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Nome do candidato
04. Observe o tempo dos verbos em destaque no seguinte 07. Identificam-se palavras/expressões empregadas com
trecho: sentido figurado nas duas seguintes passagens do texto:
... quando ela for grande e já tiver suas próprias respos- (A) ... e faz a pergunta favorita de seus dois anos e meio
tas ... (parágrafo 1o) de vida... / Respondo sem olhá-la no olho.
Assinale a alternativa que, corretamente, dá continuidade (B) Óbvio, “caroço” não significa nada... / “Olívia, que
à frase seguinte, mantendo o mesmo tempo verbal do que cê tá fazendo aí?”
trecho apresentado. (C) Ela metralha perguntas: que tamanho terá a árvore?
Quando ela / Onde não tem lama, é deserto: uma aridez total.
(A) pôr o caroço no vaso... (D) ... a curiosidade dá lugar ao deslumbre... / São dias
de angústia.
(B) fazer a plantação...
(E) ... proponho à minha mulher um esquema fraudulen-
(C) manter a calma... to. / Como um céu nublado se abrindo ao sol...
(E) Enfiamos o caroço num vaso amarelo onde haviam 09. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação cor-
restos de uma violeta. reta segundo as informações do texto.
10. A forma verbal acalento (7o parágrafo) e o substantivo 13. Observe a tirinha para responder à questão.
euforia (8o parágrafo) têm, no contexto em que se inse-
rem, respectivamente, como sinônimo e antônimo:
Matemática
(A) R$ 360,00.
(B) R$ 380,00.
(C) R$ 400,00.
(D) R$ 420,00.
(E) R$ 440,00.
(A) 176.
(B) 184.
(C) 192.
(D) 200.
(E) 208.
(A) 48.
(B) 54.
(C) 60.
(D) 72.
(E) 80.
22. Os totais de horas mensais trabalhadas por Carlos e João 25. Um pentágono possui três ângulos retos. Nesse pentá
no ano de 2020 foram registrados no gráfico a seguir. gono, um lado é lado de um triângulo equilátero e um
lado é lado de um triângulo isósceles, conforme mostra
a figura.
(E) 140°.
23. Em uma prova, as três maiores notas foram 9,3; 8,9 e
8,5, as três menores foram 4,1; 4,2 e 5 e todas as demais
notas foram 8. Sabendo que a média aritmética simples
de todas as notas foi igual a 7,5, o número de alunos que r a s c u n h o
fizeram essa prova foi
(A) 16.
(B) 20.
(C) 24.
(D) 28.
(E) 32.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 28. Paulo, ao ler o texto de Marta Kohl de Oliveira (in De
La Taille, Oliveira, Dantas; 1992), ficou impressionado
com o seguinte pensamento de Vygotsky: “é a cultura
que fornece ao indivíduo os sistemas simbólicos de
26. O RCNEI (Referencial curricular nacional para a educa-
representação da realidade e, por meio deles, o universo
ção infantil, 1998), publicado em três volumes, dedica um
de significações que permite construir uma ordenação,
deles ao âmbito de experiência Conhecimento de Mundo,
uma interpretação, dos dados do mundo real. Ao longo
o qual apresenta seis eixos de trabalho, entre os quais
de seu desenvolvimento, o indivíduo internaliza formas
o chamado “Natureza e Sociedade”. Na parte relativa a
culturalmente dadas de comportamento, num processo
tal eixo, lê-se que “Os componentes da paisagem são
em que atividades externas, funções interpessoais, trans-
tanto decorrentes da ação da natureza como da ação do
formam-se em atividades internas, intrapsicológicas.
homem em sociedade. (...) Se por um lado, os fenôme-
As funções psicológicas superiores, baseadas na opera-
nos da natureza condicionam a vida das pessoas, por
ção com sistemas simbólicos, são, pois, construídas
outro lado, o ser humano vai modificando a paisagem à
sua volta, transformando a natureza e construindo o lugar (A) quando as situações são percebidas como desafia-
onde vive em função de necessidades diversas (...)”. doras”.
De acordo com o RCNEI, o fato da organização dos
(B) a partir de dois processos: assimilação e acomodação”.
lugares ser produto da ação humana em interação com a
natureza abre a possibilidade de ensinar às crianças que (C) na relação entre o organismo e o mundo imaginado”.
(A) diante da crise ambiental que ameaça a sobrevivên- (D) de fora para dentro do indivíduo”.
cia de todas as espécies vivas, inclusive a dos seres
humanos, as pessoas não poderão mais interferir de (E) por meio de insights”.
nenhuma forma no meio ambiente.
