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Diretor administrativo:
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Sérgio Roberto Gomes Souza - UFAC
Sidney da Silva Lobato - UNIFAP
Tânia Mara Rezende Machado - UFAC
Diálogos sobre história, cultura e linguagens
Organização
Francisco Bento da Silva
Sérgio Roberto Gomes de Souza
Nepan Editora
Rio Branco - Acre
2018
Núcleo de Estudos das Culturas Amazônicas e Pan-Amazônicas - Nepan
Todos os trabalhos reunidos nesta edição são de responsabilidade de seus autores.
ISBN: 978-85-68914-42-7
CDD: 306
Bibliotecária Maria do Socorro de O. Cordeiro – CRB 11/667
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO................................................................. 7
O FAZER-SE DO MOVIMENTO DE
MULHERESCAMPONESAS DO ACRE: 30 ANOS DE
ORGANIZAÇÃO E LUTAS............................................135
Teresa Almeida Cruz
SOBRE OS AUTORES......................................................188
APRESENTAÇÃO
Sumário
Sumário
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•
Sumário
O BOLIVIAN SYNDICATE NOS
LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA
DO ACRE
1 Nos autores estudados para elaboração do presente texto, há menções e divergências quanto ao
Bolivian Syndicate como uma chartered company. No caso específico desse texto considera-se
importante tal referência, tendo como referência que o modelo das “companhias de cartas” ou
“companhias majestáticas” assentava-se na ideia básica de concessão de terras para exploração, sem
intervenções administrativas direta dos países que as entregavam em concessão.
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Nedy Bianca Medeiros Albuquerque
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Nedy Bianca Medeiros Albuquerque
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Nedy Bianca Medeiros Albuquerque
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Nedy Bianca Medeiros Albuquerque
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Nedy Bianca Medeiros Albuquerque
Por sua vez, em “História do Acre”, primeiro dos dois livros didáticos
produzidos por Carlos Alberto Alves de Souza, lançado em 1992, o Boli-
vian Syndicate ocupa um item específico, distribuído em vinte e quatro pa-
rágrafos, no espaço de duas laudas. Em Alves de Souza o Bolivian Syndicate
é introduzido como decorrência da “derrota da expedição dos poetas”,
acrescido da suposta conclusão do “embaixador boliviano na Inglaterra,
Félix Aramayo”, quanto às dificuldades de gestão das terras acrianas devi-
do falta de recursos financeiros e militares, o que o teria levado a apresen-
tar o arrendamento do Acre a empresários ingleses e norte-americanos,
conforme se lê:
A ideia de arrendar o Acre foi aceita pelo presidente
boliviano José Manuel Pando. Formou-se um grupo de
grandes empresários da Inglaterra e dos Estados Unidos,
a fim de fecharem negócio com a Bolívia a respeito
do arrendamento do Acre. Esse grupo de empresários
chamava-se Bolivian Syndicate, podendo vir a ser o novo
dono das riquezas acrianas.
17 O contrato de arrendamento do Acre foi assinado entre a
•
Bolívia e o Bolivian Syndicate, no dia 11 de julho de 1901.
As assinaturas foram do Embaixador Félix Aramayo, da
Bolívia, e de Frederich Wilinfred Whitridge, da empresa
Car Whitrig, dos Estados Unidos.12
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Nedy Bianca Medeiros Albuquerque
21 A este respeito ler: ALBUQUERQUE, Nedy Bianca Medeiros de. A cavalo dado não se olham
os dentes: O Bolivian Syndicate e a Questão do Acre na imprensa (1890 a 1909). São Paulo: USP,
2015. 207 f.
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Nedy Bianca Medeiros Albuquerque
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Sumário
UMA ANÁLISE DO PROCESSO
DE PATRIMONIALIZAÇÃO DA
AYHUASCA NO BRASIL
22 A necessidade de interpretar as disputas pela posse da tradição das quais participam as linhas, os
centros e os movimentos religiosos que usam a ayahuasca levou-nos a utilizar o conceito de campo,
como formulado por Bourdieu, que o define como uma “estrutura de relações objetivas” entre
as posições ocupadas por agentes, que determinam a forma das interações (objetivos, interesses,
formas de poder ou disputas socialmente instituídas) (BOURDIEU, 1989, p. 66). A agregação dessa
abordagem inclui à análise a variável das relações de poder, que vem complementar a proposta
analítica de Elias (2000).
Geovânia Corrêa Barros
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Irineu Serra (Alto Santo); linha do Padrinho Sebastião Mota de Melo; linha do Mestre José Gabriel
da Costa (União do Vegetal) e outras linhas. A partir da instituição do Grupo Multidisciplinar de
Trabalho – GMT, organizado pelo CONAD, a primeira preocupação do GMT foi distinguir o
uso religioso, considerado legal, do uso não religioso (Barros, Tradição e modernidade no campo
Ayahuasqueiro, 2016).
36 Neves, Entrevista concedida a Geovania Barros em 15/04/2015.
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diferenciando tanto, ao ponto de umas não conseguirem mais dialogar com as ou-
tras.
A intensificação da diversidade social do campo ayahuasqueiro sur-
ge como resultado não planejado do processo aqui focalizado, como uma
dificuldade em termos da relação entre a ampliação das redes configura-
cionais e seu controle por parte dos atores do campo religioso ayahuas-
queiro, traduzido na questão formulada por Neves (2015) nos seguintes
termos: “Como é que vai colocar todo mundo num pacote só, se so-
mos tão diferentes?”
Para Neves, configura-se, por exemplo, a emergência de se estabele-
cer um ‘consenso internacional’, referente ao uso da ayahuasca em diver-
sas comunidades indígenas na América Latina, na Amazônia e no Acre.
Conforme explica:
[…] a questão da ayahuasca entre os povos indígenas é
muito mais ampla – panamazônica e plurinacional – e não
está restrita aos grupos indígenas da Amazônia brasileira.
