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Genealogia de um Genealogista

Paulo Duarte de Almeida1

A primeira versão deste estudo foi publicada na Revista Lusófona de Genealogia e Heráldica,
n.º 9, Ano 9, 2015. Versão corrigida e actualizada em Dezembro de 2020.

António Machado de Faria ou António Machado de Faria de Pina Cabral, como


também é conhecido, é um dos nomes mais importantes da genealogia e da heráldica do
século XX português. A ele se devem trabalhos tão relevantes como os estudos
introdutórios da edição fac-similada e comentada do Livro do Armeiro-mor (1956), do Livro de
Linhagens do séc. XVI (1956), ou o Armorial Lusitano (1961).
O rigor e qualidade dos seus estudos valeram-lhe alguns prémios: com a Crónica do
Condestável D. Nuno Álvares Pereira recebeu o “Prémio Augusto Botelho da Costa Veiga”
(1973) e, três anos mais tarde, recebeu o “Prémio de História Calouste Gulbenkian” com as
suas Memórias da Europa escritas em 1416 por um viajante português.
Embora ao longo da sua vida tenha publicado cerca de quatro dezenas de títulos,
entre os quais algumas genealogias da Beira Alta2, de onde era originária a sua família
paterna, António Machado de Faria nunca publicou qualquer estudo sobre a sua
ascendência, embora a conhecesse bem, como comprova uma nota biográfica sobre o seu
avô paterno, manuscrito da sua autoria, que conservo na minha posse e a que me referirei
mais à frente.
O facto de, tal como eu, ter as suas raízes na Lajeosa do Mondego e os múltiplos
parentescos que nos unem levam-me a publicar estes subsídios para o estudo da sua
genealogia.
Com este trabalho, pretendo homenagear António Machado de Faria e, ao mesmo
tempo, contribuir para o conhecimento de mais um ramo da frondosa árvore genealógica
dos Cabrais de Celorico da Beira.
As referências bibliográficas são indicadas nas notas de rodapé e suprimi as
referências à localização dos assentos dos registos paroquiais para não sobrecarregar o
texto, já que, através da indicação da freguesia e da data, será fácil a qualquer interessado
localizar os ditos assentos.

1 Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas e mestre em Literatura Portuguesa Clássica (FLUC). Professor.
Membro do Gabinete de Estudos de Genealogia e Heráldica da Universidade Lusófona do Porto.
pauloduartedealmeida@gmail.com
2 Nomeadamente Gente da Beira, publicado na revista Beira Alta entre 1980 e 1987.
1. António Machado de Faria de Pina Cabral3 nasceu na Rua Treze de Maio, n.º 72, em
Campos de Goitacazes, Rio de Janeiro, a 18.05.18984. Tendo apenas 7 anos quando seu
pai morreu, regressou a Portugal com sua mãe e sua tia e madrinha D. Elisa Machado de
Faria da Costa Veiga, em cuja companhia passou grande parte da sua infância e juventude.
Instalaram-se em Coimbra, na casa que seu pai possuía aos Arcos do Jardim, e nesta
cidade António Machado de Faria tirou o curso complementar de Ciências no Liceu José
Falcão, tendo frequentado, depois, o curso consular no Instituto Superior de Ciências
Económicas e Financeiras de Lisboa. Foi emancipado por sua mãe em 1916.
Tendo-se dedicado, desde muito novo, à investigação histórica, foi admitido como
sócio efetivo da Associação dos Arqueólogos Portugueses, a 27.03.1928, sendo elevado à
categoria de titular, a 19.04.1929. Nessa instituição, desempenhou vários cargos e funções,
tendo sido conservador do seu Arquivo Histórico, secretário da Direção e secretário-geral
por várias vezes. Foi vogal da Comissão dos Arquivos Diplomáticos Portugueses na
qualidade de delegado da Associação dos Arqueólogos Portugueses; sócio efetivo do
Instituto Português de Heráldica e correspondente do Centro de Estudos Arqueológicos
do Rio de Janeiro e da Academia Sevillana de Buenas Letras (1937). Foi admitido como
Académico Correspondente da Academia Portuguesa de História (portaria de 25.07.1938),
tendo ascendido a Académico de Número (28.03.1962), ocupando a Cadeira n.º 3, e a
Académico de Mérito (16.06.1978)5. Da sua actividade na Academia Portuguesa de
História há a registar a apresentação de 13 comunicações em sessões de trabalho da
Academia e a participação com 11 trabalhos em publicações da instituição6. A 11.05.1946,
foi nomeado vice-Presidente da Comissão de Genealogia do Conselho de Nobreza7.
Muitos dos seus estudos e artigos foram publicados em publicações periódicas,
nomeadamente: Arqueologia e História, Trabalhos da Associação dos Arqueólogos Portugueses,
Tombo Histórico e Genealógico de Portugal, Arquivo Histórico de Portugal, Nação portuguesa,
Miscelânea, Feira da Ladra, Arquivo de Documentos Históricos, Revista Portuguesa, Brotéria, Armas
e Trofeus, Boletim Oficial da Junta da Província do Baixo Alentejo, Anais das Bibliotecas e Arquivos,
Anais da União dos Amigos dos Monumentos da Ordem de Cristo, Boletim da Junta Nacional da
Cortiça, e nos jornais: Correio de Coimbra, Século, Revolução e Voz. Em 1932, fundou com José

3 Para informações biobibliográficas sobre António Machado de Faria, ver: Anuário Genealógico Latino, ano IV
(1952), p. 220; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. X, p. 913; Fernando Calapez Corrêa, “«Documento»
de António Machado de Faria”, in Armas e Troféus – Revista de História, Heráldica, Genealogia e Arte, IV série, tomo
V, 1993 (Jan.-Dez.), n.os 1, 2 e 3, pp. 103-105; Maria-João Nogueira Ferrão Vieira Craigie, Dicionário de Bibliografia
para Genealogistas, Lisboa, Dislivro Histórica, 2006, vol. I, pp. 246-248. Devo o conhecimento do artigo de
Fernando Calapez Corrêa ao meu Amigo e ilustre genealogista Dr. Lourenço Correia de Matos, a quem muito
agradeço.
4 Tal como consta da transcrição do seu registo de nascimento constante do seu processo de emancipação

(Arquivo da Universidade de Coimbra, Dep. II, Sec. II-E, Est. 11, Tab. 2, n.º 4).
5 Fernando Calapez Corrêa, op. cit., p. 103.
6 Idem, ibidem.
7 O alvará de nomeação pertence ao nosso Parente e Amigo Eng.º D. Pedro de Brito e Faro, cujo conhecimento

muito lhe agradecemos.


da Cunha Saraiva a revista de cultura Arquivo Histórico de Portugal, que dirigiram
conjuntamente até 1936, ficando desde então como seu único diretor e proprietário. Foi
colaborador e responsável pelo gabinete de heráldica da Grande Enciclopédia Portuguesa e
Brasileira.
Casou no Porto, a 30.09.1926, com D. Teresa Dulce da Silva Gouveia, que nasceu
naquela cidade, na freguesia de St.º Ildefonso, a 24.01.1895, tendo aí sido baptizada a
18.04.1895 (padrinhos Afonso Mendes Jácome, negociante, e sua mulher D. Teresa
Tavares Jácome); e faleceu na freguesia de S.ª Senhora de Fátima, Lisboa, a 21.12.1967.
Filha de José da Fonseca Barbosa e Gouveia, natural de Gouveia, negociante, e de sua
mulher D. Maria Antónia da Silva, natural da freguesia de St.ª Maria, Celorico da Beira
(recebidos em Gouveia, S. Julião). Neta paterna de Bernardo da Fonseca e de D. Rita da
Conceição Barbosa. Neta materna de D. Maria Carlota da Silva.
Deste casamento nasceu D. Maria Cândida Gouveia Machado Faria Pina
Cabral, nascida na freguesia de Aldoar, Porto, a 03.02.1928, e falecida na freguesia do
Campo Grande, Lisboa, a 04.01.1978.
António Machado de Faria faleceu na Casa do Cruzeiro, no lugar da Guarda, em
Moreira da Maia, a 27.04.1985.
Ainda em sua vida, reuniu as cerca de 17 000 folhas que constituem o fruto da sua
investigação nos arquivos nacionais e mandou encaderná-las em volumes de
aproximadamente 350 folhas cada, perfazendo 49 volumes a que deu o título de
“Documentos”. Trata-se essencialmente de notas do investigador e de transcrição de
documentos dos vários núcleos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Os
“Documentos” encontram-se na Biblioteca da Academia Portuguesa de História,
constituindo a Biblioteca António Machado de Faria. Em 1993, Fernando Calapez Corrêa,
no artigo já citado, informava que se estava a proceder a uma inventariação em ficha dos
“Documentos”, apresentando até exemplos de algumas delas8. Infelizmente, o trabalho
não deve ter sido concluído, pois fui informado pela instituição que o espólio de António
Machado de Faria se encontra ainda por inventariar e, por isso, não pode ser consultado.
Seria muito bom que a Academia Portuguesa de História arranjasse meios para tratar
convenientemente esta documentação, fruto de muitos anos de aturada investigação, e
que, recorrendo aos meios digitais que felizmente se encontram hoje ao nosso alcance, a
disponibilizasse ao público em geral. Seria, com toda a certeza, essa a vontade de António
Machado de Faria e a mais bonita forma de homenagear o seu trabalho.
Existe hoje na posse do Senhor Eng.º D. Pedro de Brito e Faro, que no-lo deu a
conhecer, o que muito lhe agradecemos, um desenho de umas armas de família, feito pelo
próprio António Machado de Faria. Representa um escudo partido, tendo na 1.ª partição
as armas dos Gouveias, sendo a 2.ª cortada de Machados e Freires de Andrade. O desenho
destas armas vem reforçar a hipótese por nós já aventada na versão publicada deste estudo

8 Idem, pp. 104-105.


de que sua 9.ª avó Maria Machado, de Açores, fosse parente próxima, muito
provavelmente filha, de Pedro Machado, daquela mesma vila, referido por Manso de Lima
no seu nobiliário Famílias de Portugal9. O genealogista fá-lo filho de Francisco de Andrade,
“que viveu na vila dos Açores” e de sua mulher Isabel Ferreira. O Autor de uma genealogia
manuscrita do século XVIII, pertencente à colecção da Real Mesa Censória, atribui àquele
Pedro os apelidos Machado Freire e, embora também lhe indique por pai o mesmo
Francisco de Andrade, atribui à mãe o apelido Freire10. Noutra genealogia manuscrita da
Torre do Tombo, encontramos informações que nos permitem completar esta
ascendência. Assim, no livro com a cota 21-F-11, apenas intitulado Árvores e títulos
genealógicos, vol. 2, num fólio não numerado11, num capítulo intitulado “Carvalhos de
Celorico, Saraivas e Maldonados”, no §2, aparece uma “Isabel Fernandes mulher de Francisco de
Andrade que casou no ano de 1584”, sendo-lhe dada a seguinte ascendência

Francisco
de Andrade

Manuel Dias de Carvalho


Julião Dias de Carvalho
viveu em Açores
Isabel Fernandes Luís Machado
de Gouveia, da Vermiosa
Leonor Machado
N. de Carvalho

Estamos, portanto, convencidos de que Isabel Ferreira, Isabel Freire e Isabel


Fernandes são a mesma pessoa. A comprovar esta identificação, acresce que, segundo este
último manuscrito, Isabel Fernandes tinha uma irmã chamada Branca da Cunha, a qual foi
casada com Miguel do Amaral. Ora, Pedro Machado Freire e sua mulher Ana Ferreira
tiveram, entre outros, um filho chamado Manuel Machado Freire da Cunha (o qual supomos
ser irmão de Maria Machado, 9.ª avó de António Machado de Faria). E o próprio António
Machado de Faria afirmava, em documento por nós adiante publicado, que seu avô paterno
“… provinha dos Machados, senhores de Leomil, Loriga e Alvoco, dos Cunhas, senhores de
Tábua, dos Gouveias, senhores de Almendra e Castelo Rodrigo, dos Carvalhos Maldonados,

9 Manso de Lima nas Famílias de Portugal, tomo I, título “Andrade”, subtítulo “Outros Andrades”, p. 710, edição
da Casa da Prova, 2008.
10 ANTT, Real Mesa Censória, Genealogias, maço n.º 1, n.º 328, doc. 161. Este manuscrito foi transcrito e

publicado por Eduardo Manuel Abreu Cerveira de Albuquerque sob o título “Os Carvalhos Manuéis de Celorico
da Beira - Subsídios para o seu estudo”, na revista Beira Alta, 1997, vol. LVII, 3.º e 4.º trimestres.
11 Mas correspondente à imagem 391 da sua versão digital.
de Celorico da Beira, dos Saraivas de Sampaio, de Trancoso, etc.”. Ora, a genealogia
manuscrita a que nos temos vindo a referir justifica não só estas ligações como as armas por
ele mesmo desenhadas.

