Aula05 (1960)

Universidade
Católica Microeconomia I
Portuguesa
Faculdade
Administração e Gestão de Empresas
de Ciências Economia
Económicas
e Empresariais
Fernando Machado
2006-2007 • 1º Semestre
Aula 5
fsm@fcee.ucp.pt
Aula 5- Produção e Custos
Universidade • O processo produtivo.

Católica
• O papel do gestor: assegurar a utilização
Portuguesa
adequada de factores.
Faculdade
de Ciências
• Combinação óptima de inputs.
Económicas
e Empresariais
Microeconomia I Administração e Gestão de Empresas / Economia

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© Fernando Machado Ano lectivo 2007-2008 • 1º Semestre • Aula 5
O Processo Produtivo
Universidade ♦A maioria dos processos de produção
Católica necessita de pessoas (trabalho) e um
Portuguesa
qualquer tipo de instrumentos (capital).
Faculdade ♦O processo produtivo (tecnologia) é
de Ciências
Económicas descrito pela função de produção: relação
e Empresariais
técnica que associa as quantidades de
factores utilizadas com a quantidade
máxima de produto que se pode obter.

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Função de Produção
Universidade ♦Descrição matemática: F ( K , L) .
Católica ♦A função de produção pode obter-se a
Portuguesa
partir de características técnicas da
Faculdade produção e da observação do processo
de Ciências
Económicas
produtivo no passado.
e Empresariais ♦Exemplos de funções de produção.
♦Aplicação: Produção Agrícola em
Portugal.
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Aspectos da Função de
Produção
Universidade
♦ Curto versus Longo
prazo
Católica
Portuguesa
♦ Produtividades
média e marginal
Faculdade ♦ Economias de
de Ciências Escala
Económicas ♦ Isoquantas
e Empresariais
♦ Taxa Marginal de
Substituição Técnica

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Produção
Universidade
♦ Curto versus
Católica Longo prazo ♦Longo prazo: todos os
Portuguesa
♦ Produtividades factores são variáveis.
média e marginal
Faculdade
♦ Economias de ♦Curto prazo: alguns
de Ciências
Económicas Escala factores estão fixos
e Empresariais ♦ Isoquantas (normalmente o capital)
♦ Taxa Marginal de – envolvem contratos de
Substituição longo prazo.
Técnica

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Produção
Universidade
♦ Curto versus ♦Produtividade média: quantidade
Católica Longo prazo produzida por unidade de factor:
Portuguesa
♦ Produtividades F ( K , L) F ( K , L)
média e marginal PMeK = K ; PMeL = L
♦ Economias de ♦Produtividade marginal:
Faculdade
de Ciências
Económicas Escala quantidade produzida pela última
unidade de factor:
e Empresariais ♦ Isoquantas
∂F (K , L) ∂F (K , L)
♦ Taxa Marginal de PMgK = ; PMgL =
Substituição ∂K ∂L
Técnica ♦ Rendimentos marginais crescentes,
decrescentes e negativos.
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Produção com um Input Variável
In p u t In p u t P ro d . P ro d .
T ra b al C ap ital O u tp u t M éd io M arg in
Universidade h o (L ) (K ) (Q ) (Q /L ) al
Católica ∆ Q /∆
(∆ ∆L)
Portuguesa 0 10 0 - -
1 10 10 10 10
2 10 30 15 20
Faculdade 3 10 60 20 30
de Ciências 4 10 80 20 20
Económicas 5 10 95 19 15
e Empresariais 6 10 108 18 13
7 10 112 16 4
8 10 112 14 0
9 10 108 12 -4
10 10 100 10 -8

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Produção com um Input Variável
Universidade
Católica
Portuguesa
Faculdade
de Ciências
Económicas
e Empresariais

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Estádios da Produção
Universidade Rendimentos Rendimentos Rendimentos

Católica Q Marginais Marginais Marginais
Crescentes Decrescentes Negativos
Portuguesa
Faculdade
de Ciências
Q=F(K,L)
Económicas
e Empresariais
AP
L
MP
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Produção
♦Como varia a produção
Universidade
♦ Curto versus quando aumentam todos os
Católica Longo prazo factores na mesma proporção?
Portuguesa
♦ Produtividades
média e marginal♦ F (θK ,θL) = θ F ( K , L)
n
♦ Economias de ♦Rendimentos crescentes à

Faculdade
de Ciências
Económicas Escala escala: n > 1
e Empresariais ♦ Isoquantas ♦Rendimentos constantes à
♦ Taxa Marginal de escala: n = 1
Substituição ♦Rendimentos decrescentes à
Técnica escala: n < 1
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Rendimentos constantes e
crescentes à escala
Universidade
Católica
Portuguesa
Faculdade
de Ciências
Económicas
e Empresariais

