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Aspectos Legais da

Segurança contra Incêndio.


Normatização, Certificação,
Homologação e Legislação.

Aula 2 – Novo CSCIP

Amarildo R. Ribeiro
Art 1º - O Código dispõe sobre as medidas de segurança
contra incêndio nas edificações e áreas de risco, atendendo
ao previsto no artigo 144 § 5º da Constituição Federal, ao
artigo 48 da Constituição Estadual e ao disposto na Lei
Estadual nº 16.575 de 28 de setembro de 2010.
Art 4º – Ao Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, por meio
do Serviço de Prevenção contra Incêndios e Pânico, cabe
regulamentar, analisar e vistoriar as medidas de segurança
contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco,
bem como realizar pesquisa de incêndio.
O CSCIP fixa os requisitos mínimos de proteção contra
incêndios e pânico, exigíveis em todas as edificações, tendo em
vista a segurança de pessoas e bens.
O CSCIP é o resultado da coletânea de normas atualizadas que
tratam sobre projetos complementares, em especial, no que
trata sobre a proteção da vida humana contra sinistros e
redução dos prejuízos patrimoniais.
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Art 5º - As exigências de segurança previstas neste Código se
aplicam às edificações e áreas de risco no Estado do Paraná,
devendo ser observadas, em especial, por ocasião da:
I - construção de uma edificação ou área de risco;
II - reforma de uma edificação;
III - mudança de ocupação ou uso;
IV - ampliação de área construída;
V - aumento na altura da edificação;
VI - regularização das edificações ou áreas de risco.

§ 1º - Estão excluídas das exigências deste Código:


I - edificações de uso residencial exclusivamente unifamiliares;
II - residências exclusivamente unifamiliares localizadas no
pavimento superior de ocupação mista com até dois pavimentos, e
que possuam acessos independentes.
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Art 6º – O Serviço de Prevenção contra Incêndios e Pânico –
SPCIP, compreende o conjunto de unidades do CBMPR, que têm por
finalidade desenvolver as atividades relacionadas à prevenção e proteção
contra incêndio nas edificações e áreas de risco, observando-se o
cumprimento das exigências estabelecidas neste Código.
Artigo 7º – É função do Serviço de Prevenção Contra Incêndio e
Pânico – SPCIP:
realizar pesquisa de incêndio (não é perícia, é pesquisa);
regulamentar as medidas de segurança contra incêndio e pânico;
credenciar seus oficiais e praças;
analisar o plano de segurança contra incêndio e pânico das edificações e
áreas de risco;
realizar vistoria nas edificações e áreas de risco;
expedir e cassar documentos (LVE, CVE, RE);
emitir consultas técnicas;
emitir pareceres técnicos.
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Uma das principais mudanças implementadas através do
novo CSCIP em relação ao Código de Prevenção 2011 foi a
criação do Plano de Segurança Contra Incêndio e Pânico
(PSCIP), pois trata-se de uma mudança conceitual, pois
anteriormente o Corpo de Bombeiros analisava somente o
Projeto de Prevenção de Incêndios, que como o nome dizia
era uma projeto complementar da edificação.
Com a mudança para PSCIP o Projeto é uma parte do Plano
que contempla vários outros itens que pretendem tornar a
edificação muito mais segura, pois divide a responsabilidade
pela segurança da edificação entre: construtor, responsável
técnico e usuários da mesma.
Portanto, todos e cada um destes atores tem
responsabilidade sobre a segurança da edificação. (artigos
16, 17 e 18 do CSCIP)

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Art 22 - Classificação das Edificações:
O CSCIP classifica as edificações de três formas:
I - quanto à ocupação: de acordo com a tabela 1.
II - quanto à altura: de acordo com a tabela 2.
III - quanto à carga de incêndio: de acordo com a
tabela 3.

