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23/11/2022 19:02 Arquitetura das redes industriais

Arquitetura das redes industriais


Prof. Raphael de Souza dos Santos

Descrição

A evolução histórica das redes industriais e as topologias aplicadas na comunicação dos elementos dos processos produtivos.

Propósito

Conhecer as topologias que podem ser empregadas nos processos produtivos, assim como os elementos que compõem as arquiteturas das redes,
é fundamental para compreender e projetar a comunicação nos processos produtivos.

Objetivos

Módulo 1

Processo evolutivo das redes industriais


Reconhecer a evolução histórica das redes industriais.

Módulo 2

Aspectos topológicos das redes industriais

Listar as principais topologias e os sistemas do tipo cliente-servidor e Web Server.

Módulo 3

Redes de Comunicação
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Redes de Comunicação

Identificar os diferentes serviços de arquitetura de rede.

meeting_room
Introdução
Antes de começarmos, assista ao vídeo para entender a importância de uma rede industrial.

1 - Processo evolutivo das redes industriais


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a evolução histórica das redes industriais.

Vamos começar!

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A evolução das redes de computadores
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Neste vídeo, o especialista aborda os principais conceitos e aspectos que devem ser observados durante a leitura deste módulo.

Redes Industriais
Uma rede industrial consiste em um conjunto de equipamentos interligados de maneira a permitir a troca de dados e/ou o compartilhamento de
recursos.

A próxima imagem ilustra uma rede industrial, possibilitando a comunicação entre as diversas partes que compõem um sistema industrial:

Ilustração de uma rede industrial.

A comunicação entre os diversos elementos da rede é definida por um conjunto de normas denominado protocolo.

Protocolos diferentes são utilizados em situações diferentes:

TCP/IP;

Profibus;

RS-232 etc.

Vale destacar que as atribuições de protocolos nos níveis não são regras, podendo variar de acordo com os processos produtivos.

Na próxima imagem, é possível observar um exemplo de atribuições de protocolos em diferentes níveis de um processo industrial:

Exemplo de protocolos de comunicação em uma rede industrial.

Conceitos fundamentais

Uma rede industrial é definida pelos parâmetros a seguir.

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Taxa de transmissão expand_more

É relacionada à velocidade com a qual uma mensagem é transferida de um ponto para outro de uma rede de comunicação de dados.

Topologia física expand_more

Descreve como os elementos de uma rede são interligados.

Meio físico expand_more

Define como os elementos que compõem a rede são interligados (por cabo, sem fio etc.).

Tecnologia de comunicação expand_more

É responsável pelo gerenciamento de comunicação de dados.

Forma de acesso ao barramento expand_more

Especifica a maneira como se dá o acesso às informações circulantes no barramento.

Largura de banda (bandwidth) expand_more

Define a medida da capacidade de transmissão de uma rede ou conexão. Ela é medida em bits por segundo (quilobits/segundo = kbps;
megabits/por segundo = Mbps).

Camadas de uma rede expand_more

As camadas que formam uma rede de comunicação são responsáveis por permitir as trocas de dados entre os mais diversos endereços e
dispositivos da rede.

Um exemplo bastante completo, referência da Organização Internacional de Normalização (ISO), é o modelo OSI (modelo Interconexão de Sistemas
Abertos), formado por sete camadas, como pode ser visto a seguir.

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Física Enlace Rede Transporte

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Equipamentos que integram uma rede industrial


A seguir, veremos alguns equipamentos que integram uma rede industrial.

Repetidor expand_more

Consiste em um equipamento que realiza a cópia de dados de uma rede para outra. Isso permite que as duas redes diferentes se comportem
logicamente como uma única. Os repetidores são utilizados para suprir limitações nas redes, como o comprimento dos cabos e a
necessidade de expansão.

Distribuidores de conexões (hubs) expand_more

Permitem a conexão entre os equipamentos que formam uma rede de área local (local area network ou LAN). Os equipamentos ligados a um
distribuidor pertencem a uma mesma rede ou segmento de rede, ou seja, os usuários dividem a rede de comunicação entre si. Por exemplo,
suponha que uma rede possua dez usuários, utilizando equipamentos com a mesma velocidade de acesso e uma largura de banda de 100
Mbps. Cada usuário poderá utilizar em média 10 Mbps dessa banda.

Ponte (bridge) expand_more

Divide uma rede local em redes menores, denominadas sub-redes, com o intuito de reduzir o tráfego local de informações ou permitir a
conversão entre padrões de diferentes camadas.

Roteador (router) expand_more

Utilizado para permitir a comunicação entre duas ou mais redes com protocolos de comunicação iguais, mas caminhos diferentes. É o
roteador que define qual caminho os dados devem seguir.

Gateway expand_more

Usado para dar acesso aos dispositivos que não são OSI.

Switch expand_more

Permite a conexão entre todos os elementos da rede (servidores, computadores, controladores etc.).

Veja uma ilustração do uso de um switch:

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Ilustração do uso de um switch.

