Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HANS JONAS
p.52 (2°) Jonas se indigna contra seu professor
de latim que comemorou a morte de soldados
ingleses.
p.53 (3°) Jonas teve aulas de pintura.
p.60 (1°) Tio Leo sobre as novas opinioes.
p.61 (2°) Jonas se definiu como um
socialdemocrata.
p.63 (1°) Jonas luta (fisicamente) contra o
antisemitismo já impregnado na sociedade
alema.
ISBN 84-96375-08-0
QUEDA PROHIBIDA
L A VENTA, DISTRIBUCIÓN Y COMERCIALIZACIÓN
■
El objeto de la biblioteca es facilitar y fomentar la educación otorgando
préstamos gratuitos de libros a personas de los sectores más desposeídos
de la sociedad que por motivos económicos, de situación geográfica o
discapacidades físicas no tienen posibilidad para acceder a bibliotecas
públicas, universitarias o gubernamentales. En consecuencia, una vez
leído este libro se considera vencido el préstamo del mismo y deberá ser
destruido. No hacerlo, usted, se hace responsable de los perjuicios que
deriven de tal incumplimiento.
Si usted puede financiar el libro, le rec íendamos que ’ lo compre en
cualquier librería de su país.
Este proyecto no obtiene ningún tip ficio económico ni directa
ni indirectamente.
Si las leyes de su país no per ipo de préstamo, absténgase de
hacer uso de esta biblioteca
I V iv e n c ia s y e n c u e n t r o s 25
1 . Infancia en Mónchengladbach en tiempos
de guerra 27
2. Dreams o f Glory: el camino al sionismo 57
3. Entre la filosofía y Sión: Friburgo - Berlín -
Wolfenbüttel 85
4 . Marburgo: en la esfera de Heidegger y la
Gnosis 117
5. Emigración, asilo y amigos en Jerusalén 139
6 . Amor en tiempos de guerra 175
7 . “ Un bellum judaicum en el sentido más
profundo de la palabra” 199
8. Viajando por una Alemania arrasada 233
9 . De Israel al Nuevo Mundo: inicios de la
actividad académica 263
1 0 . Amistades y encuentros en Nueva York 297
II F i l o s o f ía e h i s t o r i a 321
1 1 . El adiós a Heidegger 323
1 2 . Valor y dignidad de la vida: filosofía de lo
orgánico y ética de la responsabilidad 335
1 3. “ Todo esto es balbuceo” : Auschwitz y la
impotencia de Dios 3 67
14. Cartas formativas a Lore Jonas 377
A p é n d ic e 4 17
Notas 419
Cronología 449
Bibliografía 453
índice onomástico 467
Proemio,
por Lore Jonas
9
LORE JO N A S
13
RACHEL SALAMANDER
14
PRÓLOGO
15
RACHEL SALAM ANDER
17
RACHEL SALAMANDER
18
PRÓLOGO
19
R A C H E L SA L A M A N D E R
20
PRÓLOGO
22
PRÓLOGO
z3
RACHEL SALAM ANDER
24
I
Vivencias y encuentros
I
Infancia en Mónchengladbach
en tiempos de guerra
27
HANS JON AS
28
INFANCIA EN MÓNCHENGLAD BACH EN TIEMPOS DE GUERRA
29
HANS JO N AS
30
INFANCIA EN MÓNCH ENGLAD BACH EN TIEMPOS DE GUERRA
3i
HANS JO N A S
32
INFANCIA EN MÓNCHENGLADBACH EN TIEMPOS DE GUERRA
33
H A N S JO N A S
34
INFANCIA EN M ÓNCHENGLADBACH EN TIEMPOS DE GUERRA
36
INFANCIA EN MÓNCHENGLADBACH EN TIEMPOS DE GUERRA
37
H A N S JO N A S
38
INFANCIA EN M ONCHENGLADBACH EN TIEMPOS DE GUERRA
39
H A N S JO N A S
40
INFANCIA EN M Ó NCHENGLADBACH EN TIEMPOS DE GUERRA
4i
H A N S JO N A S
c u r a d o . E n lu g a r de e so se c o m ía carn e a h u m a d a , de
N e u e n ah r, p ro ce d e n te , c o m o la carn e de Bündner, del
buey. Pero n u n ca ja m ó n . C ie rta s c o s a s n o eran de re ci
b o en n u e stra c a sa : n o se c o m ía c e rd o 6.
L a p e rso n a lid a d de m is p a d re s era su m am e n te c o n
tr a d ic to r ia . M i p a d r e se d istin g u ía - in c lu s o d e sd e el
p u n to de v ista fís ic o - p o r u n a cierta ro b u ste z . P a ra m í
sie m p re h a b ía sid o el p r o to tip o de la fu e rza m a sc u lin a ,
a u n q u e fu e ra b a jito , de lo qu e de p e q u e ñ o n o m e d a b a
cu e n ta. P o se ía un ta la n te a lg o a u to rita r io y, d e b id o a
su p o sic ió n de ser el m a y o r d en tro de la p r o p ia fa m i
lia, se h a b ía a c o s tu m b r a d o a un cierto p a p e l so b e ra n o .
C u rio sa m e n te , y a p e sa r de su se v e rid ad , era m u y se n
sible. N o só lo es qu e ejerciera su a u to rid a d , sin o qu e
p o se ía un te m p e ra m e n to co lé rico . C u a n d o a lg o le e n o
ja b a de v e rd a d su fría un a ta q u e de ira. L a s v en as de la
frente se le h in ch ab an de ra b ia , lo s c a b e llo s se le e riz a
b an y p o d ía p o n e rse terrib lem en te fu rio so . C u a n d o se
le h a b ía p a s a d o , el te m a q u e d a b a o lv id a d o p o r c o m
p le to . Siem p re era a lg o de u n o s p o c o s se g u n d o s, y en
r e a lid a d n u n c a sin tió re n c o r p o r m u c h o tie m p o . Se
d e s a h o g a b a ! m e d ian te v e rd a d e ro s e p iso d io s d e ira c u n
d ia.» A v e c e s lo s a r r e b a t o s e r a n ta n fu e r te s q u e m i
m a d re sen tía m ie d o de q u e fu e ra a su frir un a ta q u e al
c o r a z ó n . D e c ía : “ ¡P o r D io s, n o te p o n g a s a s í ! ” . Pero
ta m b ié n se c a lm a b a m u y rá p id o y en to n ces to d o q u e
d a b a en o rd en .
A m i m a d re , en c a m b io , qu e n o se d e s a h o g a b a de
ese m o d o , to d o la c o r r o ía d u r a n te m á s tie m p o . E s
decir q u e, en m u c h o s a sp e c to s, era lo c o n tra rio de m i
p a d re . P a ra e m p e z a r era d e lg a d a y co n se rv ó , m ie n tras
la c o n o cí, u n a fig u ra de n iñ a. D e lic a d a , co n un m o d o
de a n d a r fa sc in a n te , un ro stro la rg o y d e lg a d o c o n u n a
n ariz p ro m in en te (p a ra su d e sg ra c ia , p u e s en e sa é p o c a
de la a sim ila c ió n y el a n tise m itism o e so era u n a c a rg a
42
INFANCIA EN M Ó NCHENGLADBACH EN TIEMPOS DE GUERRA
43
H A N S JO N A S
44
INFANCIA EN M ÓNCHENGLADBACH EN TIEMPOS DE GUERRA
45
H A N S JO N A S
46
INFANCIA EN M ONCH ENGLADBACH EN TIEMPOS DE GUERRA
47
H A N S JO N A S
48
INFANCIA EN M ÓNCHENGLADBACH EN TIEMPOS DE GUERRA
49
H A N S JO N A S
50
INFANCIA EN M ONCHENGLADBACH EN TIEMPOS DE GUERRA
5i
H A N S JO N A S
53
H A N S JO N A S
54
INFANCIA EN M ONCHENGLADBACH EN TIEMPOS DE GUERRA
55
H A N S JO N A S
56
II
D ream s o f Glory:
el c a m in o a l s io n is m o
57
H A N S JO N A S
ra m o s de q u e tío L e o se h a b ía in te re sa d o p o r la te o ría
de la re la tiv id a d de E in stein d esd e 1 9 1 3 , sin decir ni
u n a p a la b r a de e llo . L e e ra to ta lm e n te fa m ilia r. Su
m ujer, tía D o r a , d ijo : “ L ó tzch en (el c a riñ o so a p e la tiv o
q u e d a b a a su m a rid o ) es trem e n d o . N o p u e d o d e ja r
so b re la m e sa ni un so lo tro c ito de p a p e l, p u e s lu ego
m e lo en cu e n tro re p le to de fó r m u la s ” . E je r c ita b a la s
m a te m á tic a s p o r a m o r a la s m a te m á tic a s y se en trete
n ía p o r p u r o g u sto co n p u b lic a c io n e s cien tíficas so b re
la s te o ría s de E in stein . C u a n d o fin alm en te, a la e d a d
de n o v e n ta y d o s a ñ o s , m u rió en S a n tia g o de C h ile,
d o n d e h a b ía p a s a d o la vejez ju n to a su h ija, qu e ta m
bién h a b ía e m ig ra d o , e scrib í u n a la rg a c a rta de c o n d o
len cia a m i so b r in a , un e lo g io de m i tío en el qu e h acía
u n a esp ecie de c o n fe sió n de lo m u ch o qu e h a b ía in flu i
d o en m i v id a . E n ella a p a re c e la sigu ien te e x p re sió n :
“ T en ía un a lto c o n c e p to de la ra z ó n , p e ro b a jo de su
d istrib u ció n entre la s p e r s o n a s ” .
A n tes de q u e tío L e o se c a s a r a - c o s a qu e h izo m u y
ta r d e - , c a d a fin de se m a n a ven ía a v isita rn o s a G lad -
b ach d esd e D ü sse ld o r f y se q u e d a b a c o m o m ín im o u n a
n och e p a r a p o d e r e sta r con su ú n ica h e rm an a y la f a
m ilia. Se in te re sa b a p o r m i crecim ien to, p e ro n o in ten
ta b a a le c c io n a rm e ni in flu irm e , sin o q u e c o n v e r sa b a
c o n m ig o y m o str a b a in terés p o r a q u e llo q u e m e su c e
d ía. E n u n a de su s v isita s m e en co n tró e n fra sc a d o en
la le c tu ra del to stó n Una lucha por Roma , de F e lix
D a h n , qu e tr a ta so b re la é p o c a de lo s o str o g o d o s y Bi-
z a n c io 1, y m e p re g u n tó : “ ¿Te in teresa ese p e r io d o ? ” .
Y o d ije : “ S í ” . “ E n to n c e s , d e n tr o de p o c o , te tr a e ré
talvez ^ também
a lg o qu e q u iz a p u e d a s leer en lu g a r o a d e m á s de e s to ” .
L a vez sigu ien te v in o co n un lib ro v o lu m in o so , im p re
so a d o s c o lu m n a s p o r p á g in a , co n el títu lo Historia de
la decadencia y caída del Imperio Romano , de E d w a rd
G ib b o n z. “ A n d a , léete e s to ” , d ijo , “ te g u sta r á el e sp íri
58
D R E A M S O F G L O R Y : EL CAMINO AL SIONISMO
59
H A N S JO N A S
m en te d o c to . E n re a lid a d era to d o a b s u r d o , p e ro , p o r
lo q u e se refiere a la c a p a c id a d de r a c io c in io , so b re
to d o en lo qu e p o d ía n decir lo s o p o n e n te s, era de ig u al
c la se , si n o su p erio r. Sin e m b a rg o fu e ro n h a cié n d o se
m a y o re s lo s jó v e n es, qu e y a n o creían en e sto s e n c a n
ta m ie n to s. A sí se fu e ro n im p o n ie n d o n u e v a s o p in io
n es, p e ro n o p o r el h ech o de q u e lo s a rg u m e n to s en sí
fu e ra n c o n v in c e n te s ” . E ste p e n sa m ie n to se h a v isto
c o n firm a d o m á s ta rd e en d istin to s e je m p lo s, c o m o en
la re siste n c ia de a lg u n o s p e n s a d o r e s m e d ie v a le s qu e
c reían ta n firm em en te en el sistem a p to lo m e ic o q u e no
fu e ro n c a p a c e s de d e ja rse con v en cer p o r la s ra z o n e s de
C o p é rn ic o . R e c u e rd o el fa m o so c a so de G a lile o c u a n
d o en V en ecia, en 1 6 1 0 , o se a , a lg o m á s ta rd e qu e C o
p é rn ico , in vitó a su a d v e rsa rio , el aristo té lic o L u d o v i
c o d e lle C o lo m b e , a m ir a r p o r su te le s c o p io p a r a
p o d e r ver la s lu n a s de Jú p ite r y o tra s p ru e b a s, p e ro él
se n egó .
D e m a n e r a q u e p u d e a p r e n d e r m u c h o de m i tío
L eo . S ó lo u n a c o s a n o la a p re n d í de él, su esce p ticism o
h a cia la s id e o lo g ía s. P or el c o n tra rio , u n a id e o lo g ía m e
c a u tiv ó te m p ran am e n te , y n o la so c ia lista o la m a rx is-
ta , sin o la sio n ista n a d a m e n o s. T ío L e o n o e sta b a en
c o n tr a del sio n ism o , sin o q u e c u a lq u ie r id e o lo g ía le
in sp ira b a recelo. E so o cu rrió esp e cialm en te con la re
v o lu c ió n de n o v iem b re de 1 9 1 8 . C o m p re n d ía p e rfe c ta
m en te q u e el d o m in io im p e ria l h a b ía a c a b a d o y qu e
les h a b ía lle g a d o el tu rn o a n u e v as co n ce p cio n e s p o líti
c a s. Sin e m b a r g o , c o m o e ra to ta lm e n te re fr a c ta r io a
la s d o c tr in a s de la sa lv a c ió n , a rr e m e tió c o n tr a e lla s
co n el m ism o esce p ticism o c o n qu e lo h acía c o n tra el
su eñ o im p erial de la d eterm in ació n a le m a n a p o r la h e
g e m o n ía , y to d o el ro m a n tic ism o p ro p io del n a c io n a lis
m o im p e ria lista o el ro m a n tic ism o m a r x ista le p a re c ía
u n a ilu sió n . Se d istin g u ía p o r este tip o de sa b io escep-
6o
D R E A M S O F G L O R Y : EL CAMINO AL SIONISMO
62
D R E A M S O F G L O R Y : EL CAMINO AL SIONISMO
1 s t i a o iiiia | C JU aS Q 1 1 * / * 1
lan ce so b re el su so d ic h o y c a si lo d e jo fu e ra de com -
b a te . P e ro ta m b ié n es v e r d a d q u e se u n ie r o n lo s
d e m á s y re cib í un g o lp e te rrib le, qu e m e d e jó un o jo
h in ch a d o d u ran te d ía s, y c a í al su e lo . Y en to n ces se
fu e ro n . T uve la sa tisfa c c ió n de oír, c u a n d o se m a r c h a
b a n , q u e u n o le d e c ía al q u e h a b ía e m p e z a d o to d o
a q u e llo : “ ¿P o r qu é h a s te n id o qu e h ace r e so , id io ta ?
Si n o fu e ra p o r q u e lle v as el tra je n u e v o , n o te h a b ría
a y u d a d o y te h a b r ía s m u e r to a llí, en el s u e l o ” . A
c a u s a d el tr a je n u e v o , en lu g a r de él fu i y o el q u e
a c a b ó en el su elo . A sí eran m is a ta q u e s de ira , p e ro
sie m p re en te m a s r e la c io n a d o s co n el ju d a is m o . F u i
co n scien te de e sto d u ra n te to d a m i é p o c a de e sco la r:
p erten ezco a u n a m in o ría y n o h ay q u e to le ra r n a d a ,
n o fo r m a m o s p a rte del to d o . E ste o rg u llo d e fe n siv o
m e h a q u e d a d o p a r a to d a la v id a.
El sen tim ien to de u n a cierta m a rg in a lid a d se fo r ta
lecía con c a d a m a n ife sta c ió n de a n tise m itism o , in clu so
c u a n d o se tr a ta b a de u n a fo rm a relativ am en te leve de
él. En m i c a sa se h a b la b a a ce rca de lo s p ro b le m a s ju
d ío s con a sid u id a d , so b re to d o ac e rc a del a n tise m itis
m o . M i p a d re d efen d ía la su p o sic ió n de qu e iría re d u
c ié n d o se c o n el p a s o d el tie m p o . S e g u ro q u e h a b ría
re gre sio n e s, p e ro en gen eral la h isto ria e sta b a de n u e s
tra p arte p o rq u e la in to le ran c ia, el fa n a tism o y la im
p o rta n c ia de la s d ife re n cias de c re d o e sta b a n en v ías
de extin ció n . P o seía ese o p tim ism o qu e p ro c e d ía de la
id e o lo g ía de la e m a n cip a ció n y lo s su e ñ o s id e n tifica
d o s co n ella d esd e M o s e s M e n d e lsso h n en ad elan te : la
a b so lu ta co n v icció n de qu e, al m arg e n de la s d ific u lta
des tr a n sito ria s, to d o re d u n d a ría en u n a m e jo ría. M e
a c u e r d o d el m o m e n to - y o y a e s ta b a e s tu d ia n d o en
B e rlín - en q u e fue a s e s in a d o R a th e n a u . “ C a r g a o s a
W alter R a th e n a u , ese m a ld ito p u e rc o ju d ío ” , a sí h a
b ían re z a d o la s c o n s ig n a s 4. E sc rib í u n a c a r ta m o n u -
63
H A N S JO N A S
64
D R E A M S O F G L O R Y : EL CAMINO AL SIONISMO
65
H A N S JO N A S
q u e e s ta b a ju b ila d o y v iv ía en u n a h e rm o sa v illa en
M ó n c h e n g la d b a c h . Su h e rm a n o p e q u e ñ o , este J o n a s
B e n ja m in J o n a s , ta m b ié n tu v o u n a g ra n in flu e n c ia
so b re m í, au n q u e en un sen tid o m uy d istin to a la de tío
L eo . E ste ú ltim o era el g ra n ilu stra d o , el in telectu al, el
e ru d ito ; J o n a s B e n jam in J o n a s , en c a m b io , era el p r o
to tip o de la re lig io sid a d , un h o m b re realm en te crey en
te q u e h a b ía c o n v e rtid o el ju d a is m o en el c o n te n id o
m á s im p o rta n te de su v id a . C u a n d o le c o n o c í h a c ía
tie m p o q u e h a b ía e n v iu d a d o y no te n ía h ijo s. A n te s
h a b ía sid o d u e ñ o de un n eg o cio de p ieles en G la d b a c h ,
m e im a g in o qu e co n ¡sum idero y p re p a ra c ió n de la piel
p r o p io s . M á s ta r d e se re tiró y v iv ía en c o n d ic io n e s
c o n f o r t a b le s c o m o r e n tis ta . H a b ía g e n e r a d o d e sd e
m u y jo v e n u n a g ra n e x p e cta ció n entre su s c o n c iu d a d a
n o s: p rim e ro en la c o m u n id a d ju d ía , lu ego en la socie-
. . . r conselheico , . ,
d a d en gen e ral. D u ran te a n o s rué c o n c e ja l, sie n d o ree
leg id o u n a y o tra vez, y re cib ió la O rd en de la C o ro n a
de tercera c la se , o a lg o a sí - u n a de la s c o n d e c o ra c io
nes p r u s ia n a s - , y d u ran te cu a re n ta a ñ o s fue p re sid e n
te, a veces a ctiv o y a veces h o n o ra rio , de la c o m u n i
d a d . D e él a p r e n d í q u é es u n se r v e r d a d e r a m e n te
re lig io so . En p rim e r lu g a r re sp e ta b a rig u ro sa m e n te lo s
m a n d a m ie n to s y p r e c e p to s o r d in a r io s ; en s e g u n d o
lu g a r re z a b a de v e rd a d . D u ra n te la F ie sta de lo s T a b e r
n á c u lo s v ivía d u ran te lo s siete d ía s en el p a tio tra se ro
de su c a sa , d o n d e se c o n stru ía u n a ch o z a ú n icam en te
co n h o ja s. A llí se q u e d a b a , c u a n d o n o e sta b a en jja^si-
n a g o g a d esd e la m a ñ a n a h a sta la n och e, con un h o rn i
llo de p e tró le o , p u es tiene lu g a r a fin ales de añ o . E n la
sin a g o g a , p o r cierto la ú n ica qu e h a b ía en G lad b ach ^ ,
era un ejem p lo p a r a to d o s lo s m ie m b ro s de la c o m u n i
d a d , el h o m b re al q u e u n o n o se d irige, p e ro q u e se ad-
w i •j i asmagadoramente
m ira y re sp e ta . ¡Y e so qu e la c o m u n id a d era aDrurna-
J C 1 M feri-lo
d o ra m e n te lib e ral! P or re sp e to a el, p a r a n o h erirle, se
66
D R E A M S O F G L O R Y : EL CAMINO AL SIONISMO
67
H A N S JO N A S
68
D R E A M S O F G L O R Y : EL CAMINO AL SIONISMO
se g ú n la T o r á . J u n t o a m is p a d r e s , q u e e ra n ju d ío s
m u y c o n c ie n cia d o s, fue an te to d o esa fo rm a de p ie d a d
n a tu ra l de un J o n a s B en jam in J o n a s lo qu e m á s m e in
flu y ó . C u a n d o m arch é a la u n iv e rsid ad y fui a hacerle
la v isita de a d ió s, m e d e sp id ió , d icien d o : “ ¡Sé siem p re
un buen ju d ío !” .
A d e m á s de este tip o de in flu e n cias, lo q u e m e in sp i
ró so b re to d o fue la lectu ra de la tra d ic ió n ju d ía , que
m e a cercó al ju d a ism o y, p o r o tra p a rte , fo rta le ció m i
sio n ism o . Al p rin cip io tuve u na fase en q u e en c o n tra
b a em o cio n an te la filo so fía in d ia y la h isto ria de la s re
ligion es en gen e ral, so b re to d o las religion es del E x tre
m o O rien te, y llegué in clu so a leer un p o c o a L a o tsé y
B u d a en v ersió n tra d u c id a al alem án . A d e m á s, c o m o
ad o lescen te in m a d u ro , m e in te re sa b a , p o r su p u e sto , el
Así habló Zaratustra de Friedrich N ie tzsch e , que hoy
c o n sid e ro la m e n o s v a lio s a de su s o b r a s . P ero el ju
d a ism o c a d a vez m e lla m a b a m á s la aten ció n . P or en
to n ce s m i m an e ra de p e n sa r y sen tir e sta b a fu ertem en
te d e te rm in a d a p o r tres tip o s de le c tu ra s. En p rim e r
lu g a r m e to p é co n lo s p ro fe ta s de Israel, y ya no c o m o
p arte de la s cla se s de R elig ió n , sin o in d ep en d ien tem en
te, a trav é s de la lectu ra de la lla m a d a E scu e la H istó ri-
c o -re lig io sa , fu n d a d a p o r in v e stig a d o re s c o m o Ju liu s
W e llh a u se n , H e r m a n n G u n k e l, H u g o G r e s s m a n n ,
entre o tr o s 8. E sa corrien te in tern a de la te o lo g ía p r o
te stan te - s o b r e to d o la v e te ro te sta m e n ta ria - , au n q u e
se p re se n ta b a c o m o cie n tífic o -filo só fic a, p u b lic ó en la
e d ito rial de G o tin g a , V an d en h o eck &c R u p re c h t - q u e
lu ego h a b ría de ju g a r un p ap e l im p o rtan te en m i v id a -
u na o b ra tra d u c id a y c o m e n ta d a q u e leí co n g ra n en
tu sia sm o 9. A sí d escu b rí a lo s p ro fe ta s de Israel en su
co n te x to . E s decir, que no se tr a ta b a só lo del T e x to S a
g ra d o y u n a R ev e lació n h a sta cierto p u n to in tem p o ral
de la V erd ad d iv in a, sin o de a lg o que h a b ía aco n te cid o
69
H A N S JO N A S
70
D R E A M S O F G L O R Y : EL CAMINO AL SIONISMO
7i
H A N S JO N A S
72
D R E A M S O F G L O R Y : EL CAMINO AL SIONISMO
73
H A N S JO N A S
M ie n tra s qu e el so c ia lism o tu v o u n a e x tr a o r d in a r ia
c a p a c id a d de a tr a c c ió n ta n to m o ra l c o m o in telectu al
so b re m u c h o s de lo s co m p o n e n te s de m i ge n e ració n , a
m í M a rtin B u b e r m e c o n d u jo al sio n ism o . P or cierto ,
él n o fue la c a u s a p rim e ra de qu e y o m e h iciera sio n is
ta. P a ra e m p e zar e sta b a m i fuerte co n cien cia ju d ía , de
la q u e h a b la b a h ace un ra to ; lu eg o v in o el se n tid o p o
lítico a c re c e n ta d o a te n o r de lo s ac o n te cim ie n to s de la
é p o c a ; y en tercer lu g a r m e m a rc ó la v iru len cia del a n
tise m itism o q u e, en el c o n te x to de la c a íd a del Im p e
rio , de la d e rro ta m ilitar, del estab le cim ien to de la R e
p ú b lic a de W eim ar, del le v an tam ie n to e s p a r ta q u ista de
B erlín , en el q u e to m a r o n p a rte a c tiv a m e n te m u c h o s
ju d ío s de la iz q u ie r d a r a d ic a l, a d q u ir ió u n c a r á c te r
n u ev o y a g re siv o , lleno de o d io 14. Y a n o se tr a ta b a de,
c o m o era h a b itu a l, c a ricatu rizar, hum illar, escarn ecer o
d ista n c ia rse de lo s ju d ío s, sin o de u n a h o stilid a d re a l
m en te ac tiv a. E n to n ces m e di cu e n ta de q u e e s tá b a m o s
de m á s, de qu e n o s h a b ía m o s c o n v e rtid o en el ch ivo
e x p ia to r io de la d e rro ta y de lo s d e só rd e n e s de la R e
v o lu c ió n , y de q u e se n o s veía c o m o lo s artífices de la
“ p u ñ a la d a ” . Q u e H u g o P re u ss, c o m o ju d ío , fo rm u la se
la C o n stitu c ió n de la R e p ú b lic a de W eim ar, yo m ism o
c o n sid e ra b a q u e n o a c a b a b a de e n c a ja r: “ E so d e b e rían
h a ce rlo lo s a le m a n e s, n o d e b e ría m o s e x p o n e rn o s co n
a lg o a s í ” 15. E n u n a p a la b r a , se d e sa rro lló en m í u n a
co n cien cia n a c io n a l ju d ía segú n la c u a l n o é ra m o s sim
p lem en te c iu d a d a n o s ale m a n e s de c re d o ju d ío , sin o un
g ru p o étn ico , q u e p o d ía riv a liz a r en co n o cim ie n to de
la c u ltu r a a le m a n a c o n c u a lq u ie r o tr o - y a e n to n c e s
m is c o n o cim ie n to s so b re G o e th e y o tro s c lá sic o s eran
m á s a v a n z a d o s q u e lo s de la m a y o ría de m is c o m p a ñ e
ro s de c la s e - , p e ro q u e, au n a sí, n o a c a b a b a de a c o
p la rse . E se se n tim ien to de la d ife re n cia, en c o m b in a
c ió n c o n el o r g u llo y la id e a d e q u e la fo r m a de
74
D R E A M S O F G L O R Y : EL CAMINO AL SIONISMO
75
H A N S JO N A S
76
D R E A M S O F G L O R Y : EL CAMINO AL SIONISMO
77
H A N S JO N A S
Si n o re cu erd o m a l, n u e stra a so c ia c ió n lo ca l n o c o n
ta b a m á s de diez so c io s. S ó lo h a b ía d o s m a trim o n io s
a d u lto s, entre lo s c u ale s u n o m erece esp e cial m en ció n ,
p u e s la m u jer era u n a Berger, la h erm an a del c o n o c id o
d irig e n te s io n is ta J u l iu s B e r g e r 20, q u e se t r a s la d ó a
M ó n c h e n g la d b a c h a raíz de su m a trim o n io . V enía con
su m a r id o , y tam b ié n te n ía m o s a u n a h ija del p ro fe so r
F ró h lich , qu e se h a b ía c a s a d o co n un h o m b re de clase
so c ia l b a ja . P o r lo d e m á s h a b ía un p a r de jó v e n es y yo.
N o s re u n ía m o s u n a vez al m es. E n c a m b io , p e r s o n a l
m ente m e reu n ía co n L ó b m u ch o m á s a m e n u d o . L o
im p o rta n te p a r a m í es q u e p erten ecía al K arte ll Jü d is-
cher V erb in d u n gen (KJV), la a so c ia c ió n g en e ral de la s
so c ie d a d e s sio n ista s de estu d ia n te s de las u n iv e rsid ad e s
a le m a n a s, p o r c o n tr a p o sic ió n al K a rte ll-K o n v e n t Jü -
d isch er C o rp o r a tio n e n (KC)21, a la qu e p erten ecían lo s
a sim ila d o s, q u e eran co n m u ch o la m a y o ría de lo s e s
tu d ian te s.
En la e ta p a de m i sio n ism o en M ó n c h e n g la d b a c h , de
vez en c u a n d o ven ían e n v iad o s de la Z e n tra l der Z io -
nistisch en V ereinigun für D eu tsch lan d (ZVÍD) de Berlín
p a r a d a r c o n fe r e n c ia s o r e c a u d a r fo n d o s. C a d a u n o
de n o s o tr o s te n ía en c a s a un p e q u e ñ o b o te a z u l del
fo n d o n a c io n a l ju d ío con el qu e se re co g ía d in ero p a r a
fin a n c ia r la c o lo n iz a c ió n ju d ía , la c o m p ra de te rre n o s
o la re p o b la c ió n fo re sta l de P a le stin a 22. Y c u a n d o te r
m iné el b a c h ille ra to , m i p a d r e , p o r e x p re so d e se o m ío ,
m e r e g a lo d o c e a r b o le s , q u e ru e ro n p la n t a d o s p o r
cu e n ta m ía en P alestin a. L a s e scritu ra s la s g u a rd é d u
ran te m u c h o tie m p o . C o n m i p a d re , c o m o d e m u e stra
este re g a lo , a c a b ó lle g a n d o la re co n ciliació n . Fu e so b re
to d o a la v ista del crecien te an tise m itism o c u a n d o m i
p a d re en ten d ió p o r qu é era p rio rita rio p a r a m í y qué
h a b ía de p o sitiv o en el sio n ism o . S ó lo u n a c o s a se g u ía
sin s a tisfa c e r le . D e c ía : “ Si es q u e h ay q u e c o n stru ir
78
D R E A M S O F G LO RY -. EL CAMINO AL SIONISMO
79
H A N S JO N A S
8o
D R E A M S O F G L O R Y : EL CAMINO AL SIONISMO
sa r qu e ta m p o c o yo h a b ía p e n sa d o m u ch o al re sp ecto
e in clu so h a b ía ten id o e x tr a ñ o s su e ñ o s m ilitarista s. A
to d o s n o s g u sta im a g in a rn o s qu e d e se m p e ñ are m o s un
p a p e l im p o r ta n te , lo q u e en A m é r ic a se d e n o m in a
dreams of glory: en el New Yorker a p a r e c ió en u n a
o c a sió n u n a serie de v iñ e tas con ese títu lo so b re las fu
tu r a s p r o e z a s q u e lo s jó v e n e s y lo s a d o le s c e n te s se
im a g in a n q u e p r o ta g o n iz a r á n . M i p rim e r dream o f
glory fu e se r m é d ic o y d e s c u b r ir un re m e d io p a r a
cu rar la en ferm ed ad de m i h erm an o . Pero ese su eñ o to
d av ía llegó m á s lejos: “ C u a n d o m i h erm an o esté c u r a
d o , ju n to s p o d r e m o s p r o ta g o n iz a r g ra n d e s h a z a ñ a s,
c o m o C á sto r y P ó lu x ” . P ara em p e zar d eb ía cu ra rlo , y
lu ego a so m b ra ría m o s al m u n d o , p e ro ¿có m o ? In v en ta
ría a lg o con lo qu e se p o d ría su rc a r el e sp a c io , y n o s o
tro s - m i h erm an o y y o - íb a m o s a ser lo s p rim e ro s c o s
m o n a u ta s que ib an a in vestigar el e sp a c io y re g re sarían
a la T ierra. ¡Y, p o r su p u e sto , se ría m o s a c la m a d o s de
fo rm a e x tr a o r d in a r ia ! A sí m e lo im a g in a b a y o m ie n
tra s m i h erm an o se gu ía co n v id a. M u c h a s n och es m e
q u e d a b a d e s p ie r to y llo r a b a p o r m i h e r m a n o , p u e s
p o d ía ver c ó m o ib a en ferm an d o c a d a vez m á s. M i h er
m an o , to talm en te re stab le c id o a la n o rm a lid a d g ra c ia s
a m í, y yo (m e figu ro qu e en m is su e ñ o s era an te to d o
yo el d e scu b rid o r), se ría m o s lo s p rim e ro s en a tre v e r
n o s a c o n q u is ta r el e s p a c io . R e c u e rd o q u e en to n c e s
h a b ía e stu d ia d o su ficien te física c o m o p a r a sa b e r que
en el v a cío la s hélices n o sirven p a r a n a d a , sin o que
só lo e x istía un m ed io de lo co m o c ió n p o sib le , esto es,
m e d ia n te la p r o p u ls ió n , el p rin c ip io de lo s c o h e te s.
E so y a lo h a b ía en ten d id o . Sin e m b a rg o m e im a g in a b a
qu e n o se elev aría v erticalm en te, sin o qu e p rim e ro h a
b ría de c o g e r v e lo c id a d y d e s p e g a r c o m o un a v ió n ,
p a ra lu ego p o d e r d a r v u e ltas en to rn o a la T ierra en
espiral, c a d a vez m ás d ep risa, h asta que al final llegaría-
81
H A N S JO N A S
82
D R E A M S O F G L O R Y : EL CAMINO AL SIONISMO
83
Ill
E n tr e la f ilo s o f í a y S ió n :
F r ib u r g o - B e rlín - W o lfe n b ü tte l
85
H A N S JO N A S
88
ENTRE LA FILOSOFÍA Y SIÓN: FRIBURGO - BERLÍN - W OLFENBÜTTEL
89
H A N S JO N A S
su p e ra b a m i c a p a c id a d de c o m p re n sió n , p e ro a lg o de
ello a tra v e sa b a m i alm a, esto es, el con ven cim ien to de
qu e era filo so fía en devenir: m i o íd o era g aran te de las
p re o cu p acio n e s filo só fic as, m ien tras que m i con cien cia
era te stig o de lo s re su lta d o s de la filo so fía . E n eso la
p ro fu n d id a d de p en sam ien to de H eid egger era e x tre m a
d am en te fecu n d a, y no era p o sib le alb e rg ar ni un so lo
in stan te la so sp e c h a de qu e a q u e llo fu e ra m e ro te atro .
C u a n d o d ig o qu e n o en ten d ía ni u n a p a la b r a , es evi
dente qu e e x a g e ro , p u e s a lg u n a s veces a lg o sí qu e c o m
p ren d ía. E n gen e ral, n o o b sta n te , m e sen tía c o m o ante
un g ra n m iste rio , p e ro co n el con v en cim ien to de que
m erecía la p en a con v ertirse en un in iciad o . N o se tr a ta
b a só lo de m i in stin to , sin o qu e lo s d e m á s estu d ian tes
tam b ién se sen tían fa sc in a d o s p o r ese len gu aje su g e sti
v o , a p e sa r de qu e n o esto y m u y se g u ro de qu e en ten
d ieran m u ch o m á s qu e yo. Pero en aq u e l m o m e n to g e
n e r a b a en to r n o a sí la im p re sió n de q u e e s ta b a en
ju e g o a lg o m u y im p o r ta n te . A n te s in c lu so de Ser y
tiempo , H e id e g g e r se h a b ía g a n a d o u n a e sp e c ie de
fa m a de c ríp tic o , y en tre lo s in ic ia d o s se c o m e n ta b a
q u e a q u e l filó s o fo se a d e n tr a b a p o r n u e v o s c a m in o s:
“ ¡A q u í sí qu e se ap ren d e filo s o f ía !” .
Ju n to a H u sse rl y H eid egger, h a b ía a d e m á s en Fri-
b u rg o un filó s o fo , J o n a s C o h n , un h o m b re c a p a z , p e ro
n o un g ra n filó so fo . P ara e m p e zar su fría p o r el h echo
de e sta r b a jo la so m b ra de H u sse rl, p e ro an te to d o s u
fría a c a u s a de su n o m b re : era d e m a sia d o o r g u llo s o
p a r a c a m b iá rse lo , p e ro le m a r c a b a c o m o ju d ío y e v o
c a b a un c a rá c te r ju d ío del qu e en él ya n o q u e d a b a e s
p iritu alm e n te r a s tro a lg u n o 10. Su h ijo , a lg o m a y o r que
y o y qu e tam b ié n a sistía al se m in ario de su p a d r e , se
h a b ía c a m b ia d o el n o m b re p o r el de G o ttsc h a lk . M e
im a g in o q u e d e b ía de ser el n o m b re de su m a d re , p u e s
ta m b ié n es u n n o m b re ju d ío , ¡p e ro en to d o c a so n o
90
ENTRE LA FILOSOFÍA Y SIÓN: FRIBURGO - BERLÍN - WOLFENBÜTTEL
sofría
C o h n ! C o n J o n a s C o h n m e en em isté en se g u id a, p u e s
p a r a en ton ces ten ía el in gen u o con v en cim ien to de qu e,
si algu ien te p re g u n ta , h ay que decir la v e rd a d . ¡U n a
p ercep ció n to talm en te erró n ea! B u sc a b a a C o h n p o r
que q u ería m atricu larm e co n él en un se m in ario acerca
del d iá lo g o p la tó n ic o Teeteto. M e re cib ió co rd ialm en te
y m e p regu n tó : “ ;Y qu é es lo qu e le h a im p u lsa d o a
venir a F r ib u r g o ?” . R esp o n d í: “ E d m u n d H u sse rl” . T ra s
p ro n u n c ia r e sta s d o s p a la b r a s m e di cu e n ta, p a r a m i
so rp re sa y a so m b ro , de qu e un ligero re sp in g o re co rría
su c a ra y su a m a b ilid a d se d e sv an e c ía. N o es qu e se
m o stra se d e sa g ra d a b le , p e ro e n se g u id a m e p ercaté de
qu e su c o r d ia lid a d in icial y a no era p o sib le y m i p a r ti
c ip a c ió n en el se m in ario tam b ién fue b a sta n te d e s a fo r
tu n a d a . C u a n d o p ed ía la p a la b r a e in terven ía, n o ta b a
en su c a r a q u e m i p re se n c ia le r e s u lta b a in c ó m o d a .
M á s tard e he lle g ad o a la c o n clu sió n de qu e n o d e b e
ría h ab e r d ich o e so , p e ro en ton ces creí qu e c a ía p o r su
p ro p io p e so qu e u n o ven ía a F rib u rg o p o rq u e e sta b a
H u s s e r l. E l e ra un h o m b re de f a m a , m ie n tr a s q u e
h a s t a e n to n c e s n a d ie h a b ía d ic h o q u e J o n a s C o h n
fu e ra un filó so fo fa m o so .
Q u e H u sse rl fu e ra ju d ío no ten ía la m en o r im p o r
tan c ia, so b re to d o p a r a él. H a y u n a h isto ria qu e lo d e
m u e stra de un m o d o h erm o so . C u a n d o u n o s a ñ o s d e s
p u é s, tra s un in terlu d io en W olfen b ütteL so b re el que
volveré m á s ad elan te , v o lv í a F rib u rg o , en tab lé a m is
ta d con G ü n th er Stern. Y a m e h a b ía lla m a d o la ate n
ción d u ran te m i p rim er sem estre, p e ro p a ra en ton ces
no m e h a b ía atre v id o a ir m á s allá y m e lim ita b a a a d
m irarle d esd e lejos. E ra un a ñ o m a y o r qu e y o y, p o r
ta n to , h a b ía e m p e z a d o la c a r r e r a ta m b ié n u n a ñ o
an tes. A d e m á s era el h ijo del re co n o cid o p ro fe so r de
H a m b u r g o W illiam Stern y un jo v en b rillan te a o jo s
v ista, p o r lo qu e m e d irig ía a él tím id am en te. W illiam
91
H A N S JO N A S
92
ENTRE LA FILOSOFÍA Y SIÓN: FRIBURGO - BERLÍN - W OLFENBÜTTEL
93
H A N S JO N A S
te co sté s to d o s lo s a lu m n o s de F rib u rg o se p re p a ra b a n
p a r a ir de v a c a c io n e s, n o rm a lm e n te u n a g ra n e x c u r
sió n a la Selv a N e g r a o un v iaje al la g o C o n sta n z a o a
S u iz a . L o s h e r m a n o s F a rb e r, en c a m b io , d e c id ie ro n
p a r tir p a r a P arís. C u a n d o H u sse rl se en teró les d ijo :
“ P ero h o m b re , ¡n o se les o c u rra ir a esa c iu d a d in fa
m e !” . P a ra él, el p a trio ta a le m á n , P arís era la c iu d a d
del en e m ig o y del T r a ta d o de V ersalles. A sí eran lo s
p ro fe so re s y c o n se je ro s a le m a n e s15.
P or de p ro n to só lo m e q u ed é un sem estre de v eran o
en F rib u rg o , lo qu e fue realm en te h e rm o so . A llí, e m p e
r o , n o se p o d ía e s tu d ia r ju d a is m o . S ó lo e x is tía un
lu g a r en el q u e eso era p o sib le : la E sc u e la S u p e rio r de
C ie n c ia s d el J u d a is m o de B e rlín , q u e te n ía u n a lto
nivel a c a d é m ic o 14. E n el sig lo XIX se h a b ía d e s a r r o lla
d o un ju d a ism o lib e ral qu e, tam b ién en el terren o te ó
rico , q u e ría m an ten er u n a c o n e x ió n con la re a lid a d y
n o p re se n ta b a el estu d io del ju d a ism o en la fo rm a tr a
d icio n al de la s e scu e las ju d ía s, sin o b a jo el esp íritu de
las m o d e rn a s cien cias filo ló g ic a s e h istó ric a s. E n el se
m estre de in viern o de 1 9 2 1 /2 2 m e m atricu lé sim u ltá
n eam en te en la U n iv e rsid a d de Berlín y en la E scu e la
S u p e rio r de C ie n c ias del J u d a is m o , en la qu e im p a rtía n
c la s e s p e r s o n a s e x c e le n te s, e n tre e lla s L e o B a e c k e
Ism a r E lb o g e n . E se fue el ú n ico p e rio d o de m i v id a en
el qu e estu d ié a lg o el T a lm u d 15. A d e m á s hice a lg u n o s
se m in a rio s y a sistí a leccio n es m a g istra le s con H a rry
T o rczy n e r, en tre lo s e x p e r to s , u n o de lo s c o n o c id o s
e ru d ito s en el á m b ito de la m o d e rn a e x é g e sis b íb lica
ju d ía . Sin e m b a r g o fue J u liu s G u ttm a n n el q u e tu v o
p a r a m í u n a e sp e cial im p o rta n c ia p e rso n a l. E ra un e x
p erto en filo so fía ju d ía de la E d a d M e d ia , so b re to d o
de la é p o c a h isp a n o á r a b e , d u ran te la que la c o n v iv e n
cia de m u su lm a n e s y ju d ío s era b a sta n te a rm ó n ic a , de
ta l m o d o qu e la v id a ju d ía p o d ía d e sa rro lla r se lib re
94
ENTRE LA FILOSOFÍA Y SIÓN: FRIBURGO - BERLÍN - W OLFENBÜTTEL
95
H A N S JO N A S
96
ENTRE LA FILOSOFÍA Y SIÓN: FRIBURGO - BERLÍN - WOLFENBÜTTEL
97
H A N S JO N A S
q u ia , c o n d e n a ra n lo s d ic ta d o s de V ersalles y se o pu sie-
ra n a c u a lq u ie r id ea de iz q u ie rd a s. E n lo s círcu lo s sio-
n ista s , en lo s q u e y o m e m o v ía , p o r el c o n tr a r io , el
T r a ta d o de V ersalles n o era u n a c u e stió n im p o rtan te .
T e n íam o s la se n sa c ió n de q u e a q u e llo n o n o s in cu m b ía
re alm e n te, sin o al p u e b lo alem án . A n ad ie se le e s c a p a
b a qu e n o h a b ía sid o un tr a ta d o in teligen te y qu e eran
s o b r e to d o la s r e p a r a c io n e s de g u e r r a lo q u e h a b ía
c o n d u c id o a la in flació n y a las c irc u n sta n c ia s e c o n ó
m ic a s qu e to d o s p a d e c ía m o s. Pero lo ú n ico del T r a ta
d o de V ersalles q u e realm en te n o s in te re sa b a era qu e
la D e c la r a c ió n de B a lfo u r de 1 9 1 7 f o r m a b a p a r te
h a sta cierto p u n to del n u evo o rd en m u n d ial y de lo s
fu n d a m e n to s de la S o c ie d a d de N a c io n e s , c r e a d a a
c o n se cu e n cia de la I G u e rra M u n d ia l. L a S o c ie d a d de
N a c io n e s e n c o m e n d a b a fo rm a lm e n te a confi
Inarica
g la te rra ad-
m in istra r P ale stin a c o m o te rrito rio b a jo fid e ico m iso , y
c o n la m isió n de c re a r allí, sa lv a g u a r d a n d o lo s dere-
. , . , , „ .casa, ambiente familiar .
c h o s de la p o b la c ió n a u tó c t o n a , un h o g a r n a c io n a l
ju d ío . E so fo r m a b a p a rte en cierto m o d o del D e rech o
In te rn acio n al. E n este a sp e c to a p o y á b a m o s , ev id en te
m en te, el T ra ta d o de V ersalles; n o ta n to en lo to can te
a A le m a n ia , sin o re sp e c to a la leg a liz a ció n de u n a p r o
m esa p o lític a h ech a a lo s ju d ío s, y q u e d u ran te la g u e
rra só lo In g late rra h a b ía so ste n id o . E s p o r e so p o r lo
qu e to d o s n o s o tr o s é ra m o s p ro in g le se s, p o r q u e In g la
te rra n o s h a b ía a b ie rto la s p u e rta s de P alestin a.
M i v id a p riv a d a y so c ia l g ir a b a to talm en te en to rn o
a la a so c ia c ió n sio n ista de e stu d ia n te s, y m e m o v ía c a si
e x c lu s iv a m e n te en m i g r u p o , el de lo s M a c a b e o s .
H a b ía , c r e o , c u a tr o g r u p o s d is tin to s en B e rlín : u n o
M a c a b e o , o tro A m o n ita , u n a a so c ia c ió n n á u tica de e s
tu d ia n te s, q u e n a v e g a b a n p o r el Sp ree y el H a v e l, a lo s
q u e lla m á b a m o s “ ju d ío s de m ú s c u lo s ” , m ie n tra s qu e
lo s M a c a b e o s era m á s bien lo s “ ju d ío s de la in teligen
98
ENTRE LA FILOSOFÍA Y SIÓN: FRIBURGO - BERLÍN WOLFENBÜTTEL
99
H A N S JO N A S
ioo
ENTRE LA FILOSOFÍA Y SIÓN: FRIBURGO - BERLÍN - WOLFENBÜTTEL
IO I
H A N S JO N A S
102
ENTRE LA FILOSOFÍA Y SIÓN: FRIBURGO - BERLÍN - WOLFENBÜTTEL
103
H A N S JO N A S
104
ENTRE LA FILOSOFÍA Y SIÓN: FRIBURGO - BERLÍN - WOLFENBÜTTEL
fundo
v a , o rig in a l y p e n e tra d a en lo m á s h o n d o p o r in q u ie
tu d e s e sp ir itu a le s29.
Si m e p re g u n tan p o r la s in flu en cias q u e fu e ro n d eci
siv as p a r a n o so tro s, berlin eses sio n ista s, d eb e ría m e n
c io n a r a M a rtin B u b er y F ran z R o se n z w e ig . M u c h o s
de n o so tro s e s tá b a m o s fuertem en te in flu e n c ia d o s p o r
B u b e r y c o m p a r tía m o s su in terés p o r la co rrien te de
C h a im W e iz m a n n 30. C o m o e d ito r de la re v ista Der
Jude y, co n ju n tam e n te co n V ik to r v o n W eizsácker, de
la rev ista Die Kreatur, era u n a p e rso n a lid a d c o n o c id a
ta n to en lo s círcu lo s ju d ío s c o m o en lo s n o ju d ío s. A l
m ism o tie m p o p r o p u g n a b a un m e n sa je fu e rte m e n te
ju d ío , qu e n o era en m o d o a lg u n o o r to d o x o o c o n se r
v ad o r, p ero sí p o sitiv a y e n tu sia sm a d a m e n te ju d ío . R o
sen zw eig, p o r el c o n tra rio , era u n a fig u ra m u ch o m á s
e so té rica, cu y a o b ra La estrella de la salvación se c o n
sid e ra b a de o b lig a d a le c tu ra 31, p e ro q u e en esa é p o ca
yo no leí, del m ism o m o d o qu e ta m p o c o leí el Espíritu
de la utopía de E rn st B lo c h 32. D e F ran z R o se n z w e ig se
sa b ía an te to d o q u e h a b ía sid o el in sp ira d o r de la E s
cu ela de F ra n c fo rt y qu e allí era, ju n to co n Buber, la
v e rd a d e ra fu e rza e sp iritu a l33. T am b ié n su e n ferm e d ad
era c o n o c id a : se sa b ía qu e su p a rá lisis a v a n z a b a y qu e
y a c a s i n o p o d ía h a b la r y q u e , a u n a s í, e je rc ía u n a
g ran in fluen cia. Pero e so q u e d a b a circu n scrito a c írcu
lo s m u y r e s tr in g id o s . A lg u ie n c o m o L e o S tr a u s s se
o c u p a b a en se rio de R o s e n z w e ig 34, p e r o y o m ism o
q u e, ta n to p o r m i p o sic io n a m ie n to ju d ío c o m o filo s ó
fico , d e b e ría h a b e rlo h ech o, ta m p o c o lo c o n sid e ra b a
im p rescin d ib le. E n a q u e l m o m e n to só lo q u ise e n te rar
m e de qu e, ju n to c o n B uber, p e rse g u ía ese p e re g rin o
atrev im ien to de tra d u c ir la B ib lia h eb rea n uevam en te
al alem án . P eregrin o p o rq u e esa A le m a n ia , qu e d eb ía
ser o b se q u ia d a co n la B ib lia a trav é s de e sa n u eva tr a
d u c c ió n , m a n te n ía u n a p o s t u r a v isib le m e n te h o stil
105
H A N S JO N A S
106
ENTRE LA FILOSOFÍA Y SIÓN: FRIBURGO - BERLÍN - WOLFENBÜTTEL
en la s g r a n d e s c iu d a d e s y e s p e c ia lm e n te en B e rlín ,
d o n d e en el Sch eu n en v iertel [b a rrio ju d ío ] v iv ía u n a
creciente p o b la c ió n de ju d ío s del este, se gen e rase un
elem ento ju d ío e x tra ñ o , qu e lla m a se la ate n ció n p o r su
d iferen cia. L a len gu a y id d ish , qu e era c o n sid e ra d a u n a
dialeto, jargao .. , , , .
je rg a y u n a d isto rsió n de la len gu a a le m a n a , era tan
p o c o d eseab le c o m o su v estim en ta y su fo rm a de ser.
