Texto: FIGUEIREDO, Luciano R. Narrativas das rebeliões: Linguagem política e ideias
radicais na América Portuguesa moderna. Revista USP, São Paulo, n.57, março/maio 2003, p. 6-27.Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/33830>. Marina da Silva Pereira Lima Matrícula: 122044047 Universidade Federal do Rio de Janeiro
Carlos Francisco da Silva Júnior é autor da resenha do texto de Mariza de Carvalho
Soares, alvo desta síntese, necessária a conclusão da presente disciplina. O historiador é licenciado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e também mestre em História Social pela mesma. Além disso, possui doutorado pela University of Hull. Sua ênfase de estudos se situa na área de Brasil Colonial, tratando de temas como escravidão, diáspora africana, história da Bahia e século XVIII. Segundo o autor, suas maiores áreas de interesse são a diáspora africana e a construção de identidades étnicas na Bahia do século XVIII. Atualmente é professor assistente na Universidade Estadual Feira de Santana (UEFS) e doutorando na UFBA1. O texto indicado é uma resenha publicada na Revista de História da Universidade de São Paulo, um periódico interdisciplinar que publica artigos, resenhas, entrevistas e edições críticas de fontes documentais em diversos idiomas. A pretensão da revista é “contribuir para o debate qualificado no âmbito historiográfico direcionado a um público mais amplo, além de servir como meio de divulgação da produção universitária brasileira” 2. O texto foi publicado no ano de 2020, analisando o texto de Soares, publicado no de 2019. Ambas as publicações são recentes, inseridas no contexto atual, sendo assim, considero dispensável a apresentação do contexto histórico/historiográfico dos textos. Mariza de Carvalho Soares, autora de Diálogos Makii de Francisco Alves de Souza: manuscrito de uma congregação católica de africanos Mina, 1786, é apresentada por Silva como “uma das mais destacadas africanistas em atividade no Brasil”(p. 1), e também destacada como “uma conhecedora desta região africana[local onde a fonte foi elaborada] e da diáspora no Brasil dos povos desta área”(p. 2). O autor também chama atenção para o caráter inédito da obra no Brasil, sendo essa uma análise de fonte histórica. Além disso, ao longo do texto, o autor tece diversos comentários positivos sobre o trabalho da pesquisadora e sua importância para os pesquisadores da temática e o público não acadêmico interessado na história da escravidão. Portanto, fica evidente ao longo do texto que se trata de uma análise 1 Vide currículo Lattes. 2 Vide site oficial do periódico. 1 positiva do trabalho de Soares, destacando o intenso trabalho de pesquisa e conhecimentos relevantes sobre o tema expostos pela historiadora e antropóloga. Ao longo do texto o autor descreve a estruturação do trabalho de Mariza Soares, bem como as fontes e comentários adicionados pela autora para possibilitar uma melhor análise e compreensão da fonte. Ademais, descreve alguns conceitos básicos para que o leitor compreenda o contexto da fonte e as utilizações que Soares faz da mesma. É interessante destacar que Silva mostra também a relevância de análise dessa fonte, destacando as apreensões que se faz a partir da interpretação da autora; por exemplo, o autor destaca a leitura do documento como uma ferramenta que abre “uma janela para o mundo dos afro- ocidentais no Rio de Janeiro do século XVIII. O único contraponto que o autor parece apresentar com a autora é a crença de que a fonte possa ter passado por um processo de edição que a adequou ao público, um pensamento que vai de encontro com o exposto por Soares. Apesar disso, o autor se demonstra favorável ao texto e tece comentários positivos ao longo de toda sua análise. Por fim, o autor demonstra seu desejo de que o mercado editorial brasileiro se inspire na pesquisa realizada por Soares para que mais trabalhos do mesmo caráter sejam publicados no mercado nacional.
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