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Vitória da Conquista, BA
2022
DÉBORAH CRUZ DOS SANTOS
Vitória da Conquista, BA
2022
Biblioteca Universitária Campus Anísio Teixeira – UFBA
S237
Santos, Déborah Cruz dos.
Influência da 5α-dihidrotestosterona sobre a resposta de macrófagos
peritoneais murinos e monócitos humanos induzida por Staphylococcus
aureus. / Déborah Cruz dos Santos --Vitória da Conquista, 2022.
150 f.
CDU: 577.27
Agradeço à Deus pela luz, iluminação, força nessa jornada do conhecimento e por fazer parte
de uma equipe de pesquisa maravilhosa, dedicada e engajada.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Lucas Miranda Marques, por todo apoio, orientação com
qualidade, empatia e confiança. Sempre conduziu meu processo de aprendizado com muita
generosidade e dedicação, que, para mim, descreve este ser humano inteligente e com uma
alma linda, que admiro de mais pela inteligência, carisma e humildade.
A todos os meus amigos, meu muito obrigada pela presença, incentivo, que contribuíram em
dar leveza e confiança durante esta etapa.
Aos meus pais e irmãos por acreditarem em mim, me apoiaram em todo o momento da
pesquisa.
A meu filho Miguel, a razão do meu lutar dia a dia para ser uma pessoa melhor.
“Desistir... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão
nos meus olhos do que o cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza
nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça.”
CORA CORALINA
SANTOS, Déborah Cruz; MARQUES, Lucas Miranda. Influência da 5α-dihidrotestosterona
sobre a resposta de macrófagos peritoneais murinos e monócitos humanos induzida por
Staphylococcus aureus. Plano de Pesquisa (Doutorado em Ciências Fisiológicas) – Programa
Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas – Instituto Multidisciplinar em
Saúde, Universidade Federal da Bahia, Vitória da Conquista, 2022.
RESUMO
Introdução: As infecções por Staphylococcus aureus (S. aureus) apresentam uma taxa de
morbidade e mortalidade elevada, considerado um grande problema para a saúde pública,
sendo o sexo masculino mais acometido por essas infecções. Existem poucas informações na
literatura sobre o papel da testosterona nas infecções causadas por S. aureus. Objetivo: Avaliar
a influência da 5α-dihidrotestosterona (DHT) sobre a resposta de macrófagos peritoneais
murinos (MPMs) e monócitos humanos do sangue periférico (hPMs) na resposta imunológica
induzida por S. aureus. Metodologia: Foi realizado um modelo in vitro de MPMs oriundo de
camundongos machos BALB/C, com cirurgia simulada (Shams), orquiectomizados (OQX) e
das fêmeas e de hPMs de homens e mulheres jovens em idade fértil, saudáveis, com níveis de
esteroides sexuais dentro da faixa de normalidade. As células foram inoculadas com S. aureus
ou com salina estéril (controle). As citocinas TNF-α, IL-1α, IL-1β, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12,
GM-CSF, os nitritos totais e peróxido de hidrogênio (H2O2) foram mensurados em
sobrenadante de cultura em MPMs e em hPMs. Além disso, por RT-PCR array foi realizada
a análise de 84 genes envolvidos na resposta imune contra S. aureus. Resultados: Em MPMs,
as células inoculadas com S. aureus dos machos Sham apresentaram níveis mais elevados das
citocinas inflamatórias (TNF-α, IL-1α, IL-8) e menores concentrações de IL-10, nitritos totais
e H2O2 em comparação aos OQX. Em relação as fêmeas, as células dos machos Sham
inoculadas com S. aureus também apresentaram maiores concentrações de citocinas pró-
inflamatórias (TNF-α, IL-1α, IL-6, IL-8) e menores concentrações de IL-10 e nitritos totais e
H2O2. No tratamento com o DHT, a concentração de citocinas inflamatórias e a expressão de
genes como o receptor toll-like 2 (TLR2) e factor nuclear kappa B (NF-kB) foram maiores nos
OQX tratados com o hormônio em comparação aos OQX sem o pré-tratamento. Além disso,
as concentrações de nitritos totais e H2O2 foram menores em células com o pré-tratamento,
tanto em células dos machos OQX, quanto em fêmeas. Para o experimento com seres
humanos, os hPMs dos homens inoculados com S. aureus apresentaram maiores
concentrações de citocinas inflamatórias (TNF-α, IL-6, IL-12, GM-CSF) e menores
concentrações de IL-1β e IL-10, nitritos totais e H2O2 em comparação aos hPMs das mulheres.
Em resposta ao tratamento com o DHT, o hormônio inibiu as concentrações de nitritos totais,
H2O2 e aumentou a expressão de TLR2 e genes envolvidos pela via do NF-kB em MPMs e
hPMs. Conclusão: Nossos resultados demonstram que existe diferença entre os sexos na
resposta á inoculação por S. aureus, as fêmeas desempenham melhor resposta de defesa imune
contra esse patógeno e o DHT apresenta propriedades imunomoduladoras pró-inflamatórias
em MPMs e em hPMs. Espera-se que a melhor compreensão do papel da testosterona na
resposta de defesa do corpo contra micro-organismos possa propor estratégias para um
tratamento eficaz, seguro e útil. Ademais, poderá contribuir para ações de promoção da saúde
da população, repercutindo na redução de custos com tratamentos e hospitalizações.
Introduction: Staphylococcus aureus (S. aureus) infections have a high morbidity and
mortality rate, considered a major problem for public health, with males being more affected
by these infections. There is little information in the literature on the role of testosterone in
infections caused by S. aureus. Objective: To evaluate the influence of 5α-dihydrotestosterone
(DHT) on the response of murine peritoneal macrophages (MPMs) and human peripheral
blood monocytes (hPMs) in the immune response induced by S. aureus. Methodology: An in
vitro model of MPMs was carried out from male BALB/C mice, with sham surgery (Shams),
orchiectomized (OQX) and from females and hPMs of young men and women of childbearing
age, healthy, with steroid levels within the normal range. Cells were inoculated with S. aureus
or sterile saline (control). Cytokines TNF-α, IL-1α, IL-1β, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12, GM-CSF,
total nitrites and hydrogen peroxide (H2O2) were measured in culture supernatant. in MPMs
and in hPMs. Furthermore, by RT-PCR array, the analysis of 84 genes involved in the immune
response against S. aureus was performed. Results: In MPMs, cells inoculated with S. aureus
from Sham males showed higher levels of inflammatory cytokines (TNF-α, IL-1α, IL-8) and
lower concentrations of IL-10, total nitrites and H2O2 compared to OQX. In relation to
females, cells from Sham males inoculated with S. aureus also showed higher concentrations
of pro-inflammatory cytokines (TNF-α, IL-1α, IL-6, IL-8) and lower concentrations of IL-10
and nitrites totals and H2O2. In the treatment with DHT, the concentration of inflammatory
cytokines and the expression of genes such as toll-like receptor 2 (TLR2) and nuclear factor
kappa B (NF-kB) were higher in OQX treated with the hormone compared to OQX without
pre-treatment. In addition, the concentrations of total nitrites and H2O2 were lower in pre-
treatment cells, both in OQX male and female cells. For the human experiment, hPMs from
men inoculated with S. aureus had higher concentrations of inflammatory cytokines (TNF-α,
IL-6, IL-12, GM-CSF) and lower concentrations of IL-1β and IL-10 , total nitrites, and H2O2
compared to women's hPMs. In response to treatment with DHT, the hormone inhibited the
concentrations of total nitrites, H2O2 and increased the expression of TLR2 and genes involved
in the NF-kB pathway in MPMs and hPMs. Conclusion: Our results demonstrate that there is
a difference between the sexes in the response to inoculation by S. aureus, females have a
better immune defense response against this pathogen and DHT has pro-inflammatory
immunomodulatory properties in MPMs and in hPMs. It is hoped that a better understanding
of the role of testosterone in the body's defense response against microorganisms can propose
strategies for an effective, safe and useful treatment. In addition, it can contribute to actions
to promote the health of the population, resulting in the reduction of costs with treatments and
hospitalizations.
Figura Efeito dos hormônios sexuais sobre a resposta imune. Fonte: Adaptado 36
3. de Albertsmeier e colaboradores 2014. Testosterona deprime
macrófagos e linfócitos. Estradiol/DHEA mantém positivamente a
resposta sobre macrófagos e linfócitos durante uma resposta
inflamatória.
Figura Ação dos hormônios sexuais por vias diferentes, uma resposta através 42
4. do receptor de hormônios no núcleo ou pelo receptor de hormônios na
membrana da célula. Fonte: Adaptado de Shepherd e colaboradores
2021. Resposta nuclear com a sensibilização de enzimas e proteínas que
levam a ativação ou a inibição de fatores de transcrição epigenéticos,
promovendo uma resposta celular. Resposta celular através da
sinalização PI3K/AKT/MAPK promove a resposta celular ou a ativação
de fatores de transcrição no núcleo.
Figura A testosterona pode agir por uma ação não genômica via SMBS, cuja 43
5. atividade não é pelo AR clássico, mas através da ativação de cinases de
membrana pelas vias ERK, PK, resultando em uma série de atividades
biológicas dependente dessa via, incluindo também a expressão de
genes como NF-KB, RelA (p65), caspase -3, serina treoninas quinase
(Akt), quinase regulada por sinal extracelular (ERK), Bcl-2 e Bcl-xL e
proteína quinases (pk). Fonte: criado pelo próprio autor e adaptado nas
informações de XIAO et al., 2015; SHEPHERD et al., 2021.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 23
2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................ 26
2.1 Staphylococcus aureus .............................................................................................................. 26
2.2. Resposta imunológica contra patógenos .................................................................................. 30
2.3 Dimorfismo sexual na resposta imune ...................................................................................... 37
2.4 Testosterona e a resposta fisiológica/imunomoduladora........................................................... 42
3 OBJETIVO ....................................................................................................................................... 49
3.1 Objetivo geral ............................................................................................................................ 49
3.2 Objetivos específicos........................................................................................................... 49
4 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................................ 51
4.1 Staphylococcus aureus .......................................................................................................... 51
4.2 Experimentos com camundongos.............................................................................................. 51
4.2.1 Aspectos legais ................................................................................................................... 51
4.2.2 Animais .............................................................................................................................. 52
4.2.3 Orquiectomia e cirurgia Sham............................................................................................ 52
4.2.4 Fêmeas................................................................................................................................ 53
4.2.5 Isolamento de Macrófagos Peritoneais Murinos (MPMs) machos e fêmeas ..................... 54
4.3 Experimentos com Seres Humanos ........................................................................................... 58
4.3.1 Aspectos éticos e legais ...................................................................................................... 58
4.3.2 Seleção dos sujeitos da pesquisa ........................................................................................ 58
4.3.3 Coleta de sangue periférico dos sujeitos da pesquisa ......................................................... 59
4.4 Análise Estatística ..................................................................................................................... 63
5. RESULTADOS ............................................................................................................................... 64
5. 1 Experimentos com camundongos ............................................................................................. 64
5.1.1 Concentração de citocinas em MPMs de machos Sham, OQX e fêmeas........................... 64
5.1.1.1 Concentração da citocina TNF-α..................................................................................... 64
5.1.1.2 Concentração de interleucina 1α (IL-1α) ........................................................................ 65
5.1.1.3 Concentração de interleucina 6 (IL-6)............................................................................. 67
5.1.1.4 Concentração de interleucina 8 (IL-8)............................................................................. 68
5.1.1.5 Concentração de interleucina 10 (IL-10)......................................................................... 69
5.1.2 Concentração de nitritos totais de machos e fêmeas .......................................................... 71
5.1.3 Concentração de peroxido de hidrogênio H2O2 de machos e fêmeas................................. 72
5.1.4 Expressão Gênica Relativa do receptor Toll-like-2 (TLR2) em MPMs de machos e fêmeas
..................................................................................................................................................... 74
5.1.5 Expressão Gênica Relativa do Fator nuclear kappa B (NF-κB) em MPMs ....................... 75
5.2 Experimentos com Seres Humanos ........................................................................................... 77
5.2.1 Avaliação de saúde geral dos sujeitos da pesquisa ............................................................. 77
5.2.2 Níveis dos hormônios sexuais dos voluntários................................................................... 77
5.2.3 Concentração de citocinas .................................................................................................. 78
5.2.4 Concentração de nitritos totais ........................................................................................... 88
5.2.5 Concentração de peróxido de hidrogênio (H2O2) ............................................................... 89
5.2.6 Análise da Expressão dos Genes Envolvidos na Resposta do Hospedeiro a Infecções
Bacterianas ...................................................................................................................................... 91
6 DISCUSSÃO.................................................................................................................................... 97
CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 114
Referências ........................................................................................................................................ 115
APENDICE A- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE ............... 137
APENDICE B - QUESTIONÁRIO .................................................................................................. 142
ANEXO A- APROVAÇÃO DO CEUA ........................................................................................... 145
ANEXO B- APROVAÇÃO PARA O EXPERIMENTO COM HUMANOS-CEP ......................... 146
147
23
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
Além dessas enzimas, S. aureus também produz DNAses, lipases, proteases e esterases. Entre
as toxinas produzidas por esse patógeno destacam-se as seguintes: alfa, beta e gama toxinas,
a leucocidina, a esfoliatina e enterotoxinas. As toxinas são proteínas cuja atividade é destrutiva
para as células humanas. Além disso, sua cápsula dificulta a fagocitose (SCHECHTER;
MARANGONI, 1998; NOVICK, 2000; BRAUNWALD et al., 2002). Outra característica
marcante dessa bactéria é a presença da proteína A, presente na parede celular, como
apresentado na figura 1 (LOWY, 1998). A proteína A prende anticorpos circulantes da classe
IgG, pela sua região constante Fc, neutralizando a função e impedindo a adesão de
imunoglobulinas e ativação do complemento (FOURNIER; PHILPOTT, 2005; FALUGI et
al., 2013). Essa proteína também é capaz de induzir a liberação de citocinas, como interleucina
(IL)-1β, IL-4, IL-6, IL-8, interferon- gama (IFN-γ) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) de
células do sistema imune, como monócitos (PERFETTO et al., 2003).