Um breve histórico das redes industriais


A evolução das redes industriais acompanhou a evolução dos controladores. Após o desenvolvimento dos controladores, e sua transformação de
elementos eletromecânicos para dispositivos microprocessados, houve a necessidade de uma adequação dos meios produtivos de maneira a
permitir as comunicações entre controladores e computadores industriais.

Com isso, foi dado aos controladores a capacidade de receber informações oriundas de sensores e enviar comandos para os mais diversos
periféricos.

Contudo, para que essas características pudessem ser exploradas e os elementos localizados em pontos distintos fossem incorporados à malha de
controle, foi necessário o desenvolvimento dos meios de comunicação por meio das redes industriais.

A transmissão de dados
Para que os instrumentos fossem capazes de trocar informações através das redes de comunicação, a transmissão digital passou a substituir o
padrão de transmissão analógico (4mA a 20mA) e os instrumentos foram adaptados com certo nível de inteligência.

O padrão HART

O protocolo HART foi desenvolvido para permitir que os sinais digitais pudessem ser transmitidos em cima dos sinais analógicos, representando a
primeira evolução nos protocolos de comunicação dos sistemas industriais.

Sensorbus

Posteriormente, foram desenvolvidos barramentos específicos para a conexão entre sensores e elementos finais discretos (atuadores discretos,
como válvulas “abre e fecha” e motores “liga e desliga”), permitindo a transmissão de bits.

Fieldbus

Por fim, foram desenvolvidos os modelos do tipo fieldbus, que abrangem padrões de rede DeviceNet, Profibus, Interbus, Fieldbus Foundation,
permitindo a evolução dos sistemas de controle distribuído e o desenvolvimento dos sistemas SCADA.

Tipos de comunicação
Os tipos de comunicação compreendem o sentido da transmissão, a ligação física e a cadência de transmissão.

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Sentido da transmissão
O sentido de transmissão define se a transmissão é feita apenas em um sentido ou em ambos. Dessa forma, a transmissão é dividida das formas
que veremos a seguir.

Simplex

Transmissão unilateral, ou seja, a comunicação é feita a partir de um dispositivo A para um dispositivo B, mas nunca no sentido oposto.

Half-Duplex

A comunicação pode ser feita em ambos os sentidos. Entretanto, não ocorre de maneira simultânea, ou seja, pode ocorrer de um dispositivo A para
um dispositivo B e vice-versa. Porém, para que ocorra a reversão do sentido, a comunicação no sentido oposto precisa ser finalizada.

Full-Duplex

A transmissão é bilateral e simultânea. Por esse motivo, são necessários dois meios de comunicação (dois caminhos) para a transmissão de dados.

Número de vias
Quanto ao número de vias, a transmissão pode ser paralela ou serial. Veja mais sobre esses tipos de transmissão a seguir.

Transmissão paralela

Por exemplo, suponha que se deseje transmitir uma informação com 1 byte (8 bits). Nesse tipo de transmissão, todos os bits são transmitidos com
apenas um comando, sendo enviados ou recebidos lado a lado, como pode ser visto na imagem a seguir:

Transmissão paralela.

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É adequada para curtas distâncias. Entretanto, para transmissões a distâncias maiores, não é recomendável, tendo em vista o custo elevado.

Transmissão serial

A transmissão serial representa uma alternativa para longas distâncias, tendo em vista que todos os bits da informação são transmitidos pelo
mesmo meio. Contudo, todos os bits são transmitidos com um atraso entre si, como pode ser visto na imagem a seguir:

Transmissão serial.

Tipo de ligação física


A ligação física representa a conexão por cabeamento ou sem fio entre os diversos componentes. Veja mais sobre as configurações ponto a ponto e
multiponto a seguir.

Ponto a ponto

Nessa configuração, existem apenas dois dispositivos localizados nos extremos de cada meio de comunicação (um de cada lado):

Ligação ponto a ponto.

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Multiponto

Essa configuração contempla a conexão de dois ou mais dispositivos através de um único barramento de comunicação, como pode ser visto na
imagem a seguir:

Ligação multiponto.

Cadência de transmissão
Uma transmissão pode ser síncrona ou assíncrona. O sincronismo em uma transmissão de dados é a característica que faz com que os
componentes conectados em na mesma rede tenham o mesmo ritmo.

Dessa maneira, dois equipamentos são ditos sincronizados quando um equipamento coloca um bit no barramento, e o outro dispositivo lê esse bit
ao mesmo tempo.

Além disso, nas transmissões seriais, o intervalo de tempo entre os bits é respeitado por ambos os equipamentos de forma sincronizada. Veja mais
sobre os tipos de transmissão a seguir.

Transmissão assíncrona

Nesse tipo de transmissão, os dados são enviados com intervalos aleatórios, ou seja, sem que os equipamentos possuam um sincronismo entre si.

Algumas técnicas são utilizadas para esse tipo de transmissão, como veremos a seguir.

Overhead – Apresenta uma quantidade-padrão de bits necessária para que a mensagem chegue corretamente ao destino.

Paridade – É o tipo de transmissão na qual um bit adicional é inserido na transmissão de maneira a permitir que sejam detectados erros de
transmissão.

