Viso-lhe — Correto:
- no sentido de inspirar, sorver, exige complemento sem Viso a ele.
preposição;
- no sentido de almejar, pretender, exige complemento
Os verbos transitivos Indiretos (exceção feita ao verbo
com a preposição a.
obedecer) não admitem voz passiva. Assim, não são corretas
 No sentido de almejar, pretender, não admite a forma
as construções:
oblíqua lhe. O filme foi assistido pelos alunos. — Os alunos assistiram ao
filme. (correto)
* Assistir: Não se deve dar um único complemento a verbos de
- no sentido de dar assistência, dar ajuda, é utilizado de regências diferentes.
preferência com complemento sem preposição. Assisti e gostei do filme. — Assisti ao filme e gostei dele.
- no sentido de ver, presenciar, exige a preposição a, mais (correto)
complemento. As formas oblíquas o, a, os, as funcionam como
 Neste sentido o verbo não admite a forma oblíqua complemento de verbos transitivos diretos, enquanto as
lhe. formas lhe, lhes funcionam como complemento de verbos
transitivos indiretos.
* Chamar: Havendo pronome relativo, a preposição desloca-se para
- no sentido de convocar, mandar vir, exige complemento sem antes do pronome:
preposição; Há verbos transitivos indiretos que não admitem o pronome
 Nesse caso, admite-se também a construção oblíquo lhe, mas sim o pronome ele, acompanhado de
preposicionada; preposição.
Exemplos: aludir, aspirar, obstar, assistir, carecer,
- no sentido de dar nome, exige indiferentemente desconfiar, duvidar, gostar, insistir, pensar, reparar,
complemento com ou sem preposição a e predicativo com ou concordar.
sem preposição de.
8 - Colocação Pronominal
* Esquecer e lembrar: É a parte da gramática que trata da correta colocação dos
- quando não pronominais, exigem complemento sem pronomes oblíquos átonos na frase. Embora na linguagem
preposição; falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente
- quando pronominais, exigem complemento com a seguida, algumas normas devem ser observadas, sobretudo,
preposição de; na linguagem escrita.
São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe,
* Informar: pede dois complementos, um sem e outro com lhes, nos e vos.
preposição. Admite duas construções; O pronome pessoal oblíquo átono em relação ao verbo pode
- quando o objeto direto refere-se à coisa e depois a pessoa ser: próclise, mesóclise e ênclise.
será objeto indireto regido pela preposição a; Dicas: Existe uma ordem de prioridade na colocação
- quando referir a pessoa e depois a coisa será objeto direto pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e em
regido da preposição de ou sobre. último caso, ênclise.

* Proceder: O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na


- no sentido de ter fundamento, não exige complemento oração em relação ao verbo:
algum. 1. Próclise: pronome antes do verbo. NARIS-D
- no sentido de originar-se, vir de algum lugar, exige a 2. Ênclise: pronome depois do verbo. Padrão da Língua.
preposição de. 3. Mesóclise: pronome no meio do verbo. Futuro do
- no sentido de executar, fazer, exige a preposição a. presente ou Futuro do Pretérito.

* Querer: PRÓCLISE:
- no sentido de desejar, exige complemento sem preposição; Ocorre sempre que há palavras que atraiam o pronome para
Exemplo: “Eu quero uma casa no campo.” (Zé Rodix) antes do verbo:
- no sentido de estimar, ter afeto. Exige complemento com - os advérbios de maneira geral: Talvez o veja ainda hoje.
preposição a. - os pronomes substantivos: Isso me deixa transtornada.
Exemplo: Quero a meus pais. - os pronomes relativos: Foi aquele homem quem me
ensinou o caminho.
- as conjunções subordinadas: Comprarei isso se me for útil.

- a preposição em seguida de gerúndio: Em se tratando de


* Visar: dinheiro, não fale comigo.
- no sentido de mirar, exige complemento sem preposição. - em frases exclamativas: Quanto me doeu essa distância!
- no sentido de dar visto, exige complemento sem preposição. - em frases interrogativas: Quando me escreverás?
-no sentido de ter em vista, exige complemento com a - em frases optativas (expressam desejos, previsões): O anjo
preposição a. da guarda o ilumine.

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Ex.: Não era minha intenção machucar-te.
Próclise 3) Quando o verbo iniciar a oração.  Ex.: Vou-me embora
É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada: agora mesmo.
* Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem 4) Quando houver pausa antes do verbo. 
o pronome para antes do verbo.  São elas: Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, 5) Quando o verbo estiver no gerúndio.
ninguém, jamais, etc. Ex.: Não se esqueça de mim. Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.
b) Advérbios.  Ex.: Agora se negam a depor.
c) Conjunções subordinativas.  Ex.: Soube Colocação dos pronomes átonos nas locuções verbais:
que me negariam. 1) Quando o verbo principal for constituído por um
d) Pronomes relativos.  particípio...
Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. 
desaparecidas. Ex.: Haviam-me convidado para a festa.
e) Pronomes indefinidos.  Ex.: Poucos te deram a
oportunidade. b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o
f) Pronomes demonstrativos.  Ex.: pronome oblíquo ficará antes do verbo auxiliar.  Ex.:
Disso me acusaram, mas sem provas. Não me haviam convidado para a festa.
* Orações iniciadas por palavras interrogativas. 
Ex.: Quem te fez a encomenda? 2) Quando o verbo principal for constituído por um
* Orações iniciadas por palavras exclamativas.  infinitivo ou um gerúndio...
Ex.: Quanto se ofendem por nada! a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá
* Orações que exprimem desejo (orações optativas).  depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
Ex.: Que Deus o ajude. Exemplos: Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-
lhe esclarecer o ocorrido. / Estavam chamando-me pelo alto-
MESÓCLISE: falante./ Estavam-me chamando pelo alto-falante.
É a colocação pronominal no meio do verbo.
Ocorre somente com verbos no futuro do presente ou no b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado
futuro do pretérito, desde que não se justifique a próclise, ou antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
seja, que esses verbos não estejam precedidos de palavras que Exemplos: Não posso esclarecer-lhe o ocorrido./
exijam a próclise. Não lhe posso esclarecer o ocorrido. / Não estavam
Exemplos: Comemorar-se-á o dia dos pais sem gastos chamando-me./ Não me estavam chamando.
supérfluos.
Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol - com verbo auxiliar + infinitivo ou gerúndio:
da paz no mundo. Se não houver fator que justifique a próclise, poderá ser
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa colocado depois do verbo auxiliar ou do infinitivo / gerúndio.
viagem.
- com verbo auxiliar + particípio:
ÊNCLISE: Se não houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará
É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada depois do verbo auxiliar, mas se houver algum fator, o
quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis. pronome ficará antes do verbo auxiliar.
Ocorre:
- em frases iniciadas por verbo, desde que não estejam no Observações importantes:
tempo futuro. Exemplo: Importava-se com o que a vizinhança Emprego de o, a, os, as
falava. 1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os
- nas orações reduzidas de infinitivos: Convém contar-lhe pronomes: o, a, os, as não se alteram.  Exemplos: Chame-
tudo. o agora.  / Deixei-a mais tranquila.
- nas orações reduzidas de gerúndio. 2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes
Ex.: O guarda apitou, avisando-lhe que era proibido finais alteram-se para lo, la, los, las.  Exemplos: (Encontrar)
estacionar. Encontrá-lo é o meu maior sonho.  / (Fiz) Fi-lo porque não
- nas frases imperativas afirmativas: Pai, ajude-me! tinha alternativa.
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão,
 A posição normal do pronome é a ênclise. Para ocorrer õe, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na,
a próclise ou a mesóclise precisa haver justificativas. nos, nas. Exemplos: Chamem-no agora.  / Põe-na sobre a
mesa.
Se houver pausa após o advérbio, usa-se a ênclise.

