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Culto dia: 14/08/2022

Rev. Felipe Silva


Leitura: Lucas 11:32
Hoje é celebrado o Dia dos Pais. E independente de qual seja a nossa
relação com nosso pai terreno, temos um Pai Celeste que nunca falha, nunca chega
atrasado, que está vivo e quer nos abençoar.

A parábola que lemos é conhecida como a Parábola do Filho Pródigo, mas


deveria ser: A Parábola do filho amoroso. A figura central é o PAI. A história não é
sobre os filhos, assim como a História não é sobre nós, mas do Pai perfeito que está
nos céus e nos ama de maneira exagerada. Nós estamos fazendo parte da história
dEle, não é sobre o nosso “eu”.

Fariseus, publicanos e pecadores não enxergavam Deus como Pai e Jesus


que nos mostrar isso através dessa Parábola, assim como disse o apóstolo Paulo:
“O Espirito que ele fez habitar em nós, o seu Santo Espírito, nos faz clamar
Abba Pai” Abba é uma das primeiras palavras que uma criança judia fala. Quer
dizer paizinho. E é isso que Deus deseja de nós: um relacionamento, não
formalidades. Antes de tudo, Ele quer intimidade, pois uma criança sabe que
pertence aos pais.

Deus não está num trono distante. Ele é sim, Senhor poderoso, Deus dos
Exércitos, mas Ele está PERTO de todos os que os buscam. Deus está! Ele é um
Deus presente e adoraria ser chamado de papai, paizinho.

Jesus não queria quebrar o respeito e a reverência que precisamos ter, mas
quebrar a formalidade vazia imposta pelos fariseus. Ele poderia ter falado que “um
certo homem tinha dois súditos, dois empregados, mas decide revelar o caráter de
Deus: Ser Pai.

Nós cristãos, não podemos viver uma vida de vitimismo, porque em Cristo
temos esperança para esta vida ou, se nada der certo nesta, para a próxima vida.

Deus não é um deus de barganha. Ele é Amor e o dá de maneira livre,


espontânea e adora nos presentear, logo, tudo que fizermos é apenas como
gratidão por tudo que Ele é e faz e não no sentido de conquistar algo de Deus.
Nessa história, o filho pede a parte que ele ACHA que lhe cabe para viver
uma vida de pseudoliberdade e passa por três fases:

1. Na primeira fase, vivendo na casa do Pai, ele tinha tudo, exceto a


consciência disso (felicidade inconsciente)
2. Na segunda fase, ele vive uma vida de aparência e solidão, pois ele só
valia aquilo que possuía e passa a viver uma tristeza inconsciente.
3. Na terceira fase, ele passa por uma extrema necessidade e vive uma
tristeza consciente: cai em si e percebe que PRECISA do Pai.

O filho pródigo estava fora de si e um dos sinais dos últimos tempos é que as
pessoas se tornarão AMANTES de si mesmas.

Quando ele cai em si, elabora um discurso e nem pensa na possibilidade de


ser perdoado, tamanho fora o seu pecado. Isso acontece conosco porque somos
muito juízes e se fôssemos nos julgar, até mesmo nós nos condenaríamos,
tamanha a nossa maldade. Mas não podemos esquecer que Deus nos ama, é
paciente, compassivo.

A atitude do filho de voltar falou mais alto do que tudo que ele havia feito até
então e, por isso, o Pai sai correndo ao seu encontro. Todos os dias nós erramos e
todos os dias Deus nos perdoa; Por sua graça e Amor ele nos abraça, assim como o
Pai dessa história.

Deus nos ama de maneira incalculável e incondicional: Salvação é uma ideia


criada no coração de Deus; de um Deus apaixonado por nós.

A mensagem central dessa parábola é: Não importa onde você esteve,


nem o que estava fazendo, simplesmente volte, porque Papai está com
saudade de você. O Pai sabe quando o filho se arrepende. É só chamar: Papai! De
todo coração, pois assim como nós nos quebramos diante dos nossos filhos,
imagina Deus que não resiste a um coração sincero; Como Ele não nos dará do seu
VERDADEIRO e ÚNICO Amor.

Em conversa com Jesus, após tê-lo negado, Pedro responde que o ama de
maneira imperfeita e Jesus aceita essa resposta, pois acima de tudo, Pedro foi
sincero.
Devemos, pois, pedir a Deus que nos ajude a amá-lo mais, que nos ajude a
exercer melhor os papeis que desempenhamos e que possamos reconhecer nEle
um Pai perfeito e de amor incondicional.

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