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REVISTA DA ACADEMIA
DE LETRAS DA BAHIA
REVISTA DA ACADEMIA
DE LETRAS DA BAHIA
Março de 2016 — Número 54
ISSN 1518-1766
Copyright © by Academia de Letras da Bahia, 2016
Anual
ISSN 1518-1766
CDU 869
ARTIGOS E ENSAIOS
39 A INTENÇÃO INDEFINIDA –
BREVES PALAVRAS SOBRE MIRÓ
GLAUCIA LEMOS
65 O ARTISTA E O PSICANALISTA:
UM ENCONTRO POSSÍVEL
URANIA TOURINHO PERES
83 IRLANDESES NO AMAZONAS
NO SÉCULO XVII
WALDIR FREITAS OLIVEIRA
POESIA
DISCURSOS
EDIVALDO M. BOAVENTURA
Patronos e fundadores
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As relações positivas
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Fontes e colaborações
REFERÊNCIAS
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ANO DE ERUPÇÃO DA ARTE
MODERNA, 1905 NÃO ACABOU
FLORISVALDO MATTOS
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1. Fauvismo
Na jaula com as feras
É precisamente em 18 de outubro de 1905 que, a apenas
dois anos da morte de Paul Gauguin (1848-1903), um dos ins-
piradores do movimento dos Nabis (“profetas”, em hebraico),
e após algum tempo de marasmo e desânimo, o mundo artístico
de Paris começa a ferver. Sob a presidência de Pierre-Auguste
Renoir (1841-1919), abria-se o 3º Salão de Outono, no Grand
Palais de Champs-Élisées, para encerrar-se em 25 de novembro,
contados 38 dias que iriam representar nada menos que a explo-
são da arte moderna na Europa.
Não era uma exposição qualquer. Junto com retrospectivas
de Ingres e Manet, o Salão apresentava em suas várias salas 1.636
obras de artistas vivos, entre eles Paul Cézanne (1839-1906), que
saíra de exílio voluntário na sua amada e bucólica Aix-Provence,
no sul da França, para ditar novos rumos à arte. No catálogo,
Élie Faure (1873-1937) saúda o que chama de “novas energias”,
impensáveis até bem poucos anos, e que pareciam dispersas desde
o Salão dos Independentes, criado em 1884 por Georges Seurat
(1859-1891) e Paul Signac (1863-1935), marco da pintura ponti-
lhista e de uma fase até ali de largo prestígio e influência.
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2. Expressionismo
Nova arte para novo homem
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Eis o que proclamavam aqueles quatro jovens em Dres-
den – Ernst Ludwig Kirchner (1880-1938), estudante de ar-
quitetura, a trabalhar com gravura em madeira; Erich Heckel
(1883-1970), escultor; Karl Schmidt-Rottluff (1884-1976),
que se dedicava à litografia, e Fritz Bleyel (1880-1966), de
preferência pintor.
O termo “ponte” (brücke), que aplicavam ao movimento
(escolhido por Schmidt-Rottluff, por sugerir a fé que o grupo
tinha na arte do futuro, com eles literalmente fazendo a ponte)
pretendia significar a passagem para um processo criativo e a
ligação entre verdadeiros criadores, no intuito de caracterizar
total recusa a ser uma escola no sentido acadêmico da palavra,
embora estivessem, os quatro, ligados a uma escola técnica de
nível superior. Almejavam absorver em suas hostes, que só fa-
riam dali por diante crescer, “todos os fatores de revolução e
fermentação”, que rompem com o academicismo, o impres-
sionismo e com o Art Nouveau, de Gustav Klimt (1862-1918)
e outros. Aos membros fundadores se juntaram depois outros
artistas, como Max Pechstein (1881-1955), Otto Muller (1874-
1955) e Emil Nolde (nome verdadeiro Emil Hansen, 1867-
1956), Edvard Munch (1863-1944), James Ensor (1860-1949),
Max Beckmann (1884-1950) e Egon Schiele (1890-1918). A
regra do grupo era que cada um passasse adiante o ensino da
técnica que melhor dominasse.
Claramente influenciada pelo fauvismo, no que respeita
à pintura de quadros a partir de cores e formas puras, por-
que também ligada aos já citados precursores, próximos (Van
Gogh) e distantes (El Greco), a concepção artística do grupo
ganharia a designação de expressionismo somente em 1911,
por obra de um galerista, Herwarth Walden, promotor da arte
de vanguarda. Tanto os fauvistas como os expressionistas pra-
ticavam uma arte de expressão, como oposição à impressão.
Segundo Argan (1992), na impressão, a realidade - fenômeno
exterior – se imprime na consciência, enquanto na expressão
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REFERÊNCIAS
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Le-
tras, 1992.
CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. Tradução de Marcelo Bran-
dão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
CLANCIER, Georges-Emmanuel. Panorama Critique de Rimbaud au
Surréalisme. Paris: Pierre Seghers Éditeur, 1955.
Dictionnaire Enciclopédique de la Peinture. Paris: Booking International, 1994.
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A INTENÇÃO INDEFINIDA -
BREVES PALAVRAS SOBRE MIRÓ
GLÁUCIA LEMOS
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30 ANOS DE ACADEMIA
Depoimento
MYRIAM FRAGA
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A DECISIVA INFLUÊNCIA
DO CONSELHEIRO NEWTON
SUCUPIRA NA EVOLUÇÃO
DO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO
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O ARTISTA E O PSICANALISTA:
UM ENCONTRO POSSÍVEL
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NOTAS
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7
DUCHAMP apud TOMKINS, op. cit., p.11.
8
CABANNE, Pierre. Marcel Duchamp: engenheiro do tempo perdido. Tra-
dução de Paulo José Amaral, Revisão Plínio Martins Filho e Roney
Cytrynowicz. São Paulo: Perspectiva, 2002. p.67.
9
DUCHAMP apud TOMKINS, op. cit., p.14.
10
Ibid., p. 506.
11
FER, Briony; BATCHELOR, David; WOOD, Paul. Realismo, racio-
nalismo, surrealismo: a arte no entre-guerras. Tradução de Eloisa Araújo
Ribeiro. São Paulo: Cosac & Naify, 1998. p.36.
12
TOMKINS, op. cit., p.178.
13
DUCHAMP apud TOMKINS, op. cit., p.180.
14
TOMKINS, op. cit., p.178.
15
Apud TOMKINS, op. cit., p.517.
16
A maioria das referências a Beuys foram retiradas do livro de Alain
Borer, Joseph Beuys (Tradução de Betina Bischot e Nicolás Campanário.
Revisão da tradução Samuel Titan Jr. São Paulo: Cosac Naify, 2001.)
17
BORER, op. cit., p.30.
18
BEUYS apud BORER, op. cit., p.27.
19
Ibid., p.28.
20
Ibid., p.24.
21
Ibid., p.25.
22
Ibid., p.14.
23
Ibid.
24
Ibid., p.11.
25
Ibid., p.17.
26
Ibid.
27
Ibid., p.11.
28
Ibid., p.12.
29
Ibid.
30
Beuys desenvolve sobre si uma lenda, lenda a ser tomada em seu efeito
de verdade. “Houve uma vez um Joseph, nascido em uma família muito
cristã, em Cleves, no dia 12 de maio de 1921 de “uma ferida contida
com esparadrapo” que ele exibiu quando do seu nascimento. Educado
de acordo com a estrita lei de Cristo, a criança amava os animais e,
como Cimabue, tornou-se um pastor. Ainda jovem, começou o estu-
do de medicina, pretendendo devotar-se aos mais humildes, esse de-
sejo, no entanto, foi destruído quando pilotava o seu Stuka, depois de
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IRLANDESES NO AMAZONAS
NO SÉCULO XVII
1
LORIMER, Joyce. (Ed.) English and Irish Settlement on the River Amazon. 1550-
1646. London: The Harluyt Society, 1989.
2
VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. História Geral do Brasil. Antes da
sua separação e independência de Portugal. Tomo Segundo. São Paulo: Edições
Melhoramentos, 1948, p.173.
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3
CALMON, Pedro. História do Brasil. A Formação. 1600-1700. Segundo
Volume. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1941, p. 106.
4
CASCUDO, Câmara. Geografia do Brasil Holandês. Rio de Janeiro: Livraria
José Olympio Editora, 1956, p. 288.
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5
CASCUDO, Câmara. Opus cit., p. 288.
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6
LORIMER , Joyce. Opus cit. , pp. 72/76; 263/268.
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7
RALEIGH, Sir Walter. The discovery of the large, rich and beautiful empire of
Guiana. London, 1596. // Cf. LORIMER, Joyce. Sir Walter Ralegh´s Discoverie
of Guiana. London: Hakluit Society, 2006.