Ênclise: usada ...


1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. 
 FONÉTICA e SEMÂNTICA
Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.
2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. 
A fonética estuda cada particularidade na pronúncia de cada
falante e a fonologia estuda os fonemas de uma língua.

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Fonemas são unidades sonoras mínimas que estabelecem Dissílabas- têm duas sílabas: casa, dia, país, dedo, etc.
distinção entre vocábulos de uma língua.
Trissílabas- têm três sílabas: saúde, justiça, palavra, etc.
 Estas unidades sonoras, na escrita são representadas
pelas letras. Polissílabas- têm quatro ou mais sílabas: ambulância,
Sons: se - a - le - a (4 fonemas) proparoxítonas, estúpido, etc.
Sala
Letras: s - a - l - a (4 letras) 4 - Classificação da sílaba tônica quanto à intensidade:
Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade: amor,
Bicho: possui 4 letras , mas diferente da palavra lixo que tem estúpido, etc.
o mesmo número de letras e fonemas, ela possui 5 fonemas. (o
fonema | x| é representado por duas letras: o “c” e o “h”) Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade: amor,
Representar: possui 11 letras e apenas 10 fonemas, pois estúpido, etc.
pronunciamos apenas 10 sons ( represẽtar)
Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária, ocorre nas
palavras derivadas, correspondendo a tônica da palavra
1 - Fonologia primitiva:
café – cafezinho. tônica
Estuda a maneira como os fones(nos) se organizam dentro de
uma língua, classifica-os em unidades capazes de distinguir tônica
significados, chamados de fonemas. subtônica

Classificação dos Fonemas: 5 - Classificação das palavras quanto à posição sílaba


Vogais: fonemas que não encontram obstáculos ao passar pela tônica
boca: a, e, ẽ, i , ó, ô,ã, õ, etc. Oxítonas: são as palavras cuja última sílaba é a tônica: café,
Consoantes: fonemas que encontram obstáculos ao passar pela amor, sutil, ureter, cateter, Nobel, novel, recém, ruim,
boca: be, ce, de, etc... mister, etc.
be- que dá no contato dos lábios superior e inferior / fe- que
dá no contato dos dentes com o lábio inferior Paroxítonas: são as palavras cuja penúltima sílaba é a tônica:
livro, belo, avaro, barbaria, caracteres, cartomancia,
Semivogais: fonemas “i” e “u” têm sons semelhantes ao das ciclope, gratuito, ibero, necropsia, pudico, fortuito, etc.
vogais “i” e “u”, só que aparecem apoiadas em uma vogal.
Pai – a (vogal) - i (semivogal) Proparoxítonas: são as palavras cuja antepenúltima sílaba é a
Saudade- a (vogal) - u (semivogal) tônica: estúpido, república, aerólito, boêmia, álcool, âmago,
Quarto – u (semivogal) – a (vogal) arquétipo, édito (ordem judicial), idólatra, ímpio, etc.

Na língua escrita, a semivogal i pode aparecer representada  Nota: Os monossílabos átonos formam um todo
pela letra e. Exemplo: mãe (na qual se pronuncia mai) e a
semivogal u pela e. Exemplo: pão (na qual se pronuncia com o vocábulo a que se ligam foneticamente.
pãu) Exemplo: fá-lo, o acento aparece na penúltima
sílaba, por este motivo que falo é paroxítono.

2 - Dígrafo: Prosódia é a correta emissão das palavras quanto à


Duas letras que representam um só fonema: lh, nh, ch, rr, ss, posição da sílaba tônica, ao erro prosódico dá-se o
qu, gu, sc, sç, xc. nome de silabada.

 O qu e o gu só representam dígrafo quando seguidos


de e ou i, nos dígrafos o u não é pronunciado. Os Algumas palavras que admitem dupla prosódia: acróbata ou
dígrafos podem ser consonantais e vocálicos. acrobata, alópata ou alopata, ambrósia ou ambrosia,
crisântemo ou crisantemo, hieróglifo ou hieroglifo,
Dígrafos vocálicos: Nesse caso, o m e o n não são consoantes, Oceânia ou Oceania, ortoépia ou ortoepia, projétil ou
mas sim vogais e apenas indicam que a consoante é nasal. projetil, réptil ou reptil, sóror ou soror, zângão ou
-am, na: ã —tampa, canto zangão...
-em, em: ẽ — tempo, pente Ortoépia ou ortoepia é a emissão correta dos sons
-im, in: ĩ — limpo, tinta das palavras, segundo as normas da língua culta.
-om, om: õ — sombra, contagem
-um, un: ũ — algum, fundo Encontros Vocálicos: sequência de sons vocálicos (vogal e ou
semivogal)
Ditongo: é o encontro de uma vogal e uma semivogal
3 - Classificação das palavras quanto ao número de pronunciada numa só sílaba: pai, sério, etc.
sílabas: Pode ser: crescente e decrescente
Monossílabas- têm uma só sílaba: pé, pá, mais, ré, fé, pai, Crescente: semivogal + vogal: espécie
mãe, etc. Oral - quando o ar totalmente pela boca: leite, céu, espécie,
etc.

