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L_FRAL - 22023 Programador de Informática

UFCD 0769
Paulo Rogério de Paula
Tipos de entradas
Abril, 2022

Enquadramento
No princípio dos anos 90, conectar qualquer coisa a um computador – um rato, uma impressora, um disco
externo – exigia uma variedade de diferentes adaptadores. Poderia ser um conector PS/2 ou uma porta série,
ou um conector DIN, um adaptador Apple Desktop Bus, um aporta paralela ou SCSI.
O principal objetivo do desenvolvimento do que veio a ser chamada Universal Serial Bus (USB), iniciado em
meados dos anos 90, era estabelecer as especificações para conectores, drivers, controladores e cabos para
conexão, transferência de dados, ficheiros e de energia entre computadores, componentes e periféricos.
A partir de 1995 o projeto passou a ser suportado e financiado por um consórcio de empresas interessadas
em estabelecer um padrão para a indústria, o USB Implementers Forum, Compaq, IBM, DEC, Microsoft, Intel,
Nortel, and NEC.
O novo padrão deveria simplificar e facilitar a ligação de qualquer tipo de dispositivo externo ao computador,
incluindo telefones móveis, discos externos, teclados, ratos e mesmo drivers e controladores ainda em
desenvolvimento, substituindo a multiplicidade de adaptadores até então utilizados.
Por essa altura já circulavam algumas especificações parciais, mas com a formação do consórcio foi possível
lançar a primeira especificação comercial, v1.0, em janeiro de 1996, embora as primeiras versões definidas
para uso comercial em larga escala tenham sido a v1.1 e a v2.0.

Caraterísticas das principais versões no mercado


O sucesso e as vantagens do USB
Um dos motivos que levaram à criação da especificação USB é foi a necessidade de facilitar a interconexão de
dispositivos variados, objetivo plenamente atingido, sendo um tipo de conector presente em praticamente
todos os dispositivos eletrónicos. Em termos de vantagens pode-se destacar:
- Ligação padrão para múltiplos dispositivos: qualquer dispositivo compatível com a especificação USB usa
padrões definidos de conexão, assim não é necessário ter um tipo de conector específico para cada
aparelho.
- Plug and Play: quase todos os dispositivos USB são concebidos para serem conectados ao computador e
utilizados logo em seguida. Apenas alguns exigem a instalação de drivers ou softwares específicos. No
entanto, mesmo nesses casos, o sistema operacional normalmente reconhece a conexão do dispositivo.
- Alimentação elétrica: boa parte dos dispositivos que usam USB não precisa ser ligada a uma fonte de
energia, já que a própria porta é capaz de fornecer eletricidade. Por conta disso, acaba sendo muito fácil
encontrar dispositivos que têm sua bateria recarregada via USB, como smartphones e tablets. A exceção
fica por conta de aparelhos que consomem maior quantidade de energia, como impressoras e
determinados disco externos de maior capacidade.
- Conexão de vários aparelhos ao mesmo tempo: é possível conectar até 127 dispositivos ao mesmo tempo
em uma única porta USB. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio de hubs, dispositivos que utilizam
uma única conexão USB para oferecer um número maior delas. Isso nem sempre vai funcionar bem, uma
vez que a velocidade de transmissão de dados é dividida entre todos os equipamentos.
- Ampla compatibilidade: o padrão USB é compatível com as mais diversas plataformas e sistemas
operacionais. O Windows, por exemplo, o suporta desde a versão 98. Sistemas operacionais como Linux,
macOS e Android também são compatíveis. Apesar de concebidos para Computadores Pessoais, os
conectores UBS rapidamente foram adotados pela indústria eletrónica, passando a estar presentes nos
telefones celulares, tablets, consolas de jogos, carregadores, pen drives, wi-fi adapters, como televisores,
sistemas de comunicação de carros, aparelho de som e TVs.
- Hot-swappable: dispositivos USB podem ser conectados e desconectados a qualquer momento. Em um
computador, por exemplo, não é necessário reiniciá-lo ou desligá-lo para conectar ou desconectar o
dispositivo.
- Cabos de até 5 metros: os cabos USB, dependendo das caraterísticas da especificação, podem ter até 5
metros de comprimento.

