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UNIFAI - CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO

Paulo de Oliveira Fróes

A MÚSICA COMO FONTE DE INFORMAÇÃO


NAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS

São Paulo
2019
Paulo de Oliveira Fróes

A MÚSICA COMO FONTE DE INFORMAÇÃO


NAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de
Biblioteconomia para obtenção parcial do
grau de Bacharel em Biblioteconomia.

ORIENTADORA: Profª Maria Cristina


Palhares

São Paulo
2019
F925m Fróes, Paulo de Oliveira
A música como fonte de informação nas bibliotecas públicas / Paulo
de Oliveira Fróes. – São Paulo, 2019.
41 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (Biblioteconomia) – Centro


Universitário Assunção – UNIFAI, 2019.
Orientadora: Profª Maria Cristina Palhares

1. Fonte de informação. 2. Música. 3. Biblioteca Pública. I. Título. II.


Palhares, Maria Cristina. III. Centro Universitário Assunção –
UNIFAI.
CDD 780.26023
Dedicado à minha mãe,
Therezinha Fróes, anjo da
guarda meu, que hoje habita no
esconderijo do Altíssimo!
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, a Deus, que abriu um novo caminho à minha vida,
foi Ele quem me sustentou dando-me condições, força e determinação para concluir
esse curso.

À minha família, que mesmo de longe me incentivou a cada momento, não


permitindo que eu desistisse.

Aos professores de Biblioteconomia, aos quais seus ensinamentos me


permitiram estar aqui concluindo este trabalho.

A todos os que disponibilizaram seu tempo, colaborando para que eu


obtivesse informações para o enriquecimento deste trabalho.

Aos colegas de classe, que me ajudaram e me aguentaram de diversas


maneiras no decorrer desses três anos.

Aos meus amigos, por entenderem a minha ausência temporária.

À Professora, Maria Cristina Palhares, pela paciência, dedicação,


compreensão e amizade.

Em especial ao meu amigo, Dr. Cleverson Pereira de Almeida, foi quem muito
me ajudou dando-me a oportunidade de trabalhar em uma biblioteca e sendo o
primeiro a me incentivar a estudar Biblioteconomia.

A Deus toda a glória!


"Sem a música, a vida seria um
erro." (Nietzche).
RESUMO
Este trabalho tem como tema a música como fonte de informação em bibliotecas
públicas, verificando a utilização da música em seu teor didático, como partituras,
livros teóricos, históricos específicos da área musical, dando assim acessibilidade a
alunos, pesquisadores e demais amantes da cultura musical, abrangendo os
diversos setores da música. O objetivo dessa monografia, será apontar essa lacuna
de maneira a beneficiar a todo e qualquer tipo de interessados em música, seja
como pesquisador, músico, estudante, seja ele profissional ou mesmo ao amante da
música. A monografia será majoritariamente baseada em estudo de caso, sendo
certo que a monografia tentará usar como fonte de informação, entrevistas e
bibliografia disponíveis. Para tanto, houve uma revisão bibliográfica sobre o tema,
consultando alguns autores para fundamentar o trabalho, dentre ele: Mueller (2000);
Miranda (2006); Campello (2003). A escolha deste tema se deu por observação em
uma deficiência no setor, uma vez que as fontes de informação disponíveis, são
deficientes, de modo que limita muito o estudo e o acesso ao mundo musical.
Verificou-se por meio de entrevistas, que poucos procuram as bibliotecas públicas e
todos os entrevistados se manifestaram positivamente para a disponibilidade de
partituras acessível a todos
Palavras-chave: Fonte de Informação. Biblioteca Pública. Acervo de Música.
Sumário

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11

1. MÚSICA.............................................................................................................. 13
1.1 DEFINIÇÃO ..................................................................................................... 13
1.2 TIPOS DE MÚSICA ........................................................................................... 14
1.3 HISTÓRICO ..................................................................................................... 15

2. FONTES DE INFORMAÇÃO .............................................................................. 17


2.1 DEFINIÇÃO ..................................................................................................... 17
2.2 TIPOS ............................................................................................................ 18
2.3 HISTÓRICO ..................................................................................................... 19

3. ESTUDO DO CASO ........................................................................................... 23


3.1 BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE ........................................................................ 23
3.2 BIBLIOTECA PÚBLICA CASSIANO RICARDO ........................................................... 24
3.2.1 Acervo de Música Impresso ....................................................................... 25
3.3 BIBLIOTECA DO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO .................................................. 26
3.4. ANÁLISE DE CAMPO PARA PESQUISA QUALI-QUANTITATIVA ................................... 26

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 32

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 33

]
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Linha do tempo da música clássica ................................................... 16


Figura 2 – Manuscrito de Bach ........................................................................... 20
Figura 3 – Página inicial site Petrucci Music Library ........................................... 21
Figura 4 – Página inicial site Choral Public Domain Library ............................... 22
Figura 5 – Página Inicial Partituras de MPB ...................................................... 23
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Uso de Biblioteca Pública ................................................................. 27


Gráfico 2 – Incentivo a Biblioteca ....................................................................... 28
Gráfico 3 – Importância das Bibliotecas ............................................................. 28
Gráfico 4 – Existência das Bibliotecas ................................................................ 29
Gráfico 5 – Biblioteca Pública Cassiano Ricardo ................................................ 29
11

INTRODUÇÃO

Sou estudante de Biblioteconomia praticamente formado, não por vocação,


nem por amor a profissão e sim por estado de necessidade, como tudo o que fiz, ou
tentei fazer na vida, foi por real estado de necessidade. O amor pela profissão veio
com o tempo, conhecendo este universo e no fundo porque sempre tive atração por
uma biblioteca. Percebo agora no final do curso que, a Biblioteconomia me deu um
novo sentido de ver a vida através de informação e do conhecimento, sendo na
minha vida, uma das experiências mais reveladoras.
Antes de ser um pré-Bibliotecário, sou músico! Sempre tive a música como o
melhor de mim, minha maior vocação. Comecei a estudar piano tardiamente, aos 14
anos, minha mãe me ajudava dentro das possibilidades. Iniciei meus estudos de
música na igreja, onde os valores eram relativamente módicos e onde eu poderia
dispor do piano para estudar.
De origem humilde, nunca tive condições de comprar livros de música,
partitura de uma boa edição, pois são livros caros os quais são vendidos em livrarias
especializadas. Sempre comprei edições duvidosas ou, tirava xerox de páginas dos
livros dos meus professores, das quais eu estudaria. Alguns livros sobre teoria
musical eu usava os emprestados, ou na maioria das vezes copiava em meu
caderno de música.
Certa vez, precisei de uma partitura específica e procurei uma biblioteca na
cidade onde moro, evidentemente não achei a partitura, mas me orientaram a
procurar uma Biblioteca em São Paulo. Chegando lá, realmente haviam partituras,
fiquei deslumbrado, mas infelizmente não achei o que eu precisava. Na época eu
não entendi bem o funcionamento da biblioteca, era muito diferente ao que estava
acostumado, acabei por conseguir a música em questão com um amigo, o que
resolveu o meu problema.
Desde então sempre me perguntei por que não tem partitura na biblioteca? As
raras vezes em que frequentei a biblioteca, foi para fazer um trabalho escolar, ou na
faculdade para fazer trabalhos em grupo. Desde então essa questão ficou
esquecida, ou suprimida no meu subconsciente.
Hoje, estudando Biblioteconomia, conhecendo os tipos de bibliotecas e as
fontes de informação, me lembrei dessa história e vejo que ela se repete a cada dia
12

