Você está na página 1de 22

Inundação

grande alagamento resultado de fortes


chuvas e/ou tempestades

Foram assinalados vários problemas nesta página ou se(c)ção:


Saiba mais

Uma inundação, de
Inundação
modo geral, pode
ser entendido
como o resultado
da concentração
da água de chuva
em excesso que
não pode ser
absorvida por solo
já saturado e Su
outras por formas bcl desastre
de escoamento, ass natural, maré
por exemplo, em e cheia 
áreas de
impermeabilizadas cloudburst,
Ca
urbanas, onde o tsunâmi, river
usa
fluxo de água overflow,
do
segue rapidamente siphoning,
por
para as baixadas e chuva 
rios, superando a Ca morte, dano,
capacidade de usa rotura de
escoamento, de barragem 
causando
transbordamentos das margens. Cheias
e enchentes também podem ser
provocadas por rompimento de
barragens e represas, ou ainda pela
abertura ou extravasamento de represas
em períodos de fortes chuvas.

Inundação em Nova Orleães, nos Estados Unidos, após a passagem do Furacão Katrina em 2005.

Em termos técnicos a Organização das


Nações Unidas, por meio de seu
Escritório para a Redução de Riscos
(UNISDR), define a inundação como um
processo de risco natural,[1] mesmo
quando ocorrido em áreas urbanas. Esta
classificação é amplamente usada em
diversos países, pois sejam estes ricos e
bem urbanizados ou pobres e mal
urbanizados a ocorrência de inundações
se dá em ambos.

Para o Instituto Geológico (IG) do


Governo do Estado de São Paulo, em
consonância com a definição do Instituto
de Pesquisas Tecnológicas do Estado
de São Paulo (IPT) e do Ministério das
Cidades do Brasil, órgãos públicos
brasileiros responsáveis pela gestão de
riscos, uma inundação é entendida como
um processo periódico de
extravasamento de um curso de água
cujo transbordamento atinge a planície
de inundação ou a área de várzea.[2]
Contudo, como sinônimo de inundação
em áreas urbanas é usado o termo
alagamento, pois nestes casos está
geralmente associado à deficiência do
sistema de drenagem urbano.

Para caracterizar com maior exatidão


estes cenários de riscos associados ao
escoamento de água o termo inundação
difere do termo enchente ou cheia. Estes
são entendidos como elevações do nível
de água que não ultrapassam a cota
máxima do canal e, portanto, não
caracterizam um extravasamento. Já a
inundação ou cheia são definidas
exatamente por serem extravasamentos
do canal natural.

As inundações são resultado da


interação de fenômenos meteorológicos
(tempestades repentinas, chuvas
contínuas, intermitentes), hidrológicos
(infiltração no solo, escoamento
superficial seguindo a topografia,
porosidade, saturação) e humanos
(forma de uso e ocupação do solo, como
urbanização ou impermeabilização do
solo). A interação pode ser muito
complexa envolvendo as escalas
espaciais da precipitação atmosférica,
as escalas espaciais da topografia da
bacia hidrográfica e a infraestrutura
urbana, no caso de cidades. A
morfologia das redes de drenagem
urbanas também são importantes para a
distribuição da água. A forma dos vales,
sua declividade e escala espacial e a
escala espaço-temporal da chuva que
impinge as encostas são fatores
importantes para as condições de
formação de enchentes repentinas ou
prementes. Existem também enchentes
regionais, por exemplo, no Pantanal
brasileiro, que nos meses de chuva
(setembro a março) apresentam sua
superfície original coberta por uma
lâmina de água, mas que neste caso não
se caracteriza como inundações e sim
como enchentes naturais. As enchentes
tem papel importante na vida de um rio,
pois no período de cheias estabelece
lagoachos nas bordas dos rios, onde
peixes nativos se reproduzem e passam
a primeira parte de suas vidas antes de
retornar ao rio. A ocupação de várzeas
(isto é, seus leitos maiores) dos rios em
áreas urbanas agravou muito o problema
de enchentes urbanas no Brasil, isto
ocorreu em anos em que se considerava
a natureza e os rios urbanos como
empecilhos ao desenvolvimento
econômico da cidade, mas certamente o
custo foi alto e novos conceitos foram
introduzidos e discutidos pelos gestores
urbanos no início do século XXI.
Distinção entre Enchentes e
Inundações
Existe uma distinção conceitual entre os
termos "enchente" e "inundação": a
diferença fundamental é que o primeiro
termo refere-se a uma ocorrência natural,
que normalmente não afeta diretamente
a população, tendo em vista sua
ciclicidade. Já as inundações são
decorrentes de modificações no uso do
solo e podem provocar danos de
grandes proporções.[3]

