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POLICARBONATO
COMPACTO
Mecanização 03
Indicações gerais 03
Cortar 03
Cortar e cunhar 04
Furar 05
Fresar 05
Corte com laser 06
Moldagem 06
Moldagem a frio 06
Termo-moldagem 06
Colagem e fixação 11
União com colas dotadas de dissolventes 11
União com colas reactivas 12
União com fita adesiva 12
Soldar 13
Fixação mecânica 13
Acabamento 15
Esmerilar 15
Polir 15
Decoração 15
Limpeza 16
Propriedades materiais do Makrolon mono 16
MAKROLON MONO, Makrolon mono é sinónimo de chapas maciças de policarbonato. A sua elevada
SORTIDO DE CHAPAS transparência e superfície lisa tornam.no num material atractivo para as mais
COMPACTAS diversas aplicações. Makrolon mono possuí uma extraordinária resistência ao
impacto, inclusive a temperaturas até -100ºC.
ARREFECIMENTO
Para a mecanização normal com retirada de aparas não é necessário proceder ou
arrefecimentos das chapas Makrolon mono. No caso de sobreaquecimento local,
por exemplo, produzido pela perfuração de chapas grossas, recomenda-se
arrefecer a superfície com água ou com ar comprimido isento de óleos.
Para a mecanização com retirada de aparas das chapas Makrolon mono não devem
ser utilizadas emulsões de óleo. Podem conter aditivos aos quais o Makrolon mono
não seja resistente, e favorecer deste modo a formação de fissuras por tensões
internas.
Nota: a primeira vez que se aquece o material a uma temperatura superior a 145º
(temperatura de transição vítrea), produz-se uma contracção entre 3-6% em função
da espessura.
PELÍCULA DE PROTECÇÃO
As chapas de policarbonato Makrolon mono estão protegidas por uma película de
polietileno em ambos os lados para evitar danificar o aspecto polido da superfície da
chapa durante o seu transporte e transformação.
MARCAÇÃO
A marcação da posição dos furos a realizar, limites a cortar, etc., deve ser realizada
sobre a película de protecção. Se for necessário efectuar marcações, utilizar um
lápis macio ou um marcador. Evitar objectos pontiagudos, porque a linha produzida
actua como entalha e, quando o esforço/ pressão é muito grande a chapa pode
quebrar por esta linha.
SERRA CIRCULAR
A forma mais simples para cortar as chapas Makrolon mono é através de uma serra
circular. A experiência demonstra que o corte mais perfeito obtém-se através de
serras circulares de metal duro. O espaço entre dentes da lâmina varia de um
pequeno espaço para chapas finas e mais espaçados para chapas mais grossas. A
mesa deve estar isenta de particulas, que podem danificar a película de protecção e
consequentemente riscar as chapas Makrolon mono. No caso da chapas de 1,5 mm
de espessura, utilizar uma chapa grossa de apoio ou utilizar tesoura no lugar da
serra circular.
SERRA DE CINTA
As serras de cinta são ideais para cortes curvos, por exemplo, em peças moldadas
ou para cortar formas irregulares. Para se obter cortes com limites lisos é importante
que a mesa tenha um apoio firme. Se o material é grosso requer um grande
espaçamento entre dentes.
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MECANIZAÇÃO
CORTAR Para conseguir limites de corte com grande qualidade é melhor usar serras
(Continuação) circulares ou fresas, em substituição das serras de cinta.
Ângulo de
Corte
incidência
Ângulo de
desprendimento
Ângulo de
desprendimento
Corte x - x
S e r r a de f i t a S e r r a c ir c u la r
Ângulo de incidê ncia α 20 - 40º 10 - 30º
Ângulo de des prendime nto γ 0 - 5º 5 - 15º
V e l o c i d a de d e c o r t e ( m / s e g . ) 10 - 17 17 - 50
D i s t â n c i a e nt r e d e nt e s 1,5 - 3,5 2 - 10
(ver figuras 1 e 2)
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MECANIZAÇÃO
30º
60º
60º
M a k r o l on m on o 30º Cutelo
mm
0,
75
0,01 - 0,03 mm
0,
m
m
0,01 - 0,03 mm
Os orifícios perfurados devem ficar lisos, sem entalhas nem zonas rugosas, por
forma a conseguir uma fixação segura. Ângulos recomendados para a broca:
Corte x - x
Ângulo da estria β
α Ângulo de
incidência
Corte x Corte x
γ
As chapas Makrolon mono são facilmente trabalháveis com fresas. A escolha da FRESAR
fresa a utilizar dependerá do trabalho pretendido. Verifique que a ferramenta tem o
gume afiado e uma boa evacuação das partículas.