na realidade de alguns músicos e estudantes que, passam pelo o mesmo que


passei.
De repente me veio novamente essa questão: Por que não existe partituras
nas Bibliotecas? Não parei mais de pensar nisso desde o início das aulas,
esperando a oportunidade certa para abordar este tema. A oportunidade veio
através do Trabalho de Conclusão de Curso, onde eu pude explorar o assunto.
Este estudo tem por objetivo verificar a utilização da música como fonte de
informação em seu teor didático, como partituras, livros teóricos, históricos
específicos da área musical, dando assim acessibilidade a alunos, pesquisadores e
demais amantes da cultura musical, abrangendo os diversos setores da música.
Poucas Bibliotecas oferecem este serviço, dificultando o acesso a este
material, a não ser que a procura seja feita em bibliotecas especializadas,
decorrentes de escolas, ou instituições musicais.
O objetivo desse trabalho, será apontar essa lacuna de modo a beneficiar a
todo e qualquer tipo de interessados em música, seja o pesquisador, músico,
estudante, profissional ou mesmo ao amante da música.
Começo este trabalho com uma breve explanação sobre Música, definindo e
explicando sua história, seus diferentes tipos e sua evolução através dos tempos,
partindo do Renascimento.
No segundo capítulo faço uma explanação sobre as Fontes de Informação e
sua representatividade na universo da música escrita como a partitura.
Este trabalho será calcado em um Estudo de Caso, baseado em pesquisa
quali-quantitativa, utilizando dados de eventos reais, explicando e explorando 03
(três) Bibliotecas Públicas e paralelamente a isso, entrevistando músicos
profissionais sobre a utilização destes acervos.
Que este trabalho possa de alguma forma expor a importância da Música
como fonte de informação acessível a todos que precisem deste material na
Bibliotecas Públicas.
13

1. MÚSICA

1.1 Definição

Desde os primórdios da humanidade a música tem acompanhado os seres


humanos de forma positiva, seja qual for a forma de sua manifestação em cada
sociedade e cultura. Pode se manifestar por meio do canto, da dança, de
instrumentos musicais e até mesmo de forma sensorial. A música significa uma
expressão cultural e artística desenvolvida pelos seres humanos desde a
Antiguidade.
Existem definições em dicionários renomados, como o Dicionário Houaiss
(p.1335), “a música é a arte de combinar os sons de forma harmoniosa”, já na
definição de Aurélio (p.523), “a música é arte e ciência de combinar os sons de
modo agradável à audição”.
Podemos também definir a música como, a “arte de combinar sons
simultaneamente e sucessivamente, com ordem, equilíbrio e proporção dentro do
tempo.”, Bohumil, Med (pag. 11). No entanto, a música não pode ser definida
totalmente de forma objetiva, uma vez que, para cada um a música se revela de
forma peculiar onde se caracterizam vários estilos, de épocas decorrentes de uma
evolução, podemos dizer que a música é um conjunto de regras que podem ser
entendidas como sugestões, conselhos e recomendações, e não de forma rigorosa e
intransigente.
Segundo Claude Debussy (1862-1918, p. 393), a “música não se faz com
teorias “, ou seja, podemos concluir que a música independe de regras e sim de uma
manifestação do belo, conforme a definição de Hugo Reimann (1849-1919), onde
ele trata a música da seguinte maneira:

A música é uma arte e é, ao mesmo tempo, uma ciência. Como arte, não é
senão a manifestação do belo por meio dos sons. Esta manifestação
repousa sobre uma ciência exata, formada pelo conjunto das leis que regem
a produção dos sons e suas relações de altura e duração. (REIMANN,
1882).

A música se explica pela matemática, mas, fazer música independe de


métricas e regras estipuladas, produzir música é mais que um dom, pode-se
considerar um ato de extrema sensibilidade de forma a emocionar, ensinar e até
mesmo atingir as pessoas de forma que as façam mudar de pensamentos e
14

atitudes. A música atinge cada um de forma singular. Houve manifestações na


história, as quais se deram por meio da música.

1.2 Tipos de música

A música se classifica basicamente em dois tipos: "CLÁSSICA E POPULAR",


sendo que essa classificação é simplória, pois a linha que separa uma da outra é
muito tênue e não sabemos exatamente em que uma se distingue da outra.
Veremos que são inesgotáveis as variações de músicas, suas origens e sua
relevância na cultura de uma sociedade.
Podemos verificar que a música tem como suas principais características a
MELODIA, HARMONIA, CONTRAPONTO e RITMO, sendo todos estes elementos
decorrentes se sons percebidos pelos nossos ouvidos através de ondas sonoras.
Para entendermos a música é preciso que se entenda o som, que são ondas
propagadas em todas as direções simultaneamente, sendo classificados por
Vibração Regular, os quais são definidos sons de altura definida, chamados de
sons musicais ou notas musicais, por exemplo o som do piano, violão, etc. Vibração
Irregular, são os sons definidos de altura indefinida, chamados por barulho, por
exemplo som de avião, automóvel, uma explosão, etc.
Verifica-se que a partir desses conceitos, haverá uma variedade de música
utilizada pelos sons de vibração regular com suas características específicas como
ALTURA, DURAÇÃO, INTENSIDADE, TIMBRE, os quais organizam os sons de
forma agradável aos nossos ouvidos,
A música é fundamentada em cinco espécies de som, decorrentes do tom
seja ele maior ou menor. São eles: TONAL, BITONAL, POLITONAL, ATONAL e
MICROTONAL.
TONAL: é aquela em que existe uma hierarquia de sons, distinguindo-se entre
os mesmos, o centro, a tração.
BITONAL: é um processo harmônico que consiste na sobreposição, ou
simultaneidade de melodias ou acordes pertencentes a tons diferentes.

POLITONAL: é a simultaneidade de vários tons diferentes.


15

ATONAL: é a negação de tonalidade. Adota o sistema cromático temperado


que não se relaciona com centros tonais e rejeita os conceitos de consonância e
dissonância.

MICROTONAL: usa fração menores que um semitom, usados frequentemente


em outras culturas como a oriental, árabe, indiana e outras. Med, Bohumil (p. 89-90).

1.3 Histórico
A Música Clássica ou Erudita pode ser considerada como a científica de certa
forma, é produzida e enraizada nas tradições de músicas seculares e liturgia
ocidental. Existe desde o século IX até a contemporaneidade. O nome clássico
remete às músicas do passado, e esse estilo de música é escrito até hoje. É uma
música decorrente de uma linha de pensamentos, até mesmo de uma evolução de
análises, devidamente pensadas, estudadas e criadas dentro de uma estrutura que
difere em cada período, daí o termo Erudito, pois não está baseada em práticas
folclóricas e populares.
A Música Clássica ou Erudita se divide em seis estilos da seguinte maneira:

* Medieval (800-1450);

* Renascentista (1450-1600);

* Barroca (1600-1750);

* Clássica (1750-1800);

* Romântica séc. XIX (1810-1910);

* Música do séc. XX (1910).

Para ilustrar a música em linha temporal, usaremos o Quadro Sinóptico


abaixo a qual expõe sua história resumidamente desde o período Medieval até o
séc. XX.
16

Figura 1 – Linha do tempo da música clássica

FONTE: BENNETT, 1986

A Música Popular é a música acessível por todos, independente do gênero. É


a música do povo, é diferente da Erudita por ser escrita e comercializada mais
comumente, que é transmitida por várias gerações de um povo.

A Música Popular pode ser compreendida a partir de quatro "conceitos":

1. Definição normativa: é um tipo musical de qualidade inferior:

2. Definição negativa: é a música que não pode ser classificada em qualquer outro
gênero.

3. Definição Sociológica: é associada a um estrato específico da sociedade.

4. Definição tecnológico-econômica: é disseminada pela mídia de massa e pelo


mercado. Frans Birrer (1985, p. 104).
17

Nenhuma dessas definições é cabível, pois estão vinculadas apenas a pontos


de vista. Não se pode determinar propriamente qual música fez parte da cultura das
elites e qual fez parte da cultura do povo durante a história, o que tornaria vaga a
própria definição de música popular. Assim, a música deve ser compreendida em um
campo cultural maior.