Armas de família desenhadas por António Machado de Faria,

Na aldeia de Açores, existe uma pedra de armas, colocada numa casa ao cimo
da Ladeira, que representa os seguintes apelidos: Albuquerques, Freires de Andrade,
Maldonados, Cunhas, Sanches e Silvas ou Castelo-Branco. Sobre ela, diz Manuel
Ramos de Oliveira, autor de uma volumosa monografia de Celorico da Beira, no
capítulo dedicado àquela freguesia:

“Sobre o assunto o Sr. Machado de Faria fez algumas judiciosas observações


com a autoridade de quem é versado na matéria e o cuidado de esclarecer o problema
que se prende com os seus recuados parentes. [e cita]
«As pedras de armas não dão, às vezes, pálida ideia dos apelidos que
desejavam representar, tão defeituosamente foram organizados e esculpidas. A Casa
da Ladeira está nestas circunstâncias porque nela há um apelido que devia ser
esquartelado - Albuquerque - ou com bordadura - Cunha - e não o foi. Daqui resulta
que pelo exame da pedra, não se pode garantir qual deles se pretende representar
com as quinas - aliás mal dispostas - pois se elas formavam conjunto com as flores de
liz, era de Albuquerque, se com os Cunhas era dos Cunhas, senhores de Tábua.
As duas famílias que deveriam ter possuído a casa eram as dos Machados da
Cunha que viviam em Açores desde meados do século XVI e dos Rêgos Sanches e
Albuquerque que só veio para esta Vila na segunda metade do séc. XVIII. Se a pedra
de armas corresponder a Cunhas (de Tábua), Freires de Andrade, Maldonados,
Sanches e Castelo Brancos, a casa era dos Machados da Cunha; se representa
Albuquerque, Cunhas, Sanches, Silvas e outro apelido que não sei qual seja, pode ser
dos Rêgos, Sanches e Albuquerques».”12

Pais

2. Afonso Machado de Faria13 nasceu na Lajeosa do Mondego, concelho de Celorico da


Beira, a 11.04.1850 e aí foi baptizado no dia 25 do mesmo mês (padrinhos Francisco
Machado de Faria, seu avô paterno, e sua prima D. Maria Luísa [Mendes de Almeida de

12 Manuel Ramos de Oliveira, Celorico da Beira e o seu concelho, Celorico da Beira, 1997, pág. 492.
13 Irmão de:
1. D. Maria Luísa Mendes de Pina, nascida na Lajeosa do Mondego, a 18.07.1842 e aí baptizada no dia 27 do
mesmo mês (padrinhos Francisco Machado de Faria e D. Maria Luísa de Almeida, avô e prima da baptizada).
Casou na mesma freguesia, a 12.08.1861 (testemunhas o Dr. Bernardino Freire Castelo-Branco de Abreu
Mascarenhas e D. Maria Luísa de Almeida de Brito e Faro), com José Inácio de Sequeira, natural da freguesia
de Torres, Trancoso. Filho de Inácia Maria de Andrade, nascida na mesma freguesia e aí baptizada a 26.11.1790
(padrinhos Manuel e Maria, ambos solteiros, filhos de Francisco José Tavares, todos de Torres). Neto materno
de João Bernardo de Andrade, também de Torres, e de sua mulher Maria da Conceição, de Soutomaior, do
mesmo concelho de Trancoso, o qual João Bernardo era irmão do meu 5.º avô António Bernardo de Andrade,
nascido na mesma freguesia de Torres em 1780, ambos filhos de Bernardo de Andrade da Cruz e de Josefa
Maria, recebidos na mesma freguesia de Torres, a 06.05.1759.
2. D. Eduarda, nascida na mesma freguesia, a 23.06.1844 e aí baptizada no dia 3 do mês seguintes (padrinhos
Francisco Machado de Faria e D. Maria Luísa de Almeida).
3. Adelino, nascido na mesma freguesia, a 25.12.1845 e aí baptizado no dia 5 do mês e ano seguintes (padrinhos
o avô paterno e D. Luísa).
4. Alípio, nascido na mesma freguesia a 13.04.1847 e aí baptizado no dia 25 do mesmo mês (padrinhos o avô
paterno e D. Luísa)
5. D. Maria do Carmo Machado de Faria, nascida na mesma freguesia, a 10.10.1848 e aí baptizada no dia 30
do mesmo mês (padrinhos Francisco Machado de Faria e D. Maria Luísa). Não sei quando faleceu, mas os seus
restos mortais foram inumados no jazigo de seu sobrinho, no cemitério da Conchada, em Coimbra, a
03.06.1936. Casou com António Maria Leite de Albuquerque, de Coimbra, cidade onde moraram. Filhos:
5.1. D. Maria das Dores Machado de Faria Leite de Albuquerque
5.2. Afonso Leite de Albuquerque não sei quando faleceu, mas os seus restos mortais foram inumados no
jazigo de seu primo, a 20.03.1911.
6. António Machado de Faria Júnior, nascido na mesma freguesia, a 11.03.1852 e aí baptizado no dia 3 do mês
seguinte (padrinhos Francisco Machado de Faria e N.ª Senhora do Rosário). Em 1918, era viúvo, proprietário e
vivia em Coimbra, no Bairro de S. José, n.º 25. Não sei quando faleceu, mas os seus restos mortais foram
inumados no jazigo de seu sobrinho, a 28.03.1944. Casou no oratório de Santo António no Hospital da
Sociedade Portuguesa de Beneficência, freguesia do Santíssimo Sacramento de Campos, Rio de Janeiro, a
António Machado de Faria, com seu pai e sua tia D. Elisa (1903)

26.07.1890, com D. Amélia Teixeira, nascida na Bahia, cerca de 1868. Filha de Domingos José Rebelo
Teixeira e de D. Rosa da Conceição Teixeira. S.m.n.
7. D. Elisa Machado de Faria, nascida na mesma freguesia, a 11.04.1854 e aí baptizada no dia 4 do mês seguinte
(padrinhos o avô paterno e D. Maria Luísa). Fez testamento em Coimbra a 04.11.1920. Faleceu na mesma
cidade, a 04.02.1925, tendo sido sepultada no Cemitério da Conchada, tendo depois os seus restos mortais sido
trasladados para o jazigo de seu sobrinho, a 07.07.1936. Casou com seu parente Abel de Melo da Costa
Veiga, nascido na Lajeosa e falecido em Coimbra, a 20.12.1916, tendo sido enterrado no cemitério da
Conchada, tendo os seus restos mortais sido trasladados para o jazigo de seu sobrinho a 20.09.1945. Filho de
Manuel da Costa Veiga (primo direito do 1.º Barão da Costa Veiga) e de sua mulher D. Maria Joaquina de Melo
(recebidos na Lajeosa, a 17.11.1851). Neto paterno de Roque José Vaz da Costa Veiga e de D. Bárbara
Margarida Pais do Amaral da Costa e Silva. Neto materno de Joaquim de Melo, nascido na Lajeosa do
Mondego, a 31.12.1785, e de sua mulher D. Francisca da Fonseca, natural da freguesia da Ratoeira. Por seu avô
materno, Abel de Melo da Costa Veiga descendia dos Melos e Eça do Souto de Penedono e era 5.º neto de
António Lopes e de sua mulher Isabel Martins, da Lajeosa do Mondego, meus 8.os avós, adiante referidos. S.g.
Para a família Costa Veiga, v. António Duarte de Almeida Veiga, Midões e o seu velho município, 1911.
8. D. Palmira, nascida na mesma freguesia, a 21.02.1858 e aí baptizada no dia 17 do mês seguinte (padrinhos
Francisco Machado de Faria e D. Maria Luísa).
Desenho da casa que pertenceu a António Machado de Faria,
aos Arcos do Jardim, em Coimbra.
Brito e Faro])14. Foi para o Brasil, mais concretamente para Campos de Goitacazes, no Rio
de Janeiro, onde se estabeleceu como comerciante, tendo sido também diretor de uma
fábrica de tecidos. Foi proprietário de uma casa sita aos Arcos do Jardim (hoje Bairro de
Sousa Pinto), n.º 33, freguesia da Sé Nova, em Coimbra, onde hoje está instalada uma
república de estudantes. Faleceu, solteiro, em Campos de Goitacazes, Rio de Janeiro, em
Fevereiro de 1905, tendo sido trasladado para o jazigo de seu filho no Cemitério da
Conchada, em Coimbra, a 20.03.1911.
3. D. Maria da Natividade de Matos, natural de S. Paulo de Frades, Coimbra, onde terá
nascido a 08.12.186815. Não sei quando faleceu, mas os seus restos mortais foram
inumados no jazigo de seu filho, a 29.08.1953.

Avós

4. António Machado de Faria nasceu na Lajeosa do Mondego, a 12.12.1817, tendo sido


baptizado no dia 19 do mesmo mês (padrinhos o Dr. António Mendes de Almeida e sua
filha D. Maria José Mendes de Almeida Botelho da Cunha, prima do baptizado).
Proprietário.
Guardo uma nota manuscrita, da autoria de António Machado de Faria de Pina
Cabral, sobre o seu avô paterno que, pelas informações genealógicas que contém, julgo
interessante reproduzir e transcrever:

“António Machado de Faria, proprietário, nascido a 12 de Dezembro de 181416,


na Lajeosa, concelho de Celorico da Beira, filho de Francisco Machado de Faria Saraiva 17
e de D. Clara Mendes de Almeida do Nascimento, descendendo por ambos do ramo dos
Cabrais que passou de Belmonte à Lajeosa e foi tronco das mais ilustres famílias da Beira.
Pela parte paterna provinha dos Machados, senhores de Sandomil, Loriga e Alvoco, dos
Cunhas, senhores de Tábua, dos Gouveias, senhores de Almendra e Castelo Rodrigo, dos

14 D. Maria Luísa era filha do Dr. Lourenço Justiniano do Couto e Brito da Costa e Faro e de sua mulher D.

Maria José Mendes de Almeida da Cunha Botelho. Neta materna do Dr. António Mendes de Almeida (parente
dos Viscondes da Lajeosa, sobre cuja família também estou a preparar um trabalho a publicar brevemente) e de
sua mulher D. Maria Bárbara Machado de Faria, sendo esta filha de Agostinho José Gomes e de Maria Josefa de
Faria, trisavós de António Machado de Faria, adiante referidos. Para a ascendência do Dr. Lourenço Justiniano, v.
Pedro de Brito e Faro e Gonçalo Bandeira Calheiros, Costa e Faro – genealogia de uma família da Beira, Porto,
Instituto de Genealogia e Heráldica da Universidade Lusófona do Porto, 2010, p. 39.
15 No Anuário Genealógico Latino, ano IV (1952), p. 220, diz-se que era natural da freguesia de S. Pedro de Frades,

concelho de Coimbra, mas tal freguesia nunca existiu, sendo a freguesia correcta referida no assento de casamento
de seu filho. Feitas as devidas buscas, o seu assento de baptismo não foi localizado.
16 O erro no ano foi lapso de António Machado de Faria. Embora o dia e o mês estejam correctos, o ano do seu

nascimento foi 1817 e não 1814.


