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FORTALEZA
2020
1
FORTALEZA
2020
2
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________
Prof. Dr. Ronaldo de Albuquerque e Arraes (Orientador)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
______________________________________________
Prof. Dr. Andrei Gomes Simonassi (Coorientador)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
______________________________________________
Prof. Dr. Roberto Tatiwa Ferreira
Universidade Federal do Ceará (UFC)
______________________________________________
Prof. Dr. José Henrique Félix Silva
Universidade Federal do Ceará (UFC)
A Deus.
Ao meu marido, Marcio José Ferreira
Gimenes.
À minha mãe, Mª Iara de Souza Farias e minha
avó, Maria do Livramento Carvalho.
Em memória, ao meu pai, Fernando Farias
Costa e meu avô, Francisco das Chagas de
Souza.
À minha família e aos meus amigos, em
especial, Antônio Augusto F. Oliveira e
Sandro Ricardo V. Bandeira.
4
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
The study proposes an investigation of the impact of the lag in the update of the Generic Real
Estate Values Plan (PGVI) for calculating the Property Tax and Urban Territorial Tax (IPTU)
on the municipal tax collection. PGVI, which is the basis for calculating the IPTU, associated
with a structured and updated real estate register and the maintenance of an urban values
observatory, serves what is called “the three pillars for real estate taxation”. In Fortaleza,
these elements coexist, however, the lag in PGVI, which was established in the law of 2003
and corrected in 2013, does not portray the changes that occurred in the city and its real estate
valuation. For the analysis, the values used in the ITBI, which is more current, were compared
with the IPTU calculation base. Such a lag impacts the collection of IPTU and produces
inequities in taxation. Specifically, the results obtained showed that the valuation level of
PGVI in Fortaleza is estimated at 22.19% of the market value, well below that recommended
by ministerial decree nº 511/2009, which guides the minimum valuation level around 70 %.
Maintaining the current tax policy and updating the PGVI to the level recommended by the
ordinance, it is estimated an increase in potential collection of 365.41%, based on the amount
launched in the IPTU of 2019. Finally, it is suggested the adoption public policies that
optimize progressivity so that the remaining inequities are mitigated, promoting fiscal justice
to the citizens of Fortaleza.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 13
2 TRIBUTAÇÃO IMOBILIÁRIA: ASPECTOS ECONÔMICOS......................... 15
2.1 O Estado e suas funções........................................................................................... 15
2.2 Os impostos imobiliários e a teoria econômica...................................................... 16
2.3 A progressividade na tributação imobiliária e a justiça tributária...................... 17
2.4 Valor da terra versus Valor capitalizado: quais as formas de cobrança?............ 19
2.5 Urbanização, especulação e tributação da terra.................................................... 20
3 A BASE LEGAL DO IPTU NO BRASIL............................................................... 23
3.1 A Carta Magna de 1988, o Código Tributário Nacional (CTN) e o Estatuto
das Cidades................................................................................................................ 23
3.2 A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)................................................................ 24
4 O IPTU EM FORTALEZA...................................................................................... 26
4.1 Base legal do município............................................................................................ 26
4.2 Arrecadação do IPTU em Fortaleza à luz de outras capitais brasileiras............ 27
4.3 O Cadastro Imobiliário e o Observatório Urbano de Valores.............................. 29
4.4 A desatualização da PGVI........................................................................................ 31
5 AS CONSEQUÊNCIAS DA DEFASAGEM NA PLANTA GENÉRICA DE
VALORES IMOBILIÁRIOS DE FORTALEZA E O IMPACTO NA
ARRECADAÇÃO DO IPTU................................................................................... 34
5.1 Metodologia............................................................................................................... 34
5.2 Resultados obtidos.................................................................................................... 38
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 48
REFERÊNCIAS........................................................................................................ 49
APÊNDICES............................................................................................................. 54
13
1 INTRODUÇÃO
(PMF) não efetua uma realista atualização da sua PGVI desde 2003, apenas ajustes lineares
efetivados em 2009 e em 2013 e também não conseguiu engajar o reforço político necessário
para a aprovação de um projeto de nova PGVI, em 2017.
Em face ao que foi apresentado, o objetivo deste estudo é analisar a existência de
equidade na cobrança do IPTU no município de Fortaleza. Agregado a isso, estimar o nível de
avaliação da PGVI, através da comparação do valor venal efetivamente tributado pelo IPTU
com a predição de valores venais pelo método comparativo direto de dados do mercado
(MCDDM) e regressão espacial, modelo econométrico utilizado como base de cálculo do
Imposto de Transmissão sobre Bens Imóveis (ITBI). Aferir se a cobrança do IPTU, em
Fortaleza, tem efeitos de progressividade em relação ao nível de avaliação do valor
efetivamente tributado dos imóveis, bem como, apurar se a cobrança do IPTU retrata
princípios de justiça fiscal, de maneira que encontre regularidade nos valores tributados dos
imóveis e seus respectivos valores de mercado. Ao final, avaliar o impacto na arrecadação do
IPTU, face a atualização da PGVI municipal.