En re su m id a s cu e n tas, se les ten ía p o r u n a m in o rita ria
clase de ju d ío s, a la que se e sta b a d isp u e sto a ay ud ar,
en p arte p o r su p ro p io bien, en p a rte p o r la so lid a ri
d a d ju d ía , p e r o en p a r te ta m b ié n p a r a lib r a r s e de
ellos37. L o s jó v e n e s ju d ío s a le m a n e s, e d u c a d o s, r a r a
m ente se re la c io n a b a n co n ello s, y lo s h ijo s de p a d re s
ju d ío s del este só lo ex ce p cio n alm e n te fo r m a b a n p arte
de n u e str a s a so c ia c io n e s . N o o b sta n te se d e s a r r o lló
u n a se g u n d a fo r m a de d e sc u b rim ie n to del ju d a is m o
o rien tal, qu e era esp e cialm en te im p o rtan te p a r a el s io
n ism o y, p o r ta n to , tam b ién p a r a m i ex p e rien cia: d u
ran te la I G u e rra M u n d ia l lo s sio n ista s p ro ce d e n tes de
A le m an ia c o n o cie ro n a lo s ju d ío s del este en el d e s ta
cam en to o rien tal. S am m y G ro n e m an n y o tro s v o lv ie
ro n a c a sa y e x p lic a ro n qu e e x istía un ju d a ism o p o p u
la r q u e se id e n tific a b a c o m o p u e b lo ju d ío en un
se n tid o to ta lm e n te d istin to a c o m o era el c a so entre
lo s ju d ío s a le m a n e s3 8. L o s c o m p o n e n te s ju d ío s del
ejército a le m á n , fu ertem en te in flu e n c ia d o s p o r H erzl
- u n a m ezcla de vienés, fran cés y lib e ra l-, al lle gar a los
te rrito rio s de los ase n ta m ie n to s m a siv o s de ju d ío s, in
term iten tem en te o c u p a d o s, ex p e rim e n taro n el shock , y
al m ism o tie m p o el d escu b rim ien to lleno de e n tu sia s
m o de qu e en el este de E u ro p a h ab ía un ju d a ism o p o
p u la r co n su s p ro p ia s c o stu m b re s, su arte, su s c a n c io
nes, su p o e sía y con un m o v im ien to p o lític o , en p arte
sio n ista o so c ia lis ta , tam b ié n p ro p io . E n p o c a s p a la
b ra s, en c o n tra m o s allí un ju d a ism o con el que segui-
H A N S JO N A S
r ia m o s te n ie n d o p o c o s p u n to s de c o n ta c to p e r s o n a l,
p ero de cu y a im p o rta n c ia en lo qu e re sp e c ta a la c o lo
n izació n de P alestin a e s tá b a m o s c a d a vez m á s c o n v e n
c id o s, p u e s n o p o d ía m o s p o r m e n o s qu e re co n o ce r qu e
la n u e v a co n stru cc ió n de la c o m u n id a d ju d ía en P a le s
tin a n o ib a a ser o b ra n u e stra , lo s u n iv e rsita rio s de la
E u r o p a C en tra l y O cc id e n ta l, sin o de la s m a s a s ju d ía s
d e la E u r o p a d el E ste . E n e s ta m e d id a el ju d a is m o
o rie n ta l era p a r a n o s o tr o s, en el c o n te x to del p e n sa
m ie n to sio n ista , un fa c to r a ten er en a lta c o n s id e r a
ció n . E so n o sig n ific a b a , c o m o he d ich o , qu e en Berlín
n o s re u n ié ra m o s a m e n u d o c o n g ru p o s ju d ío s del este,
p e ro é ra m o s co n scien tes de qu e n u e stro sio n ism o era
m u ch o m á s a b s tra c to q u e la n o sta lg ia y la d e te rm in a
ció n p o r S ió n , tr á g ic a e im b u id a p o r el p ro p io sen tir
p o p u la r, de a q u e lla p o b la c ió n .
C o n la g ra n b u rg u e sía ju d ía de B erlín, m a y o rita ria -
m en te a n tisio n ista , ten ía tan p o c o c o n ta c to c o m o con
lo s ju d ío s del este. H a s ta el ú ltim o m o m e n to lo s s io
n ista s fu e ro n u n a m in o ría en el sen o del ju d a is m o a le
m án , de m a n e ra q u e, d e b id o a m i d eterm in ació n p o r el
sio n ism o , y o m ism o m e h a b ía e x clu id o de e so s c írcu
lo s. A ú n a s í e x istía u n a fo r m a de c o la b o r a c ió n entre
lo s sio n ista s y lo s n o sio n ista s: en 1 9 2 1 se fu n d ó c o n el
K e re n H a je s s o d [lo s F o n d o s N a c io n a le s J u d ío s ] u n a
o rg a n iz a c ió n su p ra p a rtid ista p a ra la su b v en ció n de lo s
a se n ta m ie n to s en P a le stin a , en la q u e p e rs o n a lid a d e s
a je n a s al sio n ism o tam b ié n se c o m p ro m e tie ro n c o n la
c o m p ra de tie rras y la c o lo n iz a c ió n de P alestin a. E sta
o rg a n iz a c ió n in te rn acio n al, p ro m o v id a en p a rte p o r la
In iciativ a C h a im W eizm ann , tam b ién ten ía un a c ó lito
a le m á n al q u e , en la p e rso n a de K u rt B lu m en fe ld , le
fue e n c o m e n d a d a la im p o rta n te m isió n de a tra e r al ju
d a ism o a le m á n , fin an cieram en te p o te n te , a sim ila d o y
c u ltu ra lm e n te h e g e m ó n ic o , q u e en su m a y o r ía h a b ía
108
ENTRE LA FILOSOFÍA Y SIÓN: FRIBURGO - BERLÍN WOLFENBÜTTEL
s id o sie m p re a n tis io n is ta , h a c ia el a la s io n is t a , al
m e n o s en lo q u e r e sp e c ta a o b je tiv o s p r á c tic o s . Y o
m ism o tu v e en u n a o c a s ió n q u e to m a r p a rte en tan
a u d a z e m p resa. T en ían lu g a r reu n io n es del K eren H a-
je sso d d o n d e to d o era m u y elegan te y d o n d e a p a re c ía n
a lg u n o s p e rso n a je s fa m o so s. D a d o qu e só lo se p o d ía
a c c e d e r c o n in v ita c ió n p e r s o n a l, e ra u n a e sp e cie de
g ran h o n o r e star entre lo s in v itad o s. L o s m ie m b ro s de
las a so c ia c io n e s estu d ian tiles ju d ía s n u trían a m e n u d o
de p e rso n a l de o rg a n iz a c ió n a e sta s g ra n d e s c e le b ra
cion es. U n d ía e sta b a yo en u n o de e so s e n cu e n tro s, en
el qu e ten ía que h a b la r A lb ert E in stein so b re lo s a se n
tam ie n to s en P alestin a, c o m o e n c a rg a d o del o rd en en
la sa la . C u a n d o m e e n c o n tra b a en el v e stíb u lo , re ci
b ien d o a lo s in v ita d o s y c o n tro la n d o su s ta rje ta s de in-
. < i n branca
v ita c io n , en tro un h o m b re c o n c a b e lle ra c a n a y re s
p la n d e c ie n te q u e se r e p a r tía de un m o d o a lg o
d e so rd e n a d o p e ro im p o n en te en to rn o a su c a b e z a . En
e sta s o c a sio n e s, p o r su p u e sto , to d o el m u n d o lle v ab a
T . . pilverizados . .
traje o sc u ro . L o s h o m b ro s e m p o lv a d o s de c a sp a : era
A lb ert E instein . Le recib í y le a c o m p a ñ é p rim e ro a u na
m e sa qu e e sta b a situ a d a en la en tra d a y le ro g u é que
se in scrib iera en el lib ro qu e h a b ía en ella. T o d a v ía re
cu e rd o qu e d ijo : “ ¿Q u é es e sto ? C la ro , es el á lb u m de
v is ita n te s ” . Y firm ó c o n to d a la in o c e n c ia p o lític a ,
p u es en ese m o m e n to n o ten ía del to d o c la ro que su
firm a estu v ie ra p e n sa d a p a r a a lg o m á s qu e c o m o in
serción en un á lb u m de v isitan te s, en lu g a r de un im
p o rta n te d o c u m e n to qu e le id e n tifica b a c o n la c a u s a
palestin a^?.
M i é p o ca de estu d ian te en B erlín, a p a rte de m is a c
tiv id ad e s sio n ista s y m i c a rre ra , tam b ién fue u n a fase
en la qu e a p re n d í m u ch o de lo qu e en ese m o m e n to
aco n te cía en el p la n o lite rario e in telectual. T o d o s n o
so tr o s, lo s m ie m b ro s de m i círcu lo de a m ig o s sio n ista s
109
H A N S JO N A S
kel. T o d a v ía r e c u e r d o a q u é l s o b r e u n n e g r o en
V ie n a 42. P ero ta m b ié n lo s p o e m a s. E s v e rd a d qu e n o
era un g ra n p o e ta , p e ro a lg u n o s de su s p o e m a s le s a
liero n c o m o só lo le sa ld r ía n a un e sp íritu re alm e n te
im p o rta n te , c o m o p o r e je m p lo a q u é l so b re el tr a ta d o
de Im m a n u e l K a n t Por la paz perpetua. N o en el
m ism o t r a t a d o , p e ro en a lg ú n e p ílo g o o en a lg u n a
n o ta p o ste rio r, K a n t e scrib e q u e n o es lícito , an te el
triste ac o n te ce r de lo s a su n to s h u m a n o s, a b a n d o n a r
se a la e sp e ra n z a de qu e la s p a la b r a s p o d r á n c a m b ia r
m u ch o la s c o s a s , p e ro e x iste la o b lig a c ió n de se ñ a la r
un c a m in o p a r a el fu t u r o r e m o to q u e c o n d u z c a a
a lg o m ejo r, “ y ello , c o n u n a v o lu n ta d d e s in te r e s a d a ” ,
p u e s e s o s tie m p o s v e n id e r o s es p r o b a b le q u e u n o
m ism o n o lo s llegu e a co n o ce r. U n a m e zcla de p e si
m ism o , c o n o c im ie n to del triste c u r so del m u n d o , e s
p e c ia lm e n te el de la p o lític a in te r n a c io n a l, y u n a e s
p e ra n z a a b so lu ta m e n te a ltr u is ta en q u e a lg o se p u e d e
h ace r al re sp e c to p a r a q u e la s g e n e ra c io n e s v e n id e ra s
v iv a n m e jo r. K a r l K r a u s e s c r ib ió en p le n a I G u e rra
M u n d ia l este p o e m a , q u e re za c o m o sig u e , y q u e yo
cu e n to en tre lo s m e jo re s de la é p o c a q u e se m e q u e
d a ro n grab ad o sj_
N u n c a u n a m ira d a ley ó, e m p a p a d a en
lá g rim a s
u n a p a la b r a c o m o é sta de Im m an u el K an t.
E n D io s, n ingún c o n su e lo del cielo su p e ra
la sa n ta e sp e ra n z a de este e p ita fio .
E sta tu m b a es u n a ren u n cia su b lim e:
“ ¡T o d o se m e o scu rece, y se h ace la lu z !” .
P ara to d o devenir, q u e en el ser h u m an o
en ferm a,
m uere el in m o rtal. E l cree y d a g ra c ia s.
L e ilu m in a la m a rch a del d ía so m b río ,
H A N S JO N A S
m í fue u n a é p o c a de tr a b a jo m u y d u ro , p u e s n o e sta b a
en a b s o lu to a c o s tu m b r a d o a este tip o de e sfu e rzo físi
co . P ero a p re n d í to d o lo qu e p o d ía apren der. Y a p o d ía
c o n d u cir el a r a d o de c a b a llo s y tr a z a r un su rc o recto.
M i su e ld o era un p o c o de d in ero m á s la c o m id a y el
a lo ja m ie n to . T en ía un p e q u e ñ o c u a rtito b a jo el te ja d o ,
en re a lid a d , m á s bien u n a b u h a rd illa c o n u n a c a m a y
u n a s i l a . T r a b a ja b a u n a s c a to r c e h o r a s , lu e g o m e
m e tía en la c a m a y m e su m e rg ía en un san tia m é n en el
m á s p ro fu n d o su eñ o .
R ic h a rd G ra b e n h o rst era un h o m b re alto qu e d u r a n
te la g u e rra h a b ía serv id o en lo s C a z a d o re s de G o sla ,
un regim ien to de in fan tería de élite. D e to d o lo qu e e x
p licó de su ex p e rien cia en la g u e rra , d o s c o sa s m e q u e
d a ro n g r a b a d a s en la m e m o ria. En u n a o c a sió n utilizó
la frase “ en c a so de n ecesid ad , tam b ién la s salch ich as
sin p a n e stán b u e n a s” , y y o m e reí. E n ton ces d ijo : “ N o
es tan e x tra ñ o c o m o p arece. L a s salch ich as sin p a n a c a
b an se n tán d o te m al. E s v e rd a d qu e só lo se co m en en
c a so de n ecesid ad . D u ran te la c a m p a ñ a de R u m a n ia la
o fe n siv a a v a n z a b a tan rá p id o qu e el av itu allam ie n to de
la s tr o p a s n o lle g a b a a tie m p o . C o m o lo s ru m a n o s te
n ían u n a g a n a d e ría a b u n d a n te , allí d o n d e lle g á b a m o s,
m a tá b a m o s el p rim er cerd o q u e e n c o n trá b a m o s y a s á
b a m o s la carn e fre sca. P a sa d o s u n o s d ía s to d o s te n ía
m o s fuertes d o lo re s de e stó m a g o . S ó lo de carn e n o se
p u ed e vivir. E l p an es igu alm en te im p rescin d ible. O sea
qu e realm en te só lo en c a so de n ecesid ad están b u en as
la s salch ich as sin p a n ” . E n o tra o c a sió n , e n c o n trá n d o
n o s en el c a m p o , vio a lo lejo s q u e se a c e rc a b a u n a to r
m en ta. V im o s re la m p a g u e a r y tro n a b a . E n to n ces d ijo :
“ M e jo r n o s v o lv em o s a h o ra p a r a c a s a ” . C o g im o s n u e s
tra s c o s a s, el c a b a llo y el a r a d o , y v o lv im o s a la g ra n ja .
E n to n ces m e p erm ití h acer el co m e n tario de p o r qu é e s
ta b a tan n erv io so , p u e s m e p a re c ía ra r o , to d o un H é r
ENTRE LA FILOSOFÍA Y SIÓN: FRIBURGO - BERLÍN - WOLFENBÜTTEL
“ Te h a s c o m p o r ta d o c o m o es d e b id o y tr a b a ja d o bien,
p e ro n o es qu e se a e x a cta m e n te lo tu y o ” . Y no p u d e
sin o asentir. H a b ía a g u a n ta d o c o m o un v alien te y e s ta
b a co n te n to de h a b e r h ech o aq u e l tr a b a jo y de h ab er
e n tr a d o en c o n ta c to c o n o tr o s m ie m b r o s del g r u p o .
T am b ié n h a b ía c h ic a s, y entre lo s ch ico s h a b ía v e rd a
d e ro s fo rta c h o n e s: e sta b a im p re sio n a d o de la c a n tid a d
de “ ju d ío s m u s c u lo s o s ” q u e h a b ía c o n o c id o allí. E ra el
ú n ic o , p o r c ie rto , q u e v e n ía de la u n iv e r sid a d , y en
W o lfe n b ü tte l se m e h izo e v id e n te q u e , fu e r a lo q u e
fu e ra de m is e x p e c ta tiv a s de lle g ar a P ale stin a, h a sta
c ie rto p u n to se ría u n a lá stim a q u e m e d e d ic a ra a la
a g ric u ltu ra , y q u e p o d r ía ser m á s útil co n m i c a b e z a
qu e c o n m is m ú sc u lo s.
l i é
IV
Marburgo: en la esfera de Heidegger y la Gnosis
117
H A N S JO N A S
n8
MARBURGO: EN LA ESFERA DE HEIDEGGER Y LA GNOSIS
de su s se m in a rio s re q u e ría m u c h o tr a b a jo , c o n lo qu e
te v o lv ía s a v a r o c o n tu tie m p o . A u n a si en M a r b u r g o
cu ltiv é p a rtic u la rm e n te d o s a m is ta d e s . M ie n tr a s q u e
B róck er, p o r su fo r m a de ser, era u n a p e rso n a d is ta n
te, q u e h a b la b a p o c o de c u e stio n e s ín tim as y p e r s o n a
les, p e ro c o n qu ien m e en ten d ía m u y bien in te le c tu a l
m e n te , c o n G e r h a r d N e b e l sí q u e m e u n ía un
v e rd a d e ro v ín cu lo de a m ista d . N e b e l tam b ié n v in o en
a lg u n a o c a sió n a la c a sa de M ó n c h e n g la d b a c h . A d o
ra b a a m i m a d re . P ero la re la c ió n m á s d eterm in an te
q u e e sta b le c í en M a r b u r g o fue c o n H a n n a h A re n d t, a
la q u e c o n o c í en 1 9 2 4 . E n a q u e l en to n c e s ella ten ía
d ie c io c h o a ñ o s. E n se g u id a m e lla m ó la a te n ció n , p e ro
¿y a qu ién n o ? E so n o sig n ifica n a d a . Q u e n o s e n c o n
t r á s e m o s , a p a r te de p o r q u e n o s c a ím o s s im p á t ic o s ,
tiene q u e ver c o n el h ech o de qu e é r a m o s lo s ú n ico s
d o s ju d ío s qu e a sis tía m o s al se m in a rio so b re el N u e v o
T e sta m e n to q u e im p a rtía R u d o lf B u ltm an n . E l se m i
n a rio , p o r su p u e sto , e s ta b a p o b la d o de te ó lo g o s e v a n
g é lic o s, en c u a lq u ie r c a so de goyim [c ristia n o s], m ie n
tr a s q u e n o s o tr o s - q u e n o só lo n o é r a m o s te ó lo g o s,
sin o filó s o fo s, y, so b re to d o , q u e n o é ra m o s c ristia n o s,
sin o ju d ío s - n o p in tá b a m o s n a d a allí. H a n n a h era u n a
ju d ía m u y co n scie n te , y e so qu e n o te n ía ni id ea de ju
d a is m o , o se a , q u e e ra lo q u e se lla m a u n a am ha-
arez. P ero tam b ié n era u n a “ ju d ía te r c a ” , y se h a b ía
p r e s e n t a d o a B u ltm a n n , se g ú n m e e x p lic ó , c o m o
sigu e: al in icio del se m e stre h a b ía q u e p re se n ta rse p e r
so n a lm e n te d u ra n te la s h o ra s de tu to ría d el p r o fe so r y
p e d ir el co n se n tim ie n to p a r a p o d e r a sis tir al se m in a
rio . H a n n a h le e x p lic ó q u ién era y q u e a c a b a b a de
e m p e z a r a e stu d ia r F ilo so fía , y B u ltm an n le d ijo qu e
se ría m u y b ien v en id a. Y e n to n ces H a n n a h le e sp e tó :
“ P ero h ay a lg o q u e q u ie ro d e ja r c la ro d e sd e el p rin ci
p io : ¡lo s c o m e n ta rio s a n tise m ita s n o lo s t o le r o !” . A lo
120
MARBURGO: EN LA ESFERA DE HEIDEGGER Y LA GNOSIS
q u e B u ltm a n n , el in im ita b le o ld e n b u rg u é s, re sp o n d ió
q u e d a m e n te : “ S e ñ o rita A re n d t, si lle g a ra a p a s a r a lg o
a s í, c re o q u e u ste d y y o ju n t o s s a b r í a m o s h a c e r le
fre n te ” . ¡F a n tá s tic a , e sa a c titu d c o m b a tiv a de la ju d ía
an te el p r o fe s o r e x p r e s a d a de e n tr a d a ! Se c o n v irtió
en u n a e stu p e n d a a lu m n a de B u ltm a n n . E n re a lid a d
y o m e to m a b a la s c la se s de B u ltm a n n m u c h o m á s en
s e r io , p e r o e lla e s t a b a ta n in te r e s a d a en el N u e v o
T e sta m e n to q u e se m a tric u ló m á s se m e stre s c o n él y
d e sp u é s de la g u e rra lo v isitó y sie m p re le tr a tó co n
re sp e to .
E l r e s u lta d o de n u e str a s itu a c ió n de m a r g in a d o s
d en tro del se m in ario de B u ltm an n h izo qu e p e rm a n e
cié ra m o s ju n to s. N o n ecesito in vertir d e m a sia d a s p a la
b ra s en d escrib ir lo fasc in a n te , a tra c tiv a y h echizante
que era: ¡qué ser tan ex ce p cio n al! N o h acía fa lta p o seer
u n a m ira d a d e m a sia d o fin a p a ra d a rse cu en ta de ello:
. . Semblante
e sta b a e scrito en su s o jo s y en su s r a sg o s. A d e m a s era
m uy a tra c tiv a , y re su lta b a evidente qu e y o tam b ién le
g u sta b a . P ro n to in tim am o s. E stá b a m o s tan u n id o s qu e
m i p a d re , qu e m e v isitó en u n a o c a sió n en M a r b u r g o y
c o n o ció a H a n n a h , in terp retó n u e stra relació n de un
m o d o d istin to a c o m o era en re a lid a d , y p id ió in fo r
m e s, a tra v é s de un c o n ta c to c o m e rc ia l qu e ten ía en
K ó n ig s b e r g , s o b r e la fa m ilia A re n d t, de lo q u e la
m ad re de H a n n a h se en teró en se g u id a. H a n n a h m e lo
co n tó d iv e rtid a; p o r cierto , m i p a d re re cib ió u n a in fo r
m ació n m u y p o sitiv a . A h o ra bien , si h a b lo de n u e stra
p ro lo n g a d a y a m o r o sa re lació n , d e b o p u n tu a liz a r que
n u n ca h u b o entre n o so tro s u n a re lació n de a m o r físi
co. A m e n u d o se m e h a p re g u n ta d o p o r la s c a u s a s de
ello, p u es de qu e H a n n a h A ren d t era a tra c tiv a p a r a lo s
h o m b re s h ay p r u e b a s su ficie n te s, a d e m á s del h ech o,
am p liam e n te d e m o stra d o , de qu e a m í m e g u sta n la s
m u jeres. Y co n to d o ello, en n u e stro c a so fue d istin to .
H A N S JO N A S
122
MARBURGO: EN LA ESFERA DE HEIDEGGER Y LA GNOSIS
de n o ticias de la é p o ca n azi o so b re c a m p o s de co n ce n
tració n : “ E sto n o es p a r a H a n s ” . D e h ech o era lo que
en inglés se d en o m in a tough. E ra de n a tu ra le z a r o b u s
ta y c a p a z de e n fo c a r lo s h o rro re s del m u n d o de un
m o d o d el q u e y o n o m e c re ía c ^ a z . S a b ía q u e la s
c o s a s qu e m e tu rb a n en lo m á s h o n d o p u ed en ro m p e r
m i e q u ilib rio y qu e de alg ú n m o d o d e b ía p ro tege rm e
un p o c o de ello.
E n la é p o c a de M a r b u r g o n o s v e ía m o s a d ia r io .
N o s e n c o n trá b a m o s en la s c la se s, íb a m o s a co m er ju n
to s, y y o tam b ién la v isita b a . C o m o ella d isp o n ía de
p o c o d in ero , vivía en u n a b u h a rd illa a lg o fría. H a b ía
en c o n tra d o un p e q u eñ o ra tó n y lo h a b ía a c o s tu m b r a
d o a salir a u n a h o ra d ete rm in a d a del d ía y d e jarse d a r
de com er. A p e sa r de qu e una co h o rte en tera de kó-
n ig sb u rg u e se s e stu d ia b a n en M a r b u r g o , y de qu e H a n
n ah se lle v ab a b a sta n te bien con e llo s, era u na p e rso n a
m uy so lita ria . Y o era un buen a m ig o , p e ro a la ú n ica
p e rso n a realm en te p ró x im a a ella n o p o d ía v isitarla, y
esa p e rso n a era el m ism ísim o M a rtin H eid egger. Sé de
b o c a de la p ro p ia H a n n a h c ó m o em p e zó su re lació n
con H eid egger. Pertenece a e so s se creto s qu e m e a c o m
p a ñ a ro n d u ran te d ecen io s, p e ro de lo s qu e a h o ra , tra s
ta n to s a ñ o s, se p u e d e h a b la r e H a n n a h h a b ía lle g a d o a
M a r b u r g o en el sem estre de invierno de 1 9 2 4 /2 5 , u na
e s tu d ia n te de F ilo s o f ía re cié n s a lid a d el h o rn o p o r
c a u s a de H eid egger, c o m o ta n to s o tro s ju d ío s de K 6-
n ig sb e rg qu e h ab ían se g u id o su fa m a m iste rio sa . H a n
n ah m e co n fe só lo siguien te: en alg ú n m o m e n to de ese
p rim er sem estre h a b ía ten id o qu e ir a ver a H eid e g g er
p o r u n a cu estió n re la c io n a d a co n lo s e stu d io s. L a h o ra
de tu to ría tu v o lu g a r c u a n d o ya an o ch e cía, y en la h a
b ita c ió n se c e rn ía u n a c ie rta o s c u r id a d p o r q u e n o
h a b ía n in g u n a luz en cen d id a. C u a n d o te rm in a ro n la
en trev ista y H a n n a h se lev an tó p a r a d esp e d irse , y H ei-
H A N S JO N A S
d eg g e r la a c o m p a ñ ó a la p u e rta , su c e d ió a lg o in e sp e ra
d o , en p a la b r a s de H a n n a h : “ D e p ro n to c a y ó de r o d i
llas an te m í. Y o m e incliné h a cia él, y él elevó su s b r a
z o s h a cia m í, y y o to m é su c a b e z a entre m is m a n o s, y
el m e b e só , y y o le b e sé ” . A sí em p e zó to d o . N o fue el
c lá sic o in icio de un a c to de se d u cció n de un p ro fe so r
h a cia u n a a lu m n a , ni ta m p o c o el e sp íritu av e n tu re ro
de u n a e stu d ia n te q u e q u ie re se d u c ir a u n p ro fe so r,
sin o qu e a c o n te ció de un m o d o to talm en te d ra m á tic o
y en un p la n o e m o c io n a l qu e c o n firió d esd e el p rin ci
p io a la re lació n un c a rá c te r a b so lu ta m e n te e x c e p c io
n al. H e id e g g e r h a b ía p u e sto la m ira en ella. N o fue ni
por a s o m o la ú n ica, p u e s m a s ta rd e su p e qu e se h a b ía
in te re sa d o p o r e stu d ia n te s en d iv e rsa s o c a sio n e s, y no
he s a b id o de n in g u n a q u e o p u sie r a re siste n c ia . P ero
e s a s re la c io n e s eran a le o d istin to : se g u ro q u e n o co-
ajoetnajda
m e n z a ro n c o n ese a rr o d illa m ie n to ni ta m p o c o tu v ie
ro n e sa s c o n se cu e n c ias qu e d u ra ría n to d a la v id a . A llí
em p e zó a lg o de lo q u e n in gu n a de la s d o s p a rte s fue
c a p a z ja m á s de lib e rarse . C u a n d o , m u ch o m á s a d e la n
te , tr a s u n a c o n fe r e n c ia , a lg u ie n m e p re g u n tó c ó m o
era p o sib le q u e H a n n a h A re n d t h u b iera p e rd o n a d o a
H e id e g g e r ta n rá p id a m e n te su filiació n n a c io n a lso c ia
lista , dije: “ P u ed o re sp o n d e r a e so co n u n a so la p a la
b ra: am or. Y el a m o r p e rd o n a m u c h a s c o s a s ” .
M i m u je r p u e d e a te stig u a r q u e n u n ca le c o n té , en
v id a de H a n n a h , n a d a de esto , y n o rm alm en te u n o se
lo e x p lic a to d o a su m u jer. Sin e m b a r g o , d a d o q u e
H a n n a h m e h a b ía h o n ra d o co n tan p a rtic u la r c o n fia n
za al re la ta rm e ese in stan te tan ín tim o , m e sen tí o b li
g a d o a c a lla r y n o lo con té h a sta b a sta n te d e sp u é s de
su m u erte. “ D e p ro n to c a y ó de ro d illa s an te m í” . Si ya
an te s se h a b ía se n tid o a tr a íd a p o r él, lo ig n o ro . Si a l
g u n o de ello s h a b ía p e n sa d o en u n a re lació n e ró tica ,
s e g u r o q u e fu e H e id e g g e r. N a t u r a lm e n t e q u e e lla ,
124
MARBURGO: EN LA ESFERA DE HEIDEGGER Y LA GNOSIS
125
H A N S JO N A S
126
MARBURGO: EN LA ESFERA DE HEIDEGGER Y LA GNOSIS
127
H A N S JO N A S
in fo rm a r de lo s p ro g re so s de m i in v e stig ac ió n ; a h o ra
bien , la in iciativ a sie m p re p a rtía de m í. S u ce d ía n o r
m alm en te d u ran te la s v a ca c io n e s. V isita b a a H e id e g g e r
en T o d tn a u b e rg y e x p lic a b a h a sta d ó n d e h a b ía lle g a d o
y qu é d ire cció n e s ta b a to m a n d o el tr a b a jo . E n to n ces
in clin a b a la c a b e z a y d ecía: “ Sí, su en a realm en te bien.
S ig a así. M e p are ce to talm e n te c o r re c to ” . En re a lid a d
te n ía p o c o qu e decir so b re el te m a , p u e s y o sa b ía so b re
ello m u ch o m á s qu e él, y p o r lo qu e re sp e cta a la so li
d ez de m i in v e stig a c ió n se fia b a de su a m ig o R u d o lf
B u ltm an n . Sin d u d a a lg u n a , e m p e ro , se sen tía filo s ó fi
cam en te in te re sad o p o r m i p ro y e cto . Q u e un te x to fi
lo só fic o se a n a liz a r a co n o jo s h e id e g g e ria n o s, se d a b a
p o r su p u e sto en el c a so de un d isc íp u lo de H eid egger.
P ero q u e q u isie r a e s tu d ia r un fe n ó m e n o c o m o é ste ,
a lg o tan in d ó m ito y esen cialm en te a je n o al p e n sa r filo
só fic o , c o n lo s m é to d o s h e id e g g e ria n o s p a r a a r r e b a ta r
le un se n tid o q u e só lo era p o sib le en co n trarle co n esta
m e to d o lo g ía , le a g r a d a b a y le lle n ab a de u n a cierta s a
tisfa c c ió n . E n c u a lq u ie r c a so no creo qu e p o r ello lle
g a r a a in teresarse p e rso n alm e n te p o r la G n o sis. P o r lo
d e m á s en to n ces veía en la G n o sis a un an tig u o c o rre li
g io n a r io de H eid egger, p e ro n o al revés. L a id ea de que
n o só lo c ie rto s e x iste n c ia lista s h e id e g g e ria n o s q u e d a
b an p re fig u ra d o s en lo s g n ó stic o s, sin o qu e el p ro p io
H e id e g g e r re p re se n ta b a c o n su p en sam ie n ^ o m n a e sp e
cie de fen ó m en o g n ó stic o del p resen te, n o fra g u ó h a sta
m u ch o m á s ta rd e , c u a n d o y a era m á s libre de e sa v e
n eració n p o r H e id e g g e r*.
E n el o to ñ o de 1 9 2 8 en tregu é a H e id e g g e r la tesis
d o c to ra l te rm in a d a (escrita a m a n o y co n a b u n d a n c ia
de te x to s g rie g o s y latin o s). El se g u n d o c o rre c to r de la
fa c u lta d de F ilo so fía , un excelen te p ro fe so r de b a c h i
lle ra to , se m o stró re a cio y n o su p o ni p o r d ó n d e e m p e
zar. P ero H e id e g g e r n o se p re o c u p ó p o r ello , sin o qu e
128
MARBURGO: EN LA ESFERA DE HEIDEGGER Y LA GNOSIS
129
H A N S JO N A S
130
MARBURGO: EN LA ESFERA DE HEIDEGGER Y LA GNOSIS
q u e u n o de su s d is c íp u lo s a p o y a b a u n m o v im ie n to
qu e p e rse g u ía s a c a r a lo s ju d ío s de A le m a n ia y lle v a r
lo s a P alestin a. N i siq u ie ra h a b ía p e n sa d o q u e te ó r ic a
m e n te e so h a b r ía p o d id o s ig n ific a r q u e su e s c u e la ,
c o m p u e sta en su m a y o ría p o r filó so fo s ju d ío s, se h a
b r ía p o d id o d is o lv e r a c a u s a de la e m ig r a c ió n . E n
c u a lq u ie r c a so y o era el ú n ico sio n ista entre su s d isc í
p u lo s, o al m e n o s n o m e c o n sta q u e n in gú n o tro de
los se g u id o re s de H e id e g g e r ju d ío s fu e ra sim p atiz an te
del sio n ism o , m á s bien al c o n tra rio . M e en con tré con
a lg u n o s de ellos m á s ta rd e en P alestin a, p e ro n in gu n o
h a b ía e sco g id o ese cam in o en el tie m p o en el qu e t o d a
vía era p o sib le elegir. P ro b ab le m e n te H eid e g g er p e n sa
b a qu e entre lo s ju d ío s h a b ía ese tip o de so ñ a d o r e s, y
qu e su a lu m n o H a n s J o n a s , a qu ien h a b ía in v e stid o
c o n el m á s a lto e lo g io q u e un p r o f e s o r a c a d é m ic o
p u ed e conceder, v a lo r a n d o m i tr a b a jo con la c a lific a
ción de summa cum laude, al p are ce r era uno de ello s
y qu e al fin al a c a b a ría m a rc h á n d o se a P alestin a. Pues
bien, a sí se e stab le ce ría un d isc íp u lo de H eid e g g er en
. . ' i - i ' ensinajjiento t -,,
P alestin a y q u iz a d iv u lg a ría su s e n señ an zas. El p e n sa
m ien to de qu e su p o sició n en A le m an ia p o d ría resen
tirse c o m o co n se cu en cia de q u e ta n to s ju d ío s se m a r
c h a r a n o tu v ie ra n qu e a b a n d o n a r la ni siq u ie r a se le
h a b ía o cu rrid o p o r en ton ces. H e id e g g e r n o e sta b a en
a b s o lu to p r e p a r a d o p a r a ello. D ich o sea ele p a so , en
algú n que o tro c a so in clu so a y u d ó a a lu m n o s ju d ío s.
M á s tard e e x p lic a b a P au l O s k a r K riste lla r en N u e v a
Y o rk qu e n o te n ía n a d a q u e re p r o c h a r a H eid e g g er,
p u e s c u a n d o em ig ró y m a rch ó a Ita lia él le a lla n ó el
cam in o y lo re co m e n d ó p a r a qu e p u d ie ra e n co n trar un
p u e sto 7. N o , H eidegger, p e rso n alm e n te , no era un a n
tise m ita. P ro b ab le m e n te n o le re su lta b a del to d o c ó
m o d o qu e h u b iera ta n to s ju d ío s entre su s d isc íp u lo s,
p ero m ás bien en el se n tid o de qu e le p a re c ía un p o c o
H A N S JO N A S
re strin g id o q u e n o h u b ie se su ficie n te s m á s p a r e c id o s
a él. En el e n to rn o de H e id e g g e r só lo se h a b ló de a n
tise m itism o c u a n d o se su p o q u e su e s p o s a h a b ía p e r
te n e c id o a l M o v im ie n to Ju v e n il p o p u la r. P a re ce ser
q u e en a lg u n a o c a s ió n le a c o s ó c o n este te m a y q u e le
d e c ía : “ M a r t in , ¿ p o r q u é te h a c e s el s o r d o , c ó m o
a n d a s t o d o el d ía r o d e a d o de j u d í o s ? ” . C o r r í a el
ru m o r de q u e E lfrie d e H e id e g g e r te n ía te n d e n cia s a n
tis e m ita s, a u n q u e n o s a b r ía d ecir c ó m o se su p o . En
c u a lq u ie r c a s o te n ía to d o s lo s m o tiv o s p a r a e sta r c e
lo sa de u n a ju d ía , p u e s a lg ú n d ía d e sc u b riría la re la
ció n de su m a r id o y n o re a c c io n ó c o n un^áT án te n a d a
tra n sig e n te an te la situ a c ió n .
U n sig n o lla m a tiv o del círcu lo qu e se fo rm ó d u ran te
e so s a ñ o s en qu e m e d o c to ré en to rn o a H e id e g g e r en
M a r b u r g o - u n o s d o c e a q u in c e f iló s o f o s , e n tre lo s
c u a le s e s ta b a n H a n n a h A re n d t, G e rh a r d N e b e l y yo
m ism o , a d e m á s de K a r l L ó w ith , H a n s - G e o r g G a d a -
m er, G e rh a rd K rü g e r y G ü n th e r S te rn - es q u e to d o s
n o s o t r o s é r a m o s a p o lític o s . L a ú n ic a e x c e p c ió n e ra
G ü n th e r Stern , qu e se h a b ía d o c to ra d o c o n H u sse rl y
qu e p a r a en ton ces e stu d ia b a co n H e id e g g e r y e sta b a fi
lo só fic a m e n te in flu id o p o r él, p e ro qu e p o líticam e n te
se id e n tifica b a con lo s te ó ric o s crítico s de la so c ie d a d y
de o rie n ta c ió n iz q u ie r d ista . E ste p u n to b a s ta b a p a r a
, . , , afastar-se . . observagao „
a le ja r le d e H e id e g g e r, d e s d e c u y a a t a la y a n o h a b ía
n a d a qu e a le g a r a c e rc a de lo s in q u ie tan te s p ro b le m a s
d e la h is to r ia s o c ia l y d el a c o n te c e r p o lític o de la
é p o c a 8. A m í, en c a m b io , el so c ia lism o n o m e p a re c ía
u n a o p c ió n , p u e s no lo g r a b a con v en cer a m i ra z ó n . D e
jo v e n , en tie m p o s de la R e v o lu c ió n ru sa , ejerció so b re
m í un cierto p o d e r de fa sc in a c ió n , al e x tre m o de qu e,
b a jo el m o d e lo de la R e v o lu c ió n de N o v ie m b r e , m e
im a g in a b a c ó m o p o d ía ser u n a re p ú b lic a so c ia lista en
A le m an ia. Pero n o p u e d o a firm a r q u e p a s a r a ja m á s de
132
MARBURGO: EN LA ESFERA DE HEIDEGGER Y LA GNOSIS
la típ ic a fa se en la q u e se cree q u e la H is t o r ia só lo
p u ed e a v a n z a r a trav é s de u n a re v o lu ció n v io le n ta, la
to ta l d estru cció n de la so c ie d a d y la d ic ta d u ra del p r o
le ta ria d o . Q u e lo s fines de la so c ia ld e m o c ra c ia m e fu e
ran m á s sim p á tic o s qu e lo s del P a rtid o P o p u la r A le
m án de G u sta v Stresem an n y lo s de lo s n a c io n a lista s
alem an es, cae p o r su p ro p io p e so . Si só lo h u b iera ten i
d o esa o p c ió n , h a b ría o p ta d o p o r el v o to so ciald e m ó -
c ra ta . D e hecho v oté al P artid o D e m o c rá tic o A lem án ,
qu e era lib eral o in clu so lib eral de d erech as. M e p re o
c u p a b a m u ch o m á s el fu tu ro de lo s ju d ío s. Q u iz á fu era
en su d ía u n a p o sició n e g o ísta , p ero y o no m e o c u p a b a
de en co n trar un fó rm u la p a r a so lv e n tar lo s p ro b le m a s
m u n d ia le s, sin o q u e m e c o n c e n tr a b a en el h ech o de
que la ex iste n cia ju d ía en el G a lu t - h u m a n a , p sic o ló g i
ca y p o lític a m e n te - era in so ste n ib le a la la rg a y d eb ía
ser su p e ra d a con a y u d a de la p ro p u e sta sio n ista . C o n
esto q u e d a b a n c u b ie rta s, m á s o m e n o s, to d a s m is ne
c e sid a d e s p o lític a s , y el crecien te a n tise m itism o y el
p r o g r e s o d el m o v im ie n to h itle ria n o en A le m a n ia no
h acían sin o re afirm arm e to d a v ía m ás.
T a m p o c o H a n n a h A ren d t, en lo referente a la p o lí
tica, c o n stitu ía u n a ex ce p c ió n , y e so qu e p ro ce d ía de
un h o g a r p o litiz a d o , su m a d re h a b ía sid o u na de las
p rim e ra s s o c ia lis ta s y a d m ir a d o r a s de R o s a L u x e m -
b u rg o 9. E n sí c o n ta b a co n to d a s las p re d isp o sic io n e s
p a r a c o m p ro m e te rse p o líticam e n te; co n lo s so c ia lista s,
c la ro . Pero p a ra ella el p o d e r de la filo so fía sig n ifica b a
en su p e n sam ie n to y en su ser la in m ed iata e x clu sió n
de to d a e sa e sfera. Se p o d ría tr a z a r un p a ra le lism o con
lo s p rim e ro s c ristia n o s qu e se a p a r ta b a n del m u n d o o
se re tira b a n al d esierto p a r a h uir del m u n d o y en co n
trar, en c o n ta c to d irecto co n D io s, su p erfe ccio n am ie n
to: a sí era la filo so fía de H a n n a h A ren d t. E ra un á m b i
to an ím ico -esp iritu al q u e a p a r ta b a de sí el gen tío y el
r 33
H A N S JO N A S
134
MARBURGO: EN LA ESFERA DE HEIDEGGER Y LA GNOSIS
135
H A N S JO N A S
136
MARBURGO: EN LA ESFERA DE HEIDEGGER Y LA GNOSIS
su c a ñ a . .. ” . P ero e n to n c e s su p a d r e le in te r ru m p ió :
“ E sp e ra , h o m b re , ¡a sí n o se le e !” . Y en ton ces co m en zó
a re citarlo él, m u y len tam en te, y a sí c o m p re n d ió p o r
p rim e ra vez qu é clase de p o e m a era. “ D esd e a q u el m o
m e n to ” , d ijo Y o r c k v o n W a rte n b u r g , “ c u e n to e ste
p o e m a entre lo s m á s im p ereced ero s te so ro s de la len
g u a a le m a n a ” . H a n s Y o rc k v o n W a rte n b u rg e ra un
jo ven sen sible, qu e m e c o n fió m u c h a s a su n to s p e rs o
n ales. E n la s p a re d e s de su h a b ita c ió n a lq u ila d a c o lg a
b an d o s c u a d ro s, qu e al p are ce r se h a b ía lle v ad o c o n si
g o a P a rís. U n o e r a , n a tu ra lm e n te , un re tra to de su
a n te p a sa d o , el co n d e Y o rck v o n W arten b u rg von Tau-
ro g g e n , firm a n te del fa m o s o T r a ta d o de T a u r o g g e n ,
p o r el qu e, de p ro n to , tra s la re tira d a de N a p o le ó n de
M o sc ú , P ru sia se p o n ía de p arte de R u sia . El p rin cip io
de la lib e ració n : u n a v ieja lám in a. El o tro era - h a y que
o írlo p a r a c re e rlo - N a p o le ó n B o n a p a rte en el puente
de A rco li, u n o de lo s g ra n d e s re tra to s del jo ven gen e
ral. E l jo ven co n d e Y o rck v on W arten berg era un a d
m ira d o r de N a p o le ó n . ¡A sí qu e en su h a b ita c ió n e s ta
b an su a n te p a sa d o y su p e o r en em igo! En lo s a ñ o s de
e m ig ra c ió n p e n sa b a de vez en c u a n d o : “ ¿Q u é h a b rá
sid o de H a n s Y o rck v on W arten b u rg? ¿ C ó m o se c o m
p o r ta r ía ? ¿ C ó m o so b r e v iv iría a la é p o c a n a z i? ” . Su
h e rm a n o m ay o r, P au l Y o rck v o n W a rte n b u rg , h a b ía
p a r tic ip a d o en el a te n ta d o de 1 9 4 4 , y lo e je c u ta ro n .
N o fue h a sta m u ch o m á s tard e c u a n d o su p e qu é h a b ía
sid o de H a n s. L a v iu d a de P au l, co n d e Y o rck v on W ar
te n b u rg, M a rio n Y o rck v o n W arten b u rg, e x p lic a b a en
su lib ro La fuerza del silencio q u e su jo v e n c u ñ a d o
h a b ía m u erto d u ran te lo s p rim e ro s d ía s de la II G u e rra
M u n d ia l en P o lo n ia 17. A l p arecer era el h ijo p red ilecto
de la m ad re , a quien no fue p o sib le c o n so la r de esta
p é rd id a . Fue u n a de la s m u c h a s m u ertes de a q u e lla h o
rrible g u erra.
137
H A N S JO N A S
E n lo s a ñ o s del a sc e n so al p o d e r de H itle r p o s tu la b a
p a r a u n a p la z a de p r o fe so r n o titular. S ó lo m e d ian te la
h a b ilita c ió n y u n a c a rre ra a c a d é m ic a p o d ría h ab erm e
e m a n c ip a d o de la a y u d a e c o n ó m ic a qu e re cib ía de m is
p a d r e s. E n u n a o c a sió n tam b ién le h ab lé de ello a K a rl
J a s p e r s , p e ro se r e tra jo , p u e s p re su m ib le m e n te h a b ía
o tr o s q u e le e ra n m u c h o m á s p r ó x im o s f ilo s ó fic a o
p e rso n alm e n te . N o ten ía a n ad ie qu e se h iciera c a rg o
de m i c a so . H u sse rl y a era d e m a sia d o m a y o r y d esd e
lu eg o n o se h a b ría c o m p ro m e tid o p o r a q u e llo s q u e le
a b a n d o n a r o n y se p a sa r o n a H eid egger. E l p ro p io H e i
d egge r era m u y re a cio a este tip o de re lació n . A d e m á s,
en 1 9 2 8 , ju b ila d o H u sse rl, v o lv ió a su círcu lo de in
flu e n c ia r e a l, a F r ib u r g o . O fic ia lm e n te n o p o d ía ni
p e n sa r en h a b ilita rm e sin ten er p rim e ro el te x to de la
te sis de h a b ilita c ió n . P ero, c o m o c o n tin u a b a e n fra s c a
d o en la p u b lic a c ió n de m i te sis d o c to ra l, era d u d o so
e sta b le ce r d ó n d e te rm in a b a la te sis y d ó n d e c o m e n z a
b a la h a b ilita c ió n , p u e s q u e ría se g u ir tr a b a ja n d o so b re
la m ism a te m á tic a . Sin e m b a rg o e x istía u n a n o rm a no
escrita so b re el h ech o de q u e el te m a de h a b ilita c ió n
d e b ía ser o tro q u e el te m a de la te sis d o c to ra l, de m a
n era q u e d u ran te m is ú ltim o s a ñ o s en A le m a n ia , d esd e
m e d ia d o s de 1 9 2 8 h a sta en ero de 1 9 3 3 , n o ten ía m u y
c la ro en qu é d eb ía co n cen trarm e en re a lid a d . E n re su
m id a s c u e n ta s, d e b ía b u sc a r un n u evo te m a. P ero lo s
a c o n te c im ie n to s m u n d ia le s co n v e rtiría n e sta d e c isió n
en a lg o s u p e r flu o , p u e s tr a s la to m a d el p o d e r p o r
p a rte de H itle r era m á s q u e eviden te qu e e sa h a b ilita
ció n n o te n d ría lugar.
138
V
E m ig r a c ió n , a s ilo y a m ig o s e n J e r u s a lé n
139
H A N S JO N A S
en a q u e lla é p o c a y a sa b ía v a lo r a r lo h e rm o sa q u e es la
lib e rta d qu e le co n fiere a u n o u n a m á s c a r a , p u d ie n d o
d isfru ta r y b a ila r co n la s c h icas g u a p a s . Y m ie n tras e s
t á b a m o s c e le b r á n d o lo , b e b ie n d o y d a n z a n d o , c o r rió
p o r la sa la la n o ticia de qu e H itle r h a b ía sid o n o m b ra
d o C an cille r del Im p erio . T o d a v ía re cu erd o q u e m e fui
a c a s a y le dije a m i m ad re : “ G ra c ia s a D io s. A l fin ha
lle g a d o el m o m e n to . E sta es la ú n ica m a n e ra de qu e
lo g re m o s lib ra rn o s de e sa p este. E n u n o s p o c o s m eses
h a b rá n p e rd id o to d a cre d ib ilid a d . A lg u n a vez les ten ía
q u e lle g ar el tu rn o y c o m o so n v e rd a d e ro s d em en tes se
d e c la ra rá n en q u ie b ra en p o q u ísim o tie m p o ” . E sta b a
h a b la n d o de u n o s p o c o s m e se s. N o se p o d ía h a b e r
h e c h o u n p r o n ó s t ic o m á s e r r ó n e o . Y p r o n to m e di
cu e n ta de qu e n o se cu m p liría. El arte y la m a n e ra con
qu e lo s n azis ib an g a n a n d o m á s y m á s p o sicio n e s en el
p od er, c ó m o ib a n a rrin c o n a n d o a A lfred H u g e n b e rg y
a F ran z v o n P ap en , m o n o p o liz a n d o y a u m e n ta n d o su
p o d e r de m a n e ra crecien te, c a m b ió m i p e rsp e ctiv a. Fue
so b re to d o el 1 de a b ril c u a n d o tuve c la ro q u e, in d e
p en d ien tem en te de lo qu e a q u e llo d u ra se , n in gún ju d ío
que re sp e ta se en a lg o su h o n o r p o d ía q u e d a rse en ese
p a ís. N o p e n sa b a en a b s o lu to en u n a a m e n a z a c o n tra
n u e str a e x iste n c ia fís ic a , y a q u e en ese m o m e n to el
p la n de a se sin a rn o s a to d o s to d a v ía n o e x istía . El Mi
lucha de H itle r n in gu n o de n o so tro s se lo h a b ía leíd o .
S ó lo G ü n th e r Stern d iría m uchofs a ñ o s d e sp u é s: “ Y o
fu i u n o de lo s q u e leyó el Mi lucha y su p e q u e allí re si
d ía el p e lig r o ” . P ero d a d o qu e en a q u e l tie m p o n u n ca
se lo o í d ecir, te n g o m is d u d a s de h a s t a q u é p u n to
p u e d o creer en su s p a la b r a s o si en e sto n o le tra ic io n a
la m e m o ria . E n c u a lq u ie r c a so y o c o n sid e ra b a q u e leer
e so era in d ig n o de m í. N a d ie q u e e sp iritu a lm e n te se
v a lo r a se en a lg o c a y ó tan b a jo c o m o p a r a tr a g a rse se
m e jan te b o d rio . E so d esd e lu ego fue un error. C u a n d o
140
EMIGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
ñ era qu e lo q u e to d a v ía q u e d a b a de tr a b a jo de r e d a c
ció n p u d ie ra c o m p le ta rlo en la s m e jo re s co n d icio n e s.
P o r o tra p a rte , im a g in a b a qu e a c o stu m b ra rm e a la si
tu a c ió n en P ale stin a p ro b a b le m e n te re q u e riría m u ch o
te só n y q u e d eb e ría c o n c e n tra r m is e sfu e rz o s en la he-
b ra iz a c ió n ; p e ro an te to d o el c a so es qu e ig n o r a b a con
q u é lib ro s c o n ta b a en re a lid a d la b ib lio te ca de la U n i
v e rsid a d de Je r u s a lé n . D e m a n e ra qu e m e q u e d é d u
ran te un a ñ o y m e d io en In g late rra y d esd e a llí su p e r
visé la e d ició n de m i lib ro . L le g a b a 1 9 3 4 . D u ra n te ese
tie m p o n o h a b ía p is a d o su e lo a le m á n , to d o lo so lu c io
n a b a p o r v ía p o sta l. E n u n a o c a sió n v iajé a H o la n d a ,
d o n d e m e en con tré co n alg u ien de G la d b a c h ; en o tra ,
a P arís, p a r a v isita r a H a n n a h y G ü n th e r Stern , q u e v i
v ían allí c o m o in m ig ran te s, y, an te s de p a rtir p a r a P a
lestin a, q u ed é co n m is p a d re s en S u iz a. A A le m a n ia n o
v o lv í h a sta ju lio de 1 9 4 5 4.
M e a c u e r d o p e rfe c ta m e n te d el d ía en q u e sa lí de
A le m an ia. E ra un d ía h erm o sísim o de la s p o strim e ría s
del v e ra n o , a fin ales de a g o sto , y m is p a d re s y yo n o s
p a se á b a m o s p o r el jard ín . T o d o e sta b a listo: ten ía el b i
llete de tren, lo s p a p e le s, la s m a le ta s e sta b a n h ech as, y
el en vío p o ste r io r de lo s m u eb les a P alestin a, q u e d e b ía
ten er lu g a r c u a n d o y o m e m a rch a se de In g la te rra , e s ta
b a o r g a n iz a d o . P a se a n d o p o r a llí - l a ú ltim a vez q u e
e s tá b a m o s ju n to s - c o m o so lía m o s h ace rlo en v e ran o ,
de p r o n to , c o m o si r e sp o n d ié r a m o s a u n a se ñ a l, lo s
tres ro m p im o s a llorar. H a s t a en to n ces n o h a b ía m o s
d e r ra m a d o ni u n a so la lá g rim a a p e sa r de lo s a c o n te ci
m ie n to s, ni siq u ie ra c u a n d o d ecid í em igrar, p ero c u a n
d o to d o h a b ía a c a b a d o y lle g a b a la ú ltim a m e d ia h o ra ,
lo s ú ltim o s diez m in u to s, e m p e z a m o s a llo ra r d e sc o n
so la d a m e n te . Y y o h ice u n ju r a m e n to s a g r a d o , u n a
p ro m e sa : n o re g re sa r ja m á s, de n o ser c o m o so ld a d o
de un ejército in vasor. Y a he c o m e n ta d o qu e m is fan ta-
142
EM IGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
143
H A N S JO N A S
144
EMIGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
145
H A N S JO N A S
u n a s tres se m a n a s y v o lv iero n a c a sa . M i p a d re y a se
a p o y a b a , p e n o sa y te m b lo ro sa m e n te , en un b a stó n . L a
e n fe rm e d a d h a b ía a n id a d o en él, p e ro se se n tía p r o
fu n d am e n te c o n m o v id o p o r el en cu en tro c o n su h ijo y
p o r el h ech o de h a b e r lle g a d o a ver P ale stin a, la T ierra
de lo s P a t r ia r c a s , y h a b e r c e le b r a d o u n a N o c h e de
Sed er en Je r u sa lé n . L o c e le b ra m o s en c a s a de un p rim o
m ío , H ein z S im o n , un h ijo de su h e rm a n a E lfried e, de
L ech en ich , q u e tam b ié n v iv ía en Je r u sa lé n y c u y o s p a
d res h a b ía n v en id o a v isitarle en el m ism o b a rc o . L o s
p a d r e s d e a m b o s t o m a r o n el c a m in o d e v u e lta , lo s
S im o n h a c ia su p e rd ic ió n , p u e s m á s ta r d e se ría n d e
p o r ta d o s , y, en m i c a s o , m i p a d re m u rió en 1 9 3 8 , y m i
m a d re fue a se sin a d a m á s ta rd e . T o d a v ía h u b ieran p o
d id o , p u e s, sa lir del p a ís , p e ro n o ten ían un c e rtific a d o
de in m ig r a c ió n . P a r a e n to n c e s to d a v ía h u b ie ra sid o
p o sib le c o n se g u ir u n o : c u a n to an te s se in te n ta ra , esto
es, c u a n to c o n m á s d in ero se p u d ie ra su fr a g a r la p e ti
c ió n d e a s ilo p a r a P a le s tin a o p a r a c u a lq u ie r o tr o
lu gar, m á s o p o rtu n id a d e s te n ías. C u a n to m á s e s p e r a
r a s , m á s difícil se h a c ía , y la gen te q u e al fin al lo g ró
salir, lo h icie ro n c o n d iez m a r c o s en lo s b o ls illo s , o
h a sta sin un c é n tim o 5.
