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MP usa imagens de satélite para punir quem devasta a Mata Atlântica

Fiscalização faz parte da operação Mata Atlântica em Pé, realizada pelo


Ministério Público, com o apoio da Polícia Ambiental, institutos
ambientais, IBAMA e ONGs, em 17 estados.

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Atlântica
O Ministério Público está usando imagens de satélite para punir quem devasta
a Mata Atlântica.
O cenário é desolador. “É muito frequente encontrarmos a nossa Mata Atlântica
nesse estado”, diz um policial ambiental.
A equipe do JN acompanhou a Polícia Ambiental do Paraná em uma
fiscalização. No local não havia ninguém, apenas a floresta queimada.
Uma área de Mata Atlântica, na região metropolitana de Curitiba, segundo a
polícia, havia sido consumida pelo fogo há poucas horas. Havia muita cinza,
árvores inteiras queimadas e até a fumaça da destruição.
A polícia suspeita que a derrubada foi para aumentar a área de pasto. Os
donos da propriedade vão ser autuados por crime ambiental.
Essa fiscalização faz parte da operação Mata Atlântica em Pé, do Ministério
Público, com o apoio da Polícia Ambiental, institutos ambientais, Ibama e
ONGs, em 17 estados.
A operação termina nesta quinta (1). Um balanço parcial mostra que em 11
dias os agentes flagraram mais de 5,6 mil hectares desmatados, uma área
maior do que a registrada em 2019.
Até agora, o pior cenário é em Minas Gerais, onde a polícia flagrou mais de 1,5
mil hectares desmatados. Em 2020, pela primeira vez, a fiscalização também
foi remota, a distância. O Ministério Público está usando como prova do
desmatamento imagens de satélite em alta resolução, obtidas pelo
MapBiomas.
"É importante que todos saibam que com que esse sistema, mais ou menos um
mês, dois meses depois, nós estaremos batendo na porta, com o auto de
infração já chamando para a recuperação do dano, senão nós vamos buscar
essa reparação de danos por meio judicial", diz o promotor de Justiça
Alexandre Gaio.
Os dados de desmatamento da Mata Atlântica preocupam os especialistas.
“O que nós estamos vendo agora é crime, é um crime que foi promovido por
quem devia estar cuidando. Essa floresta é importante, porque cuida da água
que a gente bebe, ela garante a fertilidade do solo, ela garante a questão do
clima. Não tem nenhuma justificativa para que a gente continue perdendo
floresta", afirma Mario Mantovani, diretor da Fundação SOS Mata Atlântica.

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