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Escola de educação básica Francisco Mazzola

Turma: 3°01

Grupo: Camila Meoqui, Georgea Giacomelli, Janaina Raiser, Larissa Lofy Michalski e Vitório
Paula Oliveira

Professor: Eloi Voltolini

PARA-RAIOS

Para-raios são hastes metálicas pontiagudas feitas de cobre, alumínio ou aço.


Costumam ser posicionados em lugares elevados, como no alto dos edifícios, a fim de
proteger-lhes dos possíveis danos causados por raios.

Os para-raios são conectados à Terra por fios condutores, que oferecem um caminho
de baixa resistência para as descargas elétricas atmosféricas (raios). O objetivo do para-raios,
entretanto, não é o de atrair os raios para si, mas o de oferecer um caminho pelo qual eles
possam atravessar, de modo a produzir a menor quantidade de danos possível.

Como funcionam os para-raios?


Em razão da enorme corrente elétrica transportada pelas descargas atmosféricas, os
para-raios e os fios que os ligam à Terra devem ser feitos de metais condutores de baixa
resistência elétrica, como cobre ou o alumínio, uma vez que, ao serem atravessados por
grandes intensidades de corrente elétrica, os materiais dielétricos (isolantes elétricos), que são
dotados de alta resistência elétrica, sofrem enormes danos em razão do efeito joule, podendo
queimar ou até mesmo derreter.

Os para-raios são usados para direcionar as descargas elétricas


atmosféricas para o solo.
A incidência das descargas elétricas pode causar danos a estruturas, equipamentos e,
até mesmo, a pessoas e animais. Dessa forma, entender o funcionamento dos para-raios é de
grande importância, especialmente no Brasil, que é o país com o maior número de descargas
elétricas anuais, ultrapassando a marca de 50 milhões de raios todos os anos.

Benjamin Franklin e os para-raios


Em 1752, os para-raios foram desenvolvidos por Benjamin Franklin (1706-1790), um
importante cientista e político norte-americano. Na ocasião, Franklin empinou uma pipa com
um fio metálico conectado e percebeu que as cargas elétricas das nuvens desciam pelo fio,
comprovando que os raios eram correntes elétricas formadas na atmosfera.

Pouco tempo depois, Franklin mostrou que hastes metálicas ligadas à Terra poderiam
ser usadas como condutoras de eletricidade e que, quando posicionadas acima ou ao lado de
construções, poderiam protegê-las dos danos causados pelas descargas atmosféricas, criando,
assim, os primeiros para-raios.

Tipos de para-raios
Para-raios de Franklin: são compostos de três hastes metálicas pontiagudas em sua
extremidade, ligadas a um fio condutor conectado ao solo. É o tipo de para-raios mais usado
em razão de sua grande eficiência em dissipar as descargas elétricas para o solo.

Os para-raios do tipo Franklin são os mais comuns.

Para-raios de Melsens: apesar de ter a mesma finalidade dos para-raios de Franklin, esse tipo
de para-raios funciona também como uma gaiola de Faraday, envolvendo as construções com
uma malha de fios dotada de hastes metálicas, aterrada ao chão.

Os para-raios de Melsen envolvem as estruturas, formando uma gaiola de Faraday.


Para-raios radioativo: foram usados no Brasil entre 1970 e 1989, quando foram proibidos pela
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), uma vez que sua eficácia não pôde ser
comprovada, nada justificava o uso de fontes radioativas, como o radioisótopo amerício-241,
que emite radiação alfa e gama.

Instalação de para-raios
A instalação de para-raios visa à segurança de edificações residenciais, comerciais,
industriais e agrícolas. Para tanto, no Brasil, existe uma norma que define o dimensionamento
e as regras para a instalação de para-raios, a NBR 5419. Em regiões em que há muitas chuvas,
altos índices de raios e grande fluxo de pessoas, o uso de proteções contra as descargas
elétricas é especialmente necessário.

De acordo com a NBR 5419, os para-raios devem atender a rigorosas especificações de


corrente elétrica de descarga máxima suportada, corrente elétrica eficaz, tempo de descarga,
tensão nominal, tensão máxima suportada, estabilidade térmica, entre outros. Os para-raios
podem ser classificados com base em três parâmetros: corrente de descarga nominal, classe
de serviço e características de proteção.

Unindo-se às características acima, é possível obter o nível de proteção adequado à


estrutura, que pode ir de I a V. Na NBR 5419, há uma fórmula que é utilizada para calcular a
média anual previsível de descargas elétricas a cada tipo de estrutura. O resultado indica a
necessidade, ou não, da instalação de um SPDA.

Por fim, a altura de instalação dos captadores (pontas dos para-raios) deve estar de
acordo com o nível de proteção calculado para a estrutura, variando de I a V, de acordo com a
tabela mostrada abaixo:
Qual é a altura mínima para instalar para-raios?

Os Sistemas de Proteção contra as Descargas Elétricas (SPDA) seguem diversas


orientações de acordo com a NBR 5419, inclusive a altura mínima para a instalação dos para-
raios. Tais orientações diferenciam-se de acordo com diversas características de cada
estrutura. Dentre essas características, destacam-se:

Tipo de ocupação da estrutura: casas, indústrias, edifícios, escolas, hospitais.

Tipo de construção da estrutura: estrutura em aço, madeira, alvenaria, aço e outras.

Conteúdo da estrutura e efeitos indiretos das descargas atmosféricas: residências,


subestações de energia, monumentos, escolas, hospitais.

Localização da estrutura: estruturas próximas de árvores mais altas, estruturas isoladas e mais
altas que as árvores ao redor .

Topografia da região: planícies, colinas, montanhas.

Unindo-se às características acima, é possível obter o nível de proteção adequado à


estrutura, que pode ir de I a V. Na NBR 5419, há uma fórmula que é utilizada para calcular a
média anual previsível de descargas elétricas a cada tipo de estrutura. O resultado indica a
necessidade, ou não, da instalação de um SPDA.

Quantos metros o para-raios protege?


Os para-raios instalados em residências ou em quaisquer construções menores que 30
m de altura são capazes de proteger uma grande área em formato de cone, cujo raio é
aproximadamente igual à sua altura. Nessa região, as chances de ser atingido por um raio são
mínimas.

Em estruturas mais altas, como em torres e prédios, a proteção contra os raios é


efetiva somente até a altura de 30 m a partir do solo. Nesse último caso, a área protegida tem
o formato próximo ao de um cone com altura e raio similares, de aproximadamente 30 m.

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