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Texto complementar nº1

“Jovens, não tenham medo de fazer escolhas definitivas na vida”


O Papa Francisco encontrou-se com os jovens da Úmbria, na praça adjacente à Basílica de Santa Maria dos
Anjos, em Assis. Antes, porém, fez uma oração na Porciúncula, igreja localizada dentro dessa basílica, onde
São Francisco fundou a Ordem Franciscana e faleceu em 1226.
Cerca de 40 mil jovens participaram do encontro com o Papa Francisco. Durante o encontro, o Santo Padre
respondeu as perguntas de alguns jovens. O que é o Matrimônio? Esta primeira pergunta foi feita por um
casal jovem. “Um testemunho bonito! Dois jovens que escolheram e decidiram, com alegria e coragem,
formar uma família. É preciso ter coragem para formar uma família”, disse o papa. A seguir, o pontífice
respondeu a pergunta dizendo: “É uma verdadeira vocação, assim como o sacerdócio e a vida religiosa.
Dois cristãos que se casam reconheceram em sua história de amor o chamado do Senhor, a vocação a se
tornarem de dois, homem e mulher, uma só carne, uma só vida. O sacramento do Matrimônio envolve esse
amor com a graça de Deus, enraíza essa união no próprio Deus.
“Os nossos pais, avós e bisavós se casaram em condições muito piores do que a nossa. Alguns em tempo
de guerra ou depois da guerra e outros imigraram como os meus pais. Onde encontraram a força? Na
certeza de que o Senhor estava com eles, de que a família é abençoada por Deus com o sacramento do
Matrimônio e bendita é a missão de dar à luz filhos e educá-los”, disse o Papa Francisco.
O Santo Padre frisou que “para construir bem, de maneira sólida, é necessária essa base moral e espiritual,
e hoje esta base não é mais garantida pelas famílias e pela tradição social”.
“A sociedade em que vocês nasceram favorece os direitos individuais, em vez da família, e muitas vezes
fala sobre o relacionamento de casal, família e Matrimônio de maneira superficial e equivoca. É a cultura do
provisório. Basta assistir a determinados programas de televisão”, sublinhou o pontífice.
O papa destacou que o Espírito Santo suscita sempre novas respostas às novas exigências e por isso se
multiplicaram na Igreja encontros para namorados, cursos de preparação ao Matrimônio, grupos de casais
jovens nas paróquias, movimentos familiares e outros. “Eles são uma imensa riqueza! São pontos de
referência para TODOS: jovens em busca, casais em crise, pais em dificuldades com seus filhos e vice-
versa. A fantasia do Espírito é infinita e muito concreta”, disse o Santo Padre.
Francisco convidou a não ter medo de fazer escolhas definitivas na vida, como o Matrimônio. “Confiem no
Senhor e deixem que ele entre em suas casas como uma pessoa da família. A família é a vocação que
Deus inscreveu na natureza do homem e da mulher”, sublinhou o pontífice, destacando outra vocação
complementar ao Matrimônio: o chamado ao celibato e à virgindade para o Reino dos Céus. “É a vocação
que o próprio Jesus viveu. Como reconhecê-la? Como segui-la?”
O papa respondeu essa segunda pergunta com dois elementos essenciais: “Rezar e caminhar na Igreja.
Essas duas coisas caminham juntas, são interligadas. Na origem de toda vocação à vida consagrada existe
sempre uma forte experiência de Deus, uma experiência de que nunca se esquece. É Deus quem chama.
Por isso, é importante ter uma relação cotidiana com ele. Aqui em Assis, não há necessidade de palavras!
Francisco e Clara falam através de seu carisma a tantos jovens do mundo inteiro. Jovens que deixam tudo
para seguir Jesus no caminho do Evangelho”.
Da palavra Evangelho, o Santo Padre respondeu as duas últimas perguntas feitas pelos jovens: “O que
podemos fazer?”, pergunta que diz respeito ao compromisso social nesse período de crise que ameaça a
esperança, e “Qual pode ser a nossa contribuição?”, pergunta que diz respeito à evangelização, levar a
mensagem de Jesus aos outros.
Francisco disse que “o Evangelho não diz respeito somente à religião, mas ao ser humano como um todo,
ao mundo, à sociedade e civilização humana. O Evangelho é mensagem de salvação de Deus para a
humanidade”.