Funcionamento do USB
Um cabo USB pode ser usado para transferi tanto dados como energia elétrica. Para que isso seja possível, os
cabos USB contam com pelo menos quatro fios internos: VBus (VCC), D+, D- e GND.
O primeiro é o responsável pela alimentação elétrica. O segundo e o terceiro são utilizados na transmissão de
dados (a letra "D" provém de data, dado em inglês). O quarto, por sua vez, atua no controle elétrico, servindo
como "fio terra".
Vale frisar que os cabos USB devem ter, no máximo, 5 metros de comprimento. Isso é necessário porque, em
cabos maiores, o tempo de transmissão dos dados pode exceder o limite de 1.500 nanossegundos. Quando
isso ocorre, a informação é considerada perdida.
A comunicação entre dispositivos conectados via USB é feita por meio de um protocolo. Nele, o host, isto é, o
computador ou o equipamento que recebe as conexões, emite um sinal para encontrar os dispositivos
conectados e estabelece um endereço para cada um deles, lembrando que até 127 dispositivos podem ser
endereçados. Uma vez estabelecida a comunicação, o host recebe a informação sobre o tipo de conexão que
o dispositivo conectado utiliza. Há quatro possibilidades:
- Bulk: esse tipo é utilizado por dispositivos que lidam com grandes volumes de dados, como impressoras e
scanners, por exemplo. O Bulk conta com recursos de deteção de erro para garantir a integridade das
informações transmitidas;
- Control: tipo utilizado para transmissão de parâmetros de controle e configuração do dispositivo;
- Interrupt: tipo utilizado para dispositivos que transferem poucos dados, como ratos, teclados e joysticks;
- Isochronous: esse tipo é aplicado em transmissões contínuas, onde os dados são transferidos a todo o
momento, razão pela qual não há recursos de deteção de erros, já que isso atrasaria a comunicação. A
ligação a colunas de som utiliza esse modo de transmissão.

Características de Alguns Tipos de Conectores USB


A tecnologia USB conta com vários tipos de conectores, sendo o conector A o mais conhecido, estando
presente na maioria esmagadora dos computadores compatíveis com a tecnologia, além de poder ser
encontrado em outros aparelhos, como TVs e home theaters.
Uma vez que o objetivo principal do padrão USB é facilitar a conexão de variados dispositivos ao computador,
geralmente os cabos desses aparelhos são do tipo A em uma ponta e de algum dos outros tipos na outra,
podendo a segunda ponta ter também algum formato proprietário, isto é, específico de um fabricante, como
a Apple, por exemplo.
Conector USB type A
É o tipo mais comum de conector, estando
presente na maioria absoluta dos computadores
atuais, mesmo os mais antigos, TVs. É também o
tipo mais utilizado para os dispositivos de
armazenamento de dados conhecidos como
"pendrives". Esse modelo suporta desde a
especificação v1.1 até a v3.0, com a velocidade
limitada à geração mais antiga.

Conector USB type B


Tipo de conector normalmente usado para ligar
impressoras, scanners e discos externos de maior
porte, como impressoras e scanners.
Atualmente há dois tipos de conectores tipo B,
um compatível com as especificações v1.1 e v2.0,
e uma mais recente compatível com v3.0.

Conector USB type C


O padrão mais recente e de maio aceitação pelo
mercado, apresentado em agosto de 2014. O
USB-C é compacto (tem 8,4 milímetros de largura
por 2,6 milímetros de espessura) e reversível, ou
seja, pode ser encaixado de qualquer lado.
O USB-C foi desenvolvido especialmente para
trabalhar com conexões USB 3.1, embora possa
funcionar também com as especificações
anteriores e com outras tecnologias.

Cores dos conectores USB


As portas USB do computador podem ser coloridas, para indicar as especificações que são suportadas.
Os fabricantes não são, necessariamente, obrigados a seguir este esquema, mas há uma recomendação para
a padronização de cores nos conectores USB, de forma que os utilizadores usuários possam saber mais
facilmente as caraterísticas de cada porta.

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