Durante a fase inicial da infecção, a expressão de proteínas de superfície, produzidas
no estágio de crescimento exponencial da bactéria, favorece a colonização dos tecidos do
hospedeiro, enquanto que a síntese de proteínas secretórias, produzidas na fase estacionária,
favorece a difusão para os tecidos adjacentes (LOWY, 1998). Essa produção proteica é
controlada graças a existência de genes regulatórios, como o mgr, um gene regulador global,
membro da família das proteínas MarR (regulador da resistência múltipla a antibióticos)/SarA
(regulador acessório estafilocócico A), que desenvolvem um papel chave na regulação da
expressão da maioria dos fatores de virulência de S. aureus (LIU et al., 2014), que podem
estimular a liberação de citocinas inflamatórias, ativação do sistema complemento e agregação
plaquetária (LOWY, 1998; BARTLETT; HULTEN, 2010).
28
Figura 1: Componentes estruturais de S. aureus. Fonte: Adaptado de Lowy, 1998. O painel A mostra a superfície
e as proteínas secretoras de S. aureus. A síntese de muitas destas proteínas depende da fase de crescimento, como
mostra o gráfico, e é controlada por genes regulatórios. O painel B e C mostra segmento do envelope celular.
TSST-1 simboliza a toxina do choque tóxico.
Figura 2: Reconhecimento de S. aureus pelo sistema imune. Fonte: Adaptado de Fournier e Philpott 2005. Os
componentes presentes na parede de S. aures é reconhecido através de receptores expostos nas células do sistema
imune do hospedeiro, ativando o NF-KB e a subsequente liberação e citocinas pró e anti-inflamatórias.
(STRAUB et al., 2017). Outra cepa de MRSA, a cepa do sudoeste do Pacífico que causou
infecções na Austrália e em outros países da região, é descendente da cepa do fago 80/81 que
causou surtos em creches de recém-nascidos na década de 1960 (ROBINSON et al., 2005).
Vários estudos ainda são realizados na tentativa de novas abordagens terapêuticas necessárias
contra as infecções por S. aureus (INDIANI et al., 2019; FOWLER et al., 2020; WATSON;
SAUVE; CASSINO, 2020). A bacteremia por S. aureus é de grande interesse para a saúde
pública (TONG et al., 2020). Essa bactéria é também de grande interesse científico, visto que
é um comensal humano e um importante causador de infecções.
Citocinas são proteínas, que atuam como mensageiros entre as células transportando
uma informação, conhecidas pelo seu papel como mediadores e reguladores das respostas
inflamatórias e apresentam papéis importantes para a estimulação de linfócitos T e B
(FANTUZZI, 2011; WAHAB; HUSSAIN, 2013). As citocinas têm sido amplamente
avaliadas e estudadas como potenciais biomarcadores em casos de infecções graves (OJEDA
et al., 2012).
As citocinas TNF são derivadas de fagócitos mononucleares (TNF-α) e linfócitos
(TNF-β), neutrófilos, linfócitos ativados, células NK, células endoteliais, mastócitos e
fibroblastos em resposta a estímulos invasivos, infecciosos ou inflamatórios (SCHULTE;
BERNHAGEN; BUCALA, 2013). Essa citocina age como um mediador primário do sistema
imune inato, importante para a indução de uma resposta imunológica protetora local contra
infecções (ULLOA; TRACEY, 2005), capaz de estimular a produção de citocinas como a pró-
inflamatória IL-6 e a anti-inflamatória ou regulatória IL-10. É um importante mediador da
inflamação aguda e medeia o recrutamento de neutrófilos e de macrófagos para os sítios de
infecção. TNF-α promove a estimulação das células endoteliais a produzir moléculas de
adesão e a produção de quimiocinas. TNF-α também age no hipotálamo, capaz de produzir
febre e promover a produção de proteínas de fase aguda (HILDEBRAND et al., 2003;
WAHAB; HUSSAIN, 2013).
Outra citocina que desempenha um papel importante na resposta imune é a IL-6. IL-
6 é produzida por uma variedade de células, como MΦ, células dendríticas, linfócitos T e B,
células endoteliais, fibroblastos e células musculares lisas. Após o estímulo infeccioso, o pico
de concentração é de duas horas e persiste mais tempo do que TNF e IL-1 na corrente
sanguínea (BLOOS; REINHART, 2014). É secretada, principalmente, por estimulação por
LPS, presentes nas paredes das bactérias gram-negativas e também pelas citocinas IL-1 e
TNF-α. IL- 6 tem efeitos na ativação do sistema de coagulação e modulação da hematopoiese
(SCHULTE; BERNHAGEN; BUCALA, 2013). Além da ativação linfocitária, IL-6 leva a
indução da febre e a produção de proteínas de fase aguda. Por outro lado, a IL-6 também
possui efeitos anti-inflamatórios, termina a cascata inflamatória de regulação positiva e inibe
a síntese de IL-1 e TNF (BORISH; STEINKE, 2003). Além disso, IL-6 aumenta os níveis
circulatórios de mediadores anti-inflamatórios, tais como IL-1ra, IL-10 e cortisol
(STEENSBERG et al., 2003).
34
liberado em pouco tempo na correte sanguínea. Além disso, essas citocinas amplificam
cascatas inflamatórias de forma autócrina e parácrina por ativação de MΦ para secretarem
outras citocinas pró-inflamatórias (IL-6, IL-8), mediadores lipídicos, e ROS, contribuindo
para a atividade microbicida (SCHULTE; BERNHAGEN; BUCALA, 2013; ZHANG et al.,
2014). IL-1β é uma citocina pró-inflamatória com habilidade de induzir uma ampla variedade
de genes, conhecida como a molécula endógena da febre, atua na indução da ciclooxigenase
(COX-2) e induz a expressão de óxido nítrico sintase induzível (iNOS) e aumento na expressão
de outras citocinas, como TNF-α e IL-6, além de quimiocinas e a liberação de neutrófilos. O
IL-1β não está presente normalmente no plasma humano, mas é encontrado em pacientes com
casos de infecções graves (DINARELLO, 2005).
Os fatores estimuladores de colônia também podem ser considerados citocinas, pois
são produzidos por células do sistema imune e atuam em células progenitoras. Os seus
principais representantes são M-CSF, GM-CSF, G-CSF. O M-CSF é produzido
principalmente por monócitos e os fibroblastos o produz em menores quantidades. Atua nas
células percussoras dos monócitos, fazendo com que proliferem e assim exista maior produção
de monócitos pela medula óssea. Linfócitos T, MΦ e, em menores quantidades, células
endoteliais e fibroblastos produzem GM-CSF. O G-CSF é sintetizado por MΦ e em pequena
escala por monócitos e fibroblastos. Atua principalmente nas células-tronco da medula óssea
estimulando sua divisão e diferenciação em polimorfonucleares. Em geral, atuam em células
percussoras de monócitos/macrófagos e de granulócitos, estimulando sua proliferação e
diferenciação, promovendo a produção destas células pela medula óssea (ROITT;
BROSTOFF; MALE, 1999).
A IL-12 é encontrada nas células de Kupffer e em MΦ ativados (TORIGOE et al.,
1997). A ação principal da IL-12 é estimular células NK, efeito bloqueado por anticorpos anti-
TNF-α. Aumenta a síntese de IFN-Y em linfócitos periféricos. Está envolvida na seleção do
isotipo de imunoglobulinas, inibindo a síntese de IgE (CHAN et al., 1991). A IL-12 está
envolvida na diferenciação de células T virgens em células Th1. É conhecida como um fator
estimulador de células T, e que pode estimular o crescimento e função das células T. Ele
estimula a produção de INF-Y e TNF-α a partir de células T e células NK. A IL-12 também
tem atividade anti-angiogênica e tem mostrado desempenhar um papel crítico na patogênese
de uma variedade de doenças relacionadas com a imunidade. Aumento da expressão de IL-12
tem sido relatada em infecções bacterianas e virais como Mycobacterium tuberculosis, vírus
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O dimorfismo sexual são diferenças entre os sexos biológicos que vão além das
características sexuais. Existem diferenças na suscetibilidade a doenças infecciosas entre o
sexo masculino e feminino. Em geral, as mulheres geram respostas imunes humorais e
mediadas por células de maneira mais eficaz e potencialmente protetoras após o desafio
antigênico em comparação aos homens. Essas diferenças foram atribuídas às ações dos
hormônios sexuais. Enquanto os andrógenos demonstraram suprimir as respostas imunes
agudas do hospedeiro, descobriu-se que os estrógenos promovem o aumento da resistência às
infecções bacterianas (RETTEW; HUET-HUDSON; MARRIOTT, 2008; RETTEW; HUET;
MARRIOTT, 2009). No entanto, os mecanismos moleculares que conduzem a resposta imune
sexualmente dimórfica não são totalmente compreendidos.
As mulheres exibem taxas de infecção mais baixas do que os homens para uma
variedade de patógenos bacterianos, virais e parasitários. Há também um aumento substancial
da incidência de doenças autoimunes em mulheres em comparação com os homens. Essas
tendências associadas indicam que as mulheres têm uma reatogenicidade imunológica elevada
a padrões moleculares próprios e não próprios. Os hormônios sexuais femininos estrogênio e
progesterona, assim como os androgênios masculinos, como a testosterona, provocam efeitos
diretos na função e capacidade inflamatória das células imunológicas. O dimorfismo sexual
também ocorre no nível epigenético, cujas alterações distintas no transcriptoma e na figura
epigenética ocorrem em sincronia com períodos de mudança e fases hormonais (puberdade,
gravidez, menopausa, terapia hormonal exógena). Essas mudanças também são refletidas por
mudanças na função das células imunológicas (SHEPHERD et al., 2021).