O pontífice sublinhou que o Evangelho tem dois destinos que estão relacionados: “O primeiro, despertar a
fé, e isso é a evangelização. O segundo, transformar o mundo segundo o desígnio de Deus, e essa é a
animação cristã da sociedade. Essas duas coisas não caminham separadas, mas formam uma única mis-
são: levar o Evangelho com o testemunho de nossas vidas transforma o mundo. Este é o caminho”.
O Santo Padre destacou que São Francisco fez as duas coisas com a força do Evangelho. “Francisco fez
aumentar a fé, renovou a Igreja e ao mesmo tempo renovou a sociedade, tornando a mais fraterna, mas
sempre com o Evangelho”, disse ainda o pontífice.
O Papa Francisco convidou os jovens da Úmbria a seguirem o exemplo de São Francisco de Assis,
testemunhando a fé com suas vidas e servindo a Cristo nos pobres.
FONTE:<http://www.news.va/pt/news/papa-em-assis-jovens-nao-tenham- medo-de-fazer-esco>.
Texto complementar nº2
Papa Francisco: “viver juntos é uma arte”Papa Francisco: “viver juntos é
uma arte”
Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante. Ele não termina quando vos
conquistastes um ao outro… Pelo contrário, é precisamente neste momento que ele tem início! Este caminho
de cada dia possui regras que podem ser resumidas naquelas três palavras que tu disseste, palavras que eu
já dirigi inúmeras vezes às famílias, e que vós já podeis aprender a utilizar entre vós: com licença, ou seja,
“posso”, como tu dissestes, e desculpa.
“Posso, com licença?” É o pedido amável para poder entrar na vida de outra pessoa, com respeito e
atenção. É necessário aprender a pedir: posso fazer isto? É do teu agrado, se fizermos assim, que tomemos
esta iniciativa, que eduquemos os nossos filhos desta maneira? Gostarias de sair comigo esta noite?… Em
síntese, pedir licença significa saber entrar com amabilidade na vida dos outros. Contudo, ouvi bem isto:
saber entrar com amabilidade na vida dos outros. E não é fácil, isto não é fácil. Por vezes, recorremos a
maneiras um pouco pesadas, como determinadas botas de montanha! O amor autêntico não se impõe com
aspereza nem com agressividade. Nas chamadas Florzinhas de São Francisco encontra-se a seguinte
expressão: “Deves saber que a cortesia é uma das propriedades de Deus… e a cortesia é irmã da caridade,
a qual extingue o ódio e conserva o amor!” (cap. 37). Sim, a amabilidade conserva o amor. E hoje, no seio
das nossas famílias, no nosso mundo muitas vezes violento e arrogante, há necessidade de muito mais
amabilidade. E isto pode começar a partir de casa.
“Obrigado!” Parece fácil pronunciar esta palavra, mas sabemos que não é assim. No entanto, ela é
importante! Nós ensinamo-la às crianças, mas depois nós mesmos a esquecemos! A gratidão é um
sentimento importante: recordai-vos do Evangelho de Lucas? Certa vez, uma senhora idosa disse-me em
Buenos Aires: “A gratidão é uma flor que cresce em terra nobre!”. É necessária a nobreza da alma para que
esta flor possa crescer. Recordai-vos do Evangelho de Lucas? Jesus cura dez doentes de lepra, e em
seguida só um deles volta atrás para agradecer a Jesus. E o Senhor diz-lhe: ‘E onde estão os outros nove?”.
Isto é válido também para nós: sabemos agradecer? Nos nossos relacionamentos, e amanhã na nossa vida
matrimonial é importante manter viva a consciência de que a outra pessoa constitui uma dádiva de Deus, e
aos dons de Deus é necessário dizer obrigado! Devemos sempre dar graças por eles. E nesta atitude interior
é preciso dizer obrigado um ao outro, por todas as coisas. Não se trata de uma palavra amável para ser
utilizada com os estranhos, para sermos educados. É necessário saber dizer obrigado um ao outro, para
poder caminhar em frente, bem e juntos, na vida matrimonial.