17 Embora descendesse dos Machados de Faria e dos Saraivas, não encontrei qualquer documento em que lhe

fosse atribuído o apelido Saraiva.


Manuscrito de António Machado de Faria com dados biográficos
sobre o seu avô paterno (coleção do autor).
Carvalhos Maldonados de Celorico da Beira e dos
Saraivas de Sampaio, de Trancosco, etc.
Recebeu-se em 11 de Novembro de 184018
com sua parenta D. Antónia Mendes de Pina,
natural do Maçal do Chão, concelho de Celorico
da Beira, filha de
António de Pina e de D. Luiza Francisca Cortês,
descendente por via paterna e materna dos
mesmos Cabrais da Lajeosa e, pelo pai, dos
Botelhos, Pinas e Aragões, famílias principais não
só do distrito da Guarda, mas da província da
Beira.
António Machado de Faria faleceu em
Coimbra a 16 de Junho de 1896, deixando
geração.
Escreveu um relato genealógico da sua António Machado de Faria.
descendência, em verso, que se conserva Pertencente ao Senhor Eng.º D. Pedro
manuscrito em poder de seu neto paterno e de Brito e Faro, a quem agradecemos.
representante António Machado de Faria de
Pina Cabral.”

Assinatura de António Machado de Faria.

Faleceu em Coimbra, onde terá vivido na companhia de seus filhos, a 16.06.189619,


tendo os seus restos mortais sido inumados no jazigo de seu neto, no Cemitério da
Conchada desta cidade, a 20.03.1911. A 20.06.1896, os seus filhos mandaram publicar no
jornal “O Conimbricense” o seguinte necrológio:

18 Feitas as devidas pesquisas, o seu assento de casamento não foi localizado nem no Maçal do Chão nem na
Lajeosa do Mondego.
19 Não foi possível confirmar a data uma vez que os respetivos registos paroquiais não existem.
“ANTÓNIO MACHADO DE FARIA

A família de António Machado de Faria, em extremo penalizada pelo seu


passamento, manda celebrar uma missa por sua alma, na egreja da Sé Nova, ás 8
horas da manhã, de segunda-feira, 22 do corrente, sétimo dia do seu
falecimento.
Convida aos seus amigos e aos amigos do finado a assistirem a este acto
da nossa religião, aos quaes ficará eternamente grata.
Agradece também a todas as pessoas que o acompanharam até á última
morada.”

5. D. Antónia Mendes de Pina nasceu no Maçal do Chão, concelho de Celorico da Beira, a


10.10.1826, tendo aí sido baptizada no dia 19 do mesmo mês (madrinha D. Rita Ludovina
Veloso).
6. António Simões, s.m.n.
7. Maria de Jesus de Matos, s.m.n.

Bisavós

8. Francisco Machado de Faria20 nasceu em Vale de Azares, a 20.10.1786, tendo aí sido


baptizado no dia 29 do mesmo mês (padrinhos Francisco de Melo e sua mulher Teresa
Maria Saraiva, moradores na Lajeosa).

Assinatura de Francisco Machado de Faria.

20 Irmão de:
1. D. Maria Bárbara Machado de Faria, natural de Vale de Azares, onde nasceu em 1772. Casada com o Dr.
António Mendes de Almeida, da Lajeosa, de quem descende toda a família Brito e Faro. V. Pedro de Brito e
Faro e Gonçalo Bandeira Calheiros, op. cit., p. 37.
2. D. Antónia, nascida em Vale de Azares, a 09.09.1781.
3. D. Teresa, nascida na mesma freguesia, a 02.04.1784.
4. D. Ana Rita Machado casada com Luís de Oliveira, de Fonte Arcada. Filho de Manuel de Oliveira e de
Quitéria Rosa. C.g.
9. D. Clara do Nascimento Mendes de Almeida21 nasceu na Lajeosa do Mondego, a
23.04.1781, tendo aí sido baptizada no dia 30 do mesmo mês (padrinhos o Capitão
António Mendes [Gomes] e sua mulher D. Ana Antunes de Escovar22).
10. António de Pina nasceu na Lajeosa do Mondego, a 13.06.1804, tendo aí sido baptizado
no dia 19 do mesmo mês (padrinhos Francisco e António, ambos solteiros, seus tios
paternos, do lugar das Amoreiras). Casou no Maçal do Chão, a 26.11.1825 (testemunhas
José Cupertino e José da Fonseca, ambos daquela freguesia).
11. D. Luísa Francisca Cortês23 nasceu no Maçal do Chão, a 02.04.1803, tendo sido aí
baptizada no mesmo dia (padrinhos Manuel Veloso Cabral de Aragão e Vasconcelos24 e
sua mulher D. Maria Joaquina da Conceição e Pina25, moradores naquela freguesia).

Trisavós

16. Agostinho José Gomes ou Agostinho Saraiva nasceu no lugar de Grichoso, freguesia
de Vale de Azares, a 15.12.1741, tendo aí sido baptizado no dia 23 do mesmo mês
(padrinhos Manuel Borges e sua mulher Maria Gomes, naturais e moradores no mesmo
lugar do Grichoso). Casou, na Lajeosa do Mondego, a 10.09.1770 (testemunhas o Padre
Manuel da Fonseca Saraiva, do lugar do Grichoso, Vale de Azares, e António Mendes, da
Lajeosa).

21 Irmã de, entre outros:


1. D. Maria Mendes de Almeida, minha 6.ª avó, nascida na Lajeosa do Mondego, a 08.01.1770 e aí falecida a
12.10.1810. Casada com Joaquim da Costa Saraiva, nascido na mesma freguesia, a 23.08.1771. Filho de João
Gil da Costa e de sua mulher Maria Saraiva Cabral. Neto paterno de João Gil da Costa e de Domingas
Francisca Mendes. Neto materno de Manuel Saraiva Cabral e Teresa Gil.
2. Miguel Mendes de Almeida, nascido na mesma freguesia, a 29.09.1787, tendo aí sido baptizado no dia 7 do
mês seguinte (padrinhos Manuel de Abreu Mascarenhas e Castelo-Branco e sua mulher D. Maria Clara Mendes
de Escobar). Casou duas vezes. A primeira, em 1808, com D. Maria dos Anjos Ribeiro de Andrade, natural
da freguesia de S. Pedro, Celorico da Beira, falecida em 1809. E a segunda, em 1825, com D. Metildes
Teodora de Almeida (que já tinha sido casada primeira vez com António Joaquim de Almeida, sendo meus
tetravós), nascida em 1786 e falecida em 1827. Filha de Gregório da Costa Botelho, natural de Linhares, e de
sua mulher Ana Maria de Almeida, da Lajeosa. Neta paterna de João da Costa Pacheco e de sua mulher Iria
Damiana Pais Botelho, ambos de Linhares. Neta materna de António Jacinto e de sua mulher Teodora
Francisca de Almeida, ambos da Lajeosa. S.g. de ambos os casamentos.
22 V. Eduardo Osório Gonçalves, Raízes da Beira, Lisboa, Dislivro Histórica, 2006, vol. II, p. 405. Deste casal

descendem os Calheiros, de Seia, a família dos Condes da Covilhã.


23 Irmã de:

1. D. Maria Luísa Cortês, natural do Maçal do Chão. Casada, em 1818, com António José Esteves, da mesma
freguesia (irmão de Manuel José Bernardo Esteves casado com D. Rita da Anunciação Freire de Andrade, de
Ansul, Leomil, Almeida). Filho de José Bernardo Esteves e de sua mulher Joana Maria Clara, ambos da mesma
freguesia (meus 5.os avós). C.g.
24 Natural de Cortiçô da Serra. Filho de Manuel Veloso, de Cortiçô da Serra, e de D. Teresa de Vasconcelos, de

Gonçalo, Guarda.
25 Natural do Maçal do Chão. Filha de Bernardo José de Pina, natural da Mizarela, e de Maria Rosa, natural de

Fiais, Pinhel. Neta paterna de Jacinto de Pina, da Mizarela, e de Josefa Maria, de Vila Soeiro. Neta materna de
José Fernandes e de Maria Antunes, solteira.
17. Maria Josefa de Faria nasceu na Lajeosa do Mondego, a 21.01.1750, tendo sido
baptizada no dia 28 do mesmo mês (padrinhos João Inácio da Fonseca, da Guarda, e
Maria Clara, por procuração passada a António Cabral, de Soutinho, Vale de Azares).
18. José de Almeida nasceu em Casas do Rio, Celorico da Beira, a 09.10.1748, tendo aí sido
baptizado no dia 17 do mesmo mês (padrinhos José de Almeida Osório, do Minhocal, e
Isabel Monteiro, solteira, de Casas do Rio). Morou com sua família na Quinta da
Mascarenha, na Lajeosa do Mondego, onde faleceu, a 10.01.1794, tendo sido sepultado na
Igreja da Lajeosa. Deve ter casado em Casas do Rio26.
19. Maria do Nascimento Mendes nasceu em Casas do Rio, a 17.12.1749, tendo sido
baptizada no dia de Natal desse mesmo ano (padrinhos José de Melo Coutinho Corte-
Real27, de Celorico da Beira, e D. Maria Inês Josefa Pinheiro, da Carrapichana). Faleceu na
Lajeosa do Mondego, sem testamento, a 14.05.1811.
20. José Mendes nasceu no lugar das Amoreiras, freguesia de Sobral da Serra, a 17.04.1762,
tendo sido baptizado no dia 26 do mesmo mês (padrinhos Pedro Mendes e sua irmã,
Isabel, ambos solteiros, do dito lugar). Casou na capela de S. Brás do lugar de Grichoso,
Vale de Azares28, a 23.10.1797 (testemunhas José Marques e João Mendes Tavares, da
Lajeosa).
21. Maria Marques de Pina nasceu na Lajeosa do Mondego, a 16.04.1771 (padrinho Paulo
de Pina Cabral, daquela freguesia, seu tio materno, então morador em Lisboa, por
procuração que mandou ao Dr. Francisco Mendes Cabral, da Ratoeira29).
22. José Afonso Quadrado30, natural de Alverca da Beira, Pinhel. Casou no Maçal do Chão,
a 05.11.1798 (testemunhas António Gil Ferreira e Miguel Luís, ambos daquela freguesia).
23. Mariana Joaquina de Almeida Cortês nasceu no Maçal do Chão, a 15.11.1779, tendo
sido baptizada no dia 24 do mesmo mês (padrinhos António José de Pina e sua sobrinha

26 Não foi possível localizar o seu assento de casamento devido a um hiato nos respectivos assentos entre 1706 e

1805.
27 Foi Escrivão do público, judicial e notas de Celorico, por provisão de 17.01.1737. Nasceu na freguesia de S.

