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Mirtul, 2, 1492.

Prazer eu sou Eryn Liadon, e aqui há pequenos devaneios de minha jornada.

Olá, bom, desde que nasci, sempre me interessei por livros, eu lia até não poder mais, todos os
gêneros, sem exceção, mas sempre alguns me interessavam mais que outros. Os livros que
apresentavam lugares além daquelas imensas florestas em que eu vivia e que mostravam um
mundo completamente diferente do que eu era acostumado, me encantavam de um modo
indescritível. Eu sempre quis sair de Dryen, a minha vila, tanto para conhecer o mundo exterior
dali, já que lá nós éramos isolado de tudo e todos, e a nossa única opção era ficar treinando
iguais escravos, para um dia defender a aldeia de algo que nem poderia vir, eu não posso dizer
que isso foi algo ruim, porque eu gostava de treinar, tanto que virei um bom manejador do arco
e da espada, claramente tinha vezes que a treinar, eu preferia ler, mas mesmo assim, não posso
dizer que viver lá foi ruim.
Como eu mesmo disse, eu sempre fui um amante dos livros que registravam lugares, e como um
elfo, eu precisava ficar em minha aldeia até atingir a maioridade, mas ainda sim, eu tinha uma
sede enorme por aventura, e principalmente de aprender algo que não ensinavam naquele
pequeno vilarejo, a magia.
Em Dryen, aprendíamos apenas os conceitos básicos de magia, e quase era impossível aprender
magia ali, eu mesmo peguei alguns raros livros de magia na biblioteca, e comecei a aprender, e
vi uma junção de 2 coisas que eu mais amava, lugares e magia, existiam lugares mágicos
espetaculares ao redor do mundo, haviam lugares em que as leis da realidade eram dribladas
por massas colossais de magia, causando eventos deslumbrantes, desde um jardim infinito á um
pomar que te permite ver através de coisas, coisas que eu nem sequer imaginava que existiam, e
quando eu percebi que minha bolha de ignorância era imensa naquela pacata aldeia, eu decidi
ir embora.
Com 98 anos, ainda não completando minha maioridade, na calada, deixei apenas uma carta
para trás, dizendo o quanto eu sentia muito, e que eu necessitava ir embora dali, depois de
alguns dias andando, cheguei em uma cidade, me hospedei, vi o que eu precisaria fazer, e depois
de formar alguma renda, vaguei por muitos lugares, desde um jardim de livros, que mostravam
ilustrações de qualquer lugar e tempo da realidade aleatoriamente, até uma árvore em formato
de guarda-chuva que pode curar completamente o corpo ou até mesmo a alma. Dentre esses
anos viajando, eu percebia que ninguém sabia dessas regiões em que visitei, e notei que eu
poderia levar isso até essas pessoas, por isso comecei a escrever um livro, baseado em todos os
lugares mais deslumbrantes que havia visitado, e eu mesmo o nomeei de “Ultra Fines”, com o
meu livro, vaguei por diversas zonas tanto montanhosas, quanto planaltos, florestas e até mesmo
pântanos, e nessas viagens confesso que sempre aprendi muito sobre a magia, mas ainda não
tinha concluído meu objetivo de a domina-la, por isso resolvi ir até Neverwinter, uma cidade
perto de onde me hospedado, já que havia ouvido que lá havia uma academia que ensinava
magia.
Chegando lá, passei muito tempo na Academia de Neverwinter, e percebi que o conhecimento
que eu tinha sobre magia não era nem mesmo um alfinete perto do que eu iria aprender, não foi
fácil, mas eu aprendi bastante lá, e acabei me interessando muito em um tema, o futuro.
A alguns anos atrás ouvi que meu tio, cansado da vida em Dryen havia saído de lá antes mesmo
de eu nascer, e que tinha dominado completamente a clarividência, vendo que ele poderia
dominá-la, por que eu não conseguiria? Por isso, me dediquei ao máximo em minha estadia lá a
aprender sobre o que ninguém poderia ver. Até que foi menos difícil de dominá-la, já que em
Dryen nós aprendíamos pelo ao menos os conceitos básicos de magia, mas não posso dizer que
foi completamente fácil, mesmo eu como elfo tendo uma predisposição maior para isso.
Quando sai da Academia, chegou aos meus ouvidos que um anão estava contratando pessoas
apenas para levar uma mercadoria para Phandalin, uma vila perto dali, e que ele havia
descoberto grandes coisas por lá, eu vendo que era uma oportunidade de viagem e até mesmo de
localizar um lugar mágico, embarquei nessa jornada, quando bati na porta, o anão me atendeu,
e me tratou com veríssima educação, eu já com uma pulga atrás da orelha, aceitei o contrato de
levar a carroça até o vilarejo, e terminei assinando o contrato, agradeci e me preparei para ir.
Agora estou em uma carroça, com umas pessoas um tanto quanto estranhas.

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