Além desta introdução, este trabalho divide-se em mais cinco capítulos. No
segundo, trataremos os aspectos econômicos da tributação imobiliária. A base legal para a
cobrança do IPTU será abordada no terceiro. Apresentaremos a tributação imobiliária em
Fortaleza, conforme suas normas jurídicas, atualizações cadastrais, observatório urbano de
valores e defasagem na PGVI, no quarto capítulo. Após a descrição da Metodologia usada, o
quinto é dedicado à apresentação dos resultados obtidos. E, para concluir, as considerações
finais desta pesquisa.
15
(1)
onde V é o valor da propriedade, Y é o fluxo de renda anual da terra e r é a taxa de juros anual
ou a taxa de desconto anual.
Suponha que foi inserido um imposto imobiliário anual, utilizando como base,
uma alíquota sobre o valor de mercado da terra, indicado por ty. Leve-se em consideração,
também, que o imposto não poderá ser repassado ao consumidor, devido à inelasticidade da
oferta da terra. Nesse caso, o valor da propriedade seria reduzido para:
(2)
comprador não paga pelo imposto, visto que este é absorvido pelo proprietário original e o
novo comprador é agraciado com uma redução do preço do bem, devido à elevação da carga
tributária.
Outro fato interessante é exposto na equação (2). A princípio, um imposto de
alíquota de 100% nos parece confiscatório, porém no caso da terra, não é. O valor de mercado
da terra cairia para $9.259,26 ($10.000/1,08). A renda bruta seria de $10.000 e a renda líquida,
após o imposto, seria de apenas $740,74, permanecendo a taxa de rentabilidade do
investimento em 8%. Neste caso, o imposto é um percentual sobre o valor de mercado da
propriedade que é bruscamente reduzido com a majoração do tributo. O Estado não teria
como capturar toda a renda da terra, haja vista que a base de cálculo é diminuída a cada
elevação de alíquota.
Por fim, vale ressaltar que existe uma importante relação entre a tributação sobre
o valor da terra e sobre a renda da terra. Um imposto sobre a renda da terra, com alíquota tR,
no caso do exemplo anterior, geraria uma renda anual da terra de tRY, já que o tributo sobre o
valor da terra tv levaria a um pagamento anual de tvV. Com alguns cálculos, temos à equação:
(3)
Utilizando o exemplo, com taxa de juros de 8%, um imposto sobre o valor da terra
de 2% equivale a um imposto sobre a renda da terra de 20%, sendo uma maneira possível do
governo captar toda a renda da terra, pois a tributação recairia sobre o fluxo de renda e não
sobre o valor da propriedade, caracterizando assim, um imposto sobre a renda. Essas
conclusões somente são possíveis baseadas nos princípios econômicos de ausências de custo
de transação, perfeito funcionamento do mercado e informação completa (CARVALHO JR.,
2012).
maior uso, inclusive o temporal, porém se uma alíquota maior for instituída para a terra não
utilizada poderia afetar as decisões dos agentes econômicos ao longo do tempo.
Recorreremos à Matemática. Presuma que o agente, ao imprimir o melhor uso no
ano t0, obtenha uma renda anual de Y, mas, numa análise ao longo tempo, o melhor e maior
uso ocorra em t1, com renda anual de X, sendo que X > Y. Nesse cenário, sem incidência de
imposto, se investir em t1 é a escolha temporal mais lucrativa, tem-se:
(
(4)
ou equivalente:
(5)
(6)
(
(7)
ou equivalente:
(8)
(9)
22
(10)
3.1 A Carta Magna de 1988, o Código Tributário Nacional (CTN) e o Estatuto das
Cidades
momento da análise (data-base da solicitação). O valor venal é estabelecido por lei, através da
Planta Genérica de Valores (PGV), elaborada pela gestão municipal e aprovada pela Câmara
dos Vereadores. A correção monetária dos valores venais pode ser realizada por decreto,
conforme Súmula nº 160/1996 do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), porém as demais
atualizações e alterações da PGV devem ter lei aprovada pelo poder legislativo municipal.
De Cesare (2016) critica a imposição da atualização da PGV ser homologada pelo
poder legislativo, já que a avaliação imobiliária é um trabalho fundamentalmente técnico,
regido pela Norma Brasileira Reguladora (NBR) 14.653 da Associação Brasileira de Normas
e Técnicas (ABNT) e que os representantes das câmaras de vereadores não possuiriam, em
sua maioria, capacidade técnica para julgar a relevância do estudo e estariam submetidos às
pressões políticas para tomar tal decisão. Também defende a revogação da Súmula nº
160/1996 do STJ para que as cidades não sejam vítimas dos acordos políticos quando se fizer
necessária a revisão da PGV municipal. E ainda, afirma que o valor do imóvel é um forte
indicador da renda familiar e que a base de cálculo do IPTU deve ser mantida atualizada e de
acordo com o mercado imobiliário para garantir a equidade na tributação.
