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Alimentos:
Bolo de milho, maçã e vinho ou suco de frutas.
Coloque também no altar uma taça com água e pedaços de papéis e caneta para escrever.
Hécate é considerada por algumas pessoas como a Deusa da Lua, e por outras como uma
antiga Deusa pré-grega das parteiras, do nascimento, da fertilidade, do lado escuro da Lua,
da magia, da riqueza, da educação, das cerimônias e do submundo.
Adorada nos locais onde as estradas se cruzavam, ela andava nas noites de Lua nova
acompanhada por uma matilha de cães de caça. As pessoas a veneravam deixando
oferendas nas encruzilhadas. Como mulher idosa, ela também formou uma tríade com
Perséfone (donzela) e Deméter (mãe).
Hécate se encontra na encruzilhada onde você tem de fazer uma escolha. Os momentos de
escolha não são fáceis. Os desafios apresentados precisam de um salto de fé da pessoa
que faz a escolha. Hécate diz para abandonar a ideia de que há escolhas certas ou erradas:
há apenas uma escolha.
Você tem adiado fazer uma escolha porque ela parece muito sufocante ou é uma situação
"de perda"?
A escolha lhe dá medo do desconhecido?
Parece melhor e/ou mais fácil continuar com o que você já conhece?
Às vezes, a escolha tem de ser feita; no entanto você não está pronto(a).
Nesses casos, o caminho para alimentar a totalidade é reconhecer onde você está e relaxar.
Confie que será capaz de fazer uma escolha quando chegar a hora. Conceda-se tempo e
espaço. Não se pressione, não se censure nem se desculpe.
Aqui você precisa de proteção. Quando você relaxa, subitamente surge a claridade para
mostrar-lhe o que é necessário. Hécate insiste para você aceitar o desconhecido. Saiba que
seja qual for a sua escolha, ela lhe trará algo valioso que você poderá usar no caminho para
a totalidade.
Inspire profundamente outra vez e visualize, perceba ou sinta Hécate, a antiga, a Deusa
velha, em pé à sua frente. Ela lhe estende a mão, que você aceita. Um caminho surge diante
de você, e ambas caminham por ele. O caminho é de pedra negra, grandes pedaços de
obsidiana, e leva por uma descida em espiral. Você desce, desce, cada vez mais fundo,
mais fundo, espiralando com Hécate a seu lado pelo caminho de obsidiana.
A presença dela é reconfortante e lhe dá segurança.
Você continua a descer em espiral no caminho de obsidiana, até atingir uma encruzilhada.
Ali o caminho de obsidiana é cruzado por um caminho de pérolas (ou de pedras brancas) e
um caminho de coral (pedras vermelhas). Todos os caminhos estão abertos para você. Qual
você percorrerá? Todos são excitantes e lhe prometem algo de que você precisa. E Hécate
está presente para ajudá-lo a escolher.
Na interseção dos três caminhos, Hécate se senta e faz um sinal para que você se sente
perto dela. Ao sentar-se, você está consciente do poder dos caminhos que se cruzam
vibrando sob você. Você inspira profundamente e sente a vibração do seu corpo. As
vibrações aumentam de tal modo que parecem lufadas de vento girando em volta de você.
Elas lavam você de tudo. E te envolvem, circundam e sustêm.
As rajadas vibrantes de vento ajudam-no a abandonar todos os pensamentos, sentimentos,
atos. Hécate está com você, caso precise de ajuda. Os ventos o envolvem e você começa a
voar com eles. Balançando de um lado para o outro, eles te levam para cima e para baixo.
Hécate voa com você.
À medida que o vento te leva para cima, cada vez mais para cima, Hécate sugere que você
observe os três caminhos abaixo. Eles não mais o atraem nem o deixam confuso. Parecem
estreitos e insignificantes. Apenas três caminhos, três possibilidades. Os ventos se
acalmam, e você flutua suavemente até o chão.
É hora de voltar.
Você segura a mão de Hécate, e ela o conduz para cima, cada vez mais para cima, pelo
caminho em espiral, pelo caminho em obsidiana. Para cima, cada vez mais para cima em
espiral, sentindo-se calmo e centrado, até chegar ao fim do caminho. Hécate o abraça e
você lhe agradece pela jornada, pelo dom da perspectiva e da clareza. Ela lhe pede algo, e
você lhe estende a mão em gratidão. Hécate desaparece e você respira fundo. À medida
que solta o ar, você volta ao corpo.
Respire fundo outra vez e, quando estiver pronto, abra os olhos.
Seja bem-vindo de volta ao nosso plano!
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Ritual
Fique diante do seu Altar. Feche os olhos e visualize uma esfera de energia sendo gerada
no seu peito e saindo de modo que fique à sua frente. Concentre-se nessa energia.
Veja esta esfera de energia crescendo, crescendo e cada vez mais aumentando de tamanho
até atingir todo o local que você deseja que esteja protegido pelo círculo.
