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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E CIÊNCIA POLÍTICA

Disciplina: SPO 7603 – Sociologia da Educação – 2023.1


Carga Horária: 72h/a – 54 h/a teóricas e 18 h/a práticas (PPCC)
Curso: Ciências Sociais
Semestre: 6° fase
Pré-requisitos: (ANT7101, Introdução à Antropologia, SPO7102, Teoria Sociológica II e
SPO7103, Teoria Sociológica III)
Horário: Quinta-Feira, 18:30-22:30
Prof. Dr. Eduardo Vilar Bonaldi
eduvilarbon@gmail.com

Ementa

Análise dos aspectos históricos do desenvolvimento dos estudos clássicos e contemporâneos


da sociologia da educação. A educação no processo de produção e reprodução das relações
sociais.

Objetivo geral

Apresentar aos estudantes as periodizações fundamentais na área da sociologia da educação,


bem como suas correntes teóricas e problemas empíricos fundamentais, buscando fomentar,
a partir da reflexão acerca das perspectivas e resultados de pesquisa acumulados na área,
discussões formativas sobre a atividade docente.
Metodologia

Aulas expositivas. Apresentação de seminários por parte dos estudantes. Discussão de


excertos dos textos selecionados pelos estudantes durante as aulas. Elaboração de resenhas
como avaliação no curso.

Orientações sobre as resenhas


A partir da leitura do texto e da aula expositiva, os estudantes devem elaborar um mínimo de
cinco (5) resenhas durante o curso, atendo-se para as seguintes especificações: máx. de 2
pgs, fonte 12 e espaçamento 1,5.

Recomenda-se que a resenha busque apresentar:

I-) Uma exposição sucinta da principal ideia, conceito ou perspectiva do texto de acordo
com a leitura do estudante ou

II-) Uma breve comparação entre o autor(a)/texto referido e outro(a) autor(a)/texto abordado
durante o curso ou durante as demais disciplinas teóricas de sociologia.

Horário de atendimento aos estudantes

Ademais, permanecemos à disposição dos estudantes para agendamento (por e-mail) de


horários para atendimentos personalizados, indicando as sextas-feira, entre as 16:30 e
18:00, como horários preferenciais para esses atendimentos.

Carga horária, frequência e avaliação na disciplina

Carga horária semanal

Aula expositiva 1 hora/aula


Apresentação de seminário/Discussão de 1 hora/aula
excertos escolhidos pelos estudantes
Leituras semanais 2 horas/aula
Total da disciplina 4 horas/aula

Frequência e Avaliação

A frequência mínima de 70% de presença nas aulas do curso é condição necessária para a
aprovação no curso, condicionada, igualmente, à obtenção de média final seis (6,0) nas duas
atividades avaliativas propostas durante o curso, segundo a ponderação de peso para a
composição dessa média final descrita abaixo.
Avaliação

Entrega de resenhas 70% da nota final


*mínimo de CINCO (05) resenhas entregues para
alcançar nível mínimo de aprovação no curso
Apresentação de seminário nas aulas 30% da nota final
presenciais

Recuperação

Os estudantes que obtiverem notas finais entre 3 (três) e 5,5 (cinco e meio), terão direito à
recuperação através da reelaboração das resenhas durante as duas últimas semanas do
semestre, sob orientação do docente responsável pela disciplina.

Conteúdo programático e cronograma de leituras previsto


[Bibliografia disponibilizada no Moodle]

16/março As visões ‘funcionalistas’ sobre o lugar da educação nas sociedades modernas

Leitura Mínima

Durkheim, Émilie. A Educação, sua natureza e seu papel in ____ . Educação e Sociologia
Petrópolis: Vozes, 2011, pp. 43-73.

Leitura Complementar

Honorato, Gabriela. Natureza, treinamento e mérito: capital humano, estrutural-funcionalismo e


o imaginário liberal in Zuccarelli, C. e Honorato, G. (org.) Educação e sociedade: análises
sociológicas1. ed. Rio de Janeiro: Faculdade de Educação/UFRJ, 2022, p. 8-34.

Costa, Everton Garcia da. A educação na tradição sociológica funcionalista: uma análise
comparativa entre em Durkheim, Parsons e Luhmann. MAD, n 39, p. 83-99, 2018.

30/março
A persistência das desigualdades educacionais e a institucionalização da sociologia da
educação a partir de 1960

Silva, Tomaz T. A Sociologia da Educação entre o Funcionalismo e o Pós-Modernismo: os


Temas e os Problemas de uma Tradição (p.03-13) Em Aberto, ano 09, n° 46,1990.