Martinho, Celorico, a 31.05.1700. Filho de Francisco de Almeida e Melo, que pretendeu habilitar-se para o St.º
Ofício, embora não tenha conseguido por causa da fama de cristão-novo de seu pai e avô, natural do Porco,
Guarda, e de sua mulher e prima D. Mariana Pacheco da Costa Corte-Real, baptizada em Linhares, a 23.04.1664.
Neto paterno de Jerónimo de Almeida e Melo e de sua mulher D. Guiomar de Figueiredo Freire. Neto materno
de António Botelho Correia, Capitão-mor de Linhares, onde foi baptizado, a 08.03.1625, e onde faleceu e foi
sepultado, numa sepultura que o Padre das Informações Paroquiais de 1721 diz ter tido um letreiro que dizia “Em
esta sepultura está sepultado José da Cunha Pacheco e António Botelho Correia, capitão-mor desta vila”, e de sua
mulher D. Isabel Pacheco da Costa Corte-Real. (Eduardo Osório Gonçalves, op. cit., vol. I, pp. 621, 643-644). José
de Melo Coutinho Corte-Real teve geração ilegítima, mas legitimada.
28 Embora o assento tenha sido registado na Lajeosa do Mondego.
29 Segundo Manuel Ramos de Oliveira, era bacharel formado em Leis e em Cânones (26.06.1768). Era filho de

Mateus Gomes [Cabral] e de Francisca Mendes. Casou com D. Joana Bernardina de Jesus, do Fundão. Filha de
Manuel Nunes Marques e de Clara Maria. Faleceu a 12.01.1779. C.g. Manuel Ramos de Oliveira, op. cit., p. 657. É
muito provável que este Mateus Gomes seja descendente de Domingos Dias Cabral, dos Cabrais de Celorico, e
de Ana Gomes, que viveram na Ratoeira.
30 Embora o seu assento de baptismo não tenha sido localizado devido a um hiato existente nos respetivos

registos paroquiais, foi localizado o de seu irmão Alexandre, baptizado em Alverca da Beira, a 10.05.1768
(padrinhos Manuel Pereira e sua mulher Isabel Soares, daquela freguesia).
Mariana, daquela freguesia). Faleceu na mesma freguesia, tendo recebido os Sacramentos
da Confissão, Comunhão e Extrema-unção, com testamento, a 18.11.1854, tendo sido
sepultada no dia seguinte.
Tetravós

32. Agostinho Saraiva nasceu no lugar do Grichoso, Vale de Azares, tendo aí sido
baptizado a 01.04.1710 (padrinhos o Padre Agostinho Saraiva e Maria Saraiva, casada com
José Mendes). Casou em Vale de Azares, a 14.11.1730 (testemunhas António Cabral e José
Cabral, ambos do lugar do Soutinho, Vale de Azares).
33. Teresa Gomes nasceu na freguesia de Prados, a 04.07.1706, tendo aí sido baptizada no
dia 12 do mesmo mês (padrinhos Manuel Gomes, do mesmo lugar, e Maria, solteira, filha
de Francisco Gonçalves, do lugar do Grichoso, Vale de Azares).
34. Francisco Machado Cabral nasceu na Lajeosa do Mondego, a 16.10.1722, tendo sido
baptizado no dia 23 do mesmo mês (padrinhos Francisco Antunes e Madalena Gomes,
solteira, filha de João Gomes e de Maria Nunes). Faleceu na mesma freguesia, apenas com
os Sacramentos da Extrema-unção e da Penitência e não o da Sagrada Eucaristia por não
estar capaz de o receber por acidente, sem testamento, a 12.01.1777, tendo sido sepultado
dentro da Igreja. Casou, na mesma freguesia, a 11.10.1744, tendo sido dispensados em 4.º
grau de consanguinidade (testemunhas Miguel Fernandes e Manuel Nunes da Guerra, da
Lajeosa).

Assinatura de Francisco Machado.

35. Rosa Maria de Faria nasceu na Lajeosa do Mondego, a 05.11.1728, tendo aí sido
baptizada no dia 14 do mesmo mês (padrinhos António Cabral e sua filha Maria, do
Grichoso, Vale de Azares). Faleceu também na Lajeosa, sem testamento, a 06.09.1769.
36. Francisco de Almeida, natural do Minhocal31.

31 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de baptismo no Minhocal, embora tenham sido

localizados os assentos de vários irmãos: Maria (06.03.1719), Manuel (11.01.1720), José (27.06.1722), etc.
37. Maria Lopes da Fonseca nasceu em Casas do Rio, a 27.10.1708, foi baptizada em
casa por necessidade e recebeu os Santos Óleos no dia 4 do mês seguinte (sem
indicação dos padrinhos no assento).
38. João Cabral Ribeiro nasceu em Casas do Rio, a 20.07.1721, tendo aí sido baptizado no
dia 27 do mesmo mês (padrinhos António Osório e sua filha D. Eufémia, de Celorico da
Beira). Deve ter casado em Casas do Rio, mas não é possível saber a data exacta, devido
ao hiato já referido.
39. Ana Maria Mendes nasceu em Casas do Rio, a 20.04.1724, tendo aí sido baptizada no
dia 27 (padrinhos José Antunes "da Ordem" e sua mulher Ana Francisca, de Casas do
Rio).
40. José Mendes32
41. Apolónia Luís
42. Manuel Marques Gil nasceu na Lajeosa, a 09.04.1752, tendo sido baptizado no dia 16
do mesmo mês (padrinhos Manuel Lopes33 e sua irmã Clara Marques34, filhos de Catarina
Marques35, tia paterna do baptizado). Casou na Lajeosa do Mondego, a 05.11.1770
(testemunhas Francisco Machado e António Mendes).
43. D. Vitória Maria de Pina Cabral36, natural da freguesia de Açores37. Faleceu na Lajeosa,
com todos os Sacramentos e com testamento, a 06.11.1784, tendo tido Missa de presente
e 3 ofícios de 9 lições. Por seu testamento, deixou que se lhe dissessem, dentro de um ano
depois da sua morte, 30 Missas por sua alma em altar privilegiado; 20 pela alma de seu tio,
o Padre Manuel de Pina Cabral; 2 pela alma de sua tia Micaela Cabral, de Dornelas; 10
pelas almas de cada um dos seus tios, Fr. Pedro e Maria; 10 pela alma de seu pai e 20 pela
de sua mãe; 10 pelas almas de cada um dos seus avós; 2 a N.ª Senhora do Rosário; 2 ao
Anjo da sua Guarda; 1 à Santa do seu nome; 5 às chagas de N. Senhor Jesus Cristo; 2 ao
Divino Espírito Santo; 5 pelas penitências mal cumpridas. Deixou a sua saia preta mais
usada à sua prima, do Grichoso; a sua afilhada Caetana o seu baju38 verde de cote39; à filha

32 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de casamento na freguesia de Sobral da Serra.
33 Viria a casar com D. Eugénia Maria de Melo, natural da Lajeosa. Filha de Manuel Saraiva da Fonseca, da
Lajeosa, e de D. Madalena de Melo Cabral, de Souto do Penedono. Neta paterna de Manuel Mendes, da Ratoeira,
e de Maria da Fonseca, da Lajeosa. Neta materna de Domingos de Mesquita Cabral e de D. Francisca de Melo
Freire (descendente dos Melo e Eça do Souto do Penedono). C.g.
34 Viria a casar com António Luís Tavares, natural da Lajeosa. Filho de João Tavares, da Ratoeira, e de Brísida

Luís de Escobar, da Lajeosa. Neto paterno de Manuel Pais, da Ratoeira, e de Maria Tavares, de Açores. Neto
materno de José Luís e de Ana Fernandes Tomé, ambos da Lajeosa. C.g.
35 Casada com Manuel Lopes. Filho de António Lopes e de Isabel Martins, meus 8. os avós, adiante referidos (n.os

342 e 343).
36 Irmã de Francisco José de Pina Cabral, baptizado na Lajeosa, a 22.11.1772 (padrinhos Francisco Mendes

Cabral e sua irmã Maria Luísa, filhos de Mateus Gomes, da Ratoeira), sobre o qual existe no Arquivo da
Universidade de Coimbra um processo de ordenação sacerdotal, contendo uma escritura de património datada de
1797.
37 Não foi possível localizar o seu assento de baptismo por faltarem os registos.
38 Casaquinho curto.
39 De uso diário.
de sua comadre Josefa da Cunha o seu capote verde velho; a Antónia Jacinta, o seu colete
“de amens” de cote; à filha de sua cunhada Maria umas contas de ouro miúdas; à sua
afilhada Francisca vara e meia de pano de linho para uma camisa; a sua prima Maria, filha
de João de Almeida, côvado e meio de meio carro verde; a Maria, filha de José Mendes, a
mantilha mais curta de sua filha; todo o remanescente da sua terça, a seu marido; a Maria
Joaquina, 2 alqueires de pão; às “cachopas Bernardas”, também 2 alqueires de pão; à sua
comadre Josefa da Cunha, 1 alqueire; a Maria Gomes, outro alqueire de pão e a sua
mantilha usada (e esta apenas se ela lhe quisesse “oferecer um ano”); a sua comadre Isabel
do Cabral, 2 alqueires de pão; e a Clara do Tomás, mais 1 alqueire de pão; 1 alqueire de
azeite para se repartir pelos pobres da Lajeosa; mais 10 Missas por sua alma; a Antónia
Maria, 1 canada de azeite; e 5 saias, 2 pares de cadeados de ouro, 1 laço, 1 fio e 1 anel,
tudo de ouro, 2 mantilhas, 2 capas (1 feita e outra por fazer) e mais fato miúdo a sua filha
Maria; e nomeou testamenteiro seu marido.
44. Manuel Afonso Cabral casou40 segunda vez com
45. Mariana Rebela Quadrada
46. António Fernandes Cortês baptizado em Vilares, a 29.09.1743 (padrinho o Padre
Francisco Nunes Lopo, do lugar das Frechas). Casou no Maçal do Chão, a 20.10.1773
(testemunhas Bernardo José de Pina e António Gil, ambos daquela freguesia).
47. Luísa Francisca, baptizada no Maçal do Chão, a 15.08.1753 (padrinhos Domingos
Francisco e sua mulher Maria Clara de Pina, daquela freguesia).