Transmissão síncrona

É o tipo de transmissão na qual os dados são transferidos em agrupamentos de caracteres de maneira sequencial. Os intervalos entre os
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grupamentos são padronizados ou nulos.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

As redes industriais são essenciais para que os processos industriais sejam implementados de maneira adequada, permitindo a comunicação
entre os diversos periféricos utilizados no processo produtivo. Entre as características das redes industriais, aquela que relaciona a velocidade
com que as mensagens são transmitidas entre os diversos pontos da rede é denominada:

A Acesso ao barramento

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B Topologia física

C Meio físico

D Taxa de transmissão

E Camada de rede

Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20taxa%20de%20transmiss%C3%A3o%20de%20uma%20rede%20faz%20men%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20velocidade%20com

Questão 2

Diversos equipamentos podem ser necessários para implementar as redes industriais em um sistema com vários periféricos. Em alguns casos,
para que a rede possa ser expandida, faz-se necessário que duas ou mais redes se comportem como uma única. Para isso, pode-se utilizar
um(a):

A Repetidor

B Distribuidor

C Ponte

D Roteador

E Gateway

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EOs%20repetidores%20s%C3%A3o%20os%20dispositivos%20utilizados%20para%20realizar%20a%20c%C3%B3pia%20de%20dados%20d

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2 - Aspectos topológicos das redes industriais


Ao final deste módulo, você será capaz de listar as principais topologias e os sistemas do tipo cliente-servidor e Web Server.

Vamos começar!

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As topologias das redes industriais.
Neste vídeo, o especialista aborda os principais conceitos e aspectos que devem ser observados durante a leitura deste módulo.

Topologias de redes
De maneira simplificada, topologia é a maneira como os equipamentos (denominados elementos) que compõem uma rede estão conectados.

Os elementos são chamados de nós e podem ser representados por controladores, instrumentos, computadores, switches, roteadores etc.

Pode-se dividir as topologias em: ponto a ponto e difusão.

Ponto a ponto
A rede ponto a ponto é formada por diversas linhas de comunicação ligadas a um par de estações de cada vez. É importante destacar que cada
computador de uma rede ponto a ponto funciona tanto como cliente quanto servidor.
Por esse motivo, quando se deseja estabelecer a comunicação entre estações que não sejam adjacentes, faz-se necessário utilizar estações
intermediárias, em uma estratégia denominada comutação de pacotes.
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Essa estratégia divide os dados transmitidos durante a comunicação em pequenos pedaços gerenciáveis denominados pacotes. Assim, grandes
pacotes de dados são transmitidos como vários pacotes pequenos, minimizando a probabilidade de erros de transmissão.

É interessante notar que os equipamentos de uma rede ponto a ponto não estão ligados diretamente entre si,
podendo utilizar outros nós como roteadores. Nesse tipo de topologia, pode-se utilizar comunicações full-duplex
e/ou simplex.

A maior parte das redes de longa distância é do tipo ponto a ponto. Veja a seguir algumas das vantagens e desvantagens desse tipo:

Vantagens

Todos os computadores são independentes, ou seja, podem executar diversas atividades sem depender de um servidor ou outros
dispositivos conectados;

Todo computador funciona como cliente e servidor, podendo enviar e receber arquivos dependendo da necessidade dos usuários;

Os custos de implementação são menores, tendo em vista a não necessidade de um computador atuando como servidor;

São mais facilmente implementáveis; e

Como os computadores já armazenam arquivos, quase todas as máquinas podem ser facilmente adaptáveis para essa topologia.

Desvantagens

Há um menor nível de segurança, na medida em que cada computador localizado na rede pode apresentar um nível de segurança
diferente do outro;

A organização e a configuração podem ser mais complicadas, devido à sua diversidade;

Como cada computador armazena seus próprios dados, caso um deles se encontre corrompido, todos os dados acessados a partir
dele estarão inacessíveis; e

Como os dados estão localizados individualmente em cada máquina, o backup de todas as informações é mais complexo.

Vejamos, a seguir, as quatro topologias ponto a ponto:

Topologia em anel

Essa topologia consiste em equipamentos ligados em série através de um circuito fechado em formato de anel. Os equipamentos são ligados em
repetidores e não diretamente entre si, como pode ser visto na próxima imagem.

Ligação ponto a ponto em anel.

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Uma restrição dessa topologia e que fez com que caísse em desuso foi o fato de um dano em um dos computadores promover a falha (queda) de
toda a rede, por estarem conectados em série (quebra do anel).

Topologia em árvore

Essa topologia é composta por concentradores encarregados de receber informações e transmitir para todas as estações subsequentes.

É muito comum esse tipo de topologia ser formado por um grande número de equipamentos, como pode ser visto na imagem a seguir.

Ligação ponto a ponto em árvore.

Como grande vantagem, apresenta a facilidade na identificar erros, já que cada laço pode ser diagnosticado individualmente. Também não
apresenta a limitação da topologia em anel.

Como desvantagem, há uma grande dependência do hub central, sendo que toda a rede depende desse único elemento (também denominado
origem).