35 Assim, a inserção dos índios neste processo de inventário,
• sem dúvida, aumentou muito sua complexidade, extensão
e implicações. 37
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63 No Estado do Acre, o uso é generalizado entre grupos indígenas e seringueiros. De acordo com
Andréa Martini (2015, p.10), há cerca de quinze grupos indígenas com informações oficiais (FEM,
2010), dentre eles: Kontanawa, Yaminawa, Shanenawa, Shawadawa, Ashaninka, Nawa, Madija,
Manchineri, Yawanawa, Apolima Arara, Puyanawa, Katuquina, HuniKuin. Além disso, a autora
destaca que a ayahuasca, denominada regionalmente cipó, jagube e mariri, é comumente utilizada
entre populações ribeirinhas, agricultores e seringueiros. “Não se trata, nesse caso, de um uso
religioso, embora contenha registros de religiosidade” (MARTINI, 2015, p.10).
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que a equipe conseguiu listar alguns “e sabe-se que não foi suficiente, por-
que essa etapa de aprofundamento dos bens, ela vai se dar na etapa seguin-
te”. Segundo ele, o papel da equipe, na momento da fase de levantamento
do INRC Ayahuascafoi de identificar e indicar os bens, “mas não apontou
qual o bem deveria ser registrado. Ele explica:
Por quê? Aí, vem a grande questão, porque nós achamos,
chegamos a um consenso, de que, quem tem que definir
esse bem são os atores e não a gente. Como aconteceu
em Xapuri. A gente fez um grande encontro com os
seringueiros com as pessoas da cidade para eles definirem
qual o bem que eles gostariam que fosse inventariado; que
fosse patrimonializado, digamos assim. Nós não decidimos
isso. E nós nem temos o poder para fazer isso. Seria antiético
de cada um dos profissionais fazer isso. Então eu sugeri que
houvesse um encontro, a própria câmara temática ela pode
puxar essa discussão; chamar representantes indígenas
também e dizer: e aí, qual vai ser o bem que a gente vai
colocar para o registro? Então, aonde a gente pode ir foi
52
• até a identificação dos bens. Essa discussão da definição do
bem que vai ser patrimonializado ou registrado, essa é uma
discussão que tem que ser feita ou com os atores ou com
os representantes dos atores dessas instituições ou desses
grupos indígenas ou comunidades. 69
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Geovânia Corrêa Barros
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REFERÊNCIAS
ENTREVISTAS:
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ASPECTOS CONCEITUAIS SOBRE
SINCRETISMO RELIGIOSO
EM RELIGIÕES E GRUPOS
AYAHUASQUEIROS
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Wladimyr Sena Araújo
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Wladimyr Sena Araújo
me como uma religião que contém práticas religiosas diversas, mas a sua
ênfase repousa na argumentação de que a mesma é uma religião xamânica.
Segundo a sua concepção haveria dentro deste sistema um xamanismo
coletivo e todos os participantes seriam “xamãs em potencial”. O mesmo
acaba por definir também o xamã como um “especialista do trânsito entre
o aqui e o lá, o corpo e o espírito”. 82
A sua idéia acerca de xamanismo entre o damistas tem início, se-
gundo ele, com a iniciação de Raimundo Irineu Serra. A forma como foi
concebida a sua iniciação associa-se com a abstinência de xamãs de socie-
dades indígenas. Prossegue colocando tanto Irineu Serra como Sebastião
Mota como xamãs. Ainda assim, afirma que cada neófito que ingressa na
doutrina passa por este processo, que produz em cada um deles uma trans-
formação, ou morte simbólica e uma reorientação espiritual.
Os membros desse sistema religioso são como aprendizes
de xamã, ou xamãs em potencial. Embora existam os
comandantes do trabalho, a atividade xamânica não é
61 exclusividade de alguns iniciados, como nas sociedades
• indígenas em geral, e a prática ritual é o aprendizado desta
arte do êxtase, À parte, a vocação xamânica, todos tem
participação ativa no ritual. A coletividade do culto pode,
através da técnica de concentração e acesso aos cânticos, que
são a principal ferramenta para as viagens extáticas, ‘voar’
pelo Astral com característica de xamã viajante ou servir
como aparelho para a recepção de seres, com características
do xamã possesso. O batalhão formado faz um xamanismo
coletivo, específico dessa linha de trabalho. 83
Enfim, o autor conclui que o Santo Daime tem uma grande influên-
cia da cultura ameríndia devido o hábito de uso da substância sagrada, o
que caracterizou toda a sua discussão do Santo Daime com o xamanismo
indígena. Entretanto, não nega que existam influências de outras práticas
religiosas tal é o caso de características afro – brasileiras ou do catolicismo.
Esta questão do xamanismo já vem sendo estudada desde a década
de 80 do século passado por alguns pesquisadores, com destaque para
82 Cemin, Ordem, Xamanismo e Dádiva, 2001, p. 51.
83 Couto, Santos e Xamãs, 1989, p. 195.
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Wladimyr Sena Araújo
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a ter uma nova forma de vida manifestada através de uma nova conduta
moral que fará parte de seu dia- à – dia.
3) Alianças e personificação dos “espíritos” – os espíritos podem vir de
planos diferentes para prestar auxílio nos trabalhos rituais (o autor trata,
neste caso, da religião daimista).
4) Doença e cura – constituem os dois lados de uma mesma moeda.
Uma doença pode debilitar fisicamente uma pessoa, mas no processo de
cura, entidades são evocadas para livrar o indivíduo de alguma enfermi-
dade. Na maioria dos casos, quando uma pessoa apresenta uma doença,
existe um pensamento coletivo de que por trás de uma enfermidade existe
uma causa espiritual. Este sentido assemelha-se bastante ao pensamento
Zande estudado pelo antropólogo Evans – Pritchard, em sua obra: “Bru-
xaria, Oráculos e Magia entre os Azande” (1976), fala da analogia das duas
flechas na qual um pensamento corriqueiro tem a sua causa última no lado
espiritual, especialmente a doença.