30. Oliveira (2015) apresenta, no capítulo 7, instrumentos 32. Na educação infantil, o desenvolvimento do currículo
do professor para aprimorar o seu trabalho na educação exige especial atenção aos interesses das crianças para
infantil, apontando a avaliação como o primeiro deles. articular vida e conhecimento, obtendo, assim, apren-
Também Hoffmann (2010) se dedica a analisar as práti- dizagens significativas. Nesse sentido, a obra Projetos
cas avaliativas, da pré-escola à universidade e a propor Pedagógicos na educação infantil (2008), de M. Carmem
procedimentos coerentes com um trabalho educativo de S. Barbosa, em parceria com M. da Graça S. Horn, contri-
qualidade para todos. Essas duas autoras levam em con- bui efetivamente ao explicitar que a pedagogia de projetos
sideração concepções psicogenéticas sobre as relações é uma possibilidade interessante em termos de organiza-
entre aprendizagem e desenvolvimento e propõem que ção pedagógica porque, entre outros fatores, contempla
a avaliação uma visão multifacetada dos conhecimentos e das infor-
mações,
(A) seja utilizada para um diagnóstico inicial que sirva
de base ao planejamento, assim como para uma ve- (A) o que favorece um planejamento de ensino interdis-
rificação dos progressos das crianças, a cada três ciplinar, integrando, em cada projeto, conteúdos de
meses. todas as áreas de conhecimento do currículo da edu-
(B) sirva-se exclusivamente da observação “desarmada” cação infantil.
das crianças em atividade e do registro do avanço
de seu desenvolvimento espontâneo, na creche e na (B) o que permite aos professores escolherem os temas
pré-escola. que mais dominam para elaborarem os projetos e
para criarem situações de aprendizagem sedutoras
(C) volte-se para a aferição dos pré-requisitos à alfabe- aos alunos de sua turma.
tização que o currículo da pré-escola deve desen-
volver nas crianças de modo a evitar seu fracasso (C) num processo criativo para professores e alunos,
escolar. cabendo ao professor articular o tema com os objetivos
gerais previstos para o ano letivo, prever conteúdos a
(D) faça parte do ensinar que dialoga com o aprender
serem trabalhados e atualizar-se em relação a eles.
das crianças, utilizando-se, para isso, da observação
crítica, do registro criterioso e da problematização.
(D) a qual respeita inteiramente a curiosidade da criança,
(E) detecte qual o nível de desenvolvimento real atingido deixando-a livre para desenvolver-se e explorar seu
pela criança para oferecer-lhe apenas atividades que mundo, devendo, o professor, fazer intervenções ape-
ela já possa realizar sem auxílio de outrém. nas quando solicitado, no sentido de apoiar a ativida-
de do aluno.
31. Zabalza (1990) apresenta a “organização dos espaços” (E) em consonância com a curiosidade natural das crian-
como um dos “dez aspectos-chave de uma educação ças, a qual é dirigida para os temas que contemplam
infantil de qualidade”, com o argumento de que essa etapa os conteúdos estabelecidos para o ano letivo, por meio
da educação possui características muito particulares no de intervenções do professor que sejam criativas e
que se refere à organização dos espaços da qual neces- estimuladoras.
sita. Bassedas (1999) analisa a adequada organização do
espaço para as instituições de educação infantil, distinguin-
do as diferentes tarefas e os diferentes atores necessários
ao trabalho educativo e o respectivo espaço desejável para
seu bom desempenho. Observando tais aspectos, esses
autores, entre outros, consideram que, para uma educação
infantil de qualidade, a adequada organização dos espaços
exige que eles sejam
(A) planejados para o tamanho das crianças que vão
utilizá-los, higienizados diariamente, sejam eles ex-
ternos ou internos, incluindo-se, nesses cuidados, os
equipamentos e brinquedos.
(B) amplos, acolhedores, integrando os internos e os
externos, mobiliados e divididos de modo adequado
e flexível, para uma utilização que atenda ao trabalho
na educação infantil e a seus princípios.
(C) amplos, com mobílias adequadas ao tamanho das
crianças e, sobretudo seguros para elas, do ponto de
vista da higiene e da prevenção de acidentes.
(D) claros e arejados, com tapetes fixos e macios e al-
mofadões, além de uma variedade de brinquedos de
tamanho médio, coloridos e higienizados.
(E) limpos e atraentes, decorados com cores vibrantes
e variadas, com mobiliário de cantos arredondados.
