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Instalações

hidráulicas de
águas pluviais -
dimensionamento

GRH111 - Instalações
Hidráulicas Prediais

Professor Michael Silveira


Thebaldi
Dimensionamento
• Calhas e rufos
– DECLIVIDADE

• O transbordamento ocorre principalmente por dimensionamento


incorreto das calhas e escolha errada da declividade

• Mínima possível para evitar o empoçamento e no sentido dos


condutores (prumadas de descida)

• Mínimo de 0,5%

• Calhas de águas furtadas tem inclinação em função do projeto


arquitetônico
Dimensionamento
• Calhas e rufos
– Mudança de direção: perda na capacidade de escoamento de
até 17%

Carvalho Júnior (2014)


Dimensionamento
• Calhas e rufos
– Dimensionamento

Primeira etapa no dimensionamento das instalações prediais de


águas pluviais

Vazão de projeto: Calculada a partir da intensidade de chuva


adotada para a localidade e para um certo período de retorno (TR)

✓ TR= 1 ano, áreas pavimentadas, onde empoçamentos possam ser


tolerados;

✓ TR = 5 anos, coberturas e/ou terraços;

✓ TR = 25 anos, coberturas e áreas onde empoçamento ou


extravasamento não possa ser tolerado.
Carvalho Júnior (2014)
Carvalho Júnior (2014)
Fonte: Oliveira (2019)
Dimensionamento
• Calhas e rufos
Em localidades sem dados de chuvas intensas, utiliza-se o
modelo de chuvas intensas (software Pluvio)

k.TRa
I=
t+b c
Em que:

I – intensidade da chuva (mm h-1)


TR – tempo de retorno (anos)
t – duração da chuva (minutos) – considerar 5 minutos
k, a, b e c – parâmetros de ajuste específicos para cada
localidade.
Dimensionamento
• Calhas e rufos

A vazão coletada pelas calhas pode ser calculada pela


equação

𝐼𝐴
𝑄=
60
Em que:

I – intensidade da chuva em mm/h


Q – Vazão em L/min
A – área de contribuição em m²
– Equação de Manning

1 2ൗ
3 1ൗ
𝑄 = 𝑆 × × 𝑅𝐻 × 𝑖 2
𝑛

Q: vazão de projeto (L/min)


S: área da seção molhada (m²)
n: coeficiente de rugosidade
RH: raio hidráulico (m)
i: inclinação da calha (m/m)

Carvalho Júnior (2014)


Dimensionamento
• Calhas e rufos
- Área de contribuição

Carvalho Júnior (2014)


𝐴 = 𝐴𝐶 + 𝐴1 + 𝐴2
Carvalho Júnior (2014)

𝑥=𝑎+
𝑡𝑔𝜃

𝑥=𝑎+
2
Dimensionamento
• Calhas semicirculares
– A forma e a inclinação influem na capacidade de uma calha em
conduzir água (n=0,011)

Carvalho Júnior (2014)

– Quando a saída estiver a menos de 4m de uma mudança de


direção, deve-se multiplicar a vazão de projeto segundo:

Carvalho Júnior (2014)


Dimensionamento
• Calhas de seção retangular

Carvalho Júnior (2014)

– Comprimento do telhado: medida na direção do escoamento da água


– Para dois telhados contribuindo para a mesma calha, soma-se os
comprimentos
– Para formato trapezoidal, usa-se a largura média entre a base maior e a
menos
Carvalho Júnior (2014)
Rosa (2019)

i (m/m) Equação R² (%)



0,5% 𝑦= 𝐼 × 𝐴 × 0,000134961 2 × 𝑏 × 0,148811751 98,49

1,0% 𝑦= 𝐼 × 𝐴 × 0,000119015 2 × 𝑏 × 0,156653419 98,38

2,0% 𝑦= 𝐼 × 𝐴 × 0,000104649 2 × 𝑏 × 0,163346386 98,32

Em que: y (cm), I (mm/h), A (m²) e b (m).

3ൗ
1 2
𝑦 = 𝐼 × 𝐴 × 𝑏 −1 × 𝑖 − ൗ2 × 0,000813414 × 0,000144077 ൰
Azevedo Netto e Fernandez (2015)
Dimensionamento
• Condutores verticais
– São tubulações verticais que tem por objetivo recolher as águas
coletadas pelas calhas e transportá-las até a parte inferior das
edificações.