Neste sentido, a antropóloga Maria Cristina Peláez96, ao estudar uma
65 comunidade daimista em Florianópolis, procurou analisar as representa-
• ções acerca de saúde, doença e cura na doutrina do Santo Daime. Na sua
concepção, a cura entre os daimistas é sempre uma “cura espiritual” e
curar-se espiritualmente é “curar-se na doutrina”, o qual envolve não só
um tratamento físico de doenças, mas também transformações da vida co-
tidiana, como por exemplo: personalidade, concepção corporal, concep-
ções de trabalho, relações familiares, relações com a sociedade e relações
com a natureza. 97
5) Guerra mística – em religiões ayahuasqueiras este aspecto tem a
sua validade, pois existem entidades de luz e seres trevosos. Somente para
exemplificar, na religião da linha de Mestre Daniel, há uma batalha cons-
tante entre os seres de luz versus os seres considerados inferiores. Há, portanto,
uma finalidade de conversão durante os rituais realizados.
6) Os dois lados do mundo – uma realidade visível supõe sempre uma
outra invisível. A forma como o indivíduo caminha diante do visível terá
o seu reflexo no invisível e vice – versa.
96 Peláez, No Mundo se Cura Tudo, 1997.
97 Peláez, No Mundo se Cura Tudo, 1997, p. 94.
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HIBRIDISMO RELIGIOSO
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O grupo estudado por ela pode ser reconhecido como um dos que
detém um conceito aberto inclusivo que, por sua vez, possibilita reconhe-
cer termos peculiares aos grupos neo – ayahuasqueiros tais como flui-
dez neo – ayahuasqueira, no sentido de que a dinâmica operada durante
as sessões, a incorporação de símbolos, as vivências, as práticas orientais
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E TEM LETRA? A POLITICA
PRESENTE NAS COMPOSIÇÕES
DE HEAVY METAL A PARTIR
DE TRABALHOS DAS BANDAS
NAPALM DEATH, SACRED REICH E
SEPULTURA: UM ESTUDO DE CASO
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Wlisses James de Farias Silva
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parcela da sociedade, diante desses duros novos tempos que estavam pre-
senciando. Tal sentimento parece ser representado pela melancólica capa
do LP. De uma maneira ou de outra, as 22 músicas do disco refletem esses
sentimentos nessa era de incertezas que o mundo ocidental passava no
período. Mas, para efeito deste artigo será abordada somente uma música,
a faixa título, colocada como a décima segunda na sequência do disco.
Do ponto de vista sonoro, a faixa começa cadenciada, com um po-
deroso riff 142 de guitarra e uma bateria arrastada, que, juntos, vão ditando o
ritmo da música em uma crescente, até desbancar numa caótica avalanche
sonora, tendo á frente um vocal disforme e gritado, conhecido entre os
adeptos do heavy metal como “gutural”. Toda essa explosão sonora dura
apenas 1 minuto e 36 segundos.143 Em relação à letra, o titulo já nos trás
uma referência a crítica construída, em relação ao período em que a banda
vivenciava. Na primeira estrofe da letra, podemos ver os seguintes versos:
Comprometido com uma vida de escravidão
Nas fábricas que nossas próprias mãos construíram
Onde temos que trabalhar duas vezes o enxerto
85 Antes de ganhar as mercadorias que já arrastamos para
•
criar.144
142 Riffs podem ser definidos como pequenas ideias composicionais que servem como base
harmônica na música. In: Ribeiro. A Fúria da Melancolia, 2010.
143 Uma das características mais marcantes do grindcore são a intensidade e a duração das músicas
que raramente ultrapassam dois ou três minutos.
144 From Slavement to Obliteration, composição presente no LP intitulado From Slavement to
Obliteration, da banda Napalm Death, 1988.
145 From Slavement to Obliteration, composição presente no LP intitulado From Slavement to
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Wlisses James de Farias Silva
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149 A sigla “EP” vem do termo em inglês “extended play” e significa uma obra musical que contém
mais músicas do que um “single”. Daí o termo “extended”, indicando que o EP é um “single”
estendido, com mais faixas. Normalmente possuem de 4 a 6 faixas, posicionando-se como um
intermediário entre um “single” e um álbum (que, em geral, possui de 10 a 12 faixas ). Informações
disponíveis no endereço eletrônico: http://www.voxmusicstudio.com.br.
150 Sacred Reich, surf Nicarágua, Metal Blade Records, EP, 1988.
151 https://whiplash.net/materias/biografias/038630-sacredreich.html
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riffs poderosos, uma bateria rápida, além de uma grande variação rítmica
e de tempo no decorrer dos quatro minutos e quarenta segundos da mú-
sica.152
Na parte lírica, a música é escrita pelo vocalista Phil Bind e possui
contundentes posicionamentos políticos, expressando opiniões mescladas
com doses de ironia sobre o modus operandi das ações Norte Americanos
nos países da América Latina, além da propaganda ideológica que o gover-
no estadunidense tenta impor para o cidadão comum de seu pais. Neste
aspecto, vamos aos versos da canção:
Eu conheço um lugar
Onde está tudo a ir
Eles pagarão para você matar
Se você tiver dezoito anos de idade
Primeiro você vai precisar de um corte de cabelo
E, em seguida, algumas roupas novas
Eles vão colocar você em uma selva
Para jogar G.I. Joe.153
88
• Na primeira estrofe da letra, os autores começam com um tom de
ironia, como se estivessem em um anúncio de empregos, procurando jo-
vens para um novo “serviço”. 154 Tratando a situação com certa dose de
humor, a banda fala aos jovens que há certas imposições para o trabalho,
mas, apresenta como “vantagem” o fato de que, além de receber, o jovem
ainda poderá ganhar roupas novas,155 ir para uma selva e ainda brincar de
um famoso brinquedo, bastante popular nos Estados Unidos do começo
dos anos 1980.
