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PADRÕES DE CABEAÇÃO PARA REDES LOCAIS DE ALTA VELOCIDADE

O IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineering) estabeleceu padrões para


redes locais de alta velocidade a 100 Mbps : IEEE 802.3 100Base-T / Fast Ethernet e 802.12/
100VGAnyLAN.
O Padrão IEEE 802.3 100Base-T é uma tecnologia de rede local de alta velocidade a
100 Mbps baseado no método de acesso CSMA/CD que inclui:
• 100Base-TX: 2 pares de fios UTP Categoria 5 ou 2 pares tipo STP;
• 100Base-FX: 2 fibras ópticas de 62,5/125 mm multimodo;
• 100Base-T4: 4 pares de fios UTP categoria 3 ou 5.
O IEEE 802.12 100VGAnyLAN pode suportar, tecnicamente, distâncias maiores para
os cabos UTP e STP, numa solução proprietária. Entretanto, o uso desta tecnologia para
distâncias maiores que 90m, especificada pelo padrão, conduz a uma violação da norma
EIA/TIA 568A.
Os padrões 100Base-TX, IEEE 802.12 100VG e EIA/TIA 568A, incluem suporte para
cabos STP tipo 1A ou B de 150 Ohms. O Fórum ATM publicou a especificação para suportar
155 Mbps ATM em cima do padrão EIA/TIA 568A, categoria 5-UTP. Originalmente
especificada para suportar somente fibra, a interface ATM a 155 Mbps com o suporte adicional
para cobre tende a reduzir significativamente os preços para o hardware ATM.

GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE CABEAÇÃO ESTRUTURADA

Quando se parte para a escolha de uma estratégia de gerenciamento que melhor


corresponda à realidade da empresa, duas questões devem ser levadas em consideração
independentemente da opção escolhida: padronização e documentação.
A padronização de um sistema de cabeação, no que diz respeito aos componentes e
equipamentos utilizados em toda a organização, pode prover uma economia significativa em
tempo de resposta e treinamento de equipes de suporte. Em adição a um sistema de cabeação
com componentes padronizados, deve existir também um sistema de numeração consistente e
que seja conciso e fácil de entender.
Uma documentação precisa e compreensiva é fundamental para o sucesso de qualquer
política de controle de um sistema de cabeação. Questões como planejamento de mudanças de
instalações e mudanças de layout, aumento do número de pontos da rede, análise de falhas e
uma rápida recuperação de informações devem ser consideradas como funções de uma
documentação confiável. A documentação deve ser simples e confortável no uso, pois se não
for dessa forma, os usuários a evitarão e o seu conteúdo se deteriorará rapidamente até o ponto
em que cairá no desuso.
Existem três tipos de sistemas de gerenciamento de Cabeação Estruturada: sistemas em
papel, sistemas computadorizados usando softwares de mercado e sistemas computadorizados
usando softwares sob encomenda.
1. Sistemas em Papel - São sistemas que encontram-se em plena substituição pelos sistemas
computadorizados e que propiciam a falha humana por não terem nenhum recurso que