5.os Avós

64. Manuel João, o mouco, natural de Grichoso, Vale de Azares41.


65. Isabel Saraiva, natural de Grichoso, Vale de Azares42.
66. Manuel Pires, natural de Cadafaz, Celorico da Beira. Casou na freguesia de Prados, a
27.11.1687.
67. Maria Gomes, baptizada em Prados, a 23.07.1665 (padrinhos António Francisco, de
Prados, e Maria de … [ilegível no assento], de Carvalheda, bispado de Coimbra).
68. Francisco Antunes nasceu na Lajeosa do Mondego, onde foi baptizado a 21.01.1697
(padrinhos João Gomes, solteiro, e Francisca, solteira, filha de Domingos Manuel, já
falecido). Faleceu em Açores, com todos os Sacramentos e sem testamento, a 04.09.1722,
tendo sido sepultado na Igreja daquela localidade. Casou em Açores, a 22.10.1721

40 Não foi possível localizar o seu assento de casamento em Alverca da Beira devido ao mau estado dos

respectivos assentos.
41 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de baptismo nem o de casamento em Vale de

Azares, neste último caso devido a um hiato existente nos respectivos assentos entre 1661 e 1727.
42 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de baptismo.
(testemunhas o Padre António da Costa de Oliveira e Simão Ribeiro, ambos daquela
freguesia).
69. Maria Machado de Oliveira nasceu em Açores, a 10.10.1694, tendo sido baptizada em
casa por necessidade, e tendo recebido os Santos óleos no dia 18 do mesmo mês
(testemunhas Simão de Aguiar e Manuel Pires).
70. Domingos da Fonseca43, natural de Soutinho ou Grichoso, Vale de Azares44. Faleceu
na Lajeosa, com testamento, a 05.10.1728, tendo sido sepultado na Igreja da freguesia.
Teve Missa de presente e 3 ofícios de 9 lições. Casou duas vezes. A primeira, na Lajeosa, a
31.08.1707, com Maria Antunes. Filha de Manuel Álvares e de Isabel Antunes Tomé,
adiante referidos. Teve geração deste casamento. E a segunda, também na Lajeosa do
Mondego, a 18.02.1727 (testemunhas João Gomes e o Padre Francisco Gil), com
71. Teresa Gomes ou Rodrigues de Faria45 nasceu na Lajeosa do Mondego, a 20.02.1695,
tendo aí sido baptizada no dia 27 do mesmo mês (padrinhos o Padre Jorge Pires, do
Minhocal, e Maria Lopes, mulher de Domingos Martins).
72. Francisco de Almeida nasceu no Minhocal, a 05.08.1690 e faleceu na mesma freguesia,
com todos os Sacramentos, a 09.03.1735, tendo sido sepultado da Igreja daquela
localidade. Casou na freguesia da Sé da Guarda, a 07.09.1710, com
73. Clara Maria, natural da Guarda.
74. Manuel Lopes nasceu em Casas do Rio, a 02.06.1683 (padrinhos José Rodrigues e sua
mulher Catarina Fernandes, moradores na mesma localidade).
75. Ana da Fonseca, natural da Quinta dos Ramos, Celorico da Beira, onde foi baptizada na
Igreja de St.ª Maria, a 26.02.1690 (padrinhos Tomás Cardoso, escrivão, e sua mulher Maria
Antónia).
76. Miguel Fernandes Cabral, natural de Casas do Rio, onde faleceu a 28.06.1723, tendo
sido sepultado na Igreja daquela localidade, “onde elegeu sepultura”, tendo-lhe sido feito 1
ofício de 9 lições. Casou na mesma freguesia, a 08.02.1706 (testemunhas Manuel
Rodrigues Flores e Pascoal de Andrade), com
77. Arcângela Ribeiro, baptizada em Casas do Rio, a 24.09.1691 (madrinha Maria de
Távora, daquela freguesia).
78. José Gonçalves, natural da Ratoeira. Deve ter casado em Casas do Rio46.

43 Irmão de Ana da Fonseca, baptizada em Vale de Azares, a 20.08.1681, e aí falecida a 01.10.1740, que foi casada
com António Cabral Coutinho, nascido no Porco (actual Aldeia Viçosa), Guarda, onde foi baptizado a
19.05.1671, que foi Familiar do Santo (por carta de 25.05.1699 - ainda que aí conste como António Rodrigues
Cabral), o qual era filho de Manuel Rodrigues Coutinho, nascido em Soutinho, Vale de Azares, a 13.03.1640,
alferes pago no tempo das guerras da Restauração (a primeira vez que aparece como alferes é em 1671), que vivia
“de sua fazenda à lei da nobreza” (segundo as testemunhas ouvidas na habilitação para Familiar do Santo Ofício de
seu filho Luís de Basto, do Porco), falecido a 09.05.1719, e de sua mulher Maria Guerra, natural do Porco.
44 Idem.
45 Provavelmente irmã do Padre Manuel Rodrigues Gomes que surge como testemunha no assento de baptismo

de Rosa Maria de Faria (1728).


46 Não foi, contudo, possível localizar o respectivo assento devido a uma hiato nos registos de casamento daquela

freguesia entre 1706 e 1805.


79. Maria Mendes nasceu em Casas do Rio, a 20.08.1686, tendo sido aí baptizada no dia 26
do mesmo mês (padrinhos Manuel Domingues e sua mulher Maria de Oliveira, ambos de
Casas do Rio).
80. Francisco Mendes, natural do lugar das Amoreiras, freguesia de Sobral da Serra. S.m.n.
81. Isabel Antunes, natural da Quinta da Cabreira, freguesia da Sé da Guarda. S.m.n.
82. João Gonçalves, natural do lugar das Amoreiras. S.m.n.
83. Catarina Luís, natural da Velosa. S.m.n.
84. António Marques Gil, natural de Açores ou Fonte Arcada. Casou na Lajeosa, sendo
dispensados em 3.º grau de consanguinidade, a 09.02.1750 (testemunhas Francisco
Machado e António Luís de Sequeira Coutinho47, de Linhares), com
85. Teresa Gil Lopes48 nasceu na Lajeosa, a 10.03.1719, tendo sido baptizada no dia 18 do
mesmo mês (padrinho António de Sousa de Almada49). Foi crismada na Lajeosa pelo
Bispo D. Bernardo António de Melo Osório50, a 29.06.1744 (madrinha Josefa Pais de
Escobar51). Faleceu, com todos os Sacramentos e com testamento, a 28.02.1786, tendo
sido sepultada na Igreja daquela freguesia. Teve Missa de presente e 3 ofícios de 9 lições.
No seu testamento, determinou que fosse sepultada com hábito de S. Francisco; que por
sua alma se dissessem 60 Missas; por alma de cada um dos seus pais 20; por alma de cada
um dos seus sogros 5; por alma de Antónia Marques 5; por alma de seu cunhado António
Gomes 10; por alma de sua irmã Catarina 10; por alma de sua irmã Isabel 2; por alma de
seu irmão António Gil 2; por alma de sua irmã Ana Lopes 2; às cinco chagas de Cristo 5;
ao Anjo da sua Guarda 2; à Santa do seu nome 2; ao Espírito Santo 2; pelas penitências
mal cumpridas 2; a Santa Eufémia 2; a N.ª Senhora do Rosário 6; a St.ª Rita 1; a N.ª
Senhora da Encarnação 1; a N.ª Senhora do Amparo 1; a S. Sebastião 1; a St.º António 1; a
S. Martinho 1; pelas almas do purgatório 4. Deixou os seus copos de prata a seu filho
Francisco; a seu filho José, 9 varas de pano de linho e 1 lençol dos melhores que se
achassem se fosse para o Convento e, não indo, não levaria o dito lençol; e que, depois de
cumpridos todos os legados e o seu bem de alma, deixava todo o remanescente de sua

47 Eduardo Osório Gonçalves, op. cit., vol. I, p. 632.


48 Irmã do meu 8.º avô Manuel Gil, nascido na Lajeosa, a 03.09.1721 e aí falecido a 13.08.1800. Casado com
Helena de Andrade, nascida na mesma freguesia a 10.04.1728 e aí falecida a 16.11.1779. Filha de João de
Andrade Cabral e de Maria Gil. Neta paterna de Manuel de Açores Cabral e de Margarida de Andrade. Neta
materna de Manuel João e de Isabel Gonçalves.
49 Nascido em Celorico em 1671 e falecido na Rapa, a 16.06.1746. Filho de Francisco do Amaral e Sousa e de D.

Catarina Pacheco da Fonseca (recebidos na Rapa, a 13.10.1670). Neto paterno de Francisco do Amaral e Sousa e
de Catarina Osório (recebidos em Celorico) e materno do Licenciado Francisco da Fonseca e de D. Isabel
Cardoso, de Linhares. Foi casado com D. Ana Maria da Fonseca e Silva, natural de Freixo do Numão. Filha do
Dr. Manuel Veloso Cabral, de Freches, Corregedor de Évora, e de D. Maria Cabral de Almeida, natural do Maçal
do Chão. Manuel Ramos de Oliveira, op. cit., p. 633, e José Osório da Gama e Castro, “Tratado Primeiro dos
Ascendentes e Descendentes da Casa da Ratoeira pela sua varonia”, in Raízes e Memórias, Lisboa, Associação
Portuguesa de Genealogia, 2001, n.º 17, p. 282.
50 52.º Bispo da Guarda (1742-1774).
51 Filha de João Tavares e de sua mulher Brísida Luís de Escobar, referidos na nota 29. Casada com Francisco Gil

da Fonseca (1701-1774), irmão do meu 8.º avô João Gil da Costa, referido na nota 16. C.g.
terça a seu marido para dele dispor como lhe aprouvesse; nomeou testamenteiro seu
marido ao qual deixou 5$000 réis para cumprir o seu testamento; deixou a sua neta Maria,
filha de sua filha Maria, as suas contas de ouro; e a sua filha Maria a sua mantilha nova de
cabeça; e a sua neta, filha de seu filho Manuel Marques, a sua saia de baeta azul; a Maria,
filha de Maria Teresa, as suas arrecadas de ouro; e à dita Maria Teresa uma mantilha usada;
a sua sobrinha Isabel, mulher de António Gil, uma saia preta e uma das camisas das
melhores que se achassem; a seu filho Manuel 3 varas de pano de linho; e que, por morte
de seu marido, o restante de sua terça fosse para seu filho Francisco.
86. Pedro Ribeiro nasceu em Açores, a 15.05.1713, tendo sido baptizado no dia 25 do
mesmo mês (padrinhos o Padre Pedro Coelho Osório, pároco da freguesia, e sua sobrinha
Isabel de Elvas Pinto). Casou na mesma freguesia, a 08.04.1750 (testemunhas Francisco
Gomes e António Monteiro de Macedo e Aragão, ambos daquela freguesia). Faleceu antes
de 1770.
87. Ana Josefa (de Pina Cabral)52 nasceu na Lajeosa do Mondego, a 06.12.1713, tendo aí
sido baptizada no dia 14 do mesmo mês (padrinho Pedro da Fonseca Fragoso, de
Celorico). Faleceu antes de 1770.

52 Irmã de:
1. Maria baptizada na Lajeosa, a 09.07.1703 e aí falecida no dia 15 do mesmo mês.
2. Padre Manuel de Pina Cabral e Aragão, baptizado na Lajeosa, a 01.10.1706 (padrinho Pedro da Fonseca
Fragoso) e falecido a 10.10.1770, tendo sido sepultado em Casas do Rio, onde era Pároco. Já estava ordenado
em 1729 (ano do falecimento de sua mãe).

Assinatura do Padre Manuel de Pina Cabral e Aragão.

3. Maria de Pina nasceu na Lajeosa, a 15.01.1709, tendo aí sido baptizada no dia 23 do mesmo mês (padrinho
Pedro da Fonseca Fragoso, de Celorico). Faleceu na mesma freguesia, com todos os Sacramentos, sem
testamento, a 02.12.1740. Teve três ofícios de nove lições e foi sepultada na Igreja daquela freguesia.
4. Fr. Pedro de São Jacinto nasceu na Lajeosa a 15.11.1711, tendo sido baptizado no dia 29 do mesmo mês
(padrinho Pedro da Fonseca Fragoso, de Celorico). Frade de São Jerónimo. Padrinho de um baptismo na
Lajeosa em 1740.