As mulheres também demonstram taxas de infecção reduzidas para uma variedade de
infecções bacterianas, virais e parasitárias, como Helicobacter pylori (IBRAHIM et al.,
2017), Mycobacterium tuberculosis (NEYROLLES; QUINTANA-MURCI, 2009), vírus da
hepatite B (BAIG, 2009) e Aspergillus fumigatus (JAILLON; BERTHENET; GARLANDA,
2019), enquanto uma análise de mortes relacionadas ao coronavírus disease 2019 (COVID-
19) entre 17 milhões de adultos demonstrou que ser mulher era um forte fator de proteção,
quando correlacionam a razão de risco de ser do sexo masculino foi de 1,59 mais propenso a
complicações relacionadas ao vírus (WILLIAMSON et al., 2020). Para a sepse, os homens
também têm maior risco, apresentam maior dificuldade respiratória aguda e maior propenção
para falência multipla de órgãos após choque hemorrágico traumático de tecidos moles, em
parte devido a ativação anormal de neutrófilos (SHETH et al., 2011).
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Figura 3: Efeito dos hormônios sexuais sobre a resposta imune. Fonte: Adaptado de Albertsmeier e
colaboradores 2014. Testosterona deprime macrófagos e linfócitos. Estradiol/DHEA mantém positivamente a
resposta sobre macrófagos e linfócitos durante uma resposta inflamatória.
Em células do sistema imune, a ligação de TLR4, facilitada por CD14, pode ativar
fatores de transcrição que levam à produção elevada de citocinas inflamatórias e quimiocinas
que proporcionam pior desfecho aos casos de infecção grave aos pacientes do sexo masculino
(PÅLSSON-MCDERMOTT; O'NEILL, 2004; AKIRA; UEMATSU; TAKEUCHI, 2006).
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Figura 4: Ação dos hormônios sexuais por vias diferentes, uma resposta através do receptor de hormônios no
núcleo ou pelo receptor de hormônios na membrana da célula. Fonte: Adaptado de Shepherd e colaboradores
2021. Resposta nuclear com a sensibilização de enzimas e proteínas que levam a ativação ou a inibição de fatores
de transcrição epigenéticos, promovendo uma resposta celular. Resposta celular através da sinalização
PI3K/AKT/MAPK promove a resposta celular ou a ativação de fatores de transcrição no núcleo.
Os efeitos dos hormônios esteróides sobre a produção de citocinas são mediados pelo
NF-kB. Este é um fator de transcrição induzível que regula positivamente a expressão de
genes pró-imunes e pró-inflamatórios (MCKAY; CIDLOWSKI, 1999). Quando os hormônios
androgênicos das células de Leydig nos testículos, próstata e adrenais ligam-se aos
receptores AR implicam, portanto, no envolvimento do andrógeno e seu receptor na regulação
do desenvolvimento e função de células do sistema imunológico. Na imunidade inata, a
interação é necessária para a geração e função adequada dos neutrófilos, processos de
cicatrização de feridas por meio do recrutamento de MΦ e da produção de citocinas pró-
inflamatórias. Na imunidade adaptativa, o andrógeno/AR exerce efeitos supressivos no
desenvolvimento e ativação das células T e B (LAI et al., 2012).
Na membrana celular, o hormônio pode atuar também por outras vias, quando este
se liga ao seu receptor, desencadeia uma resposta a nível celular, envolvendo a sensibilização
de proteínas e enzimas que promove a transcrição de fatores no núcleo da célula. Nesse caso,
o hormônio pode agir por vias através do receptor nuclear e celular, mas também pode atuar
46
Figura 5: A testosterona pode agir por uma ação não genômica via SMBS, cuja atividade não é pelo AR clássico,
mas através da ativação de cinases de membrana pelas vias ERK, PK, resultando em uma série de atividades
biológicas dependente dessa via, incluindo também a expressão de genes como NF-KB, RelA (p65), caspase -3,
serina treonins quinase (Akt), quinase regulada por sinal extracelular (ERK), Bcl-2 e Bcl-xL e proteína quinases
(pk). Fonte: criado pelo próprio autor e adaptado pelas informações de XIAO et al., 2015; SHEPHERD et al.,
2021.
Uma atividade importante dos andrógenos no sistema imune é sobre a via oxidativa
do NADPH oxidase. Os esteroides sexuais apresentam uma influência nesse via oxidativa,
inibindo a atividade do NADPH oxidase e consequentemente inibindo compostos como
47
nitratos, nitritos e a produção das espécies reativas (ADLER et al., 2012), como representado
na figura 6.
NF-KB
Inibe as
espécies
reativas
Figura 6: Atividade dos hormônios sexuais na via oxidativa. Fonte: Adaptado de Adler e colaboradores 2012.
Resposta dos andrógenos na via do NADPH oxidase, com uma resposta inibitória sobre as espécies reativas de
oxigênio e danos oxidativos sobre as células.
3 OBJETIVO
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.2.2 Animais
Foram utilizados seis camundongos machos e três fêmeas Specific pathogen free (SPF)
da linhagem Balb/C com idades entre seis e oito semanas. Os camundongos foram obtidos do
Centro Multidisciplinar de Pesquisa Biológica na Área de Ciência do Laboratório de Animais
da Universidade Estadual de Campinas (CEMIB/UNICAMP-SP) e foram mantidos sob
condições controladas de luz (luz das 7h às 19h) e temperatura (23 ± 3 ° C), com livre acesso
a água e ração no biotério para camundongos do Instituto Multidisciplinar em Saúde da
Universidade Federal da Bahia (IMS/UFBA).
Figura 7: Animais foram anestesiados, realizado a cirurgia Sham e Orquiectomia, permaneceram 14 dias em
observação para a total supressão dos hormônios sexuais pelas gônadas, após esse período, os animais receberam
o tioglicolato no peritônio (período de 72h).
4.2.4 Fêmeas
As fêmeas foram acompanhadas em seu ciclo estral através do lavado vaginal, cuja
visualização em lâmina foi através da leitura em microscópio óptico. Quando as fêmeas
estavam na fase do ciclo estral DIESTRO, os macrófagos intraperitoneais foram estimulados
e após 72 horas foi confirmado a fase do ciclo estral PROESTRO, como mostra a imagem 8,
fase do ciclo de maiores níveis de estradiol. Não foi realizado nenhuma cirurgia
(ovariectomia) com as fêmeas. Utilizamos as fêmeas apenas para avaliar a influência do sexo
na resposta imunológica dos MΦ ao S. aureus.
Figura 8: As fêmeas foram acompanhadas em seu ciclo estral através do lavado vaginal, cuja visualização e
análise foram feitas com o auxílio do microscópio óptico. Quando as fêmeas estavam na fase do ciclo estral
diestro, foi aplicado o tioglicolato no peritônio.
54
Figura 9: A suspensão de MPM foi semeada em placas de 24 poços, em grupos de células dos machos Sham,
OQX e fêmeas (controle, infectado e tratamento). Fonte: criado pelo próprio autor no BioRender.com
56
4.2.6 Inoculação em MPMs com S. aureus ou solução salina estéril e o tratamento com
DHT
MPMs de camundongos machos Sham, OQX e fêmeas foram cultivadas com 10μL do
inóculo de S. aureus (1-5 x 108 UFC), por 6h em 5% de CO2 95% de ar umidificado a 37ºC
(SOUZA et al., 2020). Parte dessas células foram pré-tratadas com 100μL de 5α- DHT (10-2
M) por 24h a 37ºC, antes da estimulação com S. aureus ou 10μL de solução salina estéril. Os
MPMs dos machos e fêmeas foram divididas nos seguintes grupos: Células com solução de
Salina (controle) (6h); Células com S. aureus (6h) e Células pré-tratadas com o DHT (24h) e
depois infectadas por S. aureus (6h). Usamos o DHT (em oposição à testosterona) porque é o
andrógeno ativo que não é convertido em 17-β estradiol (E2) (DURRANI et al., 2012). A
concentração do tratamento com o DHT foi de acordo com as instruções do fabricante (Sigma
Aldrich Brasil LTDA-5α- Dihydrotestosterone- D3 (16, 16, 17- D3) Solution) e confirmado
através de um estudo piloto. O tempo usado (24h) foi semelhante a outros trabalhos em cultura
de células de macrófagos, com o tratamento usando a testosterona in vitro (RETTEW; HUET-
HUDSON; MARRIOTT, 2008; XIAO et al., 2015).
Devido ao fato que o óxido nítrico ser um gás de difícil detecção, a sua produção
indireta por macrófagos foi realizada através da reação de Griess (GREEN et al., 1982). Em
uma placa de 96 poços, uma alíquota do sobrenadante da cultura de células (50μL) reagiu com
50μL de solução reagente de Griess a 0,1% (Dicloridrato de N-(1-naftil)-etilenodiamina-
57
NEED) diluído em água destilada, incubada por 10 min sem luz direta e 50μL de solução de
e-sulfanilamida a 1% (Sigma, São Paulo, Brasil) diluída em ácido fosfórico a 5% (Merck SA,
Rio de Janeiro, Brasil) novamente incubada por 10 min sem luz direta. Finalmente, todos os
grupos foram analisados em níveis triplicados de NO-2 medidos na absorbância (550 nm) em
um espectrofotômetro. Os valores de absorbância encontrados foram interpolados à curva
padrão de nitrito (1.65–100 μM). Todos os grupos foram analisados em triplicatas.
Por se tratar de uma pesquisa que envolveu seres humanos atendeu às exigências éticas
obedecendo às diretrizes da presente Resolução 466/12. O estudo foi desenvolvido no
Laboratório de Microbiologia e Imunologia do IMS/UFBA após aprovação da Comitê de
Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP) da mesma instituição (CAAE:
95158218.3.0000.5556) (ANEXO B). Todos os procedimentos foram iniciados somente após
aprovação por este e após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE)
(APÊNDICE A) em duas vias, ficando uma com o participante da pesquisa e outra arquivada
pela pesquisadora.
As coletas foram realizadas entre os meses de maio de 2019 e março de 2020 dentro
do laboratório de análises clínicas da Universidade Federal da Bahia, Campos Anísio Teixeira.
Como critérios de inclusão foram aceitos indivíduos em um bom estado de saúde, jovens, sem
uso de antibióticos, antifúngicos ou anti-inflamatórios nos últimos 90 dias, mulheres que
estavam em idade fértil, em período fértil do ciclo menstrual e apresentavam ciclo menstrual
regular. Como critérios de exclusão: mulheres que faziam uso de contraceptivos hormonais,
que amamentavam, grávidas e puérperas, que não estavam no período fértil do ciclo
menstrual, indivíduos homens e mulheres em uso de álcool ou tabagismo, que tenham
praticado atividades físicas dentro das 24 horas antes da coleta de sangue, jovens portadores
do vírus HIV, diagnosticados para infecções e outras doenças inflamatórias, que declare
diabetes, cardiopatias, doenças psiquiátricas, câncer, doença renal e ainda que apresente sinais
e sintomas clínicos como: febre, dor de garganta, erupções na pele, ou um quadro de alergia
ou gripe. Após os critérios de inclusão e exclusão foram obtidas amostras de sangue periférico
de 9 mulheres e 9 homens com a idade entre 18 e 25 anos. O objetivo do estudo foi apresentado
de forma sucinta e com linguagem simples. Em seguida, os voluntários foram convidados a
participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
(APENDICE A). Os voluntários foram avaliados previamente em uma consulta de triagem
59
Para realização do procedimento com os sujeitos da pesquisa, a agulha estéril (25 x 0,8
mm/ 21G) foi rosqueada no adaptador (canhão), sem remover a capa protetora da agulha. Em
sequência, o garrote foi ajustado no braço do (a) voluntário (a), a veia escolhida e realizado
antissepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool 70% e, após remover a capa
protetora da agulha, a punção foi realizada. Para a coleta do sangue, um tubo contendo EDTA
foi introduzido no adaptador e assim que o sangue começou a fluir no tubo, o garrote foi solto.
