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ara a mam agama Método de Recuperagao os © Solos Q Contaminados Como recuperar solos contaminados por residuos t6xicos industriais. Carlos Alberto Monge Nilo foi a toa que perde- mos aquela final para 0 time da Franga, em Jutho do ano passado. © moder cS nissimo Stade de France for construido sobre um antigo terreno absolutamente contaminado por lixo t6: xico industrial. B aquela estoria, eles es. tavam acostumados com aquele cheiro, 16s nilo, Ocasionalmente, pela variagio do lencol fredtico, a grama perde aquele verde caracteristico e fica palida ao mes. mot npo em que aparece no ar um chei ro diferente daquele que estamos acos- tumados a sentir quando entramos num estidio, Fontes oficiais garantem que foi feito um “moderno tratamento de descon: taminagdo no solo’ Uma outra drea bastante contaminada © tratada posteriormente” 6 a re Lisboa, Portugal, onde foi realizada a exi- bigiio mundial de 1998, com construgdo de um grande aqudrio, estagdo de trens, reas cobertas e grandes obras de arte Um terreno contaminado aquele que contém substancias quimicas t6xieas em quantidade e concentragao suficientes para causar danos, din te, ao homem ou ao meio ambiente, Trata-se de um sério problema, bastante tual, comum a todas as grandes cidades mundiais. Rio e So Paulo, por exemplo, onde existem grandes direas industriais, ativas ou ndo, apresentam estoques de ‘material t6xico que estio comprometen: do. solo, a dgua fredtica, 0 are o mar. A grande questo esti na solugiio a ser dada, Pode variar do simples encapsula. mento ao tratamento descontaminante do solo afetado, mS © Incentivos econdmicos dos governos estaduas, nos EUA, estimulam o tratamento de terrenos “prols- oe", proplciand assontamentos do novas industria. RECUPERAR + Julho/Agosto 1999 1 estado ou 0 municipio devem interfere no totamento de terranes contaminados, Jd que, nv tam 0 mlo ambient Nos EUA e na Europa esta questi est em bastante evidéncia devido a existéncia de grandes terrenos com substincias toxicas e ‘anecessidade do seu reaproveitamento por novas empresas. E hoje j4 ocupam, dre do contexto das is compram o lugar que mportantes dent ades que niio param d cerescer, No més dle novembro passado, em Los Angeles, foi realizada uma conferéncia sobre terrenos contaminados. Os assuntos tratados convergiram para as estraté- gias técnico/econ6micas para sua reeuperagio, Li, diferen te daqui, fez-se 0 mapeamen to efetivo das areas “doen sm todo tipoe tamanho de cidades, de 16.531 ter quantifieando-se um’ renos contaminados, seja por lixo téxico es- tocado por indéstrias ativas ou por outras {que hé muito jé fecharam, Em apenas uma destas cidades, porexemplo Louisville, no Kentuki, hd 2.000 terenas con- taminados, perfazendo quase 6,000 acres, NaEuropa, especificamenteem Glasgow, Es ceécia, hd cerca de 5.000 acres de terra conta- ‘minada que, nada mais, nada menos, repre sentam 12% da dea daquela cidade. De um modo geral, trata-se de antigas dreas sem importincia no contexto das ci- dads, mas que como crescimen- to natural adquirem interesse, Emtermos de valia, coma.cons- tatagiio do lixo t6xico, hd a na- tural depreciagao do terreno que, como sabemos, compromete todo 0 ecossistema, Geomoratar QO Nos EUA, o governo federal, através de seu rgiio de protegio ao meio ambiente (EPA), promove aassisténcia técnica para a ident ficagio, pesquisa e 0 reuso dessas drens, inclusive o suporte financeiro e 0 estabele- cimento de seguros para a nova empresa que deseja ocu desde que nao tena sido ela a poliudora. Empre- ‘sas particulares, especializadas na recupe- de terrenos contaminados, sfio con. tratadas para fazer o servigo de neutraliza- ‘¢4o do perigo, de forma especifica, de acor- do com o material