Assinatura de Fr. Pedro de S. Jacinto.


88. Pedro Afonso, natural de Alverca, Pinhel53. S.m.n.
89. Isabel Cabral, natural do Cerejo. S.m.n.
90. João Quadrado Luís, s.m.n.
91. Joana Rebela, das Freixedas, Pinhel. S.m.n.
92. António Fernandes Cortês, natural do Maçal da Ribeira54. Casou em Vilares, a
12.11.1724.
93. Maria de Almeida55
94. José Nunes Póvoa baptizado no Maçal do Chão, a 20.07.1717 (padrinhos Manuel João,
barbeiro, e sua mulher Maria Ferreira, do Baraçal). Casou, na mesma freguesia, a
14.10.1742 (testemunhas José Manuel de Melo Falcão56 e seu pai Jerónimo Osório de
Castro57).
95. Joana Francisca Rebela nasceu no Maçal do Chão, a 31.03.1722, tendo aí sido
baptizada no dia 6 do mês seguinte (padrinhos Manuel Nunes e Luísa de Andrade, da
mesma freguesia).

6.os Avós

128. António João casou em Vale de Azares, a 09.10.1657, com


129. Maria Fernandes
130. Manuel Francisco, s.m.n.
131. Beatriz Saraiva, s.m.n.
132. João Pires, de Cadafaz, já tinha falecido em 1687.
133. Leonor Rodrigues, natural da mesma freguesia, também já tinha falecido em 1687.
134. Francisco Gonçalves Carvalheda, de Prados, já falecido em 168758. S.m.n.
135. Maria Gomes, de Prados. S.m.n.
136. Francisco Antunes, natural da Lajeosa do Mondego, onde foi baptizado em casa, por
necessidade, a 12.03.1664 (sem indicação de padrinhos no assento); faleceu na mesma
freguesia, sem testamento (embora o tenha começado, nunca o acabou), a 14.11.1732.

5. Paulo nasceu na Lajeosa a 17.01.1717, tendo aí sido baptizado no dia 25 do mesmo mês (padrinho Pedro da
Fonseca Fragoso, de Celorico).
6. Micaela Cabral, parece ter vivido na freguesia de Dornelas, referida no testamento de sua sobrinha.
53 Não foi possível localizar o seu assento de casamento nas freguesias de Alverca nem na de Cerejo, por falta de

registos.
54 Não foi possível pesquisar o seu assento de baptismo por falta de registos.
55 Feitas as devidas buscas, não foi localizado o seu assento de baptismo na freguesia de Vilares.
56 Foi casado com D. Maria de Aragão da Fonseca Cabral, do Maçal do Chão, onde moraram. Filha de Manuel

Mendes, das Quintãs, Maçal do Chão, e de Maria de Aragão, natural do Maçal da Ribeira.
57 V. José Osório da Gama e Castro, op. cit., p. 288.
58 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de casamento em Prados.
Teve 3 ofícios de 9 lições e foi sepultado na Igreja daquela freguesia. Casou, também na
Lajeosa, a 29.01.1690 (testemunhas João Gomes, lavrador, moço solteiro, Manuel Dias,
barbeiro, e a maior parte do povo).
137. Teodósia Fernandes59, baptizada na Lajeosa do Mondego, a 12.09.1655 (padrinhos
Manuel Saraiva de Azevedo60 e sua mulher D. Isabel [Tomé]61).
138. Lourenço Lopes Cardoso, natural do Eirado, Trancoso. Casou em Açores, a
20.07.1688 (testemunha António da Costa de Oliveira). Faleceu na mesma freguesia, sem
testamento, a 30.09.1699, tendo sido sepultado junto à porta principal da Igreja.
139. Catarina da Costa de Oliveira nasceu em Açores, a 09.12.1655, tendo aí sido
baptizada no dia 17 do mesmo mês (padrinhos Manuel de Paiva e sua mulher Maria da
Fonseca). Faleceu na mesma freguesia, sem testamento, a 21.09.1698, tendo sido sepultada
na Igreja daquela freguesia, junto ao caixão do Santíssimo.
140. Manuel Rodrigues da Portela, natural da Lajeosa do Mondego; desde 1673,
administrador de um prazo foreiro ao Real Mosteiro de São Marcos de Coimbra que tinha
pertencido a Gaspar Pires, avô de sua mulher62; falecido em Gonçalo, Guarda, a
23.11.168563. Casou em Vale de Azares, a 16.01.1652, com
141. Maria Gaspar, natural de Grichoso, Vale de Azares. Já tinha falecido em 1707.
142. José Gomes nasceu na Lajeosa, onde foi baptizado a 28.02.1652 (padrinhos o Padre
Agostinho Veloso, filho de Gaspar Veloso, de Celorico, e Isabel Fernandes, irmã do Padre
Manuel Fernandes). Deve ter casado em Cortiçô64.
143. Maria Rodrigues, s.m.n.
144. Manuel de Almeida65, natural dos Vilares, Trancoso; faleceu no Minhocal, a
25.12.1705.

59 Irmã de meu 10.º avô Manuel Cabral (1647-1682), casado com Maria de Açores. Filha de Domingos Luís e
de Maria Luís, todos da Lajeosa. C.g. Embora nenhum dos seus progenitores seja apelidado de Cabral, deve ser
por esta via que António Machado de Faria afirma no manuscrito reproduzido e transcrito que seu bisavô paterno
em varonia descendia dos Cabrais da Lajeosa. Para o sustentar, veja-se que o irmão de Teodósia Fernandes,
Manuel Cabral, meu 10.º avô, usou o apelido Cabral e que a seu pai foi posto um nome próprio comum na família
dos Cabrais – Domingos.
60 Natural de Frechão, onde morou. Vereador da Câmara de Trancoso (1691). Filho de Manuel de Azevedo da

Cunha, Escrivão dos Órfãos de Trancoso (1644), Vereador da Câmara da mesma vila (1655), e de D. Cecília da
Fonseca, de Freches, Trancoso. Neto materno de Gaspar da Fonseca Saraiva, natural de Trancoso, seguidor do
Prior do Crato, e de sua segunda mulher D. Cecília. V. Pedro Saldanha de Quadros, Trancosanos – História &
Genealogia sécs. XVI-XIX, Casa da Prova, s.l., 2010, vol. I, p. 286.
61 Filha de Francisco Antunes, da Lajeosa – irmão do meu 12.º avô António Antunes - e de sua primeira mulher

Isabel Tomé.
62 AUC, Real Mosteiro de S. Marcos, liv. 10, fol. 102v.
63 Não foi possível localizar o seu assento de casamento em Vale de Azares devido a um hiato existente nos

registos de casamento entre 1661 e 1727.


6464 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de casamento em Cortiçô entre 1675 e 1695,

existindo um hiato nos mesmos assentos entre 1648 e 1675, o que inviabiliza a pesquisa da sua ascendência e da
sua mulher.
65 Não foi possível localizar o seu assento de baptismo porque os paroquiais de Vilares começam em 1667. O seu

assento de casamento foi procurado, sem sucesso, no Minhocal. Contudo, os primeiros assentos paroquiais desta
145. Isabel Gomes, natural do Minhocal. S.m.n.
146. Vicente Rodrigues, natural da freguesia da Sé, Guarda, já falecido em 1710. S.m.n.
147. Maria Rodrigues, natural da freguesia da Sé, Guarda. S.m.n.
148. Domingos Lopes, natural de Casas do Rio, onde casou a 10.05.1682.
149. Ana Dias, natural de Casas do Rio.
150. Manuel Francisco Cardoso, natural da Quinta dos Ramos, Celorico da Beira. Faleceu,
“repentinamente de um acidente”, a 08.03.1724, tendo sido sepultado na Igreja de St.ª
Maria de Celorico. Casou na mesma freguesia, a 07.06.1682, com
151. Páscoa João, natural da Quinta do Espinheiro, Celorico da Beira.
152. Pedro Fernandes nasceu em Casas do Rio, tendo aí sido baptizado a 06.07.1654
(padrinhos Paulo Gomes e sua mulher Maria Gonçalves). Casou na mesma freguesia, a
10.05.1677, com
153. Maria Fernandes Cabral nasceu em Casas do Rio, a 12.08.1645, tendo aí sido
baptizada no dia 20 do mesmo mês (padrinhos João Ferreira e Leonor Veloso, sua mulher,
moradores em Celorico66).
154. Manuel Ribeiro, natural da Quinta do Avelal, freguesia de S. João Baptista, extra-
muros da vila de Trancoso. Casou em Casas do Rio, a 13.05.1674.
155. Maria Gonçalves (ou Lopes), natural de Casas do Rio.
156. Manuel Gonçalves, da Ratoeira. S.m.n.
157. Francisca Fernandes, da Ratoeira. S.m.n.
158. Francisco Mendes, do Minhocal. Casou em Casas do Rio, a 31.05.1682, com
159. Maria Fernandes nasceu em Casas do Rio, tendo aí sido baptizada, com 8 dias, a
21.03.1662 (padrinhos Manuel Veloso, da Mizarela, e Maria Francisca, casada com Manuel
Lopes, de Casas do Rio).
168. Manuel Gomes, natural de Fonte Arcada, Vale de Azares. Casou em Açores, a
12.06.1701, com
169. Maria Marques, natural da Quinta da Maça, Açores.
170. Agostinho Gil baptizado na Lajeosa do Mondego, a 02.02.1678 (padrinhos seus tios
paternos José e Ana). Faleceu a 08.10.1749. Casou, também na Lajeosa, a 08.01.1702
(testemunhas o Padre António Gil, Francisco Gil e Domingos João, Juiz da Igreja), com
171. Maria Martins Lopes baptizada na Lajeosa do Mondego, a 14.06.1683 (padrinhos João
Lopes e sua mulher Ana Lopes, moradores em Porto da Carne). Faleceu na mesma
freguesia, a 26.10.1740.

freguesia datam de 1677, sendo possível que o casamento tivesse ocorrido antes, dado que este casal tem um filho
baptizado em 1681.
66 Referidos por Alão de Moraes, Pedatura Lusitana, título de Vellosos, tomo IV, vol. II, p. 275. João Ferreira era

filho de Domingos Manuel de Carvalho e de sua mulher Catarina Ferreira. Leonor Veloso era filha de António
Veloso Cabral e de sua mulher Ana Pais de Andrade, da Ratoeira. Neta paterna de António Veloso Cabral e de
Margarida Mendes, de Pinhel. Neta materna de Jerónimo Pires e de Isabel Ferreira Pais.
172. Simão de Aguiar, natural de Souto de Vide, Penalva do Castelo. Casou em Açores, a
31.05.1691, com
173. Marcela Ribeira, natural de Açores.
174. Manuel Francisco Cabral, baptizado na Lajeosa do Mondego, a 19.04.1677
(padrinhos João Gomes e Maria Nunes). Faleceu antes de sua mulher. Casou na mesma
freguesia, a 16.10.1702.
175. Isabel de Pina, baptizada na Lajeosa do Mondego, a 06.07.1682 (padrinhos o Padre
Francisco Pinheiro e sua irmã Isabel Nunes). Faleceu na mesma freguesia, sem a Extrema-
unção por não haver tempo para chamarem o pároco, e sem testamento, a 15.01.1729.
Teve Missa de presente e 3 ofícios de 9 lições, tendo sido sepultada na Igreja da freguesia.
184. António Fernandes, natural do Baraçal; já falecido em 1724. S.m.n.
185. Ana João, natural do Maçal da Ribeira; onde viveram; já falecida em 1724. S.m.n.67
186. Manuel Gonçalves, de Vila Cortês. Casou em Vilares, a 28.07.1698. S.m.n68.
187. Isabel Fernandes, de Vilares. S.m.n69.
188. Manuel Fernandes Póvoa, da Póvoa do Concelho, freguesia de N.ª Senhora da Graça.
Casou no Maçal do Chão, a 03.02.1710 (testemunhas José Veloso Cabral e Manuel
Fernandes Amaro).
189. Maria Nunes70, do Maçal do Chão.
190. Fernando Rebelo, natural do Souto de Vide, freguesia de S. Pedro do Castelo de
Penalva. Casou no Maçal do Chão, a 20.03.1708 (testemunhas Manuel de Andrade e
Manuel Fernandes).