2. FONTES DE INFORMAÇÃO

2.1 Definição
As Fontes de Informação podem ser definidas em diversos suportes, que
atendem às necessidades de informação de pesquisadores, seja essa fonte de texto
ou documento original, decorrente daquilo que dá origem a um conjunto de
conhecimento sobre determinado assunto, a fim de alcançar o sucesso em pesquisa
e desenvolvimento, como parte integral dos serviços de informação prestados aos
usuários.
São os meios utilizados para equacionar problemas informacionais
estabelecidos pelo esforço de converter as necessidades em resultados práticos
através das diversas formas de conhecimento, são parte integral dos serviços de
informação prestados aos usuários. Identificá-las é o primeiro passo para buscar e
recuperar informação pontual.

As Fontes de Informação são necessárias diante da quantidade de


informações disponíveis na Web, também em materiais impressos e a velocidade
em que essas informações são modificadas constantemente.

São utilizadas por pesquisadores, acadêmicos (docentes e discentes) e


usuários comuns os quais precisam saber onde buscar essas fontes de informações,
atendendo as suas necessidades de forma confiável. É qualquer recurso, a fim de
responder uma demanda de informação por parte de seu usuário, onde se inclui
produtos e serviços de informação.
18

2.2 Tipos
As Fontes de Informação são classificadas por alguns teóricos como:
Primárias, Secundárias e Terciárias, às quais têm a finalidade de facilitar e auxiliar o
usuário no desenvolvimento de pesquisas.

As Fontes Primárias, segundo Mueller (2000, p. 31), são produzidas com a


"interferência direta do autor da pesquisa", ou seja, elas correspondem à primeira
publicação divulgada de um determinado tema, ou assunto, e não podem ser
adulteradas de forma a respeitar o conteúdo produzido pelo seu autor.

Como exemplo tem-se: congressos e conferências, legislação, nomes e


marcas comerciais, normas técnicas, patentes, periódicos, projetos e pesquisa em
andamento, relatórios técnicos, teses e dissertações e traduções.

As Fontes Secundárias têm a função de facilitar o uso do conhecimento das


fontes primárias, são organizadas e disponibilizadas por meio de livros, manuais,
internet, museus, herbários, arquivos e coleções científicas, prêmios e honrarias,
redação técnica e metodologia científica, siglas e abreviaturas, tabelas, unidades,
medidas e estatística, bases de dados e bancos de dados, bibliografias e índices,
biografias, catálogos de bibliotecas, centros de pesquisa e laboratórios, dicionários e
enciclopédias, dicionários bilíngues e multilíngues, feiras e exposições, filmes e
vídeos, fontes históricas.

São fontes cujas informações já foram filtradas e organizadas, de maneira


que o usuário recupere a informação de acordo com suas necessidades ou
finalidades.

As Fontes Terciárias têm a função de remeter o pesquisador às fontes


primárias e secundárias, atuando como sinalizadores de localização, ou indicadores
sobre os documentos desejados, que podem ser: bibliografia e centros de
informação, diretórios, financiamento e fomento à pesquisa, guias bibliográficos,
revisões de literatura, serviços de indexação e resumos, catálogos coletivos, guias
de literatura, diretórios entre outras.

Dessa maneira, as fontes têm a finalidade de apresentar instrumentos a


localização e seleção de conteúdos informacionais para auxiliar o usuário, os
19

pesquisadores, acadêmicos e profissionais da informação no acesso e uso da


informação.

2.3 Histórico
No campo musical, foco principal deste trabalho, podemos considerar que, a
música permeia entre as três fontes direta e indiretamente, dependendo do ponto de
vista, ou, dadas as devidas proporções.

Uma obra musical, apesar da música ser um documento subjetivo, acredita-se


que, ao ser utilizada como fonte documental, analisada e manipulada com cuidado e
conhecimento prévio devido, ela se tornará um vestígio histórico interessante para
se compreender certas realidades do passado sua relevância, através de sua
primeira publicação, seu manuscrito e até mesmo seus direitos autorais, podem sim
ser consideradas como fonte primária, pois, de acordo com a essência da definição,
ela faz parte da primeira publicação, a qual não pode haver nenhuma interferência
de terceiros, somente do autor. Neste caso uma partitura inédita, ou até mesmo uma
partitura rara, podemos considerar sim como fonte primária. É necessário que se
construa um método que auxilie o usuário no processo de pesquisa.

Como exemplo, destacamos na figura 2 abaixo demonstrada, o manuscrito da


obra de J. S. Bach (1685-1750), compositor alemão, intitulada Toccata & Fuga em
Ré Menor, escrita entre 1703 e 1707, composta para órgão.
20

Figura 2 – Manuscrito de Bach

FONTE: https://imslp.org/wiki/Toccata_and_Fugue_in_D_minor%2C_BWV_565_(Bach%2C_Johann_Sebastian)

Como fonte secundária, podemos considerar os livros, as biografias, os sites


disponíveis na internet, onde encontramos fontes variadas, possibilitando o acesso a
vários formatos.

Existe uma variedade incalculável de sites disponíveis nos mais variados tipos
de música, nesta pesquisa procuramos investigar como a música pode ser usada
como fonte de informação pela população que deseja, por exemplo, para fins
didáticos em seu estudo, seja ele iniciante ou profissional. Para isso, é mais que
necessário a disponibilização deste material na forma digital e física.

Miranda (2006, p. 103), em sua obra, nos orienta da seguinte maneira: "[...]
grupos distintos de pessoas têm diferentes necessidades e hábitos de busca de
informação, bem como estilos diferentes de processar a informação.” Nesta
abordagem, a música pode ser considerada uma fonte de informação válida,
podendo ser usada pelos usuários e pesquisadores como representação da cultura,
preservação das memórias, tradições e estudo, suprindo assim as necessidades do
usuário em sua localidade.
Como exemplo, alguns sites que disponibilizam música para diversos gêneros
e com fácil acesso ao usuário/pesquisador.
21

Primeiramente o site " International Music Score Library Project (Projecto


Biblioteca Internacional de Partituras Musicais) (ou IMSLP, iniciais em inglês),
também conhecido como Petrucci Music Library (Biblioteca Musical Petrucci)
por Ottaviano Petrucci, é um projeto baseado na tecnologia wiki que tem como
objetivo criar uma biblioteca virtual de partituras musicais de domínio público,
embora também pretenda abarcar as obras de compositores contemporâneos que
desejem partilhar as suas criações musicais livre e gratuitamente (ou seja, a partir de
licenças de Creative Commons e cedendo os direitos pessoalmente)."

Na figura 3 apresentaremos a página inicial do site IMSLP ilustrando o


parágrafo anterior.

Figura 3 – Página inicial site Petrucci Music Library

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/International_Music_Score_Library_Project

Outro site disponível, o Biblioteca Coral de Domínio


Público (em inglês: Choral Public Domain Library; CPDL) é um arquivo
de partituras com foco em música coral e vocal em domínio público, demonstrado na
figura 4.
22

Figura 4 – Página inicial site Choral Public Domain Library

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_Coral_de_Dom%C3%ADnio_P%C3%BAblico

Os sites acima referem-se à tradicional música clássica e suas derivações, e


incluem ainda neste campo a MPB, objeto de nossa pesquisa. Neste caso,
mostraremos o site SuperPartituras, o qual tem o intuito de promover a boa música
de uma forma legal, transparente e livre de qualquer problema relacionado com os
direitos de publicação e direitos autorais. Onde os cuidados para não aceitarem
partituras cujos direitos de publicação sejam desrespeitados, este em relação à
economia, do trabalho e do valor justo das obras.

Abaixo na figura 5, o site SuperPartituras, destinado a partituras de Música


Popular Brasileira.

Figura 5 – Página Inicial Partituras de MPB

FONTE: https://www.superpartituras.com.br/genero/mpb
23

3. ESTUDO DO CASO

Com o objetivo de aprofundar o tema abordado nesta pesquisa, serão


analisadas 03 (três) Fontes de Informação em Bibliotecas Públicas na cidade de São
Paulo, com a finalidade e apontar as lacunas referente aos acervos musicais e, até
onde esses acervos poderiam disponibilizar a Música como fonte de informação
para o usuário, de modo a suprir todas as suas necessidades, com o propósito de
identificar o problema, analisando as evidências, propondo soluções.