Quando a quantidade de sangue necessária foi atingida (20mL), a agulha foi retirada
delicadamente e, a fim de evitar o extravasamento sanguíneo e formação de hematomas, o (a)
voluntário (a) foi orientado (a) a pressionar com algodão a parte puncionada, mantendo o
braço estendido, sem dobrá-lo por alguns minutos. Uma vez estancado o sangramento, foi
colocado um adesivo no local da punção. A agulha foi descartada em um recipiente estanque,
rígido, com tampa e identificado (tipo descarpack). O algodão foi descartado em saco branco
leitoso devidamente identificado como infectante. Todas as coletas foram realizadas por
profissionais habilitados utilizando-se de material estéril e equipamento de proteção
individual (EPI). A técnica foi de acordo com as orientações do ministério da saúde
(FERREIRA et al., 2001).
As amostras obtidas foram acondicionadas em suporte plástico para tubos de ensaio e
armazenados e transportados para o Laboratório de Microbiologia e Imunologia da
Universidade Federal da Bahia em caixas isotérmicas (4ºC). Parte das amostras de sangue
foram devidamente identificadas e encaminhadas para um laboratório particular de Vitória da
Conquista/BA para realização de dosagem dos níveis hormonais: testosterona, 17β-estradiol,
progesterona, hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) e exames
60
para avaliação do estado de saúde geral: dosagem de glicemia; colesterol total e frações;
transaminase glutâmico-oxalacética (TGO); transaminase glutâmico-pirúvica (TGP); e
hemograma completo. Em caso de alteração negativa do estado geral de saúde dos voluntários
as amostras armazenadas nos laboratórios Universidade Federal da Bahia foram descartadas
seguindo o protocolo de descarte de materiais biológico do Instituto Multidisciplinar em
Saúde – UFBA. Todos os voluntários receberam os resultados de exames laboratoriais e
aqueles indivíduos que apresentaram alguma alteração nos exames bioquímicos ou hormonais
foram informados da exclusão na pesquisa. No caso das mulheres, as datas das coletas foram
estipuladas de acordo as informações coletadas sobre o ciclo menstrual, quando as mulheres
estavam em seu perído fértil, apresentando maiores níveis de estrógeno. Coletamos Todas as
amostras de sangue foram mantidas entre 6 e 10 º C e destinadas a isolamento de macrófagos
humanos em até duas horas após a coleta.
4.3.3.2 Inoculação com S. aureus ou solução salina estéril e tratamento com DHT em hPMs
Os hPMs foram cultivadas com 10μL do inóculo de S. aureus (1-5 x 108 UFC), por 6h
em 5% de CO2 95% de ar umidificado a 37ºC (SOUZA et al., 2020). Parte das células em
triplicata foram pré-tratadas com 100μL de 5α- DHT (10-2 M) por 24h a 37ºC, antes da
estimulação com S. aureus ou com 10μL de solução salina estéril. Os hPMs foram divididas
em grupos: Células de homens e mulheres com S. aureus (6h); Células de homens e mulheres
com solução de salina estéril (controle) (6H) e Células das mullheres pré-tratadas com o
DHT (24h) e depois infectadas por S. aureus (6h). As células das mulheres foram pré-tratadas
com DHT para compararmos a resposta desse hormônio em hPMs de mulheres no período
fértil (maior concentração de estrógeno). Usamos o DHT (em oposição à testosterona) porque
é o andrógeno ativo que não é convertido em E2 (DURRANI et al., 2012). A concentração do
tratamento com o DHT foi de acordo com as instruções do fabricante (Sigma Aldrich Brasil
LTDA-5α- Dihydrotestosterone- D3 (16, 16, 17- D3) Solution) e confirmado através de um
estudo piloto. O tempo usado foi semelhante a outros trabalhos em cultura de células de
macrófagos com o tratamento usando a testosterona in vitro (RETTEW; HUET-HUDSON;
MARRIOTT, 2008; XIAO et al., 2015).
Devido ao fato que o óxido nítrico ser um gás de difícil detecção, a sua produção
indireta por macrófagos foi realizada através da reação de Griess (GREEN et al., 1982). Em
uma placa de 96 poços, uma alíquota do sobrenadante da cultura de células (50μL) reagiu com
50μL de solução reagente de Griess a 0,1% (Dicloridrato de N-(1-naftil)-etilenodiamina-
62
NEED) diluído em água destilada, incubada por 10 min sem luz direta e 50μL de solução de
e-sulfanilamida a 1% (Sigma, São Paulo, Brasil) diluída em ácido fosfórico a 5% (Merck SA,
Rio de Janeiro, Brasil) novamente incubada por 10 min sem luz direta. Finalmente, todos os
grupos foram analisados em níveis triplicados de NO-2 medidos na absorbância (550 nm) em
um espectrofotômetro. Os valores de absorbância encontrados foram interpolados à curva
padrão de nitrito (1.65–100 μM). Todos os grupos foram analisados em triplicata.
5. RESULTADOS
b)
a) ***
2500 ***
2600 ***
2400 2250
2200 *** 2000
2000
TNF- (pg/mL)
1800 1750
TNF- (pg/mL)
1600
1600 1400
1400 1200
1200 1000
1000
***
40 60
30 40
20 20
10 0
0 s ) ) s)
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***
2600
2400
2200
2000
1800
TNF- (pg/mL)
1600
1400
1200
1000
60 **
40
20
0
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Figura 10. Concentração de TNF-α em sobrenadante de MPMs oriundos de camundongos machos Sham
operados (Sham) ou orquiectomia (OQX) e fêmeas. (a) Machos Sham, OQX e fêmeas inoculados com
10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)] ou estimulados 10µL de salina estéril [(Controle)]; (b) Machos
Sham, OQX e fêmeas: inoculados com 10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)]. (c) Machos Sham,
OQX e fêmeas: pré-tratados com 100µL de 5α-DHT [24 horas (10-2 M)] e inoculados com 10µL de S.
aureus (1-5 x 108 UFC) por 6 horas; Dados são expressos como média ± DPM .*p < 0,05, **p < 0,01, ***p
< 0,001.
em comparação aos machos OQX e fêmeas (Figura 11b). Os MPMs dos machos
OQX e das fêmeas pré-tratados com DHT e inoculados com S. aureus tiveram
aumento significativo na produção dessa citocina em comparação aos MPMs dos
machos OQX e das fêmeas não tratados com o DHT (Figura 11c).
b)
a) ***
90 *** 90 ***
80 80
70
***
70
IL-1 (pg/mL)
IL-1 (pg/mL)
60 60
50 *** 50
40
40
30
30
20
10 20
0 10
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***
140
120
IL-1 (pg/mL)
100
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60
40
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Figura 11. Concentração de IL-1α em sobrenadante de MPMs oriundos de camundongos machos Sham
operados (Sham) ou orquiectomia (OQX) e fêmeas. (a) Machos Sham, OQX e fêmeas inoculados com
10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)] ou estimulados 10µL de salina estéril [(Controle)]; (b) Machos
Sham, OQX e fêmeas: inoculados com 10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)]. (c) Machos Sham,
OQX e fêmeas: pré-tratados com 100µL de 5α-DHT [24 horas (10-2 M)] e inoculados com 10µL de S.
aureus (1-5 x 108 UFC) por 6 horas; Dados são expressos como média ± DPM .*p < 0,05, **p < 0,01, ***p
< 0,001.
67
b)
a)
***
50 50
45 *** 45
40
*** 40
IL-6 (pg/mL)
IL-6 (pg/mL)
35 35
30 30
25 *** 25
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
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[(Controle)]; (b) Machos Sham, OQX e fêmeas: inoculados com 10µL de S. aureus [6 horas (1-5
x 108 UFC)]. (c) Machos Sham, OQX e fêmeas: pré-tratados com 100µL de 5α-DHT [24 horas
(10-2 M)] e inoculados com 10µL de S. aureus (1-5 x 108 UFC) por 6 horas; Dados são expressos
como média ± DPM .*p < 0,05, **p < 0,01, ***p < 0,001.
b)
a)
160
120 ***
*** 140
100 *** 120 ***
IL-8 (pg/mL)
IL-8 (pg/mL)
80 100
60 80
60
40
*** 40
20 20
0 0
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***
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IL-8 (pg/mL)
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O
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grupo controle (inoculado com salina estéril) (Figura 14a). Os MPMs dos machos
Sham, inoculados com S. aureus, apresentaram menores concentrações dessa citocina
em comparação aos machos OQX e fêmeas (Figura 14b). Os MPMs dos machos
OQX e das fêmeas pré-tratados com DHT e inoculados com S. aureus tiveram
redução significativa na produção dessa citocina em comparação aos MPMs dos
machos OQX e das fêmeas não tratados com o DHT (Figura 14c).
b)
a)
90
90
80 *** ***
80
70
IL-10 (pg/mL)
60
70
IL-10 (pg/mL)
50 60
***
40 *** 50
*
30 40
20 30
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0
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100
90
***
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IL-10 (pg/mL)
70
60
50 **
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Figura 14. Concentração de IL-10 em sobrenadante de MPMs oriundos de camundongos machos Sham
operados (Sham) ou orquiectomia (OQX) e fêmeas. (a) Machos Sham, OQX e fêmeas inoculados com
10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)] ou estimulados 10µL de salina estéril [(Controle)]; (b) Machos
71
Sham, OQX e fêmeas: inoculados com 10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)]. (c) Machos Sham,
OQX e fêmeas: pré-tratados com 100µL de 5α-DHT [24 horas (10-2 M)] e inoculados com 10µL de S.
aureus (1-5 x 108 UFC) por 6 horas; Dados são expressos como média ± DPM .*p < 0,05, **p < 0,01, ***p
< 0,001.
a) b)
50 50
*** ***
40 *** 40 ***
Nitrites (µMol)
Nitrites (µMol)
30 30
***
20 20
10 10
0 0
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50
***
40 ***
Nitrites (µMol)
30
20
10
0
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H
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+
O
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Figura 15. Concentração de Nitritos Totais em sobrenadante de MPMs oriundos de camundongos machos
Sham operados (Sham) ou orquiectomia (OQX) e fêmeas. (a) Machos Sham, OQX e fêmeas inoculados
com 10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)] ou estimulados 10µL de salina estéril [(Controle)]; (b)
Machos Sham, OQX e fêmeas: inoculados com 10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)]. (c) Machos
Sham, OQX e fêmeas: pré-tratados com 100µL de 5α-DHT [24 horas (10-2 M)] e inoculados com 10µL de
S. aureus (1-5 x 108 UFC) por 6 horas; Dados são expressos como média ± DPM .*p < 0,05, **p < 0,01,
***p < 0,001.
grupo controle (inoculado com salina estéril) (Figura 16a). Os MPMs dos machos
Sham, inoculados com S. aureus, apresentaram menores concentrações de H2O2 em
comparação aos machos OQX e fêmeas (Figura 16b). Os MPMs dos machos OQX e
das fêmeas pré-tratados com DHT e inoculados com S. aureus tiveram redução
significativa na produção de H2O2 em comparação aos MPMs dos machos OQX e
das fêmeas não tratados com o DHT (Figura 16c).
a) b)
50 50
*** ***
40 *** 40
H2O2 (µMol)
***
H2O2 (µMol)
30 30
***
20 20
10 10
0 0
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+
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+
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Sh
m
m
O
Sh
m
Fê
Fê
Fê
c)
50
40 ***
***
H2O2 (µMol)
30
20
10
0
s
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)
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u
eu
eu
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T
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H
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O
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+
+
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O
m
Fê
74
Figura 16. Concentração de H2O2 em sobrenadante de MPMs oriundos de camundongos machos Sham
operados (Sham) ou orquiectomia (OQX) e fêmeas. (a) Machos Sham, OQX e fêmeas inoculados com
10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)] ou estimulados 10µL de salina estéril [(Controle)]; (b) Machos
Sham, OQX e fêmeas: inoculados com 10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)]. (c) Machos Sham,
OQX e fêmeas: pré-tratados com 100µL de 5α-DHT [24 horas (10-2 M)] e inoculados com 10µL de S.
aureus (1-5 x 108 UFC) por 6 horas; Dados são expressos como média ± DPM .*p < 0,05, **p < 0,01, ***p
< 0,001.
a) b)
100 100
90 *** ***
Relative gene expression
*** 90
) TLR2/GAPDH
80
70 80
70
60 60
50 *** 50
40 40
Ct
Ct
6 30
4
(2-
20
(2 -
2 10
0 0
) e) ) e) ) e) ) ) )
e us ro
l
e us ol e us ol us us us
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+ + + + + + (S (S (S
m X X s s + + +
m Q ea X s
a a Q O ea a m Q ea
Sh Sh O m m Sh O m
Fê Fê Fê
c)
200
***
Relative gene expression
) TLR2/GAPDH
150
100
- Ct
50
(2
0
) ) ) )
us us us us
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(S .
