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Mediadores de Educação
para Patrimônio
Museus e
patrimônio
Yazid Jorge Guimarães Costa
SUMÁRIO
1. Apresentação ........................................................................... 115
2. O que é um museu?.................................................................. 116
3. Pequeno percurso dos museus no Ocidente .......................... 120
4. E no Brasil? .............................................................................. 123
5. Museu é patrimônio! ................................................................ 125
SE
LIGA!
5.
Essa mudança de paradigma pode ser
observada quando o foco se desloca dos
objetos para os sujeitos dos museus.
Maria Célia Teixeira Moura Santos (1996)
MUSEU É entende esse movimento como a substitui-
ção da preservação pela apropriação/re-
PATRIMÔNIO! apropriação do patrimônio cultural. Nesse
pesar da democratização dos aspecto, tanto o público interno do museu,
museus no século XX, com a quanto o público externo (visitantes, volun-
abertura de diversas institui- tários, moradores do entorno etc.) devem
ções públicas e privadas, o fo- participar ativamente das tomadas de deci-
mento ao colecionismo e os são da instituição e não apenas a sua Dire-
usos educacionais dos mu- toria. Essa mudança permeia os processos
seus, tais instituições ainda museais numa perspectiva inclusiva, respei-
podem ser analisadas como tando e valorizando as diferentes saberes e
lugares elitistas, destinados experiências, tendo como objetivo promover
apenas a uma pequena par- o sentimento de pertencimento, um dos Reserva Técnica
cela da população, ao mesmo tempo em que elementos básicos para a valorização dos Área do museu
destinada à guarda de
se luta para demarcar o seu potencial para a patrimônios locais, regionais ou nacionais.
objetos que estão fora
educação da humanidade e o seu papel no Afinal, como pensar museus e patrimô- do circuito expositivo.
desenvolvimento de uma sociedade plu- nio, sem tratar das identidades que estão Nela, as peças
ral e respeitosa das diferenças culturais. sendo encenadas e reencenadas nos acer- são devidamente
As décadas de 1960 e 1970 foram parti- vos, expostos ou salvaguardados nas reser- higienizadas e
cularmente importantes para a história dos vas técnicas? O que se pode afirmar é que, catalogadas, à
espera de novas
museus contemporâneos, quando esses ao longo dos últimos trinta anos, buscou-se
exposições, produção
passaram a ser frequentemente criticados cada vez mais integrar o público externo nos de pesquisas,
em países como a França. Tais críticas evi- processos museológicos, desde a coleta de catálogos e livros. Sua
denciavam o fato de que a maior parte do novos acervos, montagem de exposições etc. existência parte do
acervo das instituições museais tinha sido Mesmo os museus tentando ressigni- princípio de “expor
menos” (objetos) para
colecionada por meio de práticas violen- ficar suas práticas e seus discursos por
“comunicar mais”
tas, com o extermínio da cultura de povos meio de ações de inclusão, a matéria sobre informações.
nativos de diferentes continentes durante os a qual este trabalho é realizado – o acervo –
processos de colonização por parte das na- foi “colecionado” muito anteriormente. Isso
ções europeias. Não à toa, fala-se muito atu- traz algumas complicações quando coloca-
almente em repatriação de objetos, de gran- mos em destaque a valorização da diversi-
des museus para os seus lugares de origem. dade cultural, como no caso das culturas
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