Como piloto, analisaremos a Biblioteca Mário de Andrade, Biblioteca Pública


Cassiano Ricardo e Biblioteca do Centro Cultural São Paulo, principais Bibliotecas
da cidade de São Paulo, para expor e aprofundar o tema em análise, para que se
materialize o tema em questão, melhorando as pesquisas e recuperação das
informações.

3.1 Biblioteca Mário de Andrade

A Biblioteca conforme as informações disponíveis no site


https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bma/historico/index.php?p
=7653, foi fundada em 1925 e inaugurada em 1926 na Rua 07 de Abril, sendo a
maior biblioteca da cidade e a segunda maior do país. Inicialmente contava apenas
com uma coleção formada por obras que estava em poder da Câmara Municipal de
São Paulo. Em 1937 seu acervo foi enriquecido quando incorporada a Biblioteca
Pública de São Paulo, em cujo acervo havia muitos livros raros e especiais. Em
1945 foi criada a Seção de Obras Raras e Especiais, com obras datada dos anos
20, por Rubens Borba de Moraes e aberta ao público. A Seção circulante foi
inaugurada em 1944 na sede atual, no prédio da Biblioteca Mário de Andrade, com
entrada pela Rua São Luís. A Seção de Artes, foi inaugurada em 1945, por Sérgio
Milliet, quando reuniu a coleção especializada de livros, revistas e reproduções. Em
1960 a Biblioteca passa a denominar-se Biblioteca Mário de Andrade. Em janeiro de
1975 vira Departamento de Biblioteca Pública, fazendo parte do orçamento da
Prefeitura. Ganha autonomia administrativa em 2005, quando adquire o status de
Departamento, mas sua reestruturação administrativa se deu apenas em 2009
24

dando-lhe condições de cumprir adequadamente sua dupla missão: preservação e


acesso. No período de dezembro de 2007 a outubro de 2010, passou por uma
reforma e somente em julho de 2010, a Circulante foi reaberta ao público,
oferecendo em espaço atraente e adequado, um acervo de mais de 42 mil volumes
atualizado e informatizado e um amplo horário de atendimento. A Biblioteca foi
reinaugurada apenas em 25 de janeiro de 2011, disponibilizando ao público as áreas
de consulta das coleções fixas e acesso ao acervo de Artes, Coleção geral,
Mapoteca, Raros e Especiais, assim como o Auditório.

Para efeito deste trabalho, o foco recai sobre a Coleção de Arte, em função
do tema abordado. Localiza-se, atualmente, na Sala Sérgio Milliet, no primeiro
andar, com consulta restrita apenas àquele local.

No que tange ao foco principal dessa pesquisa, a Biblioteca possui em seu


acervo livros bibliográficos, históricos e apenas alguns deles constam música como
fonte de pesquisa, assim como qualquer outro título relacionado a Arte. Partituras
não possuem, porque descaracteriza a proposta da biblioteca, pois a Biblioteca
contempla Artes em geral.

Quando algum pesquisador procura um material específico como partituras de


música, ele é orientado a fazer sua busca em diversos sites indicados pela
biblioteca, os quais oferecem este tipo de material. (Anexo I).

3.2 Biblioteca Pública Cassiano Ricardo

Inaugurada em 09 de julho de 1952, segundo informação disponível no


https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/bibliotecas_bai
rro/bibliotecas_a_l/cassianoricardo/index.php?p=133, sendo a primeira biblioteca do
Tatuapé, tem seu acervo voltado predominantemente a adultos. Seu nome é uma
homenagem ao poeta paulista Cassiano Ricardo, incorporado em 21 de maio de
1976. O prédio já passou por três reformas, sendo a primeira em 1992, a segunda
em 2002 e a terceira em 2007, quando ganhou um local para a música, recebendo o
nome de Espaço Itamar Assumpção homenageando o compositor e músico,
expoente da Vanguarda Paulistana.
25

A partir de 10 de novembro de 2007, passou a ser biblioteca temática de


música, tendo à sua disposição material específico dessa área, como livros e CDs,
além de uma programação cultural voltada para o tema. Os usuários podem fazer
consultas e empréstimos de livros do acervo.

3.2.1 Acervo de Música Impresso


Após implantada a temática musical, a Biblioteca adquiriu 500 títulos sobre o
tema, atualmente já passam de 3.000 títulos. O acervo foi selecionado segundo a
orientação do compositor e professor universitário Walter Garcia, curador do núcleo.

Com o intuito de atender vários interesses ligados à música, o acervo foi


planejado contemplando dois eixos pelos quais a música se realiza no dia a dia. De
um lado, o ensino musical, a prática profissional ou amadora e a pesquisa
acadêmica ou entusiasta. De outro lado, as formas diversas por meio das quais as
músicas se produzem e são ouvidas: a música popular e a música de tradição
erudita.

Dessa maneira o acervo abrange: livros, revistas acadêmicas e comercial,


canção popular comercial brasileira, música erudita e popular de tradição oral,
crônicas e biografias, analises e interpretações; produções dos cancionistas; livros
de partituras e Songbooks; história, biografias e análises de música de tradição
erudita (brasileira ou não); canção e música popular-comercial de outros países;
teoria e prática musical; composições para teatro e cinema; dicionários e
enciclopédias; crítica e teoria estética; história e sociedade brasileira.

Em visita ao espaço, verificamos que esta Biblioteca é bem estruturada, conta


com espaços para oficinas de violão, canto coral e projetos vocacionais, dispõem de
um piano para eventos e grande espaço para ensaios e oficinas locais. Seus
usuários concentram em músicos amadores, profissionais, estudantes,
pesquisadores. A biblioteca possui alguns títulos importantes para a música popular,
porém para o objetivo central dessa pesquisa, o acervo é limitado: possui alguns
Songbooks e revistas de música cifradas de linguagem popular. No que concerne a
partituras para os diversos tipos de música, a biblioteca não dispõe deste serviço,
limitando-se a MPB.
26

3.3 Biblioteca do Centro Cultural São Paulo

A Biblioteca do CCSP, segundo informações encontradas no site


http://centrocultural.pagina-oficial.ws/site/desfrute/colecoes/#artedacidade, intitulada
Discoteca Oneyda Alvarenga, é a mais afamada entre os músicos. Criada em 1935
por Mário de Andrade, é formada por um acervo de música popular, folclórica e
erudita, de procedência nacional e estrangeira, disponível para consulta e audição.
Além de partituras, periódicos e livros de música, oferecem discos de 78 / 33rpm e
CDs.

Os livros estão disponíveis para consulta como as bibliografias, livros


didáticos onde o usuário pode fazer sua pesquisa livremente. Ao contrário dos livros,
o acesso às partituras está disponível apenas aos funcionários, sendo liberado
apenas no local para consulta e caso haja necessidade fazer uma cópia, pois esses
materiais requerem um manuseio mais cuidadoso.

Para acessar o Acervo Histórico o pesquisador deverá marcar hora


antecipadamente por telefone ou e-mail.

O acervo de música é vasto, contemplando partituras para todos os


instrumentos e gêneros, inclusive para canto e pode ser pesquisado pela internet ou
pessoalmente. O público que frequenta a biblioteca é variado, são músicos,
estudantes, pesquisadores e amantes de música.

Além de música, a Biblioteca abriga também em seu acervo diversas obras de


arte e da cultura brasileira por exemplo: arquitetura, artes cênicas, artes gráficas,
artes plásticas, cinema, comunicação de massa, rádio e TV, fotografia e literatura.

3.4. Análise de campo para Pesquisa quali-quantitativa

Para aprofundamento no tema central desta pesquisa, foram consultados dez


(10) profissionais da área de música, entre eles maestros, músicos e cantores, todos
professores atuantes na área, com o objetivo de avaliar as bibliotecas, na questão
relacionada ao reconhecimento e relevância acadêmica e cultural, bem como o uso
das bibliotecas para a pesquisa e suprimento das necessidades informacionais.
27

Pode-se verificar a realidade atual, as expectativas e falhas, e posteriormente,


apontar melhorias para a recuperação da informação, para que a música venha a
alcançar um campo mais significativo nas pesquisas.
Trata-se de uma pesquisa subjetiva e investigativa, voltada ao aspecto
qualitativo ao tema em questão, de modo a identificar e analisar informações que
não podem ser mensuradas numericamente.

