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Disposições iniciais
Art 1º As Polícias Militares consideradas forças auxiliares,
reserva do Exército, serão organizadas na conformidade deste
Decreto-lei.
Segundo o Decreto-Lei, as Polícias Militares são consideradas forças auxiliares E
reserva do exército.
A Constituição Federal de 1988 também traz algumas definições sobre o tema, sendo:
Art. 144 A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.
As Polícias Militares e os Bombeiros Militares são considerados órgãos pertencentes da
segurança pública.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil.
Às Polícias Militares cabem a Polícia Ostensiva e a Preservação da Ordem Pública.
Aos corpos de Bombeiros Militares cabem a execução das atividades de Defesa Civil.
Ainda sobre a Constituição Federal de 1988, a EC nº 104/2019 trouxe uma nova
disposição relativa a este assunto, que apesar de “lógica”, cabe-se listar.
§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares,
forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se,
juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e
distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.
Continuando com as disposições iniciais do Decreto-Lei, tem-se:
Definição e competência
O art. 3º do Decreto-lei lista as competências das Polícias Militares, deixarei em destaque
nos artigos e em seguida resumirei.
Art. 3º Instituídas para a manutenção da ordem pública e segurança
interna nos Estados, nos Territórios e no Distrito Federal, compete
às Polícias Militares, no âmbito de suas respectivas jurisdições:
a) executar com exclusividade, ressalvas as missões peculiares
das Forças Armadas, o policiamento ostensivo, fardado,
planejado pela autoridade competente, a fim de assegurar o
cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos
poderes constituídos;
b) atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão, em
locais ou áreas específicas, onde se presuma ser possível a
perturbação da ordem
c) atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da
ordem, precedendo o eventual emprego das Forças Armadas;
d) atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo
Federal em caso de guerra externa ou para prevenir ou reprimir
grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção,
subordinando-se à Força Terrestre para emprego em suas
atribuições específicas de polícia militar e como participante da
Defesa Interna e da Defesa Territorial;
e) além dos casos previstos na letra anterior, a Polícia Militar
poderá ser convocada, em seu conjunto, a fim de assegurar à
Corporação o nível necessário de adestramento e disciplina ou
ainda para garantir o cumprimento das disposições deste Decreto-
lei, na forma que dispuser o regulamento específico.
De maneira geral, cabe as Polícias Militares:
➢ Executar com exclusividade o Policiamento Ostensivo Fardado (ressalvada a
atuação das Forças Armadas);
➢ Ser uma força de Dissuasão, de maneira Preventiva;
➢ Atuar de maneira Repressiva, em caso de perturbação da ordem;
➢ Auxiliar as Forças Armadas.
§ 1º A convocação, de conformidade com a letra e deste artigo, será
efetuada sem prejuízo da competência normal da Polícia Militar
Estrutura e organização
Trata-se de um trecho do Decreto de muita “decoreba”, logo, tentarei deixar de maneira
simples para a resolução de questões.
Art. 5º As Polícias Militares serão estruturadas em órgão de
Direção, de Execução e de Apoio de acordo com as finalidades
essenciais do serviço policial e as necessidades de cada Unidade da
Federação.
A Estrutura das PM’s se divide em órgão de direção, execução e apoio.
§ 1º Considerados as finalidades essenciais e o imperativo de sua
articulação pelo território de sua jurisdição, as Polícias Militares
deverão estruturar-se em grupos policiais. Sendo essas frações os
menores elementos de ação autônoma, deverão dispor de um chefe e
de um número de componentes habilitados indispensáveis ao
atendimento das missões básicas de polícia.
As PM’s deverão estruturar-se em grupos policiais.
§ 2º De acordo com a importância da região o interesse
administrativo e facilidades de comando os grupos de que trata o
parágrafo anterior poderão ser reunidos, constituindo-se em
Pelotões, Companhias e Batalhões ou em Esquadrões e
Regimento, quando se tratar de unidades montadas.