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assegure que a informação é confiável e consistente. Além disso, o meio em que está
armazenado é frágil e se deteriora rapidamente com o uso freqüente, podendo ocasionar a
perda de informações relevantes.
2. Sistemas Computadorizados com Softwares de Mercado - Sistemas prontos para
documentação de sistemas de cabeação usados em substituição ao papel. No entanto,
resolve uma parte dos problemas provenientes dos sistemas em papel, pois continua sem
nenhum tipo de validação de entrada de informação o que continua facilitando o erro
humano. Esses sistemas pré-concebidos não são capazes também de simplificar e
reconsiderar o esquema de numeração das organizações. Uma evolução dos sistemas
prontos são os do tipo CAD e os ditos orientados a banco de dados.
3. Sistemas Sob Encomenda - Nesses sistemas "customizados", é importante avaliar
cuidadosamente as características de escalabilidade do software para futuras ampliações ou
alterações, a estabilidade e o suporte do fornecedor da solução, bem como o tempo de
retorno do custo do software.
Adotando-se uma estratégia de gerenciamento adequada obtém-se os seguintes
benefícios:
• Redução do tempo necessário para realizar mudanças físicas e de layout e ampliações na
rede;
• Redução do tempo perdido na recuperação de falhas;
• Aumento do tempo de vida da infra-estrutura de cabeação.
A norma EIA/TIA 568A estabelece um mínimo de um cabo UTP Categoria 3 ou 5 para
cada área de trabalho. Para o subsistema de Cabeação Horizontal existem duas recomendações
básicas:
a) Instalar dois cabos UTP Categoria 5 de 4 pares, separados, para cada Área de Trabalho.
Caso o orçamento permita, é aconselhável a instalação de dois pontos de fibra multimodo e
dois ou três UTP Categoria 5.
b) Recomenda-se optar por instalar diretamente a fibra óptica, eliminando a transitoriedade da
instalação da cabeação UTP Categoria 5. Esta solução traz como vantagem um tempo de vida
útil maior que a com UTP Categoria 5.
A cabeação com fibra óptica, entre o painel de telecomunicações e as estações de
trabalho, não apresenta um custo muito significativo em relação a ao cabo UTP Categoria 5. O
problema da solução com fibra óptica reside na aquisição de equipamentos com conectividade
óptica: hubs, adaptadores, transceivers, etc., que atualmente são caros.
Para uma instalação robusta e confiável de um sistema de cabeação estruturada
recomenda-se seguir três passos básicos:
1. Instalação de fibra óptica no backbone e UTP Categoria 5, como Cabeação Horizontal, dos
Armários de Telecomunicações até as Áreas de Trabalho;
2. Treinamento de funcionários ou contratação de empresas especializadas;
3. Seguir a norma de instalação EIA/TIA 568A.

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PATCH CORDS E LINE CORDS (CAT 5)

Os patch cords e line cords têm como função a interligação entre o equipamento do
usuário e a tomada de informação, interligação entre patch panels, ou a interligação entre um
patch panel e um equipamento ativo como por exemplo um hub.
Os patch cords devem utilizar um cordão multifilar ao invés de um pedaço de cabo
UTP com condutores sólidos, pois o cordão multifilar é adequado para ambientes onde
necessitamos condutores com maior flexibilidade e sujeito a movimentações.

Características

Devem atender a norma ANSI/EIA/TIA 568A e ao boletim técnico TIA/EIA TSB40-


A em todos os aspectos (características elétricas, mecânicas, etc.).
De acordo com o item 6.3 do TSB40A e com o item 10.5.3 da ANSI/EIA/TIA 568A
os patch cords devem utilizar um cordão de 4 pares, flexível, com condutores multifilares de
24 AWG, cor neutra, preferencialmente cinza e devem suportar taxas de transmissão de até
155 Mbps.
Devem atender aos requisitos de Categoria 5, conforme o item 6.4 do TIA/EIA
TSB40-A, que referencia o TIA/EIA TSB36.
A pinagem deve estar de acordo com o item 6.3.2 da TIA/EIA TSB40-A, e utilizar a opção
T568B.

Tomada modular de 8 posições RJ 45 – fêmea – cat 5

As tomadas devem ter contatos do tipo IDC (Insulation Displacement Contact) na


parte traseira, que deve estar conectada com um cabo UTP de 4 pares e na parte frontal
devemos ter um conector modular de 8 posições do tipo RJ45 fêmea, no qual podemos
conectar tanto conectores do tipo RJ45 como do tipo RJ11 para telefonia.
As tomadas devem ter a indicação CAT5 na sua parte frontal indicando que a mesma
é de Categoria 5, de acordo com o item 10.4.6 da ANSI/EIA/TIA 568A.
A tomada deve ter o código de cores junto aos contatos IDC, de maneira a facilitar a
instalação e evitar erros.

Figura 1 - Exemplo de tomada RJ 45 fêmea


Características

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Devem atender a norma ANSI/EIA/TIA 568A e ao boletim técnico TIA/EIA TSB40-A


em todos os aspectos (características elétricas, mecânicas, etc.).
Cor neutra, preferencialmente cinza ou marfim e suportar taxas de transmissão de até 155
Mbps.
Devem atender aos requisitos de Categoria 5. Devem suportar temperaturas de até 65
o
C, resistência de Contato máxima de 23 mΩ e devem suportar um ciclo de inserção de pelo
menos 700 inserções.
De acordo com a norma ANSI/EIA/TIA 568A, os valores de atenuação do pior par
devem ser inferiores ou iguais aos valores especificados na tabela abaixo.