Foi elaborado um pequeno questionário de seis (06) questões objetivas e


concisas. Dentro dessa pesquisa, elaborou-se gráficos para esclarecer os tópicos
pesquisados.

Neste primeiro gráfico, o objetivo é saber se o músico já fez uso de


alguma biblioteca púbica para pesquisa, ou para procura de algum material
(partitura) de que não dispunha naquele momento. Analisando o resultado, percebe-
se que existe uma porcentagem de 90% que utilizaram a biblioteca pública, e outros
10% que nunca procuram uma biblioteca pública para pesquisa.
Gráfico 1 – Uso de Biblioteca Pública

Você já utilizou uma biblioteca


pública para Pesquisa de algum
material de música?
10

6 Você já utilizou uma


biblioteca pública para
4 Pesquisa de algum
material de música?
2

0
SIM NÃO

FONTE: Elaborado pelo autor, 2019.

No Gráfico 2, o objetivo foi saber se o professor de música já orientou, ou


incentivou ao seu aluno a procurar uma biblioteca pública para fins musicais.
Verificou-se que 80% dos entrevistados responderam que já fizeram alguma
orientação neste sentido e 20% respondeu que nunca orientou, tão pouco fez
menção para pesquisa.
28

Gráfico 2 – Incentivo a Biblioteca

Já orientou a algum a aluno a


procurar uma biblioteca pública para
pesquisar ou buscar alguma
partitura?
10
8
Já orientou a algum a
6 aluno a procurar uma
4 biblioteca pública para
pesquisar ou buscar
2
alguma partitura?
0
SIM NÃO

FONTE: Elaborado pelo autor, 2019.

No gráfico seguinte, o objetivo é saber se o músico acha importante que as


Bibliotecas Públicas ofereçam livros musicais como partituras em seu acervo e 100%
responderam positivamente.

Gráfico 3 – Importância das Bibliotecas

Acha importante que as bibliotecas


públicas forneçam este tipo de
material?
12
10
8
Acha importante que as
6 bibliotecas públicas
4 forneçam este tipo de
material?
2
0
SIM NÃO
FONTE: Elaborado pelo autor, 2019.
No gráfico quatro, o foco específico é saber se o músico conhece alguma
Biblioteca Pública que contenha música, 80% dos entrevistados responderam que
sim e 20% responderam negativamente.
29

Gráfico 4 – Existência de Biblioteca

Tem conhecimento de alguma


biblioteca pública que contenha
música?
10

6
Tem conhecimento de
4 alguma biblioteca pública
que contenha música?
2

0
SIM NÃO

FONTE: Elaborado pelo autor, 2019.

No próximo e último gráfico o objetivo é saber se os músicos conhecem a


Biblioteca Cassiano Ricardo, única Biblioteca com temática em Música de São
Paulo, 20% dos entrevistados responderam que conhecem e 80% responderam que
desconhecem.

Gráfico 5 – Biblioteca Pública Cassiano Ricardo

Conhece a Biblioteca Pública


Cassiano Ricardo?
9
8
7
6
5
Conhece a Biblioteca
4
Pública Cassiano Ricardo?
3
2
1
0
SIM NÃO

FONTE: Elaborado pelo autor, 2019.

Esta pesquisa teve por objetivo analisar o comportamento, as atitudes e


percepções dos músicos profissionais, pesquisadores em relação a Biblioteca
Pública, mensurando a Utilização, a Orientação, a Importância e o Conhecimento da
Biblioteca Pública.
30

Em vista aos dados apresentados, é possível verificar que são poucos os


músicos que fazem uso de Bibliotecas Públicas para fins de pesquisas, ou para
adquirir algum material para uso, independente de sua natureza.

Dentro dessa pesquisa, há opiniões diversas a respeito de uma questão feita


aos entrevistados para o objetivo deste trabalho:

" Dê a sua opinião sobre a disponibilidade de material de Música (livros e partituras)


em Bibliotecas Públicas acessível a todos os usuários"

Todos os entrevistados responderam de maneira crítica e positivamente essa


questão, de modo que vale ressaltar algumas respostas:

1. "Como parte importante do acervo cultural de um povo, partituras e


literatura sobre música deve certamente fazer parte do acervo de toda e qualquer
biblioteca, já estas são o depositário da história, cultura, criações e meios de
expressão da humanidade." (Maestro Parcival Módolo, maestro principal na
Orquestra Collegium Musicum Potsdam, Coordenador Geral de Arte e Cultura no
Instituto Presbiteriano Mackenzie).

2. "É importante para dar condições de estudo para quem não pode comprar,
pois sabemos que na grande maioria, esses materiais musicais são importados e de
custo alto." (Prof. Márcio Gomes, pianista e assistente de coordenação na Escola
Municipal de Música de São Paulo).

3. "É importante que as bibliotecas públicas tenham um acervo de material


musical de qualquer estilo ou gênero. Não sei como estes órgãos públicos se situam
no atual contexto da digitalização que proporciona rapidez e praticidade na consulta
de algum assunto." (Giba Estebez, Professor e Músico Profissional).

4. " Hoje não posso falar com tanta propriedade sobre a qualidade e
quantidade de conteúdo musical das bibliotecas públicas, pois faz algum tempo que
não acesso, embora acho fundamental. Mas a alguns anos atrás achei que não era
tão completo o acervo, sobretudo partituras." (Thelma Souza Lander, Professora e
Pianista).

5. " Infelizmente as bibliotecas são precárias, o material é antigo e muitas


vezes desatualizado. Em questões de partituras, as edições quase nunca são boas!"
(Vagner Ferreira, pianista)
31

6. " Infelizmente São Paulo não dispõe de material musical publicado ou


editado ao público em geral. Somente as livrarias mais caras é que possuem um
vasto material que é totalmente inacessível para a maioria da população. Será
necessário que as pessoas, entidades, escolas de música públicas e privadas se
mobilizem para que o governo crie políticas públicas para que toda a população
tenha acesso a este tipo de material. Caso contrário, será sempre uma minoria rica
que terá acesso a este universo que é que tão importante para a formação de um
indivíduo e de toda uma nação." (Edna D´Oliveira, cantora lírica e professora de
canto na Praça das Artes Anhangabaú).

7. “Fundamental para a preservação e manutenção da cultura local." (Antonio


Vaz Lemes, pianista e professor de piano).

8. "Considero importante para os estudantes e profissionais da música, como


fonte de pesquisas e também para o público em geral que gostaria de ampliar seu
conhecimento nessa arte." (Nancy Bueno, pianista e professora de canto lírico).

9. "Não conheço todas as bibliotecas de São Paulo, porém acho que, pelo
menos de todas que já entrei somente o Centro Cultural São Paulo é que tem muitas
coisas interessantes no âmbito musical e, obviamente as Bibliotecas inseridas
dentro das Universidades (campus de artes e música) ou em Escolas de Música
oferecem material sobre música e com acessibilidade para todos os tipos de
usuários como os cegos, por exemplo. Há uma defasagem muito grande entre a
cidade de São Paulo à outras metrópoles quanto disponibilidade e acessibilidade,
infelizmente." (Adriana Gesso do Amaral, pianista e professora de piano).

Esta pesquisa propôs mostrar e entender como os músicos profissionais


consideram as Bibliotecas Públicas no âmbito de pesquisas, da procura de material,
e qual a impressão em relação a mesma diante da realidade.

Nos gráficos expostos, verificamos que a maioria dos entrevistados já


recorreram a Bibliotecas Públicas, orientando seus alunos a procurarem materiais
nestes locais, porém os resultados não foram satisfatórios uma vez que, o material
disponível em sua maioria está desatualizado com edições de baixa qualidade,
gerando uma insatisfação.
Há diversas opiniões e críticas, como consequência das experiências e da
realidade de cada profissional, entretanto, a maioria enxerga a importância de um
32

acervo musical nas Bibliotecas para pesquisa, com edições atualizadas, oferecendo
qualidade ao usuário e com ampla divulgação, pois a maioria dos músicos
desconhecem essas bibliotecas.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No tema apontado, este trabalho procurou apontar uma necessidade na área
da música. As Bibliotecas Públicas oferecem um serviço de qualidade em todas as
áreas do conhecimento, disponível abertamente sem restrições.