Topologia em malha

Na topologia em malha, os computadores e toda a rede local são conectados entre si, como pode ser visto na próxima imagem:

Ligação ponto a ponto em malha.

Cada conexão representa um nó da malha, e os nós são conectados uns aos outros, permitindo a comunicação entre todos os elementos da rede.

Como maior vantagem, pode-se destacar a confiabilidade e a estabilidade desse tipo de rede. Entretanto, a complexidade nas conexões faz com que
um planejamento considerável seja necessário para sua execução.

Malha completa

Todos os nós estão conectados uns aos outros. Assim, se houver um número n de nós em uma rede, existirão n-1 conexões.

Uma vantagem da malha completa é a redundância do sistema. Contudo, esse tipo de topologia geralmente apresenta um elevado custo de
implementação.
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Malha parcial

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A malha parcial é mais prática e fácil de ser implementada do que a malha completa. Em uma malha parcial, nem todos os nós estão
conectados aos outros na rede.

Geralmente, as malhas periféricas são conectadas por meio de malhas parciais e ligadas à espinha dorsal em malha completa.

Entre as vantagens da topologia de malha, pode-se destacar que:

a falha em um único dispositivo não interrompe a rede;

não há problemas de tráfego de informações;

a identificação de falhas é simples;

a topologia oferece múltiplos caminhos para o sucesso da comunicação; e

a adição de novos dispositivos não interrompe o fluxo de dados.

As desvantagens da topologia de malha são estas:

implementação cara em comparação com outras topologias;

instalação difícil;

maior consumo energético;

custo elevado; e

difícil manutenção.

Espinha dorsal

Redes muito complexas geralmente precisam ser divididas em partes menores (segmentos), tornando mais fácil identificar os diferentes trechos da
rede. Ainda assim, a topologia é vista como uma única rede.

A espinha dorsal (backbone) é a parte em que todos os segmentos estão conectados e que providencia a estrutura para toda a rede. Como todos os
servidores estão dentro de segmentos e, por sua vez, os segmentos estão conectados diretamente na espinha dorsal, a localização de cada um
deles se torna muito mais fácil.

Difusão
Nas topologias por difusão, as redes são compostas por uma única linha de comunicação, que é compartilhada por todas as estações.

As mensagens são difundidas no canal e podem ser lidas por qualquer estação. Assim, é possível enviar mensagens para todas as estações
(broadcasting) ou para um conjunto delas (multicasting), utilizando endereços reservados para essa finalidade.

Os destinatários são identificados por endereços codificados em cada mensagem.

Topologia em estrela

Quando o número de equipamentos conectados na rede é pequeno, essa topologia é a mais utilizada. Um equipamento central, denominado
concentrador, é utilizado no centro da estrela e os demais são conectados a ele.

Os concentradores mais utilizados são do tipo hub ou switch.

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O concentrador se encarrega de retransmitir os dados para as estações a ele conectadas, como pode ser visto na imagem a seguir.

Ligação por difusão em estrela.

Na imagem anterior, é possível observar que, nessa topologia, um nó central gerencia a comunicação entre as máquinas. Quando os nós entram em
falhas, nenhum dos outros é afetado, exceto no caso de o nó central provocar uma falha generalizada.

Como vantagem, a identificação dos problemas é bastante simples, e o isolamento da máquina defeituosa também não apresenta grandes
dificuldades.

Como desvantagem, tem-se a dependência do hub central. Contudo, diferentemente da topologia em árvore, caso o hub central caia, os
equipamentos ligados diretamente a ele serão impactados, mas os secundários (conectados a esses equipamentos) não.

Topologia em barramento (bus)

Nessa topologia, o meio físico (barramento) é compartilhado por todos os equipamentos.

Assim, os equipamentos são ligados ao barramento por conectores, que permitem-lhes trocar informações com o barramento e permanecer
conectados ao restante dos equipamentos, como pode ser visto na próxima imagem:

Ligação por difusão em barramento.

Vale destacar que, nessa topologia, a codificação dos sinais é realizada nas próprias máquinas. O barramento comum apenas serve para o tráfego
da informação. As mensagens são recebidas apenas pelo destinatário. Nas extremidades dos barramentos, são instalados os terminadores, para
evitar a dissipação do sinal.

Vantagem

Como vantagem, pode-se destacar o baixo custo de implementação e a baixa complexidade.


close

Desvantagem

A desvantagem é a identificação e, consequentemente, o isolamento dos erros, pois o fluxo é unidirecional.

Embora a maioria das topologias seja denominada de topologia física, algumas, como as por difusão, são denominadas de topologia lógica. Essa
distinção é feita na maneira como as informações são extraídas da rede pelos computadores.
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Sendo assim, embora os dados trafeguem pela rede, e todos os computadores sejam capazes de detectar que existem dados circulando, apenas o
computador destinatário é capaz de recolher esses dados e utilizá-los.

