Universidade Federal De Sergipe

Estatística aplicada

Arthur William Dórea Melo

Catarina Rodrigues

Giovanna Veras Borges Mota

Joao Victor de Oliveira Falcão

Aplicação da teoria das filas no restaurante universitário da

Universidade Federal de Sergipe.
 São Cristóvão, Sergipe

2023

SUMÁRIO
1. Introdução............................................................................................................................3

2. Objetivos..............................................................................................................................3

2.1. Geral.............................................................................................................................3

2.2. Específicos...................................................................................................................4

3. Metodologia.........................................................................................................................4

3.1. Teoria das filas.............................................................................................................4

3.2. Conceitos......................................................................................................................4

3.3. Dados............................................................................................................................4

3.4. Parâmetros....................................................................................................................5

4. Resultados............................................................................................................................5

4.1. Diagrama de caixa........................................................................................................5

4.2. Teste.............................................................................................................................7

4.3. Densidade.....................................................................................................................7

4.4. Histograma...................................................................................................................7

5. Conclusão............................................................................................................................7

6. Referências..........................................................................................................................7
 1. INTRODUÇÃO

A existência de filas é uma característica quase inerente na sociedade atual, que ocorre
quando o número de chegadas excede à capacidade do sistema de atendimento, sendo
geralmente relacionada a problemas relativos à administração da capacidade e, portanto, seu
estudo se tornou um ramo de grande interesse das empresas prestadoras de serviço.
A teoria das filas, desenvolvida pelo matemático Agner Krarup Erlang no início do
século XX (1908), é um método estatístico utilizado para estimar as demoras que ocorrem
quando um serviço tem der ser proporcionado a clientes cuja chegada se dê ao acaso, dessa
forma, mede o total de demora de uma fila e a probabilidade da mesma ser mais rápida ou
mais lenta em determinados intervalos de tempo, medindo assim a eficiência de um sistema
ou serviço.
O objeto de estudo desse trabalho será a fila do Restaurante Universitário da
Universidade Federal de Sergipe (RESUN). O estudo da teoria das filas com ênfase nas filas
universitárias pode demostrar parâmetros para redimensionar o funcionamento dos locais de
Self-service do RESUN, melhores horários para ser atendido, podendo ainda servir como base
para projeto de estruturas de cargas horárias das aulas, liberando a maior quantidade de alunos
em períodos de espera menor, a fim de redistribuir a curva de espera e o modelo de
atendimento, tornando o serviço mais eficiente para ambas as partes (alunos e empresa).

2. OBJETIVOS
2.1. Geral
Analisar a distribuição no tempo de espera da Fila do Restaurante Universitário da
Universidade Federal de Sergipe, definindo parâmetros, dados, e resultados de acordo com os
preceitos da ‘Teoria de distribuição das Filas’.

2.2. Específicos
1. Definir um espaço amostral, mensurando o tempo de espera de alunos na fila, baseados nos
tempos de: fila, atendimento e refeição;
2. Determinar os parâmetros base do estudo estatístico (média, mediana, distribuição, entre
outros);
3. Definir o escopo da teoria das filas;
4. Análise de Resultados e apresentação de propostas;
 3. METODOLOGIA
3.1. Teoria das filas
“A Teoria das filas é uma ferramenta matemática que trata de eventos aleatórios e
permite retratar previamente o comportamento de um sistema de filas, matematicamente.”
(ARAUJO, J. F, 2015, p. 9), e de forma complementar, é um ramo da probabilidade em que
por meio de análises exatas estuda-se o movimento e características de uma fila,
determinando conceitos e parâmetros, a fim de descrever e resolver congestionamentos e
melhorar a eficiência de sistemas de espera baseados em ordens de chegadas com ou sem
pesos para tipos de eventos.

3.2. Conceitos
Tfila = Define o tempo de espera em segundos na fila do restaurante universitário,
delimitado pelo início da fila até o momento em que o participante entra na área de colocar a
comida.
Tatend = Define o tempo de espera em segundos no atendimento do restaurante
universitário, delimitado pela entrada da área em que o participante serve a comida até o
momento em que ele se senta na cadeira do restaurante.
Talimen = Define o tempo de espera em segundos na alimentação do restaurante
universitário, delimitado pelo momento em que o participante se senta na cadeira até o
momento em que ele termina de comer.
Tsist = Define o tempo de espera total em segundos no restaurante universitário,
definido pela soma do Tfila, Tatend e Talimen.

3.3. Dados
Os dados foram recolhidos de 6 grupos formados por em torno de 5 participantes,
onde foi decidido usar o número “0” para definir o participante do sexo feminino e o número
“1” o participante do sexo masculino e estão disponíveis na tabela 1 abaixo.

Tabela 1: Tabela com os dados de todas as variáveis.

Grupo Sexo Tfila Tatend Talimen Tsist
s
G1 1 637 330 811 1778
G1 0 535 400 729 1664
 G1 1 424 290 715 1429
G1 0 431 662 597 1690
G1 1 1409 325 803 2537
G2 1 842 487 551 1880
G2 1 837 593 627 2057
G2 1 457 621 642 1720
G2 1 810 324 541 1675
G2 1 826 511 559 1896
G3 1 973 258 1036 2267
G3 1 1303 312 943 2558
G3 0 296 457 603 1356
G3 1 874 292 763 1929
G3 0 1908 240 840 2988
G4 1 712 274 787 1773
G4 0 684 499 1048 2231
G4 0 1680 420 1020 3120
G4 0 702 245 487 1434
G4 1 4260 440 660 5360
G5 1 645 270 703 1618
G5 0 275 189 580 1044
G5 1 690 648 861 2199
G5 1 655 375 755 1785
G6 1 1692 278 612 2582
G6 1 707 270 835 1812
G6 1 1387 305 1217 2909
G6 1 747 380 900 2027
G6 1 598 225 1652 2475
G6 1 68 508 722 1298

3.4. Parâmetros
Através da análise dos dados feitas a partir do aplicativo R, podemos coletar os dados
que estão disponíveis nas tabelas 2 e 3 abaixo.