A terceira palavra: “desculpa”. Na vida cometemos numerosos erros, enganamonos muitas vezes. E isto
acontece com todos nós. Mas aqui está porventura presente alguém que nunca cometeu um erro? Se
houver alguém assim, que levante a mão:
uma pessoa que nunca cometeu erros? Todos nós os cometemos. Todos! Talvez não passe nem sequer um
só dia sem que os cometamos. A Bíblia recorda que a pessoa mais justa comete sete pecados por dia. Por
isso, todos nós cometemos erros… Eis, então, por que motivo é necessário utilizar esta palavra tão simples:
“desculpa”. Em geral, cada um de nós está pronto para acusar o nosso próximo, justificando-nos assim a nós
mesmos. Isto teve início a partir do nosso pai Adão, quando Deus lhe perguntou: “Adão, comeste por acaso
daquele fruto?”. “Eu? Não! Foi ela que me o deu!”. Acusar o outro para não dizer “desculpa”, “perdão”. Trata-
se de uma história antiga! É um instinto que se encontra na origem de muitas calamidades. Aprendamos a
reconhecer os nossos erros e a pedir desculpa. “Desculpa, se hoje levantei a minha voz”; “desculpa, se
passei sem cumprimentar”; “desculpa, se cheguei atrasado”, “desculpa, se esta semana estive tão
silencioso”, “desculpa, se falei demais, sem nunca escutar”; “desculpa, se me esqueci”; “desculpa, se eu
estava com raiva e te tratei mal”. Cada dia podemos pedir muitas vezes “desculpa”. É também deste modo
que uma família cristã prospera. Todos nós sabemos que não existe uma família perfeita, ou um marido
perfeito, ou uma esposa perfeita. Nem sequer falemos de uma sogra perfeita… Existimos nós, pecadores.
Jesus, que nos conhece bem, ensina-nos um segredo: nunca devemos terminar o dia sem pedir perdão, sem
que a paz volte ao nosso lar, à nossa família. É normal que os esposos discutam, há sem pre algo sobre o
que discutir. Talvez tenhais discutido entre vós, talvez tenha voado um prato, mas, por favor, recordai-vos
disto: nunca termineis o dia sem fazer as pazes! Nunca, nunca, nunca! Este é um segredo, um segredo para
conservar o amor e fazer as pazes. Não é necessário fazer um bonito discurso. Por vezes é suficiente um
simples gesto… e a paz volta a instaurar-se. Nunca deixeis que termine o dia… pois se tu permitires que
termine o dia sem que as pazes se restabeleçam, aquilo que tens dentro de ti, no dia seguinte, será frio e
empedernido, e assim será mais difícil fazer as pazes. Recordai bem: nunca termineis o dia sem fazer as
pazes! Se aprendermos a pedir desculpa e a perdoar-nos reciprocamente, o Matrimônio durará e irá em
frente. Quando vêm às audiências ou às Santas Missas aqui em Santa Marta, casais idosos, que celebram
as bodas de ouro, eu pergunto-lhes: “Quem suportou quem?”. E isto é bonito! Todos olham uns para os
outros, depois olham para mim e dizem-me: “Ambos!”. E isto é bonito! Trata-se de um bonito testemunho!
Texto complementar nº3
Papa Francisco: o estilo da celebração do Matrimônio
“Santidade, ao longo destes meses estamos fazendo muitos preparativos para as nossas
núpcias. Pode dar-nos alguns conselhos para celebrar bem o nosso casamento?”
“Fazei com que se trate de uma festa verdadeira – porque o matrimônio é uma festa –, uma festa cristã, e
não uma festa mundana! O motivo mais profundo da alegria daquele dia é-nos indicado pelo Evangelho de
João: recordai-vos do milagre das bodas de Caná? Numa certa altura veio a faltar vinho, e a festa parece
estragada. Imaginai se tivessem que terminar a festa a beber chá! Não, não pode ser! Sem vinho não há
festa! Por sugestão de Maria, naquele momento Jesus revela-se pela primeira vez e realiza um sinal:
transforma a água em vinho e, agindo as sim, salva a festa nupcial. O que aconteceu em Caná há dois mil
anos acontece na realidade em cada festa de casamento: aquilo que tornará completo e profundamente
verdadeiro o vosso matrimônio, será a presença do Senhor, que se revela e concede a sua graça. É a sua
presença que oferece o ‘vinho bom’, ele é o segredo da alegria completa, do júbilo que aquece
verdadeiramente o nosso coração. Disto se vê a presença de Jesus naquela festa.Que seja uma festa
bonita, mas com Jesus! Não com o espírito do mundo, não! E sentese quando o Senhor está presente!