Comentário
Vale observar que as topologias por anel também podem ser do tipo por difusão. Isso ocorre na medida em que os dados podem ser colocados na
rede e circular por todos os equipamentos conectados a ela. Contudo, quando recebe um dado que não é para ele, o equipamento o retransmite para
outro computador até que o destinatário seja localizado.

Ainda existem algumas topologias denominadas de híbridas, na medida em que misturam conceitos das topologias ponto a ponto e difusão,
buscando explorar as vantagens de cada topologia.

Sistema cliente-servidor
Esse conceito remete à noção de prestação de serviço. A ideia é que o servidor presta serviços aos equipamentos conectados a ele por meio de
uma rede.

Assim, o conceito cliente-servidor refere-se a um modelo de comunicação em que diversos equipamentos são interligados por meio de uma rede. O
cliente faz a solicitação dos serviços ao servidor, que é responsável pelo atendimento ao cliente.

Dois processos independentes podem trocar informações entre si a partir de uma conexão dedicada utilizando um
protocolo de comunicação predefinido.

Nas diferentes topologias existentes, as tarefas podem ser distribuídas entre diversos servidores (fornecedores de serviços) para atendimento aos
clientes (solicitantes dos serviços). Essa é uma das vantagens desse tipo de arquitetura: a possibilidade de divisão das tarefas entre diversos
servidores (equipamentos e/ou programas). Ou seja, mais de um equipamento/programa pode executar determinado serviço.

Em redes estruturadas do tipo cliente-servidor, os solicitantes (clientes) podem centralizar as diferentes solicitações em determinado servidor que,
por sua vez, precisa garantir que esses recursos estejam disponíveis aos solicitantes, como pode ser visto na imagem a seguir.

Estrutura cliente-servidor.

Dependendo do tipo de serviço prestado, o sistema cliente-servidor pode ser denominado servidor web (Web Server).

Funções como troca de e-mails, acesso às páginas da web e acesso ao banco de dados são construídas no modelo cliente-servidor.

Exemplo
Por exemplo, no serviço bancário, os usuários que acessam tais serviços a partir de um computador (ou celular) usam um cliente (navegador da
web) para enviar uma solicitação a um servidor web em um banco.

Entre as vantagens no uso de um sistema cliente-servidor, podemos destacar:

o conteúdo do servidor é seguro, pois o servidor permite que o cliente use apenas as informações que o servidor deseja;

se um usuário apagar um recurso compartilhado do servidor, um sistema de backup está sempre disponível;

as redes de servidor cliente também tendem a ser muito mais estáveis


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as redes de servidor-cliente também tendem a ser muito mais estáveis.

Web Server
Um servidor web pode fazer referência a um hardware e um software trabalhando juntos.

O hardware pode ser considerado um computador que armazena os arquivos e os entrega quando solicitado pelo cliente, desde que conectados a
ele através de uma rede.

Comentário
Nesse caso, o software faz menção ao componente que é responsável pelo controle de acesso dos usuários às informações disponíveis no
hardware.

Em um nível simplificado, o cliente (navegador, por exemplo) faz uma solicitação por meio de um protocolo de comunicação sempre que desejar um
arquivo que esteja hospedado em um servidor web. Quando a requisição chega ao servidor (hardware) que contém o arquivo desejado, o software
do servidor enviará o arquivo.

Por exemplo, um servidor do tipo HTTP corresponde a um software que armazena diversos endereços de internet (páginas da web). HTTP
corresponde a um protocolo que os navegadores de internet (Mozilla, Chrome, Internet Explorer etc.) utilizam para visualizar essas páginas.

Ilustração de funcionamento de um web server.

Para ser possível publicar um website, é necessário um servidor web estático ou dinâmico.

Servidor web estático expand_more

Consiste em um hardware (computador) que possui um servidor (software), o qual envia os arquivos solicitados da maneira que foram
criados e armazenados no navegador.

Servidor web dinâmico expand_more

Os servidores dinâmicos são essencialmente os servidores estáticos com um software de aplicações e um banco de dados, denominados
application server e database, respectivamente. A denominação dinâmico é dada ao servidor tendo em vista a atualização dos arquivos
hospedados antes de enviá-los ao solicitante.

De forma resumida, para carregar uma página da internet, o navegador envia uma solicitação ao servidor web. O servidor fará a busca pelo arquivo
solicitado em seu espaço de armazenamento de arquivos. Uma vez encontrado o arquivo, o servidor fará o processamento e envio dos dados
solicitados.

Armazenamento dos arquivos


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Um servidor web precisa ser capaz de armazenar os arquivos dos sites (textos, imagens, códigos etc.). Esse armazenamento pode ser feito em um
computador próprio.

Contudo, a utilização de um servidor dedicado apresenta vantagens, como:

o servidor está sempre ligado e rodando os programas;

o servidor está sempre on-line;

há um endereço IP fixo.

Protocolo de comunicação
Um protocolo consiste em um conjunto de regras para a comunicação entre dois ou mais computadores.

A escolha de um protocolo de comunicação adequado é essencial para o bom funcionamento do servidor web. Por exemplo, um servidor web do
tipo HTTP (protocolo de transferência de hipertexto) especifica como é feita a transferência de arquivos hipertexto entre dois computadores.

