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Musicista e compositora, profa Dra da Escola de Música da UFBA, pesquisadora permanente do Núcleo
de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM/UFBA) e coordenadora da Feminaria Musical. E-
mail: lailarosamusica@gmail.com
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Profa da Universidade Estadual do Pará e doutoranda em etnomusicologia da UFBA. Tutora do projeto.
E-mail: jorgetelago@gmail.com
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Doutoranda do programa de Estudos Interdisciplinares sobre Gênero, Mulheres e Feminismo/
PPGNEIM/UFBA. Tutora do projeto. E-mail: rebeca.sobral@gmail.com
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Músico, compositor e mestrando em etnomusicologia do PPGMUS/UFBA. Tutor do projeto. E-mail:
italorobertsa@gmail.com
5
Estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades da UFBA. Bolsista PIBIC do projeto. E-
mail: cclima80@gmail.com
6
Cantora, compositora, psicóloga e estudante do Bacharelado em Música Popular da UFBA. Voluntária
do projeto. E-mail: ellencarvalhos@gmail.com
7
Baixista, compositora, estudante do curso de Composição da UFBA e Bolsista PIBIC do projeto. E-
mail: lauracardosomus@gmail.com
8
Estudante do Bacharelado em Ciências Sociais da UFBA e Bolsista PIBIC do projeto. E-mail:
maiaraamaral88@gmail.com
9
Cantora, compositora, estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Artes da UFBA e Bolsista PIBIC
do projeto. E-mail: neila.kadhi@gmail.com
De outro, trazemos uma perspectiva feminista de fazer e pensar musical, pois a ideia do
grupo vem sendo a de fomentar um espaço de pesquisa feminista, antirracista e pró-
LGBTTQI enquanto espaço coletivo criativo de caráter também extensionista com a
realização de performances, intervenções, criação musical coletiva e individual,
aprofundamento em prática horizontais de improvisação musical, inspirados em nossas
próprias identidades, desejos e afinidades. A Feminaria Musical vem também
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Numa intervenção na Escola Estadual Mário Costa Neto, onde a proponente colaborou em atividades
de extensão no projeto “Abrindo a Roda: toda escola pela diversidade com docentes e discentes da
mesma.
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Gravado através do edital Demanda Espontânea 2011, do Fundo de Cultura do Estado da Bahia.
dançado”, de Maria Schneider e Paulo José da Siqueira Tiné, “Da Mãe de Deus à
Deusa-Mãe: transformações estruturais nas Matinas da Conceição decorrentes da
marianização do catolicismo”, de Paulo Augusto Castagna, “The Royal Fair: Dido e
Elizabeth, rainha de Cartago/ rainha da Inglaterra”, de Silvana Ruffier Scarinci e
“Líricas op. 25, de Helza Camêu: a leitura hipertextual na interpretação de um ciclo de
canções”, de Luciana Monteiro de Castro. Como é possível constatar, em nenhum deles
são discutidas questões de gênero, sexualidades, raça-etnia, feminismos, entre outros.
Na ABEM, não foram encontrados dados para o ano de 2013.
2.2. Das teses e dissertações
Esta tem consistido, sem dúvida, na parte de maior fôlego da pesquisa.
Inicialmente, encontramos o banco de dados da escola de pós-graduação em música da
UFMG, que contém 150 teses e dissertações publicadas. Durante a busca localizamos
um texto que faz análise sobre a obra para clarineta com eletrônico de Ana Cristina,
escrito por Flavio Ferreira (2008); um trabalho sobre a obra para canto e piano de
Eunice Katunda (PEIXOTO, 2009), além do título de Marcos Vinicius (2007), sobre
canções para canto e piano compostas por Helza Câmeu. Estes já tinham sido
observados na pesquisa anterior, assim como os seguintes trabalhos encontrados na
busca geral:, Camila do Carmo (2007), sobre mulheres jovens e Hip Hop em Belo
Horizonte e Janaina de Assis (2011), sobre as personagens femininas nas canções
buarquinas da época da ditadura. Em 2012 foi localizado um trabalho que não constava
no projeto anterior (2012), de Talitha Couto Moreira, que revisita trabalhos de
etnomusicologia e educação musical com o intuito de selecionar os que fazem
intersecções entre música e relações de gênero.
Na USP, a pós-graduação em música disponibiliza anualmente as teses e
dissertações publicadas. No ano de 2007 foram dez publicações, sendo que nenhuma
contenta a temática da nossa pesquisa. Em 2008 foram dezoito, sendo aproveitado o
trabalho de Eliane Maria, que aborda Clara Schumann. Em 2009 foram quinze e, em
2010, quatorze, em nenhum desses anos foram encontrados trabalhos relativos ao nosso
tema. Já em 2011, localizei outro sobre Clara Schumann, escrito por Clarissa da Costa.
Em 2012, tiveram 28 publicações, destas, apenas uma é contribuir para nossa temática,
que é o trabalho de Emerson Adriano sobre os cantos de Magdalena Lábeis. No banco
de dados de doutorado em música foram publicadas 30 teses, porém nenhuma destas foi
aproveitada em nosso levantamento. E no banco de dados geral foi localizado o de
Dalila de Carvalho (2010), sobre a trajetória de Helza Camêu e Joanídia Sodré e o de
Francisca Marques (2008) sobre a Festa de Boa Morte, sendo que estes dois trabalhos já
estavam inclusos no levantamento anterior (2012).