Mas, ao mesmo tempo, é bom que o vosso matrimônio seja sóbrio e permita salientar aquilo que é
verdadeiramente importante. Algumas pessoas estão mais preocupadas com os sinais exteriores, com o
banquete, com as fotografias, com as roupas e com as flores… Trata-se de elementos importantes numa
festa, mas somente se forem capazes de indicar o motivo autêntico da vossa alegria: a bênção do Senhor
sobre o vosso amor! Fazei com que, como no caso do vinho das bodas de Caná, os sinais exteriores da
vossa festa revelem a presença do Senhor e vos recordem, tanto a vós como a todos os presentes, a origem
e o motivo da vossa alegria.”
Texto complementar nº4
Homilia do Papa Francisco na missa da Jornada das Famílias, em 27/10/2013
(Leituras da missa: 1a Leitura: Eclo 35,15b-17,20-22a; 2a Leitura: 2Tm 4,6–8,16-18; Evangelho: Lc 18,9-14.)(Leituras da missa:
1a Leitura: Eclo 35,15b-17,20-22a; 2a Leitura: 2Tm 4,6–8,16-18; Evangelho: Lc 18,9-14.) ... As leituras deste domingo nos
convidam a meditar sobre algumas características fundamentais da família cristã.
1. A primeira: a família reza. A passagem do Evangelho destaca dois modos de rezar: um falso – o do fariseu
– e outro autêntico – o do publicano. O fariseu encarna uma postura que não expressa tanto agradecimento
a Deus pelos seus benefícios e pela sua misericórdia, como, sobretudo, autossatisfação. O fariseu se sente
justo, se sente com a consciência tranquila, se vangloria disto e julga os demais do alto do seu pedestal. O
publicano, ao contrário, não multiplica as palavras. A sua oração é humilde, sóbria, permeada pela
consciência da própria indignidade, das próprias misérias: este homem verdadeiramente se reconhece
necessitado do perdão de Deus, da misericórdia de Deus.... A oração do publicano é a oração do pobre, é a
oração agradável a Deus que, como fala a primeira leitura, subirá até as nuvens (cf. Eclo 35,20), enquanto a
oração do fariseu está sobrecarrega da pelo peso da vaidade.
À luz desta Palavra, queria vos perguntar, queridas famílias: Rezais algumas vezes em família? Alguns, eu
sei que sim. Mas muitos me perguntam: Mas como se faz? Faz-se como o publicano, está claro: com
humildade, diante de Deus. Cada um, com humildade, se deixa olhar pelo Senhor e pede a sua bondade,
que venha até nós. Mas, na família, como se faz? Porque parece que a oração é uma coisa pessoal; além
disso, nunca se encontra um momento oportuno, tranquilo, em família… Sim, isso é verdade, mas é também
questão de humildade, de reconhecer que precisamos de Deus, como o publicano! E todas as famílias, todos
nós precisamos de Deus: todos, todos! Há necessidade da sua ajuda, da sua força, da sua bênção, da sua
misericórdia, do seu perdão. E é preciso simplicidade: para rezar em família, é necessário simplicidade!
Rezar juntos o Pai-Nosso, ao redor da mesa, não é algo extraordinário: é fácil. E rezar juntos o terço, em
família, é muito belo; dá tanta força! E também rezar um pelo outro: o marido pela esposa; a esposa pelo
marido; os dois pelos filhos; os filhos pelos pais, pelos avós… Rezar um pelo outro. Isto é rezar em família, e
isto fortalece a família: a oração.
2. A segunda leitura nos sugere outro ponto: a família guarda a fé. O apóstolo Paulo, no ocaso da sua vida,
faz um balanço fundamental, e diz: “guardei a fé” (2Tm 4,7). Mas como a guar dou? Não em um cofre! Nem a
escondeu debaixo da terra, como o servo um pouco preguiçoso dos talentos. São Paulo compara a sua vida
com uma batalha e com uma corrida. Guardou a fé, porque não se limitou a defendê -la, mas a anunciou,
irradiou-a, levou-a longe. Opôsse de modo decidido àqueles que queriam conservar, “embalsamar” a
mensagem de Cristo nos limites da Palestina. Por isso, tomou decisões corajosas, penetrou em territórios
hostis, deixou-se atrair pelos que estavam longe, por culturas diferentes, falou francamente, sem medo. São
Paulo guardou a fé, porque, como a tinha recebido, assim a entregou, dirigindo-se às periferias, sem se
fincar em posições defensivas.