Logo em seguida, a letra continua com seu refrão:
Você luta pela democracia
E o “modo americano”
Mas você não está em seu país
“O que estou fazendo aqui?” você diz
152 Diferente do grindcore, o thrash metal se caracteriza por músicas mais longas.
153 Surf Nicarágua, composição presente no EP intitulado, Surf Nicarágua, da banda Sacred
Reich, 1988.
154 Vale lembrar aqui que, neste período histórico, os Estados Unidos estavam sob a égide de
Ronald Reagan e suas políticas neoliberais, levando o país a um crescente índice de desemprego.
155 Ironia em relação ao uniforme.
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Reich, 1988.
159 Tendo como pioneiros os fanzines Rock Brigade, que depois virou revista, editado em São
Paulo e a revista Metal, editada no Rio de Janeiro. Ambas as publicações já estão fora de circulação.
160 Festival de rock ocorrido no Rio de Janeiro que em seu cast contou com algumas das mais
importantes bandas de heavy metal da época como Iron Maiden, AC\DC, Scorpions, Ozzy
Osbourne, etc.
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164 Refuse, resist, composição presente no LP intitulado, Chaos ad, da banda Sepultura, 1993.
165 Refuse, resist, composição presente no LP intitulado, Chaos ad, da banda Sepultura, 1993.
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Alarme total
Estou cansado disto.
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GILBERTO FREYRE E O
LUSOTROPICALISMO COLONIAL:
REPRESENTAÇÕES SOBRE O
BRASIL NA MÚSICA E NA CULTURA
EM CABO VERDE168
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201 Almada, Caboverdianidade & Tropicalismo, 1992; Arenas, Reverberações lusotropicais, 2010.
202 Nogueira, Brasilin, 2007, p. 76.
203 O compositor Pedro Rodrigues nasceu na Ilha do Fogo e se mudou para Angola com a família
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•
aos 07 anos de idade, país onde vive até hoje. Fonte: entrevista de Pedro Rodrigues à RCT TV,
Televisão de Cabo Verde, em 15 de maio de 2016. Disponível em: https://bit.ly/2Lpzrjm, acesso
em 02 de novembro de 2017.
204 O compositor Pedro Rodrigues nasceu na Ilha do Fogo e se mudou para Angola com a família
aos 07 anos de idade, país onde vive até hoje. Fonte: entrevista de Pedro Rodrigues à RCT TV,
Televisão de Cabo Verde, em 15 de maio de 2016. Disponível em: https://bit.ly/2Lpzrjm, acesso
em 02 de novembro de 2017.
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Quadro I – Letras das musicas Brasil (nos sonho azul) e Carnaval de São
Vicente
Brasil (Nos Sonho Azul) Carnaval de São Vicente
Voz: Nancy Vieira Voz: Cesária Évora
Compositor: B. Leza Letra e musica: Pedro M. Rodrigues
Bem conchê ess terra morena J’a’m conchia São Vicente
Ondê que cada criola é um serena Na sê ligria na sê sabura
Bem, q’ês nos céu tambê é de anil Ma ‘m ca pud fazê ideia
Êss nos terra piquinina S’na carnaval era mas sab
É um padacinho di Brasil
Eu já conhecia São Vicente
Vem conhecer essa terra morena Sua alegria e seu sabor
Onde cada crioula é uma sereia Mas não fazia ideia
Vem, que o nosso céu também é de anil Que durante o carnaval era melhor
Esta nossa terra pequenina
São Vicente é um brasilin
É um pedacinho do Brasil Chei di ligria chei di cor
Ness três dia di loucura
Brasil, qui nos tudo tem na peito Ca ten guerra ê carnaval
Brasil, qui no ta sinti na sangue Ness morabeza sen igual
Brasil, bo é nos irmão
Sim c’ma nos bo é morena São Vicente é um brasilzinho
Brasil no crebu txeu, no crebu txeu, di coração Cheio de alegria e cheio de cor
Nesses três dias de loucura
Brasil, que todos temos no peito Não tem brigas pois é carnaval
107 Nessa fraternidade sem igual
Brasil, que sentimos no sangue
• Brasil, tu és nosso irmão
Assim como nós, tu és moreno Nô ten un fistinha mas sossego
Brasil, te queremos muito, te queremos de coração Ca bô exitá bô podê entrá
Coque e bafa ca ta faltá
Vento qui ta bem di sul Hôje é dia di carnaval
Ta trazê na ses cantos acenos di Brasil
Temos uma festinha tão sossegada
Si no ca ta bai, es ca ta dixanu
Não hesite, você pode participar
Brasil bo é nos sonho
Tem muita comida e muita bebida
Bo é nos sonho azul
Hoje é dia de carnaval
Os ventos que vêm do Sul
São Vicente é um brasilin
Trazem nos seus cantos, acenos do Brasil
Chei di ligria chei di cor
Se não formos, não nos deixam
Ness três dia di loucura
Brasil, tu és o nosso sonho
Ca ten guerra ê carnaval
Tu és o nosso sonho azul
Ness morabeza sen igual
Fonte: https://goo.gl/WXnWWt
Fonte: https://bit.ly/1A2YTkF
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Francisco Bento da Silva
ção territorial entre os dois países, que torna Cabo Verde diminuto frente
ao Brasil continental. Pode ser um pedaço afetivo, de países com culturas
parecidas, de laços fraternais e de parentesco. Também poderia ser enten-
dido Cabo Verde como um pedacinho de natureza do Brasil do litoral e
das representações tropicais: terra paradisíaca, céu azul, mar azul, gente
amorenada pelas misturas étnicas e pelo sol constante que se projeta em
ambos os territórios.