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Rendimentos de Escala
Y = f (K, L) Função de Produção
Universidade
∆Y ∆K ∆L
Católica =εY,K +εY,L se ∆K/K=∆L/L (=∆X/X)
Portuguesa Y K L
∆Y ∆X
=(εY,K +εY,L )
Faculdade
de Ciências
Económicas Y X
e Empresariais
F. Produção Cobb-Douglas Y = A Kα Lβ
α = ε Y,K e β = εY,L α+β >1 Rend. Cresc. à Escala

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Produção
Universidade
♦ Curto versus ♦ Combinações de factores que
Católica Longo prazo permitem um dado nível de
produção.
Portuguesa
♦ Produtividades
média e marginal K
Q1 Q
2
Faculdade
de Ciências ♦ Economias de
Económicas Escala
e Empresariais ♦ Isoquantas Q0
♦ Taxa Marginal de
Substituição
Técnica L

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Produção ♦ Quantidade a aumentar de um
factor quando diminui em uma
Universidade
♦ Curto versus unidade a quantidade do outro
Católica Longo prazo factor, de modo a manter o
Portuguesa
♦ Economias de mesmo nível de produção.
Escala Q1
Faculdade K Q2
de Ciências ♦ Produtividades
Económicas média e marginal
e Empresariais ♦ Isoquantas Q0
∆K A
♦ Taxa Marginal
de Substituição
Técnica ∆L=-1 L

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Q= f (K, L)
TMST num ponto
∂Q ∂Q
dQ = dK + dL
∂K ∂L
Universidade
Fazendo dQ=0
Católica
Portuguesa K ∂Q ∂Q
− dK = dL
∂K ∂L
Faculdade
∂Q
de Ciências dK ∂L
Económicas − = = TMST
A dL ∂Q
e Empresariais
∂K
Q=Q0
-TMST
L
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Isoquantas
e TMST decrescente
Universidade
y
Católica
Portuguesa
Faculdade
de Ciências
Económicas
e Empresariais

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Exemplos de funções de
produção
Universidade
♦ Cobb-Douglas
Católica ♦ Linear
Portuguesa ♦ Leontief
♦ CES
Faculdade
de Ciências
Económicas
e Empresariais

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produção
♦ Cobb-Douglas α β
Universidade ♦ F ( K , L) = AK L , com A,α , β > 0
Portuguesa ♦ Leontief ♦ Rendimentos de escala: α + β
♦ CES α −1 β
Faculdade
♦ PMg K = Aα K L
de Ciências PMg L = Aβ Kα Lβ −1
β K
y
Económicas
e Empresariais ♦ TMSTL, K =
α L
♦ Os factores são substitutos
x
imperfeitos.

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produção
Universidade
♦ Cobb-Douglas ♦ F ( K , L ) = α K + β L , α , β > 0
Católica ♦ Linear ♦ Rendimentos constantes à
Portuguesa ♦ Leontief escala
♦ CES ♦ PMg = α
Faculdade K
de Ciências y PMgL = β
Económicas Declive
e Empresariais −β α
♦ TMSTL,K =
β
α
♦ Os factores são substitutos
x
perfeitos.

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produção
♦ F ( K , L) = min{α K, β L}, α , β > 0
♦ Cobb-Douglas
Universidade ♦ Rendimentos constantes à
escala
Portuguesa ♦ Leontief 0 se αK > βL
♦ ♦ PMg K = 
α se αK < βL
CES
Faculdade
0 se βL > α K
de Ciências y
Declive
αβ
Económicas
PMg L = 
 β se βL < α K
e Empresariais
♦ TMSTL ,K não definida

x ♦ Os factores são complementos
perfeitos.
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Exemplos de funções de 1
produção ♦ F ( K , L) = (α K + β L ) −ρ −ρ -
ρ ,
♦ Cobb-Douglas α , β > 0, − 1 < ρ
Universidade
♦ Linear ♦ Rendimentos constantes à
Católica
Portuguesa ♦ Leontief escala 1+ ρ
 F ( K , L ) 
♦ CES ♦ PMg K = α  
Faculdade  K 
1+ ρ
de Ciências  F ( K , L ) 
= β
y
Económicas PMg L 
e Empresariais  L 1+ ρ
β K
♦ TMST L , K =  
αL
x
♦ Tem as outras funções como
casos particulares.
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Função de Produção da
Agricultura Portuguesa
Universidade Numa estimação de uma função Cobb
Católica
Portuguesa
Douglas para a agricultura do Nordeste de
Portugal nos anos 80 obteve-se a seguinte
Faculdade relação:
Q = 0.7914 A0.0594 K 0.1380 L0.3533 M 0.4851
de Ciências
Económicas
e Empresariais
onde os factores são respectivamente terra,
capital, trabalho e matérias primas.
Fernando Machado, Technological Efficiency and Technicological Change in the
Portuguese Agriculture, Dissertação de Doutoramento, 1992, University of Reading,
Reino Unido.