A UNESP funciona da mesma maneira que a USP com relação aos anos e as
publicações. Em 2007 foram treze dissertações, sendo uma delas sobre sons e gestações,
de Simone Maria Pires Cabrera. No ano de 2008 foram vinte e três dissertações e em
2009, quatorze, com o aproveitamento de uma sobre Chiquinha Gonzaga e o Maxixe.
Entre 2010 a 2013 foram trinta, sem resultados afeitos aos propósitos do levantamento.
Na Unicamp, a busca foi feita no banco de dados da área de artes, no qual se
encontram as teses e dissertações relacionadas à música. Alexandre Van (2009), com
estudo sobre os aspectos musicais segundo a trajetória de Joaquina Lapinha, foi o único
a aparecer na pesquisa anterior. Kelly Adriano (2009) discorreu sobre fé, mulheres e
escolas de samba. O trabalho de Adriano Bueno (2010) sobre o discurso do rap foi
abarcado por assumir em seu resumo, ainda que de maneira tímida, tratar sobre questões
de gênero. Ana Carolina Arruda (2010) focaliza o trabalho de Alice Ruiz através da sua
experiência e estética, Érica Isabel (2008) aborda a cultura juvenil do Riot Grrrl e
Marcia Fonseca (2009) traz um estudo sobre mulheres e funk.
A UFRJ não tem um campo de busca específico para música, nesse caso a busca
se deu em todo o BDTD (Banco de Teses e Dissertações), onde encontrei dois
resultados importantes: Margareth Gomes (2013), sobre tambores e corpos sáficos, e
Sâmara Ataíde (2008), que aborda questões sobre a memória dos cantos das lavadeiras.
Com relação às universidades localizadas da região do Nordeste, a UFPB tem
um banco de dados em música com 32 trabalhos que não foram incluídos para o
presente levantamento por não apresentar trabalhos condizentes, mas, em outros campos
de estudos, foram encontrados os seguintes: Jandilson Avelino (2011), sobre a
percepção de notas após o uso moderado de etanol por homens e mulheres; Cláudia
Caminha (2010), que faz uma analise léxico gramatical do feminino no forró; Jaqueline
Aristides Pereira (2010) que por sua vez analisa a obra de Cecília Meireles ligando sua
poética à música.
A UFPE não possui banco de dados em música, visto que não há ainda um
programa de pós-graduação na área (níveis mestrado e doutorado). Sabendo-se que
alguns trabalhos de antropologia são também relacionados à música12, encontramos o
trabalho de Jailma Maria (2011), que busca compreender relações de gênero no
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Devido ao fato do etnomusicólogo Carlos Sandroni ser também professor colaborador do Programa de
Pós-Graduação em Antropologia da UFPE, tendo orientado diversos trabalhos sobre música no mesmo.
Marcela Bellas, Aiace Félix, Neila Kadhí e Juliana Ribeiro. A maioria mantém seu
perfil artístico no Facebook, Myspace e/ou soundclound.
Das 24 compositoras tidas como referência, observa-se que a maioria não tem
disco ou EP lançado. As que têm discos ou EP lançados somam o número de 11, são
elas: 1. Aiace Felix; 2. Claudia Cunha; 3. Illa Benício; 4. Juliana Ribeiro; 5. Laila Rosa;
6. Manuela Rodrigues; 7. Marcela Bellas; 8. Marcia Castro; 9. Mariella Santiago; 10.
Sandra Simões e 11.Vércia Gonçalves. Dentre estas, temos 3 compositoras que
destacam-se com mais de um disco lançado: Manuela Rodrigues, Marcia Castro,
Mariella Santiago. Vide disposição abaixo:
Manuela Rodrigues:
Ano Nome do Disco/EP
2003 Rotas
2011 Uma Outra Qualquer por aí
Marcia Castro:
Ano Disco/EP
2007 Pecadinho
2012 De pés no chão
Mariella Santiago:
Ano Disco/EP
2002 Mariella
2010 In tudo que é canto
2013 Ella
A partir deste primeiro levantamento, a ideia é partir para a etnografia, com realização
de entrevistas com as artistas mapeadas e análise de seus perfis e produção fonográfica.
3. E ainda cantando...
Numa breve explanação foi possível perceber que o universo de pesquisa é
amplo, mas que, contudo, poucos foram os trabalhos encontrados que de alguma forma
dialogam com os estudos de gênero, feminismos, raça/etnia, sexualidades ou mesmo
traz a produção musical das mulheres em primeiro plano.
Referências
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organização) – Goiânia / Porto Alegre: ANPPOM, 2013. Pp. 383-455.
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antirracista.” In: Nómadas. No. 26, Abril. Universidad Central – Colombia, 2007. Pp.
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HOLANDA, Joana C.; GERLING, Cristina Capparelli. Estudos de Gênero em Música a
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77012001000100007
ROSA, Laila; IYANAGA, Michael; ALCANTARA, Neila; HORA, Eric; SILVA,
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organização), Susan Campos Fonseca (introdução e organização) – Goiânia / Porto
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ROSA, Laila; HORA, Eric e SILVA, Laurisabel. FEMINARIA MUSICAL: GRUPO
DE PESQUISA E EXPERIMENTOS SONOROS. IN: Anais do Seminário Internaciol
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http://www.fazendogenero.ufsc.br/10/resources/anais/20/1385055525_ARQUIVO_Lail
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Brasil. Projeto de Iniciação Científica apresentado ao Programa Permanecer 2012. 5p.
______. Feminaria musical ou epistemologias feministas em música no Brasil: das
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