+ + + +
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Q DH ea D
H
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+
O
Q ea
m
Fê
Figura 17. Concentração de TLR2 em MPMs oriundos de camundongos machos Sham operados (Sham)
ou orquiectomia (OQX) e fêmeas. (a) Machos Sham, OQX e fêmeas inoculados com 10µL de S. aureus [6
horas (1-5 x 108 UFC)] ou estimulados 10µL de salina estéril [(Controle)]; (b) Machos Sham, OQX e
fêmeas: inoculados com 10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)]. (c) Machos Sham, OQX e fêmeas:
pré-tratados com 100µL de 5α-DHT [24 horas (10-2 M)] e inoculados com 10µL de S. aureus (1-5 x 108
UFC) por 6 horas; Dados são expressos como média ± DPM .*p < 0,05, **p < 0,01, ***p < 0,001.
a) b)
250 250
***
*** ***
Relative gene expression
Relative gene expression
) NF-B/GAPDH
) NF-B/GAPDH
200
200
150
60 *** 150
30
5 100
4
Ct
Ct
3
50
(2 -
2
(2 -
1
0 0
s)
e)
e)
)
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s)
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am
s
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ea
Q
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ea
Q
Sh
O
Sh
m
Sh
m
m
Fê
Fê
Fê
c)
400
Relative gene expression
350
) NF-B/GAPDH
300 ***
250
200
150
- Ct
100
(2
50
0
)
s)
)
us
us
s
eu
eu
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ur
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au
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X
T
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H
H
Q
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m
O
Fê
+
+
X
s
ea
Q
O
m
Fê
Figura 18. Expressão relativa do NF-κB em MPMs oriundos de camundongos machos Sham operados
(Sham) ou orquiectomia (OQX) e fêmeas. (a) Machos Sham, OQX e fêmeas inoculados com 10µL de S.
aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)] ou estimulados 10µL de salina estéril [(Controle)]; (b) Machos Sham,
OQX e fêmeas: inoculados com 10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)]. (c) Machos Sham, OQX e
fêmeas: pré-tratados com 100µL de 5α-DHT [24 horas (10-2 M)] e inoculados com 10µL de S. aureus (1-5
x 108 UFC) por 6 horas; Dados são expressos como média ± DPM .*p < 0,05, **p < 0,01, ***p < 0,001.
77
disso, houve também maiores concentrações dos hormônios folículo estimulante (FSH) e
luteinizante (LH) nas mulheres em comparação aos homens. No entanto, os homens
apresentaram maior concentração de Testosterona, como o esperado (Tabela 2).
Dados são expressos como média ± DPM. **p < 0,01. *** p <0,001.
a) b)
8000
*** 8000
7000 ***
6000
TNF (pg/mL)
6000
TNF (pg/mL)
3000
*** 4000
2000
600 2000
400
200
0 0
) )
) e) ) e) us us
us ol us ol re re
re tr re tr . au . au
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+
+ + + + en re
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s
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M
H H ul M
M
c)
3000 ***
TNF- (pg/mL)
2000
*
1000
0
) )
us us
re re
. au . au
(S (S
+ +
es H
T
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ul +
s
M re
he
ul
M
Figura 19. Concentração de TNF-α em sobrenadante de hPMs (a) de homens e mulheres inoculados
com S. aureus (1-5 x 108 UFC) (S. aureus) ou salina estéril (Controle); (b) de homens e mulheres
inoculados com S. aureus (108 UFC); (c) de homens inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC) de
mulheres inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC) de mulheres tratadas previamente com DHT (10-
2
M) (Mulheres + DHT). Avaliação realizada por Luminex. Dados são expressos como média ± DPM.
*p<0,05. **p<0,01.
b)
a) 500
450 *** 500
400 ***
IL-1 (pg/mL)
350 400
IL-1 (pg/mL)
300
250 *** 300
50
40 200
30
20 100
10
0 0
)
e)
s)
e)
s)
s)
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ol
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+
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s
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re
en
re
en
re
he
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he
om
he
om
ul
ul
H
ul
M
H
M
H
c)
500
***
450
400
350
IL-1 (pg/mL)
300
250
200
150
100
50
40
30
20
10
0
)
)
us
us
re
re
au
au
.
.
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+
+
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H
D
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ul
s
M
re
he
ul
M
Figura 20. Concentração de IL-1β em sobrenadante de hPMs (a) de homens e mulheres inoculados
com S. aureus (1-5 x 108 UFC) (S. aureus) ou salina estéril (Controle); (b) de homens e mulheres
inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC); (c) de homens inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC)
de mulheres inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC) de mulheres tratadas previamente com DHT
(10-2 M) (Mulheres + DHT). Avaliação realizada por Luminex. Dados são expressos como média ±
DPM. *p<0,05. **p<0,01.
81
a)
b)
5000 ***
4500 5000 ***
4000
3500 4000
IL-6 (pg/mL)
IL-6 (pg/mL)
***
3000 3000
2500
2000 2000
100
80 1000
60
40
20 0
0 s) us
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om he he
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H M M
c)
4000
3000
IL-6 (pg/mL)
2000
1000
0
s) )
eu us
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. a .a
(S (S
+ +
s T
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H
l he +
u s
M re
l he
u
M
Figura 21. Concentração de IL-6 em sobrenadante de hPMs (a) de homens e mulheres inoculados com
S. aureus (1-5 x 108 UFC) (S. aureus) ou salina estéril (Controle); (b) de homens e mulheres inoculados
com S. aureus (1-5 x 108 UFC); (c) de homens inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC) de mulheres
inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC) de mulheres tratadas previamente com DHT (10-2 M)
(Mulheres + DHT). Avaliação realizada por Luminex. Dados são expressos como média ± DPM.
*p<0,05. **p<0,01.
83
a)
b)
26
24 *** 25 ***
22
20 20
IL-12 (pg/mL)
18
IL-12 (pg/mL)
16 15
14
12
10 10
8 ***
6 5
4
2 0
0 s) )
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u o l us ol ur ure
u re tr u re tr .a .a
.a on .a on (S (S
(S (C (S (C s
+ +
+ + + + en res
s ns s es om he
en e re r ul
om he he H M
om H ul ul
H M M
c)
15 ***
IL-12 (pg/mL)
10
0
) )
us us
re ur
e
. au .a
(S (S
+ +
r es H
T
he D
ul +
M e s
er
u lh
M
Figura 22. Concentração de IL-12 em sobrenadante de hPMs (a) de homens e mulheres inoculados
com S. aureus (1-5 x 108 UFC) (S. aureus) ou salina estéril (Controle); (b) de homens e mulheres
inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC); (c) de homens inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC)
de mulheres inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC) de mulheres tratadas previamente com DHT
(10-2 M) (Mulheres + DHT). Avaliação realizada por Luminex. Dados são expressos como média ±
DPM. *p<0,05. **p<0,01.
85
a)
b)
500
*** 500
***
400
GM- CSF (pg/ml)
400
***
200 200
100
100
0
0 s) us
)
eu re
s) e) us
)
le
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eu ol re ro .a .a
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(S (C (S (C en er
e
+ + +
s
+ s s s om ul
h
en en re re H M
om he he
om H ul ul
H M M
c)
400
***
GM- CSF (pg/ml)
300
200
100
0
) s)
us eu
re r
. au . au
(S (S
+ +
r es H
T
he D
ul +
M r es
he
ul
M
Figura 23. Concentração de GM-CSF em sobrenadante de hPMs (a) de homens e mulheres inoculados
com S. aureus (1-5 x 108 UFC) (S. aureus) ou salina estéril (Controle); (b) de homens e mulheres
inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC); (c) de homens inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC)
de mulheres inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC) de mulheres tratadas previamente com DHT
(10-2 M) (Mulheres + DHT). Avaliação realizada por Luminex. Dados são expressos como média ±
DPM. *p<0,05. **p<0,01.
respectivos grupo controles (inoculado com salina estéril) (Figura 24a). Os hPMs de
homens produziram significativamente menos IL-10 em comparação aos hPMs de
mulheres (Figura 24b). O pré-tratamento com DHT reduziu a produção de IL-10 por
hPMs das mulheres em comparação a hPMs das mulheres não tratados com o DHT
(Figura 24c).
a)
b)
50
50
***
40 ***
40
IL-10 (pg/mL)
IL-12 (pg/mL)
30 *** 30
20 20
10
10
0
0 us
) s )
) ) re eu
s) e us le
)
au ur
eu ol re ro . .a
ur tr t (S (S
. a on . au on s
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+
(S (C (S (C en e
+ + + + er
s s s s om ul
h
en en re re H M
om he he
om H ul ul
H M M
c)
50
***
40
IL-10 (pg/mL)
30
20
10
0
us
) s)
re reu
. au . au
(S (S
+ +
r es H
T
he D
ul +
s
M re
he
ul
M
Figura 24. Concentração de IL-10 em sobrenadante de hPMs (a) de homens e mulheres inoculados
com S. aureus (1-5 x 108 UFC) (S. aureus) ou salina estéril (Controle); (b) de homens e mulheres
88
inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC); (c) de homens inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC)
de mulheres inoculados com S. aureus (1-5 x 108 UFC) de mulheres tratados previamente com DHT
(10-2 M) (Mulheres + DHT). Avaliação realizada por Luminex. Dados são expressos como média ±
DPM. *p<0,05. **p<0,01.
a) 90 *** b)
100
75 ***
Nitritos (µMol)
80
Nitritos (µMol)
60
45 60
***
30 40
15 20
0
s) e) s) e) 0
re
u ol re
u ol ) )
u tr u tr us us
.a on .a on re re
(S +(
C
(S +
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. au . au
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H ul he
H M M om ul
H M
c)
100
***
80
Nitritos (µMol)
60
40
20
0
) s)
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re ur
. au a
(S (S.
+ +
s T
re H
he +
D
ul s
M re
he
ul
M
Figura 25. Dosagem de nitritos totais em sobrenadante de hPMs (a) Homens e Mulheres hPMs inoculados
com 10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)] ou estimulados 10µL de salina estéril [Controle]; (b)
Homens e Mulheres: hPMs inoculados com 10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)]. (c) Homens e
Mulheres: hPMs pré-tratados com 100µL de DHT [24 horas (10-2 M)] e inoculados com 10µL de S. aureus
(1-5 x 108 UFC) por 6 horas; Dados são expressos como média ± DPM .*p < 0.05, **p < 0,01, ***p <
0,001.
a) b)
150 150
125 ***
125 ***
H2O2 (µMol)
100
H2O2 (µMol)
100
75
***
75 50
50 25
0
25 s) )
eu us
ur re
.a . au
0 +
(S
+
(S
s) ) s) ) s es
le le en er
eu tr
o eu ro om ul
h
ur on ur nt H M
.a (C .a (C
o
(S + (S +
+ +
s
en
s
es es
en er er
om om h ul
h
H H ul M
M
c)
150
125 ***
H2O2 (µMol)
100
75
50
25
0
s) us
)
eu e
ur ur
.a .a
(S (S
+ +
e s T
H
h er D
ul +
M es
h er
ul
M
Figura 26. Dosagem de Peróxido de hidrogênio (H2O2) emsobrenadante de hPMs (a) Homens e Mulheres
hPMs inoculados com 10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)] ou estimulados 10µL de salina estéril
[Controle]; (b) Homens e Mulheres: hPMs inoculados com 10µL de S. aureus [6 horas (1-5 x 108 UFC)].