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O Papel do Gestor
no Processo Produtivo
Universidade ♦ No processo produtivo, compete ao gestor:
Católica
– Assegurar que se utiliza a combinação
Portuguesa
adequada de factores:
Faculdade • Problema análogo ao da escolha individual;
de Ciências – Garantir que se produz na função de produção:
Económicas
e Empresariais • Problema de organização interna da empresa;
– Escolher o nível de produção
• Problema que depende do mercado em que a
empresa se insere.

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Utilização Óptima de um Input Variável
Supunhamos que o preço do output é de 5 u.m. Se cada
trabalhador tiver um salário de 50 u.m. qual o número de
trabalhadores que maximiza o lucro?
Universidade L K Q Q/L ∆Q/∆
∆L P* ∆Q/∆
∆L
Católica 0 10 0
Portuguesa 1 10 10 10 10 50
2 10 30 15 20 100
Faculdade 3 10 60 20 30 150
de Ciências 4 10 80 20 20 100
Económicas 5 10 95 19 15 75
e Empresariais 6 10 108 18 13 65
7 10 112 16 4 20
8 10 112 14 0 0
9 10 108 12 -4 -20
10 10 100 10 -8 -40
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Utilização Óptima de um Input Variável
Produto Marg. em Valor (MRP)= Custo Marg.do Recurso
Universidade
∆Q
Católica p = PL
Portuguesa ∆L
Faculdade
de Ciências
Económicas MRP
e Empresariais
w
L* L
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Decisão óptima com dois
inputs variáveis
Universidade ♦Para certo nível de produção, e dados os
Católica preços dos factores, o gestor deseja
Portuguesa
escolher a combinação de factores de
Faculdade custo mínimo.
♦O custo mínimo é alcançado numa
de Ciências
Económicas
e Empresariais
combinação em que a TMST iguala o
preço relativo dos factores.
♦Exemplo
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Combinação óptima de Inputs
Qual a combinação de inputs que minimiza o custo de
Produzir Q0 unidades de output?
Universidade K
Católica
Portuguesa
Faculdade
de Ciências
Económicas
e Empresariais
Q=36
Q=Q0 (=28)
Q=12
L
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Linhas de Isocusto
K C = PLL+ PK K
C PL
Universidade
C1/r K= − L
Católica PK PK
Portuguesa
C0/r
Faculdade
de Ciências
Económicas
e Empresariais
-PL/PK
L
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Decisão óptima: Abordagem gráfica
K ♦Dado o nível de
Universidade
produção, o
Católica C0/r
A
óptimo situa-se
Portuguesa
C1/r
no ponto A:
Faculdade PL
de Ciências KC C TMST =
Económicas PK
e Empresariais
B Q=Q0
-PL/PK
LC L
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Decisão óptima:
Análise algébrica
Universidade Min PK K + PL L
Católica Min PK K + PL L + λ (Q − F ( K , L) )
Portuguesa
s.a. F ( K,L) = Q
Faculdade  P − λ ∂F = 0
de Ciências
Condições  K
∂K
Económicas
 ∂F ∂K = PK
e Empresariais de  ∂F 
 PL − λ =0 ⇒  ∂F ∂L PL
primeira
 ∂L Q − F ( K , L) = 0
ordem: Q − F ( K , L) = 0 

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Decisão óptima:
Exemplo
Min 9 K + 4 L
( )
Universidade
Católica Min 9 K + 4 L + λ 6 − K 0.5 L0.5
Portuguesa s.a. K L = 60.5 0.5
Faculdade Condições 9 − 0.5λK −0.5 L0.5 = 0 L 9

de Ciências de   =
4 − 0.5λK L = 0 ⇒  K 4
Económicas 0.5 − 0.5
primeira
e Empresariais
6 − K 0.5 L0.5 = 0 6 − K 0.5 L0.5 = 0
ordem:  
Resolvendo o sistema tem-se: K = 4, L = 9

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♦ Economias de ♦Rendimentos crescentes à

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♦ TMSTL ,K não definida

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Faculdade Condições 9 − 0.5λK −0.5 L0.5 = 0 L 9

Resolvendo o sistema tem-se: K = 4, L = 9

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