Volte até o norte e toque o caldeirão com o athame (ou o bastão etc)
Invocação a Hécate
“Ouço e sinto a presença de Hécate que habita todos os lugares indicados pelos quatro
pontos cardeais. Sua energia e esplendor brilham como o sol da meia noite, convocando-me
para a celebração de sua data especial.
Hécate, Sua presença é chamada para este rito de amor e paz a ser comemorado em nome
daquela que é a Senhora da Terra, das Ilusões, dos Caminhos e do Submundo. Hécate,
poderosa Senhora, eu te invoco para este meu ritual.
Venha celebrar comigo e seja bem vinda!”
“Hécate vem para a minha vida pelo Norte, caminhando, serenamente, e trazendo em seu
rosto o sorriso belo do anúncio de sua chegada.”
Vamos visualizá-la:
“Você me chamou e por isso eu vim. Vim recolher a pedra que está em seu caminho e a
levarei comigo de volta para os recônditos de meu ventre fecundo.
Lá, seu obstáculo se dissolverá e se tornará adubo para novas empreitadas. Em troca do
obstáculo que levo, deixo com você esta benção, que não será uma barreira, mas sim uma
fonte de força”
Às palavras da Deusa, pergunto: “E que força é essa que a Senhora traz para mim?”
Hécate diz:
Segure em suas mãos a sua pedra, visualizando que foi a Deusa quem a lhe entregou.
Sinta o pulsar da energia poderosa da Deusa e a proteção contida nela. Retorne a pedra ao
altar e volte-se para o Leste e diga:
“Hécate vem para a minha vida pelo Leste, flutuando, carregada por ventos que, ao ritmo de
seu humor, chicoteiam os cabelos escuros e as dobras de seu vestido.”
Vamos visualizá-la:
Ela tem os olhos fechados em uma expressão de prazer, como se saboreasse as carícias
travessas dos ventos que a carregam. Seus braços, pescoço e cintura são adornados por
feixes dourados de trigo e palha, entrelaçados habilidosamente com folhas de louro em
padrões intrincados.
“Você me chamou e por isso eu vim. Vim dançar com você a dança que toca o seu coração,
pois apenas dançando com nossos medos que discernirmos sombras de ilusões. Apenas
dançando com a solidão que lhe daremos uma companheira. Apenas rindo de nossas
próprias tolices descobrimos que erros são oportunidades e que não saber tudo é prova de
um infinito de vida a ser vivida”.
“Pois dancemos.
Dancemos e que nossos passos iluminem a escuridão através das sendas do seu destino.
Que os passos de seus ancestrais te guiem nessa jornada, como estrelas brilhando na
imensidão infinita do universo, inúmeros caminhos a serem seguidos.
Que no meio dessa valsa de estrelas haja negrume suficiente para você esculpir sua própria
trilha, seu próprio destino, pois há muito que os ossos dos que se foram não conseguiram
alcançar.
Pois, dancemos, e que nossa valsa seja celebrada através dos fios da eternidade. E que por
essa dança você possa tecer seu próprio destino.
Certifique-se que a vela está acesa no altar, volte-se para o Sul e diga:
“Hécate vem para a minha vida pelo Sul, cavalgando um raio de luar como uma enorme
cadela selvagem enquanto seus cabelos negros fundem-se à escuridão azulada do céu
noturno. Sua pele é salpicada de infinitos cristais brilhantes, como se Ela própria fosse
trevas do firmamento.
As estrelas estendem sua luz na esperança de acariciar a Deusa e regozijam-se ao tomar
consciência de que, juntas, pavimentam a descida de Hécate com brilho, amor e alegria. O
sorriso da Deusa é o próprio crescente lunar que brilha em meu coração e me traz
esperança e paz.”
“Você me chamou e por isso eu vim. Vim, pois eu sempre venho onde a esperança brilha,
mesmo que ela seja apenas uma luz tênue e frágil e que muitas vezes possa não conseguir
vencer a escuridão das trevas ao redor. É da luz da esperança que os sonhos se alimentam
e sem sonhos não há o sabor da felicidade da conquista”.
Às palavras da Deusa, pergunto: “A Senhora aceita então a chama que lhe ofereço?
Hécate sorri, e o brilho da Lua crescente sorri para mim naquela face e diz:
Observe a chama da vela e sinta que a energia de Hécate é conduzida por seu corpo,
purificando e trazendo força para cada canto de seu coração e alma.
Quando sentir-se pronto, volte-se para o Oeste e diga:
“Hécate vem para a minha vida pelo Oeste, de onde também sopra a brisa gélida das almas
desencarnadas ainda presas ao mundo dos vivos. Seus olhos, cor de escuridão, estão fixos
na jornada adiante enquanto os inúmeros véus negros de suas vestes formam um mar
ondulante de trevas no céu noturno.”
Em sua mão está um punhal de prata cravejado de pedras da lua e em sua cintura há um
açoite de couro negro de três feixes. Em sua chegada, a Deusa conduz uma horda de
daemons e, seguindo-os, estão espíritos em sofrimento, desejosos por alimentar-se de Sua
divina presença em busca de reconciliação, cura e paz.