poluente existente no solo. O método de recuperagio do solo varia do simples encapsulamento do terreno conta: minado com grauts quimicos ao tratamento com lavagem neutralizante e bioquimicos, Um dos tratamentos de recuperagio mais interessante ¢ a fito-recuperagdo. Nele se utiliza plantas que, de for- ‘ma natural, promove a ab- sorgiio/neutralizagao do po- Iuente quimico existente no solo, Um terreno contamina: do por chumbo de uma antiga in diistria de produgio de baterias std sendo recuperado pela sim- ples plantagio de mostarda in- diana, um tipo de planta que neutraliza alguns tipos de metais pesados. 1 uma destas érea | | RECUPERAR + Tutho/Agosto 1999 apto de terrence cor s EUA, costuma receber cent Ge avalagto quanto na do tratamento eotvo De um modo geral, hi duas linhas de tra- * proc amento para 0 terreno contaminade (FOB), que sod Compa pertinen il, rocesso FQB ¢ lim Jos tipos de taminante e ao meio exis: tente, Por outro lado, tem a vantagem de reduzir a concentragio ou 0 volume das substincias t6xicas ou mesmo Jestruf-las, fornecendo uma solugao, d mos, mais “permanente do de recu FQB po problema cefetiva. O métd .do impacto ambiental devido des wor dogoverno, tantoma fase ° sity” onde o tratamento € feito aps a esca. extragio (no caso de liquidos e gases) d método tradicional, com base naengenha- ' 1 Tratamentotérmico Empresas de consultoria especializadas se ia civil, faz.uso dos grauts quimicos in Uso do calor para remover, estabilizar | encarmegam da identificagao, pesquisa e pla veis para isolar ou encapsular 0 materi ou destruir os contaminante: Aejamento para o reaproveitamento de al t6xico, independentemente do nivel ou | 2~ Tratamentofisico terrenos contaminados, exeeutando concentraciio existente, criando barreitas Utiliza processos fisicos para separar subterraneas verticais e horizontais as substincias téxicas do meio hospe local, impedindo o seu contatocom o len lei. ¢ol fredtico 3 Trafamento quimico © De forma complementar,¢ fei Utiliza reagdes quimicos para remover OW também o tamponament lestruir ou modificar substancias t6x perficial do material, de modo as. impedir o contato com a chuva | 4— Tratamento biolégico Dentrodeste campo de tratamento exi somo microo! gir-se-d uma avaliagio ou monitora: Shiolosios mento continuo do terreno e da fgu: modificar os fredtica adjacente ao encapsulamen- ~ 5 ~ Estabilizagao to. Nesta etap: ) método mais moderno, no en abilizados qu lanto, para recuperagio de cados, de mo renos contaminados faz uso d idade eG gee = TECNOLOGICAS S.A. SOL Re CS) para remover, destruir ou 0 / Soli E froquonte existence de estoques de produtos proximos a indsrias de prooessamento quimico, Ce ae Cry ee rikckeee ce Pcie Controle Tecnolégico de Concreto e Aco RO ete oir Provas de carga em solos, estacas e estruturas Ske C ue Cue ker! eee ee Coenen ee eeu Dee ede aera) Seer Se eer ee eet Reforco Estrutural com Fibra de Carbono Ae Lee ac} RECUPERAR + Julho/Agosto 1999 er ee = Classiicagdo dos métodos de recuperacio rios téenicos para © Recuperacao do Solo IN SITU novo proprie! © que, com isto, pode: © MEérono DEREcUPERACAO © CONTAMINANTES riiobter do municipio ou do estado, recursos de auxilio & recuperacto toe, bencenoetico, Wren daquela érea. Encapsulamento Substéncias oradnicovolétels (SOV), trcloroetano, J ° Estas empresas de consultoria basciam-se, dde um modo geral, em trés propostas princi- pais para a recuperagao do terreno contami nado: 1 -Identificar © método de recuper mais adequado e ser aplicado, baseado no tipo de sola lixo txico, =Desenvolver um con- junto de estratégias Potencialmente aplicé- veis e vidveis, base dasem uma relago efe- tiva de métodos ade- quados. —Avaliagdo de estraté- tias individuais (po- dendo ser uma ou com pesticidasorgdnicos e