Nogueira, Maria A. A Sociologia da Educação do Final dos Anos 60/lnício dos Anos 70: o
Nascimento do Paradigma da Reprodução (p. 49-59) Em Aberto, ano 09, n° 46,1990.
Leitura Complementar

Forquin, Jean-Claude. Sociologia das desigualdades de acesso à educação: Principais


orientações, principais resultados desde 1965 In: FORQUIN, Jean-Claude. (Org.)
Sociologia da Educação — Dez Anos de Pesquisa, Petrópolis: Vozes, 1995, p. 19-79.

06/abril O marxismo na sociologia da educação

Willis, Paul. Elementos de uma cultura in _____ . Aprendendo a trabalhar: Escola, resistência
e reprodução social. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. pp. 23-72.

Leitura Complementar

Dolby, Nadine; Dimitriadis, Greg e Willis, P. (org.) Learning to Labor in new times. Nova
Iorque e Londres: RouteLedgeFalmer, 2004.

Christovão, Ana Carolina e Muanis, Maria Comes. Teorias da reprodução: marxismo,


estruturalismo, desencanto e possibilidades de resistência liberal in Zuccarelli, C. e
Honorato, G. (org.) Educação e sociedade: análises sociológicas1. ed. Rio de Janeiro:
Faculdade de Educação/UFRJ, 2022, p. 35-72.

13/abril A perspectiva ‘culturalista’ de Pierre Bourdieu: capital cultural, habitus e reprodução


social

Bourdieu, Pierre. A escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura in


Nogueira, Maria Alice & Catani, Afranio (org.) Pierre Bourdieu - Escritos de Educação 11º
edição Petrópolis: Vozes, 2011, pp. 39-65.

Leitura Complementar

Bourdieu, P.; Passeron, J-C. Os Herdeiros: os estudantes e a cultura Florianópolis: ed. UFSC,
2014.
_____ . A Reprodução: elementos para uma teoria do ensino 3°ed. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1992.

20/abril As categorias do juízo professoral: como interações entre professores e alunos reproduzem
classificações de classe?

Bourdieu, Pierre & Saint-Martin, Monique. As categorias do juízo professoral in Nogueira,


Maria Alice & Catani, Afranio (org.) Pierre Bourdieu - Escritos de Educação 11º edição
Petrópolis: Vozes, 2011, pp. 185-217.

Becker, Howard. Variações de classe social na relação professor-aluno Política & Sociedade v.
18, n. 42, 2019.

27/abril A centralidade e a atualidade da noção de capital cultural

Draelants, Hughes e Ballatore, Magali. Capital cultural e reprodução escolar: um balanço


crítico. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 47, p. 6-35, 2021.

Leitura Complementar

Almeida, Ana Maria F. A noção de capital cultural é útil para se pensar o Brasil. In: Paixão, L.
P.; Zago, N. (org.). Sociologia da educação: pesquisa e realidade. Petrópolis: Vozes, 2007, p.
44-59.

Nogueira, Maria Alice.O capital cultural e a produção das desigualdades contemporâneas.


Cadernos de Pesquisa [online], v. 51, 2021.

4/mai O capital social e seus efeitos sobre estratégias/trajetórias de escolarização

Costa, Marcio & Koslinski, Mariane. O “quase-mercado” oculto: disputas por escolas ‘comuns ‘
no Rio de Janeiro. Cadernos de Pesquisa, v. 41, n.142, 2011.

Bonaldi, Eduardo V. ‘Eu e meus amigos’: capital social, estilos de vida e trajetórias
educacionais Política & Sociedade v. 1, n. 37, p. 348-376, 2018.

Leitura Complementar

Van Zanten, Agnès. A escolha dos outros: Julgamentos, estratégias e segregações escolares.
Educação em Revista. Belo Horizonte, v. 26, n. 03, p. 409-434, dez. 2010.

Alecu, Andreaa et al. Who do You know? The classed structure of social capital British
Journal of Sociology, n.1, 2022, p.1–31.

11/mai
Bernard Lahire e as desigualdades educacionais ‘intraclasse’: sucesso e fracasso escolar no
meio popular

Lahire, Bernard. Capítulo 1 [De ‘Contextualizar’ a ‘Por um procedimento experimental] in


____. Sucesso escolar nos meios populares: as razões do improvável São Paulo: Ática, 2008,
pp. 31-46.
&
Perfil 8: Recusa às coerções e “bloqueio” em relação à escrita (pp. 143-162); Perfil 12: Uma
reencarnação social (pp. 181-189); Perfil 23: Aqui tudo é ordem e regularidade… (pp. 288-295);
Perfil 25: Um caso “ideal” (303-312).

Leitura Complementar

Amândio, Sofia Lai. O fio constitutivo da sociologia empírica de Bernard Lahire, Sociologia,
Problemas e Práticas [Online], v. 76, p. 33-49, 2014.