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dão acesso.”8 Havendo lhe sido dada, nessa ocasião, pela Coroa da
Inglaterra, a concessão para explorar, em caráter de perpetuida-
de, todo o litoral situado entre os rios Dessequebe (Essequibo) e o
Amazonas, achando-se incluídas em seu âmbito, as ilhas existen-
tes ao longo desse trecho da costa, desde que situadas ao norte da
embocadura desse último rio.9 Tudo isso demonstrando quanto
era grande o interesse da Inglaterra pelas terras vizinhas ou margi-
nais do rio Amazonas e, até certo ponto, como eram contestados
os direitos da Espanha sobre aquelas terras.
Voltemos, então, aos irlandeses, depois de termos nos re-
ferido, com a necessária ênfase, a Bernard O´Brien, a fim de
dizer algo mais sobre os Purcell, de modo especial, sobre Philip
e James Purcell.
Tudo indicando haver Philip Purcell visitado, pela primei-
ra vez, o Amazonas, em companhia de Matthew Morton, agente
comercial de Sir Thomas Roe. Teria ele contratado os serviços
de 14 irlandeses, visando encaminhá-los para a colônia que de-
sejava instalar na confluência do rio Xingu com o Amazonas,
destinada à produção do fumo. Existindo muitas dúvidas sobre
o nome que lhe foi dado. E entre outros, o que mais aparece é
o de Tauregue River, apontado, por alguns viajantes do rio, como
sendo o lugar onde moravam os irlandeses.10
A colônia fundada por Philip Purcell negociava os seus
produtos com quaisquer compradores que lhe aparecessem; sen-
do possível admitir-se que navios ingleses vindos de Dartmouth,
porto inglês onde os Purcell possuíam suas maiores casas de
negócios, teriam ido até lá, mais de uma vez; e que navios ho-
landeses também lá chegaram, em várias ocasiões. De qualquer
forma que hajam se passado as coisas naquela região, uma coisa
é certa: – tanto os ingleses como os irlandeses e os holandeses,
8
HARCOURT, Robert, A Relation of a Voyage to Guiana.1613. London, 1613.
ApudLORIMER, Joyce. Opus cit., p. 39
9
LORIMER, Joyce, Opus cit.,p. 50.
10
Idem, p. 47.
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11
VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. Opus cit., Tomo Segundo, p. 174.
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12
MCGINN, Brian. “The Amazon Irish: New World Pioneers were Lured
by Dreams of Riches, Freedom”. In Irish Echo, 11-17 March 1992. Download
disponívem no site http;//gogobrazil.com/amazonirish. html
13
LORIMER, JOYCE. Opus cit., p.xv.
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A MAIS CORAJOSA VOZ
POÉTICA FEMININA:
A POETA BAIANA JACINTA PASSOS
►► 99
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►► 103
OS MARES PROFUNDOS
DE HÉLIO PÓLVORA
CYRO DE MATTOS
►► 105
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REFERÊNCIAS
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POESIA & ORTOGRAFIA
1
Libertinagem, in Poesia e prosa, vol. I. Rio de Janeiro, José Aguilar, 1958, p. 188.
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com isso; os demais nunca sabem. Por outro lado, não se trata
apenas de escolher as palavras. Escrever um poema demanda
outros recursos (linguísticos), para além da seleção de uns vo-
cábulos. Seria útil, no caso, a implantação de uma rede de des-
manche, oficinas especializadas em desmontar livros velhos de
poesia, separando e armazenando as partes ainda aproveitáveis
(sempre há alguma), a serem reutilizadas em livros novos. Êm-
bolos, polias, bielas, filtros, juntas, correias de transmissão...
É um não acabar de engrenagens sem as quais as palavras são
só peças inertes, entregues à própria sorte. Como poesia não
é biodegradável, demora séculos para ser absorvida pelo ecos-
sistema, as vantagens de um desmanche poético são muitas:
não seria um comércio clandestino, seria uma iniciativa ecolo-
gicamente correta e garantiria, embora por pouco tempo, um
mínimo de qualidade à poesia perpetrada pelos neófitos. Fan-
tasia desarvorada? Concordo. Mas fique aí, só para constar.
Voltemos ao ponto de partida.
Tendo começado por confessar que nunca dei muita im-
portância à ortografia, convém explicar por que resolvi fazê-lo,
agora. É simples. Como sempre lidei com a matéria na prática,
isto é, com base na intuição e não no estudo, mais de uma vez
pensei em pôr no papel o que penso a respeito. Mas isso nunca
chegou a acontecer, “se quedó en el tintero”, como dizia meu
velho professor de espanhol. Talvez tenha faltado, sempre, um
bom pretexto, que o acaso acabou por me oferecer.
Como tem ocorrido com certa frequência, dia desses
eu me entretinha, sem compromisso, com as infindáveis an-
danças de Bernardo Soares, o ajudante de guarda-livros criado
por Fernando Pessoa (de certo para rivalizar com o heterôni-
mo mais famoso, o que guarda rebanhos), quando aconteceu
deter-me numa frase, uma só, que passou a piscar, insistente,
qual luminoso de beira de estrada, no meio da noite deserta:
“A ortografia também é gente”. Tomei-a de imediato como
epígrafe deste capítulo, embora não seja capaz de atinar com
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grafar seu nome com “y”, ficaria desolada se este, modesto dis-
sílabo, soasse na voz das pessoas como imponente polissílabo:
Ipsilonara. Creio que todos, do leigo absoluto ao douto erudi-
to, ficaríamos felizes se a relação entre grafia e fonética fosse
unívoca, isto é, se a cada letra correspondesse um único som,
e se cada som fosse representado por uma única letra. Não é o
que acontece. Os exemplos são inumeráveis, mas vamos lá. (O
caso exige alguma paciência.)
Que som corresponde à letra “c”? Depende. Se em se-
guida tivermos um “a”, um “o” ou um “u”, o som é “k” (curio-
so, cocada, peteca), aliás, o mesmo som que representamos por
“qu” (querer, quizumba). Mas, se for seguido de um “e” ou um
“i”, o som já será “ss” (tecer, cinema), e esse mesmo som, além
de ocorrer toda vez que grafamos “ss” (passado, assíduo), tam-
bém pode ser representado pelo “ç” (caça), ou por um só “s”,
em começo ou final de palavra (saúde, gás), ou seguido de um
“t” (basta). Mas não assim se for seguido de um “m”, pois aí já
soa como “z” (o “z” de zarolho, digamos). Exemplo: fantasma.
“Exemplo”? Sim, claro: tal como o “s” entre vogais (atrasado), o
“x” também pode soar como “z” (exame), mas soa como “ch”,
em início de palavra (xarope) e entre vogais (bruxaria), ou como
“ks”, em final de palavra (tórax). E ficamos sem saber qual é a
exceção, qual é a regra. Por isso muitos hesitam diante de pala-
vras como “tóxico”: é “tóksico” ou “tóchico”? E outros (vítimas
da falácia fonética) acham que o plural de “degrau” é “degrais”.
Nada mais justo. O plural de “sinal”, “fatal”, “normal” etc. não
é “sinais”, “fatais”, “normais”? Em final de palavra, “al” e “au”
não representam o mesmo som? (Sim, sabemos que na prosódia
lusitana “l” é sempre consoante, de modo que a terminação “al”
não é um ditongo, assim como não o é para os gaúchos mais
tradicionalistas. Mas isso é exceção, não é mesmo? Fiquemos,
pois, com a maioria dos falantes brasileiros.) Por que o plural
de “degrau” há de ser “degraus”? Simples: o plural das palavras
não se forma a partir dos sons, mas da grafia. E com isso quase
►► 119
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2
Disponível para download em www.steacher.pro.br/alfabetofonetico.pdf
(25.2.2015).
►► 121
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3
José, in Obra completa, Rio de Janeiro, José Aguilar, 1967, p. 126.
122 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
4
Ludwig Wittgenstein, Tractatus logico-philosophicus, trad. bras., Editora
Nacional/USP, 1968, p. 129.
►► 123
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124 ◄◄
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5
Horácio, Arte poética, trad. port., Lisboa, Livraria Clássica Editora, s.d., p. 120.
►► 125
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6
Cf. Erich Kahler, The disintegration of form in the arts, New York, George
Braziller, 1968, pp. 77-131.
126 ◄◄
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►► 127
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
A liberdade do poeta
7
Cf. Carlos Felipe Moisés, “O pacto da transgressão”, in Tradição & ruptura,
►► 129
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130 ◄◄
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8
Libertinagem, ed. cit., pp. 188 e 200.
9
Apud Elisa Guimarães, “A gramatiquinha da fala brasileira”, artigo
disponível para download em seer.fclar.unesp.br/itinerários/article/
viewFile/2491/2092 (25/02/2015).
10
Mário de Andrade, Losango cáqui, in Poesias completas, São Paulo, Martins,
1974, 4ª ed., pp. 84 e 91.
►► 131
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11
Cf. Fernando Pessoa, A língua portuguesa, Lisboa, Assírio & Alvim, 1997,
edição organizada por Luísa Medeiros.