Tendo em vista a supremacia do bem-estar coletivo sobre a individualidade, o
Estatuto das Cidades é um instrumento legal, criado em 2001, com o objetivo de orientar as
funções sociais das cidades e da propriedade urbana. Segundo Carvalho Jr. (2018) o vínculo
entre o IPTU e a política urbana se dá devido ao potencial deste tributo em promover a
racionalidade no uso da terra e dissuadir a especulação imobiliária. De Cesare (2016)
acrescenta que o Estatuto das Cidades tem como objetivo harmonizar a política fiscal e a
urbana.
O IPTU tem um caráter fiscal e extrafiscal que se propõe a buscar o bem comum
através de uma exploração urbana sustentável, com o desenvolvimento de áreas mais carentes
das cidades, por meio de investimento público em ações de infraestrutura econômico-social. É
a segunda maior fonte de receita própria dos municípios, porém, nos anos 2000, os governos
municipais se encontravam em uma situação financeira muito difícil e com saldo negativo e
neste cenário foi criada a Lei Complementar 101, a denominada Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF), que estabelecia regras de gerenciamento fiscal responsável, determinando
limites para a dívida, o endividamento público e o gasto continuado, fornecendo instrumentos
25
4 O IPTU EM FORTALEZA
Gráfico 2 – Índice de arrecadação do IPTU sobre o PIB nas capitais brasileiras (2015)
Segundo o TCE (2019) no que diz respeito à carga tributária do IPTU, em 2017, medido pelo
quociente IPTU/PIB, o índice de Fortaleza ficou em 0,66% e ainda o resultado em eficiência
arrecadatória, - 1,69%, merece destaque, pois além de se situar na 8ª posição entre os
municípios cearenses, a amplitude dos valores envolvidos na previsão de sua receita, muito
superiores às das demais cidades, demonstra um excelente conhecimento acerca da
capacidade tributária de seus contribuintes.
Um problema grave em relação à arrecadação do IPTU é a inadimplência e este é
um comportamento muito divergente entre as capitais brasileiras, especialmente as
nordestinas, apresentado no Gráfico 3.
(CTM) tem caráter multidisciplinar e reúne informações econômicas, físicas, fiscais, jurídicas,
ambientais e sociais para cada parcela e não possui apenas o objetivo de tributação, sendo o
cadastro um inventário público de dados organizados referentes às parcelas dentro de
determinado município, baseado no levantamento dos seus limites, no qual a parcela é a
menor porção de terra contínua e limitada dentro do território, onde exista o mesmo regime
jurídico.
Em Fortaleza, o decreto nº 13.516, de 22 de dezembro de 2015, regulamenta o
Cadastro Imobiliário do Município (CIM). Desde 2013, a cidade dispõe de um sistema de
informações territoriais que atende a portaria ministerial nº 511/2009. Em 2017, foi realizada
uma atualização da base georreferenciada municipal. O Cadastro Imobiliário de Fortaleza
contava com, aproximadamente, 400 mil lotes e cerca de 780 mil imóveis inscritos, em 2019 e
enfrenta desafios diários para a manutenção e atualização desta base que busca atender as
multifinalidades de um cadastro. Segundo Carvalho Jr. (2018) a estimativa é que a cidade de
Fortaleza tenha 65% da sua base cadastral atualizada, conforme o que ilustra o Gráfico 4.
A PGVI de Fortaleza foi estabelecida pela Lei nº 8.703/2003 que dispõe sobre as
tabelas de valores dos terrenos e edificações no Município, para fins de lançamento do IPTU e
ITBI, tendo sido atualizada pela LC nº 73/2009 que fez a correção dos valores por uso do
imóvel (residencial, não residencial e territorial), aplicando diferentes percentuais sobre os
valores venais. Em 2013, sofreu nova alteração, instituída pela LC nº 155, a exemplo do
acontecido em 2009. Estes ajustes distorceram as tabelas estabelecidas na Lei nº 8.703/2003,
provocando uma linearidade na majoração da PGVI, consequentemente, impactando no
lançamento do IPTU.
A Tabela 2 apresenta os ajustes legais aplicados na PGVI de Fortaleza, por faixas
de valor venal, uso do imóvel e percentual aplicado.
Gráfico 5 – Participação das receitas do IPTU e ITBI na receita tributária total do Município
de Fortaleza (2013 - 2019)
5.1 Metodologia
1
Por meio do protocolo 00008.000015/2020-50, de 11 de fevereiro de 2020.
35
(11)
conforme orienta Carvalho Jr., (2017), pois os dados são apurados de forma equânime,
ponderando de maneira mais eficiente aqueles que fogem à normalidade, chamados de
outliers.