(c) Homens e Mulheres: hPMs pré-tratados com 100µL de DHT [24 horas (10-2 M)] e inoculados com 10µL
de S. aureus (1-5 x 108 UFC) por 6 horas; Dados são expressos como média ± DPM .*p < 0.05, **p < 0,01,
***p < 0,001.
91
UBE2N
TRAF6
*
TOLLIP
TNFRSF1A
TNF
*
TLR8
*
TLR3
TLR2
*
TLR10
TICAM2
TICAM1
TBK1
TAB1
SIGIRR
*
SARM1
RIPK2
RELA
*
PTGS2
PRKRA
PPARA
PELI1
NR2C2
NFRKB
*
*
NFKBIL1
NFKBIA
NFKB1
*
*
MYD88
MAPK8IP3
MAP4K4
MAP2K4
MAP2K3
*
LY96
LY86
*
LTA
JUN
*
IRF3
*
IRF1
IRAK4
CXCL8
*
IL6
IL2
*
*
IL1B
IL1A
IL12A
*
IFNG
IFNA1
HSPD1
HSPA1A
HRAS
FOS
*
FADD
ELK1
EIF2AK2
*
*
CXCL10
CSF3
CSF2
CLEC4E
*
*
CD86
CD80
CCL2
*
CASP8
BTK
*
0
10
Figura 27. Análise de 84 genes envolvidos na resposta do hospedeiro a infecções bacterianas de hPMs
de homens inoculados com S. aureus em comparação com hPMs de homens inoculados com salina
estéril. Análise realizada com o kit Human Innate & Adaptive Immune Responses PCR Array (Qiagen -
SABioscience). Genes regulados positivamente (verde). Dados são expressos como média ± DPM.
*p<0,05 vs hPMs inoculados com salina estéril (teste não-paramétrico Mann-Whitney one-tailed).
93
UBE2N *
TRAF6
TOLLIP
TNFRSF1A
TNF
TLR8 *
TLR3
TLR2
TLR10
*
TICAM2
TBK1
TAB1
*
SIGIRR
*
SARM1
RIPK2
*
*
RELA
PTGS2
PRKRA
PPARA
PELI1
NR2C2 *
NFKBIA *
NFKB2 *
NFKB1
*
MYD88
MAPK8IP3
MAP4K4
MAP2K4
MAP2K3
LY96 *
LTA
*
JUN
IRF1
*
IRAK4
IRAK1
*
*
CXCL8
IL6
IL2
IL1A *
IL12A
IFNG
*
IFNA1
HSPD1
HSPA1A
HRAS *
HMGB1
FOS
*
FADD
ELK1
EIF2AK2
ECSIT
CXCL10
*
CSF3
*
CSF2
CLEC4E
CD86
CD80
CCL2
CASP8
BTK
0
Figura 28. Análise de 84 genes envolvidos na resposta do hospedeiro a infecções bacterianas de hPMs
inoculados com S. aureus de homens em comparação com hPMs de Mulheres. Análise realizada com
o kit Human Innate & Adaptive Immune Responses PCR Array (Qiagen - SABioscience). Genes
regulados positivamente (verde). Dados são expressos como média ± DPM. *p<0,05 vs hPMs
inoculados com S. aureus de mulheres (teste não-paramétrico Mann-Whitney one-tailed).
95
UBE2N
TRAF6
TOLLIP
TNFRSF1A
TNF
*
TLR8
*
TLR3
*
TLR2 *
TLR10
TIRAP
TAB1
SIGIRR
SARM1
RELA
PPARA
NR2C2
*
NFRKB
NFKBIA
*
NFKB2
*
MYD88
MAPK8IP3
MAP2K4
MAP2K3
LY96
LY86
LTA
*
JUN
*
IRF3 *
IRF1
IRAK4 *
IRAK1
*
CXCL8
IL6 *
IL2
IL1B *
IL1A
*
IL12A *
IFNG
IFNA1
HSPD1
HSPA1A
HRAS
FOS
FADD
ELK1
EIF2AK2 *
ECSIT
CXCL10
CSF3
CSF2
CLEC4E
CD86
CD80
*
CD 14
CCL2
CASP8
BTK *
0 2 4 6 8 10
Figura 29. Análise de 84 genes envolvidos na resposta do hospedeiro a infecções bacterianas de hPMs
inoculados com S. aureus de mulheres tratados com DHT em comparação com hPMs de Mulheres. Análise
realizada com o kit Human Innate & Adaptive Immune Responses PCR Array (Qiagen - SABioscience).
Genes regulados positivamente (verde). Dados são expressos como média ± DPM. *p<0,05 vs hPMs
inoculados com S. aureus de mulheres (teste não-paramétrico Mann-Whitney one-tailed).
97
6 DISCUSSÃO
foram observados no experimento com hPMs, quando estimulados in vitro com S. aureus,
onde apresentaram aumento de todas as citocinas analisadas (TNF-α, IL1- β, IL-6, IL-12,
GM-CSF e IL-10) em comparação com o controle. Nesse caso, S. aureus e seus
componentes de parede celular são capazes de induzir a secreção de citocinas por MΦ,
como uma resposta de defesa imune (FOURNIER; PHILPOTT, 2005; KOCHAN et al.,
2012; BRANN et al., 2019). Sobre a interação de S. aureus com MΦ, sabe-se que esses
fagócitos possuem diversas funções no sistema imunológico. Essas células desempenham
um papel importante na imunidade inata, eliminando os patógenos invasores por meio de
fagocitose, pela produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio e liberando vários
mediadores inflamatórios, como as citocinas, fundamentais para o início e a propagação
do processo inflamatório, no intuito de conter o microrganismo e promover a homeostase
(MARRIOTT; BOST; HUET-HUDSON, 2006; DIMITRIJEVIĆ et al., 2013).
Neste estudo foi observado uma influência do DHT na expressão e produção
de TNF-α em células inoculadas com S. aureus. Os MPMs dos animais OQX
apresentaram concentrações menores dessa citocina do que os MPMs dos animais
Sham e OQX+DHT. Sugerindo-se que, o DHT interfere na produção dessa citocina.
Isso corrobora com o fato do hormônio DHT apresentar uma atividade pró-
inflamatória em MΦ. Essa atividade pode induzir uma infecção latente e causar
complicações (CHAO et al., 1995; TRENTZSCH; STEWART; DE MAIO, 2003).
Outros estudos relataram que a concentração de TNF-α foi maior em camundongos
orquiectomizados quando comparados com camundongos Sham ou
OQX+testosterona estimulados por LPS, sugerindo que a testosterona pode reduzir a
produção de TNF-α e a resposta pró-inflamatória, causando uma resposta
inapropriada à infecção presente (RETTEW; HUET-HUDSON; MARRIOTT, 2008;
LEONE et al., 2012). Porém, em um estudo in vivo com testosterona agindo contra
síndrome de isquemia e reperfusão renal, em alta dose (100 mg/kg do peso do
animal), o hormônio aumentou a produção de TNF-α em ratos na fase aguda (PATIL
et al., 2016), referindo-se que a dose hormonal influencia na resposta inflamatória.
Os resultados, que muitas vezes são conflitantes na literatura, em parte, é devido às
múltiplas ações dos hormônios em vários tipos de células diferentes e às limitações
de modelos experimentais com doses de hormônios sexuais que não refletem
totalmente o biológico nas diferenças entre os sexos. Nós utilizamos uma dosagem
99
de DHT que reflete o biológico nas diferenças entre os sexos (DHT 10 -2M). Da
mesma maneira, Wang e colaboradores (2005) observaram que a gonadectomia
reduziu as concentrações de TNF-α no perfil isquêmico, melhorando os miocárdios
de ratos. Na comparação entre machos Sham e fêmeas, foi analisado neste estudo,
que os machos apresentaram uma concentração maior de TNF-α. No modelo in vitro
de hPMs, corroborando com os nossos achados em MPMs, o padrão de influência do
DHT sob TNF-α foi similar, visto que hPMs de homens e mulheres tratados com
DHT apresentaram uma maior produção dessa citocina em comparação a hPMs de
mulheres não tratados. Trabalhos envolvendo citocinas pró-inflamatórias indicaram
que homens expressavam maiores concentrações dessa citocina com relação as
mulheres, como no primeiro ensaio clínico feito para analisar o dimorfismo sexual
na inflamação contra sepse humana, realizado por Schröder e colaboradores (1998),
notou-se que os homens possuíam um aumento contínuo da concentração de TNF-α
após o início da sepse, comparado com as mulheres. Também em concordância com
nossa pesquisa, em um teste feito comparando camundongos machos e fêmeas, a
testosterona, agindo nos MΦ induziu uma maior liberação de TNF-α nos machos,
aumentando assim a resposta inflamatória com relação ao LPS in vivo (MARRIOTT;
BOST; HUET-HUDSON, 2006).
Assim como para a citocina TNF-α, em MΦ inoculados com S. aureus, em nosso
estudo, as concentrações de IL-1α foram maiores nos MPMs Sham e OQX+DHT, do que
em MPMs OQX. Corroborando com nosso resultado, em outro estudo, a testosterona
mostrou-se um estimulador de IL-1 frente à inflamação, enquanto a orquiectomia reduziu
as concentrações desta citocina (WANG et al., 2005). Em um estudo, MΦ de machos
desafiados com LPS produziram níveis mais altos de IL-1 do que MΦ de fêmeas tratadas
de maneira semelhante (MARRIOTT; BOST; HUET- HUDSON, 2006). Em nosso
estudo, os machos Sham apresentaram maiores concentrações de IL-1α em comparação
as fêmeas. Nos estudos de Souza e colaboradores (2021), as fêmeas ovariectomizadas
expressaram mais TNF, IL-1 e IL-8 em comparação aos MPMs das fêmeas Sham. Após
o tratamento com 17β-estradiol, os MPMs das fêmeas apresentaram menores expressões
de TNF, IL-1 e IL-6 em comparação aos MPMs das fêmeas sem tratamento.
Diferente resultado encontramos em nosso trabalho para a citocina IL-1β. Em
hPMs de homens observamos menores concentrações de IL-1β em comparação aos hPMs
100
das mulheres. Além disso, hPMs de mulheres tratados com DHT apresentaram menores
produções de IL1β em comparação a hPMs de mulheres não tratados. Um resultado
oposto, utilizando a endotoxina LPS, foi avaliado que os camundongos machos
apresentaram maiores concentrações de IL-1β em comparação com fêmeas na fase aguda
da inflamação, demonstrando uma maior susceptibilidade de machos contra a sepse
bacteriana (MARRIOTT, BOST, HUET-HUDSON, 2006). A produção de TNF-α e IL-
1β, por monócitos, é aumentada em machos em comparação com fêmeas, sugerindo um
possível papel imunoestimulador para a testosterona (BOUMAN et al., 2004). No
entanto, em nossos estudos apresentamos esse resultado contraditório para a IL-1β.
Embora a IL-1α e a IL-1β são da mesma família de citocinas (Família IL-1), essas
citocinas atuam de maneiras diferentes. Enquanto a IL-1α é concontrada em células
epiteliais e mesenquimais saudáveis, a IL-1β é induzida em situações de doenças. A IL-
1α é encontrada no núcleo da célula, que atua como um fator de transcrição. Nexte
contexto, essa citocina aumenta a expressão gênica de outras citocinas como IL-8. Na
morte da célula por necrose, a IL1α é liberada no meio extracelular onde estimula a
produção de quimiocinas resultando em infiltração de neutrófilos e depois de monócitos
(DINARELLO, 2018).