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12
Livro do desassossego, Campinas, Editora da Unicamp, 1974, vol. II, p. 281.
13
Lisboa, Ática, 6ª ed., 1959.
►► 133
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14
Glauco Mattoso, Raymundo Curupyra: o Caypora, São Paulo, Tordesilhas,
2012, p. 11.
15
Disponível em escritablog.blogspot.com.br/2014/01/o-novo-diccionario-
ortographico.html (25/02/2015).
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►► 135
JULES LAFORGUE
E O SIMBOLISMO FRANCÊS
CELINA SCHEINOWITZ
►► 137
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138 ◄◄
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142 ◄◄
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Falot, falote!
Sous l’aigre averse qui clapote,
Un chien aboit aux feux-follets,
Et puis se noie, taïaut, taïaut!
La Lune, voyant ces ballets,
Rit à Pierrot!
Falot ! Falot!
(Jules Laforgue. Complainte6)
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NOTAS
1
Agradecemos a Heloísa Prata Prazeres Pedra e a Florisvaldo Mattos,
nos terem posto em contacto com “Soir de Carnaval”, essa joia poéti-
ca da literatura francesa, sugerindo tanto a tradução do poema como a
elaboração destas notas, para publicação.
2
Cf. especialmente Flavia Togni do Lago. Manuel Bandeira e Jules La-
forgue: Dor, ironia. Universidade de São Paulo, 2012; e Aline Taís Cara.
JulesLaforgue e Carlos Drummond de Andrade: a ironia e a construção do gauche,
2015 (Fonte: Internet).
3
Setenta e seis versos, distribuídos, na versão que conhecemos, em um
quarteto introdutório, seguido de nove oitavas.
4
Manuel Bandeira, no ensaio “Poesia e verso” comenta, com certo hu-
mor, a respeito da elaboração dos versos livres: “[...] À primeira vista,
parece mais fácil de fazer [o verso livre] do que o verso metrificado.
Mas é engano. Basta dizer que no verso livre o poeta tem de criar seu
146 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
ritmo sem auxílio de fora. [...] Sem dúvida, não custa nada escrever um
trecho de prosa e depois distribuí-lo em linhas irregulares, obedecendo
tão somente às pausas do pensamento. Mas isso nunca foi verso livre.
Se fosse, qualquer um poderia pôr em verso até o último relatório do
Ministro da Fazenda”. In: Norma Goldstein. Versos, sons, ritmos, p. 37.
5
Cf. LAGARDE, André et MICHARD, Laurent. Op. cit., 1969, p. 543.
6
Cf. CLANCIER. Op. cit. p. 118.
7
Cf. O poema “Ballade des dames du temps jadis” , de François Villon.
In: LAGARDE, André et MICHARD, Laurent. Op. cit., 1963, pp.
215-216.
REFERÊNCIAS
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Anexo I
Soir de carnaval
148 ◄◄
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Anexo II
Noite de Carnaval
►► 149
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Jules Laforgue
Tradução: Celina Scheinowitz1
150 ◄◄
BARROCO NA BAHIA:
MANUEL BOTELHO DE OLIVEIRA
I – O Barroco na Colônia
1
WEISBACH, Werner. El barroco: arte de la contrarreforma. Traducción y ensayo
preliminar de Enrique Lafuente Ferrari. Madrid: Espasa-Calpe, 1942, p. 304.
►► 151
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
2
ARGAN, Giulio Carlo. Imagem e persuasão: ensaios sobre o barroco. Org.
Bruno Contardi; tradução Maurício Santana Dias; revisão técnica e seleção
iconográfica Lorenzo Mammì. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
152 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
3
KOVENSKY, Julia e SQUEFF, Leticia (Orgs.). Araújo Porto-Alegre: singular
& plural. São Paulo: IMS, 2014, pp. 258-266; e pp. 331-338.
4
BRETAS, Rodrigo José Ferreira. Traços biográficos relativos ao finado
Antônio Francisco Lisboa, distinto escultor mineiro, mais conhecido pelo
apelido de Aleijadinho. In: Passos da paixão: o Aleijadinho. Apresentação
Tancredo Neves; fotos Claus Meyer; texto Rodrigo José Ferreira Bretas;
comentários Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira. Rio de Janeiro:
Alumbramento, 1984, pp. 13-20.
►► 153
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
No anfiteatro de montanhas
Os profetas do Aleijadinho
Monumentalizam a paisagem
As cúpulas brancas dos Passos
E os cocares revirados das palmeiras
São degraus da arte de meu país
Onde ninguém mais subiu.
Bíblia de pedra sabão
Banhada no ouro das minas.5
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REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
8
OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de(Org.). O Aleijadinho e sua oficina:
catálogo das esculturas devocionais. São Paulo: Capivara, 2002.
9
OLIVEYRA, Manoel Botelho de. Musica do Parnasso. Lisboa: Officina de
►► 155
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Assim, o poeta baiano teve seu destino fixado nas histórias lite-
rárias como o primeiro brasileiro a ter um livro publicado, no
alvorecer do século XVIII, em 1705. Contudo, foram necessá-
rios alguns séculos para que a contribuição da lírica botelhiana
para a evolução da poesia brasileira fosse devidamente avalia-
da. É que só a partir da análise do cuidadoso labor estético que
empreendeu nos seus versos cultos, engenhosos e refinados,
por influência da melhor poesia do tempo, como a de Marino
e a de Gôngora, é que se percebeu o quanto de incompreensão
esteve submetida a Música do Parnaso.
Sem dúvida, era tempo de merecer justo reparo depois
que, de Sílvio Romero para cá, foi acusado de simples versejador
por críticos que só observaram na poesia botelhiana vacuidade
temática. José Veríssimo, no seu estudo clássico “O mais antigo
lírico brasileiro”, diz jocosamente que Botelho de Oliveira, ao
editar a sua obra poética, introduziu em nosso país o mau costu-
me de se publicar livro de versos, estímulo que proliferou signifi-
cativamente. Se hoje fosse vivo, talvez o grande crítico paraense
relesse a obra de Botelho de maneira diferente. Eugênio Gomes,
analisando o mito do ufanismo na poesia de Botelho, reclama
da ausência da cor americana, do “confuso rumor da vida que
borbotava naquele amálgama de raças e línguas que era a Bahia
do século XVII”;10 ou seja, para o arguto crítico baiano faltava,
na poesia botelhiana, o pitoresco localista e o polêmico nati-
vismo que caracterizariam a poesia de Gregório de Matos. No
entanto, conforme demonstra sua obra, a Botelho importava o
estilo engenhoso, culto ou agudo, que chegou aos parnasianos,
de uma língua poética de exceção que era, naturalmente, a língua
de Gôngora e dele mesmo.
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REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
11
RODRIGUES, José Honório. História da história do Brasil. 1a parte
historiografia colonial. 2 ed. São Paulo: Nacional, 1979, p. 513.
►► 157
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
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►► 159
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
12
OLIVEIRA,Manuel Botelho de. Poesia completa: Música do parnasso e Lira
sacra Edição de Adma Muhana. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
13
OLIVEIRA, Manuel Botelho de. Música do Parnaso. Edição fac-similar.
Organização de Ivan Teixeira. Cotia, São Paulo: Ateliê Editorial, 2005.
160 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
►► 161
POESIA
CINCO POEMAS
ANTONIO BRASILEIRO
As bagagens
►► 165
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
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►► 167
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Paisagem turva
168 ◄◄
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Foz
E quem me trará
notícias de um mar
grande como o mar?1
►► 169
DOIS POEMAS
Ator Pós-Moderno
Basta!
De agora em diante,
não mais encarnarei fantasmas
de outro tempo e lugar.
Estou farto de expelir palavras alheias,
paixões importadas,
retórica elisabetana e absurdo francês.
Agora, no tablado ou em qualquer parte,
serei eu mesmo, eu próprio, ego ipsum
eu e eu, presença onipotente
na plenitude deste aqui-agora.
Meu corpo enfim, despido de personas,
será servido no banquete das sensações,
vida a vazar das veias,
sem outra metáfora senão o sangue jorrando
na epiderme desta aura intransferível.
Fora a corcunda de Ricardo III, a tiara de Blanche Dubois!
Não mais! Não mais!
Longe de mim os heróis do povo, os vilões
capitalistas de casaca,
as velhas beatas e todas
as histéricas nelson-rodriguianas!
Eu, apenas eu, euzinho pura e simplesmente,
na entrega de meu corpo irredutível
►► 171
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
à vertigem do olhar.
Abaixo a representação, o eterno macaquear de seres de papel!
Todos saberão que sou eu, eu mesmo, o único
autor e executor
deste campo irradiante de energias.
Eu enfim meu tema e assunto e circunstância,
na pura epifania de mim-mesmo!
172 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Bahia 1798
E a liberdade tecendo
o fio de sua renda:
navegar é preciso
que se aprenda.