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Nasal - quando o ar sai pelas fossas nasais: pão, mãe, muito, - Composto com a forma verbal manda, continua grafado com
quando, bem ( bẽi), etc. hífen conforme ortográfica: manda-lua, manda-tudo, etc.
Decrescente: vogal + semivogal: leite, muito, pão, etc.
Alguns compostos perderam a noção de
composição e passaram a ser grafados sem
Tritongo: quando numa só sílaba tem uma vogal entre duas hífen: girassol, madressilva, pontapé,
semivogais: Paraguai. paraquedas, paraquedistas (e afins),
Pode ser: oral e nasal. mandachuva.
Oral: quando o ar sai totalmente pela boca: quais, iguais,
paraguaio, etc.
Nasal: quando parte do ar sai pelas fossas nasais: quão, - Compostos com a forma verbal para- grafa-se com hífen:
saguão, enxáguem (|wẽy|), etc. para-choque, para- lama, etc.

Hiato: quando duas vogais são pronunciadas em sílabas -Elementos repetidos sem elementos de ligação são grafados
diferentes: sa-ú-de, ru-im, etc. com hífenes: lenga-lenga, trouxe-trouxe, blá-blá-blá,
 Os encontros vocálicos das palavras maio, feio, pingue-pongue, tique-taque etc.
baleia, goiaba são separados: prai-a, mai-o, fei-o,
goi-a-ba, balei-a [ocorre um prolongamento da -Compostos sem elemento de ligação quando o primeiro está
representado pelas formas além, aquém, recém, bem e sem:
semivogal para a vogal seguinte: prai-(i) a, mai-(i)
além-mar, recém-casados, bem-vindo, sem-cerimônia,
o...] sem-vergonha, bem-estar, etc.
-Quando o segundo termo começa com vogal inicial igual a
Encontros Consonantais: é o grupo de consoantes sem vogal final do primeiro termo: anti-inflamatório, contra-ataque,
intermediária. O encontro consonantal pode ocorrer de duas arqui-inimigo, micro-ondas, etc.
formas: quando as consoantes pertencem à mesma sílaba  Se o primeiro elemento termina com vogal diferente
chama-se perfeito, e quando não pertencem chama-se da que inicia o segundo escreve-se junto, sem hífen:
imperfeito. Exemplos:
autoajuda, aeroespacial, contraindicação,
blusa = blu-sa, bicicleta= bi-ci-cle-ta, livro= li- vro ( as
consoantes pertencem a mesma sílaba) intrauterino, autoaprendizagem, extraescolar,
afta = af-ta, adjetivo= ad-je-ti-vo, absoluto = ab-so-lu-to plurianual, socioeconômico, infraestrutura,
( as consoantes estão em sílabas diferentes) retroalimentação, semiárido, etc.
 Não confundir encontro consonantal com dígrafo,
pois os dígrafos as duas letras representam apenas -Nos compostos sem elemento de ligação quando o primeiro
um fonema como nas palavras galinha, chá, em que termo está representado por mal e o segundo começa por
vogal, h ou l: mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, etc.
o nh e o ch representam apenas um fonema. No
encontro consonantal todas as consoantes são
Grafa-se sem hífen: malcriado, malvisto, malgrado.
pronunciadas. Os nomes de doenças também são grafados com hífen: mal-
caduco, mal-francês (sífilis), desde que não haja elemento de
6 - Emprego dos hífenes: ligação: mal de Alzheimer.
Usa-se o hífen para separar as sílabas, para ligar os pronomes
oblíquos ao verbo, ligar elementos compostos, e também ligar -Grafa-se com hífen com as formas grã, grãos e nos ligados
alguns sufixos. por artigos: Grã- Bretanha, Entre-os-rios, Trás-os-montes,
Uso do hífen nos compostos: etc.
Emprega-se o hífen nos compostos sem elemento de ligação
quando o primeiro termo está na forma substantiva, adjetiva, -Com hífenes os compostos quando o primeiro elemento
numeral ou verbal: termina por consoante igual à que inicia o segundo: ad-digital,
Elemento de ligação: preposição inter-racional, sub-base, super-revista, etc.
Exemplos: pé de moleque, etc.  Exceções, quando se prendem a nomes próprios
estrangeiros: addisonismo de Addison.
Exemplos: ano-luz, arco-íris, decreto-lei, joão-ninguém,
 Diante de consoante diferente e de vogal, usa-se sem
médico-cirurgião, tenente-coronel, azul-escuro amor- hífen: intermunicipal, interestadual,
perfeito, afro-luso-brasileiro, verbo-nominal, guarda- superinteressante, supersônico.
chuva, conta-gotas, vaga-lume, porta-aviões, segunda- O prefixo sub- usa-se sem hífen diante de palavras
iniciadas por h: subumano, nesse caso, humano é grafado
feira, guarda-noturno, luso-brasileiro, anglo-saxão, euro-
sem o h.
asiático, etc.
-com hífen quando as formas pós, pré, pró, são acentuada
 Nota: as formas empregadas adjetivamente: afro, graficamente: pós-graduação, pré-vestibular, pré-requisito,
anglo, euro, franco, indo, luso, sino e assemelhadas pós-parto, pré-natal, etc.
continuarão sendo grafadas sem hífen: -com hífen quando o primeiro elemento termina por m ou n e
afrodescendente, eurocêntrico, lusofonia, etc. o segundo começa por vogal, h, m ou n: circum-navegação,
pan-hispânico, pan-americano, circum-hospitalar, etc.