Assinatura de Fernando Rebelo.

191. Isabel Francisca, natural de Carnicães71.

67 Não foi possível prosseguir na pesquisa da sua ascendência visto que os registos paroquiais de Maçal da Ribeira,

onde provavelmente casaram, têm início em 1739.


68 Do seu assento de casamento não constam os nomes de seus pais, o que impossibilita a pesquisa da sua

ascendência.
69 Idem.
70 Apesar de feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de baptismo no Maçal do Chão,

embora tenham sido localizados os de irmãos seus, tanto do primeiro como do segundo casamento de seu pai.
Através do assento de baptismo de um filho do segundo casamento de seu pai, foi possível identificar os nomes
dos seus avós paternos.
71 Não foi possível pesquisar o seu assento de baptismo em virtude de os registos paroquiais de Carnicães apenas

começarem em 1742.
7.os Avós

256. Domingos João, já falecido em 1659. S.m.n.


257. Ana Tomé, já falecida em 1659. S.m.n.
258. António Fernandes Fraga72. S.m.n.
259. Isabel Quaresma, s.m.n.
272. Manuel Álvares casou na Lajeosa do Mondego, a 19.05.1658. Faleceu na mesma
freguesia, sem testamento, a 21.01.1682, tendo sido sepultado dentro da Igreja e tendo-lhe
sido feitos 3 ofícios.
273. Isabel Antunes Tomé, baptizada na Lajeosa, a 04.02.1635 (padrinhos António Gil e
Isabel Dias Saraiva, mulher de António Antunes).
274. Domingos Manuel, da Lajeosa. S.m.n.
275. Maria Fernandes, penso que fosse natural de Aldeia da Serra, mas não foi possível
localizar o seu assento de casamento, pois os registos daquela freguesia só começam em
1646, devendo o casamento ter ocorrido um pouco antes. Faleceu na Lajeosa, sendo já
viúva, com todos os Sacramentos, a 10.09.1683, tendo sido sepultada dentro da Igreja e
tendo-lhe sido feitos 3 ofícios de 9 lições. S.m.n.
276. Diogo Lopes, s.m.n.
277. Maria Cardoso, s.m.n.
278. António da Costa parece que era natural da freguesia da Faia. Casou em Açores a
24.10.1648. S.m.n.
279. Maria Machado de Oliveira, baptizada em Açores a 10.07.1633, tendo sido baptizada
no dia 18 do mesmo mês (padrinhos João de Pina, filho de Jorge de Carvalho, de Celorico,
e sua mulher Guiomar de Pina). Faleceu na mesma freguesia, sem testamento, a 26.12.1668,
tendo sido enterrada na Igreja daquela freguesia.
280. Domingos Rodrigues, natural da Lajeosa do Mondego, onde casou, a 16.07.1624, com
281. Maria da Fonseca, natural da Lajeosa do Mondego.
282. Manuel Fernandes da Portela, natural do lugar do Grichoso, freguesia de Vale de
Azares, onde casou a 10.09.1628, com
283. Maria Gaspar, natural do lugar do Soutinho, freguesia de Vale de Azares;
administradora de um prazo foreiro ao Real Mosteiro de S. Marcos de Coimbra; faleceu
naquela freguesia, com testamento, a 07.09.1651.
284. João Gomes, natural da Lajeosa.
285. Guiomar Gonçalves faleceu na Lajeosa, sem testamento, a 13.04.1658, tendo sido
enterrada na Igreja, junto à campa que estava no meio dela. S.m.n.
288. Jerónimo de Almeida faleceu em Vilares a 30.03.1686. S.m.n.
289. Domingas Gil faleceu em Vilares a 03.04.1688. S.m.n.

72 António Fernandes Fraga e sua mulher são meus 11.os avós.


296. Manuel Lopes, s.m.n.
297. Maria Francisca, s.m.n.
298. Manuel Álvares, s.m.n.
299. Catarina Dias, já falecida em 1682, s.m.n.
300. Domingos Francisco morou com sua família na Quinta dos Ramos, Celorico. S.m.n.
301. Maria Cardoso, s.m.n.
302. João Martins morou com sua família na Quinta do Espinheiro, Celorico, s.m.n.
303. Maria da Fonseca, s.m.n.
304. João Fernandes, do Fornotelheiro. Casou em Casas do Rio, a 06.09.1642, com
305. Maria Gonçalves, de Casas do Rio, onde foi baptizada a 08.05.1623 (padrinhos
António Soares de Pina, de Celorico, e Ana Dias, casada com Fernando Afonso, de Casas
do Rio).
306. Francisco Fernandes Cabral, de Casas do Rio73, onde casou a 12.04.1638. Morador,
com sua família, na Quinta dos Alhais, naquela freguesia.
307. Domingas Fernandes, de Casas do Rio.
308. Domingos Ribeiro
309. Catarina de Vide, moradores na Quinta do Avelal.
310. Francisco Lopes, já falecido em 1674. Casou em Casas do Rio, a 16.05.165574. S.m.n.
311. Maria Gonçalves, de Casas do Rio. S.m.n.
316. Domingos Mendes, do Minhocal, s.m.n.
318. Manuel Fernandes de Carvalho casou em Casas do Rio, a 04.12.1650, com
319. Brites Rodrigues, já falecida em 1682.
336. Domingos Gomes, s.m.n.
337. Maria Gonçalves, s.m.n.
338. Manuel Gil faleceu na Lajeosa, com todos os Sacramento, sem testamento, a
14.08.1684, tendo sido sepultado dentro da Igreja.
339. Maria Gonçalves
340. Agostinho Gil, o moço ou o novo, natural da Lajeosa, onde faleceu, sem testamento, a
09.02.1696, tendo 3 ofícios de 9 lições. Casou na mesma freguesia, sendo dispensados em
3.º e 4.º grau, a 22.05.1657, com
341. Maria Gonçalves, natural da Lajeosa, onde foi baptizada em casa por necessidade,
tendo recebido os Santos Óleos, a 13.04.1641 (testemunhas João Nunes, Juiz da igreja, e

73 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de baptismo, mas foram encontrados os

assentos de seus irmãos: Domingas, baptizada a 10.12.1623; Ana, baptizada a 25.04.1624 (padrinhos Jerónimo de
Araújo e Maria Gonçalves, mulher de Domingos Gonçalves); Ana, baptizada a 29.04.1626 (padrinhos Domingos
Gonçalves e sua mulher).
74 Do assento de casamento não constam os nomes dos pais dos noivos, o que impossibilita a pesquisa da sua

ascendência,
Baltasar Teixeira Cabral75). Faleceu, sem testamento, a 07.09.1698, tendo sido sepultada na
Igreja, junto ao altar de N.ª Senhora, tendo-lhe sido feitos 3 ofícios de 9 lições.
342. António Lopes, natural da Lajeosa, onde foi baptizado a 15.03.1646 (padrinhos João
Antunes e Maria Mendes). Faleceu na mesma freguesia, a 08.03.1701, tendo-lhe sido feitos
3 ofícios de 9 lições. Casou na mesma freguesia, a 24.12.1680, com
343. Isabel Martins, natural da Lajeosa, onde foi baptizada a 20.04.1658 (padrinhos João
Álvares, mercador, do Grichoso, e Francisca Cabral, filha de Margarida de Sequeira76).
Senhora da Quinta da Maça.
344. Domingos João faleceu antes de Maio de 1691.
345. Isabel de Aguiar
346. Manuel Ribeiro, natural de St.º Estêvão; faleceu antes de Maio de 1691.
347. Maria Pires, natural de Açores, solteira.
348. Manuel Francisco, filho póstumo de seu pai, foi baptizado na Lajeosa a 27.04.1644
(padrinhos António Francisco e Isabel Francisca).
349. Maria Gomes era provavelmente natural de outra freguesia, onde terão casado. S.m.n.
350. Manuel Antunes, baptizado na Lajeosa, a 09.02.1655 (padrinhos Belchior Veloso e sua
mulher Margarida de Sequeira). Padrinho com sua mulher de um baptismo na Lajeosa em
1696. Não casou na Lajeosa.
351. Isabel Nunes Botelho
376. Manuel Fernandes, natural do lugar de Vale de Mouro; faleceu antes de 1710.
377. Antónia João, natural da Póvoa do Concelho.
378. Estêvão Fernandes, natural do Maçal do Chão77.
379. Maria Nunes. S.m.n.
380. Francisco Rebelo, de Souto da Vide.
381. Maria Gomes, de Souto da Vide.
382. António Fernandes, do Minhocal. S.m.n.
383. Ana Francisca, de Carnicães. S.m.n.

8.os Avós

544. Domingos Álvares, de Cadafaz, já falecido em 1658. S.m.n.

75 Natural de Pinhel, foi cónego da Sé de Faro; arcediago de Lagos, e parece que morreu na Índia. Era filho de

João Veloso Teixeira Cabral, Fidalgo de Cota de Armas para Veloso, Cabral, Teixeira e Cáceres (carta de
27.03.1586) e de sua mulher Juliana do Amaral, moradores em Pinhel. Neto paterno de António Veloso Cabral,
juiz das sisas de Celorico da Beira, e de Leonor Teixeira de Cáceres, natural de Pinhel, moradores na Lajeosa.
Neto materno de António Henriques de Sampaio e de Isabel do Amaral.
76 Casada com Belchior Veloso de Albuquerque. Filho de Manuel Gomes Cabral e de sua mulher e prima Isabel

do Amaral, moradores na Lajeosa. Neto materno de João Veloso Teixeira Cabral e de Juliana do Amaral,
referidos na nota anterior.
77 Não foi possível localizar o seu assento de casamento no Maçal do Chão.
545. Catarina Francisca, s.m.n.
546. João Antunes, natural da Lajeosa, onde faleceu, com testamento, a 13.06.1665, tendo
sido sepultado dentro da Igreja. Casou duas vezes. A primeira com Ana Tomé. A segunda
com Maria Mendes. S.m.n.
547. Ana Tomé, falecida, na Lajeosa, sem testamento, a 23.11.1642, tendo sido enterrada na
Igreja, junto ao arco da capela. S.m.n.
558. Jacinto Machado78 casou na freguesia de S. Martinho, Celorico da Beira, a 07.10.1631
(testemunhas D. António Cabral de Castelo-Branco, o Padre João Osório Cabral e o Padre
João Salvado) com
559. Beatriz de Oliveira, viveram em Açores, onde faleceu, sendo já viúva, sem testamento,
a 20.01.1659, tendo sido sepultada na Igreja daquela freguesia.
560. Lourenço Rodrigues, s.m.n.
561. Ana Fernandes, s.m.n.
562. António Antunes Borges79, natural da Lageosa, onde nasceu cerca de 1590, e faleceu
na freguesia de Açores, com testamento feito no livro de notas, a 04.02.1669, que com sua
mulher eram “dos maiores, e dos principais deste lugar [Lageosa] e que sempre viveram honradamente de
suas fazendas e que nunca serviram em cargos mecânicos”, tal como se lê na habilitação para Cavaleiro
da Ordem de Cristo de seu neto João Borges80. S.m.n.
563. Maria da Fonseca, s.m.n.
564. Manuel Fernandes, s.m.n.
565. Isabel Francisca, s.m.n.
566. Gaspar Pires, natural de Fonte Arcada, Vale de Azares, administrador de um prazo
foreiro ao Real Mosteiro de São Marcos de Coimbra, por escritura de 16.09.1626, de que
foi administradora sua neta Maria Gaspar. S.m.n.
567. Leonor João, falecida em Vale de Azares, a 11.09.1643. S.m.n.