§ 3º Os efetivos das Polícias Militares serão fixados de conformidade
com critérios a serem estabelecidos em regulamento desse Decreto-
lei.
Sem maiores dificuldades no quinto artigo deste Decreto-Lei, apenas definindo o escopo
básico da estrutura e organização.
Outras disposições
Art. 7º Os oficiais do Exército, da ativa, poderão servir, se o
Comandante for oficial do Exército, no Estado-Maior das
Polícias Militares ou como instrutores das referidas PM,
aplicando-se-lhes as prescrições dos parágrafos 3º e 7º do artigo
anterior.
O Disposto neste artigo só pode acontecer caso o Comandante da respectiva PM for oficial
do exército.
Parágrafo único. O oficial do Exército servindo em Estado-Maior
das Polícias Militares ou como instrutor das referidas PM é
considerado em cargo de natureza militar.
➢ Praças de polícia.
Oficiais de polícia
São compostos pelos postos, em ordem decrescente de hierarquia:
➢ Coronel;
➢ Tenente-Coronel;
➢ Major;
➢ Capitão;
➢ 1º Tenente;
➢ 2º Tenente.
Praças especiais de polícia
São compostos pelos postos, em ordem decrescente de hierarquia:
➢ Aspirante a Oficial;
➢ Alunos da Escola de Formação de Oficiais da Polícia.
Praças de polícia
São compostos pelas Graduações, em ordem decrescente de hierarquia:
➢ Subtenente;
➢ 1º Sargento;
➢ 2º Sargento;
➢ 3º Sargento;
➢ Cabo;
➢ Soldado.
A todos os postos e graduações será acrescida a designação "PM" (Polícia Militar).
Outras disposições
§ 2º Os Estados, Territórios e o Distrito Federal poderão, se convier
às respectivas Polícias Militares
a) admitir o ingresso de pessoal feminino em seus efetivos de
oficiais e praças, para atender necessidades da respectiva
Corporação em atividades específicas, mediante prévia autorização
do Ministério do Exército
Segundo o Decreto-Lei, permitir o ingresso de Policiais do sexo feminino é uma
conveniência reservada à PM.
b) suprimir na escala hierárquica um ou mais postos ou graduações
das previstas neste artigo; e
c) subdividir a graduação de soldado em classes, até o máximo de
três.
As Alíneas “a” e “b” referem-se à capacidade de auto-organização do pessoal da PM.
Art 9º O ingresso no quadro de oficiais será feito através de
cursos de formação de oficiais da própria Polícia Militar ou de
outro Estado.
Parágrafo único. Poderão também, ingressar nos quadros de
oficiais das Polícias Militares, se convier a estas, Tenentes da Reserva
de 2ª Classe das Forças Armadas com autorização do Ministério
correspondente.
Instrução e armamento
Art. 13 A instrução das Polícias Militares limitar-se-á a engenhos e
controlada pelo Ministério do Exército através do Estado-Maior do
Exército, na forma deste Decreto-lei.
Art. 14 O armamento das Polícias armas de uso individual
inclusive automáticas, e a um reduzido número de armas
automáticas coletivas e lança-rojões leves para emprego na
defesa de suas instalações fixas, na defesa de pontos sensíveis e
execução de ações preventivas e repressivas nas Missões de
Segurança Interna e Defesa Territorial.
Art. 15 A aquisição de veículos sobre rodas com blindagem leve e
equipados com armamento nas mesmas especificações do artigo
anterior poderá ser autorizada, desde que julgada conveniente pelo
Ministério do Exército.
Art. 16 É vedada a aquisição de engenhos, veículos, armamentos
e aeronaves fora das especificações estabelecidas.
Art. 17 As aquisições de armamento e munição dependerão de
autorização do Ministério do Exército e obedecerão às normas
previstas pelo Serviço de Fiscalização de Importação, Depósito e
Tráfego de Produtos Controlados pelo Ministério do Exército
(SFIDT).