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MECANIZAÇÃO
CORTE COM LASER Para a divisão térmica de chapas Makrolon mono, com ou sem película de
protecção, podem utilizar-se diversos tipos de laser. O laser é útil quando se
pretende cortar contornos complicados. Para obter cortes sem bolhas, deve-se
secar previamente as chapas de Makrolon mono. É recomendável um recozimento
posterior. O corte com laser de chapas de Makrolon mono com espessura superior a
2 mm pode provocar a alteração da cor dos limites.
MOLDAGEM
BISELAR A FRIO
As chapas de Makrolon mono podem ser biseladas a frio. Para obter bons
resultados não devem ultrapassar-se os seguintes limites:
Para uma secagem correcta a uma temperatura de 120 a 125º recomenda-se o uso
de estufas com ar circulante. Os tempos de secagem variam em função da
espessura das chapas de Makrolon mono.
1 1,5
2 4
3 7
4 12
5 18
6 22
8 30
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MOLDAGEM
Após ter sido removida a película de protecção, as chapas devem ser colocadas em TERMOMOLDAGEM
bastidores ou colocadas em posição vertical. A distância entre as chapas deve ser (Continuação)
de 20 30 mm, por forma a que o ar possa circular livremente.
BISELAR A QUENTE
A biselagem a quente é uma termomoldagem relativamente fácil, para fabricar
peças moldadas com recurso a um eixo. Basta aquecer localmente as chapas de
Makrolon mono a 150-160ºC. Geralmente não é necessário realizar secagem
prévia.
Se o aquecimento se realiza num dos lados, a chapa deverá ser voltada diversas
vezes para se obter um aquecimento uniforme em ambos os lados. Chapas a partir
de 3 mm e quando se tenham que produzir muitas unidades, recomenda-se o
aquecimento em simultâneo por ambos os lados com aquecedores tipo sandwich.
Ajustando a largura submetida a aquecimento através de uma tela móvel (ver figura
6) podem realizar-se diversos raios de curvatura, porém sem ultrapassar o raio de
curvatura mínimo, que equivale a 3 vezes à espessura da chapa.
M a k r o l on
Suporte móvel Mono
Eventualmente refrigerado
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MOLDAGEM
Para evitar elevadas perdas de calor nas chapas durante o respectivo aquecimento
ou um arrefecimento desigual, com as consequentes tensões internas e
empenamentos, recomenda-se manter a uma temperatura constante o dispositivo
de pressão. Para melhorar a distribuição de espessuras, as chapas podem ser
submetidas a embutição profunda com recurso a um pré-alongamento mecânico.
Basta o próprio peso ou uma ligeira pressão aplicada com luvas ou com um tecido,
para moldar a chapa sobre o molde positivo. A seguir tem-se que arrefecer as
chapas ao ar livre. Atenção à corrente de ar que poderia provocar deformações e
tensões na peça moldada.
M a k r o l on
Mono
Molde
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MOLDAGEM
Ø 5 - 10 mm
Figura 9.
Molde negativo Molde positivo
09
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MOLDAGEM MOLDAGEM
OUTROS MÉTODOS
Outros métodos de termo-moldagem são combinações dos métodos descritos
anteriormente.
RECOZER
As chapas de Makrolon mono deveriam ser sempre processadas em condições
óptimas. Deste modo evita-se que surjam tensões internas elevadas dentro das
chapas, que obrigam a um tratamento térmico posterior.
Com o recozimento das chapas Makrolon mono numa estufa pode-se praticamente
eliminar as suas tensões internas. Para isso aquece-se as peças de modo uniforme
a 120-130ºC e mantêm-se a esta temperatura durante um período de uma hora por
cada 3 mm de espessura do material. É muito importante que as peças as peças
arrefeçam sem grandes variações de temperatura, de preferência dentro da mesma
estufa.
M olda gem
M olda gem
C u r v a t u ra a M olda gem p o r s o pr o /
P roble ma Causa possível Solução com
quente por vácuo sem contra-
a l o n g a m e nt o
molde
Chapa co m bo rbulhas humidade Secagem prév ia • • • •
Aquec imento excessiv o Reduzir aqueciment o • • •
Peç as mal m oldadas Chapa demas iado quent e Reduzir aqueciment o • •
M olde dem asiado frio Aum entar tem peratura do •
mo lde
Peç a desmo ldada tarde Reduzir ciclo de arrefecim ento •
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MOLDAGEM
COLAGEM E FIXAÇÃO
Muito cuidado ao trabalhar com dissolventes: podem ser tóxicos ou conter UNIÃO COM COLAS
compostos cancerígenos. É necessário uma boa ventilação e extracção de ar. DOTADAS DE
Seguir as intruções das folhas de segurança fornecidas pelos fabricantes dos DISSOLVENTES
dissolventes.