O Brasil imaginado por B. Leza poderia então ser encontrado em
Cabo Verde. Assim, ele se abraça a Gilberto Freyre na mesma narrativa
discursiva de uma natureza idílica e tropical. Essa aproximação se torna
mais intensa se levarmos em consideração o que seria o titulo original da
musica: “Gilberto Freyre”. Esta é uma possibilidade recente lançada pela
pesquisadora Gláucia Nogueira. Diz ela, “acredito que essa música tinha
o título original “Gilberto Freire”, por haver na Sociedade Portuguesa de
Autores o registro de uma composição de B. Léza com esse título (aliás,
grafado errado. Está escrito ‘Gilberto Freira’)”. 205
108 Os cabo-verdianos carregariam então este Brasil metonímico e ima-
• ginado no peito, no sangue e no coração como algo denso e duradouro. O
Brasil é Cabo Verde e Cabo verde é o Brasil. Um sonho distante e próxi-
mo, marcado pelo azul das águas do Atlântico e pelo anilado do céu tropi-
cal que uniria o Brasil ao Cabo Verde. Quase que concomitante à viagem
do sociólogo pernambucano, B. Leza abraça então as representações de
Gilberto Freyre quando este querendo exaltar a sua “tese” da tropicologia,
da mestiçagem convergente e da obra que “o português criou” destaca
aproximações geo-culturais entre a antiga colônia portuguesa na América
e aquela ainda colônia na África.
Na letra da musica de Pedro Rodrigues temos na primeira estrofe
alguém de outra ilha que chega à Ilha de São Vicente durante a semana
de carnaval e fica encantado com a festa popular. O eu lírico que chega,
parece ser o próprio autor, nascido na Ilha do Fogo e desde criança um
emigrado que vive em Angola até hoje. A única estrofe em que o Brasil
é destacado é a segunda, que se repete como quarta estrofe. Isso porque
o carnaval de São Vicente, narrado como “festa sem igual”, “sossegada”
205 Conversa via e-mail com o autor deste texto, datada de 31 de outubro de 2017.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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dos ilhéus cabo-verdianos, Freyre parece atestar que o “atraso” local era
obra da “deficiente” atuação colonizadora que não conseguiu aportugue-
sar o suficiente as gentes locais das camadas mais pobres ainda muito
“africanóides” segundo Freyre (1953). Talvez por isso tenha restado a ele a
correlação de Cabo Verde com os trópicos do Brasiçl, com o seu nordeste
afetuoso, do que com a Europa portuguesa. Porem, uma “terra portugue-
sa” sem identidade própria, que não deveria ter autonomia e em escala de
grandeza (cultural, geográfica, econômica e social) muito inferior do Brasil
ao qual se queria comparar e era comparado.
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. “Por uma história acre: saberes
e sabores da escrita historiográfica”, pp. 111-134. In: ALBUQUERQUE, Gerson
Rodrigues de & ANTONACCI, Maria Antonieta. Desde as Amazônias: coló-
quios. Volume I. Rio Branco: Nepan, 2014.
ALMADA , David Hopffer. Caboverdianidade & Tropicalismo, Jornadas de
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Sumário
Francisco Bento da Silva
Sumário
PERSPECTIVAS METODOLÓGICAS
DE ESCRITOS HISTORIOGRÁFICOS
SOBRE AS AMAZÔNIAS ENTRE AS
DÉCADAS DE 1950 A 2000
Sumário
Daniel da Silva Klein
Sumário
Daniel da Silva Klein
Sumário
Daniel da Silva Klein
bano abriu seringais vindo a falecer na década de 1890. Uma das vilas que
fundou foi Canutama, que se transformou em um entreposto comercial a
partir de 1880. 225Os textos de Sobrinho trazem uma chave para compre-
endermos o processo de ocupação da Amazônia na fronteira de expansão
da exploração da borracha: de que o Vale do Rio Purus, incluindo aí o
de seu maior tributário, o Acre, foi ocupado tardiamente em comparação
com outras regiões da Amazônia.
Em 1882 o ciclo da borracha já era uma realidade para determina-
dos lugares, impulsionando o crescimento das cidades de Manaus e Be-
lém. Nessa data, porém, o Acre começava a ser ocupado com aquilo que
Sobrinho chama de barracas demonstradoras de posse, ou seja, ao longo
do rio os seringalistas abriam um seringal e colocavam na clareira sede da
propriedade um trabalhador, que ficava ali montando o empreendimento
até que fosse lentamente ocupado.
Os cenários que vão emergindo da ocupação dos rios Purus e Acre,
nos textos de Sobrinho, são, muitas vezes, contrastantes com os que nos
119 apresentam Tocantins e outros autores. Segundo ele em 1886 os povoa-
• dores de toda essa região eram muito poucos, encontrando-se em agrupa-
mentos de famílias
[...] só às margens dos rios, e a grande distância uma das
outras, constituindo centros de exploração da goma elástica,
com algum plantio de arroz, cana de açúcar e bananeiras
existindo ainda em lugares inexplorados ou errantes os
antigos moradores das selvas. 226
Sumário
Daniel da Silva Klein
227 Vilhaça, Arthur Cezar Ferreira Reis, 2010; Pacheco, A narrativa heróico-nacionalista de Arthur
Reis, 2012, p. 01.
Sumário
Daniel da Silva Klein
Sumário
Daniel da Silva Klein
panhia limitada agiam pelo globo como aves de rapina, mas o historiador
não fala muito da conivência dos seringalistas, aviadores e políticos da
Amazônia para com esse saque. Permanece em grande parte mudo a res-
peito desse tema, isso sem falar que não dedica espaço para com a própria
organização hierárquica da cadeia de aviamento e das rotinas estafantes de
trabalho impostas aos seringueiros.
