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Acidentalmente, em 1912, quando o jovem inventor e empresário afro americano Garret August
Morgan, trabalhando com máquinas de costura em sua recém-inaugurada alfaiataria, negócio que ele
tinha aberto com a esposa Mary, que tinha experiência como costureira, descobriu um líquido que
impedia de fazer a máquina de costura queimar tecidos enquanto costurava o que era um problema
comum na época, subsequentemente notou que os cabelos do pano ficavam retos com a solução.
Depois de testar a sua solução com um bom efeito no pelo de um cão vizinho, Morgan resolveu testar
em si mesmo. Quando isso funcionou, ele rapidamente estabeleceu a G. A. Morgan Cabelo Refining
Company e passa a comercializar um creme alisante para os cabelos para os afro-americanos. A
empresa foi incrivelmente bem sucedida, trazendo segurança financeira a Morgan e permitindo-lhe
perseguir outros interesses, enganando seus clientes racistas, se passando por índio e escondendo
suas origens, em uma época em que o racismo era justificado por teorias racialistas, que subjugavam a
autoestima e reconhecimento de negros e negras. Suas propagandas eram impregnadas do racismo
latente da época. Com a promessa de “melhorar” a aparência e “tratar” o cabelo crespo.
EVOLUÇÃO DO ALISAMENTO CAPILAR NO BRASIL:
Foi só
Antes disso, o alisamento nos fios surge em 1930, e é feito mecanicamente com um aparelho
chamado cabelisador: Uma haste de metal levada à brasa ou ao fogão. Depois de quente, o
acessório era aplicado no cabelo e pronto, tinha sua textura modificada, mas sem eliminar, de fato,
as ondulações, como usava a atriz Greta Garbo. É claro que esse processo tão arcaico causava
danos, ainda mais que naquela época não havia protetores de calor.
Em 1940, chega ao Brasil a moda do pente quente, processo ainda mecânico parecido com o
cabelisador. Só em 1960 houve um boom do alisamento e uma queda em 1970 com a era hippie,
era o tempo do Black Power, de Jackson 5, em que a espontaneidade e o orgulho do cabelo
dominavam o cenário.
Correndo na contramão, a empresa Relaxer lança o Lye Relaxer, alisamento com
hidróxido de potássio. Entretanto, o ativo era muito agressivo e danificava demais as
madeixas, causando até alopecia.
Em 1980: surgiu o tioglicolato de amônio usado com bigoudis. Era o permanente, com
objetivo de encaracolar as lisas, já que a onda era ter volume, como a musa Madonna.
Todavia, no final da década, começaram a aparecer algumas técnicas de alisamento.
O processo químico para alisar ou cachear o cabelo era o mesmo. A diferença é que o cabelo era enrolado ou
esticado durante o processo. Surge também a touca de gesso, uma mistura de farinha de trigo com tioglicolato
de amônio e também os henês. Nesse período, nasce o nome “relaxamento”, que vem de Relaxer. Entretanto,
o produto continha fórmulas menos agressivas e maior poder de alisamento e reparação.
Nos últimos anos do século 20, a febre era a cabeleira lisa e chapada. Além da popularização da prancha,
nasceu a onda criada pelo cabeleireiro Satoru Nagata, que aprimorou uma técnica turca e batizou de
alisamento japonês (que também é chamado de escova definitiva)! a base de tioglicolato de amônio, o
processo danificava bastante os fios e tinha um resultado artificial. Era muita agressão, pois, além de passar o
produto, era preciso enxaguar e chapar muitas vezes, sensibilizando e quebrando as madeixas, principalmente
no retoque de raiz.
Em 2003, roubando a cena a técnica definitiva da escova progressiva à base de formol
despontou no subúrbio do Rio de Janeiro e se espalhou por todo o País. A iniciativa dos
cabeleireiros proporcionava cabelos lisos e brilhantes por três meses. Entretanto, como o ativo
causava diversos danos à saúde, inclusive casos de morte, a Anvisa inicia a guerra contra a
substância e proíbe seu uso para alisamentos, permitindo apenas 0,2% na fórmula dos produtos
– quantidade suficiente para conservá-los.
Atualmente com a proibição do formol, o mercado investe em fórmulas alisantes livres dele. É o
caso do alisamento light, dos redutores de volume, realinhamento térmico e escovas definitivas.
Após surgir como um dos substitutos do formol, o ácido glioxílico, foi proibido em 2014. pois ao
esquentá-lo com a prancha, libera formaldeído! Hoje, as substâncias permitidas são: tioglicolato
de amônio, carbonato de guanidina, hidróxido de guanidina de sódio, potássio, lítio e cálcio.
Portanto é super importante a atenção dos cabeleireiros na hora de aplicar esses produtos nos
cabelos, com tantos nomes bonitos e marcas investindo pesado em publicidade, não se pode
deixar de conferir os rótulos dos produtos e nem deixar de realizar o teste de mecha, para saber
a compatibilidade do produto para cada tipo de cabelo. Afinal, ninguém passa química nos
cabelos desejando ficar careca ou ter algum prejuízo com a saúde.
