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DIÁLOGO DIÁRIO

DE SEGURANÇA
(DDS)

Cuidados na Operação
com empilhadeiras.
1 – Falta de treinamento

Primeiro, vamos deixar bem claro que para operar uma empilhadeira é preciso
ser habilitado. Dito isso, o treinamento é de suma importância não só para
conduzir uma empilhadeira, mas também para conhecer o fluxo de trabalho e
de movimentação das cargas.

A empresa não pode considerar que só a habilitação basta. A movimentação


de cargas é diferente para cada tipo de ambiente e pode mudar de empresa
para empresa.

Há diversos elementos que um bom treinamento pode abordar para reduzir o


risco de acidentes com empilhadeira, por exemplo: obstáculos, pedestres,
alterações na inclinação do piso, entre outros.

Confira porque o treinamento é deixado de lado em algumas empresas:

- Economizar tempo;
- Reduzir custos;
- Irrelevância ao processo de treinamento;
- Cultura organizacional.

2 – Falhas mecânicas, hidráulicas e elétricas

Uma empilhadeira requer cuidados assim como o seu carro ou sua moto.
Principalmente os componentes que impedem o seu funcionamento da maneira
correta.

Assim como uma máquina defeituosa na linha de produção, uma empilhadeira


com falhas trará problemas não só para produtividade na movimentação das
cargas. Em outras palavras, as falhas de funcionamento também provocam
riscos de acidentes com empilhadeira.

Podemos destacar falhas como:

- Freios gastos;
- Vazamentos de combustível, óleo ou fluidos;
- Pneus ou rodas de empilhadeiras gastas;
- Defeito em luzes, alarmes e buzina;
- Má instalação dos dispositivos de segurança;
- Falta lubrificação dos componentes mecânicos como: eixos, correntes e
rolamentos;
- Sistema hidráulico sem pressão;
- Entre outros.
E por quais motivos essas falhas ocorrem?

- Falta de manutenção preventiva;


- Peças trabalhando até o limite de sua vida útil;
- Má qualidade no serviço de manutenção corretiva;
- Montagem de peças de reposição de baixa qualidade;
- Comprar as peças de reposição somente pelo critério de preço baixo.
- Logo podemos ver que o setor de manutenção, seja interno ou terceirizado, tem
muito a contribuir para reduzir os riscos de acidentes.

3 – Excesso de velocidade

Empilhadeiras NÃO SÃO PROJETADAS PARA VELOCIDADE, nem para tirar


corrida com outra empilhadeira. Ela serve para levantar objetos pesados de um
ponto a outro.

Riscos de acidentes com empilhadeiras por excesso de velocidade ocorrem


principalmente por:

- Excesso de autoconfiança;
- Pressa;
- Pressão por produtividade;
- Imprudência do operador.

4 – Tombamento de paletes

Em níveis muito altos, retirar e colocar materiais pode ser complicado. Quanto
mais difícil for para o operador visualizar o seu entorno, maiores serão as
chances de um palete ser derrubado e ocorrer avarias nos materiais ou nas
estruturas físicas.

Percebe-se que a prudência do operador, aliada à prática da percepção de


riscos resultará em uma operação segura.

O que pode contribuir para o tombamento de paletes?

- Visão operacional comprometida;


- Espaço inapropriado para manobra;
- Pontas dos garfos danificadas;
- Carga solta e paletes mal unitizados;
- Excesso de confiança do operador.

Se quiser conhecer uma solução para identificar quando uma carga sofreu um
choque, veja nossa etiqueta indicadora de impacto.

5 – Tombamento da empilhadeira

As empilhadeiras são máquinas grandes e pesadas, e não foram planejadas


para fazer curvas rápidas e operar sobrecarregadas. Sendo assim, o operador
ao realizar uma movimentação abrupta e/ou com uma carga pesada a
probabilidade de a empilhadeira tombar é altíssima, o que pode ser muito
perigoso e até fatal.
É necessário respeitar os padrões de segurança para manter a empilhadeira firme
no chão e diminuir os riscos de acidentes com empilhadeiras.