Frequêcia(MHz) Atenuação (dB) Atenuação (dB)


(Valores Máximos da Norma) (Valores Máx. Recomendados)
1.0 0,1 0,02
4.0 0,1 0,02
8.0 0,1 0,02
10.0 0,1 0,03
16.0 0,2 0,03
20.0 0,2 0,03
25.0 0,2 0,04
31.25 0,2 0,05
62.5 0,3 0,15
100.0 0,4 0,28

De acordo com a norma ANSI/EIA/TIA 568A, os valores do NEXT resultantes de


todas as combinações possíveis de todos os pares devem ser no mínimo os especificados na
tabela seguinte.
Frequêcia Atenuação de Diafonia (dB) - NEXT Atenuação de Diafonia (dB) - NEXT
(MHz) (Valores Mínimos da Norma) (Valores Mínimos Recomendados)
1.0 65 82
4.0 65 72
8.0 62 66
10.0 60 64
16.0 56 60
20.0 54 58
25.0 52 56
31.25 50 55
62.5 44 48
100.0 40 42

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De acordo com a norma da ANSI/EIA/TIA 568A, a atenuação de retorno (return loss) mínima
deve ser a especificada abaixo:

Freqüência Atenuação de Retorno (dB) Atenuação de Retorno (dB)


(MHz) (Valores Mínimos da Norma) (Valores Mínimos Recomendados)
1.0 23 50
4.0 23 42
8.0 23 39
10.0 23 35
16.0 23 34
20.0 23 32
25.0 14 30
31.25 14 28
62.5 14 22
100.0 14 18

Espelhos, Caixas de Superfície e Acessórios para Tomadas.

Espelhos - Os espelhos são utilizados para colocação de tomadas em parede e normalmente


estão disponíveis em dois tamanhos 4’’ x 2’’ (para uma, duas, três, quatro ou seis tomadas por
espelho) e 4’’ x 4’’ (para 8 tomadas por espelho).

Figura 2 - Modelos de espelhos

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Caixa de Montagem em Superfície - As caixas de montagem em superfície normalmente são


montadas em superfícies como parte inferior do mobiliário, internamente ao mobiliário, em paredes,
sob o piso elevado, etc. As caixas de superfície têm diversas capacidades, normalmente: 1 tomada, 2
tomadas, 4 tomadas e 12 tomadas.

Figura 3 - Caixa de Superficie de 1 posição e Caixa de Superficie de 2 posições

Figura 4 - Caixa de Superficie de 4 posições e Caixa de Superfície de 12 posições

Tampões - Os tampões são utilizados para 2 propósitos: Podem tapar um orifício sem tomada de um
espelho ou uma caixa de superfície ou podem tampar uma tomada que não está sendo utilizada no
momento, de maneira a evitar a penetração de poeira e outras impurezas.

Figura 5 - Exemplo de tampões

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ICONS - Os icons são utilizados para identificação das tomadas de informação do usuário. Os icons
devem ser encaixáveis e facilmente removíveis.

PATCH PANEL DE CATEGORIA 5 PARA RACK DE 19’’

Os patch panels são utilizados para a administração do Sistema de Cabeamento Estruturado,


geralmente estão localizados nas Salas de Telecomunicações dos diversos andares e na Sala de
Equipamentos.
Os cabos UTP provenientes da cabeação horizontal são terminados em patch panels. Os patch
panels são normalmente interligados aos equipamentos ativos através de patch cords.

Figura 6 - Exemplo de Patch Panel

Os patch panels geralmente estão disponíveis com nas seguintes configurações: 24 posições,
32 posições, 48 posições, 64 posições e 96 posições.

Características

Deve atender a norma ANSI/EIA/TIA 568A e ao boletim técnico TIA/EIA TSB40-A em todos os
aspectos (características elétricas, mecânicas, etc.). Jacks Modulares de 8 posições do tipo RJ45
fêmea na parte frontal e conectores IDC na parte traseira compatível com cabos UTP, 4 ou 25 pares
e 24AWG. Deve possuir sistema rotativo que permita a conexão do cabos UTP pela parte frontal.
Largura de 19 polegadas (48,3 cm) e profundidade máxima de 10 cm. Deve operar
perfeitamente no range de temperaturas de -10oC a 60oC conforme o item 10.4.3.1 da
ANSI/EIA/TIA 568A.
Dever seguir o esquema de pinagem T568B conforme a norma ANSI/EIA/TIA 568A.