Tendo em vista as fontes informacionais públicas disponíveis, a música é


tratada como um material de pouca relevância, dependendo do olhar interpretativo.

Ao visitar as Bibliotecas Públicas, nota-se uma lacuna muito grande de


material e até mesmo a ausência total de partituras que seriam de suma importância
ao pesquisador, seja ele aluno, professor, músico ou até mesmo o apreciador.

Claramente há uma necessidade de maior investimento no setor, de maneira


que todos tenham acesso a este material, principalmente aos alunos de baixa renda
que não possui condições financeiras para adquirir um livro ou uma partitura onde
são encontrados apenas em livrarias especializadas com valores exorbitantes.

Pudemos verificar através da pesquisa que, todos os entrevistados se


manifestaram positivamente para que o material físico, a partitura esteja disponível.

Verificamos também que, os materiais disponíveis aos pesquisadores são


escassos ou desatualizados, antigos, o que torna um acervo defasado, carecendo
de edições atualizadas e de maior relevância.

A partitura musical não é um material de fácil localização, são poucas as


livrarias especializadas que possuem certas obras, algumas são encontradas
facilmente, outras somente por encomenda acarretando um prazo de espera até a
chegada do material.

Existem sites onde encontramos uma variedade incrível de partituras, de


vários segmentos. São livros teóricos, biográficos, de técnicas para o músico, uma
abundância de músicas de todos os estilos, porém muitas pessoas de baixa renda
33

não têm acesso à internet e, caso tenham não sabem como localizar
especificamente a partitura desejada.

Diante à dificuldade do músico em encontrar determinadas obras, vale


salientar a relevância da Biblioteca Pública como mediadora para disseminar este
tipo de informação para todo e qualquer usuário que a necessite.

De acordo com as Diretrizes da IFLA:

A Biblioteca Pública deve proporcionar acesso ao conhecimento, à


informação sem distinção a seus usuários, atendendo às suas
necessidades em matéria de educação e desenvolvimento pessoal,
oferecendo uma ampla e diversificada variedade de conhecimentos, ideias e
opiniões” (pg. 01-02).

Isso inclui o músico e suas necessidades.

Por essas e outras razões concluímos que A música como fonte de


informação nas Bibliotecas Públicas é possível, ofertando ao pesquisador serviços
de qualidade, atendendo as necessidades de um todo, oferecendo novidades aos
usuários e mostrando a importância de seu conteúdo musical.

REFERÊNCIAS

BACH, J. S. Toccata and fugue in d minor. Disponível em:


https://imslp.org/wiki/Toccata_and_Fugue_in_D_minor%2C_BWV_565_(Bach%2C_J
ohann_Sebastian). Acesso em: 29 out. 2019.

BAGGIO, C. C.; COSTA, H.; BLATTMANN, U. Seleção de tipos de fontes de


informação. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 6, n. 2, p.
32-47, jul./dez. 2016. Disponível em:
https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/pgc/article/view/26798/16520. Acesso em:
20 out. 2019.

BENNETT, R. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. 80 p.


ISBN 9798-85-7110-365-8.

BIBLIOTECA CCSP
Disponível em
http://centrocultural.pagina-oficial.ws/site/desfrute/colecoes/#artedacidade Acesso
em: 30 out. 2019.

BIBLIOTECA Coral de Domínio Público. In: WIKIPEDIA: a enciclopédia livre.


Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_Coral_de_Dom%C3%ADnio_P%C3%BAblico.
Acesso em: 29 out. 2019.
34

BIBLIOTECA pública: princípios e diretrizes. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca


Nacional, Dep. de Processos Técnicos, 2000. 160 p., il. (Documentos técnicos; 6).
ISBN 85-85023-83-X.

CASTRO, J. L.; OLIVEIRA, A. N. A música como fonte representativa de informação:


o caso da fonoteca Satyro de Mello no CENTUR/FCPTN. Inf. Prof., Londrina, v. 5, n.
1, p. 160 – 180, jan./jun. 2016. Disponível em:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/infoprof/article/view/24132/18745. Acesso
em: 25 out. 2019.

CAMPELLO, B. S. Fontes de informação para pesquisadores e profissionais.


Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003. 319 p. ISBN 85-7041209-6.

CAMPELLO, B. S.; CALDEIRA, P. T. (org.). Introdução às fontes de


informação. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2005. 181 p. (Ciência da informação,
1). ISBN 85-7526-165-7.

CATIVO, J. Fontes de informação: conceitos e tipos. Biblioteconomia digital, 2012.


Disponível em: https://www.biblioteconomiadigital.com.br/2012/02/fontes-de-
informacao-conceitos-e-tipos.html. Acesso em: 02 nov. 2019.

COLEÇÃO de artes: sala Sérgio Milliet. Prefeitura da cidade de São Paulo, 2019.
Disponível em:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bma/acervos/index.php?p
=11790. Acesso em: 30 out. 2019.

FERREIRA, A. B. H. Mini Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. 8. ed. Curitiba:


Positivo, 2012. 856 p. ISBN 9788538542407.

FONTES de informação. Sistema de bibliotecas da UNICAMP (SBU), 2019.


Disponível em: https://tecnoblog.net/247956/referencia-site-abnt-artigos/. Acesso
em: 01 nov. 2019.

HISTÓRIA da Biblioteca Mário de Andrade. Prefeitura da cidade de São Paulo,


2007. Disponível em:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/bibliotecas_bai
rro/bibliotecas_a_l/cassianoricardo/index.php?p=133. Acesso em: 30 out. 2019.

HISTÓRICO da Biblioteca Cassiano Ricardo. Prefeitura da cidade de São Paulo,


2019. Disponível em:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bma/historico/index.php?p
=7653. Acesso em: 30 out. 2019.

HOUAISS, A.; VILLAR, M.; FRANCO, F. M. M. Dicionário Houaiss da língua


portuguesa: com a nova ortografia da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva,
2009. lix, 1986 p. ISBN 9788573029635.

INTERNATIONAL Music Score Library Project. In: WIKIPEDIA: a enciclopédia livre.


Disponível em:
35

https://pt.wikipedia.org/wiki/International_Music_Score_Library_Project. Acesso em:


29 out. 2019.

MED, B. Teoria da Música. 4a. ed. Brasília: Musimed, 1996. 420 p. ISBN 978-85-
7092-039-3.

MÚSICA clássica. In: WIKIPEDIA: a enciclopédia livre. Disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_cl%C3%A1ssica. Acesso em: 29 out.
2019.

MÚSICA popular. In: WIKIPEDIA: a enciclopédia livre. Disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_popular. Acesso em: 29 out. 2019.

NEDER, A. O estudo cultural da música popular brasileira. Per Musi, Belo Horizonte,
n.22, 2010, p.181-195. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pm/n22/n22a15.
Acesso em: 10 nov. 2019.

PARTITURAS DE MPB. Disponível em:


https://www.superpartituras.com.br/genero/mpb. Acesso em: 29 out. 2019.