A vantagem no uso do protocolo HTTP consiste no fato de ser um protocolo textual sem estado.

Textual expand_more

Todos os comandos são de textos simples.

Sem estado expand_more

Os servidores e os clientes não armazenam as informações de comunicações anteriores.

Assim, o protocolo HTTP fornece as regras sobre como um cliente e um servidor se comunicam.

I. Os clientes fazem as requisições e os servidores respondem às solicitações dos clientes.

II. Os clientes fornecem o Localizador de Recursos Uniforme (Uniform Resource Locator – URL). Caberá ao servidor HTTP confirmar se a URL
corresponde a um arquivo existente.

III. Caso não seja possível confirmar o endereço, uma mensagem de erro é exibida.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

As diferentes topologias utilizadas em uma rede de comunicação tornam possível a troca de dados entre os diversos equipamentos. Quando os
equipamentos são conectados em série por meio de um circuito fechado e utilizando repetidores, trata-se da topologia:

A Anel

B Estrela

C Árvores

D Malha regular

E Malha irregular

Parabéns! A alternativa A está correta.


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%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20topologia%20em%20anel%20consiste%20na%20conex%C3%A3o%20dos%20equipamentos%20em%20s%C3%A9rie%20atrav%C3%

Questão 2

Os solicitantes dos serviços que enviam seus pedidos ao servidor, podendo centralizar diferentes solicitações em determinado servidor e ser
navegadores ou aplicativos, são denominados:

A Auxiliares

B Clientes

C Hardware

D Software

E Protocolo

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EOs%20clientes%20(como%20os%20navegadores%20da%20web%20ou%20aplicativos%20de%20bancos)%20enviam%20suas%20solici

3 - Redes de Comunicação
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os diferentes serviços de arquitetura de rede.

Vamos começar!
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As diferentes características de uma rede de comunicação
Neste vídeo, o especialista aborda os principais conceitos e aspectos que devem ser observados durante a leitura deste módulo.

Definições de uma rede de comunicação


As redes de comunicação passaram por diversas mudanças com os avanços tecnológicos.

As primeiras redes de comunicação eram utilizadas para a comunicação entre os elementos de chão de fábrica: sensores, atuadores e
controladores. Essas instalações demandavam quilômetros de cabos e um elevado custo e mão de obra em larga escala.

Os avanços tecnológicos permitiram o uso de novas topologias, a integração de dispositivos inteligentes, controladores e computadores. A adoção
dessas novas práticas levou a mudanças como:

aumento da competitividade, isto é, redução de custos na implementação e manutenção;

integração de circuitos em larga escala;

substituição dos controladores lógicos baseados em relés pelos controladores microprocessados; e

troca dos painéis de controle pelos sistemas supervisórios computadorizados.

Essas mudanças possibilitaram a economia de cabos, mas levaram a uma grande dependência dos sistemas digitais.

Características de uma rede de dados


Entre as características mais importantes de uma rede de comunicação de dados, vejamos alguns destaques.

Taxa de transmissão de dados expand_more

Consiste na velocidade com a qual os bits da informação trafegam pelos meios de comunicação (cabos ou sem fio) quando transmitidos de
um dispositivo para outro (unidade quilobits por segundo – Kbps, megabits por segundo – Mbps).

Eficiência do protocolo expand_more

É definida pela relação entre os bytes de dados e o total de bytes de uma rede.
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Topologia da rede expand_more

Deve-se levar em consideração informações fundamentais, tais como:

o fluxo de informações;

o número de mensagens;

a frequência com que as mensagens são trocadas.

Classificação de uma rede de controle


A classificação de uma rede de controle depende:

do tipo de controle (de processo e lógico);

da complexidade dos instrumentos (simples ou complexos).

Um exemplo dessa classificação pode ser visto na próxima imagem.

Ilustração da classificação de uma rede.

Alguns tipos de redes


As redes de comunicação são as denominações dadas às conexões dos equipamentos e que possibilitam as trocas de informações entre esses
elementos. Veja mais sobre isso a seguir.

Rede sensorbus

As redes do tipo sensorbus permitem o tráfego de bits. Essas conexões incluem:

poucos equipamentos;

equipamentos simples;

conexões simples e diretas

Entre as características das redes de sensorbus pode-se destacar:


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comunicação rápida e discreta (digital ou bits);

elementos de baixo custo.

Essas redes são amplamente utilizadas em pequenas distâncias (poucos metros) e em sistemas de baixo custo. Podemos citar como exemplo de
rede sensorbus a AS-I (Interface Atuador – Sensor ou Actuator-Sensor Interface).

Rede devicebus

As redes desse tipo permitem a troca de dados em bytes. Permitem cobrir distâncias de até 500 metros com instrumentos predominantemente
discretos.

Apresentam características similares às redes sensorbus, porém são capazes de lidar com um quantitativo maior de equipamentos e dados.

Como exemplo, podemos citar as redes Device-Net e Profibus DP.