Enchente
Foto de uma enchente ocorrida em 1914 em Fredericia, na Dinamarca

Ilustração da enchente de 1717 ocorrida na costa da Alemanha, Holanda e parte da Escandinávia em 25 de dezembro
de 1717

Enchente ou cheia é, geralmente, uma


situação natural de transbordamento de
água do seu leito natural, qual seja,
córregos, arroios, lagos, rios, ribeirões,
provocadas geralmente por chuvas
intensas e contínuas. Em mares e
oceanos, os alagamentos devidos a
ressacas também são denominados de
enchentes, como os já ocorridos na
Holanda. A ocorrência de enchentes é
mais frequente em áreas mais ocupadas,
quando os sistemas de drenagem
passam a ter menor eficiência com o
tempo se não forem recalculados ou
devidamente adaptados tecnicamente. É
comum o aumento das destruições
devido sobretudo ao adensamento
populacional de determinadas áreas
sujeitas tradicionalmente a cheias
cíclicas.

Como todo fenômeno natural, pode-se


sempre calcular o período de retorno ou
tempo de recorrência de uma enchente
recorrendo-se a métodos estatísticos
comumente utilizados em hidrologia,
como o método de Gumbel ou de Galton-
Gibrat. Quando este transbordamento
ocorre em regiões com baixa ou
nenhuma ocupação humana, a própria
natureza pode se encarregar de absorver
os excessos de água gradativamente,
gerando poucos danos ao ecossistema,
mas podendo gerar danos à agricultura.
Existem cheias artificiais provocadas por
erros de operações de comportas de
vertedouro s de barragens ou por erros
de projetos de obras hidráulicas como
bueiros, pontes , diques etc.

Quando o transbordamento dá-se em


áreas habitadas de pequena, média ou
grande densidade populacional, os
danos podem ser pequenos, médios,
grandes ou muito grandes, de acordo
com o volume de águas que saíram do
leito normal e de acordo com a
densidade populacional. A ciência que
estuda os fenômenos das enchentes é a
hidrologia, que é, normalmente, ensinada
nos cursos de geografia, engenharia
hidráulica, engenharia sanitária,
engenharia ambiental, engenharia civil e
outros. Algumas obras podem ser
realizadas para controle das enchentes
tais como bueiros, diques, barragens de
defesa contra inundações ou mesmo
obras de revitalização de rios, muito
utilizadas na Holanda e na Alemanha.
A dinâmica das inundações
Várias áreas do conhecimento estudam
os fenômenos das inundações, dentre as
quais destacam-se a Geomorfologia, a
Climatologia Geográfica e a Hidrologia,
que normalmente são ensinadas nos
cursos de Engenharia Hidráulica,
Engenharia sanitária, Engenharia
Ambiental, Geografia, entre outros.

Existem vários tipos de inundações: a


inundação fluvial, quando há uma grande
precipitação, causando esta o
transbordamento de rios e lagos, a
inundação de origem marítima, que é
causada por grandes ondas (ressacas),
que invadem os polderes e as
inundações artificiais, causadas por
falhas humanas na operação de diques,
comportas, rompimento de barragens,
etc.