Foi verificada cada alíquota e sua aplicação, nas mesmas condições que a
legislação tributária se aplica ao IPTU, no caso da atualização da PGVI. Foram simulados seis
percentuais de nível de avaliação do mercado para cálculo do ITBI: 50%, 60%, 70%, 80%,
90% e 100%, com e sem redutor legal.
As normas estabelecidas pela International Association of Assessing Officers
(IAAO), que é uma instituição que se dedica à avaliação imobiliária e à definição de
parâmetros de desempenho de avaliações em massa para fins tributários, recomendam uma
variação máxima de 0,90 a 1,10 do nível de avaliação desejado. Não há base legal para
avaliações maiores que 100%. A portaria ministerial nº 511/2009 recomenda que os níveis de
avaliação sejam, no mínimo, de 70%. É importante pontuar que os modelos não têm precisão
absoluta e que carregam consigo um percentual de erro, não sendo aconselhável o nível de
avaliação imobiliária da PGVI de 100%.
A IAAO indica, como medida de uniformidade mais comum em trabalhos de
avaliação, o coeficiente de dispersão da mediana (COD), pois ele expressa a variabilidade dos
valores de avaliação em relação aos valores de mercado dos imóveis. Essa estatística indica
como são distribuídos os desvios em torno da mediana.
Para obter o COD:
1. Calcule as proporções entre valores avaliados e preços de venda.
2. Determine a mediana das proporções.
3. Compute o desvio, em módulo, entre a mediana das proporções e a proporção
de cada dado.
4. Estime a média dos desvios absolutos.
5. Divida a média dos desvios absolutos pela mediana e multiplique por 100.
Para que fossem inferidos os princípios de justiça tributária na cobrança do IPTU
em Fortaleza, foi utilizado também o COD, pois verifica-se a uniformidade nos valores
tributados e seu valor de mercado. As diretrizes da portaria ministerial nº 511/2009 aponta,
como nível de aceitação máximo, o desvio médio de até 30%. Já a IAAO define que, para
imóveis residenciais, o limite máximo seria de 15% e os demais usos, de 20%.
Desta forma, para a uniformidade da amostra e o nível de avaliação dos imóveis
foram utilizados os níveis apresentados. Os dados foram classificados por tipo de uso, bairros,
37
tanto para ITBI, quanto para IPTU, nas tipologias pertencentes ao Cadastro
Imobiliário do Município (CIM) que são modeladas para fins de cálculo do
ITBI. A partir disso, foi calculada a mediana do nível de avaliação de todos os
dados obtidos, possibilitando apurar o nível de avaliação geral da PGVI de
Fortaleza2.
v. Análise da existência da equidade e progressividade na cobrança do IPTU em
Fortaleza e a apuração do reflexo dos princípios da justiça tributária.
vi. Análise do impacto na arrecadação do IPTU se fosse realizada a atualização da
PGVI pela estimativa fiscal do ITBI, em doze cenários (50%, 60%, 70%, 80%,
90% e 100%, com e sem redutor legal).
A amostra que foi utilizada para a pesquisa é composta por 458.0763 dados. Na
Tabela 3, apresentamos os dados utilizados para o estudo, classificados por tipo de uso do
imóvel.
Tabela 3 – Quantidade de dados utilizados para a pesquisa, por tipo de uso do imóvel, 2019
Tipo de uso do imóvel Dados utilizados Representatividade (%)
Residencial 335.886 73,32
Não residencial 58.297 12,73
Terrenos 63.893 13,95
Total de dados 458.076 100,00
Fonte: Elaboração própria
2
Ressaltamos que as alíquotas aplicadas ao IPTU são definidas a partir do uso do imóvel (residenciais, não
residenciais e terrenos), com seus redutores estipulados em lei. Por isso, calculamos o nível de avaliação por uso,
viabilizando a mensuração das consequências na arrecadação para cada tipo de imóvel supracitado, depois
classificamos por bairros, regionais e diferentes grupos de valores venais.
3
O universo de informações cadastradas no CIM, em 2019, era de cerca de 780 mil unidades imobiliárias. A
amostra corresponde a 58,73% da base total de imóveis cadastrados em Fortaleza e a 77,54% dos imóveis que
tiveram lançamento de IPTU, cerca de 590 mil inscrições.
39
Tabela 5 – Coeficiente de Dispersão da Mediana (COD) dos dados em uso na pesquisa, 2019
Tipo de uso do imóvel COD
Residencial 32,74%
Não residencial 32,28%
Terrenos 38,40%
Todos os dados 38,67%
Fonte: Elaboração própria.
Observando a Tabela 5, verifica-se que o COD geral foi de 38,67% e que, entre os
tipos de uso do imóvel, os terrenos são os que apresentam maior variabilidade nos dados,
possuindo um COD de 38,40%. É possível inferir que o COD é superior às orientações dadas
pela portaria ministerial nº 511/2009, que orienta como adequado, o desvio máximo de 30% e
muito superior às diretrizes internacionais da IAAO, que indica 15% para imóveis residenciais
e 20% para os demais usos. A partir disso, conclui-se que para o nível de avaliação imobiliária
na PGVI, aplicado em Fortaleza, falta uniformidade, pois os graus de variabilidade do COD
foram superiores aos limites aceitáveis.