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-quando o primeiro elemento é um dos prefixos ex -, soto-, (s), ói (s): anéis, fiéis, céu, chapéu, véu, herói, etc. Esta regra
vice-, vizo-: ex-aluno, ex-marido, vice-presidente, sota- desapareceu (para palavras paroxítonas). Escrevemos agora:
vento, vice-reitor, etc. ideia, colmeia, boia. Observe: há casos em que a palavra se
-com hífen: os compostos que designam espécies botânicas enquadrará em outra regra de acentuação. Ex.: destróier e
estejam ou não ligados por preposição: bem-te-vi, couve- Méier serão acentuados porque terminam em R.
flor,feijão-verde, bem-me-quer, João-de-barro, etc Ditongos abertos em palavras oxítonas - ÉIS, ÉU(S), ÓI(S) -
 Malmequer grafa-se junto sem hífen. Ex.: papéis, herói, heróis, troféu, céu, mói (moer). Continua
 Quando usadas com outro sentido, não serão tudo igual.
hifenizadas: bico de papagaio (quando não se refere OBS.: (oo, ee) - Acentuava-se a primeira vogal dos hiatos ee e
oo. Ex.: vôo, crêem, dêem, lêem, vêem Esta regra
à planta, mas sim a nariz adunco.)
desapareceu. Agora se escrevem: voo, creem, deem, leem.
-grafam-se com hífen os sufixos de origem tupi-guarani,
- Proparoxítonas: Todas são acentuadas. Ex.: simpática,
quando o primeiro elemento termina por vogal acentuada
lúcido, sólido, cômodo, lâmpada Continua tudo igual ao que
graficamente ou quando a pronuncia exige: -açu, guaçu,
era antes da nova ortografia.
mirim
- Não são acentuadas as palavras paroxítonas com ditongo
Exemplos: Ceará-Mirim, capim-açu, etc.
aberto –ei e –oi: heroico, assembleia, proteico, boia, baleia,
onomatopeico, apoio ( verbo apoiar), apoio ( substantivo),
- quando o primeiro elemento termina por vogal e o segundo
boina, alcaloide, etc.
por r ou s, não se usa hífen, e devem duplicar estas
consoantes: antessala, antissocial, autorregulamentação,
- Paroxítonas terminadas em encontros vocálicos instáveis -
contrarregra, minissaia, suprarrenal, extrarregular,
Tais encontros, quando finais átonos, podem, foneticamente,
ultrassonografia, microssistema, eletrossiderurgia, etc.
ser classificados como ditongos crescentes ou como hiatos,
mas jamais se separam na grafia. Essas palavras são chamadas
7 - Acentuação Gráfica:
de proparoxítonas eventuais. São acentuadas as terminadas
Para acentuarmos uma palavra, em primeiro lugar, devemos
em: -ia, -ie, -io, -ua, -ue,-uo, -ea, -eo, -oa, todos seguidos ou
descobrir a sílaba tônica.
não de s. Ex.: história, série, armário, tábua, tênue, árduo,
rédea, róseo , amêndoa. Continua tudo igual.
Classificação das palavras quanto à sílaba tônica
Quanto à posição da sílaba tônica, as  palavras classificam-se
- Regra do hiato Í e Ú: Leva acento agudo o –i e –u quando
em:
representam a segunda vogal tônica de um hiato, desde que
não forme sílaba com r, l, m, n, z, ou estejam seguidos de nh:
a) oxítonas: a sílaba tônica é a última sílaba da palavra.
viúva, saída, faísca, saúde, aí, etc.
Exemplos: ma-ra-cu-já, ca-fé, re-com-por.
Nova regra: nas paroxítonas, o i e u não serão mais
acentuados se vierem depois de um ditongo: baiuca, bocaiuva,
b) paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima sílaba da
feiura, mas, se, nas oxítonas, mesmo com ditongo, o i e u
palavra. Exemplos: ca-dei-ra, ca-rá-ter, fó-rum
estiverem no final, haverá acento: tuiuiú, Piauí.
c) proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima
 Quando as vogais tônicas (i) e (u) vierem precedidas
sílaba da palavra. Exemplos: sí-la-ba, me-ta-fí-si-ca, lâm-
pa-da. de ditongo decrescente não serão acentuadas:
bocaiuva, feiura, maoismo, baiuca, etc.
Regras de acentuação:  Serão acentuadas as vogais i e u das palavras
- Monossílabos tônicos: levam acento agudo ou circunflexo oxítonas, mesmo precedidas de ditongo decrescente:
os terminados em -a,-as, -e, -es,-o, -os: já , lá, vá, fé, pés, pós, Piauí, tuiuiú, etc.
dó, etc. Continua tudo igual. Atente para os acentos nos
verbos com formas oxítonas: adorá-lo, debatê-lo, etc. - são grafados com acento os verbos ter e vir na 3ª pessoa do
- Oxítonas: levam acento agudo ou circunflexo os oxítonos plural do modo indicativo (monossílabos terminadas em –em)
terminados em -a,-as, -e, -es, -o,-os, -em, -ens: cajás, vatapá, ele tem ( singular) – eles têm ( plural)
você, pontapés, avó, jiló, ninguém, armazéns, etc. Continua ele vem (singular) – eles vêm ( plural)
tudo igual. Observe: terminadas em I, IS, U, US não levam OBS.: Derivados de ter e vir (obter, manter, intervir): na
acento: caju, tatu, Morumbi, abacaxi. terceira pessoa do singular leva acento agudo; na terceira
pessoa do plural do presente do indicativo levam circunflexo.
- Paroxítonas: levam acento agudo ou circunflexo os Ex.: ele obtém, detém, mantém; eles obtêm, detêm, mantêm.
paroxítonos terminados em –i,-is, -us, -r, -l, -x, -n, -um, uns, - Continua tudo igual.
ão,-ãos, -ã, -ãs, -os, -on, -ons: júri, lápis, Vênus, bônus,
caráter, éter, amável, têxtil, ônix, hífen, álbum, órgãos, órfão,
ímãs, bíceps, rádons, etc. Continua tudo igual.
Observe: Terminadas em EM e ENS não levam acento: hifens, - são grafados os verbos conter e convir (3ª pessoa terminada
polens, item, itens. em -ém)
- Levam acento agudo ou circunflexo todos os paroxítonos: ele contém (singular) – eles contêm ( plural)
sólido, cômodo, proparoxítono, límpido, etc. ele convém (singular) - eles convêm ( plural)
- São acentuadas todas as oxítonas com ditongo aberto -éu