BLOCO TIPO 110P DE CATEGORIA 5

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Os blocos devem ser colocados sobre uma prancha de madeira a qual deverá ser fixada na
parede. A prancha deve ser preferencialmente de compensado e deve ter 2 cm de espessura.
Os blocos devem ser compostos dos seguintes componentes:

1. Estrutura Metálica para fixação em parede e fixação dos blocos e organizadores horizontais (essa
estrutura deve permitir passagens de cabos entre os blocos e a mesma);
2. Blocos Tipo 110 sem pernas os quais devem ser manufaturados de material plástico de alto
impacto e retardante a chamas. Esse bloco deve ter capacidade para colocação de 100 pares por
bloco. O bloco deve ter marcação de cores no mesmo, compatível com o código de cores de
cabos de 25 pares. Esse bloco deve suportar a colocação de connecting blocks de 3, 4 ou 5 pares
e também porta etiquetas;
3. Connecting Blocks devem ter marcação de cores no mesmo (Azul, Laranja, Verde, Marrom e
Cinza) e apresentar contatos do tipo IDC (Insulation Displacement Contact) em ambas
extremidades, na parte posterior eles farão contato com os cabos UTP de 4 pares e na parte
frontal com Patch Cords do tipo 110-110 de categoria 5. Os connecting blocks devem exceder os
requisitos de categoria 5 especificados na norma ANSI EIA/TIA 568A.
4. Organizadores Horizontais de patch cords manufaturados de material plástico de alto impacto e
resistente a chamas. Deve ser utilizado um organizador de patch cords para cada bloco 110 de
100 pares.
5. Porta-etiquetas devem ser transparentes para colocação de etiquetas de identificação coloridas.

Patch Cords tipo 110 - 110 de Categoria 5

Esses Patch Cords devem ter conectores 110 em ambas extremidades. Os patch cords devem
utilizar cordões flexíveis manufaturados com condutores multifilares, conforme especificado na
norma ANSI EIA/TIA 568A e devem atender os requisitos de Categoria 5 da mesma.

Organizador Vertical de Patch Cords para Blocos Tipo 110P

O Organizador deve ser fixado sobre a prancha de madeira fixada à parede, deve ser metálico
e equipado com anéis de distribuição que proporcionam um caminho vertical para acomodação dos
patch cords. O organizador deve ter aproximadamente a mesma largura, altura e profundidade do
bloco 110P de 900 pares.

INSTALAÇÃO DE CABOS ÓPTICOS

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Na instalação de cabos ópticos devem ser tomados cuidados maiores que na instalação de
cabos UTP, pois existe um risco muito grande de provocar danos às fibras ópticas devido à
fragilidade das mesmas.
Antes de qualquer instalação, faz-se necessário analisar a infra-estrutura que irá atender a
instalação, pois não há possibilidade de se realizar uma boa instalação sem que a infra-estrutura
esteja adequada. Portanto, considerando-se que a mesma esteja em boas condições, os cuidados na
instalação dos cabos ópticos à serem tomados em cada tipo de instalação, seja subterrâneo ou aéreo
(espinado, auto-sustentado) são:
Antes de iniciar-se o lançamento dos cabos ópticos, é necessário atentar para os seguintes cuidados:
• Antes de desenrolar as bobinas com os cabos ópticos, verificar visualmente e com equipamentos
(OTDR) se as mesmas encontram-se em ordem, ou seja, se não foram danificadas durante o
embarque, transporte e desembarque.
• As bobinas contendo os cabos ópticos devem ser descarregados e desenrolados obedecendo-se as
recomendações do fabricante.
• Os cabos ópticos deverão ser tracionados através de cabos-guia, camisas de puxamento e
destorcedores com monitoração de dinamômetros, evitando-se o tracionamento excessivo.
• As extremidades dos cabos ópticos devem ser protegidas para que não haja penetração de ar e/ou
umidade e perda de pressão, no caso de cabos pressurizados.