33. Zabalza, no capítulo 5 da obra Qualidade em Educação 35. As crianças são os jovens de amanhã e os adultos de
Infantil (1998), apresenta, entre os “dez aspectos-chave depois de amanhã. São a sociedade em reconstrução e,
de uma educação infantil de qualidade”, o trabalho com por isso, sua educação é do interesse de todos os adultos,
os pais e as mães e com o meio ambiente (escola aberta), pois envolve a disputa por diferentes futuros possíveis.
argumentando que o trabalho educativo é enriquecido No Brasil, a Constituição Federal de 1988 reconheceu
com essa participação, “pois o meio social, natural, a educação como direito público subjetivo e estabelece
cultural, etc. é um imenso salão de recursos formativos”. níveis de responsabilidade para sua garantia nas esferas
Por sua vez, o Parecer CNE/CEB no 20/2009, em seu federal, estadual e municipal. No mesmo sentido, o
item 8, refere-se à parceria da escola com as famílias, Estatuto da Criança e do Adolescente, ECA, Lei Federal
na Educação Infantil, como necessária e fundamental. no 8.069/90, assim como a Lei de Diretrizes e Bases da
Analisa que elas constituem o primeiro contexto de edu- Educação Nacional, LDBEN no 9.394/96 e a Resolução
cação e cuidado do bebê e que, quando a criança passa CNE/CEB no 05/2009, (que define diretrizes para a Edu-
a frequentar a escola, é preciso refletir sobre a especifi- cação Infantil), estabelecem que a ação educativa com
cidade de cada contexto no desenvolvimento da criança as crianças, nas instituições que lhe são próprias, seja
e a forma de integrar as ações e projetos educacionais
das famílias e das instituições, pois, consideradas as (A) compartilhada por diferentes profissionais necessá-
características das crianças de zero a cinco anos de idade, rios ao atendimento dos sujeitos, assim como com
impõe-se seus pais ou responsáveis os quais têm direito de ter
ciência do processo pedagógico e de participar da
(A) a adoção, na escola, das práticas de cuidados que definição das propostas educacionais.
cada criança recebe de seus pais, em casa.
(B) compartilhada por docentes, funcionários e gesto-
(B) uma tarefa adicional aos professores de orientar os res das unidades, sendo esses últimos, os únicos a
pais em seu já extenso dia a dia de trabalho na escola. comunicarem-se com as famílias, receberem suas
demandas e darem informações sobre o aproveita-
(C) a mediação de um gestor educacional porque fatal- mento e comportamento de seus filhos.
mente surgirão conflitos entre a escola e as famílias.
(C) desenvolvida em parceria com as famílias e a comuni-
(D) o exercício do diálogo entre escola e famílias para dade próxima interessada, repartindo, com elas, atri-
que as práticas junto às crianças não se fragmentem. buições cotidianas e a responsabilidade em prestar
contas ao poder público pelos resultados alcançados
(E) uma espécie de “contrato” entre pais e professores e os recursos gastos.
de modo que uns não invadam a área de atuação
dos outros. (D) desenvolvida sob a exclusiva responsabilidade de
educadores habilitados para o exercício da docên-
cia com essa faixa etária, os quais devem responder,
ante a sociedade, pelo cumprimento das diretrizes
34. Para Henri Wallon, a infância corresponde a um período legais e pedagógicas pertinentes.
da vida de fundamental importância, daí a necessidade
de se dar a ela o máximo de atenção possível. Ele con- (E) planejada em nível nacional, para garantir o perfil de
cebe o desenvolvimento humano como uma construção cidadania desejado, e acompanhada por meio de
progressiva em cinco estágios, sendo um deles o do per- avaliações padronizadas e objetivas que permitam
sonalismo. Conforme explicitado na obra Henri Wallon: corrigir os desvios encontrados por meio delas.
uma concepção dialética do desenvolvimento infantil
(São Paulo: Vozes, 1986), “No estágio do personalismo,
que cobre a faixa dos três aos seis anos, a tarefa central
é o processo de formação da personalidade. A constru-
ção da consciência de si, que se dá por meio das inte-
rações sociais, reorienta o interesse da criança para as
pessoas (...)”.
A obra citada explicita ainda que, para Wallon, nesse
estágio há predominância
(A) da imitação.
(B) da imaginação.