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- não são acentuados na 3ª pessoa do plural os verbos crê, dê, festa.
lê, vê e derivados:  A conjunção “e” substitui a vírgula entre o último e o
ele crê ( singular) – eles creem ( plural) penúltimo.
ele revê ( singular) – eles reveem ( plural)
Atenção: Embora a conjunção “e” seja aditiva, há três casos
- são grafados com acento agudo ou circunflexo os vocábulos que se usa a vírgula antes de sua ocorrência:
terminados em ditongo oral átono: ágeis, jóquei, espontâneo, - quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.
lírio, mágoa, tênue, régua, área, etc. Exemplo: O homem vendeu o carro, e a mulher protestou.
(homem sujeito de vendeu/ mulher sujeito de protestou)
- não são grafados com acento os prefixos terminados em r e i: - quando a conjunção “e” vier repetida com a finalidade de dar
super-homem, semi- histórico, inter- helênico, etc. ênfase (polissíndeto). Exemplo: E chora, e ri, e pula de
alegria.
- Acento diferencial: leva acento diferencial o verbo poder na - quando a conjunção “e” assumir valores distintivos que não
terceira pessoa do singular do pretérito perfeito “pôde”, para seja de adição. Exemplos: Coitada! Estudou muito, e ainda
distinguir da terceira pessoa do singular do presente do não foi aprovada. (com valor de adversidade).
indicativo “pode”.
Faziam-se as seguintes distinções: e) Para destacar elementos intercalados como uma conjunção
 coa(s): preposição com + artigo a (s); côa (s): verbo um adjunto adnominal, um vocativo, um aposto ou uma
coar (tu côas, ele côa); para: preposição; pára: verbo expressão explicativa:
parar (Ele pára); pelo(s), pela(s): preposição per Conjunção:
+artigo o(s) e a(s); pêlo(s): cabelo; pélo, péla(s): Estudamos bastante, logo, merecemos férias!
verbo pelar; pera: preposição para (arcaísmo), pêra:
Vocativo:
fruta da pereira; por: preposição, pôr: verbo; polo: Apressemo-nos, Lucas, pois não quero chegar atrasada.
preposição arcaica por + artigo o; pólo(s): cada uma Aposto:
das regiões glaciais ou cada um dos pontos de um Maria, a aluna destaque, passou no vestibular.
imã; pólo(s): gavião; pólo: jogo, esporte.
 Esta regra desapareceu, exceto para os verbos: Uma expressão explicativa ou retificar como ( por exemplo,
PODER (diferença entre passado e presente). Ele não ou melhor, isto é, aliás, além disso, então etc.)
Ele disse tudo, ou melhor, tudo o que sabia.
pôde ir ontem, mas pode ir hoje. PÔR (diferença com
a preposição por): Vamos por um caminho novo, f) Para separar certos predicativos:
então vamos pôr casacos; TER e VIR e seus Triste e solitários, caminhava o homem pelas ruas
compostos (ver acima). movimentadas.
 Observe: 1) Perdem o acento as palavras compostas Para separar o adjunto adverbial anteposto:
com o verbo PARAR: Para-raios, para-choque. 2) Logo pela manhã, as crianças saíram para o passeio
FÔRMA (de bolo): O acento será opcional; se
g) Para separar elementos paralelos de um provérbio:
possível, deve-se evitá-lo: Eis aqui a forma para
Tal pai, tal filho.
pudim, cuja forma de pagamento é parcelada.
h) Para indicar elipse de um termo:
- Trema - Desapareceu o trema sobre o U em todas as palavras Daniel ficou alegre; e eu, triste.
do português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo,
linguístico i) Para separar orações coordenadas assindéticas:
- não acentuam os encontros vocálicos fechados: pessoa, O trem não para na estação, não apita na curva, não espera
coroa, camafeu, enjoo, perdoo, voo, judeu, patroa, etc. ninguém.
j) Para separar orações coordenadas adversativas, conclusivas,
8 - Uso da Vírgula explicativas e algumas orações alternativas:
Marcando apenas uma pequena pausa, é geralmente usada: Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio.
a) Nas datas, para separar o nome da localidade:
Rio de Janeiro, 25 de março de 2014. k) Para separar orações subordinadas substantivas e adverbiais
(quando estiverem antepostas a oração principal):
b) Depois de sim ou não, usados como resposta no início da Quem inventou a fofoca, todos queriam descobrir.
frase:
-Você gostou do vestido? l) Para isolar orações subordinadas adjetivas explicativas:
-Sim, eu adorei. A incrível professora, que ainda estava na faculdade,
dominava todo o conteúdo.
9 - Emprego de algumas palavras:
c) Para indicar a omissão de um termo (geralmente um verbo):
Do lado, uma grande árvore. (havia) Os uso dos porquês
POR QUE - a forma por que é a sequência de uma preposição
d) Para separar termos de uma mesma função sintática: (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual
Havia portugueses, brasileiros, espanhóis e italianos naquela razão", "por qual motivo":

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Exemplos: Desejo saber por que você voltou tão tarde para - a não ser: Não faz outra coisa, senão reclamar.
casa. / Por que você comprou este casaco? - mas sim: Não tive a intenção e exigir, senão de pedir.
Há casos em que por que representa a sequência preposição +
pronome relativo, equivalendo a "pelo qual" (ou flexões). SE NÃO – é usado equivalendo a caso não: Esperarei mais
Exemplos: Estes são os direitos por que estamos lutando. / O um pouco, se não vier, irei embora.
túnel por que passamos existe há muitos anos.
10 - Semântica
POR QUÊ – quando usado no final da frase, deverá ser É o estudo dos significados das palavras.
grafado. O que se torna tônico, justificando, pois, a presença
do acento gráfico. Sinonímia/ Sinônimo: quando duas ou mais palavras
Exemplos: Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê? possuem significados iguais ou semelhantes.
Exemplos: Os insetos invadiram a plantação de arroz. / Os
PORQUE - é uma conjunção subordinativa insetos alastraram-se pela plantação de arroz.
causal ou conjunção subordinativa final ou conjunção
coordenativa explicativa e equivale a: pois, já que, uma vez Antonímia/ Antônimo: quando duas ou mais palavras
que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para possuem significados opostos.
explicação ou causa. Exemplos: O aluno foi bem na prova. / O aluno foi mal na
Exemplos: Vou ao supermercado porque não temos mais prova.
frutas. / Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar?
Homonímia / Homônimos – é o fato de duas ou mais
PORQUÊ – representa um substantivo, por isso somente palavras possuírem significados diferentes, mas serem iguais
poderá ser utilizado, quando for precedido de artigo (o, os), no som e/ou na escrita.
pronome (meu, seu) ou numeral (um, dois, três, quatro). Exemplos: Os supermercados sabem apreçar as
Significa “causa”, “razão”, “motivo” e normalmente surge mercadorias. / Minha vizinha vivia a apressar a empregada.
acompanhada de palavra determinante.
Exemplos: Não consigo entender o porquê de sua ausência. Os homônimos podem ser:
- homógrafos: possuem a mesma grafia, mas sons diferentes.
Uso do Mas / Mais O começo da história agradou aos telespectadores. ( som
Mas: Conjugação, palavra invariável que une termos de uma fechado- substantivo)
oração ou orações. Eu começo a entender essa matéria. (som aberto- verbo)
Mais: Advérbio de intensidade. Pode modificar também - homófonos: possuem o mesmo som, mas grafias diferentes.
adjetivos e advérbios. O contrário de menos. Ele não sabia pregar uma tacha na parede. (prego pequeno)
A população revoltou-se com o aumento da taxa bancária.
Uso do Mau / Mal (quantia cobrada por prestação de serviço público ou privada).
Mau: É um adjetivo; significa “ruim”, “de má índole”, “de má - homônimos perfeitos: possuem a mesma grafia e o mesmo
qualidade”, é o contrário de bom e apresenta a forma feminina som, mas de origens diferentes.
má.  Eu cedo o livro para a biblioteca da escola. (verbo)
Mal: É um advérbio de modo, usado como contrário de bem. Levantou cedo para estudar para a prova. (advérbio de tempo)