T r a s la m u e r te d e m i p a d r e , m i m a d r e v iv ió u n
tie m p o en c a s a de m i tío L e o . Se h a b ía c a s a d o co n u n a
m u je r e n c a n ta d o r a y m u y in teligen te, p e ro a lg o e n fer
m iz a , de m a n e ra q u e h a b ía e n v iu d a d o . Su s h ijo s eran
c o n sid e ra b le m e n te m a y o re s q u e y o. Su h ijo , H a n s H o
ro w itz , h a b ía a p re n d id o la p ro fe sió n de c o m e rcian te y
h a b ía e m ig ra d o a H o la n d a ; allí a c a b ó p o r alc a n z a rle
su d e stin o y fu e d e p o r ta d o al este. Su h ija L o tte , p o r el
c o n tra rio , q u e y a de m u y jo v e n h a b ía sid o e n v ia d a a
L is b o a c o m o g o b e r n a n ta y h a b ía a p re n d id o p o rtu g u é s,
se c a s ó c o n un jo v e n de D ü sse ld o r f. E m ig ra r o n y se
a se n ta ro n en S a n tia g o de C h ile. T ío L e o , a cu y a p u e rta
146
EM IGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
147
H A N S JO N A S
148
EMIGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
149
H A N S JO N A S
150
EM IGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
la d e b a c le g e n e r a liz a d a de la s p o te n c ia s c e n tr a le s 9.
C u a n d o , te rm in a d a la g u e rra , v o lv ió a Berlín se tr a jo
c o n sig o a u n a m u je r de la c o m u n id a d se fa rd í de E s
ta m b u l, cu y a len g u a m a te rn a , p o r cierto , n o era el e s
p a ñ o l se fa rd í sin o el g rie g o . E n E sta m b u l h a b ía u n a
clase b u rg u e sa cu y a len gu a v eh icu lar era el g rie g o . Si
en su c a sa se h a b ló a lg u n a vez la d in o , n u n ca llegué a
a v e rig u a rlo . Irene L ich th eim era de v e rd a d u n a m u jer
e x tra o rd in a ria m e n te bella. T en ían d o s h ijo s. U n n iñ o,
al qu e lla m a ro n G e o rg e , y u n a n iñ a lla m a d a M iria m .
D o s c a b e z a s de ch o rlito , e s p ig a d o s y de m ie m b ro s la r
g o s, qu e te n ían a lg o re fin a d o y a risto c r á tic o . G e o rg e
p o se ía un in telecto b rillan te, a n a lítico y era un o r a d o r
y e sc rito r ex ce le n te . E ra m a r x is ta , to d o lo c o n tr a rio
qu e su p a d re , un d istin g u id o b u rg u és q u e se e n c o n tra
b a en la feliz situ a c ió n de n o h a b e r ten id o qu e tr a b a ja r
n u n ca, sin o qu e p o d ía p erm itirse el lu jo de ser, sin c o
brar, un p o lític o sio n ista , un p o lític o del in cipien te E s
ta d o ju d ío . D e h ech o G e o rg e era un m a r x ista n o b le,
u n a p e rso n a c o n v e n c id a de la d o c trin a m a r x ista qu e
e sta b a de p a rte de la clase tr a b a ja d o r a e in clu so d e fe n
d ía la d ic t a d u r a d el p r o le t a r ia d o , a u n q u e c u a lq u ie r
h ech o sa n g u in a rio y to d o u so de la v io le n cia eran to-
talm en te a je n o s a su n a tu ra le z a . Pero a p r o b a b a to d o
lo q u e le p a re c ía n e c e sa rio p a r a a y u d a r a q u e el s o c ia
lism o se im p u sie r a 10. Y el c a so es q u e tam b ién y o p r o
ced ía de la in d u stria. E n n u e stra c a sa h a b ía a p re n d id o
q u é sig n ifica ser tr a b a ja d o r de fá b ric a . C o n o c ía a lo s
o b re ro s. Y en u n a o c a sió n le p regu n té: “ G e o rg e , dim e:
h a b la s del d estin o de la clase tr a b a ja d o r a , h as e stu d ia
d o a M a r x y a E n gels. Pero ¿h a s e sta d o a lg u n a vez en
u n a fá b ric a , en u n a e m p re sa in d u stria l?” . E l re sp o n d ió :
“ N o , n u n c a ” . “ D e b e ría s h ace rlo p a r a c o n o ce r un p o c o
a la clase tr a b a ja d o r a a la qu e c o n sa g r a s tu p e rso n a y
to d o s tu s e sfu e rz o s” . Y a ñ a d ió : “ N o lo n ecesito. T o d o
152
EMIGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
x 53
H A N S JO N A S
blü h t, q u e m á s ta rd e a d o p ta r ía el n o m b re de P in ch as
R o se n y se ría el p rim e r m in istro de Ju s tic ia del E sta d o
de Isra e l, p erten ecía al a la d irigen te del sio n ism o a le
m á n , p e ro él era la fig u ra m á s d e s ta c a d a 12. E s ta b a c a
s a d o c o n u n a m u je r e x tra o rd in a ria m e n te a tr a c tiv a , in
g e n io sa y e n c a n ta d o r a , p e ro q u e , p a r a su d e s g r a c ia ,
era a n tisio n ista . C o n s id e r a b a qu e el sio n ism o era to
talm en te e q u iv o c a d o y se n eg ó a segu irle a P a le stin a , a
p e sa r de q u e su e s p o so v ivió a llí d esd e in icio s de lo s
a ñ o s trein ta. C u a n d o en 1 9 3 3 n o le q u e d ó m á s re m e
d io q u e e m ig ra r ta m b ié n , n o se tr a s la d ó a P a le stin a ,
d o n d e e s ta b a su m a r id o - n o e sta b a n s e p a r a d o s , sim
p le m e n te n o v iv ía n ju n t o s - , sin o q u e se m a r c h ó a
L o n d r e s c o n su s d o s h ijo s a d o le sc e n te s. P o r c ie r to ,
c o n e s c a la en M ó n c h e n g la d b a c h , en la calle M o z a r t
n ú m e r o 9 , d o n d e p a s ó u n a n o c h e en n u e str a c a s a ,
p u e s n o s h a b ía m o s h ech o a m ig o s y y o era un g ra n a d
m ir a d o r su y o . D ig a m o s qu e e s ta b a a lg o e n a m o r a d o de
ella. E ra u n a m u je r fa sc in a n te y e n c a n ta d o r a p e ro de
d ien tes a fila d o s . M a n tu v o , in flex ib le, la re la ció n co n
su m a r id o y se m a n tu v o firm e en su p u n to de v ista ,
q u e era: “ ¡N o , a P ale stin a n o !” . E n L o n d re s a b rió u n a
p e n sió n en G o ld e rs G reen . A llí tam b ié n se h o sp e d a ro n
te m p o ra lm e n te K a r l M a n n h e im y o tra s p e rso n a lid a d e s
de la e m ig ra c ió n in telectu al y a c a d é m ic a q u e m a rch ó a
L o n d r e s, c o m o A d o lf L ó w e n ste in y o tro s. Y p o r allí
p u lu la b a ta m b ié n , c o m o a m ig o de la c a s a , G e o r g e
L ic h th e im . A llí n o s c o n o c im o s . T a m b ié n v isité a su
m a d re a q u ien , c o m o so y m u y sen sib le a la belleza fe
m e n in a, di p ru e b a s de m i a d m ira c ió n de un m o d o v isi
ble. Y tam b ié n es a g ra d a b le p a r a u n a m u jer h e rm o sa
de m e d ia n a e d a d q u e un h o m b re tan jo v en la venere y
ad m ire . E n to d o c a so en p rim e r lu g a r era m ad re y sa c ó
p ro v e c h o de m i v e n e ra c ió n c o m o sig u e : m e in v itó a
to m a r el té u n a ta rd e y m e co m u n ic ó qu e su d eseo era
154
EMIGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
155
H A N S JO N A S
1 56
EMIGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
157
H A N S JO N A S
te y u n a c a ra c o m o la q u e d escrib ió H a n s S a m b u rsk y
en su p o e m a “ R e tra to de un f iló lo g o ” :
Se c a lla . Su d e se o de q u e le dejen en p a z
le p e sa c o m o un lastre ,
qu e en su g rav e y so n o r a voz
se m a n ifie sta , c u a n d o de p ro n to h ab la.
S ó lo le fa lta b a u n a c o sa : e sa b a r b a ,
e sp e sa y n e g ra , te n sa d a en to rn o a su c a ra ,
le a se m e ja al e m p e ra d o r o juez
de un p a ís re m o to , in e x p lo ra d o .
P o r el c o n tr a rio , y o te n ía c a r a de n iñ o. A ñ o s m á s
ta r d e , p o r d a r u n p e q u e ñ o s a lt o , c u a n d o e n tre ta n to
h a b ía m o s so b re v iv id o a u n a g u e rra m u n d ial y v o lv í a
ver a a m ig o s qu e h a b ía p e rd id o d u ran te m u ch o tie m
p o , m e en con tré, c u a n d o v isité a K a rl J a s p e r s en H e i
d elb erg , a D o lf Stern berger, qu e m e e x p lic ó la sig u ie n
te h isto ria : “ S a b e s ” , m e d ijo , “ tu n o m b re se m e n cio n ó
en u n a o c a sió n en e sto s a ñ o s. E n 1 9 4 3 , cre o , a sistí a
u n a c o n fe r e n c ia en P a rís, d o n d e , b a jo la o c u p a c ió n
a le m a n a , h a b ía u n a v id a c u ltu r a l a le m a n a . (Q u ie r o
adicionar; • t ->y \ c \ • i/
a ñ a d ir que D oír Ste rn b e rger y su e s p o sa , que era ju d ia ,
p a sa r o n to d a la g u e rra en A le m an ia y qu e él íogrcT sal-
v a r a su m u je r). T ra s la c o n fe re n cia, E rn st Jü n g e r, qu e
re sid ía en el h o tel G e o rg e V de P arís, en el b a rrio p rin
c ip a l de la cu ltu ra de la a d m in istra c ió n m ilitar a le m a
n a de P arís, m e re cib ió . E n tré en la sa la y vi al fo n d o a
158
EMIGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
159
H A N S JO N A S
m i m a d re h a b ía sid o m u y estre ch a y h a b ía m o s v ia ja d o
m u ch o ju n to s, p u e s m i p a d re y a n o ten ía á n im o s p a r a
v iajar. N o s e n te n d ía m o s m u y bien. E ra realm en te u n a
re la c ió n fa sc in a n te en tre u n a m a d re y su h ijo jo v e n ,
to d a v ía so lte ro . C ó m o tu v o lu g a r e x a cta m e n te el en
cu e n tro co n Sch o lem , lo he o lv id a d o . S a b ía qu e h a b ía
v en id o d esd e P ale stin a de v isita a L o n d re s, y q u e a l
gu ien , creo qu e M a rtin Buber, h a b ía ten id o la id ea de
qu e se ría u n a o p o rtu n id a d ú n ica, y a qu e y o ten ía que
p a s a r p o r L o n d re s y Sch o lem ju stam e n te e sta b a allí, de
e n c o n tra rn o s to d o s.
D e m a n e ra q u e c o n o c í a Sch o le m e sta n d o c o n m i
m a d r e . N o s h izo u n a v isita en n u e stro h o te l, d o n d e
n o s v io , ta n to a m í c o m o a R o s a J o n a s , p o r p rim e ra
vez. C h a rla m o s y d esd e el p rim e r m o m e n to se m o stró
m u y in te re sa d o en m is p ro y e cto s. A q u e llo fue d e sp u é s
de d o c to ra rm e , p e ro m u ch o an te s de te rm in ar el p ri
m er v o lu m e n de Gnosis y espíritu tardoantiguo, q u iz á
en 1 9 3 0 . Y fue el ú n ic o , si n o re c u e rd o m a l, al qu e
tu v e al c o rrie n te de lo s p r o g r e s o s de la o b r a , el qu e
p rim e ro se m iró la in tro d u cc ió n y el p rim e r c a p ítu lo y
qu e m e e scrib ió fa v o ra b le m e n te ac e rc a de ello s. E n to n
ces fu i e n v iá n d o le c a p ítu lo p o r c a p ítu lo ; él e n c o n tró
a p a sio n a n te el lib ro y m e escrib ió so b re él un in fo rm e
m u y fa v o ra b le qu e en u n a o c a sió n , m á s a d e la n te , m e
fue m u y útil. E n tre o tr a s c o s a s en este in fo rm e escrib ió
q u e h a b ía se g u id o el d e sa rro llo de la o b ra co n un in te
rés crecien te, y q u e c o n c a d a c a p ítu lo qu e le e n v iab a
su im p re sió n se to r n a b a m á s p o sitiv a . Se le fue h acie n
d o ev id en te q u e h a b ía q u e v a lo r a r lo c o m o u n a o b r a
q u e m e re cía to d a su a p r o b a c ió n y ate n ció n . T o d a v ía
re cu e rd o la fra se : “ C o n c a d a c a p ítu lo a u m e n ta b a m i
a d m ir a ció n p o r e sta o b ra y su o r ig in a lid a d ” .
M a r tin B u b er, al q u e a g r a d e z c o q u e m e fa c ilita se
ese c o n ta c to , e s ta b a entre lo s p rim e ro s qu e a la b a r o n el
160
EMIGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
161
H A N S JO N A S
r e sp e c to a la c o n c ie n c ia a n tig u a y c lá s ic a . L e h a b ía
h ech o un g ra n c u m p lid o y recib í u n a c a rta su y a d esd e
M u n ic h en la q u e m e a g ra d e c ía q u e le h u b iera e n v iad o
el lib ro y d ecía: “ Se tr a ta de u n a de la s é p o c a s m á s d e
c isiv a s de la h isto ria u n iv ersal. Y to d a v ía n o se le ha
p re sta d o la su ficien te ate n ció n ni e stu d ia d o lo n e c e sa
rio . L o q u e y o d e c ía so b r e e lla , n o lo h a e n te n d id o
n ad ie m á s q u e u sted . Su yo . O sw a ld S p e n g le r” . E se era
el m a y o r c u m p lid o q u e p o d ía h ab erm e h echo.
Lina cierta fa m a m e p reced ía c u a n d o llegué a Jeru -
salé n , y el círcu lo de a m ista d e s se fo rm ó co n fa c ilid a d .
U n im p o rta n te d istin tiv o co m ú n de este g ru p o de a m i
g o s e ra q u e n in g u n o de n o s o t r o s e s ta b a c a s a d o . O
bien n o h a b ía n c o n tra íd o m a trim o n io n u n ca, o a c a b a
b a n de se p a r a rse , o v ivían le jo s de su s e s p o sa s p o r m o
tiv o s m u y p e n o s o s , c o m o en el c a s o de S a m b u r sk y ,
cu y a e s p o sa era m a n ía c o d e p re siv a y e sta b a in te rn ad a
en u n a in stitu ció n . C re o q u e al fin al in clu so se d iv o r
ció de ella. E l p rim e r m a trim o n io de Sch o lem a c a b a b a
de ro m p e rse (el sigu ien te fue H u g o B e rg m an , q u e m á s
ta rd e se c a sa r ía con la m u je r qu e se h a b ía d iv o rc ia d o
de S ch o le m , la se ñ o ra E sc h a ). El h ech o de qu e n o tu
v ié ra m o s la z o s era fa v o r a b le , p u e s c o n stitu ía m o s un
g r u p o de h o m b r e s en el q u e to d o s d is p o n ía m o s de
m u c h o tie m p o . N o h a b ía m u je re s e sp e ra n d o en c a s a ,
q u e in sistie ra n en q u e era m e jo r c o n s a g r a r la ta rd e del
S h a b b a t a e lla s q u e al p a r lo te o sin fin de lo s h o m b re s.
C u a n d o c o n el p a s o de lo s a ñ o s u n o tr a s o tro nnc fu i
m o s c a s a n d o o v o lv ie n d o a c a sa r, n o s d im o s c u e n ta
de q u e e s to h a b ía s id o b a s ta n te p e r ju d ic ia l p a r a el
d e s a r r o llo d el c írc u lo . N o s re u n ía m o s al m e n o s u n a
vez p o r se m a n a , la ta rd e del S h a b b a t. C o n H a n s Lew y,
en c a m b io , m e veía a d ia rio , p u es c o m ía m o s ju n to s, g e
n eralm en te en su c a sa , p o rq u e ten ía a algu ien que c o c i
n a b a p a r a él, a u n q u e a lg u n a vez tam b ién en m i c a s a , y
EMIGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
A Sch o lem (1 5 -1 -1 9 4 0 )
pantano
T ú , p e sc a d o r en la cién aga de los ign oran tes,
e x ta s ia d o b a lb u c e o in terp retas c o m o fo rm a
y d a s a un c o n fu so m o n tó n de p a la b r a s ,
en frase s artísticam en te e n sa m b la d a s, un
se n tid o ,
p ro d ig a n d o a sí el te so ro esp iritu alm en te
su blim e
en m a te ria s qu e so n de un o rd en inferior.
D e b e ría s, d esd e el Z o h a r q u e m a n d o las
n eg ras e m an acio n e s,
163
H A N S JO N A S
C u a n d o , im p o n e n te, h a b la co n u n a voz
q u e n o to le ra p ro te sta , y la m o n ta ñ a
to m a p o r a sa lto , in q u ie to p o r si algu ien
tre p a tr a s de sí,
y si algu ien se a rr ie sg a , co n p o d e r al en an o
o b se rv a n h u ra ñ o s y ard e n c o m o un fu e g o
qu e len tam en te sigu e d e v o rá n d o lo to d o ,
in sa n o y a lg o so sp e c h o so .
C o m o a veces un fra n q u ista
164
EMIGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
El p ro fe so r de M ístic a (n ov iem b re de 1 9 4 7 )
qu e lo in efab le de la v id a n un ca
es a lc a n z a d o p o r la s v a n a s p erv ersio n es
ni el e x ce so de o c u lta s h erejías.
A l m a rg e n de e so s m o m e n to s h u m o r ístic o s en lo s
que re c itá b a m o s tale s p o e m a s, d isc u tía m o s sin fin; h a
b lá b a m o s de to d o y de c a d a c o sa . Sin d u d a h a b ía cier
to s te m a s qu e re q u erían u n a esp e cial co m p e ten cia en
la m a te ria , y qu e n o s in cu m b ían esp e cialm en te a Scho-
lem , a P o lo tsk y y a m í; m e refiero a c u a n d o se p re su
p o n ía n c o n o cim ie n to s de c a b a lístic a y so b re el m u n d o
g n ó stic o de la A n tig ü e d a d . Sam b u rsk y , p o r el c o n tra
rio , era físico , a d e m á s de un h o m b re e x tre m ad am e n te
165
H A N S JO N A S
168
EM IGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
169
H A N S JO N A S
L o s S h a b b a ts e m p e z a ro n a tra n sc u rrir c o m o
el a g u a
q u e c a d a vez fluye m á s d ébil y al fin al, n a d a .
L o s a ñ o s ta r d ío s n o fu e ro n m á s q u e un p á lid o
172
EMIGRACIÓN, ASILO Y AMIGOS EN JERUSALÉN
173
VI
Amor en tiempos de guerra
V o lv a m o s a la é p o c a a n te rio r a la II G u e rra M u n d ia l.
M ie n tra s L ich th eim tr a b a ja b a en el p e rió d ico y el re sto
de m is a m ig o s e n se ñ a b a en la U n iv e rsid a d , m e ap u n té
al serv icio m ilitar. E n lo s d ía s de P ésaj de 1 9 3 6 , e sta n
d o m is p a d r e s de v is ita , c o m e n z ó el le v a n ta m ie n to
á ra b e c o n tra el g o b ie rn o fid e ico m iso y el p ro g ra m a de
a se n ta m ie n to s ju d ío . In m e d ia ta m e n te d e sp u é s de su
p a rtid a p a sé a fo rm a r p arte de la H a g a n a , la o rg a n iz a
ción ju d ía p a r a la a u to d e fe n sa , qu e era ilegal y c la n
d e s tin a , p e r o q u e c o n t a b a c o n u n b u e n e q u ip o de
m a n d o , au n q u e e sta b a m al a rm a d a . S ó lo u tiliz á b a m o s
a rm a s qu e p u d iesen e sco n d erse, esto es, q u e se p u d ie
ra n lle v a r en el c u e rp o , b a jo la r o p a : a r m a s lig e ra s,
p isto la s, revó lv eres y g r a n a d a s de m a n o . El tra n sp o rte
de e sta s a rm a s d esd e un b a lu a rte o de u n a c a sa a o tra
lo h acían c h icas, p u e s en ese e n to rn o , en el q u e la ley
islá m ica im p e ra b a co n ta n ta fu e rza qu e in clu so v in cu
la b a a la s fu e rz a s de se g u rid a d del g o b ie rn o fid e ico m i
so , só lo u n a m u je r p o d ía c a c h e a r a o tra . E ra im p o sib le
q u e lo s p o lic ía s o la s fu e r z a s a r m a d a s r e g istr a r a n a
u n a jo v e n , y a sí es c o m o p is to la s, g r a n a d a s de m a n o y
e x p lo s iv o s era n tr a n s p o r ta d o s p o r c h ic a s y m u je re s,
b a jo su s v e stid o s. L a m isió n de lo s h o m b re s c o n sistía
en re ch az ar lo s a ta q u e s n o c tu rn o s de lo s á ra b e s so b re
lo s k ib b u z im y lo s a se n ta m ie n to s ju d ío s d e sp e rd ig a d o s
en el c a m p o . E n el in terior de la s c iu d a d e s n o so lían
te n er lu g a r, p u e s la s g u e r r illa s á r a b e s se m a n te n ía n
175
H A N S JO N A S
o c u lta s en la s m o n ta ñ a s y en re fu g io s ru ra le s y só lo
a ta c a b a n de n och e a a se n ta m ie n to s in d e fe n so s1. P asé
m u c h as n och es a g a z a p a d o en lo s te ja d o s ro m o s de los
a se n ta m ie n to s qu e ro d e a b a n Je r u s a lé n , d o n d e p o r la
m a ñ a n a - in c lu s o en el m á s á r id o de lo s v e r a n o s - te
d e sp e rta b a s c a la d o p o r el ro c ío . E n to d o el tie m p o que
p erten ecí a la H a g a n a , qu e se p ro lo n g ó d u ra n te a lg u
n o s a ñ o s , n u n c a lle g u é a e n tr a r en c o m b a te . P ero
h a b ía qu e e sta r siem p re a p u n to . D e este m o d o p o s ib i
litá b a m o s a lo s c o lo n o s qu e p u d ie ra n d o rm ir d u ran te
la n och e y tr a b a ja r de d ía. Se d a b a p o r so b re e n te n d id o
qu e n o s o tro s, lo s de la c iu d a d , p o d r ía m o s se g u ir con
n u e stro tr a b a jo p u e s, al fin y al c a b o , éste n o era tan
im p o rta n te c o m o a q u e llo qu e d e fe n d ía m o s de n och e.
E vid en tem en te, m i d e d ic a ció n al se g u n d o v o lu m e n de
Gnosis y espíritu tardoantiguo se re sin tió p o r e llo .
A u n a sí era m i o b lig a c ió n . D u ra n te m i in stru cció n en
el m a n e jo de la s a rm a s n o a p re n d í m á s qu e a u tilizar
p is to la s de to d o tip o y a d isp a ra r al b la n c o , a sí c o m o a
z a fa r el se g u ro de la s g r a n a d a s de m a n o y a la n z a rla s.
P are cía c o m o si la p erten en cia a u n a d ete rm in a d a e s
tru c tu ra de m a n d o fu e ra en sí y p a r a sí eq u iv alen te al
a d ie stra m ie n to de un so ld a d o . Pero to d o era ileg al, se
c reto , ac o n te cía en la c la n d e stin id a d . E n m i círcu lo yo
era el ú n ico a c tiv ista de la H a g a n a 2. S a m b u rsk y o Po-
lo ts k y ta m b ié n se r v ía n en J e r u s a lé n , p e r o n o e ra n
m ie m b ro s de la H a g a n a m ó v il, qu e p o d ía ser en v iad a
al c a m p o en c u a lq u ie r m o m e n to . D e m a n e ra qu e en m i
círcu lo y o era, en lo qu e a e sto se refiere, u n a especie
de ex ce p c ió n . P or cierto , en Je r u sa lé n , d esd e el inicio
de lo s e n fr e n ta m ie n to s y p o r r a z o n e s de s e g u r id a d ,
e x istía to q u e de q u e d a im p u e sto p o r el g o b ie rn o fid e i
c o m iso , q u e se p r o lo n g a b a d esd e la s siete o la s o ch o
de la ta rd e h a sta la s cin co de la m a ñ a n a . E so fa c ilita b a
evid en tem en te la s la b o re s de c o n tro l de la s fu e rz a s de
176
AM OR EN TIEMPOS DE GUERRA
177
H A N S JO N A S
de a m ig o s de Je r u s a lé n to d o s e s ta b a n de a c u e rd o en
qu e lo s señ o res C h a m b e rla in y D a la d ie r a c a b a ría n c a
p itu la n d o en el ú ltim o m o m e n to . A sí es q u e a p o s té
c o n tra Sch o lem , qu e era m u g a fic io n a d o a la s a p u e sta s.
É l, a qu ien en c a n ta b a n la s gofosinas3, en c a so de g a n a r
recib iría u n a lib ra de m a z a p á n o c h o co late ; y o , p o r el
c o n tr a r io , u n p a to a s a d o p r e p a r a d o p o r F a n ia S c h o
le m , c o n q u ie n e n tre ta n to se h a b ía c a s a d o . F a n ja
S ch o le m , n a c id a F re u d , o rig in a ria de u n a fa m ilia g a li
c ia n a en la qu e se h a b la b a h eb reo m o d e rn o , era su se
g u n d a m u je r. L a c o n o c í c u a n d o lle g u é a J e r u s a lé n ,
c u a n d o to d a v ía e ra F a n ia F r e u d , y t o d o s m e d e c ía n
q u e e r a u n a c h ic a fa n tá s t ic a . N o es q u e fu e r a m u y
a tr a c tiv a , p e ro te n ía c a rá c te r y era u n a h e b ra ísta b ri
llan te. E so era u n a v e n ta ja m u y im p o rta n te en a q u e lla
é p o c a . D e vez en c u a n d o m e d a b a c la se s de h eb reo . In
c lu so S ch o le m re c o n o c ía su su p e rio rid a d en el á m b ito
del h eb reo . H a b ía v a rio s qu e p o d ría n h ab e rse c o n v e r
tid o en su e s p o so , p e ro al fin al le to c ó a Sch o lem . En
la é p o c a a la q u e m e e sto y re firie n d o , el m a trim o n io
y a te n ía a lg u n o s a ñ o s, y F a n ia to m ó p a rte h a sta cierto
p u n to en la a p u e sta , p u e s al fin y al c a b o m e d eb e ría
un p a to a s a d o . E s c o n o c id o de to d o s qu ién a c a b ó g a
n a n d o , v a m o s, y o: In g la te rra n o se ech ó a tr á s. E n tre
ta n to fu i lla m a d o a fila s, p e ro p ersev eré en el c u m p li
m ie n to d e m i a p u e s t a . D u r a n te u n p e r m is o m e
in v itaro n a c a s a de Sch o lem . T en go q u e d ecir qu e m e
sen tí a lg o d e se n g a ñ a d o a la h o ra de p a la d e a r m i v ic to
ria , p u e s h a b ía n in v ita d o a un g ra n n ú m ero de gente
de su círcu lo de a m ig o s y n o es q u e m e to c a r a un tro z o
d e m a sia d o g ra n d e del p a to a s a d o . ¡P ero en fin ! E ste
e p iso d io , p o r cierto , so b re ese S ch o le m a m a n te de la s
a p u e s ta s y de lo s d u lce s e stá re c o g id o en u n p o e m a
festiv o q u e c o m e n z a m o s en n u e stro círcu lo P ilegesch ,
y q u e e stá fe c h a d o el 5 de d icie m b re de 1 9 3 9 :
178
AM OR EN TIEMPOS DE GUERRA
Sch o lem se a p e g a a lo s d e m o n io s
qu e viven co n él, su b a lq u ila d o s.
L e e stán m u y a g ra d e c id o s,
p u e s se p a s a el d ía h a b la n d o de ellos.
Y de este m o d o a sie n ta su fa m a se re n a,
lo qu e de se g u ro les a g ra d a .
C la ro qu e el co ste de su s d u lces
n o p u ed en de n in gún m o d o d iscu tirle.
Pero en lugar de ello le ceden el peso específico
de to d a n o ticia qu e llega,
so b re b o d a , d iv o rc io , g u e rra y p a z ,
y to d o a q u e llo qu e p re o c u p a al h o m b re.
A sí h ace Sch o lem su s a p u e sta s,
a sa b e r: al co n trin can te n o h ay qu ien lo
salv e.
A sí le ev itan lo s seres o sc u ro s
in q u ie tu d , d isg u sto y o tro s g a sto s .
C o n la len gu a a to c a r del diente
p ercib e ya la d u lzu ra del m a z a p á n .
1 79
H A N S JO N A S
b u e n a t e m p e r a t u r a , p u e s en v e r a n o n o h a c ía ta n to
ca lo r. S u c a s a se e n c o n tr a b a en la R e c h o v H a - C h a -
b a sc h im , la calle de lo s A b isin io s, c e rc a de la R e c h o v
H a - N e v iim , la calle de lo s P ro fe ta s, en el b a r rio ab isi-
n io . A llí h a b ía m u c h a s c a s a s á r a b e s , p e ro en la s qu e
n o v iv ían m u su lm a n e s sin o á r a b e s c ristia n o s. N o eran
m u su lm a n e s c o n v e r tid o s p o r lo s m isio n e r o s, sin o r e s
to s de u n a p o b la c ió n c r istia n a q u e , en é p o c a s de la
g ra n e x p a n s ió n del isla m , n o h a b ía n q u e rid o c o n v e r
tirse y q u e se c o n sid e r a b a n su p e rio re s a su e n to rn o is
lá m ic o . A m e n u d o ta m b ié n era n m á s c u lto s y, n a tu
ra lm e n te , m á s o rie n ta d o s h a c ia E u r o p a , p u e s F ra n c ia
y o tr a s p o te n c ia s c r is t ia n a s h a b ía n sid o , d u r a n te el
d o m in io del Im p e rio O to m a n o en el q u e c o n stitu y e
ro n u n a m in o ría en u n a so c ie d a d d o m in a d a p o r lo s
m u su lm a n e s, su s p a ís e s p ro te c to re s. L o s c r istia n o s del
P ró x im o O rie n te , so b re to d o en el L íb a n o , te n ían p o r
fo r m a c ió n u n a a fin id a d m á s fu e rte c o n E u r o p a q u e el
re sto de á r a b e s. H a b ía n v e n d id o o a lq u ila d o c a s a s a
ju d ío s , d e m a n e r a q u e m u c h o s v iv ía n en c iu d a d e s
c o n str u id a s al e stilo á ra b e y te n ían v e c in o s á r a b e s. En
la m ism a c a lle de lo s A b isin io s en la q u e y o v iv ía e s
t a b a , p u e s , e s ta p e n s ió n H a g e lb e r g . C u a n d o en la
n o ch e de P u rim p a sé p o r a llí, p u d e ver a tra v é s de la s
v e n ta n a s ilu m in a d a s q u e h a b ía gen te b a ila n d o . V i a
u n a ch ic a c o n u n a b lu sa r o ja b a ila n d o y p en sé : “ P ues
y o ta m b ié n v o y a e n tr a r ” . Y a h a b ía v isto a e sa m u je r
c o n a n t e r io r id a d . U n a d ía p a s e a b a c o n m i a m ig o
H a n s L e w y p o r la c a lle de lo s P r o fe ta s c u a n d o n o s
c r u z a m o s c o n u n a jo v e n q u e lle v a b a u n a g o r r a c ir c a
s ia n a y q u e n o s m ir ó a lo s o jo s c o n c ie r to r e c e lo .
L e w y se le v a n tó el so m b re r o c e re m o n io sa m e n te y y o
p re g u n té : “ ¿Q u ié n es é s a ? ” . “ A h , a siste a m i se m in a
rio de L a tín en la U n iv e rsid a d . E s u n a e stu d ia n te , u n a
ta l se ñ o rita W ein er” .
180
AMOR EN TIEMPOS DE GUERRA
181
H A N S JO N A S
d a c a í re n d id o . D u ra n te la c o m id a n o p u d e e v itar p a
sa rm e el ra to m irá n d o la . C u a n d o de ta n to en ta n to le
v a n ta b a la v ista , su m ir a d a se c ru z a b a co n la m ía , y
e n se g u id a la d e sv ia b a . C u a n d o se lev an tó y se fue, dije
a H a n n a h y a G ü n th e r: “ Si m e d is c u lp á is . H a s t a la
v is ta ” . Y la segu í. L a v eía d e sd e le jo s a n d a r d elan te de
m í, d o b ló la e sq u in a y cru zó el p u en te so b re el N e ck ar.
U n a vez al o tro la d o su b ió la lo m a c o n su fr o n d o so
b o s q u e . E l c a m in o e r a z ig z a g u e a n te y y o la se g u ía
sie m p re a u n a c ie rta d ista n c ia . F in alm e n te se a p a r tó
del se n d e ro y b u sc ó a lg o entre la s r a m a s en la m ale za.
Y y o le grité d esd e el cam in o : “ ¿P u ed o a y u d a r la ? A h,
c la ro , e s ta m o s en A d v ie n to . V oy a a y u d a r la ” . Y n o s
p u sim o s a re co g e r ju n to s r a m a s de a b e to p a r a u n a c o
ro n a de A d v ie n to . L u e g o d e sce n d im o s la m o n ta ñ a . A sí
em p e zó un g ra n ro m a n c e , q u e se p ro lo n g ó d u ran te lo s
a ñ o s sig u ie n te s. E n tre el A d v ie n to de 1 9 2 9 y el c o
m ie n z o de 1 9 3 3 , la c o rte jé c o n to d a s m is a n s ia s . E l
c a s o es q u e e s ta b a c o m p r o m e tid a . E ra de n a tu ra le z a
m u y c ristia n a , y entre su s r a s g o s in ocen tes e sta b a el de
h a b e r se p r o p u e s to s a lv a r a u n jo v e n p síq u ic a m e n te
d e se q u ilib ra d o de un m o d o e s p a n to so , y p o r ta n to d is
p u e s ta a a g u a n tá r s e lo to d o . M á s ta r d e c o n sig u ió li
b ra rse de e sa in flu e n cia g r a c ia s al p sic o a n á lisis , p e ro
e so fue m u ch o d e sp u é s de q u e y o e m ig ra ra a P alestin a
y la p e rd ie ra de v ista. C o n to d o tu v im o s u n a re lació n
a p a s io n a d a : p a r a m í a p a s io n a d a , p a r a ella c a d a vez
m á s a f e c t u o s a c o n u n p a u la t in o ir c e d ie n d o , p e r o
sie m p re c o n la re se rv a de n o sen tirse libre, de qu e n o
p o d ía tr a ic io n a r su m isió n de sa lv a r el a lm a de a q u e l
h o m b re h o rrib le . E s tu d ia b a lite ra tu ra a le m a n a , p e ro
ten ía la se n sa c ió n de qu e n o era lo a d e c u a d o p a r a ella,
y tu v o la id ea d e, en lu g a r de e so , h ace rse fo tó g r a fa .
E n to n c e s d ije : “ E sc u c h a , te n g o u n a p r im a en G la d -
b a c h , L isl H a a s , q u e es fo tó g r a fa de p ro fe sió n , q u iz á
182
AMOR EN TIEMPOS DE GUERRA
te to m e c o m o a p re n d iz ” . Y a sí llegó a G la d b a c h e h izo
m u y b u en as m ig a s co n L isl H a a s , q u e se o fre ció a en
se ñ arla. M is b o n d a d o so s p a d r e s, de feliz m e m o ria , que
m e q u erían m u ch o , e sta b a n d isp u e sto s a d e ja rla vivir
en su c a sa d u ran te to d o un a ñ o , a p e sa r de qu e eso era
d u r o p a r a e llo s, e sp e c ia lm e n te p a r a m i m a d re . P a ra
em p e zar G ertru d n o era ju d ía , y e so era un p ro b le m a
p a r a ella, au n q u e la ch ica les c ay e ra sim p á tic a . E n se
g u n d o lu g a r su fría ligeram en te de tu b e rc u lo sis, y m is
p a d re s, qu e y a h a b ía n co n v iv id o b a sta n te co n la en fer
m e d a d , ten ían m ie d o de qu e m e c a s a r a co n u n a joven
en ferm a. E in clu so L isl H a a s , qu e le ten ía m u ch o a fe c
to , d ecía siem p re: “ Si será o n o u n a b u en a fo tó g r a fa ,
lo ig n o ro , p u e s su s d e d o s están ligeram en te h ú m ed o s a
c a u s a de lo s su d o re s. Y si h ay qu e m a n ip u la r p la c a s
fo t o g r á fic a s (p o r e n to n c e s to d o fu n c io n a b a to d a v ía
con p la c a s de c rista l), n o se p u e d e ten er su d o r en lo s
d e d o s. E sto tiene qu e ver co n su p ro p ia n a tu r a le z a ” .
E n re a lid a d al fin al se cu ró p o r co m p le to .
P ara m í y p a r a ella llegó en 1 9 3 3 la g ran cu e stió n ,
es decir, si q u ería m a rch a rse c o n m ig o , p e ro reh u só . N o
q u e r ía a b a n d o n a r la p a t r ia , y ta m p o c o e s t a b a ta n
u n id a a m í c o m o y o a e lla . H a b ía sid o m i a m a n te ,
p e ro de un m o d o p ecu liarm en te n e u ró tico c o n tin u a b a
p erten ecien d o a a q u e l o tro h o m b re qu e era un sá d ic o ,
qu e la to rtu r a b a an ím icam en te y qu e se m o rtific a b a a
sí m ism o y a lo s d em ás. P ero ese n o fue el m o tiv o p rin
cip al. L a ra z ó n fu n d a m e n ta l de qu e n o v in iera c o n m i
g o fue el sen tim ien to, a c e rta d o , de q u e ella n o e n c a ja
ría en un en to rn o ju d ío . E ra c ristia n a y lo fue el re sto
de su v id a. M á s tard e v o lv í a en trar en c o n ta c to con
e lla . A l p are ce r, en a q u e l m o m e n to se h a b ía d e ja d o
vencer p o r el sen tim ien to de q u e n o p o d ía tr a ic io n a r
m e, y se h u b iera o b lig a d o a ven ir c o n m ig o , au n q u e eso
la h u b iera h echo d e sg ra c ia d a p o r co m p le to . Se h a b ría
183
H A N S JO N A S
184
AMOR EN TIEMPOS DE GUERRA
185
H A N S JO N A S
cao golpeado
qu e a c o m p a ñ a r n o s sigu ió en silencio cu al p erro a p a le a
d o . M i G e rtru d y y o m a r c h á b a m o s triu n fa lm e n te , y
c u a n d o él q u iso d ecir a lg o , le señ alé: “ N o q u ie ro o ír ni
u n a p a la b r a ” . A l fin a l e sp e tó : “ B u en o , h a sta a q u í o s
a c o m p a ñ o ” . E n to n ces em p e zó a e x p lic a rn o s q u é c a m i
n o d e b ía m o s seguir. E sta b a c la ro qu e a q u e llo le re su l
ta b a m u y d e s a g r a d a b le y q u e se se n tía a v e rg o n z a d o .
P a ra m í fue u n a p ru e b a de qu e u n a p o b la c ió n es a r r a s
tr a d a a a lg o a sí y p a rtic ip a en ello sin tener m u y c la ro
de a n te m a n o qu é es lo q u e en re a lid a d e stá h acie n d o .
P ara lo s p resen te s fue un in stan te de c lariv id e n cia. En
c u a lq u ie r c a so era evidente qu e a q u e l h o m b re d e sig n a
d o p a r a ello c u m p lía c o n su m isió n m u y a su p esar. N o
es q u e le h u b ieran to r tu r a d o p a r a qu e lo h iciera, p e ro
le re su lta b a p e n o so y a m e d ia v o z in clu so se d e sp id ió
de n o s o tr o s y n o s d e se ó un feliz v ia je . E n c u a n to se
h u b o m a r c h a d o , G e rtru d d ijo : “ P o d ría h a b e r a c a b a d o
m u y m al to d o e s to ” . E n to n ces fui co n scien te al fin de
q u e de alg ú n m o d o la h a b ía p u e sto en p e lig ro , y eso
n o d eb e ría h a b e rlo c o n se n tid o . A sí fue n u e stra e x c u r
sió n de d e sp e d id a en S p e ssa rt. D e sp u é s, c u a n d o y o ya
m e e n c o n tra b a en L o n d re s, to d a v ía v o lv im o s a v ern o s
en Z u ric h , ju sto an te s de q u e yo p a rtie ra p a r a P a le sti
n a. D e sp u é s de c o n fe sa rm e q u e n o p o d ía in d e p e n d i
z a rse , y a n o le in sté m á s. S ó lo le p regu n té. E lla re sp o n
d ió : “ Te e s p e r a r é . S í, e s p e r a r é a q u e v u e lv a s ” .
G u a r d a b a u n a c a ja e n te ra c o n su s c a r ta s y ella u n a
co n la s m ías. M á s ta rd e , c u a n d o v o lv im o s a e n c o n tra r
n o s p a s a d o s m u c h o s a ñ o s, m e d ijo : “ T o d a s tu s c a r ta s
se q u e m a r o n ” . P ero n o la s h a b ía q u e m a d o ella, su c e
d ió d u ra n te un b o m b a r d e o . E lla , en c a m b io , m e im
p lo r ó q u e d e stru y e ra las su y a s, p u e s, si c a ía n en m a n o s
de lo s n a z is, e so su p o n d r ía su p e rd ic ió n . Y to d a v ía
m á s la s fo t o s : c o n s e r v a b a un m o n tó n de e x c e le n te s
to m a s de ella qu e, en n o m b re de D io s, d e b ía destruir.
186
AMOR EN TIEMPOS DE GUERRA
187
H A N S JO N A S
188
AMOR EN TIEMPOS DE GUERRA
r u sa lé n . M is a m ig o s y a s a b ía n q u e m i p a d r e h a b ía
m u e rto , p u e s h a b ía a p a re c id o u n a n o ta de co n d o le n c ia
d e stin a d a a m í en el Jüdischen Rundschau , ese p a n fle
to sio n ista ale m án q u e tam b ié n se p o d ía c o n se g u ir en
P a le stin a . M i c a se r a , la se ñ o ra E rlan ger, ta m b ié n m e
e x p lic ó , a m i lle g a d a , q u e m i a m ig a L o r e W einer se
h a b ía c a s a d o . E ra eviden te qu e d u ran te ese in viern o su
m a r id o H a n s K r a u s e - v a m o s , H a n s el r u b it o - se le
h a b ía d e c la ra d o en se rio y h a b ía n c e le b ra d o u n a b o d a
de v e rd a d . A h o ra era realm en te la se ñ o ra K ra u se y no
só lo en lo s p a p e le s. D a d a s la s c irc u n sta n c ia s, re to m a r
la re la ció n era d ifícil, p o r n o d ecir im p o sib le , p a r a ella.
P ero en ton ces su ced ió q u e, c u a n d o la se ñ o ra E rlan g e r
m e lo c o n tó , m e sa lió de d en tro d ecir: “ D io s m ío , la he
d e ja d o e scap ar. E so n o p u e d o sin o re p ro c h á rm e lo a m í
m is m o ” . P o co tie m p o d e sp u é s la se ñ o ra E rlan ger, qu e
y a ten ía u n a n iñ a, d io a lu z un se g u n d o h ijo y c o n tra tó
c o m o nurse a E le o n o re K ra u se , qu e h a b ía sid o in stru i
d a en la H a d a s s a . A la se ñ o ra E rlan ger, qu e ten ía un
in terés fu e ra de lo co m ú n p o r el ru m b o q u e to m a r a m i
v id a , le fa ltó tie m p o p a r a decirle a L o re : “ E sto fue lo
q u e d ijo H a n s J o n a s c u a n d o le c o n té q u e u ste d se
h a b ía c a s a d o ” . Y L o re m e c o n tó m á s tard e : “ E n aq u e l
m o m e n to se n tí q u e fla q u e a b a . M e se n tía m a r e a d a y
tem í q u e m e fu e ra a d e s m a y a r ” . A q u e llo q u e h a b ía a n
h e la d o sab er, lo o ía a h o ra p o r u n a in d iscreció n de la
se ñ o ra E rlan ger. El h ech o de qu e n o ta r d a r a en sen tirse
d e c e p c io n a d a de su m a rid o p o sib ilitó qu e v o lv ié ra m o s
a e n c o n tra rn o s. A d e m á s, g r a c ia s a e sa re v e la c ió n , se
sin tió p ro v ista de u n a especie de sa lv o c o n d u c to . H a s ta
el e sta llid o de la g u e rra n o s v e ía m o s de ta rd e en ta rd e
d a n d o la r g o s p a se o s. L a a c o m p a ñ a b a lealm en te h a sta
la p u e rta de su c a s a , d o n d e to m a b a el a sc e n so r y su b ía
h a s ta el p is o , d o n d e la a g u a r d a b a su m a r id o . Y la s
c o s a s p o d ría n h ab e r se g u id o a sí de n o h ab e r c o m e n z a
190
AMOR EN TIEMPOS DE GUERRA
p etate de s o ld a d o ” . E n 1 9 4 3 se d iv o rc ió , a lo qu e su
e s p o so se re sistió m u ch o , p u es la q u ería. A l fin al lo g ró
su c o n se n tim ie n to y n o s o t r o s p u d im o s c a s a r n o s , de
fo rm a a lg o a p r e s u r a d a , p u e s h a b ía o íd o decir qu e íb a
m o s a ser tr a s la d a d o s y qu e a b a n d o n á b a m o s el p a ís. O
se a , qu e n o p u d im o s e sp e ra r lo s nueve m e se s p re c e p ti
v o s tra s un d iv o rc io y, an te s de salir del p a ís , n o s c a sa -
m o s fa lse a n d o a lg u n o s de n u e stro s d a to s p e rso n a le s.
¿C ó m o es p o sib le que, tra s decirle a L o re que ya no
era c a p a z de e n a m o ra rm e , a c a b á se m o s efectiv am en te
ten ien do u n a relació n seria? Siem pre que tenía p erm iso
m e en co n trab a con ella. Pero aú n n o h a b ía p ro n u n c ia
d o la frase d ecisiva. ¡T o d av ía n o! En 1 9 4 2 n o s en con
tra m o s en un lu g ar de la c o sta al su r de Tel Aviv, creo
qu e en B a t Ja m . C o g im o s u n a h ab itació n en u n a p e q u e
ñ a p en sió n . A la m a ñ a n a siguiente fu im o s a b a ñ a rn o s al
m ar. L o que n o sa b ía es qu e en aq u ella c o sta h a b ía c o
rrie n te s s u b m a r in a s p e lig r o s a s . N a d ie n o s lo h a b ía
d ich o , ta m p o c o la d u eñ a de la p en sió n . C u a n d o e s tá b a
m o s n a d a n d o , sentí de p ro n to que era a rr a str a d o h acia
d en tro. L uch é, p ero la corrien te era m á s fuerte que yo.
Perdí pie y c a d a vez m e a rr a str a b a m ás h acia el fo n d o .
E n ton ces grité a L o re , que to d a v ía h acía pie: “ L o re , sal
en segu id a y pide a y u d a . ¡N o p u e d o v o lv e r!” E n ese m o
m en to aco n te ció a lg o m uy decisivo en m i v id a: con la
m ira d a llena de in d escrip tible p avor, hizo ex actam e n te
lo c o n trario de lo qu e le dije; se ad en tró h acia d on d e yo
e sta b a , to m ó m is m a n o s y m e sa c ó . M e h ab ía sa lv a d o
de m o rir a h o g a d o au n a rie sgo de su p ro p ia v id a. Su s
o jo s lo d ecían de un m o d o claro : “ Si tiene que ser, en
to n ces q u iero a h o g a rm e ju n to a ti” . M á s tard e m e c o n
fesó qu e p o r su c ab e z a h a b ía p a s a d o o tro p en sam ien to :
“ Sin él, n a d a m erece la p e n a ” . A l volver a la p lay a e sta
b a ren d id o : n o h a b ría p o d id o a g u a n ta r m á s que u n o s
se g u n d o s. E n ton ces v o lv im o s a la h ab itació n de la pen-
192
AMOR EN TIEMPOS DE GUERRA
193
H A N S JO N A S
T o d a v ía m e sé de m e m o r ia e s o s v e r s o s , p u e s so n
p a r a m í e x p r e sió n de la b e llez a y la p r o fu n d id a d de
194
AM OR EN TIEMPOS DE GUERRA
n u e stro am o r, qu e m e c o lm a de a g ra d e c im ie n to ; e so
n o es ó b ice p a r a qu e en d e te rm in a d o s a sp e c to s te n g a
m o s te m p e ra m e n to s to talm en te o p u e sto s. E so se p on e
de m an ifie sto c u a n d o se tr a ta de p o n d erar, m ira n d o al
p a s a d o , lo h ia lin o y lo so m b río de n u e stra v id a . E n
u n a d isc u sió n en to rn o a m is m e m o ria s, L o re d ijo de
p r o n to : “ S u e n a d e m a s ia d o al r e la to de u n a v id a de
é x ito s, d o n d e to d o aco n te ce ju sta y felizm ente. E n re a
lid ad en n u e stra v id a tam b ién h u b o m u ch as d ific u lta
des y te m o res, a veces v e rd a d e ro s m ie d o s so b re c ó m o
íb a m o s a se gu ir ad elan te. Y to d o eso n o q u e d a re fle ja
d o ” . Y y o re sp o n d í: “ T en go q u e re b u sc a r m u c h o en
m i in terior p a r a e n co n trar un elem en to trá g ic o tan to
en m i v id a c o m o en m i re lació n con el m u n d o , a e x
cep ció n , c la ro , de la p é rd id a de m i m ad re y de a q u ello
con lo que to d o ju d ío c a rg a d esd e el H o lo c a u sto . Pero
el m u n d o n o ha sid o p a r a m í n u n ca, a u n q u e es cierto
qu e en él aco n te ce n c o s a s te rrib les, un lu g a r h o stil” .
Sí, he su frid o p e n a lid a d e s a lo la rg o de m i v id a, p ero
e so n o ha m o d ific a d o ja m á s m i re la c ió n p r im o r d ia l
con el ser de la ex iste n cia, q u e en esen cia siem p re ha
sid o p o s itiv a y de a firm a c ió n . N a tu r a lm e n te q u e en
to d a v id a -ta m b ié n en la de la p e rso n a m á s o p tim ista
y p o s itiv a - h ay p e rio d o s de p ro fu n d a d e sd ic h a , y yo
tam b ién tuve u n a fase d u ran te la p u b e rta d en la que
p e n sa b a en el su icid io . P ero e so n o cu en ta seriam en te,
sin o q u e fo r m a p a r te de la a g ita c ió n c o n m o v e d o r a
p r o p ia del d e s a r r o llo fis io ló g ic o , q u e sie m p re a c a b a
a p a c ig u á n d o se . L o re , p o r el c o n tra rio , p o see u n a c o n
cep ció n de sí m ism a y del m u n d o a lg o m á s m e la n có li
ca y trá g ic a . E sta especie de feliz a firm a c ió n qu e p ro fe
so frente al m u n d o , y qu e en u n a o c a sió n hice p ú b lica
en el en sa y o so b re la “ n o b le z a de la v is ta ” 4 p o r el que
sien to un g ra n c a riñ o , se b a sa en el con v en cim ien to de
q u e el se r - a p e s a r de lo h o r r o r o s o y te r r ib le , q u e
195
H A N S JO N A S
196
AM OR EN TIEMPOS DE GUERRA
197
H A N S JO N A S
hacer. A m e n u d o , en lu g a r de p a s a r la v e la d a c o n ella,
m e q u e d a b a h a sta a lta s h o ra s de la n och e tr a b a ja n d o
en m is te x to s, a b s o r to , lu ch a n d o e in clu so to r tu r á n d o
m e . E s o t r a jo c o n s ig o q u e y o , q u e ta n to te n g o q u e
a g ra d e ce rle y q u e sin ella p ro b a b le m e n te n o h a b ría te
n id o la fu e rz a ni el a g u a n te p a r a p ro d u c ir m i o b r a , no
s u p e , ni p o r a s o m o , c o r r e s p o n d e r le lo su fic ie n te .