APÊNDICE

ANEXO I

PROCURANDO PARTITURAS?
Universidade de São Paulo. Escola de Comunicação e Artes (ECA)
Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443 - Cidade Universitária
Tel.: 11 3091-4071 / 3091-4481
2ª a 6ª: das 8h às 22h (período letivo) /das 8h às 18h (período de férias e recesso
escolar)
ecabiblioteca@usp.br
http://www3.eca.usp.br/biblioteca
CATÁLOGO: http://www.rebeca.eca.usp.br/acorde/search.htm

Universidade de São Paulo. Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)


Av. Prof. Mello Morais, travessa 8, nº 140 - Cidade Universitária
Tel.: 11 3091-3467
2ª a 6ª: das 9h às 17h
bibieb@edu.usp.br
36

http://www.ieb.usp.br/
CATÁLOGO: http://www.usp.br/sibi/

Centro Cultural São Paulo. Discoteca Oneyda Alvarenga


R. Vergueiro, 1000 – Paraíso
Tel.: 11 3397-4002
3ª a 6ª: das 10h às 20h / sab., dom. e feriados: das 10h às 18h.t
discoteca@prefeitura.sp.gov.br
http://www.centrocultural.sp.gov.br/discoteca.asp
CATÁLOGO: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/

Biblioteca Cassiano Ricardo


Av. Celso Garcia, 4200 - Tatuapé
Tel.: 11 2092-4570 / 2942-9952
2ª a 6ª: das 8h às 17h / sáb.: das 9h às 16h
bmcassianoricardo@yahoo.com.br
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/bibliotecas_bair
ro/bibliotecas_a_l/cassianoricardo/index.php?p=131
CATÁLOGO: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/

Instituto Moreira Salles


Avenida Paulista, 2424
CEP 01310-300 - São Paulo/SP
Tel.: (11) 2842-9120
3a a domingo e feriados: das 10h às 20h/ quintas, das 10h às 22h
http://www.ims.com.br/i
CATÁLOGO: http://www.ims.com.br/ims/explore/acervo-a-z

Faculdade Santa Marcelina


R. Dr. Emilio Ribas, 89 – Perdizes
Tel.: 11 3824-5800 Ramal 846/ 862
2ª 6ª: das 7h às 22h / Para a comunidade em geral: 6ª: das 14h às 17h
biblioteca.perdizes@fasm.edu.br
37

CATÁLOGO:
http://pergamumweb.santamarcelina.edu.br/pergamum/biblioteca/index.php

Universidade Estadual Paulista. Instituto de Artes (UNESP)


Dr. Bento Teobaldo Ferraz, nº 271, 4° andar - Várzea da Barra Funda

Tel.: 11 3393-8661 / 3393-8662

2ª 6ª: das 8h às 19h (período letivo) / 2ª a 6ª: 8h às 12h e das 13h às 17h (período
de férias)

bia.circula@ia.unesp.br

CATÁLOGO: http://www.athena.biblioteca.unesp.br/

Faculdade Paulista de Artes. Biblioteca “José Carlos de Figueiredo Ferraz”

Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 1224 - Bela Vista

Tel.: 11 3287-4455

2ª a 6ª: das 7h30 às 22h / sab.: das 7h30 às 16h

biblioteca@fpa.art.br

http://fpa.art.br/web/biblioteca/

Mediateca do Centro de documentação musical Maestro Eleazar de Carvalho

Pça. Júlio Prestes, nº 16, 1° andar – Luz

2ª a 6ª: das 9h às 13h (mediante agendamento via email)

cdm@osesp.art.br

http://www.osesp.art.br/paginadinamica.aspx?pagina=mediateca&MenuChave=303

Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim. Biblioteca Mário


Casali (EMESP)

Largo General Osório, 147 - Luz


38

Tel.: 11 3585-9888

2ª a 6ª: das 9h às 22h

http://emesp.org.br/

CATÁLOGO: http://wise.emesp.org.br:8080/sql_http_biblioteca/servlet/hwbterc_?2

ACERVOS DIGITAIS

Biblioteca Nacional Digital

http://bndigital.bn.br/acervodigital

Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações

http://bdtd.ibict.br/

Biblioteca Virtual de Partituras Musicais

http://paulinyi.com/biblioteca_port.html

Thesaurus Musicae Brasiliensis

http://www.editorapontes.com.br/tmb/

Catálogo de publicações de Música Sacra e Religiosa Brasileira: Obras dos


séculos XVII e XIX

http://www.musicasacrabrasileira.com.br/links.php

Escola de Música da UFRJ


http://www.docpro.com.br/escolademusica/bibliotecadigital.html
39

Musica Brasilis

http://www.musicabrasilis.org.br/

Academia Brasileira de Música-

Possui belo acervo de partituras de compositores nacionais. É necessário


encomendar a cópia e pagar por ela, mas os valores não são altos.

http://www.abmusica.org.br/index.php

Portal Sesc de Partitura

http://www.sesc.com.br/SescPartituras/

Clavedesul

Site com mais de 47 mil partituras de música brasileira, a maior parte de MPB,
mas com algumas coisas de compositores eruditos.

clavedesul-partiturasmusicais.blogspot.com

Solano

Mais de 16 mil partituras nacionais e internacionais.

http://solanomusic.dellanio.com/principal.php?categoria=home

Dicionário Cravo Albin de Música Brasileira

http://www.dicionariompb.com.br/

André da Silva Gomes

A maior parte de suas composições encontra-se no Arquivo Metropolitano da


Arquidiocese de São Paulo. Telefones: (11) 2272 3644 ou 2272 3726 /
arquivo.curia.sp@terra.com.br / Contatos: Jair, Estela, Thereza e Rita.
40

www.conservatoriomusicalasg.com.br

Antonio Carlos Gomes

http://ccla.org.br/museu-carlos-gomes/

Antonio Carlos Jobim

http://portal.jobim.org/

http://portal.jobim.org/pt/acervos-digitais/

http://www.jobim.org/jobim/

Cláudio Santoro

http://www.claudiosantoro.art.br/Santoro/

César Guerra-Peixe

http://musicabrasilis.org.br/compositores/guerra-peixe

Elias Álvares Lobo

De seu acervo, grande parte encontra-se no Museu da Música de Itu – SP. Rua
Floriano Peixoto, 480 - Centro - Itu / SP

http://www.itu.com.br/hotsite/default.asp?id=226

www.museudamusicaitu.com.br

museudamusica@itu.com.br

Ernesto Nazareth

http://ernestonazareth150anos.com.br/

http://www.ernestonazareth.com.br/
41

Francisco Mignone

Seu acervo, assim como o de Camargo Guarnieri, foi doado por sua viúva ao IEB-
USP (Instituto de Estudos Brasileiros).

http://www.franciscomignone.com.br

Furio Franceschini

http://bibdig.biblioteca.unesp.br/handle/10/79

Heitor Villa-Lobos

http://www.superpartituras.com.br/heitor-villa-lobos

Henrique Oswald

http://www.oswald.com.br

José Maurício Nunes Garcia

Site oficial do compositor. Suas obras encontram-se no Arquivo de Cleofe Person


Mattos e no Cabido Metropolitano do Rio de Janeiro.

http://www.superpartituras.com.br/partituras/pesquisa?q=Jos%C3%A9%20Mau
r%C3%ADcio%20Nunes%20Garcia

http://www.josemauricio.com.br/JM_Port.htm

João Baptista Siqueira

Sua obra, partituras, gravações e documentos pessoais foram doados à Biblioteca


da Escola de Música da UFRJ.

http://pqpbach.sul21.com.br/2012/06/28/joao-baptista-siqueira-1906-1992-
nordeste-jandaia/
42

Manoel José Gomes

Documentos pessoais foram doados à Biblioteca da Escola de Música da UFRJ.

http://www.musicabrasilis.org.br/pt-br/partituras/jose-siqueira-leito-de-folhas-verdes-
poema-sinfonico

Marlos Nobre

http://pt.scorser.com/S/Partituras/Marlos+Nobre/-1/1.html

Mozart Camargo Guarnieri

Seu acervo foi doado por sua viúva ao IEB-USP (Instituto de Estudos
Brasileiros).