• Superfície livre do terreno

• Redes coletoras

• cisterna (reservatório inferior) de acumulação de água, para uso


posterior

• Diâmetro mínimo 70 mm
– Sempre que possível em uma só prumada

– Tela no bocal das calhas para evitar a introdução de detritos


Dimensionamento

Carvalho Júnior (2014)


Partes constituintes
Dimensionamento
• Condutores verticais
– Dimensionamento Fonte: Macintyre (2010).

Capacidade dos condutores verticais (tubos de


descida da água das calhas)

Vazão Área do telhado (m²)


Diâmetro do tubo D
(mm)

Chuva muito Chuva forte


Litros/segundo (l/s)
forte 150 mm/h 120 mm/h

50 0,57 14 17
75 1,76 42 53
100 3,78 90 114
125 7,00 167 212
150 11,53 275 348
200 25,18 600 760
Carvalho Júnior (2014)
Carvalho Júnior (2014)
Dimensionamento
• Condutores horizontais

– Tem finalidade de recolher as águas pluviais dos condutores


verticais ou da superfície do terreno e conduzi-las ao destino
apropriado

– Instalação de caixas de inspeção sempre que houver conexões


com outra tubulação, mudança de declividade e ainda a cada
trecho de 20 m retilíneo

– PVC e Ferro fundido


Carvalho Júnior (2014)
Partes constituintes
Dimensionamento
Dimensionamento
• A ligação entre condutores verticais e horizontais deve ser feita com
curvas de raio longo, com inspeção ou caixa de areia

Carvalho Júnior (2014)


Dimensionamento

Para Intensidade de Precipitação


de 150 mm/h
Dimensionamento

Carvalho Júnior (2014)

Carvalho Júnior (2014)


Dimensionamento

Carvalho Júnior (2014)


Dimensionamento

Carvalho Júnior (2014)


Utilização da água da chuva em
edificações

Carvalho Júnior (2014)


Referências
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Instalações prediais de águas pluviais. NBR 10844. Rio de Janeiro, 1989.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. Água de chuva -Aproveitamento de em coberturas em áreas urbanas para fins não
potáveis – Requisitos. NBR 15527. Rio de Janeiro, 2007

AZEVEDO NETTO, J. M.; FERNANDEZ, M. F. Manual de hidráulica - 9ª Edição. Editora Blucher 631 ISBN 9788521208891.

BOTELHO, Manoel Henrique Campos; RIBEIRO JÚNIOR, Geraldo de Andrade. Instalações hidráulicas prediais: usando tubos de PVC
e PPR . 3. ed. São Paulo, SP: E. Blücher, 2010. xvi, 350 p. ISBN 9788521205517 (broch.).

BAPTISTA, Márcio Benedito; COELHO, Márcia Maria Lara Pinto. Fundamentos de engenharia hidráulica. 3. ed., rev. e ampl. Belo
Horizonte, MG: Ed. UFMG, c2010. 473 p. (Ingenium). ISBN 9788570418289 (broch.).

CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Instalações prediais hidráulico-sanitárias princípios básicos para elaboração de projetos - 2ª
Edição. Editora Blucher 263 ISBN 9788521208389.

CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Patologias em sistemas prediais hidráulico-sanitários. São Paulo Blucher 2013 1 recurso online
ISBN 9788521207603.

CREDER, Hélio. Instalações hidráulicas e sanitárias. 6. Rio de Janeiro LTC 2006 1 recurso online ISBN 978-85-216-1937-6.

MACINTYRE, Archibald Joseph. Instalações hidráulicas prediais e industriais. 4. Rio de Janeiro LTC 2010 1 recurso online ISBN 978-
85-216-1964-2

OLIVEIRA, Luiz Fernando Coutinho de (Org.). Chuvas extremas no Brasil: modelos e aplicações. Lavras, MG: Ed. UFLA, 2019. 388 p.
ISBN 9788581270890 (broch.).

REIS, R. P. A. Sistemas Prediais de Águas Pluviais (SPAP) - Concepção de projeto Métodos de dimensionamento dos componentes e
sistemas. Goiânia: Escola de Engenharia Civil – UFG, 2007.
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