hrbicidas paiceeeeidee Microencapsulamento Lixo radioatvo,chumbo sero método mais ade~ ‘ quado, sempre baseado no equilfbrio entre Pesticidas, metais pesados, hidrocarbonetos ‘aromaticos polimeleares (HAP), italatos, dioxinas Méropo ne RecuPERAcAO —CONTAMINANTES Tratamento térmico BPCeSOV’s: Tabelas que relacionam os métodos de recuperacao de terrenos contaminados com o tipo de lixo toxico existente. a RECUPERAR + JulhotAgosio 1999, ccontaminag ‘chega ao mar. Tendéncias Quase sempre realizaco destes servigos. A bio ea fitore- ccuperagdo tém sido as alternativas econd- micas para estes casos, j4 que sempre ple teia-se a redugdo de custas, Na fitorecupe- raga as plantas fazem o trabalho sujo des- ta descontaminagio, Poluentes orginicos io degradados pela raiz de plantas especi- ais que introduzem 0 oxigénio no solo, au sbarra-se no custo para a © mentando, de forma direta, a oxidagiio dos hidrocarbonetos ou, indiretamente, alimen- tando mierdbios do local que, efetiv fazem o trabalho, Desta forma, poder-se~é colher metais pesados, por exemplo, ap6s serem absorvidos e concentrados nos talos das plantas Desta forma, existem empresas especializa das na Fitorrecuperaciio de terrenos conta. minados com metais pesados a custos que chegam aR$ 200,00 0 metro cibico. Natural: mente isso depende do nivel de contamina- do existente e de outras condigdes do solo, Uma outra forma de recuperacao é a Biorre- cuperagio, que utiliza buctérias, fermentos biol6gicos e fungos para destruir substinei- as perigosas, Dentro deste campo da Biorre- ‘cuperagdo, uma empresa, em particular, utili- za fungos para tratar terrenos contaminados com hidrocarbonetos, apés uma andlise ini- cial das condigdes do solo, Neste método, & costume recuperar-se 0 solo contaminado ‘com hidrocarbonetos usando cerca de trés tipos de fungos de um meio de dez espécies. & © coquetel de fungos & injetado no solo contaminado a profundidacdes em torno de dois metros, juntamente com nutrientes. Desta forma, solos pouco ou medianamen- te contaminados poderao ser recuperados em seis meses, T ———a Fax consulta n 368 Se vocé tiver alguma questo acer Tax consulta, mio esquecendo de cit Coe eee es et Pty cree eon ei Pee eT) eee ee Ligue j8 para 021 494-4099 ou 493-4702 e das coordonadas do seu Mau anincio dover ter: ‘ninco, 0 resto ¢ conosco, Eaboramos todo o anincio gratuitamente Mou andncio devers sair nas soguintes edicdes: 1 JaneitoFevercia — Msiouto C MargoiAbri 1 JuiholAgosto SetemiejOutubre 1 Novenbro/Derambro Se voc tver seu anincio pronto Ihe dares um desconto de 30% Weja sé nossos propos. A melhor r 216 pépina - RE 150,00 14 pégina -R¢ 500,00 112 péoina - R¢ 800,00 11 pagina - Rs 1.200,00 Estes progos so para anincios colorido (4 cores 0 eustohenoficio do mercado © pagamento deveré ser feito anteipado, na aprovaiolentrega do andncio a RECUPERAR * Julho/Agosto 1999 ANUNCIO xpresso ‘Seu cael de acesso 0 mais de $0 técncos, engeners & aries. Pisos Industriai Umidade Dinamica Saiba mais sobre este devorador de revestimentos em pisos de concreto. Joaquim Rodrigues A American Society for Testing and Materials (ASTM) recentemente pu blicou a norma ASTM F1869-98, “Método padrac Iculo da taxa de emissdo de umidade por vapor 44 usando 0 cloreto de cdlcio anidro”, que de termina, quantitativamente, a taxa de umi- ua para pisos de concreto, dade por vapor emitida por concretos situs dos abaixo, 20 nivel e acima do nivel da rua A utilizag2o do cloreto de anilise do teor de umidade em sup de concreto nfo é uma técnica nova, mas antiga, Nasceu nos anos 50 ¢ evidencia re- leio anidro para sultados quantitativos, diferentemente do teste padronizado por esta propria organi- igo, o ASTM D4263-83, “método padrio para indicacdo da umidade no concreto pelo teste do filme