Uso do Onde / Aonde Relação de alguns homônimos


Onde: Lugar em que/ em que (lugar). Indica permanência, o Acender – por fogo
lugar em que se está ou em que se passa algum fato. Ascender – subir
Aonde: A que lugar. É a combinação da preposição a + onde. Acento – sinal gráfico
Indica movimento para algum lugar. Assento – lugar onde sentar-se
Caçar – pegar animais
Uso do A / Há na expressão de tempo. Cassar – anular
Há: Usa-se “há” quando o verbo “haver” é impessoal, tem Cela – pequeno quarto
sentido de “existir” e é conjugado na terceira pessoa do Sela – arreio
singular. Equivale ao verbo fazer, indicando tempo decorrido. Sela – verbo 3ª p, sing. Pres. Ind.
Censo – recenseamento
A: Quando não for possível a conjugação do verbo “haver” Senso – juízo
nem no sentido de “existir”, nem de “tempo decorrido”, então, Cessão – ato de ceder
emprega-se “a”. É preposição. Seção/Secção – divisão
Sessão – reunião
A fim: A fim de é uma locução prepositiva que indica uma Cheque – ordem de pagamento
finalidade e equivale a “para”, “com o propósito de” e “com a Xeque – lance do jogo de xadrez
intenção de”. Estático – Imóvel
Afim: Serve de adjetivo que significa “igual”, “semelhante”. Extático – admirado
Relaciona-se com a ideia de afinidade. Estrato – tipo de nuvem
Extrato – resumo
Senão e Se não. Sexta – redução de sexta-feira
SENÃO - é usado equivalente a: Cesta – recipiente
- do contrário: Saia daí, senão vai se molhar. Sesta – hora em que se descansa ou dorme após o almoço.

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Manga – fruta da mangueira
Manga – parte do vestuário Comparação: é a aproximação de dois termos entre os quais
Concerto – sessão musical existe alguma relação de semelhança, feita por meio de um
Conserto (substantivo) – reparo conectivo.
Conserto (verbo) – 1ª p, sing. Pres. Ind.
Incerto – não certo Prosopopeia: também chamada de personificação ou
Inserto – incluído. animismo, atribui característica humana a outros seres.
Sinestesia: é a união de impressões sensórias diferentes.
Paronímia/Parônimos - é o fato de duas ou mais palavras Catacrese: é o emprego de um termo figurado por falta de um
possuírem significados diferentes, mas serem parecidas no termo próprio para designar determinadas coisas.
som e na escrita. Metonímia: é a substituição do sentido de uma palavra ou
expressão por outro sentido, havendo entre eles uma relação
Exemplo: lógica.
- O líder estudantil emigrou para a França. (mudou-se do país Antítese: consiste no emprego de termos com sentidos
de origem) opostos
- No começo do século, os italianos imigraram para o Brasil Paradoxo: é a proposição aparentemente absurda, resultante
(entraram num país estranho para nele viver) da reunião de ideias contrárias.
Eufemismo: consiste no abrandamento de uma expressão de
Relação de alguns parônimos sentido desagradável.
Absolver – perdoar Hipérbole: figura que através do exagero procura tornar mais
Absorver – sorver expressiva uma ideia.
Amoral – indiferente à moral Ironia: inversão do sentido, afirma-se o contrário do que se
Imoral – contra a moral, devasso que se pensa, visando a sátira ou a ridicularização.
Apóstrofe – figura de linguagem
Apóstrofo – sinal gráfico Vícios de linguagem
Deferir – conceder, atender Pleonasmo vicioso: é a repetição desnecessária de uma
Diferir – ser diferente, adiar informação.
Despensa – lugar onde se guarda mantimentos Ele fez um monólogo falando sozinho. (monólogo - cena em
Dispensa – licença que um só ator representa ou interpreta)
Flagrante – evidente Cacófato: é o som desagradável provocado pela junção de
Fragrante – perfumado duas ou mais palavras na cadeia da frase.
Inflação – desvalorizar o dinheiro Vou-me já, porque a aula vai começar.
Infração – violação
Infligir – aplicar castigo Barbarismo: é o desvio da norma culta quando ocorre nos
Infringir – não respeitar, Vilar. seguintes níveis:
Ratificar – confirmar Pronúncia: Assisti ao pograma educativo. (programa)
Retificar – corrigir. Grafia: Ele pesquisou a etmologia de muitas palavras
(etimologia)
Polissemia Semântica: Assim que chegaram à metrópole, absolveram a
É o fato de uma mesma palavra poder apresentar significados poluição. (absorveram)
diferentes que se explicam dentro de um contexto. Estrangeirismo: o embaixador cometeu uma gafe. (equívoco)
A criança estava com a mão machucada. (parte do corpo)
A escultura demonstrava a mão do mestre. (habilidade) Solecismo: ocorre quando há desvios de sintaxe quanto à
Passou duas mãos de tinta. (camadas) concordância, regência ou colocação.
Passaram a mão na minha bolsa. (apoderar-se de coisas Faltou muitos alunos no dia do jogo da seleção do Brasil.
alheias) (faltaram)
A palavra final está nas mãos do diretor. (dependência, 12 - VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
responsabilidade)
Variações linguísticas são diferenças que uma mesma língua
 Diferença entre polissemia e o homônimo perfeito:
apresenta quando é utilizada, de acordo com as condições
Polissemia – mesma palavra com significados sociais, culturais, regionais e históricas.
diferentes dependendo do contexto. No Brasil temos muitos “falares”. Essa variação é justificada
Homônimos perfeitos- palavras com grafias e sons não apenas pelo fato histórico, que necessariamente leva
iguais, porém de origens diferentes. qualquer língua a profundas transformações, como também
pelas diferenças regionais, sociais, grau de escolaridade, sexo
e principalmente pelas categorias profissionais. O que é
importante compreender é que essas variações não devem ser
11- Figuras de linguagens vistas como ‘erro’ e sim – variações.
São certos recursos não convencionais que o emissor cria para As variações linguísticas dividem-se em: diatópicas,
dar mais expressividade à sua mensagem. diafásicas e diastráticas, alguns autores incluem a
diacrônica.
Figuras semânticas:  VARIAÇÃO DIATÓPICA ou REGIONAL
Metáfora: é uma comparação subentendida. É a variação apresentada por pessoas de diferentes regiões que