Para a colagem das chapas Makrolon mono deve-se distribuir uniformemente a cola
na superfície a colar. A união resultante da colagem deve resistir a forças de
deslocação ou tracção (ver figura 10).
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COLAGEM E FIXAÇÃO
UNIÃO COM COLAS Adicionando à cola cerca de 8% de particulas de Makrolon mono, obtem-se um
DOTADAS DE verniz adesivo de menor velocidade de evaporação e maior viscosidade, o que
DISSOLVENTES torna mais fácil a plicação e manipulação da cola.
(continuação)
Outra vantagem do verniz adesivo reside nas peças a colar, neste caso as mesmas
não necessitam encaixar tão perfeitamente entre si (recheia as juntas) como no
caso da utilização da cola com dissolvente na sua forma original.
Não utilizar colas dotadas de dissolventes para colar o Makrolon mono dura, já que
o recobrimento anti-riscos destas chapas impede a formação de uma união firme.
Para colar chapas de Makrolon mono dura com colas reactivas é necessário
realizar ensaios prévios, já que este material não é fácil de colar.
UNIÃO COM FITA ADESIVA Para uma colagem rápida pode-se utilizar fitas adesivas de duplas face,
transparente (de base acrílica). Esta fitas são elásticas e têm uma boa aderência
sobre o Makrolon mono. São mais apropriadas para colar as chapas finas de
Makrolon mono com outros plásticos, vidro ou metal.
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COLAGEM E FIXAÇÃO
Figura 11. Colagem com fita adesiva UNIÃO COM FITA ADESIVA
(Continuação)
Makrolon mono
Os furos realizados nas chapas de Makrolon mono diminuem a sua resistência. FIXAÇÃO MECÂNICA
Tendo em conta o coeficiente de dilatação térmica linear relativamente alto
(comparado ao do vidro ou ao do metal), deve-se adoptar medidas de desenho nas
quais as peças de Makrolon mono se possam mover livremente no caso de variação
da temperatura.
Coeficiente de
Dilatação para
d i la t a ç ã o
variação 20ºC
t é r m i c a li n e a r
em mm
(mm/ m ºC)
M a k r o lo n M o n o 0,065 1,3
Alum ínio 0,024 0,48
Aço 0,012 0,24
V i d ro 0,008 0,16
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COLAGEM E FIXAÇÃO
FIXAÇÃO MECÂNICA Figura 11. Não utilizar parafusos de cabeça cónica, podem propiciara
(continuação) formação de fissuras
Quando se efectua a fixação, ter em conta que não se deve aplicar forças de aperto
local excessivo sobre as chapas de Makrolon mono. Utilizar anilhas ou cintas de
borracha para repartir melhor a pressão.
Os furos de fixação deverão ser feitos sempre com um suplemento de medida para
compensar os movimentos de dilatação e contracção. Este suplemento dependerá
das medidas das chapas e das variações de temperatura esperadas para as peças
depois da sua colocação. Se as chapas são muito compridas, então os furos de
fixação devem ser alargados.
A distância entre o centro do furo e o limite externo da chapa tem que ser pelo menos
o dobro do diâmetro do furo e ter em qualquer caso pelo menos 6 mm. Os parafusos
devem apertar-se deixando que, no caso de variação da temperatura, a chapa de
Makrolon mono possa dilatar ou contrair livremente. Distância: 2 x Ø do furo, mas
sempre > 6 mm (ver figura 14).
Pode-se incrustar e fixar peças metálicas no Makrolon mono por soldadura com
ultra-sons.
Parafuso
Placa metálica
Junta
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COLAGEM E FIXAÇÃO
Makrolon mono
ACABAMENTO
As chapas de Makrolon mono podem ser esmeriladas com lixas normais em húmido ESMERILAR
ou seco como preparação para o polimento. Ter em conta que, para evitar a fusão do
material, a força a de aperto a aplicar com a máquina de esmerilar sobre o material
deve ser pequena.
Para esmerilar utilizar, se possível, rugosidade progressiva (por exemplo: 150, 240
e 400).
A aderência sobre as chapas de Makrolon mono dura é muito reduzida, pelo que a
sua decoração é muito difícil. Nas chapas Makrolon mono AR, o lado mate não é
indicado para impressão.
PINTAR E IMPRIMIR
Depois da limpeza prévia pode-se pintar ou imprimir as chapas de Makrolon mono,
sem mais preparativos.