O objetivo destas classificações é enquadrar a


edificação em um grupo cujas exigências de sistemas
preventivos são especifícas de acordo com o risco da
edificação.
Na sequência apresentaremos as tabelas para melhor
entendimento.
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1. Ocupação:
Classifica a
edificação
levando em
conta a sua
ocupação
dividida em
grupos de
A-Residencial
até
M-Especial

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1. Ocupação:
Classifica a
edificação
levando em
conta a sua
ocupação
dividida em
grupos de
A-Residencial
até
M-Especial

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1. Ocupação:
Classifica a
edificação
levando em
conta a sua
ocupação
dividida em
grupos de
A-Residencial
até
M-Especial

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1. Ocupação:
Classifica a
edificação
levando em
conta a sua
ocupação
dividida em
grupos de
A-Residencial
até
M-Especial

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1. Ocupação:
Classifica a
edificação
levando em
conta a sua
ocupação
dividida em
grupos de
A-Residencial
até
M-Especial

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1. Ocupação:
Classifica a
edificação
levando em
conta a sua
ocupação
dividida em
grupos de
A-Residencial
até
M-Especial

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2. Altura:
Classifica a edificação levando em conta a sua altura, partindo da mais
baixa até a mais alta.
A altura é a medida em metros do piso mais baixo ocupado ao piso do
último pavimento, ppara fins de saída de emergência, é a medida em
metros entre o ponto que caracteriza a saída do nível de descarga ao
piso do último pavimento, podendo ser ascendente ou descendente.

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3. Carga Incêndio:
Classifica a edificação levando em conta a sua Carga Incêndio.
A Carga de Incêndio é a soma das energias caloríficas possíveis de
serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais
combustíveis contidos em um espaço, inclusive o revestimento das
paredes, divisórias, pisos e tetos.

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Constituem medidas de segurança segundo o CSCIP:
I - acesso de viatura na edificação e XIII - detecção automática de
áreas de risco; incêndio;
II - separação entre edificações; XIV - alarme de incêndio;
III - resistência ao fogo dos elementos XV - sinalização de emergência;
de construção; XVI - extintores;
IV - compartimentação; XVII - hidrante e mangotinhos;
V - controle de materiais de XVIII - chuveiros automáticos;
acabamento;
XIX - resfriamento;
VI - saídas de emergência;
XX - espuma;
VII - elevador de emergência;
XXI - sistema fixo de gases limpos e
VIII - controle de fumaça; dióxido de carbono (CO2);
IX - gerenciamento de risco de XXII - sistema de proteção contra
incêndio; descargas atmosféricas (SPDA);
X - brigada de incêndio; XXIII - controle de fontes de ignição
XI - brigada profissional; (sistema elétrico; soldas; chamas;
aquecedores etc.).
XII - iluminação de emergência;
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Medidas de Segurança Contra Incêndio:
O CSCIP apresenta em seus anexos uma série de tabelas (modelo
abaixo) com as medidas de segurança a serem adotadas para cada tipo
de edificação conforme o seu grupo específico.
A marcação “X” indica a obrigatoriedade para o grupo.

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Normas e Procedimentos Técnicos:
É o documento elaborado pelo CBMPR que regulamenta os
procedimentos técnicos referentes à segurança contra incêndio e
pânico das edificações e áreas de risco.
Para a execução e implantação das medidas de segurança contra
incêndio, devem ser atendidas as NPTs elaboradas pelo CBMPR.
De forma geral para cada Medida de Segurança Contra Incêndio
existe pelo menos uma NPT específica.
Para a elaboração das NPTs foram utilizadas as mais modernas
normas nacionais e internacionais sobre o tema, principalmente as
Normas Brasileira (NBRs) e os Códigos de Prevenção de outros
Estados Brasileiros.
O CSCIP possue 40 NPTs que tratam de todas as medidas de
segurança contra incêndio adotadas no Código.

