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Introdução Necessária.
#O resto da introdução está sendo revisado Mais uma duas folhas no mínimo.
Vai ser bem maior do que esta.
Nas duas ou três páginas a seguir
Fotos atuais de Délcio, contrastanto com algumas fotos do passado.
Estas páginas em branco teriam além das fotos, comentários e críticas
retirados de jornais revistas e de outros lugares. Talvez duas páginas.
O COMEÇO
Aquele menino, já por volta dos três anos de idade, se confrontaria com
seu destino artístico. Uma jaca cairia bem próxima a ele, causando
naturalmente um susto sem igual.
Uma criança de apenas três anos de idade sendo exposta ao perigo
iminente de uma catástrofe..
Naquele instante, aquele susto já o mostrava o quão efêmera poderia
ser a vida. Aos três anos de idade, o menino Délcio se via frente a frente com a
sua vocação sem a menor consciência das coisas à sua volta.
Para um artista que ainda não sabe que é o que é, tal coisa era mais do
que uma simples manifestação de uma natureza reconhecidamente indomável.
Sem querer entrar na esfera de psicologismos baratos, quero crer que
este episódio, narrado com profundo interesse pelo próprio Délcio, adquire
fundamental importância no que diz respeito aos alicerces de sua percepção
artística.
Ele refere-se a esta imagem que ficou gravada na sua memória até
hoje. Em algum lugar, a partir do referido, o menino pressentiu sem entender
absolutamente nada, que a possibilidade de risco seria a tônica de sua
existência.
Transcrição1
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.....Transcrição 2
.( )
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Vamos imaginar o que possa passar na cabeça de um menino de três
ou quatro anos que já é assediado por aquelas damas.
Tem-se a impressão de que ele foi brindado com estas combinações
vitais entre sensibilidade extrema e molequice.
Délcio ainda muito jovem circulava por entre pequenos universos
repletos de delicadeza, sensualidade e sedução e mistério.
Lá por volta dos cinco anos, Délcio passara a frequentar a casa do Tio
Rocha e foi também lá que travou os primeiros contatos com a música.
Observe-se aqui este deslocamente do garoto de apenas 5 anos.
O menino já então ouvia os programas de Paulo Gracindo e conhece Paulo
Barcelos.
É precisamente neste espaço quase sagrado,é precisamente aí que o
pequeno vai começar a se delicidar com o tal programa da rádio Tupi, ou
como ele diz no depoimento, rádio sequência G3, enquanto a maioria dos
vizinhos estará escutanto a famosa e poderosa rádio nacional.
É necessário que se reconheça a sensacional originalidade do Tio Rocha
neste sentido.
Não se sabe se ele fazia isto já no intuito de encaminhar o jovem
mancebo para o mundo da música, mas de qualquer maneira tal atitude
definitivamente muito contribuiu para o refinamente artístico de Délcio.
É ainda neste espaço que o menino travará contato com as famosas novelas
radiofônicas, haja vista o fato de que não havia ainda televisão naquela época.
O tal programa de Paulo Gracindo ia das dez da manhã até às treze horas,e
era muito apreciado pelo tio Rocha, um motorista de caminhão que tinha uma
especial predileção por esta rádio.
Definitivamente a precocidade do menino era favorecida por uma milagrosa
exposição às pessoas certas, na hora certa e no lugar certo.
Podemos ainda dizer que o universo literalmente conspirou neste
sentido,pois o garoto ali apurava o seu ouvido musical.
MÁRIO LAGO