A falta de uniformidade no nível de avaliação do valor venal efetivamente
tributado do IPTU para os imóveis da amostra será exposta no Gráfico 6, pois o nível de
avaliação foi distribuído por intervalos de classes, representando todos os dados coletados.
estão abaixo dos 15%. Esses indícios evidenciam a ocorrência de iniquidades na tributação do
IPTU em Fortaleza.
Para exemplificar como acontecem as injustiças tributárias, foi feita a análise dos
imóveis residenciais, do tipo “casa isolada”, avaliados entre R$ 200.000,00 a
R$ 250.000,00, pelo valor da base de cálculo do ITBI, já que as unidades compreendidas
nesta faixa de valor venal correspondem a média da amostra para imóveis residenciais. No
Gráfico 7 apresenta-se a diferença existente no valor tributado de IPTU para os imóveis
pertencentes a esta classificação específica da amostra.
Gráfico 7 – Valor tributado de IPTU para imóveis residenciais, do tipo “casa isolada”, entre
R$ 200.000,00 e R$ 250.000,00, em 2019
Gráfico 8 – Viés de progressividade no nível de avaliação dos valores venais tributados para
fins de IPTU comparados à base de cálculo do ITBI, em 2019
Tabela 7 – Nível de avaliação no valor efetivamente tributado do IPTU para imóveis acima de
R$ 1 milhão, em 2019
Imóveis avaliados Quantidade de dados Nível de avaliação
Acima de 1 milhão 12869 32,46%
Acima de 2 milhões 2726 24,75%
Acima de 3 milhões 930 14,92%
Acima de 4 milhões 347 23,18%
Acima de 5 milhões 565 0,06%
Acima de 6 milhões 357 0,07%
Acima de 7 milhões 753 0,04%
Acima de 8 milhões 52 18,92%
Acima de 9 milhões 49 15,81%
Acima de 10 milhões 1760 0,03%
Fonte: Elaboração própria.
Tabela 8 – Nível de avaliação do valor efetivamente tributado no IPTU por regional (Ano
2019)
Mediana do nível de Renda média Média dos valores
Número de COD
SER avaliação na tributação (IBGE/2010 - aplicados ao ITBI
amostras (%)
do IPTU (%) R$) (R$)
2 28,45 124.621 1.850,07 600.858,36 26,83
3 20,09 53.516 658,00 233.209,66 31,44
4 19,48 58.505 815,73 770.216,83 29,08
6 19,34 96.935 724,43 409.109,91 37,08
1 19,12 49.636 587,70 193.247,18 29,46
5 18,99 63.650 471,67 222.067,49 37,21
Fonte: Elaboração própria.
O que se apreende da Tabela 8 é que a regional 2 que, segundo o IBGE (2010) tem
a melhor renda média da cidade, tem o melhor nível de avaliação dos imóveis efetivamente
tributado no IPTU e a menor variabilidade com COD de 26,83%.
O nível de heterogeneidade entre as avaliações dos imóveis na cobrança do IPTU
é de 10 pontos percentuais aproximadamente, variando entre 18,99% na regional 5 e
chegando a 28,45% na regional 2. Comprova-se o viés de progressividade no nível das
avaliações em relação ao valor de cálculo utilizado para o ITBI e a renda média das regionais,
todavia, alguns bairros se comportam de maneira diferente e não seguem esta tendência, como
ilustrado no apêndice A desta pesquisa.
Ante ao exposto conclui-se que não existe equidade horizontal, mas há equidade
vertical, no recolhimento do IPTU, em Fortaleza. Os níveis de avaliação do valor
efetivamente tributado do IPTU não atende os padrões estabelecidos nacional e
internacionalmente, estando muito aquém dos 70%, definidos pela portaria ministerial nº
511/2009 e dos 90%, estabelecidos pela IAAO e que há um comportamento de tendência
progressiva quanto aos imóveis analisados, tanto pelo valor de mercado, quanto pela
localização.
Após a verificação do baixo nível de avaliação na PGVI e a falta de uniformidade
existente no valor venal efetivamente tributado pelo IPTU, foi estimado o impacto na
arrecadação, em Fortaleza, caso a PGVI fosse atualizada, com a atual política tributária,
conforme metodologia descrita. A Tabela 9 expõe os valores de tributação por uso do imóvel,
para a amostra trabalhada.