A m o r, sí, p e r o n o s u fic ie n te in tim id a d . Sin lu g a r a
d u d a s ella p a rtic ip a b a en lo q u e y o h a cía , a veces in
c lu so era m u y ex igen te, p e ro tam b ién fue u n a v íctim a.
Pero en to n ces m e co n v en cí de qu e ella e n c o n tra b a la
fe lic id ad p re cisam e n te en el h ech o de qu e y o v iviera de
ese m o d o , y q u e e so es lo qu e e sp e ra b a de m í. Y n u e s
tra h isto ria de a m o r tam b ién se c o m p o n e del re co n o ci
m ie n to de qu e y o o lv id a b a a m e n u d o q u e c o m p a r tir
tam b ié n fo r m a p a rte del m a trim o n io . M á s a llá de esto ,
a lo la rg o de lo s a ñ o s m e he d a d o cu e n ta de qu e no
d e b ió de re su lta r fácil p a r a L o re el h ech o de h a b e r id o
a d a r co n algu ien p a r a qu ien la ra z ó n lo es to d o , co n
u n p e n s a d o r y p o le m is t a r a c io n a l. A lg o en e lla - a l
m a rg e n de la a d m ir a c ió n - sie m p re se d efen d ió c o n tra
e sa p rio rid a d u n ilate ral de lo ra c io n a l en el tra to co n
la s c o s a s , en la v iven cia del m u n d o y de la p r o p ia v id a,
y p o r e so p re se rv ó su p ro p io m u n d o se n tim e n tal, que
e s t a b a h e c h o de c la r o s c u r o s , m ie n tr a s q u e p a r a m í
siem p re era c la ro , a v eces, q u iz á , d e m a sia d o c la ro .
198
VII
“Un bellum judaicum en el s e n tid o
m á s p r o f u n d o d e la p a l a b r a ”
D e niño se se n tab a en co rv ad o so b re m a p a s
de las g ran d es b a ta lla s, y en su espíritu veía
plan icies a rm a d a s h asta los dientes
y m uy cerca, c o m o p a ra ser a lc a n z a d a s,
en a g u a s co steras la ro m an a Tréveris,
con arp o n e ro s n ervio so s a b o rd o
que de la b atalla n av al v olvían a c a sa
v icto rio so s.
Pero m ás tard e alg o a rra stró co n sig o al
m u ch ach o
lo que del m u n d o a través de é x tasis m ísticos
só lo al h om bre con d u ce a una luz superior.
Y estu d ió to d a s esas fases
del ser v erd ad ero de las que h ab la P roclo,
y las ap u n tó y d escrib ió to d a v ía m ás
c o lo rid as
de lo que eran , p o r el espíritu en d erred o r
ilu m in ad as.
E nton ces llegó la gu erra y al h o m bre e x p u lsó
del nous h acia el m u n d o físico.
Y en lo alto , al enem igo o tean d o ,
lejos de los libros y del lu gar de los sa b io s,
cum plió lo s su eñ o s de su juventud
y volvió a ser niño con el cañ ón .
199
H A N S JO N A S
200
“ UN B E L L U M J U D A Í C E M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA”
201
H A N S JO N A S
p u e b lo , q u e es c o s a su y a en se n tid o a b so lu to . Si
es q u e h ay un p u e b lo al q u e H itle r h a d e s a fia d o ,
en ton ces éste es el n u e stro . Si h ay a lg u n o qu e p o r
h o n o r e in terés esté m á s o b lig a d o a em p ren d er la
lu ch a y a c o m b a tirle , e s ta n d o d isp u e sto al m á s
a lto sa c rific io , ése es n u e stro p u e b lo . E n un g ra d o
in co m p a ra b le m e n te m a y o r qu e c u a lq u ie ra de lo s
E s ta d o s a lia d o s q u e a h o ra lu ch an c o n tra H itler,
n o s o tr o s h em o s sid o a ta c a d o s p o r él y a m e n a z a
d o s co n el ex te rm in io . E n un g r a d o in c o m p a ra
blem en te m a y o r n o s o tr o s n o s lo ju g a m o s todo.
E n su c a so e stá en ju e g o este o a q u e l in terés, este
o a q u e l a sp e c to de su e x iste n cia n a c io n a l, c u ltu
ra l o im p e rial; e stá a m e n a z a d a u n a parte , au n q u e
é sta se a esen cial, de su situ a c ió n so b re la T ierra.
E n n u e stro c a s o el p rin c ip io n a z i, q u e a s p ir a a
co n v ertirse en p rin cip io u n iv ersal, a te n ta c o n tra
el n ú c le o d e n u e s tr a d ig n id a d h u m a n a y, al
m ism o tie m p o , c o n tra la p o sib ilid a d d e sn u d a de
n u e stra e x iste n cia so b re la T ie rra. S o m o s su en e
m ig o m e ta físic o , su v íctim a e sc o g id a d esd e el p ri
m er d ía , y n o n o s e sta rá p e rm itid a la p a z m ie n
t r a s ese p r in c ip io o n o s o t r o s , u n o de lo s d o s ,
to d a v ía sig a co n v id a.
P o r lo ta n to , en n u e stro c a so n o es u n a p a rte ,
sin o el to d o , lo qu e e stá en ju e g o . C o n tra n o s o
tro s sí se tr a ta de la g u e rra total. P ues nosotros
h e m o s sid o ra d ic a lm e n te negados como género
humano, sin im p o rta r n u e stra fo rm a p o lític a , s o
cial o id e o ló g ic a . A q u í n o h ay c o m p o n e n d a , a d e
c u a c ió n p o sib le . N u e s tr a m e ra e x iste n c ia es in
c o m p a tib le co n la e x iste n cia del n a z ism o . Im p e ra
u n a c o n tra d ic c ió n e le v a d a a lo m ito ló g ic o y só lo
p u e d e a c a b a r c o n el e x te r m in io d el u n o o d el
o tro . N in g ú n o tro p u e b lo se h a lla en esta s itu a
202
“ UN B E L L U M J U D A I C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA'
203
H A N S JO N A S
g a s q u e m a d a s , lo m á s s a g r a d o p a r a n o s o t r o s ,
p r o fa n a d o . D o n d e é ra m o s c o n sid e ra d o s c iu d a d a
n o s , se n o s d e n ig r ó m á s q u e a lo s a n im a le s y
c u a lq u ie r crío p o d ía e scu p irn o s a la c a ra : ¡tu v i
m o s q u e a g u a n ta rlo ! In clu so la s a lm a s in d efen sas
de n u e stro s n iñ o s v im o s q u e b ra rse en la flo r de
la v id a , v íctim as de ese o d io realm en te sa tá n ic o .
E se d o lo r p erm an ece m a r c a d o a fu e g o en n u e s
tra s a lm a s y n o p u e d e ser sile n ciad o . ¡Y n o h a b ía
re sisten cia p o sib le , ni siq u ie ra el in ten to de u n a
lu ch a ! E s tá b a m o s a m e rced del p o d e r m á s d e s
v e rg o n z a d o , qu e n o c o n fo rm á n d o se co n n u e stra
m ise ria , b u sc a b a el e scarn io .
L o q u e se p re se n ta a q u í c o m o d estin o h u m a n o
se tra d u c e a e sc a la co le ctiv a c o m o d estin o n a c io
n al: un a ñ o del h o rro r tr a s o tro v im o s c o m u n id a
d es ju d ía s g ra n d e s y a ltam e n te d e s a r r o lla d a s de
lo s p a ís e s c e n tr a le s d el Golah [de la d iá s p o r a ]
d e s t r u id a s y b o r r a d a s de la fa z de la T ie r r a .
V im o s d e c la ra d a la g u e rra de ex te rm in io c o n tra
toda n u e s t r a e x is te n c ia en c u a lq u ie r lu g a r y
a v a n z a n d o de m a n e ra im p a ra b le . T u v im o s q u e ir
ced ien d o u n a p o sic ió n tra s o tra an te el en em igo
im p la c a b le . E m p e z ó a c r e a r se un m u n d o en el
qu e el judaismo n o h a b ría p o d id o ex istir, en el
q u e lo s judíos n o h a b ría n p o d id o vivir, y en el
q u e p a r a u n ju d ío ta m p o c o h a b r ía sid o digno
vivir. L a m e ra v e c in d ad co n el im p erio n azi c o
m e n z ó a m in a r la s b a s e s de la e m a n c ip a c ió n
ju d ía in clu so m á s a llá de su s fro n te ra s, e in clu so
la s c o m u n id a d e s ju d ía s m á s a le ja d a s a p re n d ie ro n
a sen tir un te m b lo r qu e ta r d a r á m u ch o tie m p o en
d e sa p a re c e r de su s m ie m b ro s. T o d o s sen tían qu e
el su elo se ta m b a le a b a b a jo su s p ies. Pero n o só lo
el e s ta tu s c o m o emancipados de lo s ju d ío s , al
204
“ UN B E L L U M J U D A I C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA”
205
H A N S JO N A S
c o m o e x ce p c ió n de la tr á g ic a ley. N o n o s c o n fu n
d a m o s: to d a v ía le r e su lta r á m á s in so p o r ta b le a
este en em igo un ju d a is m o ín tegro q u e u n o d o b le
g a d o ; y siem p re q u e su in flu en cia sig a , n o p o d rá
to le r a r la a u to s a tis fa c c ió n p o lític o - n a c io n a l, la
e x p a n sió n so b e ra n a de un ju d a ism o libre, el m á s
e le v a d o d e s a r r o llo h u m a n o c o n q u is ta d a p o r el
p ro p io e sfu e rz o , p u e s se ría la re fu ta c ió n v iva de
e s a im a g e n de la in d ig n id a d ju d ía . T a m b ié n
d e s d e la p e r s p e c tiv a d el p r a g m a t is m o p o lític o
c h o c a ría co n n o s o tro s, y la P alestin a ju d ía , m u y
le jo s d e c o n s titu ir u n a e x c e p c ió n , te n d r ía q u e
h ace r fren te, m á s ta rd e o m á s te m p ra n o , a u n a
c o lisió n to ta l co n un n a z ism o co n v e rtid o en p o
ten cia m u n d ial.
Q u e n ad ie crea, p u es, que esa sem illa de n u es
tro fu tu ro h ab ría p o d id o p ro sp e ra r o siqu iera s o
brevivir en un m u n d o en el que el nazismo hubiera
triunfado. Q u e n adie se h a g a la ilu sión pequ eñ o-
p alestin a de que a q u í p o d ría p erd u rar un o a sis de
p r o sp e r id a d ju d ía en m e d io del desierto de una
diaspora devastada (al chorban hagaluth) [frente a
la d estru cció n de la d iá sp o ra ]: la libertad ju d ía h a
cién d ose sentir en un m u n d o del qu e d esap arece la
lib e rta d ; u n a isla de in d ep en d en cia ju d ía q u e se
r e sp e ta en un m u n d o d o m in a d o p o r p o te n c ia s
en em igas. L a c o n trap ru e b a de ello se n o s h a m o s
tra d o en el tran scu rso de lo s ú ltim o s tu m u lto s, en
la re tirad a de la p oten cia m a n d a ta ria ante la ame
naza todavía mayor qu e se avecina. Y esto no era
sin o la so m b ra re m o ta de Hitler. L o que sign ifica
ría realm en te “ H itle r en O rie n te ” p a ra n o so tro s
só lo es c o m p a ra b le al destin o de lo s arm en io s.
É sa es la clase de m u n d o qu e n o s e sp e ra b a , si
es q u e n o es y a u n a re a lid a d . U n d ilu v io ha e m
206
“ UN B E L L U M J U D A I C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA
p e z a d o a crecer, qu e al fin al n o só lo h a b rá a n e g a
d o n u e stra d iá sp o r a , sin o tam b ié n n u e stra e x is
ten cia n acio n al a q u í en el p a ís. Y lo m á s d e se sp e
ran te, d e stru c tiv o in teriorm en te de to d o ello ha
sid o la con cien cia de la a b so lu ta in d efen sió n a la
qu e n o s h em os v isto c o n d e n a d o s. N in g u n a p e rso
n a, nin gún p u e b lo p uede so p o r ta r esto de fo rm a
d u ra d e ra sin herir su alm a. El m a ltra ta d o a c a b a
co n v irtié n d o se en p a ria . M u c h o s de n o so tro s em
p e z á b a m o s a a c o stu m b ra rn o s a la idea de que ese
m al era o m n ip o te n te, qu e n a d a p o d ía detener su
av an ce. U n sen tim ien to fa ta lista se h a b ía in sta la
d o , p a ra liz a d o r, en el án im o . A nte el terrible cre
c im ie n to de la b o a c o n stric to r, la p a r á lis is c a si
m á g ic a de la v íctim a an te su m ir a d a , co rrió u na
certeza fa ta lista so b re la in c a p a c id a d de e sc a p a r a
tal d estin o , esto es, la fatalidad de la sentencia de
muerte impuesta contra nosotros como pueblo.
R e sp ira r se h acía difícil en u n a a tm ó sfe ra llena de
o d io y en rarecid o s p re sa g io s de d estru cció n .
Pero tam b ién h a h a b id o o tro s entre n o so tro s
qu e e sp e ra b a n la h o ra y h a b ía n ju r a d o n o volver
a sen tirse a c o g id o s en este m u n d o ni a a le g rarse
del n acim ien to de su s h ijo s h a sta qu e el d estin o
les b rin d a ra la o c a sió n de lu ch ar y ser c o m p e n sa
d o s. E sa h o ra h a lle g a d o . E s n u e stra g ra n o p o r
tu n id a d , u n a o p o r t u n id a d p o lític a y m o r a l al
m ism o tie m p o .
P o líticam en te sig n ifica qu e el p u e b lo ju d ío , a
tr a v é s de la e n tr a d a de su s hij o s en la lu c h a ,
p u e d e c o n tr ib u ir a e v ita r su d e stin o fa ta l y, de
este m o d o , co m b a tie n d o en el frente al la d o de las
p o te n c ia s a lia d a s c o n tr a H itler, c o n lo s m ism o s
rie sg o s y v íctim as, c o n q u ista su derech o de c iu d a
d an ía so b re la T ierra, esto es, ta n to su derech o a
20 7
H A N S JO N A S
la v id a en to d o el m u n d o c o m o su esp e cial p re
rr o g a tiv a so b re E rez Israel. M o ra lm e n te su p o n e
la o p o rtu n id a d de p o n e r a p ru e b a n u estro resp eto
h a cia n o so tro s m ism o s y el re sp eto del m u n d o , de
d e m o stra r qu e n o so m o s p a ria s qu e, im p o ten tes,
se tr a g a n su r a b ia , sin o h o m b re s q u e tienen su
v id a en su s m a n o s y sa b e n d e fe n d e rla. N u e s tr o
h o n o r, m a n c illa d o p o r el n a c io n a lso c ia lis m o , lo
h a b ría m o s p e rd id o p a r a siem p re en el m o m e n to
en q u e c o n te m p lá ra m o s la p o s ib ilid a d de h ace r
qu e o tro s p u e b lo s so lu c io n a ra n n u e stro s p ro b le
m a s y lu ego a c e p tá se m o s de su s m a n o s el re g alo
de la ig u a ld a d de d erech o s re c o n q u ista d a o in clu
so la elim in ació n de n u e stro en em igo m o rtal.
E s el se n tid o de la e n tra d a en escen a de H erzl
en n u e stra h isto ria , y d e sp u é s de él se h izo im p o
sible q u e sig u ié ra m o s c o n cib ie n d o u n a situ a c ió n
de guetización , esa actitu d en la cu al b a já b a m o s
la c a b e z a p a r a e v ita r la s to rm e n ta s de lo s p u e
b lo s, sin im p o rta rn o s qu é a c a b a r a sie n d o de n o
so tr o s . C u a n d o el sio n ism o p ro c la m ó n a ció n al
p u e b lo guetizado , lo in tro d u jo en la a re n a de lo s
p u e b lo s , com prom etiéndolo con la arriesgada
empresa de llevar una existencia autónoma e his
tórica. Y lo qu e la situ a c ió n de d iá sp o r a p erm itía
h a s t a a h o r a , la p a r tic ip a c ió n u n ila te r a l en lo s
c o n flicto s entre lo s p u e b lo s, ese re sto de e sc rú p u
lo d e c iso rio en c u e stio n es de p o lític a exterior, el
n a c io n a lso c ia lism o lo h a e rra d ic a d o : n o s h a e x
p u ls a d o c o n u n a d e te r m in a c ió n in a u d ita a un
rin có n del m u n d o y, de este m o d o , n o s h a m o s
tr a d o el frente de p a rte del q u e e sta m o s y p o r el
q u e m o r ir e m o s . N in g ú n c o n flic to de le a lta d e s
m e n o sc a b a e sta vez la c la rid a d de n u e stra p o s i
ció n c o m o p e rso n a lid a d n a cio n a l.
208
“ UN B E L L U M J U D A I C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA”
209
H A N S JO N A S
m o metafísico. L a s Ig le sia s ta m b ié n lo p e rc ib ie
ro n c u a n d o - p o r p rim e ra v e z - c o n sid e ra ro n e sta
lu ch a c o n tra el ju d a ism o c o m o un a ta q u e c o n tra
s u s p r o p io s fu n d a m e n to s e s p ir itu a le s de r a íz
ju d ía . T a m b ié n la c iv iliz a c ió n r a c io n a l- h u m a n a
de la m o d e r n a E u r o p a , lib e r a d a de la re lig ió n ,
c o n su d o m in io de lo s in stin to s, su é tica de la
co n cien cia y su re sp e to al h o m b re , es al fin y al
c a b o un v á sta g o de e sta g ra n h eren cia e sp iritu a l,
cu y a fuen te fue la R e v e lació n . P or ello el n a c io
n a lso c ia lis m o , c o m o a n ta g o n ista de to d o s e sto s
v a lo r e s , c o m o paganismo en se n tid o p r o fu n d o ,
ha tr a íd o c o n sig o la p a r a d o ja a p a re n te de q u e un
bellum christianum p u e d a se r al m ism o tie m p o
un bellum judaicum. L a s a n te rio r e s g u e r r a s de
re lig ió n en E u r o p a eran lu ch a s entre c ristia n o s, y
n o n o s co n cern ían a lo s ju d ío s; é sta es u n a lu ch a
to talm e n te a n tip a g a n a y, en su sim p lifica c ió n ele
m e n tal, d e ja tra slu cir de p ro n to lo s fu n d a m e n to s
c o m u n e s q u e h e rm an an n u e stro ju d a is m o c o n la
c u ltu ra cristia n a -o cc id e n ta l. E l p a trim o n io h istó
rico in m em o rial de n u e stra estirp e h a sid o e m p la
z a d o a p a rtic ip a r en e sta g u e rra . T am b ié n en este
se n tid o , p u e s, e sta g u e rra es un bellum judaicum
y c la m a p o rq u e o c u p e m o s n u e stro s p u e sto s.
¿E n q u é p o d ría co n sistir n u e stra p a rtic ip a c ió n
en esta g u e rra? En el nivel in d iv id u al, p o r su p u e s
to , te n d rá lu g a r en to d o s lo s terren os de lo s que
se c o m p o n e d ir e c ta o in d ire c ta m e n te la g u e rr a
m o d e rn a. Pero a q u í h a b la m o s de lo co lectiv o y de
lo a b so lu to , au n q u e sea en la fo rm a m á s ex tern a
de p articip ació n , la m ilitar. D e se a m o s y e sp e ram o s
qu e a p a re z c a n formaciones judías c o m o tale s qu e
c o m b a ta n en la s fila s de lo s a lia d o s , y ju stam e n te
allí d o n d e el en cu en tro co n nuestro en e m igo , co n
UN B E L L U M J U D A I C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA'
213
H A N S JO N A S
214
“ UN B E L L U M J U D A I C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA”
ta v K ro j an ker. A llí se re u n ie ro n u n b u en n ú m e ro de
p e r s o n a s 2, de la s c u a le s n in gu n a p o d ría h ab e rse a lis ta
d o , p e r o c u y o a p o y o m o r a l e in flu e n c ia n e c e s ita b a
p a r a p ro m o v e r el a su n to . T o d o s lo s asiste n te s se d<
ro n con v en cer de q u e d e b ía m o s in ten tar o rg a n iz a r u n a
m a n ifie sta irtic ip a c ió n ju d ía en a g u e rra al la d o de
lo s a lia d o s , sig u ie n d o el e jem p lo de la lla m a d a “ legió n
ju d ía ” , fo r m a d a p o r v o lu n ta rio s ju d ío s a m e ric a n o s d u
ran te la I G u e rra M u n d ia l, qu e p a rtic ip ó - y a b a jo el
sig n o de la D e c la ra c ió n de B a lfo u r - , b a jo b a n d e ra b ri
tá n ic a , en la c o n q u ista de P a le stin a 3. En este c a so , p o r
cierto , se tr a ta b a del en em igo u n iv ersal, qu e tam b ién
era el en em igo del p u e b lo ju d ío y cu y a v icto ria h u b iera
su p u e sto n u e stro ex te rm in io . T am b ié n h a b ía u n a n im i
d a d so b re el h ech o de q u e sin fa lta d e b ía m o s e sta r a c
tiv am en te p resen te s en lo s e sce n a rio s b é lico s, y n o en
la p e rife ria . Y o c re ía , n a tu ra lm e n te , qu e el cen tro de
la s b a ta lla s e sta ría situ a d o , c o m o en la I G u e rra M u n
d ia l, en F ra n c ia , p u e s a p o s ta b a p o r la c a lid a d del ejér
cito fran c é s y de lo s c u e rp o s e x p e d ic io n a rio s b ritá n i
c o s y p e n s a b a q u e se ría n lo s c o n trin c a n te s m ilita re s
m á s e fe ctiv o s de H itler. A lg o a sí c o m o u n a d e rro ta rá -
p id a de F ra n c ia , en a q u el m o m e n to , n ad ie se lo p o d ía
im agin ar.
D e sp u é s de h a b e r co n v en cid o a este círcu lo d istrib u í
a lg u n a s c o p ia s de m i lla m a m ie n to con a y u d a de o tro s
ju d ío s o rig in a rio s de A le m an ia. N o o b sta n te creo que
n o llegó a d e m a sia d a gen te p o rq u e n o e s ta b a escrito
en h eb reo . L o m á s im p o rta n te d esd e m i p u n to de v ista
era e n c o n tra r e n tra d a en el e jército , y a ello c o n sa g ré
m is es aerzo s d u ran te un tiem ). T uve u n a en trev ista
c o n el m a n d o m ilita r in g lé s o q u iz á ta m b ié n c o n su
a y u d a n te y e x p u se n u e stra p etició n : la c re ació n de u n i
d a d e s de tr o p a de to d o s lo s c u e rp o s en la s q u e se p u
d ieran a lista r v o lu n ta rio s ju d ío s qu e p u d ie ra n c o m b a
21 6
“ UN B E L L U M J U D A I C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA”
217
H A N S JO N A S
m o m e n to n o c o n o c ía lo s p la n e s de la Je w ish A gency,
era co n scien te de qu e - y éste era el elem en to d ecisiv o
p o r p a rte ju d ía q u e les h a cía titu b e a r - en m o d o a lg u n o
e s t a b a n c o n v e n c id o s de la id e a de u tiliz a r n u e s tr a s
fu e r z a s m ilita re s en la g u e r r a , le jo s de P a le s tin a , y a
qu e p o d ía n p ro d u c irse situ a c io n e s en la s qu e p re c isa
m en te la p re se n c ia a q u í de m ilita re s ju d ío s a r m a d o s
p u d ie r a se r c o n v en ien te . A to d a s e sa s re fle x io n e s y o
o p o n ía qu e n u e stro fu tu ro se d ecid iría en p rim e r lu g a r
p o r el re su lta d o de e sta g u e rra , qu e lo qu e h icié sem o s
lo ca lm e n te en P a le stin a era to ta lm e n te in útil en c a so
de v en cer H itler, m ie n tras q u e u n a v icto ria a lia d a n o s
c o n fe r iría lib e rta d de m o v im ie n to s p a r a n u e stra m i
sió n en P alestin a. L a p rio rid a d d esd e m i p u n to de v ista
e sta b a c laram e n te en la d e rro ta de H itler, lo q u e d esd e
la fra c ció n ju d ía se d isc u tía. T uve a lg u n a s d isc u sio n e s
co n c a r g o s ju d ío s qu e d ecían : “ L o m á s im p o rta n te es
q u e n o s c o n s o lid e m o s en el te rrito r io y p r o c u r e m o s
e sta r a r m a d o s p o r si fu e rz a s en e m ig as lle gasen a q u í” .
E n u n a d isc u sió n qu e tuve en Tel Aviv algu ien esg rim ió
c o n tra m is a rg u m e n to s: “ H a s ta cierto p u n to e sta m o s
b a jo el ra d io de a c ció n del E jército R o jo ; de un sa lto ,
p o r a s í decir, p u e d e p la n ta rse en P ersia y en el M a r
N e g r o . E ste es un p e lig ro ta n inm inente qu e ev e n tu al
m en te n o es H itle r a qu ien d e b e m o s tem er en p rim e ra
in sta n c ia ” . E ste tip o de c o s a s se le p a s a b a n a la gen te
p o r la im a g in a c ió n .
D e sp u é s de h a b e r sid o re c h a z a d o s p o r lo s in gleses
le m a n e ra e d u c a d a y a m ig a b le , W alter G r o ss y y o in
te n ta m o s en tre v ista rn o s co n el C ó n su l G en eral fran cés
en Je r u s a lé n y le e x p u sim o s - m e lo h a b ía p r e p a r a d o
to d o en fr a n c é s- n u e stro d e se o de p o n e r a d isp o sic ió n
del A lto M a n d o fra n c é s un ejército ju d ío fo r m a d o p o r
v o lu n ta r io s . A c la r a m o s q u e la s tr o p a s e s ta r ía n b a jo
m a n d o fran cé s, p e ro qu e lu ch a ría n co n b a n d e ra p r o
218
“ UN B E L L U M J U D A I C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA”
219
H A N S JO N A S
p r e sio n a d o s c o n m ig o , p e ro de m o m e n to - n o p o r m í,
sin o p o r a m o r a sí m is m o s - re sp ira ro n a liv ia d o s al ver
qu e la c o s a n o sa lía bien. A c a b ó p o r p o n e rse de m a n i
fiesto q u e de hech o y o fui el ú n ico en a lista rm e , c o n la
e x c e p c ió n a l p rin c ip io de W alter G r o s s , p e ro q u e se
q u e d ó p o r el c a m in o entre sep tiem b re de 1 9 3 9 y a g o s
to de 1 9 4 0 p o r q u e su e s p o s a L o la , q u e a c a b a b a de
ten er un h ijo , co n m u ch a d ecisió n y co n g ran p e rsp ic a
cia, se q u e d ó e m b a ra z a d a de n u evo : q u ería ev itar que
su W alter p a rtic ip a r a en la lo cu ra de H a n s Jo n a s .
T ra s la d e rro ta de F ra n cia m e llegó la n o ticia de la
Je w ish A gen cy y de la H a g a n a de qu e se h a b ía lle g a d o
a n o sé qu é a c u e rd o s con el A lto M a n d o in glés y que
se c r e a b a n u n id a d e s p a le s t in a s de v o lu n ta r io s . Se
p o d ía ir a S a r a fa n t y so m e terse a u n a re v isió n m éd ica
m ilitar. Fui y m e d e c la ra ro n a p to p a r a el serv icio . C o n
3 7 a ñ o s ya no era lo su ficien tem en te jo v en p a r a servir
en in fa n te ría , p e ro m e c o g ie ro n en la F irst P alestin e
A n ti-A ircraft Battery. P o d ía s alista rte en in fan te ría, a r
tille ría , in g e n ie ro s y p a r a la s fu e rz a s a é r e a s , en este
c a so só lo p a r a el se rv icio de tie rra. L a fo rm a c ió n de
lo s p ilo to s ten ía q u e h acerse en Ing aterra. L a s u n id a
d es de v o lu n ta rio s n o e sta b a n b a jo un m a n d o u n ita rio ,
sin o q u e eran d isp e r s a d a s: la s u n id a d e s de in fan te ría
fu e ro n e n v ia d a s al n o rte de A fric a , m ie n tra s qu e la s
b a te ría s a n tia é re a s se situ a ro n en H a ifa c o n tra lo s a t a
q u e s a é re o s p ro ce d e n te s de D a m a s c o y B eiru t, d o n d e
lo s fran ce se s de V ichy lu ch a b a n a h o ra en el b a n d o a le
m án . E n la s b a te ría s, en cu y o m a n e jo fui a d ie stra d o ,
h a b ía m u c h o s jó v e n es ju as; en p rim e r té rm in o , em i
g ra n te s de ú ltim a h o ra qu e h a b ía n sa lid o de A le m an ia,
A u s tr ia y C h e c o s lo v a q u ia h u y e n d o de H itle H , p e ro
tam b ié n h o m b re s de lo s k ib b u z im , q u e h a b ía n sid o e x
h o r ta d o s p o r la H a g a n a a a lis ta r s e v o lu n ta r ia m e n te
p a r a qu e p u d ie ra n reun ir e x p e rien cia su ficien te p a r a la
220
“ UN B E L L U M J U D A I C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA”
222
“ UN B E L L U M J U D A I C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA”
u n a en trañ ab le a m ista d .
E n n u e stra b a te ría a n tia é re a h a b lá b a m o s to d o s en
, a p e sa r de q u e lo s m ie m b ro s p ro ce d e n te s de
C e n tro e u ro p a h a b la b a n entre ello s en alem án .
- v e r d a d e r o s o fic ia le s - al p rin cip io
. Q u e lo s m á s d o ta d o s de entre n o so tro s fu eran
e n v iad o s a la fo rm a c ió n de o ficiale s a In g late rra tu v o
c o m o c o n se c u e n c ia q u e lo s o fic ia le s in g le se s fu e ra n
sien d o su stitu id o s p o r o ficiale s a d ió s de h a b la h eb rea
p ro ven ien tes de P alestin a. P rim ero e stu v im o s e sta c io
n a d o s en el p a ís p a r a d efen d er la s refin erías de p e tr ó
leo de H a ifa , p e ro lu ego fu im o s d e stin a d o s a C h ip re,
qu e ta m b ié n re su ltó b o m b a r d e a d o . L a c a m p a ñ a del
N o rte de A fric a, en la qu e lo s ale m an e s h a b ía n c o se
c h a d o m u c h as v ic to ria s, co n stitu ía un p elig ro c o n sta n
te p a ra la n av e g ació n p o r el M e d ite rrá n e o de la s tr o
p a s in g le s a s de re fu e rz o , y C h ip re era u n a p o s ic ió n
im p o rtan te . En Chi e en scé a a en d er rie ) m o-
y p ro v o c a b a u n a v e rd a d e ra c o n m o c ió n entre lo s
c a m p e sin o s c u a n d o m e p o n ía a re citar a H o m e ro en
la s ta b e rn a s. Fue u n a é p o ca b o n ita la de C h ip re, p ero
e m p e z a b a a im p acie n tarm e p o rq u e q u ería ir allí d o n d e
la c o s a e sta b a re alm e n te al ro jo . Y o e s ta b a entre lo s
c h ifla d o s q u e p e d im o s el tr a s la d o a In g la te rr a p a r a ,
d esd e allí, p o d e r fo rm a r p a rte de la in v asió n eu ro p e a.
L a c o sa n o p ro sp e ró . Pero a c a m b io co n se g u im o s o tra
c o sa , m u y d ecisiv a: qu e , c o n tra la o p o sic ió n
de su s g e n e ra le s, re c o n o c ie r a el se n tid o m o r a l de la
c a u sa ju . y p erm itiese qu e, a p a rtir de la s d iferen tes
u n id a d e s de lo s d is tin to s c u e r p o s en q u e h a b ía m o s
sid o d isp e r s a d o s , n o s re u n ié ra m o s en u n a ú n ica foi -
m ac ió n m ilitar. A sí n a ció o ficialm e n te, en sep tiem b re
de 1 9 4 4 , el Je w ish B rig a d e G r o u p . H a b ía u n a g ra n
223
H A N S JO N A S
d ife re n c ia en tre q u e h u b ie ra u n id a d e s ju d ía s a q u í y
a llá , c o m b a tie n d o en el N o r te de Á fric a, en T o b ru k o
en el D e sie rto del O e ste, a u n q u e la A rtillería se h a b ía
q u e d a d o e sta c io n a d a en lo s a lre d e d o re s de la p a tr ia , y
q u e h u b iera u n a b rig a d a ju d ía p ro p ia . C h u rch ill in clu
so d isp u so qu e tu v ié ra m o s u n a in sign ia: azu l y b lan c a
co n u n a E stre lla de D a v id d o r a d a p re n d id a . A d e m á s
C h u rch ill a b rió la B rig a d a a so licitu d e s de tra n sfe re n
cia de o tra s fraccio n e s de la s fu e rz a s de c o m b a te b r itá
n ic a s , de m a n e r a q u e de p r o n t o tu v im o s u n a g r a n
a flu e n c ia de jó v e n e s s o ld a d o s ju d ío s de I n g la te r r a ,
S u d á fric a , C a n a d á , A u stra lia y N u e v a Z e la n d a , de tal
m o d o q u e y a n o é r a m o s u n a b r ig a d a p a le stin a , sin o
u n a b r ig a d a realm en te ju d ía . Fu e so rp re n d e n te la c a n
tid a d de gen te qu e h izo u so de e sa p o sib ilid a d de ser
tra n sfe rid o s.
E l Je w is h B r ig a d e G r o u p q u e , a e x c e p c ió n de la s
fu e rz a s a é re a s, co n te n ía to d o s lo s c u e rp o s, fin alm en te
p u d o en trar en a c c ió n en la b a ta lla fin al, p u es fu im o s
tr a s la d a d o s a Ita lia . L a in v a sión de E u r o p a se d e sa rro-
I lió lal p rin cip io d esd e el sur. L a fa se d ecisiv a tu v o lu g a r
en N o r m a n d ía , p e ro p rim e ro , c o m o yo h a b ía p rev isto
en la a p u e sta qu e ya he m e n cio n a d o , h u b o el d e se m
b a rc o del N o r te de Á fric a , y d esd e ese m o m e n to su p e
q u e an te s o d e sp u é s n o s lle g a ría tam b ié n a n o so tro s el
tu rn o . L a B r ig a d a se ib a fo rm a n d o en d iv e rsa s p o s ic io
nes h a sta qu e n o s e m b a rc a ro n y en 1 9 4 4 lle g a m o s al
su r de Ita lia y n o s ju n ta ro n a to d o s . E n tre ta n to m e
h a b ía co n v e rtid o en un e x p e rto en artillería a n tia é re a
a u to m á tic a y, tra s h a b e r sid o in stru id o esp ecialm en te
en m e c á n ic a y r e p a r a c ió n de a r tille r ía , m e h ic ie ro n
c a b o artillero de m i b a te ría . P rim ero lle g a m o s a A le
ja n d ría y, de allí, a un g ra n c a m p o de en tren am ie n to
m ilitar a o rilla s de la c o sta o ccid en tal, d o n d e a p re n d i
m o s a rtille ría de c a m p a ñ a . Ju n t o a n u e stra a rtille ría
224
“ UN B E L L U M J U D A I C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA”
225
H A N S JO N A S
22 6
“ UN B E L L U M J U D A I C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA”
227
H A N S JO N A S
zz8
“ UN B E L L U M J U D A 1 C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA”
2 2 .9
H A N S JO N A S
cu e n ta de lo q u e e s ta b a p a s a n d o an te su s o jo s. Se b a ja
ro n en U d in e, estu v ie ro n d e a m b u la n d o p o r u n o de lo s
b a r rio s y e n c o n tra ro n u n a b u h a rd illa sin am u eb lar, en
la qu e n o h a b ía ni c a m a s. E n c u a lq u ie r c a so allí se in s
ta la r o n sin n e c e sid ad de n in gú n p e rm iso p o lic ia l. Pero
en el v e c in d a rio su lle g a d a n o p a s ó d e sa p e rc ib id a . D o s
d ía s y d o s n o ch es d e sp u é s de su lle g a d a un g ra n c a
m ió n de c a rg a se p a r ó an te la c a sa . D o s h o m b re s b a ja
ro n un p a r de c a m a s c o n c o lch o n e s, lo s su b iero n p o r
la s e sc a le ra s y lla m a ro n a la p u e rta . C u a n d o la s m u je
res a b rie ro n , te m b la n d o , lo s h o m b re s les d ije ro n qu e
su E m in en cia, el A rz o b isp o de T rieste, se h a b ía e n te ra
d o de su situ a c ió n y les e n v ia b a e sto p a r a h acerles la
v id a a lg o m á s lle v a d e ra . D e sd e en to n c e s v iv ie ro n en
e sa b u h a rd illa y fu e ro n d e sp re n d ié n d o se de to d a s su s
jo y a s p a r a p o d e r c o m p r a r a lim e n to s en el m e r c a d o
n e g ro , p u e s n o ten ían , n a tu ra lm e n te , c a rtilla de ra c io
n am ien to . U n d ía , c u a n d o su s m e d io s y a e sta b a n p r á c
ticam e n te a g o ta d o s , se en teraro n de qu e en o tra zo n a
d e la c iu d a d u n a e s t r a p e r lis t a v e n d ía m a n te c a de
ce rd o . Se a p re su r a ro n a ir y c o m p r a ro n un k ilo p o r un
p re c io d e so r b ita d o , y se lo lle v aro n a c a sa . C u a n d o y a
h a b ía o sc u re c id o lla m a ro n a la p u e rta. C u a n d o , p re sa s
del p á n ic o , a b r ie r o n , a llí e s ta b a la c o m e rc ia n te a la
q u e al m e d io d ía h a b ía n c o m p r a d o el to c in o , qu e les
d ijo : “ L e s ru e g o q u e m e d isc u lp e n . E sta m a ñ a n a m e
h an c o m p r a d o u n a c o s a . N o s a b ía c o n q u ién e s ta b a
t r a t a n d o . L u e g o m e h a n e x p lic a d o q u ié n e s so n y
d ó n d e viven. N o a c e p ta ré su d in e ro ” . L e s d e v o lv ió el
d in e ro , se d io la v u e lta y se fue. E sta h isto ria m e la
c o n t a r o n la s d o s m u je r e s , q u e e r a n h e r m a n a s , p o r
cie rto , y a ñ a d ie ro n al fin al: “ Y a h o ra q u iz á en tie n d a
u ste d p o r q u é n o q u e re m o s ir a P a le stin a , sin o qu e d e
se a m o s p a s a r el o c a s o de n u e stra s v id a s entre el p u e
b lo it a lia n o ” . P o r s u p u e s to q u e , a llí d o n d e íb a m o s ,
230
“ UN B E L L U M J U D A I C U M EN EL SENTIDO MÁS PROFUNDO DE LA PALABRA”
233
H A N S JO N A S
234
VIAJANDO POR UNA ALEMANIA ARRASADA
de m a d ru g a d a E ra p o r la m a ñ a n a y e sta b a
su p erv isan d o c ó m o v o lv ían a c a rg a rlo to d o p a ra partir.
E n to n ces un b id ó n de g a so lin a c ilin d rico r o d ó d esd e
arrib a y m e cay ó en la cab e z a. M e hice u n a h erida m uy
p rc ir a y m e tras a iron, b a ñ a d o en sa n g re , a si
guiente )spit; e c a m p a ñ a . Y a n o s e n c o n trá b a m o s en
la m argen izq u ierd a del R in , de cam in o a S aarb rü ck en .
P erm an ecí alg u n a s h o ra s en aq u el h o sp ita l de c a m p a
ñ a, m e re m e n d a ro n y lu e g o , co n un en o rm e v en d aje
b la n c o a lre d e d o r de la c a b e z a , a tra v é s del c u a l aú n
su p u r a b a a lg o de san g re , m e tra sla d é en coch e a S a a r
b rü c k e n , d o n d e v o lv í a in c o r p o r a r m e a m i u n id a d .
D esd e allí se g u im o s, fo rm a n d o u n a g ra n co lu m n a de
a u to m ó v ile s , a tr a v é s d el n o r e ste de F r a n c ia , h a s ta
Lille. En c a d a u n o de e sto s c a m io n e s, ju n to al c o n d u c
tor, ib a se n ta d o d elan te un m a n d o . C o m o y o era, p o r
el ra n g o m ilitar, sa rg e n to , m e se n ta b a , al c o n tra rio que
lo s so ld a d o s r a s o s , ju n to al c o n d u c to r de n u e stro c a
m ió n . C u a n d o p a s á b a m o s p o r u n a c iu d a d , sie m p re
n o s e n c o n trá b a m o s a la p o b la c ió n d a n d o g rito s de jú
b ilo , n o p o r q u e fu é r a m o s u n a b r ig a d a ju d ía , sin o
c o m o tr o p a s a lia d a s. D a d o e en lu r del c a sc o de
acero llevab a u n a v e n d a, era o b je to de g ra n d e s o v acio
nes: un so ld a d o qu e eviden tem en te h a b ía c o m b a tid o y
h a b ía re cib id o u n a h erida en la c a b e z a . M e se ñ a la b a n
con lo s d e d o s y m e a p la u d ía n , de m a n e ra ue a tra v e s ;
el n orte de F ra n cia co n un a u ra de h éroe del to d o in -
Lille era u n a de n u e stra s c iu d a d e s alb e rgu e,
lu ego el T o u rn ai b e lg a, qu e n o ta r d a m o s en a b a n d o
nar. ¿Y q u é h a c ía D io s ? N u e s tr o ú ltim o c u a rte l fue
V enlo, a veinte k iló m e tro s de m i ciu d a d n a ta l, M ó n -
c h e n g la d b a c h , a este la d o de la fro n te r a h o la n d e sa .
C o n o c ía V enlo d esd e m i niñez, se p o d ía ir en b icicleta,
p a s a b a s la fro n te ra y te to m a b a s un café o c o m p r a b a s
c h o c o la te h o la n d é s. D e sd e allí, m es y m e d io d e sp u é s
2-35
H A N S JO N A S
2.3 6
VIAJANDO POR UNA ALEMANIA ARRASADA
237
H A N S JO N A S
239
H A N S JO N A S
240
VIAJANDO POR UNA ALEMANIA ARRASADA
241
H A N S JO N A S
242
VIAJANDO POR UNA ALEMANIA ARRASADA
243
H A N S JO N A S
m a n o s de su en e m ig o , a u n q u e p o r la n och e le in v ad en ,
c o m o u n a v isió n , lo s p ie s en el fu e g o . E n to n ce s, c u a n
d o el se ñ o r del c a stillo le d e ja ir sin c a u sa rle d a ñ o a l
g u n o , el en v iad o dice: “ Señor, so is un h o m b re listo y
se n sa to . / Y sa b e d qu e so y del m á s g ra n d e rey. / V ivid
en p a z . ¡H a s ta n u n c a !” . A lo qu e el se ñ o r del c a stillo
r e sp o n d ió : “ ¡T ú lo h a s d ic h o ! ¡D e l m á s g ra n d e rey!
H o y fue / su e n c a rg o d ifícil p a r a m í... ¡A se sin a d o d e
m o n ía c a m e n te m e h a s / a la m u je r! ¡Y en v id a s i
g u e s !... M ía es la v e n g a n z a , d ice D i o s ” . ¡U n p o e m a
fa n tá stic o , e sp a n to so ! M á s ta rd e visité un d ía a B rig it
te en C a m b rid g e ; un so ld a d o in glés del ejército de o c u
p a c ió n se h a b ía e n a m o r a d o de ella y la h a b ía lle v a d o a
In g la te rra . C u a n d o la te lefo n e é y le d ije: “ H o la , so y
H a n s. ¿Te a c u e rd a s a ú n ? ” , ella co n te stó : “ C ó m o , c la ro
qu e sí, tú m e leiste el p o e m a ‘L o s p ies en el fu e g o ’ ” . Y
m e e x p lic ó q u e ejercía de p ro fe so ra de ale m án y qu e
h a c ía a p r e n d e r a t o d o s su s a lu m n o s la p o e s ía “ L o s
p ie s en el fu e g o ” .
P o r su p u e sto tam b ié n v isité la calle d o n d e h a b ía e s
ta d o n u e stra fá b ric a , p u e s ten ía c u r io sid a d p o r sa b e r
q u é h a b ía s id o de e lla . L o q u e m e e n c o n tré fu e un
m o n tó n de ru in a s. L a e m p re sa , tr a s la m u erte de m i
p a d r e , fue arizada. Si d e sp u é s de la g u e rra h u b iera se
g u id o en p ie, de a c u e rd o c o n la s o rd e n a n z a s v igen tes
b a jo lo s a lia d o s , h a b ría p o d id o ta s a r la y re cla m a r un
p a g o . P ero a un h o m b re qu e, d eb id o a lo s b o m b a rd e o s,
e s ta b a en b a n c a rro ta , ¡¿q u é ib a n a re cla m a rle ?! A ñ o s
m á s ta rd e c o n o c í entre m is estu d ia n te s a un p ilo to de
la s fu e rz a s a é re a s c a n a d ie n se s. U n d ía qu e e s tá b a m o s
re u n id o s en m i c a sa m e p re g u n tó : “ ¿D e qu é p a rte de
A le m a n ia es u ste d , p ro fe so r J o ñ a s ? ” . Y dije: “ S e g u ra
m en te n u n ca h a b rá o íd o h a b la r u ste d de la c iu d a d de
M ó n c h e n g la d b a c h ” . A lo q u e a ñ a d ió : “ ¿M ó n c h e n -
g la d b a c h ? E se e ra el d e stin o de la ú ltim a m isió n de
M4
VIAJANDO POR UNA ALEMANIA ARRASADA
b o m b a r d e o q u e ejecu té el trece de m a r z o de 1 9 4 5 ” .
A m ig o s de M ó n c h e n g la d b a c h m e h a b ía n r e la ta d o
aq u e l g ra n a ta q u e co n estrem ecim ien to : h a b ía sid o la
noch e m á s terrible de la g u erra. D e m a n e ra q u e le p re
gu n té: “ ¿Y sa b e tam b ié n a lg o del d a ñ o qu e p ro v o c ó
ese a ta q u e ? ” . Y re sp o n d ió : “ Sí, c la ro . A l d ía siguien te
del b o m b a r d e o sie m p re s a lía n a v io n e s de r e c o n o c i
m ien to qu e to m a b a n fo to g r a fía s aé re a s p a r a c o m p r o
b a r el a lc a n c e de lo s a t a q u e s ” . D ije y o e n to n c e s:
“ A h o r a le m o s t r a r é y o c ó m o e ra la c o s a d e sd e el
su e lo ” . M e d irigí a m i escrito rio y sa q u é un g ran so b re
lleno de fo to g r a fía s qu e m e h a b ía e n v iad o m i a b o g a d o
en G la d b a c h p a r a m o str a r m e q u e de a llí n o p o d r ía
sa c a r n a d a . L a s fo to g r a fía s de n u e stra fá b ric a ev id en
c ia b a n qu e a llí n o h a b ía m á s qu e ru in a s, in clu id o el
p a rq u e de m a q u in a ria y lo s te lare s. “ V e a ” , le invité,
“ e so fue un d ía la fá b ric a de m i p a d re . Y el tr a b a jo
que hizo u sted a co n cien cia tu v o c o m o re su lta d o que
n o p u d ie ra p e d ir in d e m n iz a c ió n a lg u n a p o r n u e stra s
p r o p ie d a d e s ” . El jo v e n e n c a n ta d o r m e m ir ó a p e s a
d u m b ra d o y e x cla m ó : “ L o sien to, p ro fe so r J o n a s ” . Y
y o c o n te sté : “ N o lo sie n ta. T o d o lo c o n tr a r io , y o le
d o y la s g ra c ia s p o r lo qu e h izo. Y o tam b ién lo h u b iera
hecho si h u b iera sid o p ilo to ” . Fue u n a de e sa s e x tr a
ñ as co in cid e n cias: el p ro fe so r de filo so fía e m ig ra d o se
e n c u e n tra n a d a m e n o s re c o n un e s tu d ia n te le
h a b ía b o m b a r d e a d o su p ro p ia c iu d a d n atal.
M i so m b ría , o sc u ra esta n c ia en E u r o p a se p ro lo n g ó
b astan te . L a d e sm o v ilizació n ta r d a b a en tener lugar, y
h a sta n ov iem b re n o fui e m b a rc a d o de v u elta a P ale sti
n a. H a s ta en to n ces se g u ía en E u r o p a c o m o so ld a d o .
En n u e stro ca m p a m e n to m ilitar de V enlo a p e n a s tenía
o b lig a cio n e s m ilitares, m á s bien d isfru ta b a de m u ch o
tie m p o libre y de u n a g ra n lib e rta d de m o v im ie n to s,
siem p re y c u a n d o m e p ro c u ra r a y o m ism o el m ed io de
M5
H A N S JO N A S
tr a n sp o r te p a r a v ia ja r p o r la A le m a n ia o c u p a d a , a sí
c o m o tam b ié n p o r B é lg ica y el n o rte de F ra n cia . O c a
sio n alm e n te te n ía q u e h ace r g u a rd ia , p e ro n o tu ve qu e
e n c a rg a rm e , p o r eje m p lo , del in te rro g a to rio de p r isio
n e r o s d e g u e r r a . E n la s a d m in is t r a c io n e s m ilita r e s
a m e r ic a n a , in g le sa y fra n c e sa h a b ía c ie rta s u n id a d e s
q u e se e n c a rg a b a n de lo qu e m á s ta rd e se d io en lla
m a r desnazificación. M e a h o r r a r o n ese t r a b a jo . Y o
p e rso n a lm e n te n o te n ía en a b s o lu to la id ea de u n a p u
rific a ció n o re n o v a c ió n de A le m an ia. P o r m í c o m o si el
p u e b lo a le m á n se ib a al d ia b lo . D e sd e m i unto de
v ista , la c u lp a a le m a n a era tan h o rrib le qu e la ú n ica
a c titt 1 ecu án im e 1 1 rían si :> a s e x p ia c io n e s p ú b lic a s
y la c o n trició n g e n e ra liz a d a , p e ro m e di cu e n ta í qu e,
a e x ce p c ió n s lo s a m ig o s, la m a y o ría de alem ane ; co n
q u ien es e n tra b a s en c o n ta c to
ú p a s a d o o a se g u r a b a n sin cesar ue n o h a b ía n to
m a > p a rte en ello. N a d ie q u e ría ser el c u lp a b le . L o
q u e se o ía de b o c a de lo s a le m a n e s so lía ser servil de
un m o d o re p u g n an te: q u e rían c a p ta r as sim p a tía s d ;
aqu( ds qi : a h o ra , c o m o vene >res, ss ge *rn< an
y p o d ía n co n ce d e rle s su fav o r, y siem p re p e rju r a b a n :
“ E ra terrib le ese H itler, ese lo co , n o s h a c o n d u c id o a
to d o s a la d e sg ra c ia . N o n o s q u e d a b a o tra o p c ió n que
c o o p e r a r ” . N o escu ch é ni u n a so la c o n fe sió n de fa n a
tism o , sin o c a n tid a d de d e c la ra c io n e s de in o ce n cia y
re tra c ta c io n e s de lo qu e ib a sa lie n d o a la luz: “ N o , eso
es im p o sib le ” .
V iajé m u c h o p o r s aella A le m a n ia so m e tid a , c o n
q u ista d a , v en cid a. N o eran m isio n e s de se rv icio , sin o
qu e p e d ía p e rm iso s q u e m e eran c o n c e d id o s sin p r o
b le m a . P a r a lo s p e q u e ñ o s d e s p la z a m ie n to s in c lu so
te n ía a m i d is p o s ic ió n el p r o p io tr a n s p o r te m ilita r.
H ice v ia je s m á s la rg o s a G o tin g a , M a r b u r g o y H e id e l
berg. L o s tren es n o c irc u la b a n , p e ro si lle v a b a s u n ifo r
246
VIAJANDO POR UNA ALEMANIA ARRASADA
M7
H A N S JO N A S
248
VIAJANDO POR UNA ALEMANIA ARRASADA
250
VIAJANDO POR UNA ALEMANIA ARRASADA
cavernas
lugar seguro” . Los almacenaron en no sé que cuevas,
en el monte. Entonces pregunté: “ ¿Y los fragmentos de
la segunda parte?” , a lo que respondió: “ También a
salvo” . Se refería, por ahora, a los pl¿ég^)S impresos.