http://www.allmusic.com/artist/camargo-guarnieri-mn0001950327/compositions

PQP Bach

http://pqpbach.sul21.com.br/

ChoralWiki / CPDL, Choral Public Domain Library

http://www.cpdl.org/

IMSLP, International Music Score Library Project

https://archive.org/details/imslp

Petrucci Music Library

http://imslp.org/

ScorSer
43

http://pt.scorser.com/D/Partituras.html

Classical.net

http://classical.net/

Classical Scores.Com
http://www.classical-scores.com/free/index.php

Free-Scores.Com
http://www.free-scores.com/index_uk.php3

The Sheet Music Archive


http://www.sheetmusicarchive.net/

LINKS RELACIONADOS À MÚSICA

Banda Sinfônica do Estado de São Paulo


http://www.bandasinfonica.org.br/

Banda do Corpo de Bombeiros


http://banda.cbmerj.rj.gov.br/

DIREITOS AUTORIAIS

ABRAMUS
http://www.abramus.org.br/

AMAR
http://www.amar.art.br/

ECAD
http://www.ecad.org.br/

SBACEM
http://www.sbacem.org.br/

SICAM
http://www.sicam.org.br/

SOCIMPRO
44

http://www.socinpro.org.br/

UBC
http://www.ubc.org.br

ESCOLAS DE MÚSICA

Escola de Música Villa-Lobos


http://www.villa-lobos.rj.gov.br/

Instituto Villa-Lobos da Uni-Rio


http://www2.unirio.br/unirio/cla/ivl

Conservatório Brasileiro de Música


http://www.cbmmusica.edu.br/

Seminários de Música Pro-Arte


http://proarteescolademusica.blogspot.com/

Escola Portátil de Música


http://www.escolaportatil.com.br/

Escola de Música da Rocinha


http://emrocinha.org.br/

Conservatório de Tatuí
http://www.conservatoriodetatui.org.br/

Escola de Música de Piracicaba


http://www.unimep.br/empem/

Escola de Música do Estado de São Paulo


http://www.emesp.org.br/pt/home/

Departamento de Música da ECA/USP


http://www3.eca.usp.br/cmu

Faculdade de Música do Espírito Santo


http://www.fames.es.gov.br/

Escola de Música da UFBA


http://www.escolademusica.ufba.br/

Escola de Música da UFMG


http://www.musica.ufmg.br/

Escola de Música e Belas Artes do Paraná


http://www.embap.br/
45

INSTITUIÇÕES

Academia Brasileira de Música


www.abmusica.org.br

Academia Brasil-Europa
http://www.academia.brasil-europa.eu/

Academia Nacional de Música


http://www.academianacionaldemusica.com.br/

Associação Brasileira da Música Independente


http://www.abmi.com.br/website/default.asp

Associação Brasileira de Música


http://www.abemusica.com.br/

Associação Brasileira de Flautista


http://abraf.org/

Associação Brasileira de Trombonistas


http://www.abt.mus.br/

Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música


http://www.anppom.com.br/

Centro de Documentação da Música Contemporânea


http://www.ciddic.unicamp.br/

Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ


http://www.forum.ufrj.br/

Fundação Nacional das Artes (FUNARTE)


http://www.funarte.gov.br/portal/

Instituto Cultural Cravo Albim


www.dicionariompb.com.br

Instituto de Cultura e Arte Organística


http://www.arteorganistica.org.br/

Mozarteum Brasileiro
http://www.mozarteum.org.br/

Música no Museu
www.musicanomuseu.com.br

Ordem dos Músicos


http://www.ombrj.com.br/
46

Sala Cecília Meireles


http://www.salaceciliameireles.com.br/

Sindicato dos Músicos RJ


http://www.sindmusi.com.br/

Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica


http://www.sbme.com.br/

Sociedade Brasileira de Musicologia


http://www.musicologia.art.br/index.htm

Sociedade de Cultura Artística de São Paulo


http://www.culturaartistica.com.br/

Theatro Municipal do RJ
http://www.theatromunicipal.rj.gov.br/

MUSEUS

Museu da Imagem e do Som RJ


http://www.mis.rj.gov.br/

Museu da Música de Mariana


http://www.mmmariana.com.br/

Museu Villa-Lobos
http://www.museuvillalobos.org.br/

ORQUESTRAS

Orquestra Sinfônica Brasileira


http://www.osb.com.br/

Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro


http://www.theatromunicipal.rj.gov.br/corpos-artisticos/orquestra-sinfonica/

Orquestra Petrobras Sinfônica


http://www.petrobrasinfonica.com.br/

Orquestra Sinfônica Nacional da UFF


http://culturaniteroi.com.br/blog/?id=790

Orquestra Sinfônica de Barra Mansa


http://www.musicanasescolas.com/osbm/

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo


http://www.osesp.art.br/home.aspx
47

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo


http://theatromunicipal.org.br/grupoartistico/orquestra-sinfonica-municipal/

Orquestra Jazz Sinfônica


http://www.jazzsinfonica.org.br/

Orquestra Sinfônica da USP


http://www.sinfonica.usp.br/

Orquestra de Câmara da USP


http://www.usp.br/ocam/

Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas


http://www.osmc.com.br/

Orquestra Sinfônica Municipal de Santos


https://blogosms.wordpress.com/

Orquestra Filarmônica de São Carlos


http://www.filarmonicasaocarlos.org/

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais


http://www.filarmonica.art.br/

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais


http://fcs.mg.gov.br/corpos-artisticos/orquestra-sinfonica-de-minas-gerais/

Orquestra Sinfônica da UFMT


http://www1.ufmt.br/ufmt/unidade/index.php/secao/visualizar/12581/PROCEV

Orquestra do Estado de Mato Grosso


http://www.orquestra.mt.gov.br/

Orquestra Filarmônica do Espírito Santo


http://www.soues.com.br/oses/

Orquestra Sinfônica de Sergipe


http://www.orquestrasinfonica.se.gov.br/

Orquestra de Câmara da UFAL


http://orquestraufal.blogspot.com/

Orquestra Sinfônica de Porto Alegre


http://www.ospa.org.br/

Orquestra Sinfônica Theatro São Pedro


http://www.orquestratsp.com.br/

Orquestra de Câmara da ULBRA


48

http://www.ulbra.br/orquestra/

Orquestra Sinfônica do Paraná


http://www.teatroguaira.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1

Orquestra de Câmara Solistas de Londrina


http://www.solistaslondrina.com.br/

Orquestra de Câmara de Blumenau


http://www.orquestradeblumenau.com.br/

Orquestra Sinfônica do Recife


http://www.recife.pe.gov.br/pr/seccultura/orquestrasinfonica.php

Orquestra Filarmônica do Ceará


http://www.ofce.com.br

Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho


http://mapa.cultura.ce.gov.br/projeto/48/

Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz


http://www.theatrodapaz.com.br/ostp.php

PORTAIS

Revista Concerto
http://www.concerto.com.br/

VivaMúsica
http://www.vivamusica.com.br/

Movimento
http://www.movimento.com/

História da Música Brasileira


http://www.youtube.com/user/HistoriadaMB

RÁDIOS

Rádio MEC
http://radios.ebc.com.br/mecfmrio

ACCURadio
www.accuradio.com/

Rádio Ópera
www.radioopera.com.br

BLOGS
49

O Estado de São Paulo – João Luiz Sampaio


http://blogs.estadao.com.br/joao-luiz-sampaio/

Opinião e Notícia – Clóvis Marques (Música Clássica)


http://opiniaoenoticia.com.br/editoria/cultura/musica/

Blog de Ópera e Ballet - Ali Hassan Ayache


http://operaeballet.blogspot.com.br/

ANEXO II

Estudo de Caso
“A Música como fonte de informação em Bibliotecas Públicas”

1. Você já utilizou uma biblioteca pública para pesquisa de algum material de


música?

( ) Sim ( ) Não

2. Já orientou a algum a aluno a procurar uma biblioteca pública para pesquisar


ou buscar alguma partitura?

( ) Sim ( ) Não

3. Acha importante que as bibliotecas públicas forneçam este tipo de material?

( ) Sim ( ) Não

4. Tem conhecimento de alguma biblioteca pública que contenha música? ( )


Sim Qual?
( ) Não

5. Conhece a Biblioteca Pública Cassiano Ricardo?


( ) Sim ( ) Não
50

6. Dê a sua opinião sobre a disponibilidade de material de Música (livros e


partituras) em Bibliotecas Públicas acessível a todos os usuários.
______________________________________________________________
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Obrigado!

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