45
Tabela 10 – Projeção para o nível de avaliação dos imóveis para a tributação do IPTU,
ocorrendo através da estimativa fiscal do ITBI, 2019
Projeção dos valores a serem Variação sobre os valores
Tipo de uso do imóvel
tributados na hipótese (R$) tributados atualmente (%)
Residencial 840.988.557,92 349,65
Não residencial 241.557.564,54 335,56
Terrenos 1.038.712.475,66 1.136,30
Total 2.121.258.598,12 527,94
Fonte: Elaboração própria.
Tabela 11 – Projeção para o nível de avaliação dos imóveis para a tributação do IPTU,
ocorrendo através da estimativa fiscal do ITBI, sem os redutores legais, 2019
Projeção dos valores a serem Variação sobre os valores
Tipo de uso do imóvel
tributados na hipótese (R$) tributados atualmente (%)
Residencial 887.806.875,64 369,12
Não residencial 250.365.171,00 347,80
Terrenos 1.038.712.475,66 1.136,30
Total 2.176.884.522,30 541,79
Fonte: Elaboração própria.
46
Tabela 12 – Tributação do IPTU, por meio de PGVI atualizada de acordo com a estimativa
fiscal do ITBI para a amostra coletada em 2019
Percentual Projeção dos valores totais a serem Variação sobre os valores
determinado tributados na hipótese (R$) tributados atualmente (%)
50% 1.032.816.336,97 257,05
60% 1.250.504.789,20 311,23
70% 1.468.193.241,42 365,41
80% 1.685.881.693,65 419,59
90% 1.903.570.145,88 473,76
100% 2.121.258.598,12 527,94
Fonte: Elaboração própria.
Tabela 13 – Tributação do IPTU, por meio da PGVI atualizada em 70% da estimativa fiscal
utilizada no ITBI, pelo tipo de uso do imóvel, 2019
Projeção dos valores a serem Variação sobre os valores
Tipo de uso do imóvel
tributados na hipótese (R$) tributados atualmente (%)
Residencial 574.646.495,23 238,92
Não residencial 166.448.013,24 231,21
Terrenos 727.098.732,96 814,31
Total 1.468.193.241,43 365,41
Fonte: Elaboração própria.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ABNT. NBR 14653-2: avaliação de bens parte 2: imóveis urbanos. Rio de Janeiro: [s.n.],
2011.
BURTLESS, G.; HAUSMAN, J. The effect of taxes on labor supply: evaluating the gary NIT
experience. Journal of Political Economy, Chicago, v. 86, n. 6, p. 1.103-1.130, 1978.
CARVALHO JR., P. H. B. DE. Property tax performance and potential in Brazil. 2017.
Thesis (Doctorate in Tax Policy) - Faculty of Economic and Management Sciences,
University of Prettoria, South Africa, 2017. Disponível em:
<https://repository.up.ac.za/bitstream/handle/2263/62689/Carvalho_Property_2017.pdf?
sequence=1>. Acesso em: 12 nov. 2019.
CARVALHO JR., P. H. B. DE. Imposto Predial e Territorial Urbano. In: FAGNANI, E. (org.).
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53
APÊNDICES
Continuação
Tabela 14 – Nível de avaliação efetivamente tributado no IPTU por bairros, 2019
Mediana do nível Renda Média dos
de avaliação no Número média valores
Bairro COD
recolhimento do de dados IBGE/2010 aplicados ao
IPTU (%) (R$) ITBI (R$)
CIDADE DOS
FUNCIONARIOS 22,60 5014 1.549,05 466.153,54 24,24
CONJUNTO CEARA I 22,45 2270 603,52 262.262,32 23,73
QUINTINO CUNHA 22,34 4067 427,43 141.055,50 31,65
CONJUNTO CEARA II 22,22 2625 589,31 254.276,72 24,19
JARDIM
GUANABARA 21,87 2484 508,03 177.585,28 30,31
CIDADE 2000 21,86 1560 1.017,12 246.187,37 19,40
ITAPERI 21,84 4350 798,25 267.146,11 28,29
CONJUNTO
ESPERANCA 21,62 1735 514,66 229.449,66 25,29
AMADEU FURTADO 21,51 2744 1.065,93 359.114,29 25,71
PARQUE DOIS
IRMÃOS 21,41 4030 557,84 267.978,26 34,56
JARDIM IRACEMA 21,35 3926 448,19 162.293,98 32,15
MONDUBIM 21,34 9685 500,06 256.352,85 45,84
PARREAO 21,28 2161 1.202,45 3.996.925,08 29,59
JOQUEI CLUBE 21,22 3998 708,67 266.146,19 30,94
PARANGABA 21,19 5810 787,91 281.919,91 30,27
JOAO XXIII 20,88 2515 449,97 217.237,62 32,02
VILA PERY 20,81 3185 527,34 243.741,09 26,02