Seu silêncio demonstra que não era interessante elaborar uma crítica
a determinados elementos da cadeia de aviamento, tendo em vista que
se assim procedesse poderia atacar seus pares, logo, aqueles que o sus-
tentavam no poder. Pode-se atenuar essa afirmativa, porém, se situarmos
alguns aspectos das críticas que Reis tece às elites amazônicas.
Segundo Pacheco, Arthur Reis reconhecia que a lógica de ocupação
da Amazônia orientava-se por um ideal de acampamento, onde a econo-
mia se mantinha a partir da condição de exportadora de produtos primá-
rios. Pacheco diz que o autor creditava a essa condição o atraso econômico
e social da Amazônia230.
122 No mais entendia que os planos governamentais para a Amazônia
• não tinham continuidade e que havia uma inação por parte das elites locais
em superar sua condição dependente, o que era evidência da falta de um
empenho maior em prol da nação. 231 Como podemos notar as críticas de
Reis, ainda assim, direcionam-se para entidades genéricas, planos impesso-
ais e a inaptidão por parte das elites em assumirem um nacionalismo ade-
quado, ou seja, que não se oriente por uma economia agrário-exportadora.
A ECONOMIA DA AMAZÔNIA
Sumário
Daniel da Silva Klein
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Daniel da Silva Klein
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Daniel da Silva Klein
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Daniel da Silva Klein
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Daniel da Silva Klein
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Daniel da Silva Klein
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sumário
Daniel da Silva Klein
Sumário
Teresa Almeida Cruz
O FAZER-SE DO MOVIMENTO DE
MULHERESCAMPONESAS DO ACRE:
30 ANOS DE ORGANIZAÇÃO E
LUTAS
Sumário
sociais de gênero e destes com a natureza. Assim forjaram uma identidade
coletiva criada pelo próprio movimento, tornando-se novas personagens
na cena histórica acreana, constituindo-se nestas lutas por direitos a partir
da experiência cotidiana.
Mais uma vez nos inspiramos em Thompson, pois destacamos nes-
te texto a experiência humana, considerada por ele, como o “termo ausen-
te” na obra de Marx. Na crítica que ele faz ao estruturalismo de Althusser,
outro historiador inglês, afirma que:
O que descobrimos (em minha opinião) está num termo que
falta: “experiência humana”. É esse exatamente o termo que
Althusser e seus seguidores desejam expulsar, sob injúrias,
do clube do pensamento, como o nome de “empirismo”.
Os homens e mulheres também retornam como sujeitos,
dentro deste termo – não como sujeitos autônomos,
“indivíduos livres”, mas como pessoas que experimentam
suas situações e relações produtivas determinadas como
necessidades e interesses e como antagonismos, e em
seguida “tratam” essa experiência em sua consciência e sua
cultura (as duas outras expressões excluídas pela prática
teórica) das mais complexas maneiras (sim “relativamente
autônomas”) e em seguida (muitas vezes, mas nem sempre,
através das estruturas de classe resultantes) agem por sua
vez, sobre sua situação determinada. 259
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Teresa Almeida Cruz
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Teresa Almeida Cruz
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Teresa Almeida Cruz
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Teresa Almeida Cruz
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267 Branco, entrevista concedida a Teresa Almeida Cruz. Rio Branco, 2014.
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Teresa Almeida Cruz
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270 Expedições organizadas por seringalistas que contavam com a presença de seringueiros que
atacavam as malocas indígenas, matando os homens e aprisionando mulheres e crianças, para tomar
contar dos territórios indígenas a fim de abrir as estradas de seringa para a produção da borracha.
Sumário
Teresa Almeida Cruz
Sumário
Teresa Almeida Cruz
272 Cordeiro, entrevista concedida a Teresa Almeida Cruz. Luziânia, GO, 2015.
Sumário
Teresa Almeida Cruz
FONTES ORAIS
149
ARAÚJO, Terezinha de Jesus. Entrevista concedida a Teresa Almeida Cruz. Rio
• Branco, 2017.
CORDEIRO, Rosangela Piovizani. Entrevista concedida a Teresa Almeida Cruz.
Luziânia, GO, 2015.
BRANCO, Geovana Nascimento Castelo. Entrevista concedida a Teresa Almei-
da Cruz. Rio Branco, 2014.
FERREIRA, Maria Alvenásio. Entrevista concedida a Teresa Almeida Cruz. Rio
Branco, 02 de outubro de 2001.
TAVARES, Sandra Arruda. Entrevista concedida a Teresa Almeida Cruz. Rio
Branco, julho de 2000.
Sumário
José Sávio da Costa Maia
SERINGUEIROS, GLOBALIZAÇÃO
E A HISTÓRIA: NECESSIDADE DE
NOVOS PARADIGMAS?
Sumário
conclamação sobre “um outro mundo possível”, do Fórum Social Mun-
dial, situações enfim, produtoras de complexidades.
São muitas as tonalidades com que se tenta ilustrar o mundo con-
temporâneo e, embora todas utilizem a mesma matéria-prima, ou seja, as
relações socioeconômicas, socioculturais e políticas que se desenvolvem
nas mais variadas partes do planeta, os resultados são multiplicidades e
ambivalências.
Visões que apresentam os piores receios, ou as melhores esperanças
para a humanidade, permeiam o campo da História. Não é fácil encontrar
uma quilha forte o suficiente para romper esse mar tão revolto, mas não se
pode, todavia, deixar prevalecer o medo e a falta de vontade, ou mesmo, o
pessimismo de não tentar atravessá-lo. Adotar qualquer outra atitude seria
antidialético.