Aqui também, podemos perguntar: De que modo nós, em família, guardamos a nossa fé? Conservamo-la
para nós mesmos, na nossa família, como um bem privado, como uma conta no banco, ou sabemos
partilhá-la com o testemunho, com o acolhimento, com a abertura aos demais? Todos sabemos que as fa-
mílias, sobretudo as jovens famílias, estão frequentemente “correndo”, muito atarefadas; mas já pensastes
alguma vez que esta “corrida” pode ser também a corrida da fé? As famílias cristãs são famílias missionárias.
Ontem escutamos, aqui na praça, o testemunho de famílias missionárias. Elas são missionárias tam bém na
vida cotidiana, fazendo as coisas de todos os dias, colocando em tudo o sal e o fermento da fé! Guardai a fé
em família e colocai o sal e o fermento da fé nas coisas de todos os dias.
3. E há um último aspecto que tiramos da Palavra de Deus: a família vive a alegria. No Salmo responsorial,
encontramos esta expressão: “ouçam os humildes e se alegrem” (33,4). Todo este Salmo é um hino ao
Senhor, fonte de alegria e de paz. Qual é o motivo desta alegria? É este: o Senhor está perto, escuta o grito
dos humildes e os liberta do mal. Como escrevia São Paulo: “Alegrai-vos sempre… O Senhor está próximo!”
(Fl 4,4-5). Pois bem… gostaria de fazer uma pergunta hoje. Mas cada um leve esta pergunta no seu
coração, para a sua casa, certo? É como um dever de casa. E respondesse sozinho. Como se vive a alegria
na tua casa? Como se vive a alegria na tua família? Bem, dai vós mesmos a resposta.
Queridas famílias, como bem sabeis, a verdadeira alegria que se experimenta na família não é algo
superficial, não vem das coisas, das circunstâncias favoráveis… A alegria verdadeira vem da harmonia
profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração e que nos faz sentir a beleza de estarmos juntos,
de nos apoiarmos uns aos outros no caminho da vida. Mas, na base deste sentimento de alegria profunda,
está a presença de Deus, a presença de Deus na família, está o seu amor acolhedor, misericordioso, cheio
de respeito por todos. E, acima de tudo, um amor paciente: a paciência é uma virtude de Deus e nos ensina,
na família, a ter este amor paciente, um com o outro. Ter paciência entre nós. Amor paciente. Só Deus sabe
criar a harmonia a partir das diferenças. Se falta o amor de Deus, a família também perde a harmonia,
prevalecem os individualismos, apaga-se a alegria. Pelo contrário, a família que vive a alegria da fé,
comunica-a espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade.
Queridas famílias, vivei sempre com fé e simplicidade, como a Sagrada Família de Nazaré. A alegria e a paz
do Senhor estejam sempre convosco!
Texto complementar nº5
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Quando o casal perde o desejo: motivo de


alarme?
A intimidade física é a doação total de si e a culminação de uma união vivida no dia a dia.
A atriz italiana Cristiana Capotondi revelou, em entrevista recente, que renunciou durante um ano, junto
com seu parceiro Andrea Pezzi, a manter relações sexuais. “Não fui eu que pedi, foi ele quem me
aconselhou”, disse a atriz. “Ele sentiu que eu tinha a necessidade de crescer como mulher: muitas vezes,
nós somos dependentes da apreciação dos outros, precisamos dela para nos sentir seguras, fortes,
bonitas. Essa ‘validação externa’ inclui também o desejo que o parceiro sente por você. Às vezes, o sexo
complica as coisas. E, por isso, ser casta é um exercício importante para uma mulher, uma prova de
consciência e de liberdade” (The Huffington Post, 11 de fevereiro de 2014).
Mas o que a vida sexual representa para um casal? Quando é que a falta de intimidade física pode ser
considerada um problema capaz de se transformar em verdadeira “anorexia sexual”?
