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PROLOGO
Sáb, 25 de Dezembro de 2010 17:14

Meu nome é Professor Prawdanski.

Logicamente, é um nome fictício. Minha vida sempre foi tranqüila e comum. Bem, pelo menos,
até alguns dias atrás. Nunca pedi, ou fiz nada para mudá-la, gostava de como vivia, mas, não
tive escolha. Hoje vivo fugindo, escondido. Estou sendo caçado, como um animal, e tudo para
esconder uma inconveniente verdade. Verdade esta que, se revelada, poderá mudar a forma
como vemos a nossa sociedade, a nossa espécie, e a nós mesmos. Verdade esta que, se
divulgada, poderá nos livrar da tirania que nos tolhe de uma liberdade que nunca tivemos. Mas,
que nos fazem pensar que a possuímos.

Se você, possuir curiosidade, e desprendimento o suficiente, para saber deste segredo, que
perdura por muitos séculos, acompanhe esta história. Não peço que acreditem no que estão
lendo, mas, que leiam com olhar crítico e ao final, tirem suas próprias conclusões.

Peço para que hajam da forma contrária a que sempre lhe ensinaram. Não aceitando algo
como verdade absoluta, somente porque alguém falou que era. Gostaria que, filosofassem
sobre o assunto, com calma, chegando a uma resposta que, em seu intimo, aceite como
verdade, sem imposição, somente, aceitação.

O que descobri, estou descobrindo, e vou revelar (enquanto for possível), deve ser partilhado
entre todos os seres humanos. Quantas mais pessoas tomarem conhecimento desta verdade
oculta, melhor para todos nós, que saberemos nosso verdadeiro lugar neste pequeno planeta
azul, sem mentiras e ilusões. Divulgue esta história.

Tudo começou, quando cheguei ao meu apartamento em Curitiba, como de costume, por volta
das 22 horas, carregando duas blusas e um guarda-chuva, normal para quem mora nesta
cidade. Retornava da faculdade onde leciono, ou lecionava, pré-história. Na verdade, Curitiba
não é um bom lugar para alguém com minha formação, mas, eu tinha um bom motivo para
morar nesta cidade. Se é que, precisa de motivo, pois, a não ser pelo clima totalmente instável
e pelos motoristas ruins, Curitiba é um ótimo lugar para se viver.

Na portaria havia um pacote a mim endereçado. Até ai tudo normal, afinal, sempre recebia

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pacotes. Graças à globalização, podia exercer minha especialização, “línguas extintas”, mesmo
estando longe das escavações. Isto dava um “up” no baixo orçamento de professor.

O singular no pacote era o fato de, ser bem maior e mais pesado do que o normal, e, o
destinatário... no mínimo, estranho.

John Jackson

Pollard, AL - USA

Além de, não conhecer nenhum John Jackson, nunca ouvira falar desta cidade, Pollard.

Já no meu apartamento, abri o pacote, ciente de que eram decalques. Era desta forma que
traduzia escritas antigas e, mortas. Já há muitos anos, arqueólogos copiam as escritas
encontradas em obras e pedras usando esta técnica. Desta forma, não precisam enviar a
relíquia até o tradutor ou vice-versa, basta enviar o decalque. Foi assim que Jean-François
Champollion decifrou, como todos sabem, a pedra rosetta, e revelou ao mundo as maravilhas
dos hieróglifos do Egito antigo.

Mas, ao abrir o pacote, encontrei algo inesperado.

- Não pode ser verdadeiro! – Falei comigo mesmo.

Mesmo com esta certeza, uma onda de euforia tomou conta de mim. Precisei sentar. Por vários
minutos, fiquei ali, observando detalhadamente o conteúdo daquele pacote, sem imaginar, que
mudaria completamente a minha vida.

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