COAÇU 20,79 971 562,66 414.574,59 46,49
DOM LUSTOSA 20,77 1953 547,80 213.226,59 31,51
MANOEL SATIRO 20,52 2694 527,94 220.175,43 25,63
PRESIDENTE
KENNEDY 20,47 4145 778,11 246.842,66 33,82
CONJUNTO
PALMEIRAS 20,46 3275 239,25 130.931,79 27,76
JANGURUSSU 20,38 7366 416,00 162.271,18 36,82
JOSE BONIFACIO 20,31 2780 1.159,20 337.435,78 29,08
JOSE DE ALENCAR 20,24 3620 1.290,87 497.760,90 35,88
PICI 20,21 3360 424,62 209.750,78 33,25
MESSEJANA 20,13 12011 648,89 398.675,66 51,90
VILA UNIAO 20,04 2897 908,56 349.833,25 30,45
JARDIM DAS
OLIVEIRAS 20,03 4479 479,83 209.560,28 24,54
BELA VISTA 19,97 3052 636,82 214.634,39 30,15
BENFICA 19,80 3876 1.088,35 2.937.416,25 43,45
BONSUCESSO 19,76 5022 434,41 193.082,29 29,56
ANTONIO BEZERRA 19,63 4713 556,87 186.116,78 33,78
HENRIQUE JORGE 19,62 4506 551,52 220.787,06 31,36
FARIAS BRITO 19,52 2806 890,48 259.831,50 31,30
Continua
56
Continuação
Tabela 14 – Nível de avaliação efetivamente tributado no IPTU por bairros, 2019
Mediana do nível Renda Média dos
de avaliação no Número média valores
Bairro COD
recolhimento do de dados IBGE/2010 aplicados ao
IPTU (%) (R$) ITBI (R$)
SERRINHA 19,51 4107 519,27 337.850,50 34,68
DAMAS 19,48 2109 1.026,95 289.380,64 28,57
PANAMERICANO 19,37 1587 564,22 199.973,41 26,21
SAPIRANGA-COITE 19,34 6360 893,65 396.114,02 39,72
AUTRAN NUNES 19,27 1974 349,74 132.146,77 35,70
DIAS MACEDO 19,22 1810 447,66 239.906,91 27,39
CRISTO REDENTOR 19,19 3400 377,42 129.036,99 27,21
CANINDEZINHO 19,13 3202 325,47 159.383,45 38,48
DEMOCRITO ROCHA 19,12 2154 572,76 217.300,28 28,41
FLORESTA 19,12 3135 380,81 127.684,89 28,23
ALVARO WEYNE 18,97 4447 562,49 178.402,82 29,53
JACARECANGA 18,93 3134 745,24 283.591,50 36,43
PARQUE SAO JOSE 18,85 1209 419,79 182.584,81 31,67
ITAOCA 18,84 2454 605,85 183.202,86 28,88
PADRE ANDRADE 18,82 2209 622,59 191.578,94 35,72
MONTESE 18,79 5675 822,59 264.648,62 29,92
COUTO FERNANDES 18,67 748 622,40 215.822,34 28,43
MONTE CASTELO 18,60 2670 688,29 234.557,34 28,24
AEROLANDIA 18,32 1533 482,28 183.076,50 28,10
EDSON QUEIROZ 18,31 7926 919,65 1.050.018,70 53,05
BOM JARDIM 18,30 4282 349,75 154.879,57 40,92
AEROPORTO 18,24 734 398,13 170.569,47 31,94
JARDIM AMERICA 18,24 2416 715,56 405.546,81 25,51
GUAJERU 18,23 1341 612,34 246.895,71 48,12
BOM FUTURO 18,12 1288 789,45 243.114,34 30,38
BARROSO 18,10 3437 393,71 203.463,82 45,90
VILA ELLERY 18,05 1518 696,07 231.668,82 29,46
CARLITO
PAMPLONA 17,86 4230 500,01 141.953,12 29,94
RODOLFO TEOFILO 17,82 3733 818,26 272.867,97 30,65
GRANJA PORTUGAL 17,66 5138 334,83 145.746,85 37,10
PARQUE ARAXA 17,60 1526 984,94 308.035,85 29,67
MOURA BRASIL 17,46 705 444,89 135.403,11 24,44
ALTO DA BALANCA 17,22 2182 500,72 194.113,22 30,37
GRANJA LISBOA 17,02 7382 341,36 139.361,74 46,13
PIRAMBU 16,38 2663 340,36 89.984,01 22,40
CURIO 15,53 993 488,71 266.742,50 53,72
DENDE 15,34 1827 633,44 3.252.219,45 93,60
PAUPINA 14,60 2773 486,79 296.480,74 72,45
PLANALTO AIRTON
SENNA 13,62 2590 360,67 206.551,60 65,08
Continua
57
Conclusão
Tabela 14 – Nível de avaliação efetivamente tributado no IPTU por bairros, 2019
Mediana do nível Renda Média dos
de avaliação no Número média valores
Bairro COD
recolhimento do de dados IBGE/2010 aplicados ao
IPTU (%) (R$) ITBI (R$)
PARQUE
PRESIDENTE
VARGAS 13,02 1692 287,92 128.891,59 29,03
GENIBAU 12,77 1610 329,98 176.430,32 62,25
MANUEL DIAS
BRANCO 12,38 1717 1.239,43 884.262,75 71,98
LAGOA REDONDA 12,26 4490 544,16 499.071,45 72,97
PARQUE SANTA
ROSA 11,83 1678 433,82 168.749,29 60,22
SIQUEIRA 10,41 4912 326,80 115.183,46 67,12
SAO BENTO 10,36 1769 437,74 205.691,49 105,67
ANCURI 9,30 479 413,44 425.152,52 56,68
PEDRAS 9,23 1424 425,73 313.150,48 83,66
SABIAGUABA 8,00 1473 549,83 760.048,80 63,08
Fonte: Elaboração própria.
