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portfólio reflexivo acerca das experiências profissionais e/ou acadêmicas.

1º Componente: - Minha trajetória – cada um se apresenta – (quem sou eu, de onde


vim, como cheguei aqui, e para onde pretendo ir); 

Prazer, me chamo Nelcino! Sou formado em História (2017), e pós-graduado no curso


de Especialização em Ensino de Ciência para Anos Finais do Ensino Fundamental -
Ciência é 10. Porém, primeiramente, é importante destacar que fui o primeiro da
família a ingressar na universidade e concluir o ensino superior.

Embora os estudos não tenham sido uma prioridade durante minha infância e parte da
adolescência, ao longo do ensino médio – na rede pública - minha fome de
conhecimento foi instigada pela participação em saraus, jornais independentes,
cineclubes e outras atividades relacionadas ao movimento estudantil.

Em 2013, iniciei a licenciatura em História. Ainda na graduação, antes de começar


minha jornada como educador na escola pública, eu já estava envolvido com ações
relacionadas à promoção dos direitos humanos mediante a democratização do acesso ao
conhecimento em espaços não-formais de educação, por exemplo, no Cineclube
Zequinha Barreto, no Jornal Rua da Palha e no Sarau da LiRA - Literatura, Rebeldia e
Outras Artes. Deste modo, compreendi a importância da autonomia, da reflexão e da
problematização da realidade em processos de ensino e aprendizagem. E, reafirmou-se a
função da arte, com o propósito de fomentar o diálogo, a criatividade e o engajamento
na construção do saber e na transformação da sociedade.

Por fim, destaco que hoje trabalho como professor efetivo de História, do ensino
fundamental, na rede municipal de Juazeiro-BA. Em minha prática docente, busco
construindo com os discentes um saber histórico materializado através de produtos
culturais.
2º Componente: – Aprendendo com as experiências acadêmicas e profissionais
– aqui são colocadas as discussões, as resenhas, os resumos, as sínteses
coletivas, as situações problemas e os relatos de práticas trabalhadas, de
textos, de trabalhos e de artigos que de certa forma impactaram o grupo,
enfim, as atividades realizadas. Cada discente do grupo escolhe um experiência
para registrar no portfólio.

Após concluir o curso de História, comecei a lecionar disciplinas de Ciências Humanas,


nos anos finais do ensino fundamental, na Escola Municipal Margarida Souza - zona
rural de Seabra-BA. Entre 2017 e 2021, desenvolvi junto à comunidade escolar,
sobretudo, com os estudantes, ações pedagógicas problematizando a realidade e
materializando o saber adquirido através de produtos culturais. Essas experiências
resultaram em produções de literatura de cordel, fanzines, filmes de curta-metragem,
romances de ficção científica, hortas escolares, grafitagens e canções de embolada,
piseiro e rap. Destaca-se que, antes de utilizar rodas de embolada, rodas de rima e
batalhas de rap como recursos didáticos, elas foram contextualizadas e
recontextualizadas com fim pedagógico. Em outra prática docente, criou-se uma
cooperativa serigráfica junto aos estudantes com objetivo de estampar camisetas com
temáticas das Ciências Humanas e comercializá-las, porém está experiência foi
interrompida pelo início da pandemia de COVID-19. Por conseguinte, algumas dessas
práticas educacionais podem ser conferidas através das redes sociais:
youtube.com/outrashistorias e instagram.com/historiasoutras.

Ora, vale ressaltar a relevância das rodas de rima e batalhas de rap, realizadas em 2018
– ano que a Declaração Universal do Direitos Humanos (DUDH) completou 70 anos.
Essa prática foi realizada com turmas do 9º ano, na disciplina de História. Nela, os
estudantes tinham como objetivo analisar historicamente a luta por direitos humanos,
bem como identificar e compreender conflitos em torno da garantia desses direitos na
sociedade atual. Assim, as rodas de rimas e batalhas de rap foram situações pedagógicas
em que os alunos materializaram através de canções autorais o saber adquirido por meio
das suas investigações sobre direitos humanos. Nas rodas de rimas, eles praticaram
livremente a experiência de musicar seus conhecimentos. Já nas batalhas de rap,
apresentaram suas narrativas musicais acerca dos direitos humanos, e foram premiados
conforme o julgamento de um público pertencente à comunidade escolar.
Destaca-se também a sequência didática em que os estudantes produziram um piseiro
para conscientizar através da canção sobre os impactos do aquecimento global no
semiárido. Essa proposta partiu da seguinte situação-problema: Quais os impactos do
aquecimento global no lugar onde vivo? Assim, os alunos foram estimulados não apenas
a investigar o assunto como também a compartilhá-lo com a comunidade através da
produção cultural.

Por fim, ressalta-se a gravação do filme de média-metragem Vidas Secas, com os alunos
da Escola Margarida Souza, localizada na zona rural de Seabra-BA. A gravação do
filme foi uma proposta dos alunos frente à monotonia das aulas tradicionais. Assim, eles
investigaram as características do semiárido e, baseado na obra Vidas Secas, de
Graciliano Ramos, produziram uma obra audiovisual relacionada ao Sertão Nordestino.

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