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falam a mesma língua. A variação diatópica é responsável Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram
pelos regionalismos ou falares locais. Esses falares todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
representam os costumes e a cultura de cada região. completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
Em cada estado brasileiro, as pessoas falam de um jeito, com mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando
sotaque próprio e, muitas vezes, chamam as mesmas coisas a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.
por nomes completamente diferentes. A nossa macaxeira, por                            Carlos Drummond de Andrade
exemplo, em algumas regiões, é chamada de mandioca e em
outras  de aipim. O nosso jerimum é conhecido como abóbora. 13 - DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Essa diferença nas palavras, nas expressões e no sotaque SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO
chama-se variação regional. De um modo geral, pode-se dizer que os sentidos das palavras
Vejamos a seguir um exemplo típico de variação regional, nas compreendem duas ordens:  a denotação (sentido próprio) e a
palavras do poeta Oswald de Andrade: conotação (sentido figurado).
Vício na fala a) DENOTAÇÃO - Uma palavra assume o valor denotativo
Para dizerem milho dizem mio quando é tomada no seu sentido usual ou literal, ou seja,
Para melhor dizem mió naquele que lhe atribuem os dicionários. O sentido é objetivo,
Para pior pió explícito, constante. Ela designa ou denota um determinado
Para telha dizem teia objeto, referindo-se ao mundo da realidade palpável. Pode-se,
Para telhado dizem teiado portanto, afirmar que denotação é o significado objetivo da
E vão fazendo telhados. palavra; é a palavra imobilizada em seu estado fixo de
Oswald de Andrade dicionário. Todos entendem da mesma forma e todos
apreendem a mesma informação. Não há a menor
 VARIAÇÃO DIAFÁSICA ou SITUACIONAL possibilidade de uma interpretação múltipla quando se trata de
um uso denotativo de qualquer termo. Há uma possibilidade e
É a variação que ocorre em situações de fala. É a capacidade apenas uma.
que tem um mesmo indivíduo de empregar as diferentes Cortaram as asas da ave para que não voasse.
formas da língua em situações comunicativas diversas, A cobra picou o menino.
procurando adequar a forma e o vocabulário em cada situação.
A mesma pessoa muda a sua maneira de falar dependendo do b) CONOTAÇÃO - Quando a palavra remete a inúmeros
ambiente (formal ou informal). Incluem as modificações na outros sentidos conotativos, apenas sugeridos, evocando
linguagem decorrentes do grau de formalidade da situação ou outras ideias associadas, de ordem subjetiva. Conotação é,
das circunstâncias em que se encontra o falante. Esse grau de pois, o significado subjetivo da palavra, decorrente das
formalidade afeta o grau de observância das regras, normas e evocações que ela provoca por associação de quem a ouve ou
costumes na comunicação linguística. fala. O sentido conotativo difere de uma cultura para outra, de
uma classe social para outra, de uma época para outra.
 VARIAÇÃO DIASTRÁTICA ou SOCIAL Corte as asas deste menino, antes que seja tarde mais.
(SOCIOCULTURAL) A sogra dele é uma cobra
Ocorre nos grupos sociais, nas comunidades. Por exemplo: os
advogados, os surfistas, os religiosos, os bandidos etc. 14 - GÊNEROS TEXTUAIS
Compreendem todas as modificações da linguagem Os gêneros textuais são definidos como formas relativamente
produzidas pelo ambiente em que se desenvolve o falante. estáveis de enunciados, disponíveis na cultura. Trata-se de
Nela, estão as gírias, os jargões e as expressões usadas por fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida
grupos diferentes, os quais se devem a fatores como classe cultural e social, fruto de trabalho coletivo e que contribuem
social, educação, profissão, idade, procedência étnica etc. para ordenar as atividades comunicativas do dia a dia.
Dos inúmeros gêneros existentes ( e-mail, carta, bilhete, bula
de remédio, história em quadrinhos, receita etc.), a tira e a
charge vêm surgindo com frequência nos atuais concursos.
Assim sendo, vamos conhecê-las:
 VARIAÇÃO DIACRÔNICA ou HISTÓRICA  TIRA
A variação diacrônica ocorre através do tempo. São as pessoas A tira (ou tirinha) é um gênero textual de cunho humorístico –
do mesmo grupo social ou da mesma região mudando a às vezes político –, muito comum em jornais, cuja
maneira de falar com o decorrer dos anos. Essas variedades constituição se estabelece pela combinação de frases curtas –
aparecem quando se comparam textos em uma mesma língua geralmente de efeito ambíguo – com desenhos que ilustram e
escritos em diferentes épocas e se verificam diferenças complementam o sentido da obra.
sistemáticas na gramática, no léxico e às vezes na ortografia É uma forma simplificada de arte sequencial, em que as
(frequentemente como reflexo de mudanças fonéticas). Tais histórias são divididas em poucos quadrinhos. Elas podem
diferenças serão maiores quanto maior for o tempo que separa associar as imagens ao texto ou não, tentando sempre narrar
os textos. Por exemplo, na língua portuguesa pode-se uma situação curta de forma rápida.
distinguir claramente o português moderno e o português
arcaico.
Vejamos a seguir um exemplo típico de variação regional, nas
palavras do poeta Carlos Drummond de Andrade:
Antigamente

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No caso acima, o texto verbal “Presidentes e ratos”
completa-se com a imagem de ratos, que, em cada contexto,
apresenta um significado diferente, o que traduz humor à
charge. Dessa forma, um depende do outro para o devido
entendimento da mensagem. Cabe ao leitor detectar os
implícitos, a fim de que “decodifique” a mensagem. É o que
chamamos de texto misto. Essa classificação parte do fato de
ele apresentar uma parte verbal e outra não verbal. A
temática é conhecida: políticos e corrupção.
Vemos a figura do presidente americano Barack Obama de
um lado e o presidente Lula do outro. Duas figuras se
 CHARGE destacam no lado americano. Uma delas é a do presidente
sorridente, altivo. Abaixo dele, a primeira ocorrência da
A charge é um gênero que deseja transmitir um pensamento a palavra “rato”. Nesse caso, “rato” foi usado em seu sentido
respeito de fatos da atualidade deixando uma opinião com denotativo.
crítica e humor. No lado do presidente Lula, temos a sua figura numa clara
Geralmente, refere-se a fatos ocorridos em uma época referência a do presidente Obama, porém a expressão daquele
definida, em um determinado contexto cultural, econômico e parece um pouco mais insegura do que deste. Atrás do
social. Portanto, depende do conhecimento desses fatores para presidente tupiniquim, a segunda ocorrência da palavra
ser entendida. “rato”, mas dessa vez em seu sentido conotativo, sinônimo
de político.