Filetes de ferimentos,
ferros, feitores, fidalgos,
afã de fazer feitiço,
garras, garrotes, gadanhos,
galhofas e galicismos,
o gosto das gargalhadas,
o gozo, o guizo, a gandaia,
a justiça justaposta,
gerando jeito, jeitinho,
e gente jeremiando.
E a liberdade tecendo
o fio de sua renda :
navegar é preciso
que se aprenda.
►► 173
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
E a liberdade tecendo
o fio de sua renda :
navegar é preciso
que se aprenda.
Os póstumos patriotas,
padres, peões, parasitas,
os poderes paralelos,
réus, rebeldes, renitentes,
raças, revoltas, revides,
o real e a realeza,
os sambas e as assembleias,
selos, sigilos, segredos,
a sedição e seus sonhos,
o sangue e o suor descendo.
E a liberdade tecendo
o fio de sua renda:
navegar é preciso
que se aprenda.
174 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Traidores e titulares,
o trono, a taxa, o tributo,
o tronco, a tortura, a tropa,
velas, vasos e vitrais,
os vassalos e os valentes,
a vida a vazar das veias,
o xodó e o xingamento,
zona, zunzum, zombaria,
o zumbir da zurzidela,
zoeiras, zangas e zelos.
E a liberdade tecendo
o fio de sua renda:
navegar é preciso
que se aprenda.1
►► 175
CINCO POEMAS
FLORISVALDO MATTOS
►► 177
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Devaneios outonais
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REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
*Tabaris Night Club: casa noturna, ao estilo de cabaré com música e dança,
que funcionou em Salvador, de 1938 a 1972.
►► 179
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Recém-hoje, recém-ido
180 ◄◄
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►► 181
CINCO POEMAS
GLÁUCIA LEMOS
Soneto da Partida
►► 183
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Da acácia branca
184 ◄◄
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Os girassóis dourados
►► 185
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Deus grego
186 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Setembros
►► 187
DOIS POEMAS
MYRIAM FRAGA
O filme
Subitamente,
Um filme acorda
Em minha mente.
Enrola, desenrola
E de repente,
Numa tela irreal
Abre-se em frente,
Multiplicando-se
Perdida nas esquinas
De uma cidade
Fantasma
Que se esconde.
Corta!
Sombras se apagam
E reaparecem
►► 189
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Caminhando
Solitárias pelas ruas,
A perder-se nas dobras
Do vazio.
E era eu,
O caminhar sereno
Para o abismo,
Cenário de um filme
Mais antigo.
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A Ilha
Esta ilha completa e acabada
Que no espelho da cidade se reflete,
A ilha que cantei nas madrugadas
Em que o mar se desmanchava em suas praias,
►► 191
QUATRO POEMAS
Clepsidra
►► 193
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►► 195
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Soneto da azureia
196 ◄◄
HINO HOMÉRICO
A APOLO DÉLIO
ORDEP SERRA
►► 197
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198 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
►► 199
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►► 201
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ORDEP SERRA
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REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
206 ◄◄
FICÇÃO
ENCONTRO NA BIBLIOTECA
ORDEP SERRA
►► 209
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►► 211
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
refratário aos textos que quisera reler. Era evidente que ele esco-
lhia sempre os mesmos volumes, mas os mantinha fechados com
severa prudência. Tinha receio, pensei, de que o livro aberto o
arrancasse do pensamento cuidadosamente elaborado a fim de
dominá-lo e assim, paralisando o fluxo de sua consciência com o
rigor dos argumentos husserlianos (em sua mente já transforma-
dos em enigmas de uma lógica implacável) acabasse por tirar-lhe
realidade. Por outras palavras, segundo minha desatinada fantasia,
o infeliz imaginou que o livro do filósofo o poderia ler, a ele, mas
a contrapelo de sua meditação — e assim destruir seu juízo, ar-
rancando-o de si mesmo à força de perguntas silenciosas. Movido
pelo pânico, ele decidiu, então, tornar-se ilegível, Monsieur l’Ilegible.
Esperava, por certo, que nessa condição se faria capaz de conquis-
tar o domínio do texto, apossar-se dele sem ser ferido por sua agu-
deza, a fim de impor-lhe a direção hermenêutica que o satisfazia;
poderia, então, voltá-lo para onde bem quisesse, sem se machucar
no processo. Mas nunca estava seguro de já ter ganho a desejada
força, logrado a esperada imunidade; nunca se via equipado com
a perícia necessária para volver a bordo dos escritos viajores de
Husserl e tomar-lhes o volante, por assim dizer. Duvidava, ainda
e sempre, da espécie de cabala que se empenhava em construir a
fim de aplicar-lhes.
A moça acolheu minha hipótese maluca com uma fé ri-
sonha, mas perguntou porque o pobre homem teria imaginado
uma coisa dessas. Admitia a possibilidade de que ele estivesse
louco (como suspeitava discretamente que fosse meu caso), mas
perguntava-se de que modo — e porque — ele teria chegado a
esse ponto. Embarcando na sua suposição, sugeri que foi por
causa do divórcio: a mulher dele, também filósofa, o teria aban-
donado em meio a uma grave discussão fenomenológica. Ele
estava apaixonado, queria voltar, mas entendeu que não o con-
seguiria enquanto não achasse a solução do problema filosófico
subjacente à disputa conjugal. Estava, porém, apegado a uma in-
terpretação tentadora a que o texto de Husserl resistia, de modo
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MUDOS MUGIDOS
CYRO DE MATTOS
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Vai, vai,
não volta
mais...
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DISCURSOS
A ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA
DE 2013 A 2015
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DISCURSO DE POSSE NA PRESIDÊNCIA
DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA
EVELINA HOISEL
*******
Inicialmente, quero expressar a minha gratidão aos aca-
dêmicos que aceitaram a tarefa de dirigir comigo a Academia
de Letras da Bahia. Expresso também o nosso agradecimento a
►► 237
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Obrigada a todos. 2
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DISCURSO DO MAR DE AZOV
Homenagem a Hélio Pólvora
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* * *
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* * *
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* * *
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* * *
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* * *
* * *
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* * *
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* * *
* * *
Obrigado, Hélio Pólvora, por tudo que você foi, por tudo
que fez pela literatura, por sua contribuição pessoal exemplar à dig-
nidade do ofício de escritor. E obrigado por ter sido meu amigo.1
260 ◄◄
À MEMÓRIA DA ACADÊMICA
CONSUELO PONDÉ DE SENA
Sessão de saudade
EDIVALDO M. BOAVENTURA
►► 261
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
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264 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
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REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
266 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
►► 267
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
268 ◄◄
CENTENÁRIO DO NASCIMENTO
DE OLDEGAR FRANCO VIEIRA
(1915-2015)
►► 269
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
270 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
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272 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
►► 273
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
(Em recitação)
Natureza morta,
frutos? caça? vinhos? não:
maletas de couro
(natureza morta)
A mão da manhã
soltou na clara do céu
a gema do sol.
(um ovo)
274 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
►► 275
CENTENÁRIO DO NASCIMENTO
DE JORGE CALMON (1915-2015)
SAMUEL CELESTINO
►► 277
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
278 ◄◄
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CENTENÁRIO DO NASCIMENTO
DE JOSÉ CALASANS (1915-2015)
EDIVALDO M. BOAVENTURA
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JOSÉ CALASANS – IN MEMORIAM
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As mulhé de Lagoinha
Não precisam trabalhá
De noite ceia cachaça
De manhã mingáo sem sá.
Cachaceiro me chamavam
Por beber assim atoa
Hoje me elogiam
Por beber a Chica Boa.
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O Anti-Cristo chegou
Para o Brasil governar;
Mas aí está o Conselheiro
Para dele nos livrar.
Moreira Cesar
Quem foi que te matou?
Foi a bala de Canudos,
Que o Conselheiro mandou.
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Novas expedições
O fim da tragédia
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Informações finais
____________
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CENTENÁRIO DO NASCIMENTO
DE WALTER DA SILVEIRA (1915-2015)
O templo sagrado de Walter da Silveira
CARLOS RIBEIRO
1
A posse de Walter da Silveira na Cadeira de Número 13 da Academia de Letras
da Bahia foi realizada no dia 18 de outubro de 1966 e o discurso foi publicado
no Volume XXI da Revista da Academia de Letras da Bahia, em 1970.
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* * *
Falar sobre as realizações do Cidadão Walter demandaria
muitas páginas, bem mais que as que cabem neste discurso. Mas
há alguns dados biográficos que achamos por bem assinalar. O
que faço com brevidade.
Filho de Ariston Augusto Côrte Imperial da Silveira e de
Elvira Raulino da Silveira, irmão de Valdemar, Noélia, Maria,
Rute, Dulce e Noêmia, Walter Raulino da Silveira nasce, em Sal-
vador, a 22 de julho de 1915. Desde menino revela seu amor à
Sétima Arte, que, então, limitava-se a uma intensa fonte de estí-
mulos e sensações. Mas também um veículo pedagógico muito
original, tendo em vista sua afirmação de que se alfabetizara len-
do os folhetos dos filmes passados nos cinemas.