58
Tabela 15 – Projeção de revisão da PGVI em 50% do valor de mercado, com redutor, 2019
Projeção dos valores a serem Variação sobre os valores
Tipo de uso do imóvel
tributados na hipótese (R$) tributados atualmente (%)
Residencial 397.085.120,10 165,09
Não residencial 116.374.979,04 161,66
Terrenos 519.356.237,83 581,65
Total 1.032.816.336,97 257,05
Fonte: Elaboração própria.
Tabela 16 – Projeção de revisão da PGVI em 50% do valor de mercado, sem redutor, 2019
Projeção dos valores a serem Variação sobre os valores
Tipo de uso do imóvel
tributados na hipótese (R$) tributados atualmente (%)
Residencial 443.903.437,82 184,56
Não residencial 125.182.585,50 173,90
Terrenos 519.356.237,83 581,65
Total 1.088.442.261,15 270,89
Fonte: Elaboração própria.
Tabela 17 – Projeção de revisão da PGVI em 60% do valor de mercado, com redutor, 2019
Projeção dos valores a serem Variação sobre os valores
Tipo de uso do imóvel
tributados na hipótese (R$) tributados atualmente (%)
Residencial 485.865.807,66 202,00
Não residencial 141.411.496,14 196,44
Terrenos 623.227.485,39 697,98
Total 1.250.504.789,19 311,23
Fonte: Elaboração própria.
Tabela 18 – Projeção de revisão da PGVI em 60% do valor de mercado, sem redutor, 2019
Projeção dos valores a serem Variação sobre os valores
Tipo de uso do imóvel
tributados na hipótese (R$) tributados atualmente (%)
Residencial 532.684.125,38 221,47
Não residencial 150.219.102,60 208,67
Terrenos 623.227.485,39 697,98
Total 1.306.130.713,38 325,07
Fonte: Elaboração própria.
59
Tabela 19 – Projeção de revisão da PGVI em 70% do valor de mercado, sem redutor, 2019
Projeção dos valores a serem Variação sobre os valores
Tipo de uso do imóvel
tributados na hipótese (R$) tributados atualmente (%)
Residencial 621.464.812,95 258,38
Não residencial 175.255.619,70 243,45
Terrenos 727.098.732,96 814,31
Total 1.523.819.165,61 379,25
Fonte: Elaboração própria.
Tabela 20 – Projeção de revisão da PGVI em 80% do valor de mercado, com redutor, 2019
Projeção dos valores a serem Variação sobre os valores
Tipo de uso do imóvel
tributados na hipótese (R$) tributados atualmente (%)
Residencial 663.427.182,79 275,83
Não residencial 191.484.530,34 266,00
Terrenos 830.969.980,53 930,64
Total 1.685.881.693,65 419,59
Fonte: Elaboração própria.
Tabela 21 – Projeção de revisão da PGVI em 80% do valor de mercado, sem redutor, 2019
Projeção dos valores a serem Variação sobre os valores
Tipo de uso do imóvel
tributados na hipótese (R$) tributados atualmente (%)
Residencial 710.245.500,51 295,29
Não residencial 200.292.136,80 278,23
Terrenos 830.969.980,53 930,64
Total 1.741.507.617,83 433,43
Fonte: Elaboração própria.
Tabela 22 – Projeção de revisão da PGVI em 90% do valor de mercado, com redutor, 2019
Projeção dos valores a serem Variação sobre os valores
Tipo de uso do imóvel
tributados na hipótese (R$) tributados atualmente (%)
Residencial 752.207.870,36 312,74
Não residencial 216.521.047,44 300,78
Terrenos 934.841.228,09 1046,97
Total 1.903.570.145,88 473,76
Fonte: Elaboração própria.
Tabela 23 – Projeção de revisão da PGVI em 90% do valor de mercado, sem redutor, 2019
Projeção dos valores a serem Variação sobre os valores
Tipo de uso do imóvel
tributados na hipótese (R$) tributados atualmente (%)
Residencial 799.026.188,08 332,21
Não residencial 225.328.653,90 313,01
Terrenos 934.841.228,09 1046,97
Total 1.959.196.070,06 487,61
Fonte: Elaboração própria.