A Aleteia foi conversar com Maria Grazia Vergari, psicóloga e especialista em formação para jovens.
O que a relação sexual representa para um casal?
Vergari: A dimensão da sexualidade no ser humano é fundamental e vai muito além da expressão
corpórea: é algo que nos torna pessoas, e pessoas em relação. A intimidade física faz as pessoas e o
relacionamento de casal crescerem, porque ela significa sentir-se amados de uma forma privilegiada e
doar se totalmente ao outro, acolhendoo. A vida sexual deveria ser a culminação de uma união que o
casal já vive em outros âmbitos da vida: o planejamento conjunto, a cumplicidade, a parceria, o
compartilhamento, a comunicação serena. Neste sentido, a relação sexual é a manifestação também
corpórea da doação pessoal que se nutre no cotidiano e que requer intimidade e interdependência.
A falta de intimidade física pode ser um problema?
Vergari: Um casal pode decidir, de comum acordo, se abster de relações sexuais por razões de saúde
ou por causa de outras situações da vida. Mas há outras “linguagens” para expressar a intimidade que
não podem faltar: as carícias, os abraços, os beijos. A falta de relações sexuais num casal se torna
negativa quando é sintoma da perda de outros aspectos, quando há algo de errado na vida do casal ou
de uma das duas pessoas. A perda do desejo pode se dever ao cansaço, a medicamentos, mas também
pode haver razões psicológicas como o estresse, a ansiedade, o sentimento de inadequação. Às vezes,
há uma tensão latente que condiciona a vida do casal, e a sexualidade é usada como uma arma contra o
parceiro, para reivindicar um papel ou afirmar um poder. Tudo isso se junta a uma comunicac ̧ão de
casal pouco clara e acaba contaminando a esfera do desejo.
O que fazer nesses casos?
Vergari: O casal tem que parar para pensar no que aconteceu com a vida juntos e também como
indivíduos. É importante encarar a questão de uma perspectiva libertadora. Neste campo, você pode
passar facilmente da banalização para o medo de abordar o assunto, mas o que tem que ser levado em
conta é a pessoa na sua totalidade, e a sexualidade é uma parte muito importante dessa totalidade.
Muitas vezes, quando os casais procuram o aconselhamento de um psicólogo, eles já chegam
convencidos de que o amor acabou e que é difícil remediar a situação. Mas o que é necessário é saber
que a vida conjugal é gradual, tem momentos bons e ruins, existe a capacidade de se apaixonar de novo
pelo próprio parceiro. A linguagem da sexualidade se aprende durante a vida toda, inclusive na etapa
madura, e também passa pelo abraço, pela brincadeira, pelo elogio que flui quando se olha para o
outro com novos olhos. É uma linguagem para cultivar e preservar.
Fonte: <http://www.aleteia.org/pt/sociedade/entrevistas/quando-o-casal-perdeodesejomotivodealarme-
5290255972302848>.

Texto complementar nº6


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Francisco evidencia a importância das famílias
numerosas
Uma esperança para a sociedade.
“Num mundo marcado pelo egoísmo, a família numerosa é uma escola de solidariedade e partilha; e depois estas atitudes
beneficiam toda a sociedade”. Convicto disto, o Papa Francisco recebeu em audiência na manhã de domingo, 28 de
dezembro de 2015, a Associação Nacional das Famílias Numerosas (ANFN), que festejou dez anos de atividade.
Na festa da Sagrada Família de Nazaré, o Pontífice encontrou se na Sala Paulo VI com núcleos familiares compostos por
pelo menos quatro filhos, para reafirmar que “infelizmente as instituições públicas nem sempre” ajudam estas realidades
a enfrentar “todas as dificuldades e pesos da vida” que incidem sobre elas.
Recordando que “a Constituição italiana, no artigo 31, presta atenção especial às famílias numerosas”, o Papa frisou
como tal princípio “não encontra eco adequado nos fatos. Permanece só nas palavras”. E fez votos para que – “pensando
também na baixa natalidade que há tempos se registra” no país e na Europa – recebam maior “atenção da política e dos
administradores públicos, a todos os níveis, a fim de obter o apoio previsto a estas famílias”. Porque, acrescentou, se é
verdade que “cada família é célula da sociedade”, com maior razão “a família numerosa é uma célula mais rica, mais
vital, e o Estado tem todo o interesse em investir nela”.