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2
DIAS, José Umberto (Org.). Walter da Silveira. O eterno e o efêmero, Vol. 3.
Salvador: Oiti Editora e Produções Culturais Ltda, 2006, p. 374.
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* * *
O que mais fez ele, senão isto? Construir a casa ao lado e nela
descobrir os tesouros que ali estão, invisíveis aos olhos – seja no
campo da sua atuação como advogado dos pobres e dos operários,
seja como intelectual, ensaísta e agitador cultural. Mas, sobretudo,
como o nosso mais importante crítico de cinema que acreditava na
necessidade da crítica cinematográfica, afirmando que, como
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* * *
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3
RIBEIRO, Carlos (Org.)Escritos sobre cinema: trilogia de um tempo crítico –
III Volumes; André Setaro. Salvador: Edufba; Azougue Editorial, 2010. Vol.
II (Cinema Baiano), pp. 51-52.
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-- Qual deles?
-- O eterno e o efêmero.
Ele ria.
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Esperança
Olha através da opacidade das lágrimas.
Guarda bem, na lembrança, a triste e
Nevoenta visão de hoje.
Um dia, voltaremos aqui,
Voltaremos sorrindo,
Já não seremos os desconhecidos de agora.
E a paisagem, franca e pura, sorrirá também.
REFERÊNCIAS
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CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE
JOSAPHAT MARINHO (1915-2015)
PAULO FURTADO
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Agradeço.1
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DISCURSO DE POSSE
ANTÔNIO TORRES
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DISCURSO DE RECEPÇÃO
A ANTÔNIO TORRES
D’Essa terra para outras terras
ALEILTON FONSECA
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DISCURSO DE POSSE
A Leitura como uma forma de felicidade
GERANA DAMULAKIS
L i muito, leio muito, estou sempre lendo, não saio de casa sem
um livro, espero que chamem a minha senha seja lá onde for,
lendo. Decidi ler há muito tempo. Assisti meus pais comporem a
vasta biblioteca da nossa casa aos sete anos. Foi uma construção
fascinante, tanto tijolo a tijolo, porque meu pai, o engenheiro Ge-
rácimo Damulakis foi o criador da casa, mas livro a livro, e por tal
razão tenho uma falha enorme no meu cabedal de leitura – a lite-
ratura infantil. Não li Lobato, como os acadêmicos Aramis Ribei-
ro Costa e Luís Antonio Cajazeira Ramos. Li o Charles Dickens
de OliverTwist e David Copperfield. E li muito Cervantes, a ponto de
talvez ter aprendido, tal qual o Cavaleiro da Triste Figura, a olhar
para moinhos de vento e imaginar o que desejasse.
E comecei a escrever com a mesma idade. Mas a sensação
de que não poderia viver sem ler me tomou ao terminar o livro
Pedra Bonita, de José Lins do Rego, e fechá-lo com muita força,
dizendo alto: “É isso que eu quero: ler”.
A vontade de ir até o fim de tudo é uma característica
minha; portanto, um livro apenas de determinado autor com
vasta obra não me basta para pensar sobre sua literatura; pre-
ciso sempre adentrá-la e completá-la. Assim que, adolescente,
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com páginas cor de rosa, que meu pai me deu aos 8 anos para
os meus poemas. Passei a figurar em muitas antologias editadas
pela Shogun Editora e Arte, do Rio de Janeiro, intituladas assim:
Poetas Brasileirosde Hoje, A Nova Literatura Brasileira, Antologia Poé-
tica de Cidades Brasileiras, A Nova Poesia Brasileira, propriedade de
Christina Oiticica, mulher de Paulo Coelho.
Kairós, em grego antigo, significa o momento oportuno,
certo, ou supremo; na mitologia é filho de Chronos, deus do
tempo e das estações. Enfim, a seguir, o meu kairós: o cunhado
de meu irmão, André Kruschewsky, fez uma exposição de suas
telas. O catálogo trazia um texto assinado pelo acadêmico Carlos
Eduardo da Rocha, crítico de arte. Os pais de André, Tancinha
e Juarez Kruschewsky, sogros de meu irmão, portanto, fizeram
um jantar para o poeta. Na ocasião, o acadêmico Carlos Eduar-
do da Rocha interessou-se em conhecer meus poemas. Ele esti-
mulou a edição em livro, foi meu prefaciador e assim o volume
Guardador de Mitos se tornou uma realidade.
Há um quarto de século frequento esta casa. Vim a con-
vite desse saudoso acadêmico, poeta Carlos Eduardo da Rocha.
Daí em diante a Academia exerceu um papel importantíssimo
em minha vida, transformando-a. Algo que sentimos quando
se sabe, finalmente, que não se precisa mais buscar. Em segui-
da, o acadêmico James Amado foi o grande incentivador para
que eu escrevesse meu livro sobre a poesia de Sosígenes Costa,
inclusive foi James quem deu o título O Poeta Grego da Bahia,
que era como ele chamava o poeta de Belmonte, cujos versos
trazem muito da mitologia grega. Além disso, o acadêmico Ja-
mes Amado me apresentou ao poeta e ensaísta José Paulo Paes,
com quem travei grande amizade, não apenas pela admiração
em comum relativa a Sosígenes Costa, mas pela afinidade em
relação a uma visão crítica que partilhamos de perto, a ponto
de José Paulo Paes enviar seus livros, assim que eram lançados,
diretamente para mim, com o fim de vê-los resenhados no Su-
plemento Cultural de A TARDE.
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A cadeira 29
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DISCURSO DE RECEPÇÃO
A GERANA DAMULAKIS
Cantos dos encantos
ALEILTON FONSECA
Gerana Damulakis
Canto um - Intróito
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Canto dois
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Canto três
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Canto quatro
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Zeus
Sei que és deus
mas não te conheço.
Sinto que és, no entanto não te escuto.
Ler Zeus
como discurso trêmulo
de um beija-flor
estacionado no ar,
é ressuscitar-te
ainda que senil
para habitar-te
na minha crença vil.
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Canto cinco
Canto seis
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Canto sete
Canto oito
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Canto nove
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mundo das musas. Como teu avô que garimpava o fundo do mar,
tu foste à região profunda da memória lírica – e resgataste as joias
que há muito não reluziam aos olhos dos que amam as palavras,
quando estas se abraçam para bailar, numa poesia que celebra os
deuses entronados no saguão mais sublime da alma humana.
E por tuas mãos, Sosígenes Costa, o poeta grego da Bahia,
como afirmava James Amado, de novo fulgurou nos céus da po-
esia nacional, como uma árvore isolada na floresta, – segundo o
destaca Jorge Amado. O teu ensaio com sabor de apologia tem
este sentido de elevação do que estava embaixo, e que se eleva
em face de Apolo. Pelo exercício retórico da apologia, tu requa-
lificas a imagem do poeta, tocas seus poemas com o olhar que
transmite o brilho iluminador. Esse exercício retórico, vazado
em leitura, observação e análise com admiração e louvor é um lo-
cus especial da crítica, onde razão e emoção se fundem e operam
num só impulso, como energia que dá vida aos textos.
James Amado, que aqui hoje estaria exultante, e te teria en-
tronizado neste salão com seus passos cadenciados e olhar perqui-
ridor sobre a plateia, afirmou com muita propriedade e gratidão:
“Gerana Damulakis, de nome e raiz gregos, tem desde logo esse
ponto de contato com o encantado de Belmonte. Estudiosa das
questões culturais, ensaísta jovem e de talento reconhecido, fre-
quentadora do verso, ela também, certo dia descobriu a poesia de
Sosígenes Costa. Como Iararana, cheirou a flor, e caiu estatelada.”
Aqui percebemos a referência à magia do encantamento das pala-
vras, o perfume dessa flor de palavras que inebria – e é o poema!
– semelhante ao toque dos deuses que transforma a alma e os
destinos dos homens. Poesia, poção das musas. E James Ama-
do conclui sobre ti, Gerana, como leitora encantada de Sosígenes
Costa: Diz ele: “Desde então é fiel de seu perfume, participa da
grande festa que é a obra do poeta”. E eu retomo a palavra para
assinalar que, certamente, são duas festas no mar, pois aí está o lo-
cus mítico de Damulakis e de Sosígenes – destinos marcados pelo
mar. Ele é o poeta de “Belmonte, terra do mar” e tu és a crítica de
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Gerana Damulakis:
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DISCURSO DE POSSE
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Neve natalina.
Um menino cara-suja
Contempla a vitrina.
(Natal)
A mão da manhã
Soltou na clara do céu
A gema do sol.