“ ¿Y lo que todavía no había corregido, pero que ya
había sido compuesto?” . “ Sí, eso no fue ningún proble
ma para nosotros. Año tras año se planteaba durante
la reunión de producción qué íbamos a hacer con esas
cajas, pues andábamos muy escasos de tipos. Pero
siempre tomábamos la decisión: ‘No. Todo esto acaba
rá algún día y entonces volverá a aparecer el Dr. Jonas
y seguiremos adelante con í proyecto’” . Eso era -ya
desde el punto de vista de los riesgos y de los costes-
inusual, ro ante todo un gran acto de fidelidad.
Seguro que tampoco es que fueran héroes. Más
tarde gente de Gotinga como Helmuth Plessner me
aclaró que también Vandenhoeck & Ruprecht había
adquirido algunos compromisos y hecho ciertas conce
siones a la literatura del momento. Sin eso probable
mente no habrían podido continuar con el negocio.
Pero el compromiso no lo cumplieron a costa de Gno
sis y espíritu tardoantiguo de Hans Jonas. Me dijeron:
“No queríamos ponerlo en peligro. Y queríamos con
servarlo. Eramos de la opinión de que la época hitleria
na no sería eterna, sino que concluiría” . Estas reunio
nes tuvieron lugar durante la guerra, cuando se hizo
evidente que el Imperio de los Mil Años no duraría mi
años. Helmut Ruprecht era un hombre de honor,
miembro de la Iglesia del Perdón fBekennende Kirche],
un hombre profundamente creyente, y su mujer proce
día de una comunidad protestante singular todavía
más creyente, originaria de Sajonia y el este de Prusia,
los Hermanos Moravos. Un día me dijo: “ Cuando las
sinagogas ardieron, mi madre exclamó: ‘Eso nos lo
hará pagar Dios Nuestro Señor con la misma moneda.
H A N S JO N A S
252
VIAJANDO POR UNA ALEMANIA ARRASADA
253
H A N S JO N A S
254
VIAJANDO POR UNA ALEMANIA ARRASADA
2-55
H A N S JO N A S
25 6
VIAJANDO POR UNA ALEMANIA ARRASADA
2-57
H A N S JO N A S
2.58
VIAJANDO POR UNA ALEMANIA ARRASADA
259
H A N S JO N A S
261
IX
De Israel al Nuevo Mundo:
inicios de la actividad académica
E n n o v iem b re de 1 9 4 5 v o lv í a Je r u s a lé n , ju n to a m i
m u jer y m is a m ig o s, e in ten té re to m a r m i v id a ta l y
c o m o era an te s de la g u erra. Fue terrib lem en te difícil
en co n trar u n a v ivien d a, p u es en lo s ú ltim o s cin co a ñ o s
no se h a b ía c o n stru id o n in gún ed ificio n uevo en Je r u
salén . L o re h a b ía o íd o decir a u n a en ferm era c ristian a
p ro ced en te de H o la n d a qu e en el p u e b lo á ra b e de Is-
saw y je , situ a d o en las c o lin a s de Ju d e a , p o r en cim a de
Je ru sa lé n , h a b ía u n a c a sa libre. N e g o c ia m o s el p recio
del alq u ile r co n el M u ch tar, un h o n o ra b le a n cia n o que
ten ía tres e s p o sa s , con la a y u d a de un a b o g a d o ju d ío
que sa b ía ára b e . “ Sería p a r a m í un h o n o r qu e un e ru
d ito c o m o u ste d q u is ie r a v iv ir en m i c a s a ” , d ijo el
M u c h ta r y m e d io a en ten der qu e no e sta b a d isp u e sto
a a c e p ta r qu e le p a g a r a el alquiler. D e sp u é s de co n v en
cerle de qu e d eb ía to m a r el d in ero , el a n cia n o a c e p tó y
p id ió un p re c io e x o r b ita n te , q u e , a fo r tu n a d a m e n te ,
n u e stro a b o g a d o c o n sig u ió re b ajar. C u a n d o , con to d o ,
in sistí en que la p ro m e sa del p ro p ie ta rio de a rre g la r la
b o m b a m a n u a l (con ella era p o sib le b o m b e a r a g u a de
la cistern a a un d e p ó sito que se e n c o n tra b a en el te ja
d o p a ra p o d e r d u ch arn o s) d eb ía q u e d a r c o n sig n a d a en
el c o n tra to , se sin tió m u y o fe n d id o . “ T ien e u ste d m i
p a la b r a ” , d ijo , “ ¿p a ra qu é lo qu iere p o r e s c r ito ? ” . Y
de p ro n to ya no se tr a ta b a só lo de la b o m b a , sin o ta m
bién de la cistern a. P o d ía m o s u tilizarla, p e ro su fam ilia
tam b ién d eb ía tener a c ce so a ella. Y e m p e zaro n a venir
263
H A N S JO N A S
264
DE ISRAEL AL NUEVO MUNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
265
H A N S JO N A S
el te m o r de qu e lo s á r a b e s n o fu e ran a a c e p ta r n u n ca
la e x iste n cia del E s ta d o de Isra e l, de q u e h a b ría sie m
p re g u e rra : to d o ello m e llevó a re p la n te a rm e n u e stra
situ a c ió n . E sc rib í a L e o S tr a u ss, q u e p a r a en to n ces ya
v iv ía en lo s E s ta d o s U n id o s, e g u n tá n d o le si p o d ía
a y i darm e a a b a n d o n a r I s r a e l, al m e n o s te m p o ra lm e n
te, p a r a p o d e r d e d ic a rm e a la in v e stig a c ió n y se g u ir
c o n m i c a r r e r a a c a d é m ic a en C a n a d á o en E s t a d o s
U n id o s . P o c o d e s p u é s r e c ib í u n a in v ita c ió n de la
L a d y -D a v is- F o u n d a tio n , q u e m e o fre c ía u n a b e ca de
cin co m il d ó la re s p a r a im p a rtir c la se s e in v e stig a r en
M o n tr e a l.
E n el v e r a n o de 1 9 4 9 c o n se g u í a l fin el lic é n c ia
m ien to del ejército israelí. T ra s u n a breve e sta n c ia en
S u iz a , fu im o s en b a r c o de M a r s e lla a C a n a d á c o n
n u e stra h ijita de un a ñ o , y v o lv im o s a e n c o n tra rn o s en
un p a ís en el q u e n o c o n o c ía a n ad ie , en un n u evo c o n
tinente. E ra a lg o m u y d istin to a u n a v uelta de Israel a
E u r o p a . V iv im o s u n r e c ib im ie n to m a r a v illo s a m e n te
c á lid o y c a riñ o so y lle g a m o s a c o n o ce r a lo s c a n a d ie r
se s erso n alm en te. E llo s n o c o n sid e ra n ue lo s inm ■
g ra n te s se an in tru so s, sin o u n a a p o r ta c ió n bien re cib i
d a p a r a la r e p o b la c ió n de su e n o rm e p a ís . C u a n d o
h u b im o s d e se m b a rc a d o en Q u e b e c, ju n to al m u elle ya
e s ta b a p r e p a r a d o un tren q u e ib a a tr a s la d a r a to d o s
lo s p a s a je r o s a M o n tr e a l. M ie n tra s e s tá b a m o s en n u e s
tro c o m p a rtim e n to , h a b ía m u je re s fu e ra del tren qu e
g rita b a n : “ ¿ H a y m u je res con b e b é s ? ” . A tra v é s de la s
v e n ta n a s se re p a rtía n b o te lla s de leche, p a ñ a le s y o tra s
c o s a s q u e n o s fa c ilita ro n ese tra y e c to v e rd ad e ram e n te
la r g o en tren . T o d a v ía re cu e rd o q u e L o re e s ta b a en
c a n ta d a p o r la ate n ció n y m iram ie n to q u e e sa actitu d
tra slu c ía . C u a n d o lle g a m o s a la e sta c ió n de M o n tr e a l,
a llí e sta b a n S a m u e l R isk , su e s p o sa y su h ijita de u n o s
o ch o a ñ o s. H a b ía n e sp e ra d o d u ran te u n a o d o s h o ra s
266
DE ISRAEL AL NUEVO MUNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
267
H A N S JO N A S
h a m p a . A u n q u e n o h a b ía o íd o d e t a lle s , c o r r ía el
ru m o r de q u e lo s B ro n fm a n se h a b ía n v isto m e z c la d o s
en to d o s lo s lío s p o sib le s, in clu so lo s sa n g rie n to s. E n
tr e ta n to , g r a c ia s a su riq u e z a , fo r m a b a n p a rte de la
élite d irigen te, c o s a qu e le g itim a b a n co n g ra n d e s d o n a
tiv o s4. E sto n o es, sin lu g a r a d u d a s, a lg o ju d ío , sin o
q u e es p a rte del n u ev o rico a m e ric a n o . Jo h n D . R o c k e
feller, p o r eje m p lo , qu e h a cía g ra n d e s d o n a tiv o s de lo s
q u e u n iv e r sid a d e s e n te ra s v iv ía n , es u n a m u e stra de
qu e en este tip o de asc e n sió n n o siem p re to d o es a c e p
tab le y co rre c to . Sin la e x iste n cia de lo s d o n a tiv o s, de
su in versió n p a r a fin es b e n é fico s o c u ltu ra le s, y a fu e ra
a l M e tr o p o lita n M u s e u m , la M e tr o p o lita n O p e r a y
ta n ta s o tra s in stitu cio n e s c u ltu ra le s, a este “ b a ró n de
lo s la d r o n e s ” le h u b iera sid o im p o sib le b o rr a r el h ech o
de qu e la su y a era u n a riq u e z a a m a s a d a en m il a v e n tu
ra s. E sto fo r m a p a rte de la im ag e n so c io -e c o n ó m ic a de
A m é ric a , y fue en C a n a d á , en la fig u ra de la fa m ilia
B ro n fm a n , d o n d e lo c o n o c im o s p o r p rim e ra vez.
E n se g u id a fu im o s in v ita d o s a c a s a de lo s Broi n a n ,
d o n d e u n m a y o r d o m o n o s a b r ió la p u e r ta . D e s d e
fu e ra p a re c ía to d o m u y d istin g u id o . Sam u el
era e x tr a o r d in a r ia m e n te c a rita tiv o y h a c ía d o n a tiv o s
m u y su sta n c io so s, esp e cialm en te p a r a a su n to s ju d ío s.
E ra in creíblem en te a c tiv o en el m o v im ie n to sio n ista y
d e se m p e ñ ó un p a p e l im p o rta n te en la c re a c ió n de la
U n iv e r sid a d de Je r u s a lé i , en la q u e e d ific io s e n te ro s
lle v a b a n su n o m b re . A l m ism o tie m p o , en lo c o n c e r
niente a su fo rm a c ió n in telectu al, e ra m u y p rim itiv o ,
c a si d iría q u e vulgar. E stá b a m o s in v ita d o s ju n to co n el
m a trim o n io R isk y o tro s a m ig o s a u n a c o m id a . D e s
p u é s, c o m o m a rc a n la s c o stu m b re s a n g lo sa jo n a s, n o s
s e p a r a m o s p o r se x o s, y lo s h o m b re s n o s fu im o s a o tra
h a b ita c ió n p a r a fum ar. A l p o c o de n o e sta r p resen tes
la s m u je re s, B ro n fm a n d ijo : “ A h o ra , a c o n ta r ch istes
268
DE ISRAEL AL NUEVO MUNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
v erd e s, y to d o el m u n d o d eb e h ace r su a p o r ta c ió n ” .
E ra la p rim e ra vez qu e v ivía a lg o a sí, ¡y en c a sa de un
ju d ío ! E ra n , ev iden tem en te, n u ev o s rico s de o rigen re
la tiv a m e n te h u m ild e , de g ra n d e stre z a e in te lig e n cia
p a r a lo s n e g o c io s, p e ro co n p o c a fo rm a c ió n in telec
tu al. L a am b ic ió n en este á m b ito se c o n c e n tra b a en lo s
h ijo s, qu e d eb ían ben eficiarse de u n a b u en a ed u cació n ,
de m an e ra q u e u n o de lo s h ijo s, E d g a r B ro n fm an , el
fu tu ro p resid en te del W orld Je w ish C o n g re ss, ib a a la
U n iv e r s id a d de Y a le , u n o de lo s c e n tr o s de p rim e r
o rd en de A m é rica. T en ía qu e a p r o b a r un e x am e n d eci
siv o , del qu e d ep en d ía qu e p u d ie ra se gu ir e stu d ia n d o o
n o, y u n a de las a sig n a tu ra s de la s qu e ib an a e x a m i
narle era filo so fía . P or el h e rm o so recib im ien to de que
fui o b je to a in sta n c ia s de B ron fm an en M o n tre a l, éste
m e p id ió u n a especie de c o n tra p re sta c ió n y m e p re g u n
tó si e sta ría d isp u e sto a p re p a ra r a su h ijo p a ra el e x a
m en de f ilo s o f í a , c o s a q u e , p o r s u p u e s to , a c e p té .
B ro n fm an m e p a g ó gen e ro sam e n te y d u ran te un tiem
p o E d g a r M . B ro n fm an , qu e era un jo ven inteligente y
a p a s io n a d o , y qu e a p r o b ó sin p ro b le m a s el e x a m e n ,
fue m i alu m n o p articu lar, c o n trib u y e n d o y o tam b ién a
con v ertirlo en u n a de la s fig u ra s se ñ eras del ju d a ism o
a m e ric a n o *.
N u e s tr a :r e cia c a n a d ie n s e c o m e n z ó , p u e s, en
. M u y p ro n to fue evidente que m i e sp o sa e sta
b a encinta, c o sa que d eb ió de su ced er en P arís o en la
trav e sía de El H av re a Q uebec. E so in crem en tab a, n a
tu ralm en te, m i u rgen cia p o r en co n trar un p u e sto a c a
d ém ico, lo que no se e n co n trab a, em p ero , en m a n o s de
la L ad y -D av is-F o u n d atio n . D eb ía in gen iárm elas s o lo 6.
O b tu v e la a y u d a de m is n u e v o s p ro te c to re s c a n a d ie n
ses, entre lo s qu e h a b ía un h o m b re lla m a d o Siegel, que
p o se ía un en orm e n eg o cio de c a lz a d o en M o n tre a l. Su
h ijo d isfru tó en Je ru sa lé n d u ran te u n a te m p o r a d a de la
H A N S JO N A S
h o sp ita lid a d de m i a m ig o E rn st S im o n , de m a n e ra qu e
se sen tía e sp e cialm en te en d e u d a c o n lo s ju d ío s recién
lle g a d o s de P alestin a. Se e sfo r z a b a m u ch o p a r a c o n se
g u irn o s c o s a s , y p a r a e m p e z a r m e in vitó a c o m e r en un
c lu b - c r e o q u e se t r a t a b a de la lo g ia B ’n a i B r ith - y
ta m b ié n in vitó a ven ir a un p r o fe so r de la M c G ill U n i
versity. M o n tr e a l p o se ía o tra u n iv e rsid a d , la de h a b la
fra n c e sa , la U n iv e rsid a d C a tó lic a de M o n tr e a l, m ie n
tr a s qu e M c G ill era el re sp a ld o in telectu al y e sp iritu a l
de la p a rte a n g ló fo n a de la p o b la c ió n de Q u e b ec.
U n iv e rsid a d d e se m p e ñ a b a un p a p e l im p o rta n te en el
m u r o a c a ¡m ico el C a n a d á o c c id e n ta l, d o n d e la
p o b la c ió n fra n c e sa , a lg o in fe rio r en lo to c a n te a fo r
m a c ió n , c o n stitu ía la m a y o ría . M e enteré qu e M c G ill
se h a b ía co n v e rtid o en un c a m p u s u n iv e rsitario s itu a
d o en p len a c a m p iñ a , en la g ra n p lan icie qu e se e x tie n
de frente a Q u e b e c , q u e h a b ía sid o un recin to de la s
fu e rz a s a é re a s. m uchos m a y o re s y
c a s a d o s q u e te n ía, q u e h a b ía n p a s a > a ñ o s en i g u e
rra y q u e, se gú n la s leyes c a n a d ie n se s, ten ían d erech o
c o m o e x c o m b a tie n te s a h ace r u n a c a rre ra fin a n c ia d a
, se h a b ía n h a b ilita d o p e q u e ñ a s v iv ien d as
en lo s b a rra c o n e s. E n o tro s ed ificio s h a b ía a u d ito r io s y
la b o r a t o r io s . D a w s o n C o lle g e e r a u n a u n iv e r s id a d
te m p o r a l, q u e te n d r ía q u e c e r r a r en el m o m e n to en
q u e h u b ie ra c u m p lid o su m isió n : p o s ib ilita r u n a fo r
m a c ió n a c a d é m ic a fin a n c ia d a p o r el E sta d o a la g e n e
ra c ió n de v e te ra n o s.
El se ñ o r q u e el co m ercian te de c a lz a d o Siegel invitó
a co m er era p ro fe so r de q u ím ica y d ire cto r del D a w so n
C o llege. M a n tu v e u n a la rg a c o n v ersació n co n él y en se
g u id a le c a í bien. L o qu e m e jo r le p a re c ía es qu e p u d ie
ra im p artir filo so fía , de m a n e ra qu e d u ran te esa m ism a
c o m id a n o s d im o s la m a n o y d ijim o s: “ H e c h o ” . A l p a
recer ten ía a u to rid a d suficiente p a ra c e rra r este tip o de
DE ISRAEL AL NUEVO MUNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
a c u e r d o s y, c u a n d o v o lv í a c a s a , p u d e d e c ir a L o re
d ó n d e íb a m o s a p a s a r a q u e l in viern o. E l fin al del v e ra
n o lo p a s a m o s fu e ra de M o n tre a l, cerca de un la g o en
u n a c a sita de c a m p o p a ra el v eran e o . C u a n d o el v e ra
n o h u b o te rm in ad o y e m p e z a b a a h acer frío , n o s m u
d a m o s al c a m p u s del D a w so n C o llege. E m p e z a b a en
to n c e s u n a t e m p o r a d a r e a lm e n te h e r m o s a . T o d o el
m u n d o n o s d io la b ien v en id a. P ro n to c o rrió la voz de
qu e un n iñ o p e q u e ñ o p ro ce d e n te de la c á lid a P alestin a
h a b ía lle g a d o en m e d io del in viern o c a n a d ie n se . L a s
m u je res jó v e n es p ro n to v isita ro n a L o re y d ecían : “ Tu
p e q u e ñ a n ecesita un e q u ip o p a r a la n iev e” , y en ton ces
le re g a la ro n u n o de e so s m o n o s p a r a la nieve tan g o r
d o s, qu e se le a c a b a b a de q u e d a r p e q u e ñ o a alg ú n o tro
n iñ o. C a d a u n o de n o so tro s re cib ió re g a lo s p a r a que
p u d ié ra m o s e q u ip a rn o s p a r a el in viern o. N o s a lo ja ro n
en lo s b a r r a c o n e s c o n v e r tid o s en z o n a r e sid e n c ia l.
C o m o n o era estu d ian te sin o p ro fe so r, n o s d ieron d o s
a p a rta m e n to s co n u n a p u e rta en m e d io qu e lo s c o m u
n ica b a . O se a qu e d isfru ta b a de u n a situ a c ió n a lg o p ri
v ile g ia d a , p e ro p o r lo d e m á s co n v iv ía m o s c o n jó ven es
e stu d ian te s c a s a d o s 7. E so n o s fa cilitó u n a p rim e ra im
p re sió n acerca de la m e n ta lid a d , el m o d o de v id a , las
c o stu m b re s y la p sic o lo g ía de , q u e se d iferen
cia p o r co m p le to de lo s de E sta d o s U n id o s, qu e c o n o
c e ría m o s m á s ad elan te . S o b re to d o , e m p e ro , la actitu d
an te la v id a , la o rien tació n d ític i e in clu so la s f o r
m a s 1 1 c ristia n ism o so n to ta lm e n te d istin ta s Lie en
P or e jem p lo , fa lta b a , a e x ce p c ió n del Q u e b ec
c a tó lic o -ro m a n o , la su p re m a c ía de la s g ra n d e s Ig le sias.
L o s e stu d ia n te s eran m a y o rita ria m e n te p re sb ite ria n o s
y a n a b a p tista s o p erten ecían a u n a p e q u e ñ a c o n g re g a
ción . E n el c a m p u s v iv ían m u c h a s fa m ilia s c o n h ijo s
p e q u e ñ o s y, c o m o p ro n to c o rrió la v o z de q u e L o re e s
ta b a e m b a ra z a d a , re cib im o s to d a la a y u d a im ag in ab le .
27 1
H A N S JO N A S
273
H A N S JO N A S
b a n sk y f E ra ev id en te q u e n o e ra b ie n v e n id o p a r a él,
sin o q u e, c o m o p r o fe so r n u m e ra rio , m á s bien se sen tía
in c ó m o d o p o r la p re se n cia de un c o le g a c a si sin p u e s
to . H a b í a m o s q u e d a d o s o b r e la s c in c o y m e d ia y,
c u a n d o a la s se is se o y ó u n a lla m a d a de c a m p a n illa ,
K lib a n sk y d ijo : “ A h o ra te n d rá u ste d q u e d isc u lp a rm e .
A q u í se cen a a la s s e is ” . A sí fu i d e sp a c h a d o y to m é el
c a m in o de v u e lta a c a s a c u a n d o la o sc u ra n och e in ver
n al irru m p ía . E s u n o de e so s re cu e rd o s qu e se m e h an
q u e d a d o g r a b a d o s . E s v e r d a d q u e n o h a y m o tiv o s
p a r a e sp e ra r q u e u n a p e rso n a qu e y a tiene asie n to re
se rv a d o en su c o m p a rtim e n to de tren acep te a m is to s a
m en te p a s a je r o s e x tra . L o lla m a tiv o era qu e se tr a ta b a
de un h o m b re de é x ito q u e en re a lid a d n o ten ía n a d a
qu e tem er, q u e h a b ía c o n se g u id o to d o lo q u e se h a b ía
p ro p u e sto y al qu e sie m p re, de un m o d o u o tro , se le
h a b ía a lla n a d o el c a m in o . T r a s su e m ig r a c ió n fu e
n o m b r a d o Honorary Lecturer d el K in g ’s C o lle g e de
L o n d re s y fue m ie m b ro del In stitu to W arb u rg, d o n d e
e s ta b a e n c a rg a d o de la d ire cció n del g ra n p ro y e cto qu e
in v e stig a b a el in flu jo ta r d ío del p la to n ism o en la E d a d
M e d ia 11. H a s t a d o n d e sé, n u n ca tu v o qu e en fre n tarse
a la n e c e sid a d ni tem er q u é ib a a ser de su fu tu ro p ro -
y se v o lv ía e x tr a o r d in a r ia m e n te p u silá n im e
en c u a n to se t r a t a b a de la s te m id a s p e tic io n e s de
a y u d a d e a q u e llo s q u e n o h a b ía n te n id o la m is m a
su erte q u e él.
D e o tro q u e e sp e ra b a a lg ú n tip o de c o n e x ió n c o n el
m u n d o a c a d é m ic o - p u e s e s ta b a c la ro q u e en el D a w
so n C o lle g e só lo h a b ía e n c o n tra d o un p u e sto te m p o
ra l, q u e el C o lle g e te n d ría q u e c e rra r al fin al del a ñ o
a c a d é m ic o p o r p ro b le m a s fin a n c ie ro s y q u e m i p ro m e
tid a a c e p ta c ió n en la M c G ill U n iv e rsity a c a b a r ía en
a g u a de b o r r a ja s - era un m o n je d o m in ic o , el p a d re F a
rib a u lt. E n 1 9 3 5 /3 6 h a b ía p u b lic a d o un e x te n so t r a b a
2.74
DE ISRAEL AL NUEVO MUNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
jo en u n a re v ista d o m in ic a en el qu e, a lo la rg o de cin
cu e n ta p á g in a s y d esd e el p u n to de v ista c a tó lic o , o p i
n a b a so b re m i lib ro : n o sie m p re e s ta b a de a c u e rd o ,
p e ro lo h acía con g ra n in te n sid ad y re sp e to 12. E sa fue,
p o r la e x te n sió n , p e ro tam b ién en lo to c a n te a su c a
rácte r in cisiv o , la m a y o r recen sió n q u e m e d ed icaro n .
L a s re v istas a le m a n a s p a sa r o n en silen cio p o rq u e era
un tem a d e lic ad o : si a an m i *o, est£ an cele-
ando o a de un a u to r ju d ío y en cim a e m ig ra d o ;
si lo c ritic a b a n , se e x p o n ía n a ser so sp e c h o so s de sim
p a t iz a r c o n to d o ese a n tis e m itis m o . S ó lo la r e v is ta
Gnomon, u n o de lo s fo r o s de d isc u sió n m á s re co n o ci
d o s, o freció re se ñ arlo al fa m o so A rth u r D a rb y N o c k ,
de la U n iv e rsid ad de H a rv a rd . E sc rib ió un c o m e n tario
inteligente y c rítico , en su m a y o r p a rte re sp e tu o sa m e n
te n eg ativ o , en el qu e se o c u p a b a an te to d o de la v er
tiente h istó ric o -filo ló g ic a , p u e s p a r a u n a a p re c ia c ió n
filo só fic a no h a b ría sa b id o p o r d ó n d e e m p e z a r13. P or
lo d e m á s n o h u b o sin o a lg u n a s breves críticas h o la n
d e sa s y fra n c e sa s. M e d ecid í, p u e s, a escrib ir al c o n
v en to d o m in ico de O tta w a , qu e c o n sta b a c o m o cen tro
ed ito r de a q u e lla re v ista, y co m u n iq u é al p a d re F a r i
b a u lt qu e a h o ra m e e n c o n tra b a en C a n a d á y qu e q u e
ría c o n o ce r p erso n alm en te a qu ien se h a b ía a c e rc a d o a
m i lib ro de un m o d o tan m in u cio so , ate n to y b e n é v o
lo. N o recib í re sp u e sta . M á s ta rd e , c u a n d o y a h a b ía
c o n se g u id o un p u e sto en el C a rle to n C o lleg e de O tta
w a sin a y u d a de n ad ie, llam é un d ía al co n v en to . M e
p a s a r o n c o n el a b a d , q u e d ijo de in m e d ia to : “ A h ,
u sted es el p ro fe so r Jo n a s , su n o m b re m e re su lta c o n o
cid o . En a q u e lla ép o ca n u e stro h erm an o F a rib a u lt e s
tu d ió su o b ra co n ta n ta m in u c io sid a d ” . D ije: “ Sí, p o r
eso llam o . H a c e un tie m p o e scrib í u na c a rta al p ad re
F a r ib a u lt, p e ro no he re c ib id o re sp u e sta . E sp e r o , en
fin, que n o h ay a fa lle c id o ” . “ N o ” , d ijo el a b a d tra s un
275
H A N S JO N A S
27 6
DE ISRAEL AL NUEVO MUNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
a ñ a d ió : “ E so n o lo sé, p e ro es un n iñ o ” . L o re se q u ed ó
u n a se m an a en el h o sp ita l, b a jo lo s m a r a v illo so s c u i
d a d o s de la s h e rm an as c a tó lic a s, y lu ego n o tuve que
p a g a r m á s qu e v ein ticin co rid ícu lo s d ó la re s. C u a n d o la
a c o m p a ñ é a c a sa , d o n d e A y alah se h a b ía q u e d a d o só li
ta con su p a p á m ie n tras su m a m á e sta b a en el h o sp i
tal, le llevé u n a m u ñ eca en orm e. D ije: “ M a m á h a v u el
to , y te ha tra íd o e s to ” , p e ro de p ro n to esta lló el llan to
de un n iño en la h a b ita c ió n c o n tig u a : en seg u id a a g u z ó
el o íd o , d e jó caer la m u ñ eca y c o rrió a la h a b ita c ió n .
E n te n d ió in m e d ia ta m e n te q u e el b e b é e ra un n u e v o
m ie m b ro de la fa m ilia 14. A l c a b o de u n o s d ía s c e le b ra
m o s u n a circu n cisió n c o m o es d e b id o . D a d o qu e en el
en to rn o n o h a b ía ni c o m u n id a d ju d ía ni u n a sin a g o g a ,
hice lla m a r a un M o h e l de M o n tre a l, y tu v o lu g a r u na
p eq u eñ a fiesta co n a m ig o s ju d ío s.
C u a n d o n u e stro h ijo n a ció , y o y a h a b ía en c o n trad o
un p u e sto en el C a rle to n C o llege de O tta w a p a r a lo s
sig u ie n te s a ñ o s . D e sd e iebec en vié u n a s se te n ta u
oc m ta c a rta s a iv ersas univers ad e , d esd e la c o sta
del A tlán tico h a sta la del P acífico , o frecien d o m is se r
v icio s. L a m a y o r p a rte de la s veces m e re sp o n d ía n que
p o r el m o m e n to n o h a b ía n in gu n a p la z a d isp o n ib le y
q u e te n d r ía n en c u e n ta m i in te r e s a n te c a n d id a tu r a
p a ra ev en tu ales circ u n sta n c ia s fu tu ra s. S ó lo de O tta w a
m e llegó la o fe rta de, a c o sta de la u n iv ersid ad , acu d ir
a u n a e n tre v ista c o n su p r e sid e n te , M a x w e ll M c O -
d ru m . D u ra n te la co n v e rsa c ió n m o stré m is cred e n cia
le s, en tre e lla s , u n a c a r ta de M a r tin B u b e r, u n a de
Sch o lem , a lg u n a s crític a s de Gnosis y espíritu tardo-
antiguo y un in fo rm e de la U n iv e rsid a d de Je r u sa lé n
c e rtific a n d o qu e h a b ía im p a rtid o c la se s allí. T o d a v ía
n o te n ía u n a tr a y e c to r ia a c a d é m ic a q u e m e a v a la se ,
p e ro an te to d o el n o m b re de M a rtin B u b er c a u só un
g ra n im p a c to . E n re a lid a d c u a n d o M c O d r u m v io su
277
H A N S JO N A S
278
DE ISRAEL AL NUEVO M UNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
e stu d ia n te s16. C o n m i c o le g a a lg o m á s en g re íd o , q u e
e ra v isib le m e n te m á s jo v e n y se h a b ía d o c to r a d o en
P rin ceton , n o n o s u n ía u n a a m ista d esp e cialm en te ín ti
m a , p e ro el tr a b a jo en e q u ip o se d e sa rro lla b a sin o b s
tá c u lo s17. M á s in teresan tes qu e el re d u cid o m u n d o del
C o llege so n la s re lacio n es qu e en tab lé en esa é p o c a . L a
m á s im p o rta n te fue el en cu e n tro co n M a r ta W asser-
m an n , la v iu d a del n o v e lista ju d ío -a le m á n J a c o b W as-
serm an n . E ra su se g u n d a e s p o sa y, tr a s la m u erte de su
m a r id o , h a b ía e s tu d ia d o p s ic o lo g ía c o n C . G . Ju n g .
G ra c ia s a su ex p e rien cia c o m o p sic o a n a lista , tra s a ñ o s
de d o cen cia en la M c G ill U niversity, h a b ía p o d id o lle
v a r u n a ex iste n cia d ig n a en O tta w a y se h a b ía co n v er
tid o en la a n a lista m á s re p u ta d a 18. E n se g u id a le lle g a
ro n ru m o re s de qu e h a b ía lle g a d o algu ien n uevo con
q u ie n p o d ía e n riq u e c e r su p r o p ia v id a so c ia l. T en ía
a lg o p a re c id o a un Salon , al que fu im o s in v itad o s. In
te n ta b a qu e c u alq u ie r p e rso n a de O tta w a que tuviese
alg u n a im p o rta n c ia en la s artes o la s cien cias asistie ra
a su s reu n io n es, qu e ten ían lu g a r lo s d o m in g o s. U n d ía
a p a re c ió en su s te rtu lias un m a trim o n io lla m a tiv a m e n
te ap u e sto : un h o m b re ru b io , fuerte, de g ran e sta tu ra y
n ariz a g u ile ñ a , y u n a m u je r de p ie rn a s la r g a s y m u y
d e lg a d a . N o s e n teram o s de qu e se tr a ta b a del prín cipe
Ju ssu p o w . Y ¿qu ién era ése? ¡El h ijo del a se sin o de G ri
g o ri Je fim o v itsc h R a sp u tin ! El c ab e cilla del a te n ta d o ,
p la n e a d o en 1 9 1 6 p o r un p e q u eñ o círcu lo de n o b les,
era el con de Felix Ju ssu p o w . Su h ijo em igró m á s tard e a
C a n a d á y fue q u ím ico del N a tio n a l R esearch C o un cil.
O tro in teresan te en cu en tro m e p u so en re lació n con
L u d w ig v o n B e rtalan de V ien a, q u e era o rig in a rio
de la n o b lez a h ú n g a ra y h a b ía lle g a d o , ta m
bién c o n a y u d a de la L a d y - D a v is- F o u n d a tio n , c o m o
estu d ian te re fu g ia d o . E n u n a o c a sió n n o s h a b ló de su
fa m ilia y de u n a tía qu e h a b ía v iv id o en un c a stillo y
279
H A N S JO N A S
280
DE ISRAEL AL NUEVO MUNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
bier, a l q u e h a b ía c o n o c id o en B e rlín c o m o s io n is ta
p ru sia n o o p ru sia n o sio n ista. M e d ijo , y eso era típ ico
de T á u b le r: “ O se a qu e u ste d p a rtic ip ó en la g u e rra ,
lu ch ó c o n tra H itler, y a h o ra se ve o b lig a d o a b u sc a r
u n a p la z a . E sto es in au d ito . ¡H a b ría qu e o b lig a r a las
fa cu lta d e s a co n tra ta rle con u n a a m e tr a lla d o r a !” .
D u ra n te m i v iaje tam b ié n fui a C h ic a g o , d o n d e r e a
vivé la a m is ta d , q u e h a b ía m o s m a n te n id o p o r c a r ta ,
c o n L e o S tra u ss. L e h a b ía v isto p o r ú ltim a vez en L o n
d re s, d o n d e se h a b ía in sta la d o al in icio de su ex ilio . A l
fin a l de lo s a ñ o s tre in ta h a b ía to m a d o el c a m in o de
A m é ric a . M e e x p lic ó de m a n e ra jo c o s a c ó m o él - u n
ser h u m a n o e x tra o rd in a ria m e n te a p a r ta d o de la re a li
d a d y t im o r a to - se p r e p a r ó p a r a la tra v e sía c o m o si
to d a v ía fu e ra la é p o c a de lo s Pilgrim Fathers. Se c o m
p ró u n a trin ch era y, c o m o m e e x p lic a b a rie n d o , a p a r e
ció en el m o d e rn o v a p o r e q u ip a d o c o m o un v e rd a d e ro
lo b o de m a r p a r a so rte a r lo s te m p o ra le s del A tlán tico .
Su p rim e r a silo a c a d é m ic o lo h a lló en el N e w S c h o o l
fo r S o c ia l R e se a rch de N u e v a Y o rk , y en tretan to h a b ía
id o a p a r a r a C h ic a g o 25. E n e s a o c a s ió n ta m b ié n
a p re n d í a lg o a c e rc a de la je ra rq u ía de la s u n iv e rsid a
d es a m e ric a n a s, qu e en gen e ral so n in stitu cio n e s p r iv a
d a s, n o rm a lm e n te r e s p a ld a d a s p o r g ra n d e s fu n d a c io
nes y fin a n c ia d a s m e d ian te d o n a tiv o s. L a U n iv e rsid ad
de C h ic a g o e s ta b a entre la s u n iv e rsid a d e s p ree m in en
tes del p a ís. L a m a y o r p a rte de la s u n iv e rsid a d e s de la
lla m a d a Ivy League , co n su s v e tu sto s ed ificio s p o r lo s
q u e tr e p a la h ie d ra , e stá n situ a d a s en la C o s ta E ste ,
c o m o H a r v a r d , Y ale, P rin ceto n o la B ro w n U n iv ersity
de R h o d e Islan d . A p rin cip io s del sig lo XX R o ck efeller,
q u e se h a b ía h ech o m o n stru o sa m e n te ric o , h izo u n a
o fe rta a u n a g ra n fu n d a c ió n , p e ro c u a n d o le e scrib ie
ro n qu e n o q u e ría n d in ero m a n c h a d o de sa n g re tr a s la
d ó su o frecim ien to a la U n iv e rsid a d de C h ic a g o , qu e
282
DE ISRAEL AL NUEVO MUNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
283
H A N S JO N A S
284
DE ISRAEL AL NUEVO MUNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
en ru in a s, y tam b ié n la e sta c ió n e s ta b a p a rc ia lm e n te
d e s tr u id a . E l re e n c u e n tro c o n G e rtru d fu e e m o tiv o .
Le e x p liq u é p o r qu é en 1 9 4 5 n o h a b ía id o a v erla y
p o r qu é n o h a b ía h ech o siq u ie ra el in ten to de e sta b le
cer c o n ta c to . L o m ism o m e h a b ía p a s a d o co n m u c h as
o tra s p e rso n a s. N o sa b ía si p o d ía e x ig ir a algu ien que
h a b ía v iv id o allí y su frid o la d e stru c ció n de A le m an ia
qu e se re u n ie ra co n alg u ien q u e se a le g r a b a de la d e
rro ta a le m a n a y se c u n d a b a la d e stru c ció n de la s c iu
d a d e s a le m a n a s . E lla r e s p o n d ió : “ ¡V a y a e s tu p id e z !
P o d ría s h ab é rm e lo d ich o , p u e s y o e s ta b a , a p e sa r de
to d o , de p a rte de q u ien es a r r o ja b a n la s b o m b a s y no
de p a rte de q u ien es la s su fr ía n ” . S a b ía , n atu ralm e n te ,
qu e G e rtru d ja m á s h a b ía sim p a tiz a d o c o n lo s n azis.
Pero p en sé q u e, tr a tá n d o s e de a r r a s a r su p r o p ia p a
tria , su s c iu d a d e s, su s ig le sia s, su s e d ific io s, su so lid a
rid a d e sta ría al la d o de e sa A le m a n ia v en cid a y d e v a s
t a d a . G e r tr u d se h a b ía c a s a d o y te n ía u n a h ijita .
L u im o s al E n glisch e G a rte n , n o s se n ta m o s ju n to a la
T orre C h in a en un b an co y n os c o n ta m o s lo que h a b ía
m o s v iv id o d u ran te e so s a ñ o s. Ig n o ro c u á n to tie m p o
e s tu v im o s a llí, c o n tá n d o n o s c o s a s de m o d o in in te
rru m p id o . E se la z o v o lv ió a re sta b le c e rse . L o re fue a
A le m an ia un a ñ o o d o s m á s ta rd e , p u e s e n tre tan to su s
p a d r e s se h a b ía n tr a s la d a d o de Israe l a A le m a n ia y su
p a d r e e je r c ía de n u e v o c o m o a b o g a d o . T r a b a ja b a
p a r a u n a o rg a n iz a c ió n q u e se e n c a rg a b a del p a g o de
r e p a r a c io n e s y al fin a l se in sta ló d e fin itiv a m e n te en
R a tis b o n a . C u a n d o su m a d re en ferm ó , L o re se tr a s la
d ó d esd e O tta w a a A le m a n ia y se q u e d ó allí un m es
de v isita. T am b ié n ten ía p e n sa d o c o n o ce r a G e rtru d , y
a sí fue c ó m o se e n c o n tra ro n L o re y G e rtru d , la s d o s
m u je res q u e h a b ía n d e se m p e ñ a d o y d e se m p e ñ a b a n el
p a p e l p rin c ip a l en m i v id a sin e sta r y o p resen te . G e r
tru d m e e scrib ió m á s ta rd e u n a c a rta e n tu sia sta acer-
285
H A N S JO N A S
286
DE ISRAEL AL NUEVO MUNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
287
H A N S JO N A S
288
DE ISRAEL AL NUEVO MUNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
289
H A N S JO N A S
290
DE ISRAEL AL NUEVO MUNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
291
H A N S JO N A S
293
H A N S JO N A S
294
DE ISRAEL AL NUEVO MUNDO: INICIOS DE LA ACTIVIDAD ACADÉMICA
2 95
H A N S JO N A S
e m o c io n a lm e n te a s u s ta d iz o . P ero en la a tm ó s fe r a de
n u e stra c a s a se sen tía e sp e cialm en te bien y se u n ió a
m i m u jer y a m í. E n ella en con tré a u n a m a e stra de la
le n g u a in g le sa , q u e a d e m á s se n tía s im p a tía s p o r ese
te m a de la G n o sis. Su s a p titu d e s n o eran filo s ó fic a s,
p e ro este m u n d o m ítico le ib a . L a fig u ra del m a e stro
q u e la m a r c a r ía m á s ad e la n te fue un im p o rta n te te ó ri
co c a n a d ie n se de la lite ratu ra: N o r th r o p Frye, q u e e s
c rib ió un fa m o so lib ro so b re W illiam B la k e 38. Se d o c
to ró con él y fue p ro fe so ra de L ite ra tu ra In g lesa en la
U n iv e rsid a d de T o ro n to .
296
X
A m is t a d e s y e n c u e n tr o s en N u e v a Y o r k
i 1 9 5 5 ace :é p o r fin un o fr e c im ie n to de la N e w
School fo r S o cia l R e se a rch de N u e v a Y ork . R ecu erd o
c ó m o se lo c o m u n iq u é al p resid e n te M c O d ru m y que
é ste m e d ijo : “ C o n la s in stitu c io n e s a m e r ic a n a s n o
p u e d o c o m p e tir. M e g u s ta r ía q u e u ste d se q u e d a se ,
p e ro ta n to n o p u e d o p e d irle ” . M i su e ld o en O tta w a
h a b ía p a s a d o de lo s d o s m il q u in ie n to s a lo s cin co m il
q u in ie n to s d ó la re s p rim e ro y a h o r a a sc e n d ía a o ch o
m il, y la c o n clu sió n p a re c ía ser qu e o ch o m il d ó la re s
en N u e v a Y ork tienen m e n o s v a lo r qu e cin co m il q u i
n ie n to s en O tta w a . ¿ C ó m o se h izo p o s ib le la o fe rta
p a r a ir a N u e v a Y o rk ? L a N e w S c h o o l m e h a b ía c o n
tr a ta d o en m á s de u n a o c a sió n p a r a la summer school.
P ro n to fu e e v id e n te q u e e s o e ra c o m o si b u sc a se n
n o v ia. E sta b a n en el p ro c e so de c o n tr a ta r a algu ien , y
sa b ía n de m í p o r d o s fu en tes: a tra v é s de L e o S tra u ss,
qu e h a b ía e n se ñ ad o con ello s p e ro q u e se h a b ía m a r
c h a d o a C h ic a g o , y p o r K a rl L ó w ith , qu e se h a b ía id o
a H e id e lb e rg y a q u ien h a b ía q u e su stitu ir. Y o d a b a
m is c la se s m a g istra le s. E n se g u id a m e di cu e n ta de que
era u n a fa c u lta d m u ch o m á s in teresan te qu e el p lá cid o
C a rle to n C o llege y qu e el e stu d ia n ta d o de N u e v a Y ork
su p o n ía un d e sa fío m a y o r qu e lo s a lu m n o s c a n a d ie n
se s, ta n b u e n o s, a m a b le s y a p lic a d o s 1. T r a s m is d o s
c o n tra to s de p ru e b a se o rg a n iz ó u n a fuerte frac ció n a
fa v o r de Jo n a s . A lfred Sch ü tz, e m p e ro , qu e se c o n sid e
ra b a el rep resen tan te de la fe n o m e n o lo g ía 2, a p o y a b a la
297
H A N S JO N A S
o c u p a c ió n de la c á te d r a (q u e h a b ía q u e d a d o lib re a
c a u s a de la m a rc h a de L ó w ith , p e ro qu e n o e s ta b a fi
n an cie ram e n te d o ta d a ) p o r A ro n G u rw itsc h , q u e era
su a m ig o y su c o m p a ñ e ro e sp iritu a l en lo to c a n te a la
fe n o m e n o lo g ía . E ste h a b ía o c u p a d o u n a p la z a en la
U n iv e r sid a d de B r a n d é is, e ra de o rig e n r u so - ju d ío y
h a b ía e stu d ia d o en F rib u rg o co n H u sse rl. M á s tard e se
tr a sla d ó a P arís y tr a b a jó en c o la b o r a c ió n , entre o tro s,
c o n M a u r ic e M erleau -P o n ty , en un m o m e n to en el qu e
en F ra n c ia e m p e z a b a a crecer el in terés p o r la fe n o m e
n o lo g ía 3. M á s ad e la n te p a s ó u n o s m e se s en Je r u sa lé n ,
p e ro p ro n to se d io cu e n ta de q u e n o c o n se g u iría n a d a
en su U n iv e rsid a d . D e sd e P arís su c a m in o le llevó en
to n c e s a A m é ric a , d o n d e fo r m ó p a rte d el c írc u lo de
a m ig o s de H a n n a h A ren d t. C o n a q u e llo s a m ig o s qu e
h a b ía n v iv id o , p a d e c id o , c o n fia d o y se n tid o p a v o r co n
ella en el ex ilio p a risin o , H a n n a h era m u y fiel, de m a
n era qu e ta m b ié n A ro n G u rw itsc h , qu e filo só fic a m e n
te le era to talm e n te a je n o , c o n su fe n o m e n o lo g ía ru sa
y la o r to d o x ia a ella lig a d a - e r a un h u sse rlia n o o r to
d o x o y e stre ch o de m ir a s - , en el p la n o p e r s o n a l era
siem p re bien re cib id o . C o n to d o G u rw itsch n o llegó a
la N e w S c h o o l h a sta d e sp u é s de la m u erte de Sch ü tz,
p o r q u e p rim e ro fue a m í a qu ien lla m a ro n a o c u p a r la
c á te d r a en el D e p a r ta m e n to de F ilo s o fía de la N e w
S c h o o l fo r S o cia l R e se a r c h ^ M á s ad e la n te fu im o s e s
tr e c h o s c o l a b o r a d o r e s 5. C u a n d o a lg ú n tie m p o d e s
p u é s, c o n ju n tam e n te c o n el D e p a rta m e n to de C ie n c ia s
P o lític a s, tu v im o s la o p o rtu n id a d de c o n se g u ir o tra c á
te d ra , y sa lió a relucir el n o m b re de H a n n a h A ren d t,
G u rw itsc h e s ta b a en c o n tra , m ie n tras qu e y o a p o y a b a
su n o m b ra m ie n to . H a n n a h n u n ca tu v o un p u e sto a c a
d é m ic o fijo , en tre o t r a s c o s a s p o r q u e q u e r ía se g u ir
sie n d o u n a e s c r ito r a in d e p e n d ie n te . A l fin a l a c e p tó
u n a p la z a a tie m p o p a r c ia l, q u e s ó lo le r o b a b a la
298
AMISTADES Y ENCUENTROS EN NUEVA YORK
299
H A N S JO N A S
ro n qu e p o d r ía ejercer m i c á te d ra p a s a d o el p la z o c o
rriente de ju b ila c ió n ta n to tie m p o c o m o q u isie ra , a n o
ser q u e un co m ité fo r m a d o p o r tres p e rso n a s lle g a ra a
la c o n c lu s ió n de q u e m e n ta lm e n te y a n o e ra c a p a z .
C h ic a g o n o p o d ía g a r a n tiz a r m e a lg o a sí, de m a n e ra
qu e la d e cisió n e s ta b a to m a d a . A l fin al n o m e ju b ilé
h a sta 1 9 7 6 , a la e d a d de se te n ta y tres a ñ o s , c o n lo
q u e im p a r tí d o c e n c ia un to ta l de v e in tiú n a ñ o s - d e
enero de 1 9 5 5 al o to ñ o de 1 9 7 6 - en la N e w S ch o o l fo r
S o cial R e se a rch 7.
E l t r a s la d o a N u e v a Y o r k n o s ó lo s ig n ific ó q u e ,
p ro ce d e n te de u n a p e q u e ñ a p ro v in c ia , lle g a b a a la m e
tró p o li y a u n a in stitu ció n tan im p o rta n te y d in ám ica
c o m o la N e w S c h o o l fo r S o c ia l R e s e a r c h , sin o q u e
tam b ién su p o n ía un n u evo n ú cleo en el q u e ib a a d e s a
rro lla r su v id a m i fa m ilia . C o m o c o n se cu en cia de u n a
su c e sió n de c a su a lid a d e s a c a b a m o s en N e w R o ch elle.
E n el v e ra n o de 1 9 5 2 , a raíz de la in v itació n p a r a la
summer school, fu im o s en coch e d esd e O tta w a a L ar-
g e m o n t, en W estch e ste r C o u n ty , d o n d e K a r l L ó w ith
n o s d e ja b a su c a sa p a r a to d o el v e ran o . D e sd e allí p o
d ía s tr a sla d a rte en coch e o en tren a M a n h a tta n . L ó
w ith h a b ía p e d id o a a lg u n o s a m ig o s qu e se o c u p a ra n
un p o c o de n o s o tro s, y a sí c o n o c im o s a d o s m a te m á ti
c o s de o rigen a le m á n qu e n o só lo fu e ro n re sp o n sa b le s
de q u e a c a b á r a m o s in sta lá n d o n o s d efin itiv am en te en
N e w R o c h e lle , sin o q u e c o n stitu y e ro n la se m illa de
n u e stro fu tu ro círcu lo de a m ig o s. P a ra e m p e zar e s ta
b a n K u rt F rie d ric h s y su e s p o s a N elly . P ro c e d ía n de
G o tin g a , q u e, c o m o es sa b id o , h a b ía sid o d u ra n te un
tie m p o la m eca de la s m a te m á tic a s. E n el sig lo X X el
c o n s e je r o p r iv a d o D a v id H ilb e r t e ra u n a e m in e n cia
m a te m á tic a y reu n ió un círcu lo de jó v e n es m a te m á ti
c o s en to rn o su y o . R ic h a rd C o u r a n t, qu e era de o rigen
ju d ío p e ro h u b iera p re fe rid o re n eg ar del ju d a ism o , era
300
AMISTADES Y ENCUENTROS EN NUEVA YORK
301
H A N S JO N A S
302
AMISTADES Y ENCUENTROS EN NUEVA YORK
m a n ia . W ilhelm M a g n u s p ro c e d ía de u n a a n tig u a f a
m ilia de p ro fe so re s. Su m ad re ten ía u n a estrech a a m is
ta d co n v a rio s ju d ío s. A m e d ia d o s de lo s a ñ o s trein ta
re cib ió u n a in v itació n p a r a ir a P rin ceton , d o n d e in d a
g ó q u é p o s ib ilid a d e s te n ía de q u e d a r s e en A m é ric a ,
p u es era d ecid id am en te c o n tra rio a lo s n azis. Le e x p li
c a ro n : “ E stim a d o se ñ o r M a g n u s, u ste d p u e d e volver.
A l fin y al c a b o es u sted a rio . U sted no está a m e n a z a
d o . E n p rim er lu g a r d e b e m o s p e n sa r en lo s que tienen
qu e huir de a llí” . L o c o m p re n d ió e n se g u id a , de m a n e
ra qu e v o lv ió a A le m an ia y o c u p ó u n a c á te d ra de M a
te m á tic a s en F ra n cfo rt, d o n d e h a b ía e stu d ia d o y c o n o
c ió a l c o f u n d a d o r de la p s ic o lo g ía g e s t á lt ic a , M a x
W ertheim er9, y a o tro s qu e m á s tard e em ig raro n y en
tra ro n tam b ién en la N e w S ch o o l. D u ra n te la g u erra
tu v o q u e t r a b a ja r p a r a T e le fu n k e n en c u e stio n e s de
a lto in terés m ilitar, p e ro q u e d ó e x e n to del se rv icio a
c a u s a de la tu b e rc u lo sis. D u ra n te to d a la g u e rra su e s
p o s a y él se d ecían : “ Si so b re v iv im o s a to d o e sto , n os
ire m o s de A le m a n ia ” . P o co d e sp u é s de la g u e rra R i
ch ard C o u ra n t le lla m ó a su In stitu to , y tam b ién a te
rrizó en N e w R o c h e lle 10. C u a n d o tu v im o s qu e d ecid ir
d ó n d e n o s in s ta lá b a m o s , fu e an te to d o la a fe c tu o s a
a m ista d co n el m a trim o n io M a g n u s lo qu e n o s inclinó
a c o m p r a rn o s u n a c a s a en N e w R o ch e lle. D e sd e en
to n ce s n u e stro círci > de am ist; es e stu v o c o m p u e sto
an te to d o de m a te m á tic o s, lo qu e fue de g ra n a y u d a
p a r a m í, p u es to d o s sienten u n a g ra n a fin id a d co n la s
cien cias n atu rale s. M i n e ce sid ad im p e rio sa de co n o ce r
lo s p ro g re so s qu e se h a b ía n p ro d u c id o en este secto r
n o se h a b ría p o d id o ver sa tisfe c h a de m e jo r fo rm a que
g r a c ia s a la s la r g a s c h a r la s c o n W ilh e lm M a g n u s o
K u rt F ried rich s, q u e a d e m á s c u ltiv a b a un v iejo am or,
n u n ca sa tisfe c h o , p o r la filo so fía y e sta b a feliz de que
un filó so fo p a s a r a a fo r m a r p a rte de ese círcu lo . E n el
303
H A N S JO N A S
c a so de W ilhelm M a g n u s h u b o a lg o m á s, al m arg en de
to d o e sto : u n a a m is ta d q u e n o h a b ía v u e lto a te n er
d esd e A le m a n ia , c o n G ü n th er Stern y D o lí Sternberger.