Diante de contexto tão convulsionado por estranhamentos e dile-
mas, não nos cabe discutir se a História, como ela foi exprimida até agora,
está certa ou errada. Devemos naturalmente entender que ela obedeceu
às condicionantes vivenciadas por seus atores, sujeitos, objetos, contin-
gências históricas temporais, espaciais, conjunturas econômicas, políticas,
enfim, de um universo plural tanto mental como econômico, político e
sociocultural.
O que levou teóricos como Hegel, Droysem, Nietzsche e Croce a
romper com o mito da objetividade, que predominava entre os discípulos
de Ranke, não pode ser desconsiderado em qualquer análise historiográ-
fica. As narrativas ou metanarrativas, em que pese, por exemplo, a crítica
aguda de Lévi-Strauss, de que são “esquemas fraudulentos”, que os fatos
históricos não são “dados”, mas antes, são “constituídos” pelo próprio
historiador; que ela não é ciência mesmo que tenha um “método”, mesmo
com tudo isso, ele conclui enfocando a importância dela para tal, “graças
a suas operações de inventariação”. 277
Sem querer alongar a permanência num campo repleto de diversida-
de como esse, temos que reconhecer a tarefa do historiador, pertença ele
a qualquer tipo de concepção, represente-a dentro do padrão quaternário;
do historicismo; seja relativista; seja construtor de memorização; busque a
277 Paz, Na poética da História, 1996, p. 148.
José Sávio da Costa Maia
razão; seja mítico, quaisquer dessas atitudes que venha a adotar, todas elas
contribuem enfim, para a formação de um corpus onde se pode abstrair
lições, outras formulações, articular enunciados, ou mesmo estabelecer a
vontade de verdade, entendendo a verdade como porosa, passível de ser
atravessada por outras verdades. Paz desenvolve assim esse contexto:
Na cultura clássica, o discurso verdadeiro é pronunciado
por quem tem o direito de pronunciá-lo e de acordo com
um dado ritual. Discurso profético, ele trama o destino
dos homens e remete a verdade ao discurso a quem o
pronuncia. Mais tarde, a verdade desloca-se para o que se
diz, distanciando-se do ato ritualizado e situando-se no
sentido, na forma ou no objeto do discurso. Mas é a partir
do Renascimento que vemos o desenvolvimento de uma
nova vontade de saber, marcada pela observação, medição
e classificação do objeto. Ao sujeito conhecedor impõe-se
uma posição, isto é, uma forma específica do olhar que
garanta a verificabilidade e a utilidade do conhecimento. 278
152 E completa:
•
A verdade científica difere da verdade clássica tanto pelos
objetos como, principalmente, pelas técnicas que utiliza.
A ciência econômica, por exemplo, apóia-se na razão; a
ciência penal, na sociologia, psicologia e psiquiatria. E a
ciência histórica, por sua vez, nesta exata contribuição de
múltiplas técnicas de saberes. Qual seja, em face de nova
vontade de verdade – profunda e incontrolável – todo
conhecimento contemporâneo faz-se ciência. 279
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José Sávio da Costa Maia
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José Sávio da Costa Maia
espaço e o tempo com sua morada histórica. Pois, o homem culto é aquele
que cultiva essa ciência e essa consciência, portanto, não constitui tarefa
fácil compreender as formas de reprodução social que se estabelecem nes-
ses espaços geo-ambientais destas fronteiras. Não seria demais, também,
pensar no sentido com que Thompson discute o conceito de experiência,
entendendo-a como algo que “é determinada pelo ser social”. Na miséria
da Teoria, discutindo o “Termo Ausente: Experiência”, Thompson (1981)
adverte:
Creio que descobrimos uma coisa, de significação ainda
maior para todo o projeto do socialismo. Introduzi, algumas
páginas atrás, outro termo médio necessário, “cultura”. E
verificamos que, com “experiência” e “cultura”, estamos
num ponto de junção de outro tipo. Pois as pessoas não
experimentam sua própria experiência apenas como ideias,
no âmbito do pensamento e de seus procedimentos, ou
(como supõem alguns praticantes teóricos) como instinto
proletário etc. Elas também experimentam suas experiências
160 como sentimento e lidam com esses sentimentos na cultura,
• como normas, obrigações familiares e de parentesco, e
reciprocidades, como valores ou (através de formas mais
elaboradas) na arte ou nas convicções religiosas. Essa
metade da cultura (e é uma metade completa) pode ser
descrita como consciência afetiva e moral.
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José Sávio da Costa Maia
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José Sávio da Costa Maia
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José Sávio da Costa Maia
290 Gunder Frank; Fuentes, Des teses acerca dos movimentos sociais, 1989, pp. 32-33.
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REFERÊNCIAS
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José Sávio da Costa Maia
165
•
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Sérgio Roberto Gomes de Souza
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tropical foi também formadora da identidade européia, considerando que
os aspectos negativos a ela associados, expressavam-se de maneira contrá-
ria nas regiões de clima temperado. Assim, além de calor, umidade, insetos
e doenças, os trópicos também passaram a ser representados enquanto
espaços de “barbárie”, onde imperava a absoluta ausência de “civilidade”.
293
Euclides da Cunha, ao tratar sobre os habitantes da Amazônia, ressalta
que, já em 1762, o bispo do Grão Pará, Fr. João de São José, havia feito o
registro de que a raiz dos vícios da terra era a preguiça, resumindo algumas
comportamentos que seriam corriqueiros na região: “lascívia, bebedice e
furto”.294 Na sequência, utilizando como referência os escritos de Russel
Wallace, afirma que os mesmos traduziam o que disse o mencionado re-
ligioso no século XVIII, considerando que a sociedade amazônica passa-
va aos olhos desse último viajante, “bebendo, dançando e mentindo”.295
Nesse caso, é importante observar o que diz Albert Memmi, para quem
“toda a vez que o colonizador afirma em sua linguagem que o colonizado
é fisicamente e moralmente fraco ele está sugerindo que esta fraqueza
precisa de proteção. 296
Dialogar com múltiplas abordagens sobre o tema, tendo como re-
ferência o Território Federal do Acre nas duas primeiras décadas do século
XX, constitui-se no principal objetivo desse capítulo. Nos escritos que
compõem o texto, diálogos/problemas envolvendo o clima e hábitos da
população, aparecem como pressupostos dos principais debates sobre os
quadros nosológicos existentes na região.