(um ovo)
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DIVERSOS
Efemérides 2015
Março
Abril
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Maio
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Junho
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Julho
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Agosto
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Setembro
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Outubro
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►► 421
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Novembro
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►► 423
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Dezembro
►► 425
Quadro social da ALB1
Cadeira 1
Patrono: Frei Vicente de Salvador
Fundador: José de Oliveira Campos
2º Titular: Júlio Afrânio Peixoto (Afrânio Peixoto), fundador da
Cadeira 25, por transferência consentida pela Academia.
3º Titular: José Wanderley de Araújo Pinho
Titular atual:
Luís Henrique Dias Tavares
Posse em 14.06.1968
Cadeira 2
Patrono: Gregório de Mattos e Guerra (Gregório de Mattos)
Fundador: Aloysio Lopes Pereira de Carvalho (Lulu Parola)
2º Titular: Luis Viana Filho
Titular atual:
Paulo Ormindo David de Azevedo
(Paulo Ormindo de Azevedo)
Posse em 20.06.1991
1
O quadro dos titulares da Academia de Letras da Bahia foi originalmente
elaborado pelo acadêmico Renato Berbert de Castro (1924-1999)
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Cadeira 3
Patrono: Manuel Botelho de Oliveira
Fundador: Arthur Gonçalves de Salles (Arthur de Salles)
2º Titular: Eloywaldo Chagas de Oliveira
3º Titular: Anna Amélia Vieira Nascimento
Titular atual:
Guilherme Requião Radel
(Guilherme Radel)
Posse em 09.10.2014
Cadeira 4
Patrono: Sebastião da Rocha Pita
Fundador: Braz Hermenegildo do Amaral (Braz do Amaral)
2º Titular: João da Costa Pinto Dantas Júnior
3º Titular: Jayme de Sá Menezes
Titular atual:
Geraldo Magalhães Machado
(Geraldo Machado)
Posse em 31.10.2003
Cadeira 5
Patrono: Luís Antônio de Oliveira Mendes
Fundador: Carlos Chiacchio
2º Titular: Antônio Luís Cavalcanti Albuquerque de Barros Bar-
reto (Barros Barreto)
3º Titular: Carlos Benjamin de Viveiros
4º Titular: José Silveira
5º Titular: Guido José da Costa Guerra (Guido Guerra)
Titular atual:
Carlos Jesus Ribeiro
(Carlos Ribeiro)
Posse em 31.05.2007
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Cadeira 6
Patrono: Alexandre Rodrigues Ferreira
Fundador: Manoel Augusto Pirajá da Silva (Pirajá da Silva)
2º Titular: Thales Olímpio Góes de Azevedo (Thales de Aze-
vedo)
3º Titular: Lucas Moreira Neves (Dom Lucas Cardeal Moreira
Neves)
Titular atual:
Cleise Furtado Mendes
(Cleise Mendes)
Posse em 15.04.2004.
Cadeira 7
Patrono: José da Silva Lisboa, Visconde de Cayru
Fundador: Ernesto Carneiro Ribeiro (Carneiro Ribeiro)
2º Titular: Francisco Borges de Barros
3º Titular: Aloísio de Carvalho Filho. Eleito para a Cadeira 26,
permutou esta, obtendo acordo da Academia, pela Cadeira 7,
com monsenhor Francisco de Paiva Marques, quando ambos
ainda não empossados.
4º Titular: Nelson de Souza Sampaio (Nelson Sampaio)
5º Titular: Pedro Moacir Maia
Titular atual:
Joaci Fonseca de Góes
(Joaci Góes)
Posse em 24.09.2009
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Cadeira 8
Patrono: Cipriano José Barata de Almeida (Cipriano Barata)
Fundador: Luís Anselmo da Fonseca
2º Titular: Francisco Peixoto de Magalhães Netto (Magalhães
Netto)
3º Titular: Adriano de Azevedo Pondé (Adriano Pondé)
4º Titular: Ary Guimarães
Titular atual:
Paulo Costa Lima
Posse em 17.12.2009
Cadeira 9
Patrono: Antônio Ferreira França
Fundador: José Alfredo de Campos França
2º Titular: Edgard Ribeiro Sanches
3º Titular: Antônio Luís Machado Neto (Machado Neto)
4º Titular: Cláudio de Andrade Veiga (Cláudio Veiga)
5º Titular: João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro (João Ubaldo
Ribeiro)
Titular atual:
Antônio Torres
Posse em: 21.05.2015
Cadeira 10
Patrono: José Lino dos Santos Coutinho
Fundador: Antônio Moniz Sodré de Aragão
2º Titular: Altamirando Alves da Silva Requião (Altamirando Re-
quião)
Titular atual:
Gaspar Sadoc da Natividade
(Monsenhor Gaspar Sadoc)
Posse em 16.10.1990
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REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Cadeira 11
Patrono: Francisco Gê Acaiaba de Montezuma, Visconde de Jequitinhonha
Fundador: Antonio Ferrão Moniz de Aragão (Antonio Moniz)
2º Titular: Otávio Torres
3º Titular: Oldegar Franco Vieira
Titular atual:
Yeda Antonita Pessoa de Castro
(Yeda Pessoa de Castro)
Posse em 10.04.2008
Cadeira 12
Patrono: Miguel Calmon du Pin e Almeida, Marquês de Abrantes
Fundador: Miguel Calmon du Pin e Almeida
2º Titular: Alberto Francisco de Assis (Alberto de Assis)
3º Titular: Affonso Ruy de Sousa (Affonso Ruy)
4º Titular: Itazil Benício dos Santos
Titular atual:
Aramis de Almada Ribeiro Costa
(Aramis Ribeiro Costa)
Posse em 25.11.1999
Cadeira 13
Patrono: Francisco Moniz Barreto
Fundador: Egas Moniz Barreto de Aragão (Pethion de Villar)
2º Titular: Afonso de Castro Rebelo Filho
3º Titular: Walter Raulino da Silveira (Walter da Silveira)
4º Titular: Odorico Montenegro Tavares da Silva (Odorico Ta-
vares)
5º Titular: Luís Fernando Seixas de Macedo Costa (Luís Fernan-
do Macedo Costa)
Titular atual:
Myriam de Castro Lima Fraga
(Myriam Fraga)
Posse em 30.07.1985
►► 431
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Cadeira 14
Patrono: Francisco Gonçalves Martins, Visconde de São Lourenço
Fundador: Bernardino José de Sousa (Bernardino de Sousa)
2º Titular: Alberto Alves Silva (Alberto Silva)
3º Titular: Edgard Rego Santos (Edgard Santos)
4º Titular: Raul Batista de Almeida
5º Titular: Carlos Vasconcelos Maia (Vasconcelos Maia)
6º Titular. Epaminondas Costalima
Titular atual:
Gláucia Maria de Lemos Leal
(Gláucia Lemos)
Posse em 21.10.2010
Cadeira 15
Patrono: Ângelo Moniz da Silva Ferraz,, Barão de Uruguaiana
Fundador: Otaviano Moniz Barreto
2º Titular: Hélio Gomes Simões (Hélio Simões)
Titular atual:
João Carlos Oliveira Teixeira Gomes Fonseca
(João Carlos Teixeira Gomes)
Posse em 08.06.1989
Cadeira 16
Patrono: José Tomáz Nabuco de Araújo
Fundador: Eduardo Godinho Espínola
2º Titular: Orlando Gomes dos Santos (Orlando Gomes)
Titular atual:
João Eurico Matta
Posse em 10.05.1989
432 ◄◄
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Cadeira 17
Patrono: Antônio Ferrão Moniz de Aragão
Fundador: Gonçalo Moniz Sodré de Aragão (Gonçalo Moniz)
2º Titular: Leopoldo Braga
3º Titular: Carlos Eduardo da Rocha
Titular atual:
Ruy Alberto d’Assis Espinheira Filho
(Ruy Espinheira Filho)
Posse em 15.09.2000
Cadeira 18
Patrono: Zacarias de Góes e Vasconcelos
Fundador: José Joaquim Seabra (J.J. Seabra)
2º Titular: Augusto Alexandre Machado
3º Titular: Avelar Brandão Vilela (Dom Avelar Brandão Vilela)
Titular atual:
Waldir Freitas Oliveira
Posse em 27.10.1987
Cadeira 19
Patrono: João Maurício Vanderley, Barão de Cotegipe
Fundador: Severino dos Santos Vieira (Severino Vieira)
2º Titular: Arlindo Coelho Fragoso (Arlindo Fragoso). Funda-
dor da Cadeira 41, criada em caráter provisório, transferiu-se
para esta, após a morte de Severino Vieira, ocorrida a 27 de se-
tembro de 1917, a fim de que fosse extinta a temporária.