Para a IL-6, nós observamos resultados estatisticamente semelhantes aos das
citocinas TNF-α e IL-1α, exceto na comparação aos MPMs Sham e OQX, onde por sua
vez, não houve diferenças estatísticas nos nossos testes realizados. Os MPMs OQX+DHT
obtiveram uma concentração elevada de IL-6 quando comparado aos MPMs dos machos
OQX. Em um estudo por Wang et al. (2005) envolvendo o papel endógeno da testosterona
no sinal pró-inflamatório e pró-apoptótico do miocárdio de ratos, após isquemia-
reperfusão aguda das células do miocárdio, a testosterona aumentou as concentrações de
TNF-α, IL-1β e IL-6. Após a castração e tratamento com a flutamida (fármaco que
bloqueia o receptor de testosterona), com a depleção da testosterona circulante, houve
uma redução dessas citocinas em comparação as células dos animais não castrados e uma
melhora da função do miocárdio dos ratos. Em nosso estudo, a citocina IL-6 mostrou ter
concentrações elevadas em machos com relação às fêmeas nos MΦ inoculados com S.
aureus. Corroborando com os nossos resultados em MPMs, os hPMs apresentaram
maiores concentrações de IL-6 em comparação aos hPMs das mulheres. Num estudo
envolvendo camundongos machos e fêmeas submetidos a um tratamento com LPS,
101
observou-se que os MΦ dos machos liberaram uma concentração maior de IL-6 quando
comparados aos das fêmeas (MARRIOTT; BOST; HUET-HUDSON, 2006). Da mesma
maneira, em outro estudo envolvendo homens e mulheres, também em resposta a uma
alta dose de LPS, houve maiores concentrações de IL-6, além de TNF-α e IL-1β, no
sangue de homens do que em mulheres (AULOCK et al., 2006). Em um estudo com ratos
fêmeas com ovário policístico (PCO), após o tratamento com testosterona na
concentração de 10-6M, os macrófagos expressaram maior TNFα e IL-6 do que os
macrófagos do grupo controle (FIGUEROA et al., 2012). Além disso, os estrogênios
diminuem os níveis plasmáticos de IL-6, e a produção de TNF e IL-1β é aumentada
durante a fase lútea (estrogênio baixo) em comparação com a fase folicular (estrogênio
alto) do ciclo ovariano (BOUMAN, HEINEMAN, FAAS, 2005). Esses dados mostram a
influência dos hormônios sexuais na liberação de citocinas por MΦ. As células imunes
produzem a chamada “tempestade de citocinas”, nos quais vão estar elevados os níveis
séricos dessas citocinas, que promovem a resposta imune e inflamatória através do
recrutamento de neutrófilos e monócitos para o local da infecção (WRAY;
ARROWSMITH, 2021).
No que diz respeito a citocina IL-8, observou-se que as concentrações foram
maiores nos MPMs Sham e OQX+DHT, do que nos MPMs OQX. Além disso, os machos
apresentaram maior produção dessa citocina em comparação as fêmeas. A IL-8 funciona
como uma quimiocina no recrutamento de células imunes para o local da inflamação e
contribui em maior liberação de outras citocinas (BAGGIOLINI; DEWALD; MOSER,
1994). Não foram encontrados estudos na literatura envolvendo a influência da
testosterona sobre a resposta da IL-8 á inoculação por S. aureus. No entanto, um estudo
por Shi e colaboradores (2006), apresentaram que o estradiol inibe a secreção de IL-8 em
uma linhagem de monócitos U937, uma co-cultura de células do endométrio. Em um
outro estudo por Rodríguez e colaboradores (2002), o estradiol teve um efeito regulador
na adesão de linfócitos ao endotélio estimuladas por TNF-α e uma inibição de 54% e 65%
da secreção de IL-8 de células de monócitos dessa mesma linhagem. Em nosso estudo, o
hormônio DHT apresentou uma resposta estimulatória para a IL-8 em MPMs.
Para a citocina IL-12 em hPMs inoculados com S. aureus, os homens
apresentaram maior concentração de IL-12 em comparação aos hPMs das mulheres. Além
disso, os hPMs de mulheres tratados com DHT apresentaram uma maior produção de IL-
102
converte o peróxido de hidrogênio, que apresentaria uma ação tóxica sobre a bactéria, em
oxigênio e água (SANTOS et al., 2007).
Quando se compara os MPMs entre os sexos em nossos resultados, os machos
Sham apresentaram menores concentrações de nitritos e peróxido de hidrogênio em
comparação as fêmeas. Semelhantemente, em hPMs, os homens apresentaram menores
concentrações de nitritos e peróxido de hidrogênio em comparação as mulheres.
Reputamos que as fêmeas apresentem melhor resposta a fagocitose bacteriana. Nos
estudos de Scotland e colaboradores (2011), a atividade antibacteriana da NADPH
oxidase intracelular foi significativamente elevada nos macrófagos peritoneais residentes
em fêmeas, quando comparado aos machos. Acreditamos que as fêmeas respondem
melhor a infecção e apresentem maior controle de mediadores inflamatórios, como os
radicais livres. Além disso, também supomos que o aumento da IL-10 pode influenciar
no controle da liberação dos radicais livres por macrófagos, como observamos nas fêmeas
em relação aos machos nesse nosso estudo, sendo mais uma vez, uma vantagem para o
sexo feminino. As fêmeas apresentam fagocitose mais eficiente e morte mediada por
NADPH oxidase por macrófagos, que elimina patógenos mais rápido do que em machos
(MARRIOTT; HUET-HUDSON, 2006). Com o tratamento do DHT, nesse nosso ensaio,
notamos menores concentrações de nitritos e peróxido de hidrogênio em MPMs de
machos OQX e fêmeas e em hPMs das mulheres. Demonstrando aqui a influência do
hormônio sexual masculino em inibir a resposta oxidativa pelos macrófagos e
consequentemente a fagocitose. Em um outro modelo de resposta inflamatória, a IL-10
promove a mitofagia que elimina mitocôndrias disfuncionais caracterizadas por baixo
potencial de membrana e alto nível de espécies reativas de oxigênio em macrófagos
(EDDIE IP et al., 2017). Um trabalho realizado por Azevedo e colaboradores (2001), os
machos apresentaram menores expressões de enzimas antioxidantes em macrófagos
residentes intraperitoneais em comparação as fêmeas. No entanto, um excesso de espécies
reativas de oxigênio e nitrogênio podem promover condições para dano mitocondrial e
desregulação metabólica (CROUSER, 2004; SWEENEY et al., 2011). Na pesquisa
desenvolvida por Kajihara e colaboradores (2012), em um experimento in vitro, usando
células do estroma endometrial humano isoladas de espécimes de histerectomia, o DHT
(concentrações de 10-6, 10-7, 10-8) aumentou a resistência para o estresse oxidativo,
reduzindo os níveis de H2O2 induzida pela apoptose. Esta resposta coincidiu com o
108
et al., 2012; RUSZKIEWICZ et al., 2019), quanto também pode atuar diretamente em
células locais específicas de ligação à membrana (SMBS). A testosterona,
particularmente exógena, pode ter uma ação não genômica via SMBS, cuja ação não é
mediada pelo AR clássico e sim através da ativação da sinalização de cinases de
membrana pelas vias ERK, PK, resultando em uma série de atividades biológicas
dependente dessa via, incluindo a expressão de proteínas de genes como NF-κB, RelA
(p65), Caspase-3, serina treonina quinase (Akt), quinase regulada por sinal extracelular
(ERK) 1/2, Bcl-2 e Bcl-xL e proteína quinases (PK) (XIAO et al., 2015; SHEPHERD et
al., 2021). Além do mais, não foram encontrados trabalhos envolvendo a atividade do
DHT em receptores TLR-2 e NF-κB expressos por MΦ a infecção por S. aureus entre
machos e fêmeas, como nesse nosso ensaio.
Observamos em nossos resultados, que os MPMs de machos Sham apresentaram
maiores expressões de TLR2 e NF-κB em comparação as fêmeas. Nesse caso, a expressão
de forma intensa desses receptores garante uma resposta mais descontrolada a infecção
por S. aureus. Um desequilíbrio do TLR2, NF-κB e de citocinas pró e anti-inflamatórias
geralmente resulta em uma resposta inflamatória exagerada, síndrome de disfunção de
múltiplos órgãos e choque séptico em humanos (KIM et al., 2020; YIMIN et al., 2013).
Na análise da resposta do DHT em MPMs de fêmeas, não observamos diferença
significativa para a expressão dos genes TLR2 e NF-κB. Contudo, consideramos que essa
resposta em fêmeas seja em consequência ao papel protetor do estrógeno em modular a
expressão do TLR2, NF-κB e proporcionar maior equilíbrio também da liberação de
citocinas e radicais livres (WAGNER; SCHROETER; HECKER, 2001;
CHANDRASEKARAN et al., 2011). Em um trabalho desenvolvido por Aomatsu e
colaboradores (2013), em comparação com neutrófilos das fêmeas, os machos exibiram
maior ativação de moléculas de sinalização distintas, incluindo ERK, p38, JNK e Akt, com
maior expressão de TLR4 e TNF-α em resposta à estimulação com LPS. Em outros
experimentos, quando os monócitos foram pré-tratados com estradiol in vitro por 24h
antes da estimulação de LPS, a ativação de NF-κB em macrófagos foram suprimidos pelo
pré-tratamento das células com estradiol (PIOLI et al., 2007; MURPHY; GUYRE; PIOLI,
2010). Esses achados sugerem que o estradiol exerce efeitos anti-inflamatórios
modulando a resposta de receptores e citocinas (AOMATSU et al., 2013), o que pode
parcialmente justificar a diferença entre os sexos na infecção grave (SCHRÖDER et al.,
110
Observamos que o DHT é capaz de regular positivamente genes que estão envolvidos nas funções
dos monócitos, como o gene BTK (CAVALIERE et al., 2017), além dos genes que codificam
proteínas que fosforilam a via do NF-κB, como: CD80, TNF, IL12A, IL1A, IL1B, IL6,
NFKB2, NFKBIA e TLR2. S. aureus é capaz de ativar os monócitos, cuja ativação é
necessária para a iniciação e modulação da resposta imune, principalmente através da
transcrição de genes relacionada a via do NF-κB, levando consequentemente à
produção/secreção de mediadores da via inflamatória e citocinas pró-inflamatórias
(GIANNONI et al., 2011; PELEKANOU et al., 2016), citocinas como TNF-α, IL-12, IL-
1β, IL6 que foram analisadas nesse estudo. Independente do estímulo, parece haver
participação de espécies reativas de oxigênio (estresse oxidativo) e o aumento de cálcio
intracelular para a ativação do NF-kB (GLEZER et al., 2000). O NF-kB é um
heterodímero constituído de duas subunidades: p65 (também chamada RelA) e p50
(BAEUERLE; BALTIMORE,1996; SIEBENLIST, 1997). Na literatura, o termo NF-kB
autêntico designa a combinação p50/RelA. Além dessas, outras subunidades foram
descritas, tais como a c-Rel, RelB, e p52, sendo provável que diferentes tipos de
combinações sejam capazes de ativar diferentes genes ou ainda bloquear a transcrição do
p50/RelA (GHOSH; MAY; KOPP, 1998). Em nossos resultados, observamos maior
expressão de RelA em hPMs inoculados com S. aureus em comparação ao controle. Dado
o exposto, esse estudo propõe que o DHT estimula a via do NF-κB na resposta
imunológica de monócitos induzida por S. aureus, conforme esquematizado na figura
baixo:
112
Figura 30. Efeito do DHT na resposta imunológica induzida por Staphylococcus aureus. O DHT
atua aumentando a expressão do TLR2 e os fatores de transcrição IRAK1, IRAK4, IKKβ e NFκB
(representado pelas setas vermelhas). Diversos estímulos extracelulares como citocinas pró-
inflamatórias (IL-1, interleucina 1; TNF, fator de necrose tumoral), causam a fosforilação (P) do
IkB, que pode ser mediada pela IkB quinase (IKK). A fosforilação do IkB libera o NF-kB de forma
que ele possa atuar sobre um gene alvo no núcleo, enquanto o IkB é degradado. Fonte: Próprio
autor, 2022.