Confira as circunstâncias que ocasionam tombamento de empilhadeira:

- Cargas com excesso de peso, irregulares ou desequilibradas;


- Movimento brusco do mastro;
- Condução com a carga elevada;
- Obstáculos no caminho;
- Operação em superfícies irregulares;
- Ativação de inclinação;
- Torneamento inadequado.

6 – Queda de carga

Os operadores de empilhadeira nem sempre têm a tarefa de transportar cargas


simples, como caixas e paletes. Há operações que exigem movimentações de
cargas pesadas para grandes alturas.

Qualquer carga acima do centro de gravidade será instável e desequilibrada, e


pode deslizar, tombar ou cair do garfo da empilhadeira à medida que a mesma
se move. É fundamental respeitar os limites de segurança ao levantar qualquer
carga e garantir que o material esteja centralizado e seguro.

A queda de carga da empilhadeira pode ser provocada por:

- Movimentação ou elevação rápida;


- Garfos com elevação inadequada;
- Cargas danificadas, desequilibradas ou soltas;
- Excesso de velocidade;
- Sem encosto de carga.

7 – Esmagado por empilhadeira

O esmagamento é compreendido na NR 12 como um dos principais riscos de


acidentes com empilhadeiras. Os pedestres podem ficar presos entre o
equipamento e um objeto fixo, com resultados muitas vezes fatais.

É primordial que os operadores de empilhadeira tenham atenção redobrada ao


realizarem movimentações com apoio operacional e na proximidade de
pedestres. Há necessidade de examinar os arredores, especialmente atrás
deles, antes de executar uma manobra.

Conheça os motivos comuns de esmagamento por empilhadeira:

- Apoio operacional desatento;


- Esmagamento pelo mastro ao inclinar;
- Queda de materiais do garfo;
- Falta de dispositivos de detecção de pedestres;
- Pontos cegos;

8 – Falta de sinalização

Assim como no trânsito comum, em que é necessário a sinalização para a


segurança de veículos e pedestres, na operação de empilhadeira também é
uma medida indispensável para evitar acidentes. Semelhantemente os
operadores de empilhadeira precisam cumprir todas as regras, sinalizações,
movimentos permitidos e atenção junto aos pedestres.

A sinalização facilita a prevenção de acidentes e pode ser feita por meio de


placas, sinais sonoros ou barreiras, por exemplo, delimitações da área de
pedestres e empilhadeiras, sinalização da carga máxima suportada pela
empilhadeira, entre outras.

Fatores que implicam em má sinalização:

- Marcação de sinais e alertas insuficientes;


- Falta de manutenção das sinalizações;
- Irrelevância da sinalização;
- Querer reduzir custos.

9 – Falta de realização dos procedimentos administrativos

Fique atento! Muitas vezes os procedimentos administrativos são ignorados


tanto por gestores quanto por operadores, por questões de pressa e
irrelevância. Porém, são instrumentos poderosos que transformam a maneira
de realizar as atividades, tornando-as mais produtivas e seguras.

As medidas administrativas fazem parte da hierarquia no controle de riscos e


são ferramentas de apoio para gestão de QSMS (Qualidade, Segurança, Meio
Ambiente e Saúde), que por sua vez tem impacto direto nos resultados da
empresa.

Descrição dos atos que prejudicam a gestão de riscos:

- Não fazer check-list;


- Ausência de APR (Análise Preliminar de Risco);
- Falta de conhecimento no Procedimento Operacional de Empilhadeiras;
- Operador sem o cartão de identificação.

10 – Atropelamento de pedestres ou colisão com outros veículos

Você sabia que a zona de operação das empilhadeiras pode estar inserida em
ambientes onde há tráfego intenso de pedestres e veículos?