 INFERÊNCIA
São comuns, em provas de concursos públicos, termos como
implícito, inferência, dedução e verbos a eles
correspondentes. E por muitas vezes o candidato erra a
questão porque não tem uma ideia precisa do significado de
tais palavras.
Você se lembra do “cara ou coroa”? É uma alusão a moedas:
num lado, a “cara”; noutro, a “coroa”. No texto é mais ou
menos assim. Há palavras, frases ou expressões que
funcionam como a “cara” (explícito); elas deixam entrever a
 TEXTO VERBAL E NÃO VERBAL
“coroa” (implícito).
Você sabe definir o que é um texto? Pode ser uma única Vejamos:
palavra? Uma única frase? Uma imagem? Vamos ver:
Texto é o conjunto coerente e coeso de ideias, é a palavra ou
conjunto de palavras que transmite uma mensagem, que tem a
intenção de comunicar algo. Portanto, uma palavra ou uma
imagem pode sim ser um texto, desde que transmita uma Na figura acima, por exemplo, não há palavras. Há somente
mensagem. Para identificarmos um texto, devemos atender imagens (texto não verbal). Observamos um pouco de grama,
algumas condições: sobre a qual aparece um tronco, com um pequeno galho,
 Ele deve ser lido e interpretado; ambos cortados, e sobre o tronco está pousando um pássaro
 Precisa ter sentido; cuja cabeça também parece ter sido cortada. E agora? Será
 Ele sugere (e muitas vezes revela) uma intenção específica que são apenas essas informações que podemos tirar dessa
por parte de quem o criou. imagem?
Pense bem: se recorrermos às informações que temos sobre o
Dá-se o nome de texto verbal àquele que é estruturado em relacionamento do homem com o meio ambiente,
palavras, orações, frases, parágrafos etc. Não verbal é o texto levantaremos algumas hipóteses: será que o autor quer chamar
de imagem. Obviamente um tipo não exclui o outro, ou seja, nossa atenção para o problema do desmatamento? Será que a
com frequência tem-se um texto simultaneamente verbal e não árvore e o pássaro cortados sugerem uma reação em cadeia,
verbal, o que alguns autores chamam de texto misto. Veja um pois, com a falta das árvores, os pássaros não têm onde fazer
exemplo: seus ninhos e também desaparecem? Será que podemos, a
partir dessa imagem, concluir que o desmatamento provoca
uma série de consequências negativas para o ambiente, para os
animais e, por extensão, para os seres humanos?

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Veja quanta informação, conseguimos extrair de uma imagem! 2º) intertexto: é o texto, em geral implícito, noutro texto
O importante, porém, é constatar que fomos além do que está explícito.
representado na imagem e concluímos algo a respeito da O intertexto só funciona quando o leitor é capaz de perceber
intenção do autor da imagem: denunciar as graves a referência do autor a outras obras ou a fragmentos
consequências do desmatamento para o ecossistema e nos identificáveis de variados textos. Este recurso assume papéis
levar a refletir sobre nossas ações. Nesse ponto, não podemos distintos conforme a contextura na qual é inserido. A
ter mais dúvidas de que essa imagem é um texto e que o pressuposta cultura geral relacionada ao uso deste mecanismo
explícito gera o implícito. No texto analisado, os pontos literário deve, portanto, ser dividida entre autores e leitores.
observados (um pouco de grama, a cabeça do pássaro E não há limite para as esferas do conhecimento que podem
cortada, o corte no tronco e no galho etc.) permitem o pleno ser acessadas tanto pelo produtor do texto, quanto por seu
entendimento da mensagem, o qual só é alcançado se o leitor receptor. Isto significa que o intertexto não está somente
tem conhecimentos que não estão explícitos. ligado ao contexto literário. Ele pode estar presente na pintura,
E o que é inferir? Inferir é exatamente detectar o implícito. E, na publicidade etc.
nessa acepção, inferir, deduzir e concluir são sinônimos. 3º) Intertextualidade e polifonia: sempre que ocorre
Implícito, por sua vez, é o que não está explícito e, portanto, intertextualidade, necessariamente ocorre polifonia, já que há
resulta de uma inferência autorizada pela mensagem textual. “mais de uma voz no texto presente”.
O implícito nem sempre é garantia de verdade; trata-se de um 4º) Intertextualidade e paráfrase: quando um texto
pressuposto (pressuposição), também chamado subentendido. reescreve o intertexto, adequando as ideias originais a um
novo tempo, a uma nova realidade ou simplesmente a um
 INTERTEXTUALIDADE novo modo de dizer, tem-se uma paráfrase.
A intertextualidade é uma espécie de conversa entre textos; 5º) Intertextualidade e paródia: quando um texto reescreve
essa interação pode aparecer explicitamente diante do leitor o intertexto de forma jocosa, tem-se uma paródia.
ou estar em uma camada subentendida, nos mais diferentes
gêneros textuais. Para compreender a presença deste
mecanismo em um texto, é necessário que a pessoa detenha
“NÃO EXISTE OBSTÁCULO
uma experiência de mundo e um nível cultural significativos. QUANDO TEM-SE VONTADE!”
Veja os exemplos abaixo:

Bons Estudos.
Equipe Colégio-Curso Tamandaré Bangu

Nos três casos analisados, vimos que um texto presente


resgata um outro ausente. Em outras palavras, um texto
explícito faz referência a outro implícito. O texto implícito é
chamado de intertexto. Ao analisarmos as tiras, verificaremos
que os textos dialogam, de alguma forma, com outro (o
intertexto) o qual necessitamos conhecer para entendermos a
mensagem. A esse diálogo entre textos dá-se o nome de
intertextualidade.
Fixemos alguns conceitos:
1º) intertextualidade: diálogo entre textos, isto é, sempre que
se pode reconhecer um texto dentro do outro.

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