TLR-2 com a testosterona em homens, mas não em mulheres. Isso obviamente indica que
os andrógenos aumentam o reconhecimento do patogeno e é em parte o mecanismo para
o aumento da inflamação desregulada. Certamente, os macrófagos derivados de
monócitos provavelmente se inclinam para uma resposta protetora nas mulheres em
comparação com os homens, e mostram claramente que as diferenças estão relacionadas
à testosterona. Uma especulação também interessante é o fato das fêmeas apresentaram
maiores concentrações de nitritos totais e H2O2, e por outro lado, baixa expressão do TLR2
e da via do NF-κB, nessa pesquisa. Uma hipótese é que essa via possa ser modulada pela
expressão de moléculas sinalizadoras como JNK, P38 MAPK, SAPK (LEE et al., 2008) e
outra hipótese é que a IL1 possa modular as espécies reativas nessa via (DINARELLO,
2005; SCHULTE; BERNHAGEN; BUCALA, 2013; ZHANG et al., 2014), bem como a
IL-10 (MARRIOTT; HUET-HUDSON, 2006; EDDIE IP et al., 2017), já que as mulheres
apresentaram maiores concentrações de IL-10 e IL-1β e maiores concentrações dos
nitritos e H2O2 em relação aos homens. Esses efeitos foram inibidos por um pré-
tratamento com DHT. O que pode ser por uma regulação negativa de p38 MAPK,
JNK/SAPK e NF-Κb (LEE et al., 2008).
114
CONCLUSÃO
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1993.
137
O Comitê de Ética em Pesquisa - CEP - é um colegiado que deve existir nas instituições
que realizam pesquisa envolvendo seres humanos no Brasil. O CEP foi criado para
defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua integridade e dignidade e para
contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos (Resolução nº
466/12- Conselho Nacional de Saúde). No estudo, a função do CEP é garantir os direitos
e a dignidade dos sujeitos da pesquisa. Além disso, o CEP contribui para a qualidade das
pesquisas e para a discussão do papel da pesquisa no desenvolvimento social da
comunidade. Contribui ainda para a valorização do pesquisador que recebe o
reconhecimento de que sua proposta é eticamente adequada.
II. A pressão arterial será aferida uma vez pela enfermeira Deborah Cruz dos Santos para
averiguar o bom estado de saúde geral do parcipante;
IV. Após jejum de 8 horas será feita a primeira etapa da coleta destinada para realização
de análise bioquímica e dosagem de hormônios sexuais. A quantidade de sangue coletada
para realização de tais procedimentos varia entre 12 a 15 mL de sangue, semelhante a 3
colheres de chá.
V. Após confirmação de bom estado de saúde geral, será realizada uma segunda etapa da
coleta de 20 mL de sangue nos homens doadores. Um volume de sangue semelhante a 4
colheres de chá. Essa segunda fase da coleta ocorrerá no Laboratório de Enfermagem do
Instituto Multidisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia, situado em Vitória
da Conquista/BA por profissional habilitado e experiente em coletas sanguíneas;
VI. Nessa segunda fase, o sangue será utilizado para uma técnica de Citometria de fluxo,
que é uma técnica utilizada para contar, examinar e classificar partículas microscópicas
suspensas em meio líquido em fluxo. O sangue também será usado para diferenciação das
suas células em macrófagos, células de defesa que destroem elementos estranhos ao
corpo. O plasma será coletado para ELISA, a fim de mensurar níveis de citocinas, que
são substâncias importantes no processo de combate à infecção. Será feito um tratamento
em placa com salina, Flutamida, que é uma droga que age como um bloqueador de
testosterona na célula, e a própria Dihidrotestosterona, um metabólito mais ativo da
testosterona. Em seguida todos os grupos serão infectados com a bactéria Staphylococcus
aureus e avaliadas em diferentes tempos. Será feita a extração do RNA e análise de
expressão de 84 genes envolvidos na resposta do hospedeiro a infecção bacteriana.
139
IX. No momento da coleta de sangue poderá haver alguma dor suportável decorrente da
punção da pele. Para minimizar essa possível dor, é recomendado que os voluntários
tenham uma boa ingesta hídrica por um dia antes da coleta, visto que a ingestão de oito a
dez copos de líquidos por dia ajuda o sangue a fluir melhor e torna as veias mais fáceis
de serem encontradas e perfuradas. Também é recomendado caminhar enquanto espera o
exame, para aumentar o fluxo do sangue e manter as veias cheias. Em caso de ansiedade,
é recomendado que o voluntário converse ou lembre-se de algo agradável enquanto espera
pela coleta. Também é interessante ler ou ouvir música ou gravações que sejam
relaxantes;
X. O voluntário deve informar caso apresente tendência para sentir tontura ou desmaiar,
para que a coleta seja realizada com o voluntário deitado (a) em maca para prevenir um
desmaio e/ou queda. Caso sinta tontura ou sensação de desmaio em qualquer momento,
o voluntário será orientado a abaixar a cabeça e colocá-la entre as pernas ou deitar-se,
isso vai ajudar a melhorar;
XI. Será utilizado um sistema fechado, a vácuo, totalmente descartável. As agulhas deste
sistema destacam-se pelo corte de seu bisel e sua excelente capacidade de deslizamento
durante a punção, minimizando o desconforto da punção durante a coleta de sangue.
Complicações de coleta de sangue rotineira são raras e geralmente de pequeno porte. Se
houver pequena perda de sangue da veia no local da punção geralmente há um pequeno
desconforto que desaparece em poucos dias. Se uma mancha roxa, eventualmente,
aparecer no local da coleta, é recomendado que o voluntário faça uma compressa de gelo
no local, quatro vezes ao dia, nas primeiras 24 horas. Caso sinta alguma dor, é
recomendado fazer uso de um analgésico de costume. Se o hematoma trouxer alguma
preocupação ou apresentar maior gravidade na coleta de sangue como lesão em estruturas
anatômicas circunvizinhas (artérias e nervos), tromboflebite na veia puncionada, celulite
local, infecções, o participante devo informar no telefone (77) 998510707 ou por e-mail
para deborahenfermeira@gmail.com;
140
XV. Todas as despesas com a pesquisa serão custeadas pelo financiamento de Editais
anteriormente aprovados. Esses projetos foram aprovados para os anos de 2018-2021 na
FAPESB e CNPq e pertence ao pesquisador responsável pelo por este estudo. O
participante da pesquisa não arcará com nenhum custo referente a procedimentos e/ou
exames do estudo. (Resolução CNS n° 466 de 2012, itens II.11 e II.16).
XIII. Os resultados obtidos durante este ensaio serão mantidos em sigilo, e o voluntário
concorda que sejam divulgados em publicações científicas, desde que seus dados pessoais
não sejam mencionados;
XIX. Caso o voluntário desejar, poderá pessoalmente tomar conhecimento dos resultados,
ao final desta pesquisa.
XXI. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE deverá ser assinado em duas
vias, ficando uma retida com o pesquisador responsável e uma outra com o participante
141
XXII. Resolução CNS 466/12 - Estou recebendo uma via deste Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido.
Eu, _________________________________________________________________,
profissão ____________________________, residente e domiciliado na
______________________________________________________________________
_______portador da cédula de identidade, RG ___________________________, e
inscrito no CPF/MF______________________________ nascido(a) em _____ / _____
/_______ , concordo de livre e espontânea vontade em participar como voluntário(a) do
estudo “Avaliação do papel da testosterona na fisiopatologia da sepse induzida por
Stahylococcus aureus”. Declaro que obtive todas as informações necessárias, bem como
todos os eventuais esclarecimentos quanto às dúvidas por mim apresentadas.
Impressão dactiloscópica
_____________________________________________________
PROF. DR. LUCAS MIRANDA MARQUES
Universidade Federal da Bahia- Instituto Multidisciplinar em Saúde- Campus Anísio Teixeira. Rua Rua Hormindo Barros, 58 -
Candeias, Vitória da Conquista - BA, 45029-094- Telefone: (77) 3429-2709.
142
APENDICE B - QUESTIONÁRIO
1. Nome
completo:______________________________________________________________
____________________
2. Data de Nascimento:______/______/__________
3. Sexo:
( ) Feminino
( ) Masculino
4. Telefone para contato: ______________________ E-
mail:__________________________________________
5. Altura:______ m
6. Peso:______ kg
7. Em relação ao seu histórico clínico, responda:
a. Antecedentes alérgicos:
( ) Não
( ) Sim. Qual
(is)?___________________________________________________________________
_______
b. Alterações cardíacas:
( ) Não
( ) Sim. Qual
(is)?___________________________________________________________________
_______
c. Hipo/Hipertensão arterial:
( ) Não
( ) Sim.
Qual?_________________________________________________________________
_________
d. Distúrbio circulatório:
( ) Não
( ) Sim. Qual
(is)?___________________________________________________________________
_______
e. Distúrbio renal:
143
( ) Não
( ) Sim. Qual
(is)?___________________________________________________________________
_______
f. Distúrbio hormonal:
( ) Não
( ) Sim. Qual
(is)?___________________________________________________________________
_______
g. Distúrbio gastro-intestinal:
( ) Não
( ) Sim. Qual
(is)?___________________________________________________________________
_______
h. Epilepsia/Convulsões:
( ) Não
( ) Sim. Qual
(is)?___________________________________________________________________
_______
i. Alterações psicológicas/psiquiatras:
( ) Não
( ) Sim. Qual
(is)?___________________________________________________________________
_______
j. Antecedentes oncológicos:
( ) Não
( ) Sim. Qual
(is)?___________________________________________________________________
_______
k. Diabetes:
( ) Não
( ) Sim
l. Algum tipo de doença:
( ) Não
( ) Sim. Qual
(is)?___________________________________________________________________
_______
( ) Não
( ) Sim. Qual
(is)?___________________________________________________________________
___________
( ) Não
( ) Sim. Qual
(is)?___________________________________________________________________
___________
( ) Não
( ) Sim. Com que
frequência?____________________________________________________________
11. Fuma?
( ) Não
( ) Sim. Com que frequência e em que
quantidade?______________________________________
ANEXO A
145
ANEXO B
146
UFBA - VITÓRIA DA
CONQUISTA - CEP INSTITUTO
MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE
- CAMPUS ANÍSIO TEIXEIRA -
UFBA
DADOS DO PARECER
Apresentação do Projeto:
O Projeto intitulado AVALIAÇÃO DO PAPEL DA TESTOSTERONA NA FISIOPATOLOGIA DA SEPSE
INDUZIDA POR Staphylococcus Aureus, após apreciação por este CEP, foi automaticamente encaminhado
para a CONEP, uma vez que, os pesquisadores o classificaram na Área Temática:
Novos procedimentos terapêuticos invasivos. Retornou para este CEP, após análise da CONEP, para ser
reavaliado quanto às recomendações da CONEP.
Objetivo da Pesquisa:
Os objetivos da pesquisa não foram alterados. Idem ao parecer de número 3.249.930.
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147
UFBA - VITÓRIA DA
CONQUISTA - CEP INSTITUTO
MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE
- CAMPUS ANÍSIO TEIXEIRA -
UFBA
Continuação do Parecer: 3.532.532
Recomendações:
No parecer de número 3.443.858 foi solicitado que os pesquisadores adequassem no arquivo
"PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_PROJETO_ da
Plataforma Brasil, segundo recomendação da CONEP, que haveria armazenamento do
material biológico, ainda que temporário. Tal solicitação foi realizada. Sendo assim, não há recomendações.
Conforme a Resolução nº 466/12 (Item X, Tópico X.1, Ponto 3b), é necessário submeter, na Plataforma
Brasil, relatórios semestrais referentes à execução deste projeto. Para este fim verifique o endereço
eletrônico: http://www.ims.ufba.br/cep/sereshumanos/?pagina=relatorios. Caso haja relatórios pendentes,
este Comitê se reserva a não apreciar novas submissões do pesquisador responsável até que estes sejam
submetidos.
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148
UFBA - VITÓRIA DA
CONQUISTA - CEP INSTITUTO
MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE
- CAMPUS ANÍSIO TEIXEIRA -
UFBA
Continuação do Parecer: 3.532.532
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149
UFBA - VITÓRIA DA
CONQUISTA - CEP INSTITUTO
MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE
- CAMPUS ANÍSIO TEIXEIRA -
UFBA
Continuação do Parecer: 3.532.532
Situação do Parecer:
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:
Não
Assinado por:
Raquel Souzas
(Coordenador(a))
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