E n M a n h a tta n , en c o n tra p o sic ió n co n N e w R o c h e
lle, n o s r e la c io n á b a m o s c o n p e r s o n a s c o n s a g r a d a s a
la s cien cias del esp íritu y so c ia le s. E n tre ello s - a d e m á s
de A ro n G u rw itsch y su e s p o s a - , e sta b a el p e rro v iejo
de la G ra d u a te F acu lty fo r P o litical an d S o cia l Science,
A d o lp h L o w e , qu e m e a c o g ió c o m o a u n o de su s p r o
te g id o s. E n A m é rica tu v o qu e c a m b ia rse el n o m b re de
L ó w e a L o w e , u n a d e cisió n del fu n c io n a rio de in m i
g r a c ió n , q u e d ijo : “ ¿ L ó w e ? L o e sc r ib ire m o s L o w e ” .
H a b ía c o n o c id o a él y a su m u je r a tr a v é s de K a r l
M a n n h e im en la p e n sió n R o s e n b lü h t de L o n d r e s .
H a s t a en to n ces n u n ca m e h a b ía re la c io n a d o co n e c o
n o m ista s, a n o ser qu e fu e ran c o m p a ñ e ro s de a s o c ia
ció n . P ero d e sd e ese m o m e n to se in te re só v iv am en te
p o r m í y siem p re se sen tía re sp o n sa b le de m í, c o m o si
n o se h u b iera p e r c a ta d o de q u e era u n a p e rso n a a d u l
ta . “ E ste es el jo v e n J o n a s , h a y q u e lle v a r lo p o r el
bu en c a m in o , tiene to d o tip o de b o b a d a s en la c a b e
z a ” , a sí es c o m o p e n sa b a . Siem pre se p o n ía n erv io so
p o rq u e y o fu m a b a y o p in a b a q u e de este m o d o a rr u i
n a ría m i sa lu d . T am b ié n el h ech o de qu e m e h u b iera
a lis t a d o v o lu n ta r ia m e n te lo c o n s id e r a b a s u p e r flu o ,
p u e s p e n sa b a q u e p o d ía h ace r c o s a s m u c h o m e jo re s.
L o m ism o c u a n d o se tr a tó de c a sa rm e y ten er h ijo s. Y
a sí sig u ió sie n d o en N u e v a Y o rk , a y u d á n d o m e siem p re
c o n su c o n se jo y su a p o y o 11. E n lo s a ñ o s ta r d ío s de
n u e s tr a v id a en N u e v a Y o r k , a p a r e c ía d e ta r d e en
ta rd e en el círcu lo de H a n n a h A ren d t, c o m o a m ig o y
c o n te rtu lio , P au l T illich , q u e p a r a en to n c e s se h a b ía
h ech o m u y fa m o so ta n to en E u r o p a c o m o en A m é rica:
u n h o m b re b ien p a r e c id o , un goy [c ristia n o ] a lto y
g u a p o , de lla m a tiv a p ro fu n d id a d esp iritu al. E n N o ch e-
304
AMISTADES Y ENCUENTROS EN NUEVA YORK
v ie ja H a n n a h o fr e c ía r e g u la r m e n te u n a g r a n fie sta
p a ra lo s a m ig o s, y él a sistió in clu so c u a n d o ya no era
p ro fe so r de te o lo g ía en el U n io n T h e o lo g ic a l Sem inary,
sin o q u e se h a b ía m u d a d o a C h ic a g o y v ia ja b a p o r
A m é ric a y el m u n d o en te ro c o n a s id u id a d (lo h a ría
h a sta su m u erte en 1 9 6 4 ).
L a a m ista d m á s im p o rtan te , em p e ro , en e sto s a ñ o s
n e o y o rq u in o s fue n a tu ra lm e n te co n H a n n a h A re n d t,
de la que p o d e m o s volver a h a b la r en este m o m e n to .
D u ran te la g u e rra , e sta n d o y o en L o n d re s, la h a b ía vi
s it a d o en P a r ís , c u a n d o to d a v ía e s t a b a c a s a d a c o n
G ü n th er Stern. C o m o e scrito r a c a b a b a de a d o p ta r el
n o m b re de G ü n th er A n d ers, p u e s el a p e llid o Stern lo
h a b ría id e n tific a d o e n se g u id a c o m o h ijo del fa m o so
p sic ó lo g o W illiam S te rn 12. L e d ecían : “ Puedes llam arte
de o tro m o d o [anders, en a le m á n J” . E n to n ces él d ijo :
“ D e a c u e r d o , m e lla m a r é de o tr o m o d o [o se a ,
Anders]” . Su nom de plüme a c a b ó co n v irtié n d o se en
su a p ellid o . Se h ab ían c a s a d o en H eid e lb erg , p ero lo s
a ñ o s p rev io s al a sc e n so al p o d e r de H itle r lo s p a sa ro n
en B e rlín . Su c o la b o r a c ió n e ra in te n sa y a m ig a b le ,
p e ro ella a su m ió un p o c o u n a p o s ic ió n de se g u n d o
p la n o y le a y u d a b a en su tr a b a jo , m ie n tras se gu ía tr a
b a ja n d o co n c a lm a en su g ran o b r a a c e rc a de R ah el
V arn h ag e n 1^. G ü n th er vivía en la ilu sió n de qu e h ab ía
en c o n tra d o u na g ran c o m p a ñ e ra , p ero n o se d io cu e n
ta de qu e ella era su p e rio r ni de qu e se g u ía d e s a r r o
llán d o se in telectualm en te al m arg en de él. En P arís en
se g u id a se hizo evidente, p u es H a n n a h se co n v irtió en
u n a fig u ra m u y a d m ira d a entre lo s in m igran tes p a risi
n o s. E n a q u e lla é p o c a tr a b a ja b a p a r a o rg a n iz a c io n e s
ju d ía s qu e a y u d a b a n a lo s ju d ío s ale m a n e s d u ran te la
em ig ració n . D u ran te v a rio s a ñ o s c o la b o r ó con la Ali-
jah juvenil (alijat ha-noar), cu y a p re sid e n ta era H e n
rietta S z o ld 14. L a h e rm an a de G ünther, E va (M ich ae-
305
H A N S JO N A S
306
AMISTADES Y ENCUENTROS EN NUEVA YORK
3°7
H A N S JO N A S
308
AMISTADES Y ENCUENTROS EN NUEVA YORK
309
H A N S JO N A S
m á s a ce rca de la s c o s a s h u m a n a s y el m u n d o , m ie n tras
q u e la c e g u e ra , el erro r y la o b stin a c ió n so n d e b ilid a
d es m á s bien m a sc u lin a s. In d u d a b le m e n te sen tía u n a
fu erte in clin ació n p o r lo s h o m b re s, p e ro siem p re u n id a
a un cierto sen tim ien to de to le ra n cia : “ A é sto s h ay qu e
p a sa r s e la v id a c o n tr o lá n d o lo s. E n fin, so n a sí, q u é le
v a m o s a h a c e r” . En m i c a so ta m p o c o ta r d ó en c o m
p ren d er m is p e c u lia rid a d e s, y a veces se reía de ellas,
a u n q u e siem p re ca riñ o sa m e n te .
El cen tro de n u e stra s re lacio n e s so c ia le s en M a n h a t
ta n era el círcu lo de H a n n a h A re n d t, al qu e siem p re
e s ta b a in v ita d o , a m e n u d o co n L o re . H a n n a h y y o n o s
a p r e c iá b a m o s m u c h o . P ero ta m b ié n e s ta b a m u y im
p re sio n a d a co n L o re y m e o to rg ó el a m b ig u o h o n o r de
a se g u ra rm e re p e tid am e n te: “ T ú sí qu e h as ten id o su e r
te. ¡Q u é su erte h a s te n id o , h o m b r e !” . C o n la im p lic a
ción : m á s su erte de la qu e m e m erecía o era de e sp e ra r
en m i c a so . E n el p a s a d o ella h a b ía v iv id o , en p a rte
con a le g ría , en p a rte con to le ra n cia 1lena de p r e o c u p a
c ió n , q u é tip o de m u je re s m e a tr a ía n , y e n c o n tr a b a
q u e la m u je r con lien h a b ía a c a b a d o c a sá n d o m e e s
ta b a m u y p o r en cim a de lo qu e u n o o d ía e sp e ra rse
tr a tá n d o s e de m í. E lla y su e s p o so q u e ría n m u ch o a
L o re , de m a n e ra qu e se e sta b le ció u n a estre ch a a m is
ta d . T a n to m i e s p o sa c o m o H ein rich Blücher, e m p e ro ,
se m an te n ía n un p o c o al m arg e n , p u e s sa b ía n q u e de
ta n to en ta n to H a n n a h y y o q u e r ía m o s e s ta r el u n o
c o n el o tr o . A m e n u d o m e in v ita b a a to m a r el té y
c h a r lá b a m o s c o m o en lo s v ie jo s tie m p o s. P ero en to n
ces se p r o d u jo u n a fuerte crisis entre n o s o tr o s, a raíz
ju s ta m e n te de su lib r o Eichmann en Jerusalén , q u e
n ació de u n a serie de a rtíc u lo s a p a re c id o s en el New
Yorker Magazine, un se m a n a rio co n p reten sio n es in te
lectu ales qu e e x istía d esd e lo s a ñ o s vein te2-1. E n 1 9 6 1
la en v iaro n c o m o c o r re sp o n sa l a Je r u sa lé n p a r a in fo r
AMISTADES Y ENCUENTROS EN NUEVA YORK
m a r a c e rc a del p ro c e so c o n tr a A d o lf E ich m a n n . Su s
in fo rm es n o fu ero n te le g ra fia d o s d esd e Je ru sa lé n y p u
b lic a d o s en el boletín del d ía , sin o q u e n o se p u b lic a
ro n h a sta su v u e lta, se m a n a a se m a n a , y en u n a e la b o
r a c ió n lite r a r ia . E n J e r u s a lé n se h iz o su p e r s o n a l
c o m p o sic ió n n o só lo so b re E ich m an n c o m o p e rso n a y
a u to r in d iv id u al de lo s h ech o s, sin o so b re to d o el siste
m a de ex te rm in io de lo s ju d ío s, q u e sin d u d a fue p la n i
fic a d o p o r lo s n azis y, en p a rte , su frid o p o r lo s ju d ío s,
p e ro c u y a p u e sta en p r á c tic a fu e p o s ib le g r a c ia s en
p arte tam b ién a la c o la b o r a c ió n fo r z a d a y en o c a s io
nes tam b ién c o n se n tid a de lo s ju d ío s. C u a n d o v o lv ió ,
d ijo : “ B u en o , creo q u e c o n lo q u e v o y a escrib ir v o y a
g e n e ra r un cie rto a lb o r o to en el re d u c to ju d ío ” 2-2. E so
lo ten ía m u y c la ro . C u a n d o m e lo d ijo , n o su p e a qu é
se re fe ría , p e ro p ro n to se re so lv ió la in c ó g n ita . D e sd e
el p rim e r a rtíc u lo e s ta b a h o r r o r iz a d o : en p rim e r lu g a r
p o r el to n o , en se g u n d o lu g a r p o r el to q u e e x p líc ita
m en te a n tisio n ista de su a p o r ta c ió n y, fin alm e n te , p o r
la ig n o r a n c ia de H a n n a h re sp e c to a la s c u e stio n e s ju-
d ía s. L o ú ltim o lo s a b ía p o r q u e n u n ca se h a b ía pre-
sen tad o~a sí m ism a c o m o u n a a u to r id a d en ju d a ism o .
Su en ten d im ien to so b re el ju d a is m o era m ín im o . Su s
c o n o c im ie n to s de h isto r ia ju d ía n o a lc a n z a b a n m a s
a llá de M o s e s M e n d e lsso h n . P a ra ella la h isto ria del
ju d a is m o - d e l ju d a is m o m o d e r n o , d el ju d a is m o a le
m á n , a s im ila d o y e m a n c ip a d o - e m p e z a b a en esen cia
h a cia el fin al del sig lo X V III. T o d o lo a n te rio r q u e d a
b a en v u elto en u n a n e b lin a g e n e ra liz a d a y se p e rd ía
en la o s c u r id a d de lo s tie m p o s y de la B ib lia , q u e
ta m p o c o d o m in a b a . El N u e v o T e sta m e n to lo c o n o c ía
b ie n , h a b ía a p r e n d id o s o b r e e llo c o n B u ltm a n n .
N u e s tr a B ib lia , p o r el c o n tr a r io , n f ii q u í é r a la h a b ía
leíd o . Y de to d o e so sa lió a lg o q u e m e c h o c ó d e sd e el
p rim e r m o m e n to .
H A N S JO N A S
312
AMISTADES Y ENCUENTROS EN NUEVA YORK
3X3
H A N S JO N A S
t e m a 26. E l s io n is m o es e v id e n te q u e h a b ía s id o u n
m e ro e p iso d io en su vi i. Y o e ra el m e n o s in d ic a d o
p a r a d isc u tirlo c o n ella, p u e s al fin y al c a b o y o m ism o
h a b ía a b a n d o n a d o el E s ta d o ju d ío y, p o r ta n to , n o
p o d ía ser un bu en a d a lid del sio n ism o . N o fue h a sta el
in icio de e sa serie de a rtíc u lo s en el New Yorker c u a n
d o to d o e so e m p e z ó a te n e r im p o r ta n c ia d e n tr o de
n u e stra re lació n . Le dije: “ A sí n o se p u e d e h a b la r de
e s ta s c o s a s ” ; m e re fe ría c o n ello ta n to a su s c o n o c i
m ie n to s so b re ju d a is m o , qu e u n a vez m á s se d e m o s tra
b a n e x tr e m a d a m e n te in su fic ie n te s y en p a rte in clu so
e rró n e o s, c o m o al m o d o ap aren tem e n te sa r c á stic o con
q u e se refería al p a p e l de lo s ju d ío s y al sio n ism o p re
h itle rian o . L o c o n sig u ió y a en el p rim e ro de lo s a rtíc u
lo s qu e tr a ta b a so b re la re acció n del sio n ism o ale m án
al in icio del régim en h itle rian o , c u a n d o c a m b ió el títu
lo del fa m o so a rtíc u lo de R o b e r t W eltsch “ L lé v a la co n
o rg u llo , la m á c u la a m a r illa ” 27 p o r “ L lé v a la c o n o r g u
llo , la estre lla a m a r illa ” , in sin u a n d o qu e W eltsch h a b ía
d a d o a lo s n azis la id ea de la estrella de lo s ju d ío s. N i
siq u ie ra s a b ía , o p re firió o lvid ar, qu e el d istin tiv o a m a
rillo h a b ía sid o un in ven to m e d ie v al. L o e x p r e s a b a de
ta me 3 q u e p a re c ía q u e n o s o tr o s lo s sio n ista s é r a
m o s en re a lid a d lo s q u e h a b ía m o s in sp ira d o se m e ja n
tes id e a s a lo s n azis. E se a rtíc u lo , qu e p reten d ía fo r ta
le c e r la a u to c o n c ie n c ia d e lo s ju d ío s a le m a n e s
p e rse g u id o s, re fle ja b a d esd e su p u n to de v ista a lg o a sí
c o m o u n a co n n iv e n cia co n lo s n azis p o r lo qu e re sp e c
ta al n a c io n a lism o , c o m o si el sio n ism o y el n a c io n a l
so c ia lism o tu v ie ran a lg o en co m ú n . C u a n d o leí a q u e llo
le d ije p o r te lé fo n o qu e ten ía qu e h a b la r co n ella. M e
p re p a ré la c o n v e rsa c ió n e scrib ién d o le u n a c a rta de v a
ria s p á g in a s en la q u e, co n c ita s e x tr a íd a s de su a rtíc u
lo , id e n tific a b a a lg u n a s de su s sa lid a s de to n o . P ero
en to n ces c o n sta té qu e H a n n a h n o se av en ía a ra z o n e s
314
AMISTADES Y ENCUENTROS EN NUEVA YORK
c u a n d o y a se h a b ía fo r m a d o su p ro p ia o p in ió n so b re
a lg o . N i un so lo a rg u m e n to , ni el m á s p e rsu a siv o , n in
g u n a re ctificació n de erro re s fá c tic o s ib an a c o n se g u ir
rem o ver su co n cep ció n elem en tal, ni siq u ie ra la h arían
m e d itar so b re ello. A qu el d ía se q u iso en 3o sesión de
la v e rd ad , lo c u a l p a ra el c a so era fu n esto . L a ex h o rté
m e n o s, a c a m b ia r a lg o en el estilo y a ap re n d e r a p e r
cib ir cierto s h ech os del sio n ism o y de la h isto ria ju d ía
de o tro m o d o , h a ce rse co n un c o n o c im ie n to m ay o r.
T o d a v ía re cu erd o qu e le dije: “ T u ‘ am-ha-arazuf [d es
c o n o c im ie n to en c u e s tio n e s ju d ía s ] , ta n c o n o c id a
d esd e siem p re p o r tu s a m ig o s, p u e d e ju g a rte u n a m a la
p a s a d a ” . Fue c a p a z in clu so de decir qu e la tesis de la
p e re n n id ad del a n tise m itism o era un in ven to sio n ista
de fin ales del siglo X IX z8. N i siq u ie ra c o n o cía la Pésaj-
H a g a d á , d o n d e está e scrito : “ D e gen e ració n en g e n e ra
ción , d esd e lo s fa ra o n e s, se levan tan de la c a m a p a ra
e x te rm in a rn o s” . Q u e esto se te n sa c o m o u n a línea a
trav é s de la con cien cia h istó rica de lo s ju d ío s, p a re c ía
ig n o ra rlo . T o d o lo c o n tra rio , in te n tab a con v en cerse a
sí m ism a y a lo s d e m á s de q u e el a n tis e m itis m o es
h a sta cierto p u n to un elem ento c o n su sta n c ia l de la en
tid a d j id ía , c u a n d o n o un m ero in ven to o u n a o b se
sió n sio n ista s. En p o c a s p a la b r a s : e sta b a im p re sio n a d o
ante tal ig n o ran cia so b re el ju d a ism o , p e ro so b re to d o
p o r el m o d o en que n o s a c u s a b a a n o so tro s y a lo s sio
n istas en p articu lar, p e ro tam b ién a lo s ju d ío s en g en e
ral, de c o m p lic id a d en la S h o ah , en lu gar de d escrib ir
el c o n c u r so en el e x te rm in io p r o p io c o m o un h ech o
tr á g ic o y h o rre n d o . H a n n a h n o r e la ta b a lo s h e c h o s
c o m o lo h ace P rim o L evi, qu e e stu v o allí, sin o que se
erigía en ju ez del c o m p o rta m ie n to de seres h u m a n o s
que se v iero n en esa a tro z situ ació n : m u y se g u ra de sí
m ism a , d e ja b a entrever, sin d ecirlo ex p lícitam e n te, que
315
H A N S JO N A S
e n to n c e s S c h o le m r o m p ió d r á s tic a m e n te c o n e lla , y
m á s ta r d e ta m p o c o s u p o p e r d o n a r le ja m á s el lib r o
so b re E ich m an n 3°. Pero H a n n a h tam b ién se o b se sio n ó
con el a su n to . En cu a n to algu ien se m a n ife sta b a p ú b li
cam en te co n tra ella, el a fe c ta d o era to n to o e sta b a p a
g a d o p o r lo s o tro s. D e p ro n to se d e sm o ro n ó to d o lo
qu e m e h a b ía h ech o c o n fia r p e rso n a lm e n te ta n to en
ella y lo q u e h a c ía p o s ib le q u e p u d ié r a m o s a d m itir
to d o lo qu e el u n o o el o tro d e fe n d ía m o s: “ B ien, tú
p ie n sa s a sí so b re u na c o s a , yo p ie n so d iferen te, p ero
a m b o s te n e m o s u n a b u e n a b a s e , u n a p o s ic ió n se ria
resp ecto a este te m a, y au n a sí p o d e m o s llegar a c o n
clu sio n es d istin ta s” . Y a no p o d ía segu ir c o n sid e rá n d o
lo v á lid o , p u es su actitu d ya n o era re sp etab le. E n to n
c e s m e c o n ta r o n q u e H a n n a h se h a b ía c o n fia d o a
a guien y ue h a b ía d ich o : “ N i siq u ie ra H a n s J o n a s
quiere sa b e r n a d a de m í” N o era ella qu ien h a b ía ro to
co n m ig o , sin o y o con ella. Y v iv ía m o s, p u e s, a v ein ti
cin co k iló m e tro s de d ista n c ia , ella, en N u e v a Y ork y
y o, en N e w R o ch elle. Yo ib a tres o c u a tro veces p o r
se m a n a a M a n h a tta n , te n ía m o s c o n o c id o s y a m ig o s
co m u n es, p ero no v o lv im o s a v ern o s, no in te rca m b ia
m o s p a la b r a , ni una so la c a rta , ni un sa lu d o . En to d o
ello e sta b a c la ro qu e la d ecisió n era m ía y n o de H an -
n al . C u á n to d u ró e sta situ a c ió n , y a n o lo re c u e rd o
con e x a c titu d , creo qu e c a si d o s a ñ o s. H a s ta qu e L o re
im p u so su a u to rid a d y m e d ijo : “ H a n s, esto qu e e stá s
h acien d o es in sen sato . N o se p u ed e ro m p e r u n a a m is
ta d c o m o la que tú tienes con H a n n a h , ni siq u ie ra a
c a u s a de la m á s p r o fu n d a d iv e rg e n c ia de o p in io n e s.
C o m o p e rso n a no p u e d e s e lim in arla sim plem en te de tu
v id a. D e b e ría s v olv er a acercarte a e lla ” . Y eso es lo
que a c a b é h acie n d o . N o sé m u y bien c ó m o ; m e im a g i
n o q u e d e b í de lla m a r y q u e H a n n a h d ijo e n to n ces:
“ N a tu ra lm e n te , ven, v e n ” . Y v o lv im o s a en c o n trarn o s,
317
H A N S JO N A S
d a r le ” . M e h a b ía d e ja d o un im p o rta n te le g a d o en su
te stam en to y y o n u n ca h a b ía sa b id o n a d a de ello U n
d ía, d u ran te u na v isita en Tel Aviv, le h a b ía d ich o a su
p rim o : “ A h o ra y a lo p o d e m o s cam b iar. Y a n o es n ece
sa rio . A h o ra le h an p ro m e tid o u na p en sió n a le m a n a ,
cu y a cu a n tía c o n o z c o e x a cta m e n te p o rq u e tam b ién yo
la re c ib o ” . E sa p en sió n a le m a n a h a b ía su rg id o a raíz
de una n u eva in terp retació n de la ley de re p a ra cio n e s
p a ra a c a d é m ic o s p o r p arte del T rib u n al C o n stitu cio n a l
de la R e p ú b lic a F e d eral y se lla m a b a , entre lo s p o c o s
qu e p u d iero n d isfru ta rla , Lex Arendt. Y es qu e H a n
n ah h a b ía b a ta lla d o d u ran te siete a ñ o s co n a y u d a de
un a b o g a d o p a r a qu e n o so tro s, q u e p o c o an te s de la
ép o ca n azi e s tá b a m o s a p u n to de h a b ilita rn o s, fu é ra
m o s tr a ta d o s c o m o a q u e llo s qu e y a lo e sta b a n y, p o r
lo ta n to , qu e estu v ié ra m o s b a jo la ley de re p a ra cio n e s
de lo s fu n c io n a rio s d e stitu id o s. E lla e n tra b a d en tro de
ese g ru p o , yo tam b ién , y un p u ñ a d o de gente m á s. O
sea qu e lo c o n o cía de p rim e ra m an o . Pero d em u e stra
u na p arte im p o rtan te de su ser: su p re o c u p a c ió n p o r
lo s d e m á s, p o r la s p e rso n a s a la s qu e q u ería. Y n un ca
d ejó qu e trascen d iera n a d a de to d o eso . O tra h isto ria
h ace to d a v ía m á s v isible e sta h u m a n id a d a la qu e h a g o
re fere n cia. T en ía u n a a sis te n ta , u n a n e g ra de N u e v a
Y ork lla m a d a Sally, qu e ten ía un h ijo, un ch iq u illo que
a veces se lle v a b a c o n sig o al tr a b a jo . H a n n a h se dio
cu en ta en se g u id a de q u e se tr a ta b a de un m u c h a c h o
m u y inteligen te. Y d ijo : “ N o d e b e ría ir a un c o le g io
p ú b lic o ” . Y Ihasta su m u erte se o c u p ó l- d e m o d o to ta l
m en te in d ep en d ien te del su e ld o q u e p a g a b a - f d e q u e
fuera e d u c a d o en u n c o le g io p riv a d o . E n su :
que m ás llo ró fue su a siste n ta Sally. H a n n a h era un ser
e x c e p c io n a l. A p e sa r de su s e x tr a o r d in a r ia s c u a lid a
des, H a n n a h tam b ién ten ía ciertas d e b ilid a d e s difíciles
de tolerar, que n o se p u sie ro n de m an ifie sto h a sta que
319
H A N S JO N A S
se c o n v ir tió en u n p e r s o n a je p ú b lic o . L o m á s d u r o
p a r a m í era p e rd o n a rle qu e c u e stio n a se lo s m o tiv o s de
a q u e llo s q u e la re b a tía n . Q u e fu e ran fru to del c o n v e n
cim ien to legítim o y qu e even tu alm en te in clu so p u d ie
ra n ser c o rre c to s n u n ca lo a d m itió .
320
II
F ilo so fía e h isto ria
XI
El adiós a Heidegger
324
EL ADIÓS A HEIDEGGER
d u ra n te m e d io m in u to . P a sa r o n m u c h a s c o s a s p o r m i
m en te. T en ía c la ro qu e ése n o era un g e sto su p e rficial,
c o m o c u a n d o alg u ie n dice de p a s a d a : “ Ay, sí, sa lu d e a
ése de m i p a rte , p o r f a v o r ” . D a d o qu e H e id e g g e r no
h a c ía a b so lu ta m e n te n a d a de m a n e ra e sp o n tá n e a , ex
tempore y sin re fle x io n a r p rev iam e n te, d e trá s de aqu e-
lio se a g a z a p a n a u n a in ten ción c la ra : m e e sta b a d a n d o
a en ten d er q u e le a g r a d a r ía m u ch o q u e v o lv ié ra m o s a
re cu p e ra r el c o n ta c to . L a p re g u n ta era si d e b ía re sp o n
d er a e sa m a n o a b ie rta o n o. T ra s u n a la rg a re flex ió n
fo rm u lé al fin m i re sp u e sta , qu e c o n sistió en u n a so la
p a la b r a : “ G r a c i a s ” . E n o t r a s p a la b r a s , a g r a d e c ía a
B o rn k a m m q u e m e h u b ie ra h ech o lle g a r el m e n sa je ,
p e ro h a cía qu e re so n a se el “ n o ” . Pero au n a sí la c o s a
n o h a b ía te rm in a d o . N o m e d e ja b a d e sc a n sa r en p a z y
m e v o lv ía al p e n sa m ie n to u n a y o tra vez. In clu so m e
in v a d ía n d u d a s so b re si h a b ía a c tu a d o co rrectam en te .
D e to d o s m o d o s n o era u n a d ecisió n fácil. M u c h o de
lo q u e ten ía en m i in terio r se re v o lv ía c o n tra ella, p u es
al fin y al c a b o n o p o d ía b o rr a r del m u n d o el h ech o de
q u e H e id e g g e r h a b ía sig n ific a d o a lg o e se n c ia l en m i
v id a.
D e m a n e ra qu e p o c o d e sp u é s, en u n a v isita a M a r-
b u rg o , le p lan te é la c u e stió n a B u ltm a n n . L e d e sc rib í
la esce n a c o n B o rn k a m m y d ije: “ Q u e rid o a m ig o , d í
g a m e q u é p ie n sa u ste d : ¿a c tu é c o r re c ta m e n te o n o ?
D e se o q u e m e a c o n se je , p u e s n o e sto y se g u ro de m í
m is m o ” . E n to n c e s B u ltm a n n re sp o n d ió : “ L e c o n te s ta
ré c o n u n a h isto r ia . E n el a ñ o 1 9 4 8 ó 1 9 4 9 , o se a ,
p o c o d e sp u é s del fin a l de la g u e rra , fui a Z ú ric h . E s
ta b a in v ita d o p a r a d a r u n a s c u a n ta s c o n fe re n c ia s. E ra
m i p rim e r v ia je al e x tr a n je r o tr a s la g u e rra y m e h o s
p e d a b a en un h o tel. Y de p ro n to u n a ta rd e re cib í u n a
lla m a d a de la re ce p c ió n : ‘A q u í a b a jo en el v e stíb u lo
h ay un ta l p r o fe s o r H e id e g g e r q u e p re g u n ta si p u e d e
326
EL ADIÓS A HEIDEGGER
328
EL ADIÓS A HEIDEGGER
330
EL ADIÓS A HEIDEGGER
ro qu e no h ay a sid o o lv id a d a ” 9. Y no en ú ltim o té rm i
n o c o m p a ré la fo rm u la ció n h eid eg g e rian a del h o m b re
c o m o “ p a sto r del s e r ” con la ex ig en cia sen cilla de la
B ib lia y el fra c a so de la h u m a n id a d en n u e stro tie m p o :
“ ¡E l h o m b re es el p a s to r del ser, y n o de la c ria tu ra
qu e es, sin o del Ser! A l m arg e n de la b la sfe m a r e s o
n a n c ia q u e un u so ta l de la fr a s e e v a n g é lic a p u e d a
tener p a r a lo s o íd o s c ristia n o s y ju d ío s, es difícil d ig e
rir que festeje al h o m b re c o m o p a sto r del ser c u a n d o
ren u n ció m iserab lem e n te a ser el c u sto d io de su h er
m an o . Serlo era a lg o qu e la B ib lia ten ía re se rv a d o p a ra
é l” 10. D e la s e x p o sic io n e s qu e he h echo a lo la rg o de
m i v id a , ésta fue u n a de las m á s im p re sio n an te s en el
nivel re tó rico , au n q u e tam b ién de las qu e e sp e c u la tiv a
m ente e la b o ré con m á s tesó n .
E ntre m is o yen tes de la D re w U n iv ersity se en co n
tr a b a un te ó lo g o je su ita lla m a d o W illiam J . R ic h a r d
so n , q u e a c a b a b a ju s ta m e n te de te r m in a r un opus
magnum so b re M a rtin H e id e g g e r y h a b ía lle g a d o a la
c o n clu sió n c o n tra ria , es decir, que H e id e g g e r y el c ris
tia n ism o se a m o ld a b a n p e rfe c ta m e n te . U n fa m o s o y
v o lu m in o so lib r o 11. A lg o m á s de un m e s m á s ta r d e
tu v o lu g a r la Suarez-Lecture a n u a l en la F o rd h a m U n i
versity, u n a de la s u n iv e rsid a d e s c a tó lic a s de N u e v a
Y ork , en la qu e R ic h a rd so n im p artía clase s. P ara esta
se rie de c o n fe r e n c ia s a ra íz de la p u b lic a c ió n de su
lib ro h a b ía p re se n ta d o u na p o n en cia so b re H eid e g g er
qu e v e rsa b a , en un to n o a lg o sa tírico , so b re la idonei-
t r a s o , p u e s n o e n c o n tr a b a p la z a de a p a r c a m ie n to .
C u a n d o p e n e tré en la s a la a c o m p a ñ a d o de L o r e , la
p rim e ra p a la b ra que escuché fue “ J o n a s ” . R ic h a rd so n
331
H A N S JO N A S
332
EL ADIÓS A HEIDEGGER
333
H A N S JO N A S
334
XII
V a lo r y d ig n id a d d e la v id a :
f ilo s o f í a d e lo o r g á n ic o
y é tic a d e la r e s p o n s a b i l i d a d
335
H A N S JO N A S
336
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
b rev e, f o r m u la d o de un m o d o m u y r ig u r o s o , so b r e
“ C a u s a lid a d y e r c e p c ió n ’ en el c u a l a n a liz a b a un
p ro b le m a k a n tia n o co n lo s m e d io s o n to ló g ic o s recien
tem ente d escu b ie rto s p o r m í, qu e h a b ía sa c a d o de la
filo so fía de W h iteh ead , p e ro que lle v a b a h a sta cierto
p u n to m ás lejos qu e él4. El te x to ya lo h ab ía en v iad o
con an te rio rid a d y lo h a b ía n fo to c o p ia d o , y en la p ri
m era fila, entre lo s veinte o trein ta asisten te s, h ab ía a l
guien qu e lo tenía en la m a n o y qu e sig u ió la e x p o si
ción con aten ció n y lu ego m e felicitó. M e enteré de que
era un d iscíp u lo de W h iteh ead , que se h a b ía co n v erti
d o en el, p o r a sí decir, rep resen tan te o ficial de la escu e
la de W hiteh ead en E sta d o s U n id o s, /h ite h e ad n o se
h ab ía g a n a d o fa m a n acio n al en la filo so fía a m e rican a,
p u e s era un h o m b re p a ra qu ien la m e ta físic a era un
tem a filo só fic o serio: un fo ra ste ro en ese clim a p o siti
v ista y a un tiem p o an alítico y ló g ico p ro p io de la filo
so fía am e rican a. A un a sí se tr a ta b a de u na fig u ra rele
v ante que tenía un círcu lo de d isc íp u lo s ex te n d id o p o r
to d a A m é ric a 5. Y o m ism o , en c u a n to llegué a N u e v a
Y ork, p ro n to m e con v ertí en uno de lo s )co s en A m é
rica que d a b a se m in ario s y c u rso s so b re W hiteh ead.
L a s co n feren cias qu e di con o c a sió n de certám en es
a c a d é m ic o s en o fu e ra de N u e v a Y ork las ap ro v e ch é
p a ra a ñ a d ir al p uzzle de m i filo so fía de lo o rg á n ico un
nuevo frag m e n to . U n p u n to de in flex ió n im p o rtan te se
d io en 1 9 5 8 , p o c o an te s de la celeb ració n del X X V a n i
v e rsa rio de la U n iversity in E xile, qu e h a b ía sid o fu n
d a d a en 1 9 3 3 g ra c ia s a la in iciativ a y a la v isió n c re a ti
v a de A lvin Jo h n s o n . A p e sa r de qu e h acía só lo tres
a ñ o s que e sta b a en la N e w S ch o o l y era su m iem b ro
m á s jo ven , m e e n co m e n d aro n q u e hiciese la co n feren
c ia de g a la , y de h e c h o fu e A lfr e d S c h ü tz , D io s lo
ten ga en su g lo ria , qu ien tu v o la id ea de que h a t ase
so b re “ El u so p rá c tico de la te o r ía ’ El tem a n o h ab ía
337
H A N S JO N A S
sid o id e a m ía , p e ro n o te n ía m o tiv o a lg u n o p a r a n e
g a rm e , sin o q u e p o r el c o n tr a rio p en sé : “ Y a es h o ra
de q u e a lg u ie n m e d ite c o n se rie d a d so b re e s to ” . Y a sí
fue c o m o , a te n o r de e sa o c a s ió n fe stiv a , p o r p rim e ra
vez tu v e c la ro in telectu alm en te lo q u e en un se n tid o
g e n é rico n o m e r e su lta b a n o v e d o so , p e ro q u e to d a v ía
n o h a b ía p e n s a d o ni r e c a lc a d o c o n c e p tu a lm e n te : la
d ife re n c ia r a d ic a l en tre el p a p e l q u e el c o n o cim ie n to
ten ía en se n tid o a n tig u o y el q u e tiene en se n tid o m o
d ern o . M e di cu e n ta de q u e en lu g a r de la d ig n id a d de
la c o n te m p la c ió n del ser, ta l y c o m o la d e sa rro lla r o n
A ristó te le s, P la tó n y lo s e s to ic o s, h a b ía su rg id o a lg o
qu e de bu en p rin cip io e stá o rie n ta d o a un u so p rá c ti
co , e sto es, al d o m in io de la n a tu ra le z a : el c o n o cim ie n
to del ser y a n o p ersig u e la c o m p re n sió n de la n a tu r a
leza y la c o n te m p la c ió n del o rd e n in te m p o ra l de la s
c o s a s , sin o q u e , p o r el c o n tr a r io , tr a ta de u tiliz a r la
n a tu ra le z a p a r a a lg o en lo q u e ella m ism a ja m á s h a
b ría p e n sa d o , p e ro a lo q u e se la p u e d e a r r a str a r si lo s
m o d o s de c o n d u c ta p r o p io s h a n s id o p r o y e c t a d o s
so b re ella. Y em pecé a re d a c ta r la p o n e n c ia c o n fr o n
ta n d o d o s c ita s. L a p rim e ra p ro c e d ía del c o m e n ta rio
de T o m á s de A q u in o al De anima de A ristó te le s, a q u e l
d o n d e dice q u e la s d ife re n tes o c u p a c io n e s de lo s seres
h u m a n o s tienen d ig n id a d d ife re n te: u n a s - l a s p r á c ti
c a s - tienen u tilid a d y la s o tra s - la s a c tiv id a d e s te ó r i
c a s - , a co n te ce n p o r sí m ism a s, m o tiv o p o r el q u e se
les a tr ib u y e m a y o r d ig n id a d . L e o p u s e u n a c ita de
F ra n c is B a c o n q u e, tresc ie n to s a ñ o s d e sp u é s, e x p o n ía
la fin a lid a d d el s a b e r y c e le b r a b a p re c isa m e n te q u e
éste co n fiere al h o m b re id e a s c o n el o b je to de d o m in a r
la n a tu ra le z a . E se sa b e r só lo se p u e d e c o n q u ista r si se
estu d ia de cerca la n a tu ra le z a , p a ra m á s tard e, en el e x
p e r im e n to , a r r e b a t a r le c ie r to s m o d o s de c o m p o r t a
m ie n to . C a p a c ita al h o m b re , c o n el fin de m e jo ra r la s
338
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
c o n d icio n e s h u m a n a s en la T ie rra , p a r a r e b a s a r a la
p ro p ia n a tu ra le z a . L a v e rd a d e ra fin a lid a d del c o n o c i
m ien to, segú n la v isió n b a c o n ia n a , n o e stá en la c o n
te m p lació n de lo etern o - c o m o es el c a so , p o r e jem p lo ,
del eros del co n o cim ie n to en P la tó n , q u e, al fin y al
c a b o , rem ite, m á s allá de lo te m p o ra l, a la e te rn id a d -,
sin o en c o n q u ista r el d o m in io so b re la N a tu r a le z a . El
rein o del h o m b re es el de u n a n a tu r a le z a d o m in a d a
p o r él, a trav é s de la qu e la m ise ria de n u e stra d e p e n
d en cia de su s e sc a so s te so ro s se su stitu y e p o r la su p er
a b u n d a n c ia q u e p o d e m o s g a n a r a la n a tu r a le z a ; el
d o m in io del h o m b re so b re el h o m b re se to rn a super-
flu o , p u e s su v e rd a d e ro fin h a sid o sie m p re p riv a r a
o tro s de lo s p a r v o s d o n e s de la n a tu ra le z a . A c o n ti
n u ació n e x p o n ía p o r qu é la cien cia m o d e rn a co n d u ce
a la técn ica, y qu e no es cu e stió n de la a p lica c ió n qu e
n o s o tr o s lib rem e n te q u e r a m o s d a r a l sa b e r so b r e la
n a tu ra le z a , sin o qu e la s m o d e rn a s c ie n cias n a tu ra le s,
se g ú n su p r o p ia in e rcia , d eb e n tr a d u c ir se n e c e s a r ia
m ente en a p lica c io n e s técn icas. C o n ello fo rm u lé p o r
p rim e ra vez de un m o d o te ó rico la esen cia de la s m o
d ern as cien cias n a tu ra le s y a d v e rtí le se h a b ía d esen
c a d e n a d o u n a d in á m ica im p a ra b le q u e p u e d e c o n lle
v a r la im p o sib ilid a d de d istin g u ir si - p o r e x p r e s a r lo
con un v iejo e je m p lo - es el h o m b re el a u rig a qu e e s p o
lea a lo s c a b a llo s , o si él m ism o e stá a r r a s tr a d o p o r
o tro poder. C o n ello in a u g u ra b a el te m a del sig n ific a
do tal y la p ro b le m á tic a ie la técn ica m o d e rn a en el
c o n te x to de la id io sin c ra sia de la s m o d e rn a s cien cias
n a tu ra le s6.
L a p o n e n c ia c a u s ó se n sa c ió n . L e o S tr a u s s, q u e se
h a b ía tr a sla d a d o d esd e C h ic a g o p a r a a sistir a la fiesta,
m e d ijo : “ E sto es lo m á s filo só fic o qu e h a b ía s d ich o
h a sta a h o ra . Y p o r c ie rto ” , a ñ a d ió , “ era tan d e n so y
c o n ce n trad o qu e ni y o m ism o he p o d id o se g u irlo to d o .
339
H A N S JO N A S
Se cae p o r su p ro p io p e so q u e d eb es se gu ir tr a b a ja n d o
en e s ta lín e a ” . E s a c o n fe r e n c ia m a r c ó h a s t a c ie r to
p u n to un h ito en m i o b r a te ó rica. O tra e x p o sic ió n im
p o rta n te , qu e cu en to entre m is tr a b a jo s m á s sig n ific a
tiv o s, fue “ L a n o b le z a de la v ista. U n e stu d io de fe n o
m e n o lo g ía de lo s s e n tid o s , q u e e x c e p c io n a lm e n te
g u stó a A ro n G u rw itsc h , p u e s a l m e n o s se a c e r c a b a
a lg o a la fe n o m e n o lo g ía . E n él in sistía en la b a se o r g á
n ica de to d a s n u e stra s c o n q u ista s y a p titu d e s e sp ir itu a
les, en la re lació n entre el o rg a n ism o y el esp iritu alis-
m o m á s e le v a d o e in c lu so a b s t r a c t o , p u e s en la
p e c u lia rid a d del se n tid o h u m a n o de la v ista d e scu b ría
y o el fu n d a m e n to p a r a la a b stra c c ió n y la co n cep tu ali-
z a c ió n de un m o d o m á s eviden te q u e en el ta c to y el
o íd o 7. H a n n a h A re n d t, que leyó la p o n e n c ia u n a vez la
h u b e a c a b a d o de escrib ir, m e d ijo : “ E s h e r m o so . Te
h a s p a s a d o to d o u n a v id a m ira n d o y v ien d o y re g o c i
já n d o te en lo qu e v eías. Y a h o ra h as escrito qu é es en
re a lid a d el se n tid o de la v is ta ” . P ero L o re , q u e sa b ía
p erfe ctam en te q u e q u ería escrib ir un li o so b re filo s o
fía del o rg a n ism o , n o e sta b a n a d a c o n te n ta c o n m ig o ,
p u e s n o h acía m á s q u e escrib ir e n sa y o s su e lto s sn lo s
q u e m e lim ita b a a tr a ta r a sp e c to s de la to ta lid a d , en
lu g a r de c o n str u ir u n a o b r a u n ita r ia . C u a n d o en el
tr a n sc u r so de lo s se se n ta a l fin c o n se g u í te rm in a r el
m a n u sc rito del lib ro , lo envié a la U n iv ersity o f C h ic a
g o P r e ss, q u e fu e m á s q u e c u id a d o s a y p r e c a v id a :
b u sc ó in fo rm e s y d o s a ñ o s d e sp u é s re h u só p u b lic a r el
lib ro . E l re ch az o n o era in ju stific a d o , p u e s el 1 :o era
in n ecesariam en te d ¿il y d em a sia d o c o n c iso , a d e m á s
de e sta r re d a c ta d o en un 1er r< je siste m á tic o y filo s ó
fico , de m a n e ra qu e lo s lecto re s p o te n cia le s q u e d a b a n
lim ita d o s de en tra d a .
C o m o h a b ía p e rd id o ta n to tie m p o , d ecid í no re es
c rib ir el lib ro , sin o to m a r lo s e n sa y o s - q u e tr a ta b a n
340
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
341
H A N S JO N A S
342
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
343
H A N S JO N A S
344
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
345
H A N S JO N A S
346
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
347
H A N S JO N A S
348
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
349
H A N S JO N A S
350
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
351
H A N S JO N A S
352
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
353
HANS JON AS
de q u e fo rm u la r u n a id ea en u n a len g u a a p re n d id a m e
c o n tin u a b a lle v an d o d o s o tres veces m á s tie m p o qu e
en la p ro p ia . N o q u e ría v o lv er a e n co n trarm e c o n un
m a n u sc rito im p e rfe cto , c o m o o c u rrió co n la filo so fía
de lo o r g á n ic o . Y a ten ía seten ta a ñ o s y n o sa b ía c u á n to
tie m p o m e q u e d a r ía a ú n . P o r e llo e s c o g í el c a m in o
m á s rá p id o y creí q u e co n el ale m án b ro ta ría to d o de
m i p lu m a sin p r o b le m a s . A u n a s í n e ce sité c a si siete
a ñ o s. E n 1 9 7 2 m e reclu í p o r p rim e ra vez, a p ro v e c h a n
d o la s v a c a c io n e s de v e ra n o , y m a rch é a Isra e l, q u e
h a b ía e sc o g id o c o m o p u n to de re p o so . M e h a b ía n in
v ita d o a e s ta r en u n a v illa d o n d e e s ta ría a te n d id o y
p o d r ía vivir en el c a m p o sin n a d a ni n ad ie qu e m e p e r
tu rb a se . E n c u a lq u ie r c a so e sta b a le jo s de A m é rica y
de N u e v a Y o rk , d o n d e siem p re m e e sta b a n p ro p o n ie n
d o c o sa s. L a p ro p ie ta ria de la v illa se lla m a b a G e rtru d
F e u e rrin g, u n a m u je r ric a , la v iu d a de un h o m b re p o r
c u y o n o m b re de p ila , Is a a c , se c o n o c ía el lu g a r: B et
Jiz c h a k . E l ta l Jiz c h a k F e u e rrin g h a b ía sid o p ro p ie ta rio
de g ra n d e s y acim ie n to s de m in erales en Su ecia y su e s
p o s a h a b ía h e re d a d o su fo rtu n a . E ra u n a co m p e ten te
m u je r de n e g o cio s y u n a g ra n m e ce n as. H a b ía m o n ta
d o u n a c a sa de h u é sp ed es p a r a in telectu ales, p a r a a r
tista;: y e stu d io so s qu e q u e ría n c o n sa g r a rse a su o br
sin se r m o le st; o s. M e h a b ía c o n o c id o a tr a v é s de
G e rsh o m Sch o lem , m e in vitó a p a s a r un v e ra n o , y yo
acep té. A llí em pecé a escribir, p e ro fu e ro n n e c e sa ria s
u lterio res e sta n c ia s, en la s qu e m e e n c la u stra b a a tr a
b ajar, en Israel y en S u iz a, h a sta qu e el m a n u sc rito e s
tu v o te rm in a d o .
Y en to n ces llegó el m e m o ra b le seten ta c u m p le a ñ o s
de m i a m ig o D o lf Stern berger, en 1 9 7 8 , u n a g ra n cele
b ra ció n en u n a fin ca ru ra l en N e u -Ise n b u rg , en la s in
m e d ia c io n e s de F ra n cfo rt. E ra al aire lib re, y D o lf n o s
p re se n tó : “ É ste es m i editor, S ieg frie d U n seld , y éste,
354
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
m i a m ig o H a n s J o n a s . D e b e r ía u ste d p u b lic a r a lg o
s u y o ” . A lo qu e U n seld p re g u n tó : “ ¿E stá u ste d tr a b a
ja n d o en a lg o ? ” . R e sp o n d í: “ Sí, de h echo sí, esto y tr a
b a ja d o en un lib ro so b re te cn o lo g ía y é tic a ” . E n to n ces
a ñ a d ió : “ P o d ría in te re sa rm e ” . Y c u a n d o un m es d e s
p u é s v olví a c a sa tra s ese v iaje de v e ran o , le escrib í u n a
c a rta , le reco rd é n u e stro en cu en tro y le in fo rm é de que
ya e sta b a en situ a c ió n de en viarle un p a r de c a p ítu lo s
a sí c o m o un e sq u e m a del co n ju n to . H iz o qu e se lo en
v ia ra , y allí se ev id en ció lo q u e con v ierte a un em p ren
d e d o r en un e m p re sa rio , p u es al c a b o de u n a se m an a
ya ten ía la re sp u e sta : “ Sí, m e q u e d o con el lib r o ” . E n
se g u id a se fa sc in ó con él. N o era filó so fo , p e ro tenía
buen o lfa to . N o só lo U n seld , sin o qu e entre to d o s lo s
e m p le a d o s de la e d ito rial re in a b a u n a cierta em o ció n
en to rn o a m i te x to . En m i p rim era v isita a la ed ito rial
el lib ro ya e sta b a en m á q u in a s. U n seld n o s h a b ía in vi
ta d o y lle v ad o al F ra n k fu rte r H o f, a sí se llam a el lu jo
so y c a rísim o hotel. T en ía un lecto r p a r a lo s te x to s fi
lo s ó fic o s m u y c a p a z , a l q u e le o í d e c ir: “ E s ta se rá
n u e stra ética h a sta el fin al del sig lo . U n a c o sa a sí m e
rece un esfu e rzo su p le m e n ta rio ” . N o sé si a q u e llo e s ta
b a re la c io n a d o con la ra p id e z co n la q u e se ib a a p u
b lic a r o c o n el v o lu m e n de la t ir a d a , p e r o p e n sé :
“ C a r a m b a , esto sí qu e le llena la b o c a a u n o ...” . En
a q u e lla o c a sió n Siegfried U n seld n o s llevó a L o re y a
m í en su J a g u a r p o r F r a n c fo r t p a r a m o s tr a r n o s su s
m o n u m e n to s, entre ello s tam b ién la P au lsk irch e. E n
to n ces d ijo : “ A llí tiene lu g a r c a d a a ñ o la en trega del
P rem io de la P az q u e o to r g a el m u n d o e d ito ria l a le
m á n ” . L o sa b ía m o s p o rq u e n u e stro a m ig o P aul T illich
lo h ab ía re cib id o allí y, c u a n d o le llegó el tu rn o a K a rl
J a s p e r s , H a n n a h A re n d t a c u d ió , p u e s te n ía q u e p r o
n u n ciar la laudatio , y m á s tard e m e lo c o n tó con to d o
lu jo de d etalles. C u a n d o p a sa m o s p o r d elan te, U n seld
355
HANS JO N AS
a ñ a d ió : “ ¡A lg ú n d ía u ste d ta m b ié n h a b la r á ah í d e n
t r o ! ” . V o lv im o s al h otel y, c u a n d o se h u b o d e sp e d id o ,
L o re m e d ijo : “ ¿ H a s o íd o lo qu e h a d ich o de la P auls-
k ir c h e ? ” . Y y o , p o r su p u e sto , co n testé: “ B ah , e so so n
sim p le s c o m e n ta r io s” . Pero ¿q u é es lo qu e h ace D io s?
U n seld ten ía ra z ó n , n o en lo to can te a la P au lsk irch e,
p e r o sí a l P re m io de la P a z d el m u n d o e d ito r ia l
a le m á n 21.
A raíz de la co n cesió n del p re m io , el 11 de o ctu b re
de 1 9 8 7 , en el qu e R o b e r t S p a e m a n n p ro n u n c ió la lau-
datio y y o, b a jo el títu lo “ T é c n ic a , lib e rtad y d e b e r” 22,
h ab lé so b re la re sp o n sa b ilid a d g lo b a l del ser h u m a n o ,
re cib í u n a in v ita c ió n de la c iu d a d de M ó n c h e n g la d -
b a c h p a r a v isita r m i a n tig u o in stitu to . M e h o n ra ro n
efu siv am en te y m e d iero n u n a g ra n aleg ría c u a n d o m e
e n tre g aro n la re d a cc ió n qu e en 1 9 2 1 hice p a r a el e x a
m en de b ac h ille rato . L a h a b ía n re sc a ta d o de lo s a rc h i
v o s q u e h ab ían so b re v iv id o a H itle r y a to d o s lo s b o m
b a r d e o s . D e m i p u ñ o y le tra . ¡A llí e s ta b a ! C o n lo s
c o m e n ta rio s del m a e stro y la c a lific a ció n fin al “ so b r e
sa lie n te ” . R e c o r d a b a qu e m e h a b ía sa lid o bien y h a b ía
escrito u n a b u en a re d acció n . E l te m a era: “ A n sia s lle
g a r m u y le jo s, te p r e p a r a s p a r a un v uelo r a u d o , sé fiel
a ti m ism o y a lo s d e m á s, en ton ces la estrech ez sie m
p re te p a r e c e r á lo su fic ie n te m e n te a m p lia ” , J o h a n n
W o lfg a n g v o n G o e th e . E n a q u e lla r e d a c c ió n v o lq u é
to d o lo qu e sa b ía en a q u e l m o m e n to de filo so fía , in
c lu s o A rth u r S c h o p e n h a u e r, p e r o s o b r e t o d o K a n t.