E mais, os riscos de acidentes com empilhadeiras são bem parecidos ao


trânsito comum, e não é à toa que os atropelamentos por empilhadeira e
colisão são os tipos mais frequentes de acidentes.
Principais causas de acidentes com pedestres e empilhadeiras ou outros
veículos:

- Imprudência do operador;
- Falta de sinalização;
- Pontos cegos;
- Espaço inapropriado para operação;
- Falta de comunicação entre o operador e o pedestre.

11 – Visão bloqueada

Quando o operador de empilhadeira não consegue ver para onde vai, há um


grande risco de acidentes com empilhadeiras.

As condições de trabalho para operadores podem ser desafiadoras,


especialmente em áreas operacionais ativas. Parte da operação correta é ter
um campo de visão limpo que impeça acidentes.

Principais bloqueadores de visão:

- Condução para frente com cargas altas;


- Operação com garfos elevados;
- Não verificar os pontos cegos ao redor da empilhadeira;
- Obstáculos no trajeto da empilhadeira.

12 – Montar ou dar carona em empilhadeira

A empilhadeira só tem um assento, e é do operador!

Sabemos que se usada corretamente, além de otimizar o trabalho, os riscos de


acidentes com empilhadeiras são menores. No entanto, às vezes, de maneira
errada, é utilizada para transportar pessoas.

Sob nenhuma circunstância é permitido passageiros nos grafos ou em


quaisquer partes da empilhadeira, pois facilmente podem cair e causar acidente
grave ou fatal.

Razões inadequadas para o transporte de pessoas em empilhadeiras:

- Imprudência do operador e passageiro;


- Priorizar a velocidade e a conveniência sobre a segurança;
- Não há elevadores aéreos disponíveis;
- Plataformas de elevação não aprovadas ou sem restrições.

13 – Falta de fluxo logístico planejado

Embora muitos gestores enxerguem que investir em um projeto de fluxo de


movimentação de cargas seja uma despesa desnecessária, na prática vemos
que “economizar esse dinheiro” não é a melhor opção. Em razão disso,
consequências negativas podem ser permanentes, como é o caso da baixa
produtividade.

Investir no espaço físico operacional garante qualidade, segurança e


funcionalidade pois, impacta diretamente na operação e desempenho das
empilhadeiras.

Ambientes operacionais falhos possuem:

- Corredores estreitos;
- Alto volume de tráfego;
- Iluminação deficiente;
- Piso irregular;
- Falta de ventilação.

14 – Intoxicação por emissões de gases

O controle nas emissões de gases por empilhadeiras, é por muitas vezes, um


fator de segurança ignorado pelas empresas, tendo em vista ser algo, a
princípio, inofensivo para a saúde dos indivíduos que trabalham naquele
ambiente.

Felizmente, ao longo dos anos, os avanços tecnológicos de emissões


diminuíram a exposição dos operadores e colaboradores aos gases ou líquidos
tóxicos emitidos na zona de circulação de empilhadeiras. Mas, ainda sim é um
risco iminente.

Intoxicações podem ocorrer por:

- Operar em espaços confinados;


- Ventilação deficiente;
- Marcha lenta excessiva;
- Mistura de combustível incorreta;
- Vazamento de escape.

15 – Fatores Humanos

Você já ouviu falar da influência dos fatores humanos na operação de


empilhadeiras?

Pois bem, pouco se trata disso na gestão operacional sobre esses fatores,
entretanto são muito determinantes na prevenção de riscos de acidentes com
empilhadeiras.

Os fatores humanos são características físicas, fisiológicas e sociais que


afetam a interação humana com máquinas, processos e sistemas.

Conhecer integralmente os vários papéis que os humanos desempenham nas


operações e os fatores que influenciam suas tomadas de decisão, é vital para
evitar acidentes e alcançar a excelência operacional, através da minimização
do risco, eliminação de defeitos e maximização da criação de valor.
Indicadores que atuam nos fatores humanos:

- Stress;
- Fadiga;
- Ruído;
- Competitividade;
- Consumo de drogas;
- Cognição.

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