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Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC)

Disciplina: Estatística
Curso: Engenharia mecânica

PROBABILIDADE
(Noções gerais e definições)

Profa. Dra. Lenita Agostinetto


prof.leagostinetto@uniplaclages.edu.br
Por que estudar Probalidade
na Estatística???

A maioria dos fenômenos que trata a


Estatística é de natureza aleatória ou
probabilística.

Portanto, o conhecimento dos aspectos


fundamentais do cálculo de probabilidades é
uma necessidade na Estatística Indutiva ou
Inferencial.
Probabilidade!!!
O que é Probabilidade???
É a medida das incertezas relacionadas a um evento.

É a chance de ocorrência de um evento (sorte e azar).

Resultados não previstos (Modelo probabilístico)

Exemplos:

• Probabilidade de jogar um dado e cair o número 2


• Chance de ser assaltado ao sair de casa
• Probabilidade de ganhar na loteria, no poker...
Modelo Determinístico X Modelo Probabilístico

Resultados previsíveis
Modelo Determinístico X Modelo Probabilístico

Risco/Chance

Resultados não previsíveis


Experimento aleatório
Experimento: verificar ou apurar os resultados

Aleatório: Não tem previsão ou precisão dos


resultados.

Experimentos ou fenômenos aleatórios são


aqueles que, mesmo repetidos várias vezes sob
condições semelhantes, apresentam resultados
imprevisíveis.
Propriedades do
Experimento aleatório

Todos os resultados são conhecidos.

Nenhum resultado é previsto.

Regularidade a longo prazo (n →∞)


Exemplo o lançamento de ...
Espaço amostral
É o conjunto de todos os possíveis
resultados de um experimento aleatório.

Representado por: S ou Ω

Experimento: Lançamento de um dado.

S = { 1,2,3,4,5,6}
Dois lançamentos sucessivos
de uma moeda...qual seria o
espaço amostral???
Classificação do espaço
amostral

Finito

Enumerável
Infinito
Não Enumerável
Espaço amostral Finito

Ex.: Retirar uma carta do baralho e verificar


qual é a cor.

S = { pretas, vermelhas}

Apenas 2 elementos = finito!


Espaço amostral Infinito

Enumerável:

Experimento: Lançamento de uma


moeda até saírem 5 caras.

S = { 5, 6, 7, 8...}
Espaço amostral Infinito

Não Enumerável:

Experimento: Tempo t até uma lâmpada


queimar.

S={0≤t}
Eventos
Qualquer subconjunto do espaço amostral
(S) de um experimento aleatório.
Restrição,
particularidade

S
Assim, qualquer que seja A, se A está contido em S,
então A é um evento de S.
Exemplo
Experimento: verificar o naipe de um
baralho.

S = { copas, ouro, paus, espada}

Evento A: retirar uma carta preta

A = { paus, espada}

A está inserido em S,
por isso é um subconjunto do espaço amostral!
Conceito Clássico de
Probabilidade
Se há “n (S)” possibilidades igualmente
prováveis, das quais uma deve ocorrer e,
destas, “n(A)” são consideradas como um
sucesso, então a probabilidade do resultado
ser um sucesso é de n (A)/n (S).

Supõe-se que todos os eventos tenham a mesma chance de


ocorrer (equiprováveis)

n(A) → eventos de interesse que podem ocorrer


n (S)→ eventos possíveis que podem ocorrer
Número de casos favoráveis

Número total de casos

Portanto se considerarmos um experimento aleátorio, sendo S o


espaço amostral, vamos admitir que todos os elementos de S
tenham a mesma chance de acontecer, então S é um conjunto
equiprovável.
Exemplos
Exemplo 1) Considerando o lançamento de uma
moeda e o evento A (obter cara).

S = { Ca, Co} → n(S) = 2


A = {Ca} → n (A) = 1

P (A) = 1/2

Portanto, ao lançarmos uma moeda equilibrada,


temos 50% de chance de que apareça cara na face
superior
Exemplo 2) Considerando o lançamento
de um dado, calcule:

a) A probabilidade do evento A (obter


número par na face superior).

b) A probabilidade do evento B (obter um


número 4 na face superior)
Exemplo 3) Uma urna contém bolas numeradas de
1 a 20, determine a probabilidade de que seja retirada
ao acaso um bola contendo um número múltiplo de 4:

n (S) = 20

n (A) = { 4,8,12,16,20}

n ( A) = 5

p (A) = n (A)/n (S)

p (A) = 5/20
p = 1/4 = 0,25 = 25%
Probabilidade Condicional
Quando há informações que provocam a
redução do espaço amostral!
Em uma conferência encontram-se reunidos Engenheiros
Civis, Engenheiros mecânicos e Engenheiros elétricos,
conforme indica a tabela abaixo. Uma mulher foi presidida
para compor a Comissão, determine a probabilidade de que
ela seja formada em Engenharia Mecânical.