Rede fieldbus

As redes do tipo fieldbus são consideradas mais inteligentes, podendo conectar equipamentos a distâncias mais longas.

Os equipamentos conectados a uma rede fieldbus possuem certo nível de inteligência e são capazes de executar funções específicas. Esses
equipamentos podem lidar com sinais digitais e analógicos, bem como ser parametrizados a distância.

As taxas de transferência são menores que as das redes sensorbus e devicebus. Como exemplo de utilização desse tipo de rede, podemos destacar
Fieldbus Foundation e Profibus PA.

Configurações de comunicação
As configurações de comunicação ou tipos de comunicação definem a maneira como os equipamentos de uma rede de comunicação são
relacionados.

Enquanto a topologia define a ligação entre os equipamentos, o tipo de comunicação define como os equipamentos conectados serão relacionados
entre si. Veja mais sobre isso a seguir.

Mestre/escravo

A metodologia mestre/escravo envolve um dispositivo configurado como mestre e os demais como escravos. Os dispositivos definidos como
escravos trocam dados apenas com o mestre.

Multimestre

Nas configurações do tipo multimestre, mais de um mestre está conectado a uma rede.

Cada mestre tem um conjunto próprio de escravos.

Cada conjunto de escravos troca mensagens apenas com seus respectivos mestres.

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Ponto a ponto

Os dispositivos possuem certo nível de inteligência e tomam a iniciativa de se comunicar com os dispositivos que se encontram livres.

Podem, ainda, trocar dados com múltiplos dispositivos ou múltiplas vezes com um mesmo dispositivo, desde que os equipamentos estejam livres
para comunicação.

Métodos de troca de dados


As trocas de dados em uma rede de comunicação podem ser realizadas entre a origem e um destino (redes do tipo ponto a ponto) ou entre a
origem e múltiplos destinatários simultaneamente (multicast ou broadcast multiplexado).

Contudo, a maneira como esses dados são trocados depende dos equipamentos e das configurações utilizadas. Veja mais sobre isso a seguir.

Polling

Os dados são enviados pelos dispositivos assim que os recebem.

Por exemplo, quando um sensor detecta uma alteração na variável monitorada, ele envia essa nova leitura prontamente.

Esse tipo de método de troca de dados é compatível com as configurações do tipo mestre/escravo e multimestre. Ocasionalmente, pode ser
utilizado na configuração ponto a ponto, embora não seja comum.

Cíclico

A produção de dados pelos dispositivos é realizada em uma taxa especificada previamente pelo usuário.

Uma das vantagens nesse tipo de metodologia é a transferência de dados, tendo em vista que ocorre a uma taxa adequada aos dispositivos
utilizados na instalação.

Essa metodologia é compatível com as configurações mestre/escravo, ponto a ponto e multimestre.

Mudança de estado

Os dados são transmitidos apenas quando solicitados (mudança de estado). Nesse tipo de configuração, um sinal em segundo plano é transmitido
ciclicamente para confirmar que o dispositivo se encontra operacional, tendo em vista que pode permanecer sem comunicação durante um período
razoável de tempo.

Boas práticas de segurança e conectividade


Algumas boas práticas de segurança e conectividade são utilizadas e recomendadas para garantir a segurança para o usuário e para toda a rede a

que está conectado.

Destacamos a seguir exemplos de boas práticas


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Destacamos, a seguir, exemplos de boas práticas.

Segurança física
O limite de acesso físico de pessoas aos dispositivos conectados à rede é uma recomendação de segurança para toda rede e quaisquer
dispositivos a ela conectados. Por limitação física entende-se:

controle de acesso às áreas em que estão instalados os equipamentos;

limite de acesso aos painéis;

controle de conexão de dispositivos na rede;

isolamento do cabeamento utilizado na instalação da rede;

monitoramento contínuo por meio de uma sala de controle.

Segurança de rede
A segurança da rede difere da segurança física na maneira como é feita a atuação sobre o processo.

Diferentemente da proteção física, a segurança de rede se preocupa com o acesso virtual, por meio de malwares (vírus etc.) ou atividades de
invasão (hackeamento).

Como técnicas de proteção de segurança da rede entende-se:

utilização de firewalls;

proteção da integridade dos equipamentos da rede como switches e roteadores.

Manuseio de tecnologia
Os equipamentos que são empregados na rede de forma secundária (como alimentadores de dados, computadores, entre outros) também precisam
de proteção para garantir que não venham a produzir qualquer tipo de contaminação. Para proteção, podemos adotar técnicas como:

patchs, que consistem em atualizações e reconfigurações recomendadas pelos fabricantes;

antivírus;

remoção constante de aplicativos não fundamentais;

procedimentos de trabalho;

protocolos de segurança.

Em alguns casos também são adotados os softwares de auditorias, autenticação e controle de acesso.

Comentário

Nas boas práticas de conectividade, a maior preocupação é com a redução da latência, que consiste no tempo entre a saída de um dado do
equipamento e a resposta do servidor para o qual o dado foi enviado. Quanto menor a latência, menor é o tempo entre o envio do dado e a resposta.