GRAVAR A QUENTE
É possível gravar a quente as chapas de Makrolon mono com uma estampa de
gravação.
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LIMPEZA
O Makrolon mono apresenta uma superfície sem poros, na qual a sujidade apenas
pode fixar-se. As peças que acumulem pó podem limpar-se com água, um pano
macio ou uma esponja: nunca friccionar em seco!
Com um pano de microfibra humedecido em água pode obter-se uma boa limpeza,
sem provocar riscos. No caso de sujidade forte, sobretudo gordura, pode-se utilizar
gasolina isenta de benzeno.
Não são adequados para o Makrolon os sistemas do tipo mecânico, quer sejam
escovas giratórias, raspadores, etc., por mais abundante que seja o fluxo de água a
irrigar as escovas, estas podem riscar a superfície das chapas. Excepção: Makrolon
mono dura.
CONDIÇÕES DE
PROPRIEDADES UNIDADES NORM AS MAKROLON MONO
ENSAIO
P roprie dades
mecânicas
C. M ódulo (tracç ão) 1 mm/ min MPa ISO 527 2400
C. Tensão dúctil 50 mm/ min MPa ISO 527 65
C. Alargam ento de flexão 50 mm/ min % ISO 527 6
C. Alargam ento à ruptura no minal 50 mm/ min % ISO 527 > 50
C. Tensão de ruptura 5 mm/ min MPa ISO 527 -
C. Alargam ento à ruptura 5 mm/ min % ISO 527 -
C. M ódulo de fluência (t racção ) 1h MPa ISO 899-1 2200
C. M ódulo de fluência (t racção ) 1000 h MPa ISO 899-1 1900
C. Resis tência ao impact o C HA RP Y 23ºC Kj/ m 2 ISO 179-1eU NB
C. Resis tência ao impact o C HA RP Y -30ºC Kj/ m 2 ISO 179-1eU NB
Resis tência ao impact o c om entalha IZOD 23ºC Kj/ m 2 ISO 180-4A 95
Resis tência ao impact o c om entalha IZOD -30ºC Kj/ m 2 ISO 180-4A 15
P roprie dades térm icas
C. Temperat ura de transiç ão v ítrea 10 K/ min ºC IEC 1006 150
C. Temperat ura de m ét o do A f 1.80 MP a ºC ISO 75 128
defo rmação por c alor
m ét o do B f 0.45 MP a 141
HDT
C. Temperat ura de/ o u abrandamento Vicat 50 N; 50 K/ h ºC ISO 306 147
C. Co eficient e de longit udinal de 23 a 55ºC 10-4/ K AST M E 831 0,7
dilatação linear transversal de 23 a 55ºC 10-4/ K AST M E 831 0,7
classe UL 94, (IEC 707) V- 2/ 0,81
C. Resis tência à c hama UL 94 / espes sura em
classe UL 94, (IEC 707) HB/ 1,5
mm, yellow card
classe UL 94, (IEC 707) HB/ 3,0
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PROPRIEDADES MATERIAIS DO MAKROLON MONO
CONDIÇÕES DE
PROPRIEDADES UNIDADES NORMAS MAKROLON MONO
ENSAIO
Propriedades térmicas
C. Resis tência à c hama - Índic e de oxigénio proc edimento A % ISO 4589 28
1,0 mm ºC IEC 695-2-1/ 2 850
Temp. máx. em ensaio co m resis tência 1,5 mm ºC IEC 695-2-1/ 2 850
incandesc ente 2,0 mm ºC IEC 695-2-1/ 2 850
3,0 mm ºC IEC 695-2-1/ 2 960
Propriedades eléctricas
C. Co eficient e de permisiv idade 100 Hz IEC 250 3
C. Co eficient e de permisiv idade 1 M Hz IEC 250 3
C. Fact or de perdas dieléctri cas 100 Hz 10-4 IEC 250 10
C. Fact or de perdas dieléctri cas 1 M Hz 10-4 IEC 250 80
C. Resis tência t ransvers al especí fica Ohm . Cm IEC 9 3 1016
C. Resis tência t ransvers al especí fica Ohm IEC 9 3 1016
C. Resis tência a go lpes kV/ mm IEC 243-1 30
Propriedades diversas
C. Abs orç ão de água po r imersão 23ºC satur ação % ISO 62 0,35
23ºC/ 50% hum. Rel.
C. Abs orç ão de hum idade % de aco rdo c om a ISO 62 0,15
Saturação
C. Densidade Kg/ m 3 ISO 1183 1200
Transm issão de luz 1 mm % definido na DIN 5036-1 81
NB = Não quebra
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