Tabela 2: Tabela com análise descritiva das variáveis para os dados do sexo feminino.
Variável Média Mediana Mínimo Máximo
Tempo de fila 813.9 609.5 275.0 1908.0
Tempo de
atendimento 389.0 410.0 189.0 662.0
Tempo de alimentação 738.0 666.0 487.0 1048.0
Tempo do sistema 1941.0 1677.0 1044.0 3120.0

Tabela 3: Tabela com análise descritiva das variáveis para os dados do sexo masculino.
 Variável Média Mediana Mínimo Máximo
Tempo de fila 979.7 778.5 68.0 4260.0
Tempo de
atendimento 378.0 324.5 225.0 648.0
Tempo de alimentação 804.3 759.0 541.0 1652.0
Tempo do sistema 2162.0 1912.0 1298.0 5360.0

4. RESULTADOS
4.1. Diagrama de caixa.
O boxplot é composto por seis elementos, sendo eles, limite inferior, quartil 1,
mediana (= quartil 2), quartil 3, limite superior e outliers, ilustrados na figura 1 abaixo.

Figura 1: Elementos que compõem um boxplot.

Imagem 1: Relação entre o tempo da fila e o sexo.

 Imagem 2: Relação entre o tempo de atendimento e o sexo.

Imagem 3: Relação entre o tempo de alimentação e o sexo.

Imagem 4: Relação entre o tempo do sistema e

o sexo.

4.2. Teste

Teste 1 (Tfila):

Hipótese nula (H0): Tempo de fila dos homens é igual ao tempo de fila das mulheres.
 Hipótese alternativa (H1): Tempo de fila dos homens é diferente do tempo de fila das
mulheres.

Teste 2 (Tatend):
Hipótese nula (H0): Tempo de atendimento dos homens é igual ao tempo de
atendimento das mulheres.
Hipótese alternativa (H1): Tempo de atendimento dos homens é diferente do tempo de
atendimento das mulheres.

Teste 3 (Talimen):
Hipótese nula (H0): Tempo de alimentação dos homens é igual ao tempo de
alimentação das mulheres.
Hipótese alternativa (H1): Tempo de alimentação dos homens é diferente do tempo de
alimentação das mulheres.

Teste 4 (Tsistem):
Hipótese nula (H0): Tempo de sistema dos homens é igual ao tempo de sistema das
mulheres.
Hipótese alternativa (H1): Tempo de sistema dos homens é diferente do tempo de
sistema das mulheres.

Utilizando 5% de significância (95% de confiança), pode-se afirmar que caso Pvalor

seja menor que 0,05, então as hipóteses nulas serão rejeitadas e se aceita a hipótese
alternativa; caso Pvalor seja maior ou igual a 0,05, então não haverá evidências para se
rejeitar as hipóteses nulas, aceitando-as.

Tabela 4: Tabela com análise das variáveis e o seu Pvalor

Variável Sexo Pvalor
Feminin
o Masculino
Tempo de fila 813.9 979.70 0.57
Tempo de
atendimento 389.00 378.00 0.87
Tempo de alimentação 738.00 804.31 0.49
Tempo do sistema 1940.00 2162.00 0.51
 Conforme os dados da Tabela 4, e assumindo 95% de confiança, não há evidências
para se rejeitar as hipóteses nulas, ou seja, não há diferenças significativas entre o tempo gasto
em todos os processos medidos em relação a homens (1) e mulheres (0), isto é, o tempo de
fila, o tempo de atendimento, o tempo de alimentação e a soma de todos os tempos (tempo do
sistema) independem de gênero.

4.3. Densidade
A curva de densidade descreve o padrão geral de uma distribuição. A área sob a curva
e acima de qualquer intervalo de valores é a proporção de todas as observações que se
enquadram naquele intervalo.
Imagem 5: Gráfico da densidade dos dados.
 4.4. Histograma
O histograma é um gráfico que representa a frequência dos dados separado por
classes. É possível perceber a presença de outliers no Tfila e Talimen que refletem no Tsitema.
Além de ser possível perceber um padrão no Tantend entre os 200 e 400s.
Imagem 6: Histograma da distribuição dos dados.

5. CONCLUSÃO
Analisando todos os dados coletados, é possível perceber alguns padrões sendo
formados e a falta de alguns dados. Em primeira análise fica evidente outliers e distribuições
não tanto normais e excessivamente assimétricas, por se tratar de uma amostra pequena.
Revendo os dados com cautela pode se supor que o tempo de atendimento, dado com
distribuição mais normal, sofre pouca variação, provavelmente pela independência do horário.
Assim como no tempo de alimentação os dados seguem bem distribuídos, com exceção de
outliers a direita, também é um dado candidato a não sofrer tanta interferência do horário. Já o
tempo em fila é distribuído de maneira bem discrepante de uma distribuição normal, a
amostra acaba sendo muito pequena pra um dado com tantas variações.
 O estudo pode ser realizado com uma amostra maior para se conseguir analisar a
interferência do horário e dia da semana nos tempos de espera. Com o valor de amostra
utilizado (N=30) fica difícil chegar a conclusões que sejam mais especificas que
generalizações.
6. REFERÊNCIAS

https://blog.cmtecnologia.com.br/teoria-das-filas/

https://www.ufjf.br/epd042/files/2009/02/Teoria_Filas_Transparencia.pdf