18/mai Raça, gênero e educação: desigualdades de tratamento e de percepção na escola

Grant, Linda. O “lugar” das meninas negras em salas de aula dessegregadas [trad. Edson Correa
Nunes], publicado em Sociology of Education v. 57, n. 2, 1984.

Leitura Complementar
Barone, Carlo. Some Things Never Change Gender Segregation in Higher
Education across Eight Nations and Three Decades Sociology of Education v. 84, n.2,
p. 157-176, 2011.

Carvalho, M. P. Quem são os meninos que fracassam na escola? Cadernos de Pesquisa, v. 34,
n.121, pp. 11-40, 2004.

25/mai Duas temáticas de interesse: o “efeito escola” e a “repetência escolar”

Barbosa, Maria Ligia de O. A qualidade das escolas e as desigualdades raciais no Brasil in


Soares, Serguei et al. (org) Os mecanismos de discriminação racial nas escolas brasileiras
Brasília: IPEA, 2005.

Mandelert, D. e Tabac, Sarah. - A sociologia da repetência: o paradoxo meritocrático brasileiro


in Zuccarelli, C. e Honorato, G. (org.) Educação e sociedade: análises sociológicas1. ed. Rio
de Janeiro: Faculdade de Educação/UFRJ, 2022, p. 192-211.

Leitura Complementar

Gomes, Raquel Ferreira Rangel Gomes. A repetência no ensino médio brasileiro e francês.
Trabalho apresentado no 44º Encontro Anual da ANPOCS. GT06 - Ciências sociais e
educação: 2020.

01/junho Caracterização, expansão e qualidade da educação básica no Brasil

Koslinski, Mariane. et al. Estatísticas educacionais, qualidade e desigualdades educacionais na


educação básica in Zuccarelli, C. e Honorato, G. (org.) Educação e sociedade: análises
sociológicas1. ed. Rio de Janeiro: Faculdade de Educação/UFRJ, 2022, p. 164-191.

OCDE. A educação no Brasil: uma perspectiva internacional. Todos pela Educação.


Disponível em https://todospelaeducacao.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2021/06/A-
Educacao-no-Brasil_uma-perspectiva-internacional.pdf Acesso em 8 de dezembro de 2022.

Leitura Complementar

Ribeiro, Carlos C.; Ceneviva, Ricardo & Brito, Murilo M.A. Estratificação educacional entre
jovens no Brasil: 1960 a 2010, pp. 79-91 e 106-108 in Arretche, M. (org.) Trajetórias das
desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos São Paulo: Ed. Unesp,
CEM 2015, pp. 163-193.

15/junho A Reforma do Ensino Médio

Leitura Complementar

Lotta, Gabriela et al. Efeito de mudanças no contexto de implementação de uma reforma


multinível: análise do caso da Reforma do ensino médio no Brasil. Revista de Administração
Pública Rio de Janeiro, v. 55, n.2, 2021, p. 395-413.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO/SC Currículo Base do Ensino Médio no
território catarinense. Caderno 1: Disposições Gerais. Disponível em
http://www.cee.sc.gov.br/index.php/downloads/documentos-diversos/curriculo-base-do-
territorio-catarinense/2069-curriculo-base-do-territorio-catarinense-do-ensino-medio-caderno-
1/file Acesso em 8 de dezembro de 2022.

As recentes transformações do ensino superior no país

22/junho Ristoff, Dilvo. Democratização do Campus: Impactos dos programas de inclusão sobre o perfil
da graduação. Cadernos do GEA, v. 9, p. 9-62, 2016.

Lima, Raquel G. de. Para além do ‘trânsfuga’ de classe. A socialização plural em narrativas da
primeira geração de formados no ensino superior. Revista Brasileira de Ciências Sociais v.35,
n. 104, 2020.

Leitura Complementar

Neves, Clarissa Baeta e Martins, Carlos Benedito. Ensino Superior no Brasil: uma visão
abrangente in Dwyer, Tom et al (orgs) Jovens Universitários em um mundo em
transformação: uma pesquisa sino-brasileira Brasília: IPEA, 2016, p. 95-123.

Ribeiro, Carlos C.; Schlegel, Rogério Estratificação horizontal da educação superior no Brasil
(1960-2010), pp. 133-147 e 161-162 in Arretche, M. (org.) Trajetórias das desigualdades:
como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos São Paulo: Ed. Unesp, CEM 2015, pp.
163-193.

Salata, A. Ensino Superior no Brasil das últimas décadas: redução nas desigualdades de
acesso? Tempo Social, v.30, n.2, p. 219-253, 2018.

22/ junho Correção e devolução das resenhas


29/junho Recuperação
06/ julho Notas finais
Os estudantes em recuperação (mediante a entrega de notas que ocorrerá no dia 6 de
dezembro) poderão entregar as resenhas reformuladas (de acordo com as orientações do
docente responsável pela disciplina) até o dia 13 de dezembro de 2022.

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