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Normas de Procedimentos Técnicos:
11 – Saídas de Emergência;
1 – Procedimentos Administrativos;
12 – Centros esportivos e exibição;
2 – Adaptação as normas de segurança
contra incêndio Edificações existentes; 13 – Pressurização de escada;
3 – Terminologia de Segurança contra 14 – Carga de incêndio;
Incêndio;
15 – Controle de fumaça;
4 – Símbolos gráficos para PSCIP; 16 – Plano de emergência;
5 – Segurança contra incêndio 17 – Brigada de incêndio;
urbanística;
18 – Iluminação de emergência;
6 – Acesso de Viatura a edificação;
19 – Detecção e alarme incêndio;
7 – Isolamento de Risco;
20 – Sinalização emergência;
8 – Resistência ao fogo dos elementos
construtivos; 21 – Sistema móvel (extintores);
9 - Compartimentação; 22 - Sistema de hidrantes e
mangotinhos;
10 – Controle materiais acabamento;
23 – Chuveiros automáticos;
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Normas de Procedimentos Técnicos (continuação):
24 – Chuveiros automáticos depósitos; 33 – Cobertura de sapê e piaçava
25 – Proteção para Líquidos 34 – Hidrante urbano;
combustíveis inflamáveis;
35 – Túneis rodoviários;
26 – Sistema de gases combate a
incêndios; 36 – Pátio de containers;
27 – Armazenamento em Silos; 37 – Substação elétrica;
28 – Manipulação e armazenamento 38 – Cozinha Profissional
de GLP; 39 – Estabelecimentos destinados a
29 – Comercialização e distribuição de restrição de liberdade;
GNV; 40 – Edificações históricas e museus.
30 – Fogos de artifício;
31 – Segurança para heliponto e
heliporto;
32 – Produtos perigosos em área de
risco;
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Como fica a situação das edificações Existentes e Antigas perante o
novo CSCIP?
Nada muda para as edificações existentes e antigas que não sofrerem
ampliação ou mudança de ocupação.
São consideradas edificações existentes ou antigas aquelas
comprovadamente regularizadas ou construídas anteriormente à
vigência do CSCIP 2011(08 jan 12).
As edificações construídas e regularizadas posteriormente à vigência do
Código de Prevenção de Incêndios (março de 2001), quando
ampliadas ou com mudança de ocupação, devem atender
integralmente ao CSCIP 2011, não cabendo as adaptações da NPT 02,
exceto se houver compartimentação entre as áreas existentes e
ampliadas. Neste caso, pode-se adotar o Código de Prevenção de
Incêndios 2001 para a área existente e o CSCIP 2011 para a área
ampliada.

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O que é considerado mudança de ocupação segundo o CSCIP?
considera-se mudança de ocupação quando houver troca da atividade
exercida no local, considerando as exigências das Divisões
contempladas nas Tabelas de 6A a 6M do CSCIP 2011,
independentemente do grau de risco a ser implantado.
Os outros casos onde será exigido a adequação são:
Ampliação de área;
Aumento da altura da edificação.

Quais os procedimento para regularização?


As medidas de segurança a serem exigidas para as edificações
existentes devem ser analisadas, adaptadas e dimensionadas levando
em conta a classificação da edificação conforme a época de
existência e a vigência do respectivo Código de Prevenção de
Incêndios.

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Quais as exigências básicas para regularização (Edif. maiores)?
As medidas de segurança contra incêndio consideradas como
exigências básicas nas edificações com área igual ou superior a 1500
m² ou com 04 (quatro) ou mais pavimentos para Risco Leve (RL) e
1000 m² ou 03 (três) ou mais pavimentos para os Riscos Moderado e
Elevado (RM e RE), independente da data de construção e da
regularização, são:
extintores de incêndio;
iluminação de emergência;
sinalização de emergência;
brigada de incêndio;
hidrantes;
saída de emergência.

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Quais as exigências básicas para regularização (Edif. menores)?
As medidas de segurança contra incêndio consideradas como
exigências básicas nas edificações com área menor que 1500 m² ou
altura inferior a 04 (quatro) pavimentos para o Risco Leve (RL) e 1000
m² ou 03 (três) pavimentos para os Riscos Moderado e Elevado (RM, e
RL), independente da data de construção e da regularização, são:
extintores de incêndio;
iluminação de emergência, se for o caso;
sinalização de emergência;
saída de emergência.

As medidas de segurança contra incêndio podem ser adaptadas


conforme estabelecido na NPT 02 e, quando não contempladas, devem
atender às respectivas NPTs do CSCIP vigente.
As NPT 02, portanto, prevê uma série de adaptações possíveis para
os casos em que não se consegue atender integralmente o CSCIP.
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