Essa preocupação se deve aos efeitos que uma elevada latência pode apresentar sobre a rede, tais como:

redução na disponibilidade, a queda constante do servidor por excesso de informação (latência muito elevada);

perda de integridade devido à péssima qualidade de conexão;


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perda de integridade, devido à péssima qualidade de conexão;

confidencialidade de dados.

Entre as estratégias de conectividade encontramos segmentação e priorização. Veja mais sobre isso a seguir.

Segmentação

Utilização de redes do tipo multissegmentos, ou seja, múltiplos caminhos para o tráfego da informação.

Priorização

Mediante a priorização, implementada por meio do Quality of Service (QoS), é possível definir quais dispositivos terão prioridade no acesso à rede e
na troca de dados. Dessa maneira, é mais fácil determinar as prioridades e garantir um acesso de qualidade aos dispositivos prioritários.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

As redes de comunicação vivenciaram evoluções tecnológicas significativas. A integração de dispositivos inteligentes e controladores nas
redes levou a mudanças como:

A Aumento do custo na implementação.

B Aumento do custo de manutenção.

C Intensificação do uso de controladores baseados em relés.

D Integração de circuitos em larga escala.

E Utilização dos painéis de grande porte para controle.

Parabéns! A alternativa D está correta.


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paragraph'%3EO%20desenvolvimento%20dos%20dispositivos%20tecnol%C3%B3gicos%2C%20integrados%20%C3%A0s%20redes%20de%20comunica

Questão 2

Diversos tipos de redes de comunicação podem ser utilizados nos processos industriais de maneira a permitir a comunicação entre os diversos
equipamentos de um processo produtivo. Um exemplo é a rede sensorbus, que, entre as características de suas conexões, inclui:

A Poucos equipamentos.

B Muitos equipamentos.

C Equipamentos complexos.

D Elementos de elevado custo.

E Comunicação lenta e analógica.

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Parabéns! A alternativa A está correta.


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paragraph'%3E%20As%20redes%20sensorbus%20possuem%20diversas%20vantagens%20na%20utiliza%C3%A7%C3%A3o%20em%20processos%20d

Considerações finais
As redes industriais consistem em um conjunto de equipamentos interligados, permitindo a troca de dados e o compartilhamento de recursos.
Diferentes tipos de protocolos e topologias são utilizados para permitir a comunicação e transmissão de dados.

No módulo 1, os conceitos fundamentais de uma rede industrial foram definidos. Os diferentes equipamentos que integram uma rede industrial
foram descritos e discutidos em detalhes. Um breve histórico dos sistemas de comunicação foi ilustrado, bem como os tipos de comunicação.

No módulo 2, foram apresentadas as topologias de redes, além das configurações utilizadas na topologia ponto a ponto, suas vantagens e
desvantagens. De maneira similar, as configurações da topologia por difusão foram detalhadas. Vimos em detalhes os sistemas do tipo cliente-
servidor e a importância dos servidores, de hardware e software utilizados na troca de dados conectados à rede. Por fim, examinamos a importância
dos protocolos HTTP e dos servidores estático e dinâmico.

No módulo 3, foram detalhados os tipos de comunicação, assim como as características de uma rede de dados e a classificação de uma rede de
controle. As redes do tipo sensorbus, devicebus e fieldbus foram discutidas e as especificidades de cada rede foram tratadas. Também foram
apresentadas as configurações de comunicação do tipo mestre-escravo, multimestre e ponto a ponto. As aplicações de cada uma foram discutidas.
Por fim, os métodos de troca de dados foram tratados e suas aplicações nas configurações de comunicação foram apresentadas. Algumas boas
práticas de segurança e conectividade foram destacadas, de maneira a ilustrar para o leitor a importância de alguns cuidados na implementação
das redes de trocas de dados.

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Podcast
Agora, o especialista encerra o tema falando fazendo um breve resumo dos principais tópicos que foram abordados ao longo dos módulos.

Referências
LUGLI, A. B.; SANTOS, M. M. D. Redes industriais para automação industrial. São Paulo: Saraiva Educação SA, 2010.

MARTINS, J. S. B. Redes industriais: o estado da arte da tecnologia. In: SEMINÁRIO SOBRE REDES DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL, 1., São Paulo, p.
1-10, 1990. Anais [...] São Paulo: Sobracon, 1990.

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RIBEIRO, M. A. Automação industrial. Salvador: [s.n.], 1999.

ROGGIA, L.; FUENTES, R. C. Automação industrial. Santa Maria: E-tec Brasil, 2016.

SALAZAR, A. O. et al. Automação, controle e supervisão de uma planta industrial utilizando tecnologias em redes industriais. CEP, v. 59072, p. 970,
2006.

SOUZA, V. A. Princípios de automação industrial com CLP. Joinville: Clube de Autores, 2013.

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Leia o artigo Redes industriais, de César Cassiolato.

Consulte os sites da Profinet e da Profibus para entender melhor como funcionam as redes industriais de automação.

O site Automação Industrial disponibiliza vídeos e materiais sobre infraestrutura e conectividade de redes na indústria 4.0.

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