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Eucaristia
Eucaristia: encontro para uma vida com
sentido!
É mais que evidente que hoje em dia existem duas posições distintas
na relação jovens-Eucaristia. Há quem a veja como algo sem
significado, antiquado, que não acrescenta nada à vida. Mas há
também jovens que, tendo experimentado a grandeza da eucaristia,
reconhecem o valor de essencialidade que esta celebração tem na
vida e na experiência religiosa de cada um.
Pode parecer que a minha opinião seja parcial, mas a verdade é que
por muito tempo também para mim a eucaristia não fez grande
sentido. Era um ritual que cumpria semanalmente mais para agradar à
família que por ser importante. Isto começou a mudar a partir do
momento que passei a ser acólito. A responsabilidade de preparar-me
bem mas também o facto de viver a eucaristia de forma diferente,
mais próxima do altar, de sentir a forma devota e séria com que os
sacerdotes a celebravam fez-me começar a perceber o grande
mistério que ali se realizava. O ministério despertou em mim estas
duas condições essenciais para que a eucaristia dê sentido à vida: o
encontro com Jesus e o testemunho publico da fé na sua presença
real.
Uma multidão de jovens foi até o Estádio Papp László Budapest Sportaréna,
em Budapeste, para se encontrar com o Papa Francisco neste sábado, 29. O
Pontífice, que realiza Viagem Apostólica à Hungria desde ontem até domingo,
30, animou a juventude a ousar, se arriscar colocando seus dons à disposição
de Deus e da comunidade. Em vários momentos, pediu que todos repetissem
algumas de suas falas, em húngaro, interagindo com os presentes.
Estádio em Budapeste sediou o encontro com os jovens / Foto: REUTERS-
Bernadett Szabo
O Santo Padre indicou que Cristo se alegra com aqueles que ousam, porque
essa ousadia leva à vitória quando se decide viver com Ele.
“Mas como se faz para vencer na vida? Há duas coisas fundamentais, como no
desporto: primeira, apostar alto; segunda, treinar-se,” explica Francisco, que
exortou a usar os talentos, os dons dados por Deus sem medo,
verdadeiramente se arriscar.
E, para treinar-se, o Papa convidou a contar com o próprio Cristo. “Jesus, que
é o melhor treinador possível, ouve-te, motiva-te, acredita em ti, sabe como
tirar o melhor de ti. E sempre nos convida a fazer equipe: nunca sozinhos, mas
com os outros; na Igreja, na comunidade, juntos, vivendo experiências
comuns”, ressaltou o Pontífice.
Ele também advertiu, contudo, para que os jovens não caiam na reclusão,
mergulhando nas próprias melancolias ou pensando demais no que os outros
fizeram. O silêncio deve ser um lugar para cultivar relações benéficas, “porque
nos permite confiar a Jesus aquilo que vivemos, apresentar-Lhe rostos e
nomes, entregar-Lhe as preocupações, lembrar os nossos amigos e rezar por
eles”.
Quem nos ajuda neste itinerário é o beato João Paulo II, na sua carta
apostólica Mane Nobiscum Domine. No segundo capítulo, intitulado:
“Eucaristia, mistério de Luz” nos apresenta a passagem dos discípulos de
Emaús. “De fato, a narração da aparição de Jesus ressuscitado aos dois
discípulos de Emaús ajuda-nos a por em destaque um primeiro aspecto do
mistério eucarístico, que deve estar sempre presente na devoção do povo de
Deus: a Eucaristia, mistério de luz! Na Transfiguração e Ressurreição do
Senhor, vimos claramente a sua glória. Porém, na Eucaristia, a sua glória está
velada. O sacramento eucarístico é o “mysterium fidei” por excelência e,
todavia, precisamente através desse sacramento, da sua total ocultação, Cristo
torna-se mistério de luz, mediante o qual o fiel é introduzido nas profundezas
da vida divina.”
Tudo isso requer que estejamos inteiros e façamos tudo como cristãos que
somos, e não simplesmente máquinas, pessoas sem coração, sem alma, sem
sentido. E Deus tem um banquete preparado para mim e para você toda a
semana. Uma recarga grandiosa que vem diretamento do céu e não se esgota
jamais. A Eucaristia é o combustível divino para o nosso desgate físico,
psicológico e espiritual. Somos saciados com a mais “fina flor do trigo e o mel
do rochedo” (Salmos 81,17). Um cristão sem a Eucaristia é um carro que não
funciona, não sai do lugar.
Eucaristia, que quer dizer ação de graças, é o sacramento do amor, pois é o encontro
pessoal de Cisto com o homem. A Eucaristia é o ágape (a festa, o banquete) da
memória: “Façam isso para celebrar a minha memória”.
É sacramento porque é sinal de Deus, e nos compromete com Ele, com seu plano, com a
comunidade e com a recriação do mundo. A Eucaristia é o grande mistério da nossa
igreja, só aceito pelo povo crente pela fé. Eucaristia é mistério da fé. É o ponto alto, o
ponto central da missa. Por esta razão, a missa deve ser sempre o centro da vida do
cristão, pois Cristo é o centro da celebração da missa na Eucaristia.O pão e o vinho,
fruto da videira e do trabalho do homem, consagrados no altar, transubstanciam-se,
trocam de substancia, após a consagração, para corpo e sangue de nosso Senhor Jesus
Cristo.
Então, sob as aparecias de pão e vinho, temos Jesus com seu corpo e com seu sangue a
espera de nós, hoje e sempre. Essa é a mais amorosa forma que ele escolheu para estar
sempre conosco.
Cristo está presente em cada uma das espécies e inteiro em cada uma das partes delas,
de maneira que a fração do pão não divide o Cristo.
A comunhão aumente nossa união com Cristo. Receber a Eucaristia na comunhão traz
como fruto principal a união íntima com Cristo Jesus. Pois o senhor diz: “Quem come a
minha Carne e bebe meu Sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,56). A vida em
Cristo tem seu fundamento no banquete eucarístico: “Assim como o Pai, eu vive, me
enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que de mim se alimenta viverá por mim” (Jo
6,57). O que o alimento material produz em nossa vida corporal, a comunhão o realiza
de maneira admirável em nossa vida espiritual.
A comunhão separa-nos do pecado. Por isso a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem
purificar-nos ao mesmo tempo dos pecados cometidos e sem preservar-nos dos pecados
futuros.
A Eucaristia faz a Igreja. Os que recebem a Eucaristia estão unidos mais intimamente a
Cristo. Por isso mesmo, Cristo os une a todos os fiéis em um só corpo, a Igreja. A
comunhão renova, fortalece, aprofunda esta incorporação à Igreja, já realizada no
batismo.
– Ser batizado;
– Ter-se preparado e feito sua primeira eucaristia;
– Estar em estado de graça, isto é, sem pecado;
– Estar em jejum eucarístico de uma hora;
– Ter fé que sob as aparências do pão e do vinho estão Jesus;
– Estar disposto a assumir os compromissos de comunhão decorrentes da eucaristia.
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