36. A Resolução CNE/CEB no 05/09 e o Parecer CNE/CEB 38. Dotz (in: Arribas, 2004) destaca que na primeira infân-
no 20/2009, que estabelecem as Diretrizes Curriculares cia, dificilmente pode-se falar em desenvolvimento sem
Nacionais para a Educação Infantil, definem que essa falar de motricidade, a qual se desenvolve em três fases:
primeira etapa da Educação Básica “é oferecida em 1. Organização tônica; 2. Organização motora, dirigida
creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como a funções elementares de apreensão e locomoção;
espaços institucionais não domésticos que constituem 3. automatização das funções adquiridas em etapas ante-
estabelecimentos educacionais públicos ou privados que riores. A motricidade e a expressão corporal são bastante
educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no exploradas por Arribas (2004), que recomenda propor às
período diurno, em jornada integral ou parcial”. Oliveira crianças tarefas de manipular, lançar, receber, esbarrar,
(2015), em tópico sobre as inter-relações entre as ativi- pegar, largar e conduzir, porque essas tarefas são funda-
dades educativas e as de cuidado, argumenta que elas mentais para o desenvolvimento da
“são aspectos da mesma experiência, do ponto de vista
da criança”, e, com base nas citadas diretrizes nacionais, (A) criatividade.
recomenda que sejam propiciadas às crianças,
(B) lateralidade.
(A) rotinas de cuidado animadas com cantigas e brinca-
(C) expressividade.
deiras, distraindo-as e evitando que chorem durante
a troca de fraldas e outros procedimentos de higiene. (D) noção espaço-temporal.
(B) situações de aconchego e carinho, principalmente (E) coordenação oculomanual.
para aquelas cujas famílias deixam a desejar nesse
aspecto tão importante do cuidado para um desen-
volvimento saudável.
(C) situações em que são educadas por professores 39. A professora Cristina propôs para as crianças a brin-
devidamente habilitados e situações nas quais rece- cadeira de pega-pega corrente. O pegador deve correr
bem cuidados, sempre que necessário, dispensados com o objetivo de tocar outra criança que esteja fugindo.
por atendentes treinadas. Assim que for tocada pelo pegador, aquela que foi tocada
deverá lhe dar a mão, tornando-se mais uma pegadora,
(D) situações de aprendizagem mediadas, integradas na formando assim uma grande corrente de pegadores.
própria rotina, para a elaboração de sua autonomia Esse é um tipo de brincadeira que envolve a ludicidade
nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, e proporciona aos participantes atenção, agilidade,
saúde e bem-estar. velocidade de reação, cooperação entre outros benefí-
cios. De acordo com a literatura da área, o pega-pega
(E) rotinas de cuidado, voltadas a seu bem-estar, higiene
corrente, no âmbito do desenvolvimento psicomotor,
e saúde, com prioridade nas creches e apenas com-
propicia ao escolar coordenação motora, relação corpo-
plementarmente nas pré-escolas, nas quais já predo-
-tempo, percepção temporal,
minam as atividades educativas.
(A) manipulação e audição.
(A) o grafismo
(B) o mimetismo
(C) a criatividade
(D) a sociabilização
(E) a memorização
40. De acordo com Arribas (2004), as atividades de lança- 43. No RCNEI, Referencial Curricular Nacional para a Educa-
mentos e recepções na escola de educação infantil, em ção Infantil (1998), volume 3, é analisada a presença da
especial, utilizando uma só mão, constituem uma tarefa linguagem oral e escrita na educação infantil e destaca-se
de grande ajuda no desenvolvimento a importância das práticas adotadas serem coerentes
com o processo que as crianças estão vivendo em suas
(A) do processo de simbolismo. aprendizagens e seu desenvolvimento integral. Nesse
sentido, são apresentados argumentos embasados nas
(B) da organização do espaço.
concepções psicogenéticas de Jean Piaget, que servi-
(C) da expressividade. ram de referência para pesquisas e reflexões de Ferreiro
(2010) e de A. Teberosky e B. Cardoso (2000), as quais
(D) do predomínio lateral. descrevem e analisam a aprendizagem da leitura e da
escrita como um processo
(E) da audição.
(A) espontâneo, decorrente do desenvolvimento psico-
motor da criança, que acompanha sua idade crono-
lógica e que deve ser bem aproveitado pelos educa-
41. Craidy e Kaercher (2001) destacam que entre três e quatro dores, mas nunca acelerado.
anos de idade surge um tipo de jogo mais complexo, que
se caracteriza pela elaboração de cenas inteiras que vão (B) complexo, que depende do ensino sistematizado da
ficando cada vez mais ricas e detalhadas. Nessa fase, a escola para a devida apropriação, pela criança, dos
criança dedica longos momentos ao jogo solitário, criando códigos e convenções que transcrevem os sons para
monólogos e assumindo diferentes papéis. Essa atividade os sinais gráficos.
recebe a denominação de
(C) de construção conceitual pela criança, a partir de
(A) Exercícios Sensório-Motores. problemas que ela se coloca ao conviver em con-
textos letrados, e com cujo percurso lógico o ensino
(B) Jogos de Regras. escolar deve dialogar.