Eng. Civil Eng. mecânicos Eng.


Elétricos
Homens 30 25 15
Mulheres 20 15 30
Exemplo 4) Dois dados honestos são lançados
simultaneamente. Determine a probabilidade de que a soma
dos números das faces voltadas para cima seja igual a 5:
Combinação de eventos
Experimento: lançamento de um dado.
S = {1,2,3,4,5,6}

Evento A: Face par


A = { 2,4,6}

Evento B: Face ≤ 3
B = { 1,2,3}

Evento C: Face 5
C = {5}
Eventos
complementares
Evento A: Face par

A = { 2,4,6}

A
A’ S

A’ = {1,3,5}
Eventos complementares
Um evento pode ocorrer ou não.

Sendo p a probabilidade que ele ocorra


(sucesso) e q a probabilidade que ele não
ocorra (insucesso), para um mesmo evento
sempre vai existir a relação:

p+q=1→q=1–p
Sabendo que a probabilidade de tirar o
número 4 no lançamento de um dado é p =
1/6.

Qual é a probabilidade de não tirar 4 no


lançamento?

q = 1 – p → q = 1 – 1/6 → q = 5/6
AUB = BUA

A B
S
Evento A: Face par SOMA!!!!
A = { 2,4,6}
AUB = { 1,2,3,4,6}
Evento B: Face ≤ 3
B = { 1,2,3}
A∩B = B∩A

Em comum! A B

S
Evento A: Face par
A = { 2,4,6}
A∩B = {2}
Evento B: Face ≤ 3
B = { 1,2,3}
União de probabilidades

p(AUB) = p(A) + p(B) – p(A∩B)

Uma urna contém bolas numeradas de


1 a 20. Determine a probabilidade de que
seja retirada uma bola contendo um número
par ou menor que 6.
Eventos independentes
Dizemos que dois eventos são independentes
quando a realização ou a não realização de um dos
eventos não afeta a probabilidade da realização do
outro e vice-versa.

Então, se dois eventos são independentes, a


probabilidade de que eles se realizem simultaneamente é
igual ao produto das probabilidades de realização dos
dois eventos.
p = p1 X p2
p = probabilidade que os dois eventos ocorram simultaneamente
p1 = probabilidade de realização do primeiro evento
p2 = probabilidade de realização do segundo evento
Por exemplo, quando lançamos dois dados, o
resultado obtido em um deles independe do
resultado do outro.

Se considerarmos que a probabilidade de obtermos


1 no primeiro dado é p1 = 1/6 e 5 no segundo é p2
=1/6.

Então qual será a probabilidade de obtermos


simultaneamente 1 no primeiro e 5 no segundo?

p = p1 X p2

p = 1/6 x 1/6 = 1/36


Um dado e uma moeda são lançados. Determine a
probabilidade de ocorrer cara na moeda e a face 6 no
dado.

Evento A (p1) Evento B (p2)


cara face 6 dado

n(A) = 1 n(B) = 1
n(S) = 2 n(S) = 6
p1 = 1/2 p2 = 1/6
p = p1 X p2

p = 1/2 X 1/6

p = 1/12
Três moedas são lançadas. Determine a
probabilidade de que ocorram três caras.

K K K
P1 = Moeda 1: ½
P2 = Moeda 2: Moeda 2: ½
P3 = Moeda 3: Moeda 2: ½

P(A) = p1 + p2 + p3
P(A) = ½ x ½ x ½ = 1/8
Eventos mutuamente
exclusivos
Disjuntos!!!

A C

S
Evento A: Face par
A = { 2,4,6}
A∩C=
Evento C: Face 5
C = {5} Evento impossível
Eventos mutuamente
exclusivos
Dois ou mais eventos são mutuamente
exclusivos quando a realização de um exclui a
realização do (s) outro (s).

Assim, se dois eventos são mutuamente


exclusivos, a probabilidade de que um ou outro se
realize é igual a soma das probabilidades de que
cada um deles se realize:

p = p1 + p2
Se lançarmos um dado, qual a
probabilidade de tirarmos o 3 (evento A)
ou o 5 (Evento B)?
p do Evento A (p1)

p1 = 1/6

p do Evento B (p2)

p2 = 1/6 p = p1 + p2
p = 1/6 + 1/6
p = 2/6 = 1/3
Três moedas são lançadas. Determine a
probabilidade de que ocorram duas caras e uma
coroa.

K K C → ½ x ½ x ½ = 1/8
K C K → ½ x ½ x ½ = 1/8
C K K →½ x ½ x ½ = 1/8

p = p1 + p2 + p3

p = 1/8 + 1/8 + 1/8 = 3/8


Agora vamos exercitar!!!

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