78 Irmão de Gaspar Machado que casou em Açores, a 27.05.1638, com Maria Luís, da Lameira. Filha de

Bartolomeu Luís e de Catarina Luís.


79 Com sua mulher Maria da Fonseca são meus 12.os avós.

Casou segunda vez com Isabel Dias Saraiva, de Açores, também c.g.
Era irmão de um Francisco Antunes, mercador; falecido na Lajeosa do Mondego, com testamento (de que foram
testamenteiros seu sogro António de Pina, da Rapa, e o Licenciado Valério de Abreu Castelo-Branco, de Celorico
da Beira), a 26.02.1648, tendo sido enterrado dentro da Igreja, “ao arco cruzeiro, pegado ao altar do Nome de Jesus”.
Casado duas vezes. A primeira, antes de 1614, com Isabel Tomé, natural de Grichoso, Vale de Azares, falecida, na
Lajeosa, com testamento (de que foi testamenteiro seu marido) a 04.01.1635, tendo sido enterrada na Igreja. Filha
de Manuel Gonçalves e de Isabel Tomé, falecida em Vale de Azares, a 31.12.1642. A segunda, com D. Maria de
Pina, natural da Rapa, falecida na Lageosa, com testamento (de que foi testamenteiro seu segundo marido Manuel
Saraiva de Azevedo), a 24.04.1653, tendo sido enterrada junto ao altar de Nossa Senhora. Filha de António de
Pina, falecido na Rapa, a 08.09.1651, e de sua mulher Maria Pacheco, falecida na mesma freguesia, sem
testamento, a 28.05.1648. Neta materna de António Lopes de Carvalho e de Maria Pacheco da Costa Côrte-Real
(referidos por Eduardo Osório Gonçalves, em Raízes da Beira, Dislivro Histórica, 2006, vol. I, pág. 632).Com
geração dos dois casamentos.
80 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Habilitações para a Ordem de Cristo, João, maço 101, doc. 18.
568. Manuel Francisco faleceu na Lajeosa, a 01.10.1640, tendo sido enterrado na Igreja,
junto ao arco cruzeiro. S.m.n.
569. Maria Gomes faleceu na Lajeosa, com testamento, de que foi testamenteiro seu filho
Domingos Manuel, a 03.09.1641, tendo sido enterrada na Igreja, defronte do altar do
Nome de Jesus. S.m.n.
608. Diogo Fernandes, do Fornotelheiro, s.m.n.
609. Inês Francisca, da mesma freguesia que seu marido, s.m.n.
610. Domingos Gonçalves, de Casas do Rio. Casou antes de 1621. S.m.n.
611. Maria Gonçalves, de Casas do Rio. S.m.n.
612. Fernando Afonso, de Casas do Rio. Casou antes de 1621. S.m.n.
613. Ana Dias Cabral81, de Casas do Rio. S.m.n.
614. Sebastião Fernandes, já falecido em 1638, morador, com sua família, na Quinta dos
Alhais, Casas do Rio. S.m.n.
615. Maria Gonçalves, já falecida em 1638. S.m.n.
636. Pedro Fernandes, s.m.n.
638. Francisco de Oliveira, já falecido em 1650. Morador, com a sua família, na Quinta do
Monte Janalvo, Casas do Rio. Casou em Casas do Rio, a 09.01.1630. S.m.n.
639. Beatriz Rodrigues já falecida em 1650.
680. Agostinho Gil, o velho, natural da Lajeosa do Mondego. Crismado em Celorico da
Beira, na Igreja de St.ª Maria, em 1639, pelo Bispo D. Francisco de Castro. Casou duas
vezes. A primeira com Catarina Fernandes e a segunda com Catarina Barreto.
681. Catarina Fernandes faleceu na Lajeosa do Mondego, de parto, a 16.02.1640, tendo
sido enterrada dentro da Igreja, junto à pia da água benta da “porta travessa”. S.m.n.
682. Diogo Gonçalves, o moço, da Lajeosa do Mondego, onde casou a 01.02.1632.
683. Isabel Francisca Antunes, também da Lajeosa.
684. Fernão Lopes faleceu na Lajeosa, ab intestado, com todos os Sacramentos, a 21.03.1684,
tendo sido sepultado dentro da Igreja e tendo-lhe sido feitos 3 ofícios de 5 padres. S.m.n.
685. Maria Gonçalves faleceu na Lajeosa, a 25.09.1678. S.m.n.
686. Fernão Vaz, baptizado na Lajeosa, a 02.06.1634 (padrinhos António Gil e Beatriz
Francisca). Casou na mesma freguesia, a 14.09.1649, com
687. Maria Martins, baptizada na Lajeosa a 05.03.1634 (padrinhos João Gomes de Paiva e
Maria Fernandes Centena).
696. Manuel Francisco, crismado em Celorico por D. Francisco de Castro, em 1630.
Faleceu na Lajeosa, com testamento de que foi testamenteiro seu irmão Domingos Manuel,
a 23.10.1643, tendo sido enterrado na Igreja, junto ao arco da capela. Casou, na Lajeosa, a
23.11.1642.

81 É muito provável que esta Ana Dias Cabral descendesse de Diogo Gonçalves Cabral e de Leonor Francisca,

que viveram na Ratoeira, sendo assim descendente dos Cabrais de Belmonte D. Clara do Nascimento Mendes de
Almeida, avó de António Machado de Faria, tal como ele refere na nota manuscrita publicada.
697. Maria Gomes casou duas vezes. A primeira, com Manuel Francisco (acima). A
segunda, também na Lajeosa, a 14.12.1647 (tendo sido dispensados em 4.º grau em linha
direita com cópula por Sua Santidade) com Domingos Manuel do Forno, da Ratoeira,
falecido a 18.05.1659, sem testamento, tendo sido sepultado dentro da Igreja, junto ao altar
do Nome de Jesus; filho de Domingos Manuel e de Beatriz Salvada. C.g. também do
segundo casamento.
700. Domingos Antunes, da Ratoeira. Casou na Lajeosa, a 23.06.1652 com
701. Maria Nunes, da Lajeosa.
702. Francisco de Pina, morador no Minhocal, s.m.n.
703. Maria Botelho, s.m.n.
756. Estêvão Fernandes, do Maçal do Chão, s.m.n.
757. Maria João, do Maçal do Chão, s.m.n.

9.os Avós

1116. João Pinto, s.m.n.


1117. Maria Machado82, da vila de Açores, onde faleceu a 03.02.1635. S.m.n.
1118. João de Oliveira, s.m.n.
1119. Maria Gonçalves, ambos da freguesia de S. Martinho, Celorico da Beira, já falecidos
em 1631.
1278. António Rodrigues, do Monte Janalvo, freguesia de Casas do Rio. S.m.n.
1360. António Gil faleceu na Lajeosa do Mondego, a 20.01.1656, tendo sido enterrado
dentro da Igreja, “junto à arca do azeite”. S.m.n.
1361. Maria Gonçalves, s.m.n.
1364. João Gonçalves, da Lajeosa, s.m.n.
1365. Maria Francisca, da Lajeosa, s.m.n.
1366. João Nunes, Juiz da Igreja da Lajeosa (1636), s.m.n.
1367. Guiomar Francisca, da Lajeosa, s.m.n.
1372. Fernão Vaz faleceu na Lajeosa, a 31.01.1659, sem testamento, tendo sido sepultado
fora da Igreja, numa campa no adro para a parte do norte “na dereitura da porta travessa”.
S.m.n.
1373. Maria Gonçalves, s.m.n.
1374. Bartolomeu Gil, o moço, faleceu na Lajeosa, a 20.02.1657, sem testamento, tendo
sido sepultado “debaixo do caixão do Senhor”. Casou na mesma freguesia, a 19.01.1631,
com
1375. Maria Nunes ou Martins, de Cadafaz.

82É provável que fosse parente dos Machados, de Açores, referidos por Manso de Lima nas Famílias de Portugal,
tomo I, título “Andrade”, subtítulo “Outros Andrades”, p. 710, edição da Casa da Prova, 2008.
1392. Manuel Francisco, já referido no n.º 568. S.m.n.
1393. Maria Gomes, já referida no n.º 569. S.m.n.
1394. Domingos Dias (Cabral)83 faleceu na Lajeosa, a 18.10.1649, tendo sido enterrado
dentro da Igreja, junto ao altar de Nossa Senhora.
1395. Beatriz Francisca faleceu na Lajeosa, a 19.03.1649, tendo sido enterrada no meio da
Igreja.
1400. Domingos Antunes, morador na Ratoeira, s.m.n.
1401. Maria Mendes, s.m.n.
1402. Gaspar Martins, s.m.n.
1403. Maria Nunes faleceu na Lajeosa, a 22.05.1660. S.m.n.

10.os Avós

2748. Bartolomeu Gil, o velho, faleceu na Lajeosa, a 04.03.1660, tendo sido enterrado na
Igreja, “junto ao caixão do Santíssimo Sacramento”. S.m.n.
2749. Ana Fernandes faleceu na Lajeosa, a 08.06.1638, tendo sido enterrada na Igreja, junto
à porta principal. S.m.n.
2750. Filipe Nunes, s.m.n.
2751. Isabel Gonçalves, s.m.n.
2788. Domingos Dias Cabral parece que não casou, mas teve o filho acima de
2789. Ana Gomes, da Ratoeira. S.m.n.

11.os Avós

5576. Diogo Gonçalves Cabral casou na Ratoeira com


5577. Leonor Francisca, s.m.n.

12.º Avô

11152. Afonso Dias Cabral casou na Ratoeira.

83 Identifico este Domingos Dias, que aparece nos primeiros registos paroquiais da Lajeosa, com Domingos Dias

Cabral, referido por Alão de Morais na sua Pedatura Lusitana, vol. IV, tomo II, p. 334, como tendo casado na
Lajeosa. Esta minha suposição baseia-se na cronologia e no facto de duas filhas deste Domingos Dias usarem o
apelido Gomes, que lhes vinha de sua avó paterna, Ana Gomes, da Ratoeira, referida por Alão de Morais, e um
filho – o único varão que encontrei, Domingos Cabral - usar o nome próprio e o apelido de família de seu avô.
13.os Avós

22304. Diogo Gonçalves Cabral84. Morou na Lajeosa, onde casou com


22305. Ana de Bulhões

Brasão dos Cabrais, da autoria de Américo Carneiro.

84É o primeiro com que Alão de Morais inicia o seu título “Cabraes da Beira”. É também referido por Felgueiras
Gayo, Nobiliário das Famílias de Portugal, título Cabral, §12, N1. Como não há concordância sobre a sua
ascendência, não avanço nela.

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