(C) Faz de Conta. (D) estruturado em etapas cuja sequência é invariável,
(D) Jogos Funcionais. mas cuja duração pode ser acelerada por um ensino
escolar voltado ao desenvolvimento das habilidades
(E) Jogos de Raciocínio. psicomotoras, cruciais para seu avanço.
45. O Referencial Curricular Nacional para a Educação 47. Em um curso de atualização docente, Rosana teve opor-
Infantil, RCNEI (1998), volume 3, ao abordar as ideias e tunidade de conhecer o Referencial curricular nacional
práticas correntes para o desenvolvimento da linguagem para a educação infantil (1998). Ao estudá-lo, constatou
oral, destaca a roda de conversa como prática bastante que, no volume 3, há uma parte destinada ao ensino
presente na educação infantil brasileira, embora nem e aprendizagem da matemática. Nesta, chamou sua
sempre realizada com uma concepção coerente e con- atenção o seguinte trecho: “Algumas interpretações das
sequente em relação a esse objetivo. Também a obra pesquisas psicogenéticas concluíram que o ensino da
“Palavra de Professor(a), tateios e reflexões na prática da Matemática seria beneficiado por um trabalho que inci-
pedagogia Freinet”, organizada por Ferreira (2003), traz disse no desenvolvimento de estruturas do pensamento
um artigo de Andrea de F. Siste sobre a roda de conversa lógico-matemático. Assim, consideram-se experiências-
na educação infantil e nas séries iniciais. As análises e -chave para o processo de desenvolvimento do raciocínio
argumentações apresentadas nessas duas obras permi- lógico e para a aquisição da noção de número as ações
tem considerar as rodas de conversa como um momento de classificar, ordenar/seriar e comparar objetos
fundamental na relação afetiva entre a professora e as
crianças e das crianças entre si, pois cada um pode ver e (A) sempre de forma lúdica e prazerosa”.
ouvir os demais e ser visto e ouvido por eles. Nos textos
(B) em situações de competição entre pares”.
citados, recomenda-se que, para favorecer o desenvol-
vimento da linguagem oral das crianças, nas rodas de (C) com o simples objetivo de organizá-los”.
conversa, o professor deve
(D) de forma espontânea e não dirigida”.
(A) dar a palavra a uma criança por vez para responder
ao que ele perguntou, de modo que todas aprendam (E) em função de diferentes critérios”.
a respeitar a vez do colega e esperar a sua, como
um aprendizado fundamental para o andamento das
atividades pedagógicas escolares.
(B) utilizar uma linguagem que imita a maneira de falar 48. É comum se pensar que o primeiro contato da criança
das crianças do grupo para estabelecer uma aproxi- com a matemática é de ordem quantitativa, mas, con-
mação maior com elas, criando um contexto de aco- forme coloca Smole (1996, p. 105), o desenvolvimento
lhimento e encorajamento para a fala delas, inclusive infantil é, em determinado período da infância, essen-
com introdução de cantorias coletivas. cialmente espacial, razão pela qual o trabalho docente,
ao abordar a geometria deveria estar fundamentalmente
(C) aproveitar o momento em que todas as crianças es- voltado para o desenvolvimento das competências espa-
tão com a atenção concentrada nele para desenvol- ciais da criança. Contudo, como ela alerta, “para desen-
ver suas habilidades de linguagem oral, com ativida- volver suas potencialidades espaciais uma pessoa tem
des lúdicas, por exemplo, de cantar e bater palmas, que viver o e no espaço, mover-se nele e organizá-lo”.
repetindo sua pronúncia correta. “Pensar a organização do espaço como uma necessi-
(D) criar situações de livre interação entre as crianças e dade que nasce de dentro para fora nos dá uma indica-
observar sua linguagem oral, avaliando e registrando ção de que a geometria a ser desenvolvida na educação
se o grau de maturação biológica próprio para sua infantil não pode ser uma geometria estática de lápis e
idade cronológica já foi atingido, para melhor selecio- papel apenas, nem ao menos estar restrita à identificação
nar os conteúdos que introduzirá. de nomes de figuras. É necessário pensar uma proposta
que contemple, simultaneamente, três aspectos para seu
(E) conduzi-las, de olhos e ouvidos bem abertos e aten- pleno desenvolvimento: , a orientação
tos, fornecendo elementos a respeito do que a criança e percepção espacial e o desenvolvimento de noções
falou para ela estruturar sua narração, com perguntas: geométricas propriamente ditas.”
“quem fez isso?”, “com quem você estava?” e outras,
dialogando, num contexto de comunicação. Assinale a alternativa que completa a frase corretamente.