3º Titular: Deraldo Dias de Morais
4º Titular: Guilherme Antônio Freire de Andrade Filho
5º Titular: Godofredo Rebelo de Figueiredo Filho (Godofredo Filho)
Titular atual:
Cid José Teixeira Cavalcante
(Cid Teixeira)
Posse em 25.03.1993
►► 433
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Cadeira 20
Patrono: Augusto Teixeira de Freitas (Teixeira de Freitas)
Fundador: Carlos Gonçalves Fernandes Ribeiro (Carlos Ribeiro)
2º Titular: Epaminondas Berbert de Castro
3º Titular: Lafayette Ferreira Spínola (Lafayette Spínola)
4º Titular: Ivan Americano da Costa
5º Titular: Joaquim Alves da Cruz Rios (Cruz Rios)
Titular atual:
Aleilton Santana da Fonseca
(Aleilton Fonseca)
Posse em 15.04.2005
Cadeira 21
Patrono: Francisco Bonifácio de Abreu, Barão da Vila da Barra
Fundador: Filinto Justiniano Ferreira Barros
2º Titular: Estácio Luís Valente de Lima (Estácio de Lima)
3º Titular: Jorge Amado
4º titular: Zélia Gattai Amado (Zélia Gattai)
Titular atual:
Antonio Brasileiro Borges
(Antônio Brasileiro)
Posse em 10.06.2010
Cadeira 22
Patrono: José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco
Fundador: Ruy Barbosa de Oliveira (Ruy Barbosa)
2º Titular: Ernesto Carneiro Ribeiro Filho
3º Titular: Aloísio Henrique de Barros Porto
Titular atual:
Clóvis Álvares Lima
(Clóvis Lima)
Posse em 08.05.1980
434 ◄◄
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Cadeira 23
Patrono: Antônio Januário de Faria
Fundador: João Américo Garcez Fróes
2º Titular: Jorge Calmon Moniz de Bittencourt (Jorge Calmon)
Titular atual:
Samuel Celestino Silva Filho
(Samuel Celestino)
Posse em 21.08.2008
Cadeira 24
Patrono: Demétrio Ciríaco Tourinho (Demétrio Tourinho)
Fundador: Luís Pinto de Carvalho (Pinto de Carvalho)
2º Titular: Luís Menezes Monteiro da Costa (Luís Monteiro)
3º Titular: Renato Berbert de Castro
Titular atual:
Francisco Soares Senna
(Francisco Senna)
Posse em 27.04.2000
Cadeira 25
Patrono: Pedro Eunápio da Silva Deiró (Eunápio Deiró)
Fundador: Júlio Afrânio Peixoto (Afrânio Peixoto). Com o con-
sentimento da Academia, transferiu-se para a Cadeira 1 após a
morte de seu fundador, José de Oliveira Campos.
2º Titular: Francisco Hermano Santana (Hermano Santana)
3º Titular: Raimundo de Sousa Brito (Raimundo Brito)
4º Titular: Luís Augusto Fraga Navarro de Brito (Navarro de
Brito)
Titular atual:
Fernando da Rocha Peres
Posse em 16.06.1988
►► 435
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Cadeira 26
Patrono: Antônio de Macedo Costa (Dom Antônio de Macedo Costa)
Fundador: José Cupertino de Lacerda (Padre José Cupertino de
Lacerda)
2º Titular: Alberto Moreira Rabelo (Alberto Rabelo), único
membro da Academia que faleceu antes de tomar posse, sendo
legitimado na Cadeira postumamente, por decisão da diretoria.
3º Titular: Monsenhor Francisco de Paiva Marques (Monsenhor
Paiva Marques)
Eleito para a Cadeira 7, permutou esta pela Cadeira 26, com Alo-
ísio de Carvalho Filho, quando ambos ainda não empossados.
4º titular: César Augusto de Araújo (César de Araújo)
Titular atual:
Roberto Figueira Santos
(Roberto Santos)
Posse em 10.08.1971
Cadeira 27
Patrono: Francisco Rodrigues da Silva
Fundador: Frederico de Castro Rebelo (Frederico Rabelo)
2º Titular: Antônio Gonçalves Vianna Júnior (Antônio Vianna)
3º Titular: Jayme Tourinho Junqueira Ayres (Jayme Junqueira
Ayres)
4º Titular: Antônio Loureiro de Souza
5º: Titular: James Amado
Titular atual:
Ordep José Trindade Serra
(Ordep Serra)
Posse em 04.09.2014
436 ◄◄
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Cadeira 28
Patrono: Luís José Junqueira Freire (Junqueira Freire)
Fundador: Francisco Torquato Bahia da Silva Araújo
2º Titular: Homero Pires de Oliveira e Silva
3º Titular: José Calasans Brandão da Silva (José Calasans)
4º Titular: Consuelo Pondé de Sena (Consuelo Pondé)
Titular Atual:
Suzana Alice Marcelino da Silva Cardoso (ainda não empossada)
(Suzana Alice Cardoso)
Eleita em: 05.11.2015
Cadeira 29
Patrono: Agrário de Souza Menezes (Agrário Menezes)
Fundador: Antônio Alexandre Borges dos Reis (Borges dos
Reis)
2º Titular: Manços Chastinet Contreiras (Manços Chastinet)
3º Titular: Colombo Moreira Spínola (Colombo Spínola)
4º Titular: Jorge Faria Góes
5º Titular: Hélio Pólvora de Almeida (Hélio Pólvora)
Titular Atual:
Gerana Costa Damulakis
(Gerana Damulakis)
Posse em 03.09.2015
►► 437
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Cadeira 30
Patrono: Joaquim Monteiro Caminhoá
Fundador: Antônio do Prado Valadares (Prado Valadares). Per-
mutou a cadeira com Roberto José Correia (Roberto Correia),
titular da Cadeira 38.
2º Titular: Roberto José Correia (Roberto Correia)
3º Titular: Alfredo Vieira Pimentel
4º Titular: Nestor Duarte Guimarães (Nestor Duarte)
5º Titular: Josaphat Ramos Marinho (Josaphat Marinho)
Titular atual:
Paulo Roberto Bastos Furtado
(Paulo Furtado)
Posse em 24.04.2003
Cadeira 31
Patrono: Belarmino Barreto
Fundador: Ernesto Simões da Silva Freitas Filho (Simões Filho)
2º Titular: José Luís de Carvalho Filho (Carvalho Filho)
Titular atual:
Florisvaldo Moreira de Mattos
(Florisvaldo Mattos)
Posse em 23.11.1995
Cadeira 32
Patrono: André Pinto Rebouças (André Rebouças)
Fundador: Teodoro Fernandes Sampaio (Theodoro Sampaio)
2º Titular: Isaías Alves de Almeida (Isaías Alves)
3º Titular: Zitelmann José Santos de Oliva (Zitelmann de Oliva)
4º Titular: Gerson Pereira dos Santos
Titular atual:
João Carlos Salles Pires da Silva
(João Carlos Salles)
Posse em 06.11.2014
438 ◄◄
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Cadeira 33
Patrono: AntônioFrederico de Castro Alves (Castro Alves)
Fundador: Francisco Xavier Ferreira Marques (Xavier Marques)
2º Titular: Heitor Praguer Fróes. Tomou posse em 15 de no-
vembro de 1931, na Cadeira 34, transferindo-se para esta, após a
morte de Xavier Marques.
3º Titular: Waldemar Magalhães Mattos (Waldemar Mattos)
4º Titular: Ubiratan Castro de Araújo (Ubiratan Castro)
Titular atual:
Maria Stella de Azevedo Santos
(Mãe Stella de Oxossi)
Posse em 12.09.2013
Cadeira 34
Patrono: Domingos Guedes Cabral
Fundador: José Virgílio da Silva Lemos (Virgílio de Lemos)
2º Titular: Heitor Pragues Fróes. Transferiu-se para a Cadeira
33, depois do desaparecimento de Xavier Marques
3º Titular: Adalício Coelho Nogueira (Adalício Nogueira)
4º Titular: Walfrido Moraes de Lima (Walfrido Moraes)
Titular atual:
Evelina de Carvalho Sá Hoisel
(Evelina Hoisel)
Posse em 27.10.2005
Cadeira 35
Patrono: Manoel Vitorino Pereira (Manoel Vitorino)
Fundador: Antônio Pacífico Pereira
2º Titular: Afonso Costa
3º Titular: Rui Santos
4º Titular. Rubem Rodrigues Nogueira (Rubem Nogueira)
5º Titular: João da Costa Falcão (João Falcão)
Titular atual:
Luís Antonio Cajazeira Ramos
Posse em 02.08.2012
►► 439
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Cadeira 36
Patrono: Joaquim Jerônimo Fernandes da Cunha (Fernandes da Cunha)
Fundador: Afonso de Castro Rebelo
2º Titular: Monsenhor Manuel de Aquino Barbosa (Padre Ma-
nuel Barbosa)
3º Titular: Hildegardes Cantolino Vianna (Hildegardes Vianna)
Titular atual:
José Carlos Capinan
Posse em 17.08.2006
Cadeira 37
Patrono: João Batista de Castro Rebelo Júnior
Fundador: Almachio Diniz Gonçalves (Almachio Diniz)
2º Titular: Edith Mendes da Gama e Abreu
3º Titular. Antonio Carlos Peixoto de Magalhães (Antônio Car-
los Magalhães)
Titular atual:
Emanuel d’Able do Amaral
(Dom Emanuel d’Able do Amaral)
Posse em 28.05.2009
Cadeira 38
Patrono: Alfredo Tomé de Brito (Alfredo Brito)
Fundador: Oscar Freire de Carvalho
2º Titular: Roberto José Correia (Roberto Correia). Permutou
sua cadeira com Prado Valadares, fundador da Cadeira 30.