Essa parte do Decreto-Lei não possui muitos detalhes para explicação, logo, apenas
destaquei os pontos chave de cada artigo para memorização.
Justiça e disciplina
Esta parte do Decreto-Lei possui uma peculiaridade que deve ser levada em conta, o artigo
18 foi editado em 2019, sendo um prato cheio para examinadores.
Art. 18 As polícias militares e os corpos de bombeiros militares serão
regidos por Código de Ética e Disciplina, aprovado por lei estadual
ou federal para o Distrito Federal, específica, que tem por finalidade
definir, especificar e classificar as transgressões disciplinares e
estabelecer normas relativas a sanções disciplinares, conceitos,
recursos, recompensas, bem como regulamentar o processo
administrativo disciplinar e o funcionamento do Conselho de
Ética e Disciplina Militares, observados, dentre outros, os seguintes
princípios:
I - dignidade da pessoa humana;
II - legalidade
III - presunção de inocência
IV - devido processo legal
V - contraditório e ampla defesa
VI - razoabilidade e proporcionalidade;
VII - vedação de medida privativa e restritiva de liberdade.
Estes princípios foram adicionados pela Lei nº13.967/2019, logo, é de FUNDAMENTAL
IMPORTÂNCIA a sua memorização.
Justiça militar
A Justiça Militar é um dos ramos do Poder Judiciário brasileiro, sendo especializada no
julgamento de crimes militares. Segundo o Decreto-Lei tem-se:
Art. 19 A organização e funcionamento da Justiça Militar Estadual
serão regulados em lei especial.
Parágrafo único. O foro militar é competente para processar e
julgar o pessoal das Polícias Militares nos crimes definidos em lei
como militares.
Art. 20 A Justiça Militar Estadual de primeira instância é
constituída pelos Conselhos de Justiça previstos no Código de
Justiça Militar. A de segunda instância será um Tribunal
Especial, ou o Tribunal de Justiça.
Aqui, o único trecho relevante para fins de prova, que pode causar alguma confusão é:
➢ Justiça Militar de Primeira Instância – Conselhos de Justiça;
➢ Justiça Militar de Segunda Instância – Tribunal Especial ou de Justiça.
Mudanças em 2019
No ano de 2019, houve profundas mudanças relativas aos proventos dos Policiais
Militares na inatividade, toda esta parte é muito relevante para provas de órgãos
previdenciários, como por exemplo o INSS.
Por não ver custo benefício para nossa prova, listarei os artigos apenas para consulta:
Art. 24-A Observado o disposto nos arts. 24-F e 24-G deste Decreto-
Lei, aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios as seguintes normas gerais relativas à inatividade:
I - a remuneração na inatividade, calculada com base na
remuneração do posto ou da graduação que o militar possuir por
ocasião da transferência para a inatividade remunerada, a pedido,
pode ser
a) integral, desde que cumprido o tempo mínimo de 35 (trinta e
cinco) anos de serviço, dos quais no mínimo 30 (trinta) anos de
exercício de atividade de natureza militar;
b) proporcional, com base em tantas quotas de remuneração do
posto ou da graduação quantos forem os anos de serviço, se
transferido para a inatividade sem atingir o referido tempo mínimo;
II - a remuneração do militar reformado por invalidez decorrente
do exercício da função ou em razão dela é integral, calculada com
base na remuneração do posto ou da graduação que possuir por
ocasião da transferência para a inatividade remunerada;
A remuneração do militar reformado por invalidez decorrente do exercício da função ou
em razão dela é integral.
III - a remuneração na inatividade é irredutível e deve ser revista
automaticamente na mesma data da revisão da remuneração dos
militares da ativa, para preservar o valor equivalente à remuneração
do militar da ativa do correspondente posto ou graduação; e
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