Coeficiente de torrencialidade

Há um cálculo simples que permite saber


se uma bacia hidrográfica tem tendência
para a ocorrência de enchentes. Isso é
feito pela aplicação de uma fórmula, que
fornece o coeficiente de torrencialidade
dessa bacia. Esse cálculo consiste
basicamente na multiplicação da
densidade hidrográfica pela densidade
de drenagem (Ct = Dh.Dd).
Controle e prevenção

Placa de prevenção alertando sobre o risco de inundação na avenida Reitor Mendes Pimentel, no campus Pampulha
da UFMG, em Belo Horizonte.

A ocorrência de inundações tem-se


tornado mais freqüente a cada ano em
vários locais de Portugal. Tal facto
ocorre devido à acelerada (ocupação do
solo) sem que sejam tomadas as
devidas precauções que levem em conta
riscos ambientais e tecnológicos.
É imprescindível que se leve em conta
planos de acção de prevenção contra
essas catástrofes. Algumas obras
podem ser realizadas para controle das
inundações no meio urbano, tais como
construção e manutenção de bueiros,
diques, barragens de defesa contra
inundações, valas, tanques de contenção
(piscinões) ou ainda obras de
revitalização de rios, muito utilizadas na
Holanda e na Alemanha.

É necessário administrar toda a


problemática gerada pela ocupação
urbana desenfreada com medidas de
controle do destino que é dado aos
resíduos, que, obstruindo canais, impede
que a água seja escoada com facilidade;
assim como da ocupação do solo,
levando-se em conta a capacidade da
água de se escoar para os rios, que são
os canais naturais de escoamento.

Na ausência de tais medidas, fatalmente


ocorrerão os problemas ocasionados
pela deficiência dos meios tradicionais
de escoamento artificial, se estes não
têm capacidade suficiente de prover o
escoamento do volume de água, dado
que não existe um sistema de drenagem
que suporte um volume de água maior
que o nível previsto para uma máxima
pluviométrica.

Ver também
Ver também
Outros projetos Wikimedia também contêm
material sobre este tema:

Definições no

Wikcionário

Imagens e media no

Commons

Categoria no

Commons

Enchente
Enchente relâmpago
Hidrologia
Precipitação
Drenagem
Canal

Referências
1. UNISDR, ONU. «Guidelines for
Reducing Flood Losses (Diretrizes
para Reduzir Perdas em
Inundações)» (https://www.unisdr.or
g/files/558_7639.pdf) (PDF).
Escritório para Redução de Riscos
das Nações Unidas. Consultado em
19 de julho de 2018
2. Instituto Geológico do Estado de São
Paulo (2009). Desastres Naturais:
conhecer para prevenir. São Paulo:
Instituto Geológico do Estado de São
Paulo. pp. Pg. 41 e seguintes
3. «Inundações no município de Santa
Bárbara d'Oeste, SP: condicionantes
e impactos» (http://libdigi.unicamp.b
r/document/?code=vtls000417099) .
Universidade Estadual de Campinas.
Agosto de 2007

Bibliografia
Rios, J.L.P. et al. - Revitalização de
Rios - GTZ-SEMADS . RIO DE JANEIRO,
2002.
Enchentes no Rio de Janeiro -
SEMADS-GTZ - Rio de Janeiro, 2002.

Ligações externas
(português) "Portuguese - King County
Flood Safety Video (http://winmedia.ki
ngcounty.gov/dnr/dnrp/FloodPSAPort
uguese.wmv) ." (Arquivo (http://www.w
ebcitation.org/6HY8SZqov) ) - King
County Flood Control District, Condado
de King, Washington, Estados Unidos

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Inundação&oldid=65378345"

Esta página foi editada pela última vez às


05h13min de 26 de fevereiro de 2023. •
Conteúdo disponibilizado nos termos da CC BY-
SA 3.0 , salvo indicação em contrário.

Você também pode gostar