T o d a la arg u m e n ta c ió n se c e n tra b a en e sa la rg a c ita de
G o e th e: el d isc u rso de F a u sto , y a cieg o , so b re la tierra
virgen qu e h a c o n q u ista d o : ¡e x a cta m e n te la cita co n la
q u e c o m e n z a b a m i p a rla m e n to del P rem io de la P az! Y
en el cen tro e stá la re sp o n sa b ilid a d qu e tiene el h o m
b re c o m o se ñ o r d e la T ie r r a . Y a e n to n c e s c o n fe r ía
m u ch a im p o rta n c ia al co n c e p to de re sp o n sa b ilid a d , y
356
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
357
HANS JON AS
ta r de lo s h o m b re s, en la m e d id a en la qu e este b ie n e s
ta r se asien te en la s n o rm a s de la co n v iv e n cia. E s sa b i
d o qu e ése fue el su eñ o de P lató n , au n q u e fu e ra m uy
escé p tico a c e rc a del re su lta d o q u e to d o a q u e llo p o d ría
tener. Y es c o n o c id o ta m b ié n q u e p u d o in te n ta rlo , a
r a íz de q u e le fu e r a e n c a r g a d a la e d u c a c ió n d e un
jo ven sic ilia n o , el tira n o D io n isio de S ira c u sa , lo q u e le
b r in d ó la o p o r t u n id a d d e c o n v e r tir a lg u n a s de su s
id e a s en p r á c tic a p o lític a . E se p r o y e c to n a u fr a g ó al
m o d o c lá s ic o , p u e s ta le s in te n to s en el fo n d o e stá n
c o n d e n a d o s siem p re al fra c a so . In d irectam en te es ev i
den te q u e la filo so fía h a in flu id o siem p re en la m a rch a
de la p o lític a . In clu so h u b o un filó so fo q u e o c u p ó el
tro n o del e m p e ra d o r: M a r c o A u relio , un e sto ico , p ero
q u e , sa lv o el g ra n id eal del cu m p lim ie n to del deber, n o
d e fe n d ió n in g u n a filo s o fía p o lític a c o n c re ta . Se tr a ta
de u n a filo so fía m u y p e rso n a l, c o m o e x p re sa el títu lo
de la o b r a filo s ó fic a su y a q u e se h a c o n se rv a d o : Eis
emauton^-s. M e d ita a c e rc a de la n a tu ra le z a d el a lm a
h u m a n a , a sí c o m o a c e rc a del h ech o de q u e la re sp o n
sa b ilid a d p a r a co n la c o m u n id a d e stá entre la s o b lig a
cio n es del h o m b re , y q u e él m ism o c a r g a b a con la re s
p o n s a b ilid a d p a r a c o n la m a y o r c o m u n id a d p o lític a
del m u n d o , el Im p e rio R o m a n o . E s u n a o b ra im p re sio
n an te, p e ro n o se p u e d e d ecir qu e en ella e la b o re u na
filo s o fía p o lític a . S u s re fle x io n e s a b s tr a c ta s se b a s a n
en su sen tim ien to m o ra l y en la s p a u ta s d e o n to ló g ic a s
q u e to m ó de la E sto a y se gú n la s c u a le s le c o r r e s p o n
d ían d e te rm in a d a s o b lig a c io n e s. Pero u n a e sp e cu lac ió n
so b re c u á l es la m e jo r fo rm a de o rg a n iz a c ió n p a ra la
c o m u n id a d h u m an a - d e m o c r a c ia , tiran ía, m o n a r q u ía -
n o se en cu en tra en Eis emauton. E n qu é se cifran lo s
e fe cto s se creto s de la filo so fía so b re el arte de g o b e r
n a r a lo la rg o de lo s sig lo s, es difícil de c a lib ra r p a ra
m í, p e ro au n sin h a b e r e stu d ia d o e x p re sa m e n te filo s o
358
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
359
HANS JON AS
p re su n c ió n de q u e su s id e a s ib a n a in flu ir en la re a li
d a d es u n a p a rte c o n su sta n c ia l e im p o rta n te de su p e n
sam ie n to . E n to d o s ello s la c u e stió n fu n d a m e n ta l era:
¿c u ál es la m e jo r e d u c a c ió n ?, ¿c u á l la m e jo r o r g a n iz a
ción p a r a el E s ta d o ? , ¿c u ále s la s m e jo re s ley es?, ¿c u ál
la m e jo r fo rm a de g o b ie rn o ? Pero en n in gu n a de e sta s
f ilo s o f í a s , q u e se o c u p a n an te to d o de c ó m o d e b e n
co n v iv ir lo s seres h u m a n o s, se an é sto s filó s o fo s, sim
p les c iu d a d a n o s o sú b d ito s, a p a re c e la p re g u n ta acerca
de c ó m o el h o m b re debe com jr ta rse c o n re sp e cto a
la n a tu ra le z a . D e sd e el e sp le n d o r de la s c u ltu ra s m e d i
te rrá n e a s de la A n tig ü e d a d h a sta el u m b ra l de la M o
d e r n id a d é s ta fu e u n a c u e stió n a je n a a la f ilo s o f ía .
C ó m o d e b ía n c o m p o r t a s e lo s se re s h u m a n o s en tre
ello s era o b je to de la s éticas in d iv id u ale s y llegó a c o n
v ertirse h a sta cierto p u n to ta m b ié n en o b je to de u n a
ética co le ctiv a , esto es, a tra v é s de un se n tid o u tilita ris
ta en to rn o a c u á l p o d ía ser la fo r m a de g o b ie rn o y de
re lació n so c ia l m á s v e n ta jo sa p a r a el h o m b re .
E n m i lib ro y o tam b ién d ed ico m u c h o s p e n sa m ie n
to s a la c u e s tió n de lo s s is te m a s p o lí t ic o s 28. E n un
p u n to , e m p e ro , m i lib ro in tro d u ce un elem en to n u ev o
en la filo so fía p o tic a : i ta re a i p re g u n ta rse cu; le
la s p r o p u e s ta s id e o ló g ic a s y de lo s p ro y e c to s p r o g r a
m á tic o s p o lític o s es el m e jo r p a r a el h o m b re y p a r a su
fu tu ro . E n re a lid a d c o n c lu í q u e e so era in d iferen te y
en to n ces p o stu lé qu e la c u e stió n era c u á l de ello s o fr e
cía la s m e jo re s o p c io n e s p a r a te rm in ar co n las n u e v as
a m e n a z a s a la s q u e se e n fre n ta la so c ie d a d h u m a n a :
c ó m o d e b e m o s vivir con la n a tu ra le z a o c ó m o la n a tu
ra le z a p u e d e su b sistir a n u e stro la d o . E n m i lib ro el
te m a p rin cip a l n o v e rsa so b re la s re lacio n es entre lo s
seres h u m a n o s, sin o so b re este n u evo h o rizo n te de la
re fle x ió n ética. N o es q u e y o lo h ay a a b ie rto , p u e s yo
n o era m á s q u e u n o de ta n to s qu e e m p e z á b a m o s a re
360
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
361
HANS JO N A S
a p to p a r a im p o n e r a lo s c iu d a d a n o s lo s sa c rific io s qu e
u rge q u e to d o s h a g a m o s Pero al m ism o tie m p o ta m
b ié n p o s e ía m o s la e x p e r ie n c ia s o b r e lo q u e p o r lo
d e m á s p o d ía e sp e ra rse y tem erse de lo s sistem as icta-
to ria le s, ta n to m á s c u a n to q u e la cu e stió n fu n d a m e n ta l
se g u ía sie n d o si a q u e llo s qu e o ste n tan el p o d e r p e rc i
ben c o rre ctam e n te la s itu a c ió n *9. L a n u eva ta re a de la
filo s o fía se c o n v e rtía de p ro n to en u n a qu e d e b ían a c o
m eter c o n ju n ta m e n te b ió lo g o s, físico s y e c o n o m ista s,
en c o n sid e ra c ió n al so ste n im ie n to de la m o r a d a te rre s
tre. E n fin, ése era m i p u n to de v ista , y lo ú n ico te de
la filo so fía p o lític a re c h a z a b a rad icalm e n te era el uto-
p ism o . U n a u to p ía de la sa tisfa c c ió n del h o m b re , de la
c o n se cu c ió n fin al de u n a so c ie d a d id e al, n o n o s la >-
d e m o s perm itir, y en cierra en sí un p e lig ro : en p rim e r
lu g a r es un fin a rro g a n te y, en se g u n d o lugar, d a d a s la s
c irc u n sta n c ia s a c tu a le s, p u e d e c o n d u cirn o s a la p e rd i
ció n , en la m e d id a ju stam e n te en q u e a u m e n ta la s e x
p e c ta tiv a s del h o m b re en lu g a r de m o d e r a rla s. E sto es
lo q u e y o o b je t a b a a l “ p r in c ip io de e s p e r a n z a ” de
E rn st B loch3°.
So b re la rep ercu sión p ú b lica de m i libro d eb o decir
qu e en A le m an ia co n sig u ió un é x ito a rro llad o r, m ien
tras que en A m érica n o tu v o ni p o r a so m o ta n ta re so
n an cia. E n p a rte se debe a qu e en A le m an ia h ay u n a
p re d isp o sic ió n m a y o r a leer lib ro s filo só fic o s y a en fo
c a r lo s te m a s p o r m e d ia c ió n filo s ó fic a , lo q u e en un
clim a p ra g m á tic o y p o sitiv ista c o m o el am e rican o es e x
cep cio n al. P or o tra p arte la filo so fía tam b ién suele o c u
p a rse allí de p ro b le m a s de an alítica del len gu aje y teoría
del co n o cim ien to , y suele d e ja r en m a n o s de lo s científi
c o s de la n a tu ra le z a el m u n d o y su s re lacio n e s. C re o
qu e el siguiente ejem p lo lo ilu stra bien. J o G ree n b au m ,
e n to n c e s d e c a n o de la G r a d u a te F a c u lty d e la N e w
S c h o o l, m e e x p lic ó q u e en u n a o c a sió n h a b ía p re g u n
362
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
ta d o a c o le g a s su y o s de la U n iv e rsid a d de C h ic a g o qu é
p e n sa b a n allí de H a n n a h A re n d t y de m i o rie n tac ió n
filo só fic a . U n o de su s in te rlo cu to re s le d ijo qu e lo qu e
h a c ía m o s n o e ra f ilo s o f ía , p u e s la filo s o fía e ra u n a
cien cia p o sitiv a co n un e sp e ctro te m á tic o p e rfe cta m e n
te d efin id o - s e refería al a n á lisis del len g u aje y a la ló
g ica fo r m a l- , y n in g u n o de n o s o tr o s d o s p e n sa b a en
este m a rco . “ F ilo so fía n o e s ” , d ijo , “ es in teresan te, in
clu so d e se ab le , d eb e rían e x istir fa c u lta d e s q u e se o c u
p a ra n de e so . L o se cu n d o . Pero p a r a e m p e zar h a b ría
qu e e n co n trarle n o m b re . Ig n o ro c ó m o d e b e ría m o s lla
m a rlo . Pero de lo qu e esto y se g u ro es de qu e no es fi
lo s o fía ” . M e eché a reír a c a r c a ja d a s c u a n d o o í eso:
¡D e lic io so ! ¡D e m an e ra qu e allí h a b ía un p a r de fó siles
qu e p ra c tic a b a n a q u e llo p a r a lo q u e o rig in a ria m e n te
se h a b ía a c u ñ a d o p recisam en te el té rm in o “ filo s o fía ” ,
es decir, co n lo s p ita g ó r ic o s, y el co n te n id o o rig in a rio
de la f ilo s o f ía e s ta b a a h o r a ta n p o c o de m o d a q u e
a q u e llo s que la p ra c tic a b a n se h a b ía n p ro p u e sto la e x
citan te m isió n de e n co n trar un térm in o a d e c u a d o p a ra
lo qu e n o so tro s in te n tá b a m o s! Sin e m b a rg o este c ó m i
co e p iso d io tiene sin d u d a un serio co n te n id o sim b ó li
co: en A m é rica no se cree en la filo so fía en el sen tid o
qu e ésta tiene en A le m an ia o en F ran cia. En c u alq u ie r
c a so lo s filó s o fo s p ro fe sio n a le s m e to m a r o n b a sta n te
m e n o s en se rio allí q u e en el p a n o r a m a alem án . A d e
m á s h ay qu e tener en cu en ta qu e los te m as e c o ló g ic o s,
au n q u e em p iezan a d iscu tirse en A m é rica, n o tienen ni
de le jo s ta n ta r io r id a d c o m o en E u r o p a , y d e sd e
lu ego n in gu n a en la esfera p o lítica.
L a e x p e rien cia m á s so rp re n d e n te en re lació n co n El
principio de responsabilidad fue qu e c a si d esd e el p rin
c ip io la s p r im e r a s re a c c io n e s a p r o b a t o r ia s so b r e m i
lib ro p ro ce d ie ro n del á m b ito p o lític o . F u ero n p o lític o s
c o m o H e lm u t Sch m id t y H a n s-D ie trich G en sch er lo s
3¿3
H AN S J O N A S
364
VALOR Y DIGNIDAD DE LA VIDA
365
XIII
“ Todo esto es balbuceo” :
Auschwitz y la impotencia de Dios
367
HANS JO N A S
368
“ T O D O EST O ES B A L B U C E O ” : A U SC H W IT Z Y LA IM P O T E N C IA DE DIOS
369
HANS JO N A S
370
“ T O D O E ST O ES B A L B U C E O ” : AU SC H W IT Z Y LA IM P O T E N C IA DE DIOS
371
H AN S J O N A S
en la s a ltu ra s p o r la d e v a sta c ió n y la p ro fa n a c ió n de la
im a g e n d el h o m b r e ” 6. H a s t a m u c h o m á s ta r d e , en
1 9 8 4 , c u a n d o m e fu e o t o r g a d o el P re m io L e o p o ld
L u c a s de la U n iv e rsid a d de T u b in g a , n o reto m é en m i
e n say o “ El c o n c e p to de D io s d e sp u é s de A u sc h w itz ” el
m ito in v e n ta d o p o r m í y su re la c ió n c o n la S h o a h 7.
T en go q u e decir qu e en ta le s “ d e se n fre n o s” , en lo s qu e
a b a n d o n é el su e lo lícito de la filo s o fía , c a si sie m p re
ten ía a L o re en m i c o n tra , p u e s se sen tía m al an te el
p e n sa m ie n to de qu e y o m e a v e n tu ra se en ese terren o
to talm e n te in co n tro la b le de la e sp e cu la c ió n te o ló g ic a .
C o n s id e r a b a qu e m a n ife sta rse p ú b licam e n te en un á m
b ito en el q u e n ad ie p o d ía p re se n ta r u n a c o n tra p ru e b a
era ilegítim o y h a sta cierto p u n to irre sp o n sa b le . Y a en
tie m p o s de la In gerso ll L ectu re, L o re se h a b ía a lia d o
co n n u e stro a m ig o A d o lp h L o w e p a r a p e rsu a d irm e de
q u e en la d isc u sió n ac e rc a del co n c e p to de in m o rta li
d a d n o in clu yese la alu sió n a A u sch w itz. C u a n d o e sc o
g í el te m a de un m o d o p r o g r a m á tic o , a q u e llo la in
t r a n q u iliz ó , p u e s p e n s a b a q u e s o b r e e s o se p o d ía
re fle x io n a r en p riv a d o , p e ro n o p ú b licam e n te. ;Y, de
hecho, n o es la m isió n de un filó so fo ! D e ah í qu e en
m i p o n e n cia d e ja se a b ie rta la cu e stió n de si a q u e llo era
a d e c u a d o p a r a un filó so fo . L o s cien to s de o yen tes c o n
g r e g a d o s en el a u la de T u b in g a e s ta b a n , c o m o p u d e
sen tir en el d e c u rso de la c o n fe re n cia, c o m o tu r b a d o s,
p e ro el c o le g a q u e m e h a b ía p ro p u e sto p a r a el p re m io ,
un jo v e n filó s o fo m u y d o ta d o lla m a d o R ü d ig e r Bub-
ner, e sta b a c a si o fe n d id o y le d ijo a m i e s p o sa : “ N o m e
e sp e ra b a a lg o así. N o . E n e so n o h a b ía p e n s a d o ” . M e
h a b ía p ro p u e sto c o m o filó so fo , ¡y de p ro n to m e p o n g o
a d e s a r r o lla r ese c o n c e p to de D io s ! Y t o d a v ía m e
a c u e rd o de qu e el p ro p io Bubner, u n o o d o s a ñ o s d e s
p u é s, d u ran te u n a co n feren cia so b re a n tr o p o lo g ía filo
só fic a qu e p ro n u n cié en S a lz b u r g o 8, se a cercó a m i e s
372
“ T O D O EST O ES B A L B U C E O ” : A U SC H W ITZ Y LA IM P O T E N C IA DE DIOS
p o s a y le d ijo : “ ¡H a sid o u n a b u en a c o n fe r e n c ia !” . A
lo que ella re sp o n d ió : “ Q u iere decir en c o m p a r a c ió n
co n la de T u b in g a , ¿ v e r d a d ? ” .
A c a u s a de m i c o n fe s ió n p ú b lic a de T u b in g a m e
n egué la o p o rtu n id a d de d ese stim a r la p re g u n ta “ ¿qu é
o p in a s so b re D io s ? ” . A h o ra d eb ía d ar cu en ta de ello
p o rq u e h a b ía sid o tan im p ru d en te c o m o p a r a co n ciliar
la ín tim a n ecesid ad de creer en un D io s o en a lg o d ivi
n o en el m u n d o , c o n m i e n te n d im ie n to y c o n v e n c i
m ien to filo só fic o s. D el m ism o m o d o qu e te rm in a b a mi
c o n fe re n cia c o n la fra se : “ D a m a s y c a b a lle r o s , to d o
esto es b a lb u c e o ” , m á s ta rd e , c u a n d o m e in citab an a
d efen d er m i p o sic ió n , siem p re re sp o n d ía : “ N o qu iero
con ven cer a n ad ie ni d efen d er u n a te o ría te o ló g ic a que
se su p o n e qu e d eb ería llevar a su s ú ltim as c o n se cu e n
c ia s ” . N i siq u iera esto y se g u ro de qu e yo m ism o esté
p e r s u a d id o . P e ro é ste es el m o d e s to m á x im o q u e
p u e d o a c e p ta r en lo to can te a lo d ivin o - q u e an tes lo
h a b ía ilu m in ad o to d o y en lo qu e a h o ra re su lta c a d a
vez m ás difícil c re e r- en c o n e x ió n co n el e sta d o gen e
ral de la s c o s a s, in clu id o m i sa b e r cien tífico so b re el
m u n d o , el u n iv erso y la v id a so b re la T ierra. A u n así
esto y p len am en te co n v en cid o de q u e el a te ísm o p u ro
es fa lso , qu e m á s a llá de e sto h ay a lg o qu e q u iz á ya
só lo se a m o s c a p a c e s de a rticu la r m e d ian te m e tá fo ra s,
p e ro sin lo c u a l el a lc a n c e to ta l del ser se ría in c o m
p ren sib le. A u n q u e m e p arece qu e u n a m e tafísica filo
só fic a n o p u ed e d e sa rro lla r d ire ctam en te un co n cep to
de d iv in id ad , ya q u e ese c a m in o e stá v e d a d o d esd e la
crítica k a n tia n a de la ra z ó n - d e ah í m i v u elta al m ito - ,
creo qu e n o e stá p ro h ib id o q u e u na m e ta física ra c io n a l
o filo só fic a h a g a “ c o n je tu r a s” so b re lo qu e de divin o
hay en el m u n d o 9. T o d o lo c o n tra rio , m e arece que
u n a d o c trin a filo s ó fic a del ser d e b e , al m e n o s, d e ja r
ab ie rto un á m b ito p a r a lo d ivino. Se tr a ta de un inten-
373
HANS JO N AS
to a lg o p ro b le m á tic o p a r a el qu e n u n ca esta b le cí u n a
p re te n sió n de v e rd a d y q u e d e sd e m i p u n to de v ista
p o se e v alid e z en la m e d id a en qu e n o d esm ien te a lg o
q u e en u n a é p o c a fue ta n d ecisiv o p a r a la h isto ria de la
H u m a n id a d y en lo qu e, p a r a e x p r e sa rlo en p a la b r a s
de lo s p ro fe ta s, la in sp ira c ió n e m a n a b a de u n a fuen te
q u e es m á s qu e m e ro s m u n d o y n a tu ra le z a . E l m ito in
te n ta, p u e s, d e sa rro lla r un co n c e p to de D io s co n el qu e
se a p o sib le s o p o r ta r a q u e llo q u e, de lo c o n tra rio , re
su lta ría in so p o rta b le .
T a m b ié n sin A u sc h w itz h a b r ía s a lid o a s í m i r e
fle x ió n so b re el c o n c e p to de D io s, p e ro p ro b a b le m e n te
h a b ría n fa lta d o la p e re n to rie d a d y el rig o r qu e ha e x
p e rim e n ta d o la c u e stió n de la c o m p a tib ilid a d de la fe
en D io s c o n el a c o n te c im ie n to de la S h o a h . A B ult-
m an n le p re o c u p ó siem p re c ó m o era p o sib le c o n ju g a r
la fe en D io s c o n lo s h a lla z g o s de la s m o d e rn a s cien
c ia s n a tu ra le s, y en m i d isc u rso c o n m e m o ra tiv o a raíz
de su m u e rte in ten té m o s tr a r p o s ib le s c a m in o s p a r a
ello . Y o ta m p o c o a c e p ta b a q u e se p u d ie ra h a b la r de
u n a in terven ció n d iv in a in m e d ia ta en el se n tid o de un
m ila g ro , p e ro u n a m e d ia c ió n a tra v é s del a lm a m e p a
recía ra z o n a b le : la v o z de D io s en lo s P ro fe ta s - “ A sí
m e h a b ló el S e ñ o r” - p o d ía co n m o v e r la s a lm a s, y esa
es la ú n ica fo r m a de in jeren cia d iv in a en el m u n d o qu e
es c o m p a tib le c o n la e stricta e x p lic a c ió n cien tífica de
la e v o lu c ió n m a te ria l de la s c o s a s 10. E n g e n e ra l h ay
q u e ev itar id e n tificar cie rto s aco n te cim ie n to s m u n d a
n o s con el d e d o de D io s. U n e jem p lo : re cu erd o q u e un
g ra n b u q u e de p a sa je r o s ita lia n o se h u n d ió cerca de la
c o s ta a m e ric a n a . U n a m u je r m e c o n tó la h isto ria de un
a m ig o su y o qu e a q u e lla n och e n o h a b ía p o d id o c o n c i
lia r el su e ñ o y qu e h a b ía sa lid o a c u b ie rta , lo qu e le
sa lv ó . Si se h u b iera q u e d a d o en su c a m a ro te , se h a b ría
a h o g a d o c o m o lo s d e m ás. M e p re g u n tó : “ ¿ N o p o d r ía
374
“ T O D O ESTO ES B A L B U C E O ” : AU SC H W IT Z Y LA IM P O T E N C IA DE DIOS
m o s c o n s id e r a r lo in te rc e sió n d iv in a ? ” . E n to n c e s y o
p u n tu a lic é : “ ¿Y lo s d e m á s se h an a h o g a d o p o r e sa
m ism a intervención de D io s ? ” . Tenemos que e star p re
ven id os de n o p ercib ir aco n te cim ien to s qu e n o s p a re
cen u na salv ació n m ilag ro sa en u n a situ ació n de m á x i
m a d ificu ltad co m o un a cto divin o. O tra c o sa es la tesis
según la cu al D io s p uede h acerse o ír en el m u n d o . E s
a lg o m uy d istin to qu e m o v er el m u n d o . E so só lo p u e
den h acerlo las p e rso n a s, qu e so n o rg a n ism o s físico s y
c a p a c e s de p o n er en m o v im ien to las c o sa s que h ay en
el m u n d o . D io s só lo p u ed e influir en el m u n d o p o r m e
d ia c ió n del e sp íritu h u m a n o . A tra v é s de su e sp íritu
D io s p u e d e re sta u ra r su p od er, del m ism o m o d o que
p u e d e fr a c a s a r a c a u s a de la s fa lta s del h o m b re , sfo
estoy dicien d o que D io s sea e scu ch ad o p o r las a lm a s y
que los p ro fe ta s ilu m in ad o s p o r Él triunfen; d esp u és de
A u sc h w itz , é ste es un p r o b le m a de c o m p a t ib ilid a d
m u ch o m ás in qu ietan te que el qu e p re o c u p a b a a Bult-
m an n . Pero en p rin cip io existe esa p u e rta de en trad a a
través de la cu al lo su p ra m u n d a n o incide en lo m u n d a
n o, y es la única fo rm a de c a u sa lid a d que y o atrib u y o a
D io s. Si n o s cen tram o s exclusivam en te en la h isto ria de
lo s P ro fe ta s , v e m o s q u e in flu ir en el m u n d o de este
m o d o n o es alg o despreciab le. N atu ralm e n te que sé que
p e rso n as co m o m i viejo a m ig o G ün th er A n d ers, el ateo,
con sideran que después de A uschw itz es incluso obscen o
h ab lar siqu iera de la existen cia de D io s 11. Pero incluso
ad m itió , en u na carta d irigid a a m í, que m is esp e cu la
cion es de algú n m o d o le h ab ían c a u tiv a d o . P ro b a b le
m ente sea el único cam in o que n os q u ed a p a ra ex p re
s a r n o s so b r e este tip o de c o s a s : in s in u á n d o la s , sin
pretensión de v erd ad , p ero sin ren un ciar a d ar c a b id a en
el en gran aje del m u n d o a lo su p ram u n d an o . P orque m e
parece que el espíritu h u m an o es u na p ru e b a de que en
la inm anencia m u n d an a está presente lo trascendente.
375
XIV
Cartas formativas a Lore Jonas
30 de enero de 1944
[n ° 3 5 ]
377
HANS JO N AS
378
CARTAS FORMATIVAS A LORE JONAS
II
25 de febrero de 1944
[N° 4 0 ]
379
HANS JO N AS
380
CARTAS FORMATIVAS A LORE JONAS
v a c ía de la c a te g o ría su sta n c ia : su d u ra c ió n es m e ra
p ersev eran cia; su m ism id a d , u n a fu n ción de la c o n ti
n u id ad de la s d im en sio n es del e sp a c io y del tie m p o ; su
fo rm a , un accid en te, y to talm en te su b sid ia ria de la m a
te ria, esto es, sin re a lid a d p ro p ia . E s éste y n o aq u é l,
p o rq u e éste está a q u í a h o ra y a q u é l, allí a h o ra ; sigue
sien d o éste, es decir q u e sigu e sie n d o el m ism o en un
m o m en to te m p o ra l p o sterio r, p o rq u e entre su lu g a r a c
tu al y el u lterio r m e d ia la su cesió n c o n tin u a de to d a s
las p o sicio n e s in term e d ias, qu e h a sta cierto p u n to c o n
duce de u n a a la sigu ien te y no d e ja e sc a p a r ni un so lo
in sta n te de su p r o g r e s ió n . L a d isc o n tin u id a d de lo s
p ro ce so s su b a tó m ic o s, según la s e n señ an zas de la físi
ca m o d e rn a , n o só lo can cela la id e n tifica b ilid a d de los
su stra to s re sp e c tiv o s en un se n tid o té cn ico , sin o qu e
los sitú a allen d e el á m b ito de valid ez del c o n ce p to de
id en tid ad en la m e d id a en que n o cu m p le la co n d ició n
de su a p lic a b ilid a d a lo in erte: la c o n tin u id a d de la
fo rm a de la ex te n sió n en la qu e tienen lu g a r la s tr a n s
fo rm acio n e s. L a s p a rtíc u la s de m a te ria n o tienen o tro
q u e e ste p r in c ip io e x te r n o de la id e n tid a d , q u e lo s
principia individuationis (e sp a c io y tie m p o ) p u e d e n
con ced erle o n egarle. E so sig n ifica q u e en la m ate ria
tan to la id en tid ad c o m o la in d iv id u ació n tienen un c a
rácter ex te rn o que h ay qu e su scrib ir a la s u n id ad e s del
c o n ju n to del m u n d o fís ic o , del q u e c o n stitu y e n su s
p a rte s, y qu e están d e te rm in a d a s p o r éste.
L a id en tid ad del ser v ivo , en c a m b io , co n siste en su
p ro p ia ac tiv id a d in cesan te, re su lta d o de la a u to co n sti-
tu ció n y a u to rre n o v a ció n de su fo rm a , qu e se v an o r i
g in a n d o p ro g re siv am e n te m ed ian te la activ id a d .
Su ex iste n cia es fu n ción y n o su sta n c ia ; su d u ració n
es a c o n te c im ie n to y n o p re c isa m e n te p e r s e v e r a n c ia ,
m ie n tra s q u e la m e ra p e r s e v e r a n c ia es a b a n d o n a d a
u n a y o tra vez en el p ro c e so de su a u to g e n e ra ció n . Si
381
HANS JO N AS
382
CARTAS FORMATIVAS A LORE JONAS
383
HANS JO N A S
m o s es el á m b ito de a c ció n de su u n id a d ; y en lu g a r
de qu e la fo rm a v iv a se a p u n to de p a s o de la m a te ria ,
lo c o rre c to es a firm a r qu e la su c e sió n de lo s c o n te n i
d o s m a te ria le s, q u e la c o n fig u ra n su c e siv a m e n te , so n
fa se s tr a n sito r ia s en el p ro c e so del ser de la fo rm a .
E n el u n iv erso m a te ria l, en su h isto ria in co n m e n su
ra b le , m u d a , c u a n tita tiv a e in d iferen te, qu e es u n a h is
to ria de á to m o s y su s c o n e x io n e s, la v id a tam b ién es
n atu ralm e n te un “ e s ta d o ” de la m a te ria , y a d e m á s un
e sta d o m u y efím ero : p e ro p recisam en te un e sta d o p a
r a d ó jic o , en el qu e la m a te ria se con v ierte en e sta d o de
a lg o o tro q u e e stá fu n d a d o en ella - la fo r m a v iv a - y
qu e d a pie a u n a e sfera c u a lita tiv a , a la q u e so m e te su
ser c u a n tita tiv o ; en resu m en , un e sta d o en qu e se tr a s
cien d e a sí m ism a . El h ech o de qu e el ser in diferen te de
la m a te ria la p ro d u z c a d e sd e su se n o d e m u e stra qu e
h ay p rin c ip io s o c u lto s en él q u e n o p o d e m o s a so c ia r
con su c o n c e p to , p e ro qu e d e b e m o s in cluir en su in ter
p re ta ció n p ro fu n d iz a d a .
L a a u to n o m ía de la fo rm a n o sig n ifica un ser s e p a
ra d o : la ev en tu al u n id a d co n c re ta de m a te ria y fo rm a ,
q u e es en r e a lid a d un c a r á c te r in c a n c e la b le en el
m u n d o , p erv iv e tam b ié n a q u í, e sto es, en la co in c id e n
cia de la fo rm a con la b a se m a te ria l en c a d a in stan te.
El o rg a n ism o es sie m p re, es decir, c a d a vez, la fo rm a
de u n a d ete rm in a d a d iv e rsid a d m a te ria l. Pero m ie n tras
en el rein o de la m a te ria , c o m o he d ich o , la se p a ra c ió n
de a m b a s y el a u to p o n e rse de la fo rm a es u n a a b s tr a c
c ió n de la s u sta n c ia su r g id a d el se r a c c id e n ta l de la
fo r m a , en el p la n o o n to ló g ic o de la v id a , p o r el c o n tr a
rio , la d iferen cia de a m b o s es lo c o n cre to , y su id en tifi
c a ció n ev en tu al, q u e p u e d e ten er lu g a r de h ech o en la
secció n de c u a lq u ie r in stan te, re la c io n a d a c o n la to ta li
d a d v ital de la fo r m a , só lo es u n a a b stra c c ió n , p u e s la
in tersecció n p u n tu a l m ism a en el tra n sc u rso de la exis-
384
CARTAS FORM ATI VAS A LORE JO N AS
385
H A N S JO N A S
re lacio n e s o n to ló g ic a s re sp e c to de a q u e lla s de la su s
ta n c ia en gen e ral, al m e n o s en su fo rm a d a d a , c o m o
m a te ria , a cu y o á m b ito ta m b ié n p erten ece de h ech o,
con e sta in v e rsió n, la v id a , e sta m o s le g itim a d o s a h a
b la r de u n a re v o lu ció n o n to ló g ic a qu e se h a p ro d u c id o
a raíz de la irru p ció n de esa n u eva fo rm a m a te ria l del
ser, la “ v id a ” , en la h isto ria de la m a te ria . E l p rin cip io
de esa re v o lu ció n es la in d e p e n d izació n de la “ f o r m a ”
d en tro de la m a te ria , la p o sib ilid a d de u n a a u to n o m ía
esp e cífica de la fo rm a , im p o sib le segú n to d a s la s c o n
c e p c io n e s m a t e r ia le s d el m u n d o - l a d e s c r ip c ió n de
c u y o s r a s g o s esen ciales, re c u rso s y v a rie d a d e s es c o sa
de la b io lo g ía - , y el d e sa rro llo y p ro g re sió n de e sa a u
to n o m ía es el p rin cip io de to d a gén esis de la v id a , que
en su d e c u rso p ro p ic ió o tra s re v o lu cio n e s, sie n d o c a d a
u n a de ellas un n u evo p a s o en la d ire cció n m a r c a d a .
E m a n cip a c ió n de la fo rm a de la id en tid ad in m ed iata
p ro p ia de la m a te ria , e m an cip ació n de la a u to id e n tid a d
fija de la m a te ria , re a lid a d d in ám ica p ro p ia de la fo rm a
en la m ateria y frente a la m ateria: un p rin cip io de la li
bertad re sp la n d e c e p o r v ez p rim e ra en el c o n s tr e ñ i
m ien to atro z , en la au to rre clu sió n del m u n d o físico , en
la a g ita c ió n ciega de la su sta n cia o rg á n ica in m em o rial,
u n a lib e rtad qu e es a je n a a lo s p la n e ta s, lo s a stro s y lo s
á to m o s, y cuy a ex p re sió n o rigin al es el m e ta b o lism o .
[C o n tin u a rá ]
III
31 de m arzo de 1 9 4 4
[n ° 5 2 1
38 6
CARTAS FORMATIVAS A LORE JO N AS
387
H A N S JO N A S
388
CARTAS FORMATIVAS A LORE JO N AS
389
H A N S JO N A S
E n a d e la n te v e re m o s la s a n tin o m ia s q u e se en cie
rra n en la d ialé ctica de la lib e rta d de la v id a c o m o u n a
re lació n de fo rm a y m a te ria , y qu e con v ierten la v id a
en un ser p ro fu n d a m e n te ! p a r a d ó jic o . R e s u m á m o s la s
c o m o sigu e:
C o n la e m a n cip a ció n de la fo rm a se d a a la vez la
m e n e ste ro sid a d c o n stitu tiv a de la v id a , fo r m a n d o con
ella u n a u n ió n in d iv isib le. L a lib e rta d en re lació n con
la m a te r a, qu e se re aliz a en el ser m e ta b o liz a n te de la
fo r m a , sig n ifica ipso facto d< sn d en cia de la m a te ria ;
y e s o en fu n c ió n de la d in á m ic a m e ta b ó lic a de la
fo r m a q u e, p o r o tra p a rte , es ju stam e n te el índice de
su lib e rtad o n to ló g ic a . L a n o -id en tid ad c o n la m ate ria
p r o p ia - d e s d e el la d o p o s itiv o , d ife r e n c ia c ió n de la
fo r m a q u e ex iste p o r sí m ism a ; d esd e el n e g a tiv o , in su
ficien cia de to d a m a te ria lid a d sim u ltá n e a de la m is m a -
p erm ite a la v id a co in cid ir co n m a y o r c a n tid a d de m a
te ria en el tie m p o : n o d ism in u y e, sin o qu e in crem en ta
en el c ó m p u to to ta l la m a te ria lid a d de la fo r m a qu e
c o m o ta l d e ja de e sta r lig a d a a la e c u a c ió n m a te ria l
p a r a “ co n v ertirse en lib r e ” . E x p u ls a d a de la se g u rid a d
(de la evid en cia) de la id e n tid ad física y p re c ip ita d a en
la p ro e z a de la d ife re n ciació n y la lib e rta d , la fo rm a de
v id a e stá p o r en cim a de la m a te ria y, al m ism o tie m p o ,
e x p u e sta a ella. A c a u s a de e sta sa lid a , p o r la q u e se
sa c rific a la in te g rid a d sim u ltá n e a en a r a s de la re a liz a
ción su c e siv a , la re la ció n con la m a te ria deviene tr a n si
to ria , o se a , a c cid e n tal en c a d a o c a sió n , p e ro n o p o r
ello m e n o s p e re n to ria ni ex te n siv a: m u ltip licá n d o se en
el tie m p o a trav é s de la su ce sió n de m a te ria liz a cio n e s;
e x p a n d id a a c a d a in stan te a tra v é s del h o rizo n te p o
te n cial c o rre sp o n d ie n te a la m a te ria a c tu a l del qu e e stá
n e c e sita d a ; in te n sific a d a en la c a lid a d p o r el p a s o del
h a b e r in d iferen te al ten er qu e con seguir. T o d o s lo s v er
d a d e ro s c a ra c te re s de la v id a so n a sim ism o a m b iv a le n
390
CARTAS FORMATIVAS A LORE JO N AS
391
H A N S JO N A S
d a d d el m u n d o , y s it u a d a en el d e lg a d o filo en tre
a m b a s; d estru ctib le en su p ro c e so , q u e no p u ed e d ete
n erse; d a ñ a b le en su re p a r to o rg a n iz a tiv o de fu n c io
n es, qu e só lo es efectiv o c o m o to ta lid a d ; a m e n a z a d a
de m u erte en su cen tro , en su te m p o ra lid a d , a g o ta b le
en c u alq u ie r in stan te: a sí se m ueve la fo rm a en la m a
teria con su atre v id o ser p a rtic u la r: p a r a d ó jic a , láb il,
in se g u ra , a m e n a z a d a , fin ita y p ro fu n d a m e n te h e rm a
n a d a con la m u erte. L a o sa d ía de e sa ex iste n cia, a te
m o riz a d a p o r la m u erte, a lu m b ra a la luz p rístin a la
e m p r e sa a v e n tu r a d a de la lib e r ta d , q u e la su sta n c ia
asu m e c u a n d o se h ace o rg á n ic a . El p recio ag re siv o de
la angusti; que se h u b o de igar desde el com ien zo de
la v id a y que au m en ta en p a ra le lo a su m ay o r d e sa rro
llo, n o p erm ite a c a lla r la p re g u n ta a c e rc a del sen tid o
de tal e m p resa. E sta p reg u n ta tan h u m a n a , tan te m e ra
ria c o m o la su sta n c ia qu e p ersigu e ser fo rm a en la p e
n u m b ra de la v id a , lo ú n ico qu e h ace es d a r ex p re sió n
lin gü ística, tra s m illo n es de a ñ o s, a la p ro b le m a tic id a d
o rig in a ria de la vida.
IC o n tin u ará]
IV
30 de diciembre de 1944
[n ° i 201
393
H A N S JO N A S
394
CARTAS FORMATIVAS A LORE JO N AS
395
H A N S JO N A S
m a c io n e s de la n a tu ra le z a inerte; to d o s lo s o rg a n ism o s
p lu rice lu la re s, p o r in n u m erab les q u e se an , so n u n a n a
d ería frente a a q u é lla s; to d o s lo s m a m ífe ro s so n n a d a
en re lació n con lo s a n te rio re s; y to d o s lo s in d iv id u o s
r a c io n a le s ... N a tu r a lm e n te la c a n tid a d , q u e to d o lo
d o m in a , p ie rd e terren o an te el c a rá c te r su p e rio r de lo
c u a lita tiv o - e n p a rte p o r el h ech o de qu e p a r a la c o n
creció n en el c a so p a rtic u la r h ace fa lta m á s c a n tid a d
(que se su b o rd in a a la o rg a n iz a c ió n su p e rio r c u a lita ti
v a )- , y se va e sta b le cie n d o p ro g re siv a m e n te u n a re la
ció n entre in d iv id u a lid a d y ra re z a . E n ig u al g r a d o la s
fo r m a c io n e s se v u elv en m á s a se q u ib le s , p e n e tra b le s:
“ in te re sa n te s” .
Y en referen cia a la re lació n del esp íritu , y d a d o que
o o rg á n ic o n o es m á s q u e un c a so esp e cífico del ser,
e x p r e se m o s la c u e stió n en su s té rm in o s g e n e ra le s: la
re lació n del esp íritu co n lo efectiv o . L a v e rd a d fu n d a
m e n tal es a q u í qu e el esp íritu tiene an te to d o tr a to con
lo s h ech os. ¿C o n to d o s lo s h ech os? M á s qu e con to d o s:
c o m o d escu b rid o r, con a q u e llo s qu e ya so n ; c o m o c re a
dor, c o n lo s q u e serán . ¿C o n to d o s lo s qu e ex iste n ? Sí,
p e ro n o en ig u a l m e d id a (seg u ire m o s lu eg o ). ¿ S ó lo con
h ech o s? E n p rim e r y ú ltim o lu g a r co n e llo s, es decir,
qu e debe p a rtir de y v o lv er siem p re so b re ellos: en tre
ta n to e x p a n d e su p r o p io re in o id e a l, un h e c h o de
o rd en n u e v o , p e ro n o m á s a rb itra r io , p u e s p e rsig u e el
co n o cim ie n to o la re p re se n tació n del ser, e in clu so su s
sím b o lo s m á s a b s tr a c to s o m e ta fó ric o s sirven a ese fin.
Siem pre d eb e v o lv er a lo s h ech o s p a r a n o p erd e rse en
ju e g o s o c io s o s . ¿ L o s d a to s p r im a r io s , lo s h e c h o s de
p rim e r o rd e n , so n lo ú n ic o ? N o , p u e s la p r o g r e s iv a
c o n fro n ta c ió n del esp íritu co n e llo s, la su m a de lo s re
f le jo s e s p e c u la r e s e n tre e llo s , c o n fo r m a u n n u e v o
p la n o - y en su p ro g re sió n un p la n o se va so b re p o n ie n
d o al a n te rio r -, u n a re a lid a d qu e deviene en sí m ism a
396
CARTAS FORMATIVAS A LORE JO N AS
397
H A N S JO N A S
398
CARTAS FORMATIVAS A LORE JO N AS
399
H A N S JO N A S
400
CARTAS FORMATIVAS A LORE JO N AS
decir, la p u ra y so b e ra n a c o n fig u ra c ió n de la d im en
sió n te m p o ra l sin el e sp a c io , esto es, sin m u n d o .
En esta tare a in fin ita q u e el esp íritu a su m e con re s
p ecto a la re a lid a d , el h o m b re cu m p le u n a de su s d e
te rm in acio n e s, c u a n d o no su d eterm in ació n . E sta ta re a
e s ta b a p ro fu n d a m e n te p r e fig u r a d a en la h isto ria del
ser y se h izo visible p o r p rim e ra vez en el fen ó m en o de
la v id a, c u a n d o la m ate ria se p ercib ió a sí m ism a p o r
vez p rim e ra en la m á s o sc u ra p ercep ció n del estím u lo
de la su sta n cia v iva. D e sd e ah í em pecé a tr a b a ja r en
m i filo so fía . E l re su lta d o , resente en el esp íritu h n a
n o , lo e x p re só S p in o za de la m a n e ra m á s p erfecta: el
amor dei intellectualis, la c o n te m p la c ió n in te le c tu a l
de ser es u n a p arte del a m o r in fin ito , con el que la di-
vin se a m a a sí m ism a. Un se n tid o de la ex iste n cia,
la su stan cia m ism a, se d a allí cu m plim ien to a sí m ism a,
p u es p ro ce d e m o s y so m o s p arte de ella.
P rim ero , p u e s, sen tir el ser y c o n te m p la rlo ; d esp u és,
so n d e a rlo y a m a rlo ; fin alm en te, re fle jarlo y a te stig u a r
lo : é sa es to d a la s a b id u r ía , “ el re sto es a p o s t i l l a ” .
¿C ó m o llevar a la p rá c tica d ich a sa b id u ría ? N o es un
argu m e n to el hecho de que no to d o s p u e d a n in tu irla y
só lo m uy p o c o s c o m p le ta rla . E s un id eal: el im p erativ o
a n tr o p o ló g ic o . P ero la p rim e ra p a r te , v irtu a lm e n te ,
p u e d e c u m p lir la c u a lq u ie r a ; la c a p a c id a d p a r a e llo
fo r m a p a rte del u tilla je d el q u e , c o m o e sp e c ie , e stá
p ro v isto el homo sapiens. Si n o s e sfo rz a m o s de v e ras,
el se g u n d o p o d r ía m o s m á s qu e in te n ta rlo , sie m p re y
c u a n d o “ s o n d e a r lo ” n o sign ifiq u e n ecesariam e n te d e s
c u b rir p o r u n o m ism o , sin o ta m b ié n a p re n d e r de lo
qu e y a h a sid o p e n sa d o y qu e su p o n e m á s o m e n o s
a v a n z a r un buen trech o en el ca m in o . L a tercera p arte
es p a ra lo s e le g id o s, lo s te stig o s de la h u m a n id a d , que
tam b ién so n lo s qu e m á s difícil se lo p o n en a sí m is
m o s. ¿P ero a c a so es un erro r que u n a ética co n te n g a
401
H A N S JO N A S
26 de enero de 1945
[N° 134]
A m a d a , h o y q u isie ra se g u ir c o n lo s p la n te a m ie n to s de
la c a rta 1 2 0 .
C o m o v im o s, to d o ser es sin gu lar. S u m in istra c o n te
n id o a la in tu ició n y es - e n y p a r a s í - d ig n o de ser in
tu id o . P ero a q u í irru m p e el fe n ó m en o de la m a g n itu d
y de la su p e ra b u n d a n c ia . L a s u n id a d e s elem en tales del
ser se en cu en tran en la m a g n itu d , m u y p o r d e b a jo de
n u e stra se n sib ilid a d y, en e sta m e d id a , n o p u e d e n ser
n u n ca un o b je to in m e d iato . A l m ism o tie m p o so n tan
a b u n d a n te s qu e ni siq u ie ra p o d r ía m o s d eten ern o s en
c a d a u n a. P o r a m b o s m o tiv o s n o p o d e m o s o b se rv a r su
c o m p o rta m ie n to si n o es en m a s a . E s decir, q u e só lo
p e rc ib im o s su acció n re cíp ro ca e x te rn a de un m o d o e s
402
CARTAS FORM ATI VAS A LORE JO N AS
403
H A N S JO N A S
404
CARTAS FORMATIVAS A LORE JO N AS
su c a rá c te r in a g o ta b le , qu e e stá b a s a d o en la in fin id ad
de a sp e c to s de c u a lq u ie r o b je to sen sib le y en la s a g r u
p a cio n e s, típ ica s y ú n icas a un tie m p o , de la g ra n v a
rie d a d de su s p a rte s, v a ria b le en lo s lím ites de lo típ i
co . En la so le d a d del á rb o l e sa in d iv id u a lid a d es fácil
de ver, y en la p ercep ció n le re co n o ce m o s sig n ifica d o
p ro p io . El b o sq u e h ace q u e ésta se o lv id e, de m a n e ra
qu e el d ich o “ ta n to á rb o l n o d e ja ver el b o s q u e ” d e b e
ría r e z a r en r e a lid a d “ ta n to b o s q u e n o d e ja v er el
á r b o l” . L a v a rie d a d de p a rte s del á rb o l, al q u e p e rc ib i
m o s en su in d iv id u a lid a d ín te g r a , v u e lv e n a se r la s
h o ja s de un to d o u n ifo rm e qu e co n trib u y e a la c o n s
tru cció n de ese to d o p articu lar, n o en su u n id a d , sin o
en su c u a n tía . P ero la h o ja in d iv id u a l en sí, en su
fo rm a , en su color, en el h ech o de qu e se a v e te a d a , es
un p e q u e ñ o c o s m o s se n sib le y un to d o fo r m a d o p o r
m u ch as p a rte s. Y p o d ría m o s se gu ir in fin itam en te. E so
a p o y a la tesis: to d o o b je to de n u e stra ate n ció n en el
m u n d o de la s a g r u p a c io n e s - c o m o p a r te de a lg o
m a y o r y c o m o to d o de a lg o m e n o r -, c o m o a q u e llo que
even tualm en te es p a rtic u la r y su stan cialm e n te a c e n tu a
d o (o in te g ra d o ), se en cu en tra entre lo s d o s h o rizo n tes
de la so m b ra p ro y e c ta d a so b re lo gen eral: h a cia a rr i
b a , el h o riz o n te d el g r u p o q u e lo a b a r c a to d o , q u e
d esd e el á n g u lo ju stam e n te a v ista d o d esd e lo p a rtic u
lar n o ap a re c e c o m o in d iv id u o , sin o c o m o un e sp a c io
ab ie rto de m u ltitu d es in d iferen tes, qu e se e x p a n d e en
un m a rc o del ser c a d a vez m a y o r; h a cia a b a jo , el h o ri
zon te de su s p a rte s ú n icas y c o n stitu tiv a s, qu e u n a vez
m á s no c o m p are ce n p o r sí m ism a s, sin o c o m o m ate ria
de c o n s tr u c c ió n u n ifo r m e y g e n e r a l, a v a n z a n d o en
su b d iv isio n e s c a d a vez m en o res. E sta in te g ració n de lo
in d iv id u al a p a rtir de la s d o s d im en sio n es de lo gen eral
es en g ra n p a rte (cu a n d o n o só lo , c o m o v ere m o s m á s
ad elan te) u n a fu n ción de n u e stra ate n ció n m o rfo ló gi-
405
H A N S JO N A S
406
CARTAS FORM ATI VAS A LORE JO N AS
m a rn o s a la s m a s a s en o rm es de a q u e l m u n d o , c o m o a
la s m a s a s in fin itesim ales del m ic ro sc ó p ic o . N u e v a m e n
te, c a si c o m o en el m u n d o a tó m ic o , p re scin d im o s de la
ap reh e n sió n de lo p articu lar, re n u n c iam o s a la in d iv i
d u a c ió n y n o s co n te n ta m o s con la m e cán ica de m a s a s,
el re su lta d o e x te rn o y e stá tic o de la in teg ració n de la
ley de lo s g r a n d e s n ú m e r o s , h a b la n d o de e s tr e lla s
c o m o si se tr a ta ra de m o ta s de p o lv o , v a m o s, de á to
m o s. T am b ién a q u í vuelve a ser v á lid o : si tu v ié ra m o s
su fic ie n te p e r c e p tib ilid a d y tie m p o p a r a e s tu d ia r la
v id a de u n o so lo de e so s so le s, p o d ría m o s p en etrar en
su in terior y, a trav é s de n u e stro s m e d io s, p o d ría m o s
re p re se n tarn o s su s p ro c e so s y su d in á m ica ; p r o b a b le
m ente en la c o m p re n sió n de una so la estrella en to d a s
la s fa se s de su ex iste n cia y en su s leyes in tern as (a la s
qu e c o o p e ra el u n iv erso en tero de estre llas co e x iste n te s
c o m p a re c ie n d o , p o r ta n to , tam b ién ) h a b ría m o s h a lla
d o la clave del m isterio de to d a s la s c o sa s. Y a n o n ece
sita ría m o s recu rrir a la d e sn a tu ra liz a c ió n de la ley de
lo s g ra n d e s n ú m ero s. Pero ni en un c a so ni en el o tro
p o d e m o s. N o o b sta n te , la c o m b in a c ió n de a m b o s m é
to d o s c u a n tita tiv o s en lo s lím ites e n c o n tra d o s de la e x
p a n sió n del ser, el su p re m o y el in ferior, c a d a u n o a su
m o d o , debe re n u n ciar a la o b je tiv a c ió n de su s u n id a
des. L a c o m b in a ció n , p u e s, de la física a tó m ic a y la a s
tro físic a n o s d e p a ra u n a p en etració n in e sp e ra d a en la
“ v id a ” de la s estre llas y co n fiere p o r fin a la su p erficie
de la c u an tific ació n a stro n ó m ic a su relieve p ro fu n d o y
re co n o cib le . D e este m o d o u n a c o m p re n sió n g en e ral
del ser co m p le m en ta a la o tra , p e ro a m b a s, c a d a u n a
p o r su cu e n ta, p erm an ecen en el rein o de lo e stric ta
m en te c u a n tita tiv o , de lo d e s p r o v is to de c u a lid a d y
m eram en te cu a n tific a b le . C o m o o b je to c u a lita tiv o de
in tu ición só lo n o s re sta el cen telleo m ú ltip le del cielo
e stre llad o de la n oche.