Com tantos tipos de alisamento de cabelo no mercado, fica até difícil entender a diferença entre
cada um deles, por isso, buscamos esclarecer aqui todas as diferenças entre eles.
Tipos de alisamento de cabelo:
Escova definitiva
A escova definitiva é uma técnica de alisamento que deixa os fios ondulados, cacheados
ou crespos permanentemente lisos, pois muda definitivamente a estrutura do fio até que
um novo cresça sem a química. Confira abaixo alguns componentes alisantes usados na
escova definitiva:
Hidróxido de sódio
Este é um dos tipos mais antigos de alisamento, um forte composto químico usado para
promover o relaxamento ou alisamento de cabelos crespos ou afros, o resultado de
alisamento ou relaxamento depende da técnica empregada na hora de aplicar o produto
no cabelo. Seu efeito é permanente, portanto, se um cliente procura uma mudança
temporária, não deve investir neste procedimento.
O resultado é um cabelo liso, solto e com volume reduzido. Entretanto, é muito importante que
esse procedimento seja realizado apenas por cabeleireiros com experiência e com produtos de
confiança, como o Hidróxido de Sódio. Afinal, investir em produtos com a procedência duvidosa
pode ser muito prejudicial para o fio do cabelo, levando em consideração que o hidróxido de
sódio é um composto químico perigoso e deve ser usado na dosagem adequada, tal como da
maneira certa. Esse tipo de alisamento também não é indicado para fios que já
passaram por qualquer outro tipo de química, podendo danificar severamente a fibra
capilar.
Esse tipo de alisamento promove redução de volume, frizz e a sua grande sacada é que o resultado
alcançado se torna mais poderoso a cada aplicação. Entretanto, é importante lembrar que o seu
efeito não é definitivo, saindo com o passar do tempo e a lavagem dos fios, diferente dos alisamentos
mencionados anteriormente. Quando as escovas progressivas começaram a ser desenvolvidas
tinham formol em sua composição até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
determinou que a quantidade de formol nesses procedimentos não poderia ultrapassar 0,2%.
Atualmente grande parte das marcas já não coloca esse componente em seus produtos.
A escova progressiva é indicada para lisos volumosos, cabelos ondulados e cacheados, mas não para
crespos e afros, pois não é capaz de alisá-los. Ainda para as cacheadas, é capaz de promover
alinhamento e cachos mais abertos, mas não o alisamento do fio. Existe um procedimento que
algumas marcas adotam que é chamada Defrisagem Gradativa, promovendo efeito liso de longa
duração e progressivo, sendo intensificado a cada aplicação.
Esse produto alinha os fios, reduz o volume e ainda sela a escama do fio, não possui formol na
composição.
Escova Inteligente
Relaxamento capilar
Botox capilar
O botox capilar sela a cutícula dos fios, alinha e reduz o volume promovendo cabelos ultra
brilhantes. Pode deixar os fios lisos com um aspecto de ainda mais lisos, porém, não tem ação
alisante. Para um efeito de botox capilar.
Selagem
Reconstrução profunda da fibra capilar a base de queratina. Esse procedimento devolve a massa
capilar ao fio, deixando-o encorpado, forte, macio e saudável novamente. Por deixar o fio mais
maleável graças a ação da queratina, muitas pessoas acreditam que a cauterização alisa os fios, mas
essa informação está incorreta. É apenas uma impressão causada pelo resultado de fios mais
alinhados.
Tempo de duração do alisamento de cabelo
Cortar as pontas do cabelo é um hábito que evita pontas duplas, embarcamento e até a
quebra.
O pós química é muito importante para manter ou devolver a saúde dos cabelos. Todo
processo de alisamento, relaxamento ou qualquer outro tipo de química, acaba por mexer
com a estrutura dos fios, seja temporária ou definitivamente, então é muito importante
fazer tratamento pós química para devolvendo nutrientes perdidos aos cabelos, além de
ajuda a manter a química existente no cabelo.
Referências
https://www.allthingshair.com/pt-br/penteados-cortes/cabelos-crespos/historia-dos-
cabelos-crespos/
https://sossrtabrito.wordpress.com/2016/03/15/historia-e-evolucao-do-alisamento-
quimico-
capilar/#:~:text=Em%201980%3A%20surgiu%20o%20tioglicolato,aparecer%20algumas
%20t%C3%A9cnicas%20de%20alisamento.&text=O%20processo%20qu%C3%ADmico
%20para%20alisar%20ou%20cachear%20o%20cabelo%20era%20o%20mesmo
https://www.salonline.com.br/alisamento-de-cabelo
http://www.usp.br/aun/antigo/exibir?id=6603&ed=1177&f=30