3º Titular: Antônio do Prado Valadares (Prado Valadares)
4º Titular: Cristiano Alberto Müller (Cristiano Müller)
5º Titular: Wilson Mascarenhas Lins de Albuquerque (Wilson Lins)
Titular atual:
Armando Avena Filho
(Armando Avena)
Posse em 28.04.2005
440 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Cadeira 39
Patrono: Francisco de Castro
Fundador: Clementino Rocha Fraga Júnior (Clementino Fraga)
Titular atual:
Edivaldo Machado Boaventura
(Edivaldo M. Boaventura)
Posse em 06.08.1971
Cadeira 40
Patrono: Francisco Cavalcanti Mangabeira (Francisco Mangabeira)
Fundador: Octavio Cavalcanti Mangabeira (Octavio Mangabei-
ra)
2º Titular: Manoel Pinto de Aguiar
3º Titular: Consuelo Novais Sampaio
Titular atual:
Urania Maria Tourinho Peres
(Urania Tourinho Peres)
Posse em 25.09.2014
Obs.:
Cadeira 41
Criada em caráter provisório para que Arlindo Fragoso, idealiza-
dor e organizador da Academia, não lhe ficasse de fora, devendo
ser extinta com o falecimento de qualquer um dos 41 funda-
dores. Patrono: Manuel Alves Branco, Visconde de Caravelas (2º).
Fundador Arlindo Coelho Fragoso (Arlindo Fragoso). Com a
morte de Severino Vieira, em 27 de setembro de 1917, para a
sua Cadeira, de número 19, foi transferido Arlindo Fragoso, e
supressa a cadeira provisória.
►► 441
Endereços dos acadêmicos
ALEILTON FONSECA
Rua Rubem Berta, 267, Edf. Iana, aptº 402, Pituba
41810-045, Salvador, BA
3345 1519 / 9 8876-1519
aleilton50@gmail.com
ANTONIO BRASILEIRO
Rua Alto do Paraná, 300 – Bairro Sim
44.042-000 Feira de Santana – BA
(75) 3625-8512
abrasileiro@live.com
ANTÔNIO TORRES
Rua Estrada da União Industrial, 12600
Condomínio Mirantes do Sol Nascente, C- 37,
Itaipava / RJ
25750-226, Rio de Janeiro
antonio@antoniotorres.com.br
►► 443
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
ARMANDO AVENA
Rua Waldemar Falcão, 1965, Edf. Top Hill, Aptº 702 Norte
40295-010 Salvador - BA
3272-2960 / 9994-3000
armandoavena@uol.com.br
CARLOS RIBEIRO
Rua do Timbó, 680 Edf. Villa Etruska, aptoº503
Caminho das Árvores 41820-660 Salvador – BA
3011-7019/ 9 9153- 4908
carlos.jribeiro@terra.com.br
CID TEIXEIRA
Rua das Violetas, 85, Pituba
41810-080, Salvador / BA
3452 7402
cidjteixeira@uol.com.br
CLEISE MENDES
Rua Marechal Floriano, nº357
Edf. Casa Grande, aptº302 - Canela
40110-010, Salvador - BA
3337-0312 / 9 9198-6165
cleise.mendes@gmail.com
CLÓVIS LIMA
Avenida Sete de Setembro, 750, aptº 404, Mercês
40060-001, Salvador, BA
3329 4178
444 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
EDIVALDO M. BOAVENTURA
Rua Dr. José Carlos, 99, Acupe de Brotas
Edf. Cond. Pq das Mangueiras, aptº 801,
40290-040, Salvador / BA
3276 1242 / 8818 6199
edivaldoboaventura@terra.com.br
EVELINA HOISEL
Rua Mons. Gaspar Sadoc, 48, Jardim de Alá
41750-200, Salvador /Bahia
3343 5789 / 9968 7625
hoisel@ufba.br
FLORISVALDO MATTOS
Rua Sócrates Guanaes Gomes, 107,
Cidade Jardim - 40296-720, Salvador / BA
Edf. Paço Real, Aptº 801,
3353 9785 / 9986-2848
florismattos@gmail.com
FRANCISCO SENNA
Rua Prof. Milton Oliveira, nº73
Edf. Palazzo Anacapri, aptoº202
Barra, 40.140-100, Salvador, Ba
9 9967-0685
francisco.senna@tcm.ba.gov.br
►► 445
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
GERANA DAMULAKIS
Av. Centenário, 285 - 5º andar
Chame-Chame – Salvador/BA
CEP 40155-150
9 8894-2356
geranadamulakis@yahoo.com.br
GLÁUCIA LEMOS
Rua Ceará, 853, apto. 203 - Pituba
4l830-450, Salvador-BA
3240-3688/9 8199-1803
glaucialemos9@hotmail.com
GUILHERME RADEL
Rua Morro do Escravo Miguel, s/n, Edf. Atlantic Towers
Aptº 603 – Ondina
40170-010 - Salvador – BA
9 9145-3853
JOACI GÓES
Rua Alceu Amoroso Lima, 172, Edf. Office & Pool, 8ª andar
41.820-770, Caminho das Arvores, Salvador – BA
3444-2308 / 9 8814-3631
joacigoes@uol.com.br
446 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
►► 447
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
MYRIAM FRAGA
Rua Waldemar Falcão, 761, Brotas
Edf. Parque das Árvores, Aptº 301,
40295-001, Salvador / BA
3356 4611 / 9 8151 1413
fundação@fundacaojorgeamado.com.br
ORDEP SERRA
Rua Barão de Itapoan, 142, Edf. Barravento
aptº 202 – Barra
40140060, Salvador – BA
9 8869-1531
ordepserra@gmail.com
448 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
PAULO FURTADO
Av. Orlando Gomes, Condomínio Parque Costa Verde
Quadra H, Lote 3, 41650-120, Salvador / BA
3367 9481 / 9 9158 3414
prbfurtado@yahoo.com.br
ROBERTO SANTOS
Rua Basílio Catalá de Castro, Quinta do Candeal,
Quadra B, lote 19 - 40280-550, Salvador/BA
3276 5759 /9 9115 9532
rf.santos@terra.com.br
►► 449
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
SAMUEL CELESTINO
Rua do Ébano, nº159 - Edf. Henri Matisse
Aptº.1301, Caminho das Árvores
41820-370 – Salvador, BA
3341-4485/ 3359-7741 /9 8203-3325
samuelcelestino@uol.com.br
450 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
Membros correspondentes
ALAIN SAINT-SAËNS
Centro de Investigaciones Académicas,
Universidad del Norte,
Avenida Artigas y Calle Juan de Salázar,
Asunción – Paraguay
alainfrenchguy@gmail.com
CYRO DE MATTOS
Travessa Rosenaide, 40 / 101 – Zildolândia
45600-395 – Itabuna – BA
(73) 3211-1902 /(73) 88461883
cyropm@bol.com.br
►► 451
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
DOMINIQUE STOENESCO
FLANKLIN W. KNIGHT
26 bis, Allée Guy Mocquet
94170 - Le Perreux-sur-Marne - France
(003133) 1 48 72 16 56 / 003133) 06 08 65 50 23
dominique.stoenesco@orange.fr
GLÓRIA KAISER
Dr. Robert Siegerst, 15
A 8010 – Graz
Áustria – Europa
gloria.kaiser@aon.at
452 ◄◄
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, nº 54, 2016
MARIA BELTRÃO
Rua Prudente de Moraes, 1179, COB. 01
Ipanema – Rio de janeiro – RJ
22420-043
(21) 2247-4180
mcmcbeltrão@gmail.com
RITA OLIVIERI-GODET
24, Avenue Sergent Maginot
35000 Rennes - França
02 99 67 35 02
rgodet@9online.fr
VAMIREH CHACON
Universidade de Brasília
Instituto de Ciência Política
70910-900
►► 453
A Revista da Academia de Letras da Bahia foi publicada em
março de 2016 ano de centenário dos acadêmicos:
Gaspar Sadoc da Natividade (Monsenhor Gaspar Sadoc),
Walfrido Moraes de Lima e Zélia Gattai Amado,
e sesquicentenário de nascimento de Euclides da Cunha.
Presidente da ALB
Evelina Hoisel
Diretor da Revista
Fernando da Rocha Peres
Conselho Editorial
Aleilton Fonseca
Aramis Ribeiro Costa
Florisvaldo Mattos
Editoração e arte-final
Elimarcos Santana
Serviço editorial
Via Litterarum Editora
ISSN 1518-1766