De resto, prosseguiu o Papa, neste tipo de família “os filhos e filhas são mais capazes de comunhão fraterna desde a
primeira infância” e “as diversas gerações encontram-se e ajudam-se”.
Fonte: <http://www.news.va/pt/news/francisco-evidencia-a-importancia -das-familias-num>. Acesso em: 10/08/2015.

Texto complementar nº7


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Quais as vantagens de utilizar os métodos


naturais?
Permitem que a mulher e o marido aprendam como o sistema reprodutivo dela funciona, podendo-se
detectar problemas de saúde.Permitem que a mulher e o marido aprendam como o sistema
reprodutivo dela funciona, podendo-se detectar problemas de saúde.
Respeitam a vida no seu início e em todas as etapas de seu desenvolvimento, promovendo uma atitude
positiva com relação à criança. São ecologicamente corretos, já que muitas pessoas têm descoberto a
importância de uma vida em acordo com os ritmos da natureza harmoniosa e equilibrada que não
depende artificialmente de apoios externos ou químicos.
 São fáceis de aprender e eficazes, desde que sejam bem seguidos.
 Aumentam o conhecimento e a capacidade de autocontrole.
 Não fazem com que a mulher fique na dependência de medicamentos, dispositivos ou cirurgia.
 Não têm efeitos colaterais, uma vez que não alteram os processos naturais do organismo.
 Constituem um valioso guia para o bem estar ginecológico, pois alertam para problemas ou
irregularidades do ciclo.
 São aplicáveis em todas as condições e circunstâncias ocioso culturais, inclusive em mulheres
cegas ou analfabetas.
 Além de adiar uma gravidez, os métodos naturais podem ajudar a consegui-la.
 Ajudam o homem e a mulher a assumir, conjuntamente, a responsabilidade da fertilidade,
fortalecendo o amor conjugal.
 De graça, mas se o casal quiser, existem acessórios como microscópios e termômetros.Alertam
para problemas de saúde (sangramentos advindos de miomas, corrimentos).
 Fortalecem o diálogo e preparam para chegada dos filhos.Ajudam a ter experiências com o amor
de Deus e sua família.
IMPORTANTE: A Organização Mundial da Saúde reconhece que o método Billings possui a mesma
eficácia que a pílula anticoncepcional, ou seja, 98,7%.
Vale reforçar que a grande vantagem mesmo é o fato de os métodos serem um recurso a mais na
promoção da harmonia conjugal e sexual do casal, especialmente por serem o “método do namoro
para os casais” ou o “método do casal”, que estimula o diálogo e a comunicação fortalecendo o
conhecimento um do outro, a fidelidade e o amor.
Texto complementar - A missão de educar os filhos
O pai e a mãe são representantes de Deus na vida dos filhos; por isso têm autoridade sobre eles.
Então, é vontade do Senhor que estes cumpram muito bem a missão de educá-los para a sociedade
e para o céu. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que: “O papel dos pais na educação dos filhos
é tão importante que é quase impossível substituí-los”. E que: “O direito e o dever de educação são
primordiais e inalienáveis para os pais” (CIC 2221; FC 36).O pai e a mãe são representantes de
Deus na vida dos filhos; por isso têm autoridade sobre eles. Então, é vontade do Senhor que estes
cumpram muito bem a missão de educá-los para a sociedade e para o céu. O Catecismo da Igreja
Católica (CIC) diz que: “O papel dos pais na educação dos filhos é tão importante que é quase
impossível substituí-los”. E que: “O direito e o dever de educação são primordiais e inalienáveis para
os pais” (CIC 2221; FC 36).