Hécate vem com expressão séria, porém serena, consciente da necessidade dos espíritos
ao seu redor e de suas tarefas no Submundo.
“Você me chamou e por isso eu vim. Vim para trazer reconciliação com as sombras de seu
passado, pois é abraçando-se as dores e desafetos de tempos de outrora que podemos
alcançar a cura de feridas já esquecidas. Trouxe minha horda de espíritos, pois conduzo
aqueles que vêm a mim de livre vontade, mas tenho um compromisso de guiar espíritos
perdidos em sofrimento rumo à cura e ao retorno ao ventre da Mãe Celestial.”
Vim para mostrar que por mais longa e árdua que seja uma jornada, por mais escuro que
seja um caminho, por mais dolorosa que seja uma lembrança, todo o sofrimento tem um
fim”.
Hécate diz:
“Pois que as águas que dançam e espiralam pelas terras deste mundo levem consigo o calor
das canções vivas que os espíritos desencarnados desejam ouvir. Que essas águas limpem,
purifiquem e levem consigo os grilhões que os prendem a um passado que jamais voltará. E
em troca de sua oferenda, que os espíritos libertos pelas águas do mundo levem consigo
uma mensagem que você deseja ser transmitida ao Submundo.”
Derrame a outra metade da água do cálice em libação enquanto você diz a mensagem que
deseja ser levada ao submundo. Essa mensagem pode ser algo a ser para um ancestral,
uma mensagem geral para as almas que precisam de consolo ou algo mais pessoal para um
ente querido que se foi de seu convívio.
“Hécate vem para a minha vida pelo Norte, Leste, Sul e Oeste. Sua risada singela, sua
sobriedade solene e seu esplendor reverberam pela minha vida trazendo alegria, amor,
felicidade, autoconhecimento e reflexão.
Que Hécate seja homenageada neste dia, como o foi em tempos de outrora, e que a chama
da Deusa brilhe forte em meu altar e em meu coração. Que homens e mulheres cujas almas
juraram servi-la, possam ver a alegria da chama de minha luz e lembrar-se de que, apesar
de adormecida por muitos séculos, Hécate vive e ainda tem muito que ensinar. Pois não há
nenhuma lição, nenhuma experiência e nenhum sonho que não tenha sido testemunhado
pela luz do luar. Obrigado, Hécate!”
Fazendo o amuleto.
Pegue 1 colherinha de sal grosso e coloque por cima do alho enquanto diz:
Que este sal afaste todo o mau e equilibre as energias para que minha casa fique protegida
de toda manifestação negativa.
Com as bênçãos de Hécate, que assim seja!
Peque 1 punhado de alecrim ou arruda, coloque por cima do alho e sal enquanto diz:
Que estas ervas afastem de mim e de meus entes queridos todas as doenças e que em seu
lugar que venha saúde e bem estar.
Com as bênçãos de Hécate, que assim seja!
Feche o saquinho e amarre a borda mentalizando tudo o que você desejar mandar embora e
tudo o que você deseja que venha de bom.
Deixe-o descansando no altar. Após o término do ritual, coloque-o em um lugar da sua casa
para proteção.
Escreva em pedaços de papel todas as coisas que deseja banir da sua vida ou escreva a
palavra “Banimento” e enquanto queima o papel no caldeirão, visualize Hécate levando as
coisas ruins para o submundo e os prendendo lá para que nunca mais voltem.
Enquanto o fogo queima, celebre o banquete:
Coma e beba, cante, dance, recite poemas ou faça orações. Este é o momento de celebrar.
Eu agradeço aos Guardiões das Torres do Norte, poderes da Terra por estarem presentes
em meu rito sagrado me abençoando e me protegendo.
Sigam em Paz!
Volte-se ao Leste:
Eu agradeço aos Guardiões das Torres do Leste, poderes da Ar por estarem presentes em
meu rito sagrado me abençoando e me protegendo.
Sigam em Paz!
Eu agradeço aos Guardiões das Torres do Sul, poderes do Fogo por estarem presentes em
meu rito sagrado me abençoando e me protegendo.
Sigam em Paz!
Eu agradeço aos Guardiões das Torres do Oeste, poderes do Água por estarem presentes
em meu rito sagrado me abençoando e me protegendo.
Sigam em Paz!
Volte ao Norte e agradeça aos Deuses. Com o athame na mão comece a andar pelo sentido
anti-horário, diga:
Eu elevo este círculo mágico de poder para o universo e que ele esteja lá me protegendo e
protegendo a todos à minha volta.
Deusa Hécate, Senhora das encruzilhadas, Protetora de todas as bruxas e bruxos, pela sua
honra, agradeço por suas bênçãos e me despeço.
Que eu saia daqui livre de todos os males, de todas as doenças e que tudo o que é ruim se
transforme em coisas boas e conquistas.
Ao sair de seu espaço sagrado, atire a pedra que representa o obstáculo retirado por Hécate
o mais longe que você puder.
Pegue os restos queimados no caldeirão e enterre num local longe da sua casa.