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Recursos Energéticos:

Usos e Impactos
PROF. EDER OLIVEIRA
• No início do Holoceno, cerca de 10 mil anos atrás, quando o clima estava
aquecendo e a agricultura começou a florescer pela primeira vez,
aproximadamente 100 milhões de pessoas viviam no planeta.

• A primeira duplicação, para 200 milhões, foi atingida no começo da Idade


do Bronze, quando os humanos aprenderam a minerar e a refinar minérios
para transformá-los em metais, como cobre e estanho (dos quais o bronze é
uma liga).

• A segunda duplicação, para 400 milhões, só foi atingida no fim da Idade
Média. Porém, assim que a industrialização começou, no início do século
XIX, a população global realmente decolou, atingindo um bilhão em 1804,
dois bilhões em 1927 e quatro bilhões em 1974.
• À medida que o aumento nossa população explodia, nosso apetite por
energia e outros recursos naturais tornou-se voraz.

• A demanda de recursos naturais está disparando conforme a civilização se


expande, e pessoas de todo o mundo se esforçam para melhorar a qualidade
de suas vidas.

• Nossa utilização de energia, por exemplo, aumentou em 1.000% nos últimos


70 anos e agora está subindo duas vezes mais rápido do que a população
humana.
• A civilização humana alterou o meio ambiente por meio do
desmatamento, da agricultura e de outras mudanças no uso da
terra desde sua origem.

• Mas nossos efeitos em épocas remotas ficavam geralmente


restritos a hábitats regionais.

• Atualmente, a produção energética em escala industrial possibilita


aos humanos competirem com os sistemas do clima e da tectônica
de placas para modificar o meio ambiente da superfície terrestre.
• Represas e reservatórios construídos por humanos agora aprisionam cerca de 30%
dos sedimentos transportados pelos rios mundiais.
• Na maioria dos países desenvolvidos, operários de construção movimentam mais
toneladas de solo e rocha por ano do que todos os processos erosivos naturais
combinados.
• Cinquenta anos após a invenção do fréon, um gás refrigerativo artificial, uma porção
suficiente dele vazou de refrigeradores e condicionadores de ar e flutuou para a
atmosfera superior, danificando a camada de ozônio protetora da Terra.
• Os humanos converteram aproximadamente um terço da área florestal do mundo em
outros usos da terra, basicamente agricultura, nos últimos 50 anos.
• Desde o começo da Revolução Industrial no início do século XIX, o desmatamento e a
queima de combustíveis fósseis aumentaram a concentração de dióxido de carbono
na atmosfera em quase 40%.
Recursos naturais

• Refere-a à energia, água e matérias-primas utilizadas pela civilização


humana que estão disponíveis no meio ambiente natural.

• Recursos renováveis - são os recursos naturais continuamente


produzidos no meio ambiente.

• Recursos não renováveis - são os recursos naturais que estamos


consumindo mais rapidamente do que estão sendo produzidos por
processos geológicos.
Recursos Energéticos

• Nosso consumo energético


tem aumentado nos
últimos dois séculos, mas
as fontes energéticas que
usamos mudaram desde o
início da Revolução
Industrial.
• Os humanos usam uma série de fontes energéticas renováveis para mover moinhos e outras
máquinas há milhares de anos, como o vento, quedas d’água e o trabalho de cavalos, bois e
elefantes.

• Entretanto, próximo ao final do século XVIII, a industrialização estava aumentando a


demanda de energia além do que essas fontes renováveis tradicionais podiam suprir. Por volta
daquela época, James Watt e outros desenvolveram motores a vapor movidos a carvão que
podiam realizar o trabalho de centenas de cavalos.

• A tecnologia do vapor reduziu substancialmente o preço da energia, em parte porque


possibilitou a mineração do carvão em grande escala. A disponibilidade de energia barata
desencadeou a Revolução Industrial.

• No final do século XIX, o carvão era responsável por mais de 60% de todo o suprimento
energético dos Estados Unidos.
• A ideia de que o petróleo poderia ser minerado de forma lucrativa, como o
carvão, fez com que alguns céticos chamassem o projeto de“loucura de Drake”.
Eles estavam errados, é evidente: no início do século XX, o petróleo e o gás
natural estavam começando a substituir o carvão como o combustível
preferido.

O primeiro poço de petróleo


foi perfurado na Pensilvânia
pelo Coronel Edwin L. Drake
em 1859.
• Atualmente, o motor da civilização trabalha basicamente
com combustíveis fósseis.

• Juntos, o petróleo, o gás natural e o carvão representam


85% do consumo energético global.

• Podemos, com justiça, chamar a civilização alimentada


por esse sistema energético de economia do carbono.
• Algumas fontes energéticas se esgotarão antes de outras, as várias fontes energéticas não são
prontamente intercambiáveis, e os custos ambientais de converter algumas delas em formas úteis
de energia podem ser altos demais.

• Se o petróleo e o gás continuarem a ser os principais recursos usados, a maior parte do estoque
mundial será exaurida dentro de um século. O carvão acabará se tornando o combustível fóssil
predominante em muitos países.

• Pode ser tranquilizador saber que, se as taxas de aumento do consumo de energia subirem em
ritmo moderado – digamos, cerca de 3% ao ano –, os combustíveis fósseis, sobretudo o carvão,
poderão suprir as necessidades de energia do mundo durante cerca de cem anos ou mais.

• Contudo, os custos ambientais do carvão podem ser inaceitáveis. Sobretudo, a ameaça de mudança
climática poderia forçar o abandono dos combustíveis fósseis antes de sua exaustão.
Como o petróleo e o gás se formam?

• O petróleo e o gás começam a se formar em bacias sedimentares onde a


produção de matéria orgânica é alta e o suprimento de oxigênio é inadequado
para decompor toda a matéria orgânica contida nos sedimentos.

• Muitas bacias costa afora, nas margens continentais, satisfazem essas duas
condições.

• Em tais ambientes e, em menor grau, em deltas fluviais e mares interiores, a


taxa de sedimentação é alta, e a matéria orgânica é soterrada e protegida da
decomposição.
Como o petróleo e o gás se formam?
• O óleo cru forma-se em uma faixa limitada de pressão e temperatura, conhecida
como janela do petróleo, geralmente encontrada em profundidades entre cerca
de 2 e 5 km.

• Acima da janela do petróleo, as temperaturas são baixas demais (geralmente


abaixo de 50°C) para a maturação de material orgânico em hidrocarbonetos, ao
passo que, abaixo dela, as temperaturas são tão altas (acima de 150°C) que os
hidrocarbonetos que se formam são decompostos em metano, produzindo
apenas gás natural.
De acordo com o cenário de
referencia, espera-se que as
emissões de CO2
aumentem, no mínimo, 7 Gt
nos próximos 50 anos. O
problema de estabilizar as
emissões de carbono e
mantê-las no nível atual
(2006) pode ser dividido em
sete cunhas de estabilização,
sendo que cada uma
representa uma redução de
emissões de 1 Gt por ano em
2056. Ao lado de cada
cunha, listam-se ações
possíveis que usam
tecnologias existentes para
atingir reduções de uma
cunha.

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