Para isso, os genitores devem criar um lar tranquilo para os filhos, no qual a ternura, o perdão, o
respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado sejam cultivados. Nele a abnegação, o reto juízo, o
domínio de si devem ser cultivados, para que haja verdadeira liberdade. Diz o livro do Eclesiástico:
“Aquele que ama o filho castiga-o com frequência; aquele que educa o seu filho terá motivo de sa-
tisfação” (Ecl 30,12). Esse “castiga-o com frequência” deve ser entendido como “corrige-o com
frequência”. E São Paulo lembra que os pais não podem humilhar e magoar os filhos ao corrigi-los:
“E vós, pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e na
correção do Senhor” (Ef 6,4). E é bom lembrar aos genitores que saber reconhecer, diante dos
filhos, os próprios defeitos não é humilhação, mas, sim, coerência, e isso facilita guiá-los e corrigi-
los, como ensina o próprio Catecismo da Igreja Católica (CIC 2223). Diz o Catecismo: Os filhos, por
sua vez, contribuem para o crescimento de seus pais em santidade. Todos e cada um se darão
generosamente e sem se cansarem o perdão mútuo exigido pelas ofensas, as rixas, as injustiças e
os abandonos. Sugere-o a mútua afeição. Exige-o a caridade de Cristo (CIC 2227; Mt 18,2122). O
apóstolo São Paulo também ensina como a família deve viver para fazer a vontade de Deus: Filhos,
obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isso é justo. O primeiro mandamento
acompanhado de uma promessa é: “Honra teu pai e tua mãe, para que sejas feliz e tenhas longa
vida sobre a terra” (cf. Dt 5,16). Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na
educação e doutrina do Senhor (Ef 6,12). Para educar bem os filhos, é preciso ter tempo para eles,
colocá-los entre as nossas prioridades, gastar nosso tempo com eles. Sem estar na presença deles,
é impossível educá-los, por isso é uma atividade que exige observação e atuação. E para educá-los
é preciso acolhê-los e acolher seus amigos; não empurrá-los para fora de casa. Acima de tudo, é
preciso saber conquistá-los, não com o que se dá a eles, mas como se é para eles. Os filhos
precisam sentir um santo orgulho dos pais pela sua grandeza, pela sua maneira correta de agir, de
falar, de lhes tratar, de se dedicar a eles. Sem isso, não é possível educá- los bem. É preciso corrigir
os filhos, mas isso precisa ser feito com jeito, com carinho, com palavras corretas, sem nervosismo,
na hora e no lugar certo, e jamais na presença dos irmãos e de outras pessoas, porque isso os
humilha. E um filho humilhado pelo pai e pela mãe não ouvirá os conselhos destes.
E São Paulo lembra que os pais não podem humilhar e magoar os filhos ao corrigi-los: “E vós, pais,
não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e na correção do
Senhor” (Ef 6,4).
E é bom lembrar aos genitores que saber reconhecer, diante dos filhos, os próprios defeitos não é
humilhação, mas, sim, coerência, e isso facilita guiá-los e corrigi-los, como ensina o próprio
Catecismo da Igreja Católica (CIC 2223). Diz o Catecismo:
Os filhos, por sua vez, contribuem para o crescimento de seus pais em santidade. Todos e cada um
se darão generosamente e sem se cansarem o perdão mútuo exigido pelas ofensas, as rixas, as
injustiças e os abandonos. Sugere-o a mútua afeição. Exige-o a caridade de Cristo (CIC 2227; Mt
18,2122).
O apóstolo São Paulo também ensina como a família deve viver para fazer a vontade de
Deus: Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isso é justo. O primeiro
mandamento acompanhado de uma promessa é: “Honra teu pai e tua mãe, para que sejas feliz e
tenhas longa vida sobre a terra” (cf. Dt 5,16). Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário,
criai-os na educação e doutrina do Senhor (Ef 6,12).
Para educar bem os filhos, é preciso ter tempo para eles, colocá-los entre as nossas prioridades,
gastar nosso tempo com eles. Sem estar na presença deles, é impossível educá-los, por isso é uma
atividade que exige observação e atuação. E para educá-los é preciso acolhê-los e acolher seus
amigos; não empurrá-los para fora de casa. Acima de tudo, é preciso saber conquistá-los, não com
o que se dá a eles, mas como se é para eles. Os filhos precisam sentir um santo orgulho dos pais
pela sua grandeza, pela sua maneira correta de agir, de falar, de lhes tratar, de se dedicar a eles.
Sem isso, não é possível educá-los bem.
É preciso corrigir os filhos, mas isso precisa ser feito com jeito, com carinho, com palavras corretas,
sem nervosismo, na hora e no lugar certo, e jamais na presença dos irmãos e de outras pessoas,
porque isso os humilha. E um filho humilhado pelo pai e pela mãe não ouvirá os conselhos destes.

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