plistico” que é subjetivo, re sultando muitas vezes em testes com falsos positivos, por exemplo, devido a ocorréncia de condensagio pela obtencio da tempera tura do ponto de orvalho, Um outro aspec toque compromete também este tiltimo tes te 6 0 perfodo de 24 horas, curto para prc duzir resultados precisos, Como 6 o Teste do Cloreto de Calcio? Durante a aplicago de pisos poliméricos valor da umidade superficial e a do ambien: tecircundante tem substancial influéncia na sua performance, A presenca de teores inad- missiveis de umidade, na forma de vapor ausam pressdes no revestimento capazes de superar a resisténcia de adesao do mate- rial no substrato, provocando o descolamen- {A durabilidade de um piso epéxico depende essencialme ‘vapor d'égua, provenionte do solovconereto, Ja Investigagéo de umidade na forma de RECUPERAR + Julho/Agosto 1999 RAO Pisos epéxlcos externas. Atengdo redobrada na investigagae da umidade por tranemissa0 do vapor @'ague, to e/ou a destruigdo quimica do revestimento. A presenga de umidade no piso € medida e quantificada em kg/ tempoférea pelo teste denominado TVA-OK, baseado na capacida- de dissecante do cloreto de Este teste expressa a taxa de transmisstio de umicade pelo vapor agua em kilos d tode 90m’, durante um perfodo de 24 horas. A norma enfatiza que a taxa de transmissiio de vapor d’gua medida ref ‘de uma érea de cone gua transmitidos atrav apenas a condi. ‘do do conereto (piso) durante aquele periodo analisado. Para a execugiio do teste necessita-se de um kit padrio composto Por uma poredo de cloreto de calcio anidro, uma campanula trans Parente para cobrira drea do teste, uma fita adesiva larga para fixar a campanula no piso, uma balanga digital com escala em gramas para medir a porgo do cloreto de céleio no inicio e no fim do teste, um termémetro e um higrdmeteo. piso a ser analisado deverd apresentar, durante a execugao do teste, temperatura e umidade compativel como periodo normal de uso do local. Se esta condigdo nio for obtida, a ASTM re menda que dever-se-4 executar os testes com valores de umidade e temnpé raturatipicos do local mantidos 48 horas antes e durante a andlise, Antes de se iniciar os testes, os locais representativos de limpos e livres de contaminantes, antigos pisos, pinturas e adesivos, RECUPERAR « Julho/Agosto 1999 Como Ocorre Este Problema > Testes de arrancamento de peliculas em pisos mastram que onde existem altas taxas de emisséo de vapar 0 comprometimento da adeséo de pisos colados au mesmo de tintas aplicadas é maior. Recentemente, uma grande rede de supermercados tinha a progra: macio de 24 mil metros quadrados de assentamento de piso vinlico, Destes 24 mil metros quadrados, 10 no apresentavam condicdes de assentamento, de acordo com o aplicador. Suaafirmagao era de que havia alta emissao de vapor é'agua pelo piso, de acordo com os testes realizados, Desta forma, deixou claro a fscalizagdo que se no fossem tomadas providéncias aresponsabilidade seria deles,jé que certamente haveria problemas futuros induzidos por esta umidade Este 0 cilema cada vez mais comum no dia a dia de empresas que trabalham com revestimentos de pisos, sejam acarpetadas, com la mminas vinlias, pisos emborrachados, a base de poliéster ou os fre {lentes pisos epdxicos. A melhor rasposta a este problema é proce: der & medicdo da taxa de transmisso de umidade, na forma de vapor, emtrés diferentes periodos de tempo, valiando se a umidade est apenas “saindo” do concreto, devido ao seu processo de seca gem natural ou se esté sendo continuamente transmitida através do piso. Para este segundo caso ha civersas solucées. Para maiores detalhes sobre estas solucdes use o fax consulta n° 369. MEM CeIMONTO MCR Lets CME A OOM

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