407
H A N S JO N A S
E n tre e so s d o s e x tre m o s, el m ic ro c o sm o s y el m a
c ro c o sm o s, en un p e q u e ñ o corte en la in d ife ren cia del
ser sin n ú m ero , e stá el m u n d o de la s fo r m a s te rre stres,
el rein o de nuestra v e rd a d e ra in tu ició n , el ser au té n ti
cam en te m o rfo ló g ic o .
C o n t in u a r á m u y p r o n t o . Te e n v ío u n m illó n de
b e so s. C o n am or, siem p re tu y o ,
H ans
VI
III
408
CARTAS FORMATIVAS A LORE JO N AS
409
H A N S JO N A S
c ia de la n a tu ra le z a a c o m p a ñ a d a p o r la se n sib ilid a d
de lo s seres p e rc e p tiv o s.) T o d o e so e stá lleno de in d iv i
d u a lid a d .
S in e m b a r g o e s a in d iv id u a lid a d n o lo es p a r a sí
m ism a , sin o p a r a un o b se rv ad o r. M á s a rrib a d ecía qu e
la “ in te g ració n de lo in d iv id u al a p a rtir de lo g e n e ra l”
es - e n g ra n p a r te - u n a fu n ció n de la aten ció n m o r fo ló
g ica . E so p u e d e ser a p lic a d o a c u a lq u ie r in d iv id u a lid a d
m o rfo ló g ic a (d ife ren ciació n de la fo rm a ). A la diferen-
c ia lid a d en c u a n to a tal to d a v ía n o p u ed e c o n sid e rá r
se la in d iv id u a lid a d . L a n a tu ra le z a inerte, rica en d ife
re n c ia s, só lo es el s u str a to de a q u é lla : la in te g ra ció n
a u té n tica en u n id a d e s in d iv id u ale s es o b ra del o b se r v a
dor, e m p e z a n d o p o r la p e rc e p c ió n se n sib le ; n o es un
a tr ib u to de la c o s a , ni un factor de su ser o devenir,
sin o só lo el re su lta d o de u n a m ir a d a de su e v e n tu ali
d a d m a te ria l, fru to del c o n ta c to (au n q u e en lo s c r is ta
les la n a tu ra le z a se ac e rc a a la d iv iso ria co n la s fo r m a s
u n ita r ia s a u to p e r p e tr a d a s ). E n o tr a s p a la b r a s : h a s ta
a q u í n o s h em o s c e n tra d o en el co n c e p to fe n o m en o ló -
g ico de in d iv id u o (in tegració n m e d ian te el su je to ). L a
m ir a d a d ife re n c ia d o ra de un o b se rv a d o r es p a r a él u na
lim itació n esen cial.
Pero a h o ra irru m p e en el re in o de la n a tu ra le z a a lg o
n u e v o , co n lo qu e la c a su a lid a d u n iv ersal de lo terren o
a lc a n z a r á su c ú sp id e m á s in so sp e c h a d a : u n id ad es
m a te ria , qu e n o so n u n id a d e s en la m u ltip licid a d gr¿ -
c ia s a la o b se rv a c ió n , sin o p o r sí m ism a s; c o s a s, c u y o s
se r-co sa y se r-eso d e p e n d e n de y so n c o n tin u a m e n te
m a n te n id o s p o r ellas (entelecheia); fo r m a s qu e n o so n
re su lta d o sin o c a u sa (arche) de un a g lo m e ra d o m aterial
d e te rm in a d o ; u n id a d q u e se p o n e a sí m ism a ; fo r m a
q u e se in te g ra a sí m ism a : o r g a n is m o s v iv o s. N o es
sin o e sta autointegración de la v id a en su s p o r ta d o r e s
in d iv id u ale s lo q u e te stim o n ia el co n c e p to ontológico
410
CARTAS FORMATIVAS A LORE JO N AS
i in d iv id u o fre n te a l m e ra m e n te fe n o m e n o ló g ic o .
T o d o ser vivo c o m o u n id ad a u to c e n tra d a , cu y o ser es
su p ro p ia fu n ció n , es segú n su esen cia o rig in a ria , en y
p a ra sí, in d iv id u o , y n o según la fo rm a resu ltan te. E s
in d iv id u o en se n tid o o n to ló g ic o y n o só lo fe n o m e n o ló
gico . L o qu e sign ifica qu e fue la v id a la p rim e ra en in
tro d u cir indivi aalii a d e s en el c o sm o s; q u e a) sólo lo s
seres v iv o s so n a u té n tic o s in d iv id u o s y qu e b) todoi
lo s seres v iv o s so n c o m o tale s in d iv id u o s.
C o m o si q u isie ra d e m o stra r lo de m a n e ra sen sib le,
esa in d iv id u a lid a d o n to ló g ic a , el rein o de la v id a en el
d e sp lie g u e de su s fo r m a s , p r o p o r c io n a al m u n d o un
e x tra o rd in a rio en riqu ecim ien to en in d iv id u a lid a d m o r
fo ló g ic a : la v a r ie d a d de fig u r a s p re se n te s en la v id a
h ace so m b ra h a sta tal p u n to a la de la n a tu ra le z a in er
te, qu e en c o m p a ra c ió n só lo so m o s c a p a c e s de en co n
tr a r allí la s a u té n tic a s a rtic u la c io n e s y la riq u e z a e s
tr u c tu r a l de la s fo r m a s . Y m ie n tr a s la r iq u e z a
estru ctu ral tiene lu g a r en c a d a fo rm a de v id a p a rtic u
lar c o m o re su lta d o - y b a r ó m e tr o - de su in d iv id u a li
d a d o n to ló g ic a , la fa n tá stic a variedad de fo r m a s que
se revela en la s especies v iv as co n stitu y e u n a riqu eza
en “ in d iv id u a lid a d ” m o r fo ló g ic a de o rd e n in d ire c to ,
que su stitu y e al p o r ta d o r in d iv id u al p o r la especie. Es
a q u í d o n d e la p e r c e p c ió n m o r fo ló g ic a a d v ie rte c o n
m á s fu e rz a la d ife re n c ia c ió n p r o p ia de la v id a , y le
b a s ta con ap reh e n d e r la s d eterm in acio n e s c a ra c te rísti
c a s de c a d a especie: el in d iv id u o o n to ló g ic o c o m o tal
n o se m u e stra a la m ir a d a , e sp e cia lm e n te c u a n d o la
p e q u e ñ e z y la s u p e r a b u n d a n c ia so n s o m e tid a s a la
ig u a la ció n de la ley de los g ra n d e s n ú m ero s en a r a s de
la o b se rv a ció n . Si p e n sa m o s qu e ex isten u n a s cin cu en
ta m il cla se s d istin ta s de h o rm ig a s y que la s qu e son
so c ia le s están o rg a n iz a d a s en c o m u n id a d e s de m illares,
a veces in clu so de cien to s de m iles de in d iv id u o s; que
H A N S JO N A S
412
CARTAS FORMATIVAS A LORE JONAS
413
H A N S JO N A S
zan de un m o d o a b isa l. N o só lo es qu e co n la v id a se
in tro d u z ca p o r p rim e ra vez en el c o sm o s la in d iv id u a
lid a d o n to ló g ic a ; y n o só lo qu e é sta in crem en te r a z o
n ab le m en te el te so ro fo rm a l de p o sib le s in d iv id u a lid a
d es fe n o m e n o ló g ic a s: tam b ié n es a q u e llo para lo qu e
la fe n o m e n o lo g ía , y co n ella la in d iv id u a lid a d fen om e-
n o ló g ic a , ex iste . Se p o d ría d e m o stra r con rig o r q u e la
p ercep ció n de la in d iv id u a lid a d en lo s seres v iv o s e stá
re la c io n a d a fu n d a m e n ta lm e n te , y p o r lo ta n to d e sd e
lo s in icio s m á s re m o to s, c o n el h ech o p r im o r d ia l de
q u e el ser vivo qua ser v iv o es individuo o n to ló g ic o .
Sin a n a liz a r el ra z o n a m ie n to de un m o d o m á s d eten i
d o , se ñ a la re m o s lo sigu ien te: qu e la u n id a d au to ce n -
tr a d a del en te v iv o es la c o n d ic ió n de su “ se r- é ste ”
c u a n d o recib e e stím u lo s e x te rio re s, es decir, de su c o n
c e n tració n frente a u n id a d e s e x p u ls a d a s del h o rizo n te
d ifu so de la m a te ria u n iv ersal qu e a c tú a en to d a s p a r
tes (o de la s e n e rgías u n iv ersale s). A lg o a sí c o m o qu e
el e stím u lo d ifu so de la su p erficie se n sitiv a del c o m p le
jo v ital alcan ce el cen tro y allí, en u n a esp ecie de re
fra c c ió n , se u n a a u n a d e n sid a d a n á lo g a q u e , en un
a n á lisis ú ltim o , n o es o tra c o s a qu e u n a p ro y e cció n o
re flejo de la a u to c e n tra lid a d del e so sin tien te. E so es
ley u n iv ersal en el se n tid o de qu e el g r a d o de d istin
ció n y c o se id a d de la s p re sio n e s del m u n d o e x te rio r es
p ro p o rc io n a l al d e sa rro llo de la m ism id a d cen tral qu e
el su je to de u n a o b je tiv id a d ta l d ebe poseer. M á s allá
de la la rg a e sca la g ra d u a l de lo s a n im ale s d o ta d o s de
lib e rta d de m o v im ie n to y se n tid o s e sp e c ia le s (a m b o s
a t r ib u t o s s e ñ a la n la c o r r e la c ió n de la s d o s f a c e ta s :
m a y o r c o n fig u ra c ió n de la m ism id a d - m a y o r d istin
ció n de la p e rce p ció n ; o: m á s in d iv id u a lid a d = m á s in
d iv id u a ció n de la o b je tiv id a d ), esa c o rre la ció n co n d u ce
en el e sp íritu h u m a n o , c o m o la m á s p e rfe cta r e a liz a
ció n de la in d iv id u a lid a d o n to ló g ic a h a sta a h o ra , a lo
414
CARTAS FORMATIVAS A LORE JONAS
415
Apéndice
N otas
41 9
HANS JO N AS
42.O
NOTAS
421
HANS JON AS
422
N OTAS
verse a convertir en un pueblo respetado. Oh, cuando evoco mis sueños de niñez,
mi idea preferida es capitanear a los judíos, con el arma en la mano, para llevarles
a la independencia”.
31 Cf. Sigmund Freud, D ie Traum deutung (Studienausgabe, vol. II), Francfort del
Meno, 1972, pp. 207 y sig.: “Cuando [...] empecé a comprender el alcance de la
pertenencia a una raza ajena a la nación y, ante los sentimientos antisemitas entre
los compañeros de clase, exigí que tomaran posición, la figura del general semita
aparecía más grandiosa a mis ojos”. A la vista del relato de supadre sobre uninci
dente antisemita ante el que reaccionó serenamente, Freud escribe acerca de sus
sentimientos cuando era niño: “Oponía a esa situación, que no me satisfacía, otra
más acorde a mi sentir, la escena en la que el padre de Aníbal, Amílcar Barca, hace
jurar a su hijo en el altar de su casa que se vengará de los romanos. Desde ese
momento Aníbal ocupó un lugar en mis fantasías”, [trad, castellana: L a interpre
tación de los su eñ os , 2 vols., en Sigmund Freud, O b ras C om p letas, Amorrortu,
Buenos Aires, 1979, vols. VII y VIII].
426
NOTAS
427
HANS JON AS
6 Hans Jonas, “Ciencia como vivencia personal”, en id., M ás cerca del perverso
fin y otros d iálo g o s y en say os , trad, y ed. de Illana Giner, Los Libros de la Catarata,
Madrid, 2001, pp. 139 y sig.
7 Cf. la carta de recomendación en Martin Heidegger, G esam tau sg ab e, vol. 16:
Reden un d andere Z eu gn isse eines Lebensw eges (1910-1976), Francfort del Meno,
2000, p. 89.
8 Cf. las aportaciones recogidas en Günther Anders, Ü ber H eidegger, ed. de
Gerhard Oberschlick, Munich, 2001.
9 Cf. Elisabeth Young-Bruehl, H an n ah A rendt, pp. 65 y sig.
xo Sobre el pensamiento político tardío de Arendt, entre otros, cf. Dana Villa,
Politics, Philosophy, Terror. E ssa y s on the Th ought o f H an n ah A rendt, Princeton,
1999.
1 1 Hannah Arendt, E l concepto de a m o r en San A gustín, Ediciones Encuentro,
Madrid, 2001 [1929]; Cf. Ronald Beiner, “Love and Worldliness: Hannah Arendt’s
Reading of Saint Augustine”, en Larry May/Jeome Kohn (eds.), H an n ah Arendt.
Twenty Years E ater, Cambridge, MA, 1997, pp. 269-284.
12 Max Weber, E tica protestan te y el espíritu del cap italism o, Península,
Barcelona, 1989 [1905],
13 Id., E n sa y o s de socio lo gía de la religión, 3 vols., Taurus, Madrid, 1987.
14 Cf. Hans Jonas, “Karl Mannheims Soziologie des Geistes”, en Schriften der
D eutschen G esellsch aft fü r Soziologie 1 (1929), pp. 111-114.
15 Cf. Reinhart Blomert, Intellektuelle im Aufbruch. K arl M annheim , A lfred
Weber, N o rb ert E lia s un d die H eidelberger Sozialw issensch aften der Zwischen-
kriegszeit, Munich, 1999.
16 Briefw ech sel zw ischen Wilhelm D ilthey un d dem G rafen P au l Yorck von
W artenburg 1 8 7 7 -1 8 9 7 , Halle, 1923. Cf. Karlfried Gründer, Z u r P hilosophie des
G rafen P a u l Yorck von W artenburg. A spekte un d neue Q uellen, Gotinga, 1970.
17 Cf. Marion Yorck von Wartenburg, D ie Starke der Stille. E rzáh lu ng eines
Leben s a u s dem deutschen W iderstand, Munich, 1995.
428
NOTAS
4 Cf. capítulo 8 .
5 Cf. Marion Kaplan, D er M u t zum Ü berleben, pp. 187-208.
6 Sobre la problemática de la violencia judío-árabe y el papel de los ingleses, cf.
Anita Aspira, L a n d an d Power. The Z io n ist R esort to Force, 1 8 8 1 -1 9 4 8 , Oxford,
1992.
7 Cf. Yaacov Shavit, Jab o tin sk y an d the R evisionist M ovem ent 1 9 2 5 -1 9 4 8 ,
Londres, 1988; JosephB. Schechtman, The L ife an d Times o f V ladim ir Jab o tin sk y ,
Silver Spring, 1986.
8 Nos referimos a Richard Lichtheim, D a s P rogram m des Z io nism u s, Berlin,
1911. Sobre Lichtheimy el revisionismo del sionismo alemán, cf. id., R evision der
zionistischen Politik, Berlin, 1930.
9 Cf. Richard Lichtheim, Rückkehr. Lebenserinnerungen au s der Friihzeit des
deutschen Z ionism u s, Stuttgart, 1970 (sobre Turquía, cf. pp. 215-334).
10 Sobre sus estudios en torno al marxismo, cf. George Lichtheim, L o s orígenes
del socialism o, Anagrama, Barcelona, 1970; id., Breve h istoria del socialism o,
Altaya, Barcelona, 1998.
n Cf. Miriam Lichtheim, Ancient E gyptain L iterature. A B o o k o f R eadings,
Berkeley, 1973; id., M o ral Values in Ancient E gypt, Friburgo, 1997.
12 Cf. Ruth Bondy, “Der Dornenweg deutscher Zionisten in der Politik. Felix
Rosenbliiht inTel Aviv”, en M enora 9 (1998), pp. 297-314.
13 Cf. Eli Shai, “Samuel Hugo Bergman. A Partial Portrait”, enA riel 5 7 (1984),
pp. 25-36; William Kluback, C o u rag eo u s U niversality. The Work o f Sam u el
H u g o B ergm an , Atlanta, 1992; Hugo S. Bergman, Ja w n e un d Jeru salem .
G esam m elte A u fsatze, Kdnigstein, 1981; id., T agebiicher und B riefe, 2 vols.,
Kónigstein, 1985.
14 Carl Schmidt, Ein M ani-Fund in Á gypten. O riginalschriften des M an i und sei
ner Schiiler, Berlin, 1933.
15 Cf. Hans Jakob Polotsky, M anichaische H andschriften der Sam m lung A.
Chester Beatty, vol. 1 (Manichaische Homilien), 1934; id., “Manicháismus”, en
August F. Paul/Geir Wissowa (eds.), R e al-E n c y c lo p a d ie d er klassisch en
A ltertum sw issenschaft, supl. VI, Stuttgart, 1935, pp. 240-271. Cf. Marcel Erdal,
“Hans Jakob Polotsky (1905-1991). An Appreciation”, en M editerranean Review
8 (1994), p . 19.
1 6 Jonas estaba, com o él mismo afirma el 25 de junio de 1938 en una carta diri
gida a GershomScholem, muy impresionado, tanto personal como filosóficamente,
por Martin Buber: “La conferencia de Buber ha sido brillante, una delicia tanto en
el contenido como en la forma. El hombre como tal también me ha dejado impre
sionado, más de lo que podía imaginarme desde la distancia, precisamente porque
hasta ahora sólo le conocía por sus comparecencias públicas, cosa que siempre
tiene una cierta ambigüedad, mientras que en la conversación totalmente privada,
el uno frente al otro, todo lo superfluo desaparece y destacan sencillamente sus
extraordinarias y positivas cualidades. Estoy sorprendido de la evolución mental
de este hombre entrado en los sesenta, por no hablar de la asombrosa envergadu
ra de susaber. Posee fuerza y profundidad filosóficas. Además he encontrado enél
a un promotor realmente activo con cuya disposición a interceder por mí puedo
contar” (NachlaS GershomScholem, JNUL, 4o1599).
17 Oswald Spengler, L a decadencia de O ccidente. B o sq u ejo de una m orfo lo gía de
la H istoria U niversal, 2 vols., Espasa Calpe, Madrid, 1998 [1918-23).
429
HANS JON AS
430
N OTAS
oído hablar del “martes sangriento”; uno de estos hechos sangrientos aconteció
justo debajo de mi ventana, a las 05:30 h de la madrugada, al cabo de unsegundo
estaba en la ventana y a los dos, fuera, donde tomé entre mis brazos a un árabe
herido de muerte y le arrastré hasta la Hadassa. Le aseguro que es difícil imagi
narse algo más terrible” (Nachlal? GershomScholem, JN U L , 4° 1599)
2 A pesar de su implicación en la autodefensa judía, Jonas era miembro, como
otros amigos suyos de Jerusalén, entre ellos GershomScholem, de un grupo paci
fista que defendía la posibilidad de llegar a uncompromiso con los árabes, el Birth
Schalom. Sobre esta organización y su origen judío-alemán, cf. Hagit Vavsky,
“German Zionists and the Emergence of Birth Shalom”, enJehuda Reinharz/Anita
Shapira (eds.), E ssen tial P apers on Z io n ism , Nueva York, 1996, pp. 648-670;
Shalom Ratzabi, Between Z ionism an d Ju d aism . The R ad ical Circle in Birth
Shalom , 1 9 2 5 -1 9 3 3 , Leiden, 2002.
3 Cf. el epistolario de GershomScholemcon su madre, en el que los envíos de
chocolate y mazapán de Alemania a Jerusalén juegan un papel nada desdeñable:
Betty Scholem - G ershom Scholem . M u tter un d Sohn im Briefw echsel 1 9 1 7 -1 9 4 6 ,
ed. de Itta Shedletzky, en col. con Thomas Sparr, Munich, 1989.
4 Hans Jonas, “The Nobility of Sight. A Study in the Phenomenology of the
Senses”, en Philosophy an d Phenom enologic R esearch 14 (1953/54), pp. 507-519
[encastellano, bajo el título “La nobleza de la vista. Una investigación de fenome
nología de los sentidos”, en id., E l principio vida. H acia una biología filosófica,
trad, de José Mardomingo, Trotta, Madrid, 2000, pp. 191-216].
5 Cf. Lore Jonas, “Mein Vater Siegfried Weiner (1886-1963)”, en Regenshurger
A lm anach 1 9 8 9 , p. 49.
431
HANS JO N AS
z Entre ellas numerosas figuras importantes del sionismo alemán como Gershom
Scholem, Sally Hirsch, Benno Cohn, Alfred Berger, Georg Landauer, Walter Gross,
Max Kreutzberger, Robert Weltsch y Moshe Smoira.
3 Cf. Elias Gilner, War a n d H ope. A H istory o f the Jew ish L egion , Nueva York,
1969; Matityahu Mintz, “Pinchas Rutenberg and the Establishment of the Jewish
Legion in 1914”, en Studies in Z io n ism 6 (1985), pp. 15-26.
4 Sobre la política de los británicos en Palestina durante la guerra, cf. Bernard
Wasserstein, B ritain a n d the Je w s o f E u rop e, 1 9 3 9 -1 9 4 5 , Oxford, 1979; Ronald
W. Zweig, B ritain a n d Palestine D u rin g the Secon d W orld War, Londres, 1986.
5 Sobre los motivos de dichos emigrantes, cf. Yoav Gelber, “Central European
Jews fromPalestine in the British Forces”, en L eo B aeck Institute Year B o o k 35
(1990), pp. 321-332: era decisivo el anhelo de “estar entre los liberadores de los
supervivientes”.
6 Michael Evenari, U nd die E rd e trage Frucht. E in Lebensbericht, Gerlingen,
1987.
7 Sobre los antecedentes y la historia de la creación del Jew ish B rigad e G rou p,
cf. Yoav Gelber, V oluntarios ju d ío s del ejército británico durante la II G uerra
M u n d ial [hebr.], vol. 1 (Alistamiento voluntario y su papel en la política sionista
de 1939-1942), Jerusalén, 1979; vol. 2 (La lucha por un ejército judío), Jerusalén,
1981. Acerca de la historia de la Brigada, cf. Morris Beckman, The Jew ish B rigade.
A n A rm y with Two M asters 1 9 4 4 -4 5 , Staplehurst, 1998, en cuanto al papel de
Churchill en el cambio de percepción en Gran Bretaña, especialmente, pp. 42-50.
8 Sobre Enzo Serení y la evolución de su pensamiento, cf. Ruth Bondy, The
E m issary : A L ife o f E nzo Serení, Boston, 1977; Evelyn Wilcock, Pacifism an d the
Je w s, Gloucestershire, 1994, pp. 61-71.
9 Las “cartas formativas” de Hans Jonas del año 1944 se han incluido como
capítulo 14.
10 En una carta dirigida a GershomScholem, Lore Jonas escribía el 12 de marzo
de 1945 sobre sumarido: “Por lo demás está bien. Está cerca de Roma. Cada ocho
días puede ir allí y está entusiasmado. Sus cartas (entre otras cosas) son verdade
ros himnos a Miguel Ángel, por una parte, y al Q u attro cen to, por otra. ¿No era
usted quien en una ocasión tachó su interés por el arte de claro sibaritismo? Creo
que ahora se lo tiene bienmerecido, ¿no cree?”. (NachlaE GershomScholem, JNUL
4o1599).
11 En el último discurso que pronunció, con motivo de la concesión del Premio
Nonino, el 30 de enero de 1993 en Udino, Jonas evocó sus experiencias en Italia y
señaló que esas historias le habían acompañado durante toda su vida “como un
bien sagrado que me hubiera sido encomendado”. Cf. Hans Jonas, “Rassismus im
Lichte der Menschheitsbedrohung”, en Dietrich Bóhler (ed.), Ethik fü r die
Z ukun ft. Im D isk u rs m it H an s Jo n a s, Múnich, 1994, pp. 21-29, cita: p. 23.
432
N OTAS
433
HANS JO N A S
434
NOTAS
435
HANS JO N AS
437
HANS JO N AS
438
NOTAS
3 3 Sobre las razones de fondo de la ruptura ulterior entre ambos pensadores, cf.
Thomas H. Macho, “Zur Frage nach demPreis des Messianismus. Der intelektue-
lle Bruch zwischen GershomScholemundJacob Taubes ais Erinnerung ungelóster
Probleme des Messianismus”, en Stéphane Moses/Sigrid Weigel (eds.), G ershom
Scholem - L iteratu r und R hetorik, Colonia, 2000, pp. 133-152.
3 4 Jacob Taubes, A bendlándische E sch atologie, B erna, 1947, cf. Richard Faber
(ed.), A bendlándische E sch atologie: a d Taubes, Würzburg, 2001.
35 Philip Rief, Freud: la m ente de un m oralista, Paidós, Buenos Aires, 1966.
36 Hans Jonas, The G n ostic R eligion: The M essage o f the Alien G o d an d the
Beginnings o f C hristianity, Boston, 1958 [en alemán: G n osis. D ie B o tsch aft des
frem den G ottes, Francfort del Meno, 1999; en castellano: L a religión gn óstica. E l
m ensaje del D io s E x trañ o y los inicios del cristian ism o, trad, de Angela
Ackermann, Siruela, Madrid, 2000].
37 Cf., entre otros, Jay MacPherson, O E arth R eturn, Toronto, 1954; id., The
B oatm an , Oxford, 1957; id., W elcoming D esaster, Toronto, 1974; cf. W eir
Lorraine, Ja y M acPh erson an d her Works, Toronto, 1989/90.
38 Northrop Frye, Fearful Sym m etry: A Study o f W illiam B lake, Princeton, 1947.
439
HANS JO N A S
5 Cf. Hans Jonas, “Aron Gurwitsch”, en S o cial R esearch 40 (1973), pp. 567-
569.
6 El Committee on Social Thought, fundado en 1941, entre otros, por el histo
riador John U. Nef (1899-1988), es un instituto interdisciplinario de Ciencias del
Espíritu de la Universidad de Chicago, en el que trabajan en colaboración filóso
fos, historiadores, filólogos y estudiosos de la literatura, sociólogos, politólogos y
especialistas en religión.
7 Por desgracia, Jonas renuncia enla conversación arelatarnos la interesante his
toria de sus actividades enla New School. Para una presentación panorámica de la
historia de laNew School, cf. Peter M. Rutkoff, N ew School. A H isto ry o f the N ew
Sch ool fo r So cial R esearch, Nueva York, 1986; Claus-Dieter Krohn, W issenschaft
im E xil. D eu tsche Sozial- u n d W irtschaftsw issenschaftler in den USA u n d der N ew
S ch ool fo r So cial R esearch, Francfort del Meno, 1987.
8 El B u n d era un movimiento que apelaba a la integración de los judíos en una
sociedad socialista, conservando su autonomía cultural; cf. Zvi A. Gitelman, “A
Centenary of Jewish Politics in Eastern Europe. The Legacy of the Bund and the
Zionist Movements”, en E a st E u rop ean Politics an d Societies 11 (1997), pp. 543-
559.
9 Cf. Viktor Sarris, “Reflexionen über den Gestaltpsychologen Max Wertheimer
und sein Werk: Vergessenes und wieder Erinnertes”, en Marianne Hassler/Jiirgen
Wertheimer (eds.), D e r E x o d u s au s N azid eu tsch lan d u n d die Folgen. Jiid isch e
W issenschaftler im E x il, Tubinga, 1997, pp. 177-190.
10 Sobre la actividad de Magnus, cf. WilliamAbikoff, The M ath em atical L egacy
o f Wilhelm M agnus. G rou p s, G eom etry an d Special Functions, Providence, 1994.
11 Cf. Claus-Dieter Krohn, D ie ph ilosoph isch e Ó konom ie. Z u r intellektuellen
B iograph ie A d olph L ow es, Marburgo, 1996.
12 Sobre Stern, cf. Werner Deutsch, “ImMittelpunkt die Person: Der Psychologe
und Philosoph William Stern (1871-1938)”, en Marianne Hassler/Jiirgen
Wertheimer (eds.), D er E x o d u s au s N azid eu tsch lan d und die Folgen, pp. 73-90.
13 Hannah Arendt, R ah el Varnhagen h istoria de un a ju d ía alem an a, Lumen,
Barcelona, 2000.
14 Cf. Eva Michaelis-Stern, “Zu Henrietta Szolds 25. Todestag”, en D a s N eue
Israel 33 (1980), pp. 288-291; sobre la Alija juvenil, cf. Yoav Gelber, “The Origins
of Youth Aliya”, en Studies in Z io n ism 9 (1988), pp. 147-171, y Sara Kadosh,
“Youth Aliya Policies and the Rescue of Children from Europe 1939-1942”, en
Twelfth W orld C on gress o f Jew ish Studies, Jerusalén, 2001, pp. 95-103.
15 Cf. BerndNeumann, H an n ah A rendt und Heinrich Bliicher. Ein deutsch-jiidis-
ches G esprach , Berlin, 1988.
16 Por ejemplo, Günther Stern, “On the Pseudo-Concreteness of Heidegger’s
Philosophy”, en P h ilosophy an d P henom enological R esearch 3 (1948), pp. 337 y
sig. Cf. la bibliografía enKonrad Paul Liessmann, G ünther A nders, Munich, 2002,
pp. 203-207. Sobre la biografía y la filosofía de Anders, cf. también, entre otros,
Gabriele Althaus, Leben zw ischen Sein un d N ichts. D rei Studien zu G ünther
A nders, Berlin, 1989; Margret Lohmann, Philosophieren in der E ndzeit. Z u r
G egen w artsan alyse von G ünther A nders, Munich, 1996.
17 Cf. Konrad Paul Liessmann, G ünther A nders, pp. 53-78; Günther Anders, D ie
A ntiquirtheit des M enschen. Ü ber die Seele im Z eitalter der zweiten industriellen
R evolution, vol. 1, Munich 1956; cf. Helmut Hildebrandt, W eltzustand Technik.
44O
NOTAS
441
HANS JO N AS
(y sin ningún éxito) su visión del problema judío en su último libro, The O rigins
o f Totalitarism , muy ingenioso,pero no por ello apropiado” (NachlaS Gershom
Scholem, JNUL 4o1599).
27 Robert Weltsch, T ragt ihn m it Stolz, del gelben Fleck. E ine A ufsatzreihe der
“Jü d isch en R u n d sc h a u ” zu r L a g e der deutschen Ju d en , Nórdlingen, 1988. Sobre
Weltsch, cf. Herbert A. Strauss, “Zum zeitgeschichtlichen Hintergrund zionistis-
cher Kulturkritik. Scholem, Weltsch und die Jüdische Rundschau”, en Peter
Freimark/Alice Jankowsky (eds.), Ju d e n in D eu tsch lan d . E m an z ip a tio n ,
Integration, V erfolgung un d Vernichtung , Hamburgo, 1991, pp. 375-389.
28 Hannah Arendt, Los orígenes del totalitarism o , p. 42.
29 Sobre el papel histórico de Eichmann, cf. Hans Safrian, Eichm ann un d seine
G ehilfen, Francfort, 1997.
3 0 Acerca de la correspondencia entre Scholemy Arendt en torno al libro sobre
11 . El adiós a Heidegger
442
NOTAS
443
HANS JON AS
444
N OTAS
445
HANS JO N A S
1987, pp. 32-46 [en castellano: “Técnica, libertad y deber. Discurso de agradeci
miento con motivo de la concesión del Premio de la Paz otorgado por el mundo
editorial alemán (1987)”, enM ás cerca del perverso fin y o tros d iálog os y en say o s,
trad, y ed. de Illana Giner, Los Libros de la Catarata, Madrid, 2001, pp. 121-132].
Z3 Se ha tomado la traducción de José María Valverde: J. W. Goethe, F au sto,
Planeta, Barcelona, 1990, p. 339.
2 4 Jonas desarrollaría y precisaría am bos aspectos -su escepticismo hacia el poder
de la democracia de masas para implantar una ética de la renuncia, así como sucrí
tica contra el pensamiento utópico de Ernst Bloch- en diálogos posteriores: cf.
“Revoke wider die Weltflucht. Reden und Gespráche” ed. por Christian Wiese,
Munich, 2000 (cf. conversación con el filósofo Hans Jonas, interlocutor: Ingo
Hermann).
25 Marco Aurelio, M editaciones, introd. de Carlos García Gual, trad, y notas de
Ramón Bach Pellicer, Gredos, Madrid, 2000.
26 Immanuel Kant, Z u m ewigen Frieden, en id., Werke in sechs Ban den , vol VI,
Darmstadt, 1983, p. 195 [trad, castellana: P o r la p a z perpetu a, Espasa-Calpe,
Madrid, 1969].
27 Cf. Gonzalo Portales, H egels frühe Idee der Philosophie. Z u m Verhaltnis von
Politik, R eligion, G eschichte un d Philosophie in seinen M an uskripten von 1 7 8 5 bis
1 8 0 0 , Stuttgart/Bad Cannstatt, 1994.
28 Cf. Hans Jonas, E l principio de respo n sabilid ad , pp. 198-215; 237-290.
29 Cf. la reflexión de Jonas sobre los efectos demoledores del despotismo, ibíd.,
pp. 273 y sig.
30 Ernst Bloch, E l principio de esperan za, Aguilar, Madrid, 1980. Cf. Hans Jonas,
E l principio de respo n sabilid ad , pp. 290-361 (capítulo 6 : “La crítica de la utopía
y la ética de la responsabilidad”). Cf. Horst Gronke, “Epoché der Utopie.
Verteidigung des ‘Prinzips Verantwortung’ gegen seine liberalenKritiker, seine kon-
servativen Bewunderer und Hans Jonas selbst”, en Dietrich Bóhler (ed.), Ethik fü r
die Z u ku n ft, pp. 407-427.
31 Sobre las causas de la repercusión, cf. Christian Schütze, “The Political and
Intellectual Influence of Hans Jonas”, en H astin gs Center R eport 25 (1995), num.
7 (boletín especial), pp. 40-44.
32 Entrevista con Karl Popper enD ie Welt 8.7.1987. Sobre la relaciónentreJonas
y Popper, cf. Walter Szostak, Teleologie des Lebendigen. Z u K arl P o ppers und
H a n s Jo n a s ’ P h ilosophie des G eistes, Francfort del Meno, 1997.
446
NOTAS
447
HANS JO N AS
1980, pp. 385 y sig. Sobre su relación con el judaismo, cf. id., “Mein Judentum”,
en Hans Jürgen Schulz, M ein Ju d en tu m , Stuttgart, 1978, pp. 58-76, y Evelyn
Adunka, “Günther Anders und das jüdische Erbe”, en Konrad Paul Liessmann
(ed.), G ünther A nders kontrovers, Munich, 1992, pp. 72-80.
448
Cronología
449
HANS JON AS
1933 Ascenso al poder de Hitler. A raíz del boicot antijudío, Jonas decide
abandonar Alemania. A finales de agosto, emigración a Londres y preparación de
la publicación de su obra sobre la Gnosis. Viajes a Holanda, a Suiza y a París,
para visitar a Hannah Arendt y Günther Stern.
1934 G n o sis un d sp atan tik er G eist. E rster Teil: D ie m ythologische G n o sis
sale publicado enVandenhoeck & Ruprecht, Gotinga.
1935 Coincidiendo con Pésaj, llegada a Palestina. Inicio de la amistad con
GershomScholem, Hans Lewy, Hans-Jakob Polotsky, George Lichtheimy Shmuel
Sambursky. Fundación del círculo Pilegesch.
1936 Visita de sus padres a Jerusalén durante Pésaj. Inicio de los levanta
mientos árabes contra el plan de asentamientos judío. Jonas se inscribe volunta
riamente a la organización de autodefensa Hagana.
1937 Coincidiendo con Purim, primer encuentro con Lore Weiner. Desde
otoño, estancia en la isla de Rodas y dedicación a la segunda parte del libro de la
Gnosis.
1938 En enero recibe la noticia de la muerte de su padre. Vuelta aJerusalén.
Tras el pogromo de noviembre, Rosa Jonas cede su certificado de inmigración a
su hijo Georg, prisionero en Dachau. La limitación de las inmigraciones judías
por parte de los británicos en 1939 se endurece, impidiendo que su madre aban
done Alemania. Pequeños contratos de docencia en la Universidad Hebrea. Tras
la muerte de Edmund Husserl, Jonas se encarga del discurso académico de ho
menaje.
1939 Inmediatamente después del estallido de la guerra, el 1 de septiembre,
Jonas formula su llamamiento a filas Unsere Teilnahm e an diesem K riege. Ein
Wort an jü disch e M an n er y se alista voluntario enel ejército británico.
1940 Formación en el campo de entrenamiento británico de Sarafant. Miem
bro de la First Palestine A nti-A ircraft B attery del ejército británico. En adelante,
misiones enHaifa para repeler ataques aéreos desde Damasco y Beirut.
1942 Deportación de su madre al gueto de Lodz y luego a Auschwitz, donde
es asesinada.
1943 Matrimonio con Lore Weiner enHaifa.
1944 Jonas se convierte en miembro del nuevoJew ish B rigad e G rou p. Adies
tramiento, entre otros lugares, en Alejandría. Desde entonces y hasta el final de la
guerra, misión en el sur de Italia. En esa época, “cartas formativas” a su esposa
sobre sus nuevos planteamientos filosóficos.
1945 En julio Jonas atraviesa Alemania con su unidad. Estacionamiento en
Venlo y visita a Mónchengladbach. No es hasta entonces que Jonas se entera del
asesinato de su madre. Viajes a Gotinga, Marburgo y Heidelberg. Reencuentro
con Karl Jaspers y Rudolf Bultmann. En noviembre, vuelta a Palestina.
1946 Instalación en el pueblo árabe Issawyje. Docente en la Universidad He
brea deJerusalény actividad docente en el English Council of Higher Studies.
1948 Declaración de independencia del Estado de Israel y estallido de la gue
rra. Traslado a Jerusalén, a la calle Alfasi. Jonas es requerido para el servicio
como oficial de Artillería del ejército israelí. Muerte del hermano de Lore, Franz,
en Yenín. Nacimiento de suhija Ayalah.
1949 Licénciamiento del ejército. Traslado a Canadá como becario de la
Lady-Davis-Foundation en la McGill University de Montreal. Docencia de Filoso
fía enel Dawson College.
450
CRONOLOGÍA
451
HANS JON AS
La bibliografía de las obras de Hans Jonas está basada en las indicaciones de las
siguientes bibliografías: Stuart F. Spicker (ed.), O rg an ism , M edicine, a n d M e
taphysics. E ssa y s in H o n o r o f H an s Jo n a s on his 75th Birthday, M ay 10, 19 7 8 ,
Dordrecht/Boston, 1978, pp. 317-324; Barbara Aland (ed.), G n osis. Festschrift
fiir H an s Jo n a s, Gotinga, 1978, pp. 508-514; Dietrich Bóhler (ed.), Ethik für die
Z ukunft. Im D isk u rs m it H an s Jo n a s, Munich, 1994, pp. 460-466 (para una lista
de las entrevistas concedidas por Hans Jonas, que aquí no se recoge, cf. pp. 465 y
sig.). Dado que los escritos de Jonas se han traducido a tantas lenguas que una re
lación completa resultaría demasiado amplia, las referencias se limitan a las edi
ciones alemanas e inglesas, recogiéndose también las traducciones existentes en
lengua castellana. De la bibliografía sobre Hans Jonas que elaboró el Dr. Bóhler
(pp. 467-476), se ha hecho una selección entre la infinidad de títulos (monografías,
volúmenes mixtos y ensayos mayores). Para una completa relación de pequeñas
aportaciones, recensiones sobre Hans Jonas y artículos de periódico, cf. también
la bibliografía del Dr. Bóhler. Las publicaciones posteriores a 1994 -sin pretensión
de ser exhaustivos- se han añadido.
453
HANS JO N A S
como vivencia personal” (1986), perteneciente al primero de los tres dicursos con
tenidos en la obra de Hans Jonas W issenschaft ais persónlich es E rlebnis. D rei
R eden, Gotinga, 1987).
Libros
454
BIBLIOG RAFÍA
455
HANS JO N AS
456
BIBLIOG RAFÍA
457
HANS JO N AS
28 (1968), pp. 27-39; edición definitiva ampliada enP h ilosoph ical E ssa y s, 1974].
“Contemporary Problems in Ethics froma Jewish Perspective” en C entral C on fe
rence o f A m erican R ab b is Jo u rn a l (January, 1968), pp. 27-39 [edición corregida
en CCAR Jo u rn a l A nth ology on Ju d aism an d E th ics, 1969; versión definitiva en
P h ilosoph ical E ssa y s, 1974],
“The Concept of God after Auschwitz” en Albert H. Friedlander (ed.), O u t o f the
W hirlwind, Nueva York, 1968, pp. 465-476 [también en O n Faith, R easo n an d
R espon sibility, 1978],
“Biological Foundation of Individuality” en In tern ation al P h ilosoph ical Q u aterly
8 (1968), pp. 231-251.
458
B IBLIO G RAFÍA
459
HANS JON AS
“ImZweifel fiir die Freiheit?” en N achrichten au s Chem ie, Technik und L ab o ra-
torium 29 (1981) [reimpreso en Technik, M edizin und E th ik, 1985, pp. 90-108].
“Technology as a Subject for Ethics” en S o cial R esearch 49 (1982), pp. 891-898
[versiónalemana en Technik, M edizin un d E th ik, 1985, pp. 42-52].
“Lasst uns einen Menschen klonieren: Betrachtungen zur Aussicht genetischer
Versuch mit uns selbst” en Scheidew ege 12 (1982) [reimpreso en Technik, Medi
zin und Ethik, 1985, pp. 162-203].
“Artlizche Kunst und menschliche Verantwortung” enR en ovatio 39 (1983) [reim
preso en Technik, M edizin u n d E th ik, 1985, pp. 146-161].
“Forschung und Verantwortung” (Lección inaugural, XXI, Escuela Superior St.
Gallen, St. Gallen, 1983 [reimpreso en Technik, M edizin un d E th ik, 1985, pp.
141-161].
“Evolution und Freiheit” en Scheidew ege 13 (1983/84), pp. 85-102 [reimpreso en
Philosophische Untersuchungen, 1992, pp. 11-33].
“Ontological Grounding of a Political Ethics: On the Metaphysics of Commit
ment to the Future of Man” en G r a d u a te F a c u lty P h ilo so p h ic a l Jo u r n a l 10
(1984), pp. 47-62.
“Warum wir heute eine Ethik der Selbstbeschránkung brauchen” en Elisabeth
Stróker (ed.), E th ik der W issenschaften? P hilosophische Fragen , Munich, 1984,
pp. 75-86.
“Ethics and Biogenetic Arts” enSo cial R esearch 52 (1985), pp. 491-504.
“Technik, Ethik und biogenetische Kunst. Betrachtungen zur neuen Schópferrolle
des Menschen” en C om m u nio XII, núm. 6/84 (1984), pp. 501-517 [reimpreso en
Rainer Flóhl (ed.), G enforschung-Fluch od er Segen ? In terdisziplinare Stellungs-
nahm en, Francfort del Meno/Múnich, 1985, pp. 1-15; y en Technik, M edizin und
E th ik, 1985, pp. 204-218],
“Werkzeug, Bild und Grab. VomTransanimalischen imMenschen” en Scheidew e
ge 15 (1985/86), pp. 47-58 [reimpreso en P hilosophische Untersuchungen, 1992,
pp. 34-49],
“Prinzip Verantwortung. Zur Grundlegung einer Zukunftsethik” en Thomas
Meyer/Susanne Miller (ed.), Z uku n ftseth ik un d In d u striegesellsch aft, Francfort
del Meno/Múnich, 1986, pp. 3-14.
“The Concept of God After Auschwitz: A Jewish Voice” en The Jo u rn a l o f R eli
gion 67 (1987), pp. 1-13.
“Warum unsere Technik ein vordingliches Thema fiir die Ethik geworden ist” en
Horst Krautkrámer (ed.), Ethische Fragen an die m odernen N aturw issen sch aften
(Zukunftsethik 3), Francfort del Meno, 1987, pp. 16-21.
“Technik, Freiheit und Pflicht” en F ran k fu rte r R u n d sc h a u , núm. 236, 12-10-
1987 y en F ran kfu rter A llgem eine Z eitun g, 12-10-1987 [reimpreso en Wissens-
ch aft a ls personlich es E rlebnis, 1987, pp. 32-46].
“Heideggers Entschlossenheit und Entschluss” en Günter Neske/Emil Kettering
(ed.), A ntw ort. M artin H eidegger im G esprach , Pfullingen, 1988, pp. 221-229.
“Geist, Natur und Schópfung: Kosmologischer Befund und kosmologische Vermu-
tung” enScheidew ege 18 (1988/89), pp. 17-33 [ediciónampliada enPhilosophische
U n tersu ch u n g en , 1992, pp. 209-259; véase M a te rie , G e ist u n d S c h ó p fu n g ,
1988].
“Warum die Technik ein Gegenstand für die Ethik ist. Fünf Gründe” en Hans
Lenk (ed.), Technik un d E th ik, Stuttgart, 1989, pp. 81-91.
BIBLIOG RAFÍA
461
HANS JO N A S
Bohler, Dietrich (ed.), E thik fiir die Z ukun ft. Im D isk u rs m it H an s Jo n a s, Mu
nich, 1994 [bibliografía pp. 460-478].
Bohler, Dietrich/Rudi Neuberth (eds.), H erau sford eru n g Z ukunftsverantw ortung.
H an s Jo n a s zu E hren, Münster/Hamburgo, 1993.
Bohler, Dietrich/Frewer, Andreas (eds.), V erantw ortung fiir d as M enschliche. H an s
Jo n a s un d die E th ik in der M edizin, Erlangen/Jena, 1998.
Culianu, Ion Petru, G n osticism o e pensiero m oderno. H an s Jo n a s, Roma, 1985.
Depré, Olivier, “Philosophic de la nature et écologie. A propos de Hans Jonas” en
E tu d es Ph énom énologiques 10 (1994), pp. 85-108.
Dewitte, Jacques, “Preservation de l’humanité et image de l’homme” en É tu d es
Ph énom énologiques 4 (1988), pp. 33-68.
Donneley, Strachan, “Whitehead and Hans Jonas. Organism, Causality and Pers
pective” enIn tern ation al P h ilosoph ical Q u aterly 19 (1979), pp. 301-315.
Donneley, Strachan, “Hans Jonas, la philosophic de la nature et l’ethique de la
responsabilité” enÉ tu d es P hénom énologiques 4 (1988), pp. 69-90.
Fleischer, Margot, “Verantwortung und Sinnbewahrung: Zur Zukunftsethik von
Hans Jonas” en Carl F. Gethmann/Peter L. Oestreich (ed.), Person un d Sinnerfah-
rung. P h ilosoph isch e G ru n d lagen u n d in terdisziplinare Perspektiven. Festschrift
fiir G eo rg Scherer zum 65. G eb u rtstag, Darsmtadt, 1993, pp. 149-169.
Foppa, Carlo, “L’ analyse philosophique jonassiene de la théorie de revolution.
Aspects problématiques” en L a v a l T héologique et P h ilosophique 50 (1994), pp.
575-593.
Frogneux, Nathalie, H an s Jo n a s ou la vie d an s le m onde, Bruselas, 2000.
Gethmann-Siefert, Annemarie, “Ethos und metaphysisches Erbe. Zu den Grundla
gen von Hans Jonas’ Ethik” en Herbert Schnádelbach/Geert Keil (eds.), Philoso-
phie der G egen w art - G egen w art der P hilosophie, Hamburgo, 1993, pp. 171-251.
Goldberg, Arnold, “1st Gott allmáchtig? Was die Rabbiner Hans Jonas entgegnen
würden” enJu d a ic a 47 (1991), pp. 51-58.
H an s Jo n a s: A nsprach en au s A n lass der Verleihung (Premio de la Paz del mundo
editorial alemán, 1987), Francfort del Meno, 1987.
H an s Jo n a s zu E hren: Reden au s A n lass seiner E hren prom otion durch die P h ilo
soph isch e F a k u ltat der U niversitat K on stan z am 2. Ju li 1991 (Discurso en la Uni
versidad de Constanza), Constanza, 1992.
Henrix, Hans Hermmann, “Machtensagung Gottes? Ein Gesprách mit Hans
Jonas im Kontext der Theodizeefrage” en Johann Batipst Metz (ed.), L an d s-
ch aft a u s Schreien. Z u r D ram atik d er T h eo d izeefrage, Mainz, 1996, pp. 118-
143.
Hermann, Ingo (ed.), H an s Jo n a s. E rkenntnis un d V erantw ortung (conversación
con Ingo Hermann en la colección “Testigos del siglo”), Gotinga, 1991.
Hirsch Hadorn, Gertrude, Umwelt, N a tu r un d M oral. E ine Kritik an H an s Jo n a s,
Vittorio H o sle un d G eo rg Picht, Friburgo/Múnich, 2000.
Hosle, Vittorio, D ie K rise der G egen w art un d die V erantw ortung der Philosophie,
Munich, 1990.
Hosle, Vittorio, P h ilosophie der okologischen K rise, Munich, 1991.
Hottois, Gilbert, A u x fondem ents d ’une éthique contem poraine. H an s Jo n a s et H .
T. E n gelh ard t en perspective, Paris, 1993.
Hottois, Gilbert/Marie-Geneviéve Pinsart (ed.), H an s Jo n a s. N atu re et resp o n sab i
lité, Paris, 1993.
462
B IBLIOG RAFÍA
463
HANS JO N AS
464
B IBLIO G RAFÍA
465
Indice onomástico
467
HANS JO N AS
Friedrich, Carl J. 2 9 4 2 5 7 -2 6 0 , 3 0 8 -3 0 9 , 3 2 .3 -3 3 5 , 3 4 9
Heuss, Theodor 1 8 1
Gadamer, Hans-Georg 1 3 0 , 1 3 2 , 3 3 2 , Hilbert, David 3 0 0
351 Hitler, Adolf 1 0 , 2 0 , 1 3 6 , 1 3 8 -1 4 0 ,
Galilei, Galileo 6 0 1 4 4 , 1 6 6 , 2 0 0 , 2 0 2 , 2 0 6 -2 0 7 ,
Gaylin, Willard 3 4 5 2 1 4 -2 1 6 , 2 1 8 , 2 2 0 -2 2 1 , 2 2 9 , 2 4 0 ,
468
ÍN D IC E O N O M Á S T IC O
469
HANS JO N A S
Felix) 2 7 7 , 2.8 6 -2 9 3 , 3 1 3 , 3 1 6 -3 1 7 , 3 5 4
47O
In d i c e o n o m á s t i c o
Stresemann, Gustav 7 5 , 1 3 3
Szold, Henrietta 3 0 5
Tales 1 1
Táubler, Eugen 9 5 , 9 6 , 2 8 2
Taubes, Jacob 2 9 2 - 2 9 5
Theilhaber, Felix 1 0 6
Tillich, Paul 3 0 4 , 3 5 5 , 3 7 0
Toller, Ernst 9 9
Tomás de Aquino 1 1 7 , 3 3 8
Torczyner, Harry 9 4
Troeltsch, Ernst 9 5
Tucholsky, Kurt no
Voegelin, Eric 1 6
Voltaire 5 9
Wassermann, Jakob 2 7 9
Wassermann, Marta 2 7 9
Weber, Alfred 8 6 , 1 3 5
47 1
LAS MEMORIAS DE HANS JONAS
SE IMPRIMIERON EN EL
MES DE DICIEMBRE DE 2004
EN LOS TALLERES DE
INDUSTRIAS GRÁFICAS EMEGÉ,
DE BARCELONA,
POR CUENTA DE EDITORIAL LOSADA
NOTA FINAL
<c
#
rnS o-
«
otras publicaciones visite:
, "www.lecturasinegoismo.com
www
Facebook: Lectura sin Egoísmo
Twitter: @LectSinEgo
o en su defecto escríbanos a:
lecturasinegoismo@gmail.com
Referencia:3726
La fama universal le llegó a Hans Jonas cuando
contaba 75 años, al publicarse en 1979 su obra de
madurez El principio de responsabilidad, en la que
utilizaba su sólida formación académica para desarrollar
una filosofía de la naturaleza que por primera vez
introduce argumentos ecológicos como cimiento de
una ética de la responsabilidad del hombre sobre la
Tierra.
Jonas había nacido en Mónchengladbach (Alemania),
en 1903, de padres judíos bastante asimilados. Por
empeño de su padre, empresario textil, estudió filosofía
en Friburgo, Berlín y Marburgo, siguiendo a Heidegger,
quien se convirtió así en su maestro más respetado, por
encima de Husserl y de Bultmann, y se doctoró con
una tesis titulada Gnosis y espíritu tardoantiguo. Militó
en organizaciones juveniles sionistas y abandonó
Alemania antes de que el régimen nazi lanzara
abiertamente su ofensiva contra los judíos y contra
Europa. Finalmente, tras pasar por Palestina, se afincó
en Norteamérica, primero en Canadá y luego en los
Estados Unidos, donde enseñó filosofía y pudo, por fin,
desarrollar su pensamiento en obras que, en buena
parte, están traducidas al español: E l principio de
responsabilidad (1995), Técnica, m edicina y ética
(1996), Pensar sobre D ios y otros ensayos (1998), La
religión gnóstica (2000), El principio vida (2000) y
Más cerca del perverso fin, y otros diálogos y ensayos
(2001).
Jonas murió en 1993 en New Rochelle, Nueva York.
Diseño: Pentagram
Ilustración: Marión Deuchars
Memorias
HANS JONAS