ABORDAGENS SOBRE O CLIMA
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Sérgio Roberto Gomes de Souza
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319 Lyra, Relatório Apresentado pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores, 1908, p. 03.
320 Eram caracterizados como “pessoal superior” os engenheiros e seus auxiliares, administradores,
contadores e chefes de almoxarife. Como “pessoal inferior” denominava-se os mateiros,
responsáveis por aberturas de picadas no interior da floresta, carregadores etc. In: Lyra, Relatório
Apresentado pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores, 1908, pp. 30-32.
321 A chegada de Bueno de Andrade e seus auxiliares a Cruzeiro do Sul ocorreu no dia 02 de
maio de 1907, sendo registrada pelo jornal O Cruzeiro do Sul na sua edição de nº 43. Entre outros
aspectos, destacou o periódico que a comissão vinha “desempenhar uma missão de consideráveis
vantagens para esta imensa e geralmente desconhecida região”. In: O Cruzeiro do Sul, 03 de maio
de 1907, ano II, nº 43, p. 02.
322 Lyra, Relatório Apresentado pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores, 1908, p. 35.
323 Lyra, Relatório Apresentado pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores, 1908, p. 35.
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Sérgio Roberto Gomes de Souza
324 Lyra, Relatório Apresentado pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores, 1908, p. 03.
325 Mariano, Relatório da Prefeitura do Departamento do Alto Purus, 1905, p. 11.
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Sérgio Roberto Gomes de Souza
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Sérgio Roberto Gomes de Souza
330 Cruz, Considerações gerais sobre as condições sanitárias do rio Madeira, 1910, p. 13.
331 Lyra, Relatório Apresentado pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores, 1908, p. 35.
332 Lyra, Relatório Apresentado pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores, 1908, p. 35.
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338 De Urgência, jornal O Alto Purus, Sena Madureira-AC, 14 de março de 1909, ano II, nº55,
p. 02.
339 Expressão utilizada de forma corriqueira por trabalhadores da cidade do Rio de Janeiro,
no início do século XX. Sobre o tema ver: CHALHOUB, Sidney. Trabalho, Lar e Botequim:
o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da Belle Époque, Campinas – SP, Editora da
Unicamp, 2001, pp. 247 a 255.
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Sérgio Roberto Gomes de Souza
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Sérgio Roberto Gomes de Souza
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Sérgio Roberto Gomes de Souza
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Sérgio Roberto Gomes de Souza
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Sérgio Roberto Gomes de Souza
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LYRA, Augusto Tavares de. Relatório apresentado pelo Ministro da Justiça e
Negócios Interiores, Augusto Tavares de Lyra, em março de 1908. Volume
I, Justiça Interior e Contabilidade.
MARIANO, Cândido José. Relatório do Prefeito do Alto Purus apresen-
tado ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores, em 19 de agosto de
185 1905, pelo prefeito Cândido José Mariano. Anexo H.InBRAZIL. Ministério
• da Justiça e Negócios Interiores. Relatório apresentado ao presidente dos Esta-
dos Unidos do Brasil pelo ministro Dr. J. J. Seabra. Volume II. Rio de Janeiro:
Imprensa Nacional, 1905. Disponível em <http.crl.edu/edu/bsd/bsd/u1893/
contents.html>, acesso em 22de janeiro de 2009.
__________, Cândido José. Relatório do Prefeito do Alto Purus apresen-
tado ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores, em 19 de agosto de
1906, pelo prefeito Cândido José Mariano. Anexo H.InBRAZIL. Ministério
da Justiça e Negócios Interiores. Relatório apresentado ao presidente dos Esta-
dos Unidos do Brasil pelo ministro Dr. J. J. Seabra. Volume II. Rio de Janeiro:
Imprensa Nacional, 1906. Disponível em <http.crl.edu/edu/bsd/bsd/u1893/
contents.html>, acesso em 22de janeiro de 2009.
__________, Cândido José. Relatório do Prefeito do Alto Purus apresen-
tado ao Ministro da Justiça e Negócios Interiores, Augusto Tavares de
Lyra, em 30 de janeiro de 1908, pelo prefeito Cândido José Mariano. Anexo
H.InBRAZIL. Ministério da Justiça e Negócios Interiores. Relatório apresentado
ao presidente dos Estados Unidos do Brasil pelo ministro Dr. J. J. Seabra. Volume
II. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1908.Disponível em <http.crl.edu/edu/
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Sumário
Sérgio Roberto Gomes de Souza
Periódicos
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O Cruzeiro do Sul, 18 de junho de 1911, ano VI, nº 163.
O Cruzeiro do Sul, 03 de maio de 1907, ano II, nº 43.
O Cruzeiro do Sul, 10 de junho de 1906, ano I, nº 06.
O Alto Purus, 14 de março de 1909, ano II, nº 55.
O Cruzeiro do Sul, 07 de abril de 1907, ano II, nº 39.
O Cruzeiro do Sul, 03 de maio de 1907, ano II, nº 43.
Folha do Acre, 01 de janeiro de 1911, ano I, nº 18.
186 O Cruzeiro do Sul, 02 de junho de 1927, ano II, nº 46.
•
Bibliografia
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Sérgio Roberto Gomes de Souza
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MEMMI, A. Retrato do colonizado precedido pelo retrato do colonizador. Rio
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187
•
Sumário
SOBRE OS AUTORES
189
•
Sumário
ISBN