• Em nenhuma hipótese o cabo poderá ser submetido à torções e estrangulamentos, considerando-


se sempre que o raio de curvatura mínimo durante a instalação é de 40 vezes o diâmetro do cabo
e 20 vezes na ocasião da acomodação.
• Os cabos ópticos não devem ser estrangulados, torcidos, prensados e deve-se evitar que os
mesmos sejam “pisados”, com o risco de provocar alterações nas características originais do
cabo.
• Na ocasião do puxamento do cabo óptico, tomar o cuidado de monitorar a carga de
tracionamento ao cabo, através do dinamômetro e respeitando-se a carga máxima de
tracionamento permitida para cada tipo de cabo. A tabela abaixo ilustra as cargas máximas
permitidas durante a instalação para os cabos ópticos da linha :

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Carga Máxima de Tracionamento dos Cabos

• As sobras dos cabos ópticos deverão ser acomodadas, considerando-se sempre a fixação e o raio
de curvatura dos mesmos. As sobras que ocorrem durante a instalação deverão ser sempre
acomodadas em forma de “8”, considerando-se o raio de curvatura mínimo do cabo óptico.
• Jamais reutilizar cabos ópticos de outras instalações, pois os cabos são projetados para suportar
somente uma instalação.
• Cada lance de cabo óptico multimodo não deverá ultrapassar o comprimento máximo de 2000 m
permitido por norma.
• Todos os cabos ópticos deverão ser identificados com materiais identificadores resistentes ao
lançamento, para que os mesmos possam ser reconhecidos e instalados em seus respectivos
pontos.
• Nunca utilizar produtos químicos como vaselina, sabão, detergentes, etc., para facilitar o
lançamento dos cabos ópticos no interior de dutos, pois estes produtos podem atacar a capa de
proteção dos cabos ópticos, reduzindo a vida útil dos mesmos. O ideal é que a infra-estrutura
esteja dimensionada adequadamente para que não haja necessidade de utilizar produtos químicos
ou então, provocar tracionamentos excessivos aos cabos ópticos.

A tabela abaixo descreve o número de cabos (com suas bitolas) permitido para cada diâmetro
de tubulação.

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• Jamais lançar cabos ópticos em infra-estrutura externas e que não tenham proteção contra
intempéries.
• Os cabos ópticos não devem ser lançados em infra-estruturas que apresentem arestas vivas ou
rebarbas, tais que possam provocar danos aos cabos.
• Evitar que os cabos ópticos sejam lançados próximos à fontes de calor, pois a temperatura
máxima de operação permissível ao cabo é de 60ºC.
• Não instalar os cabos ópticos na mesma infra-estrutura com cabos de energia e/ou aterramento.
Não há risco de interferência eletromagnética, contudo em uma eventual manutenção dos cabos
elétricos, os cabos ópticos podem sofrer danos.
• Os cabos ópticos devem ser decapados somente o necessário, isto é, somente nos pontos de
terminação e de emenda.
• Nas caixas de passagem deve ser deixado pelo menos uma volta de cabo óptico contornando as
laterais da caixa de passagem, para ser utilizado como uma folga estratégica para uma eventual
manutenção do cabo óptico.
• Nos pontos de emendas, deverão ser deixados, no mínimo, três metros de cabo óptico em cada
extremidade, com o objetivo de se ter uma folga suficiente para as emendas ópticas.
• As folgas de cabos ópticos devem ser acomodadas convenientemente mantendo-as fixas com
abraçadeiras plásticas ou com cordões encerados.

Instalação Subterrânea

As instalações subterrâneas podem ser executadas de duas formas, manualmente ou com


auxílio de guinchos de puxamento. Os cabos ópticos devem ser puxados sempre com o auxílio de
camisas de puxamento, destorcedores e cabos-guia.

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Antes de iniciar-se o lançamento dos cabos ópticos convém vistoriar os dutos e caixas de
passagem que fazem parte da rota de lançamento e, se for o caso, devem ser tomadas providências
no sentido de desobstruir os dutos e/ou caixas de passagens.
No lançamento com o auxílio de guinchos mecânicos, faz-se necessário a utilização de
equipamentos de monitoração de tensão de tracionamento do cabo óptico, isto é necessário para que
o cabo não seja submetido à tracionamentos excessivos que possam causar danos ao cabo. Contudo,
ao invés de utilizar-se de máquinas, o lançamento também pode ser executado manualmente e, neste
caso, o uso de equipamentos de monitoramento pode ser dispensado desde que seja utilizada mão-
de-obra especializada para tal.
Normalmente, o lançamento subterrâneo pode ser executado seguindo-se os procedimentos
abaixo:
• Na bobina devem permanecer duas pessoas, uma para controlar o desenrolamento do cabo óptico
e a outra guiando a entrada do mesmo no interior do duto sem, contudo, empurrar o cabo, isto é,
deixar para que o mesmo seja puxado.
• Em cada caixa de passagem deve permanecer sempre uma pessoa para puxar e guiar o cabo para
a entrada do outro duto.
• