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Meus Caros, Minhas Caras,

Aqui estão os links para os documentários sobre o ciclo do açúcar.

O primeiro deles é “Engenhos”, um documentário de onze minutos. Realizado pelo Ministério


da Agricultura nos anos 1920, trata da vida de quatro engenhos da zona da mata pernambucana,
em tudo semelhante a zona da mata alagoana. No tocante a tecnologia é explicada as diferenças
entre “almanjarra”, “engenho real” e o “banguê”. O primeiro movido a tração animal, o segundo
utilizando a roda d´água e o terceiro continua sendo engenho, mas incorpora (a partir de 1817)
a máquina a vapor para rodar a moenda que extrai o caldo da cana. No campo, os instrumentos
são a foice e enxada; e os utensílios de metal na parte industrial, tanto na casa das moendas
como na casa de purgar. A presença de animais é absoluta: bois (nos carros de boi), cavalos,
burros e jumentos movimentam parte da produção. A energia é a da madeira (nas fornalhas),
água para mover as moendas, e, no caso do banguê, incorpora, também, o bagaço da cana. Os
trabalhadores (carreiros, vaqueiros, cortadores, cambiteiros, bagaceiros, moendeiros,
tombadores, mestre de açúcar, etc) são vistos em condições ainda marcadas pela escravidão
recentemente abolida, e o trabalho infantil, a presença de crianças (“os meninos de engenho”),
é uma constante. A qualidade do açúcar se vê no final, um produto escuro, em caixas de
madeira.

https://www.youtube.com/watch?v=1-UdZk5LzPw

A segunda obra é um curto documentário de sete minutos, também em preto e branco. É um


relato poético e saudosista em relação aos antigos engenhos, realizado em 1955 por Humberto
Mauro (1897-1983), um dos pioneiros e mais importantes cineastas brasileiros. É um filmete
artístico com imagens de um engenho com roda d’água, ainda em funcionamento, resistindo ao
tempo, e imagens do mecanismo de uma moderna usina, modificando a paisagem da área
canavieira.

https://www.youtube.com/watch?v=1B2XxkKQN_g

A terceira obra é sobre a Usina Estreliana, fundada em 1891, dois anos depois da abolição.
Realizado em 1930, esse documentário de 18 minutos apresenta uma usina que tinha absorvido
32 engenhos, com uma área de 112 k2, necessitando de uma linha férrea de 50 km para
transportar trabalhadores e cana colhida. O documentário mostra a presença dos
imprescindíveis animais (boi, burros e cavalos), a vila operária e casas de trabalhadores

https://www.youtube.com/watch?v=Yqd93i2hzHw

O quarto é um documentário de 29 minutos produzido pela usina Esmeril. Uma moderna usina
mineira funcionando quando os engenhos já tinham desaparecido da produção de açúcar no
Brasil (1956). É o mesmo adotado pelas usinas nordestinas, num período de transição no mundo
do trabalho. Homens e mulheres participam no corte e carregamento da cana. Os caminhões
começam a aparecer no transporte ao lado dos carros de bois e de búfalos, com juntas de oito
animais. A parte industrial é marca pelas moendas, caldeiras e casa de cana com modernos
equipamentos (guindastes e esteiras) e a utilização da energia elétrica. O avanço da química
industrial faz com que a introdução de mexedeiras, enxofradeiras, aquecedores, decantadores,
evaporadores, tachos à vácuo, centrífugas e secadores transformassem o xarope em cristal.

https://www.youtube.com/watch?v=_PH4Jgzx80k
O quinto é um curto filme, realizado na Usina Serra Grande (São José da Laje, Alagoas), em 1993,
sobre o uso dos “gaiolões” nos trens para o transporte interno de trabalhadores até os canaviais
e, nesse mesmo meio de transporte, também se carregava a cana-de-açúcar cortada para a
moagem na indústria.

https://www.youtube.com/watch?v=NxJWZh-uWb0

O sexto e o sétimo filmete duram apenas 7 minutos cada um deles. São dois vídeos
institucionais: o primeiro da maior e mais moderna usina alagoana, a Coruripe, fundada em 1925
e comprada pelo em 1941 pelo empresário Tércio Wanderley. O plantio e a colheita são
mecanizados, a tecnologia avançada está em todos os lugares, com máquinas e equipamentos
(como o drone) que produzem imagens sem cortadores manuais de cana nem transporte
animal. Um grupo que produz 15 milhões de toneladas de cana, transformando-as em 20
milhões de sacos de açúcar. O Grupo Coruripe é uma das empresas alagoanas presentes no
Sudeste. O segundo é da Caeté, de São Miguel dos Campos. Um pouco menor que a Coruripe.
Originalmente pertencia a uma cooperativa de plantadores. Foi comprada pelo empresário
Carlos Lyra, em 1965, que, em 1979, incorporou outro usina, a Marituba, em Alagoas, e, em
2007, implantou a usina Paulicéia em São Paulo.

https://www.youtube.com/watch?v=aeSNGGobvZo

https://www.youtube.com/watch?v=Abfp9q1hGTA

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