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ATUALIDADES

Desmatamento no Brasil -
Parte II

Versão Condensada
Sumário
Desmatamento no Brasil - Parte II��������������������������������������������������������������������������������� 3

1.  Verificar os números referentes ao desmatamento em 2023�������������������������������������������������������������������������������� 3

1.1 Expansão no cerrado���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3

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Desmatamento no Brasil - Parte II

1. Verificar os números referentes ao desmatamento em 2023

De acordo com o sistema de detecção de desmatamento em tempo real por satélite, chamado Deter, do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área sob alerta de desmatamento na Amazônia teve uma redução de 33,6%
nos primeiros seis meses de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, no mesmo período,
o desmatamento no Cerrado aumentou em 21%.

Deste modo, os dados foram divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente em 6 de julho de 2023, apresentando um
panorama do primeiro semestre deste ano. O sistema Deter é capaz de fornecer informações sobre o desmatamento
em tempo quase real, permitindo a identificação de áreas de desmatamento recente.

Em relação a junho de 2022, houve uma queda significativa de 41% na área sob alerta de desmatamento na Ama-
zônia em junho de 2023. Durante os primeiros seis meses deste ano, foram identificados aproximadamente 2.649 km²
de área desmatada. É importante destacar que esse índice já vinha diminuindo desde janeiro, indicando uma tendência
de redução no desmatamento ao longo do primeiro semestre de 2023.

Atenção!

Esses dados apontam para uma possível melhoria na preservação da floresta amazônica durante esse período.

Segundo o secretário-executivo do Meio Ambiente, João Capobianco, a curva de aumento do desmatamento na


Amazônia nos últimos anos foi revertida, alcançando o primeiro objetivo fundamental de interromper a tendência
de crescimento. Ele enfatizou que atualmente há uma clara tendência de queda, que se espera que se fortaleça para
reduzir ainda mais a taxa de desmatamento no mês de julho.

Capobianco explicou que os dados de junho são mais confiáveis do que os de outros meses devido à menor presença
de nuvens durante o período de seca, permitindo que os satélites captem com maior precisão as áreas desmatadas. A
expectativa é que em julho os números sejam ainda menores.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, atribui a queda nos índices de desmatamento na Amazônia a um con-
junto de ações de comando e controle. Isso inclui um aumento na fiscalização e uma ação coordenada com os estados.
Ela ressaltou que é um processo de dissuasão, mostrando que não haverá tolerância com a criminalidade ambiental.

1.1 Expansão no cerrado

No Cerrado, em comparação com o mesmo mês do ano passado, houve uma queda de 14,6% na área desmatada
em junho de 2023. No entanto, os dados acumulados do primeiro semestre mostram um aumento de 21% na área
desmatada em comparação com a média dos últimos anos, totalizando 2.208 km².

Diante dessa situação, o Ministério do Meio Ambiente considera que a necessidade de ações voltadas para o Cerrado se
tornou tão urgente quanto para a Amazônia. Em julho, está previsto o lançamento do Plano de Prevenção e Controle do
Desmatamento no Cerrado (PPCerrado), uma iniciativa semelhante ao PPCDam, que é voltado para a Amazônia Legal.

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Essas iniciativas consistem em pacotes de medidas para fortalecer as políticas de proteção ambiental. O PPCDam foi
relançado em 5 de junho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra, mas foi criado durante o primeiro
governo do presidente.

A ministra Marina considera o resultado do desmatamento no Cerrado positivo diante do contexto atual. Ela ressalta a
importância da articulação e do trabalho conjunto com os governos dos estados que mais desmatam o Cerrado, o que
já resultou em uma queda de 14% no desmatamento em junho. Marina também destacou a transparência dos dados e
o fim dos conflitos anteriores com a pasta do Meio Ambiente.

Observação:

É importante mencionar que o Deter fornece um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da
cobertura vegetal na Amazônia e no Cerrado. Embora não meça com precisão as áreas desmatadas, ele apre-
senta as tendências gerais do desmatamento. Os dados exatos e mais detalhados são coletados anualmente
pelo Prodes, outra iniciativa do Inpe.

No Cerrado, onde a proteção ambiental é mais frágil, a área sob alertas de desmatamento continua em níveis elevados.
Durante os primeiros seis meses de 2023, o bioma apresentou um aumento de 21% em comparação com o mesmo
período em 2022. De acordo com os dados do Deter, cerca de 81% dos alertas de desmatamento foram registrados
nos estados do Matopiba, que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Esses números destacam a preocupante situação de desmatamento no Cerrado, com a concentração significativa de
atividades de desmatamento nos estados do Matopiba. É evidente que a proteção ambiental nessa região demanda
atenção e ações urgentes para mitigar o desmatamento e promover a conservação desse importante bioma brasileiro.

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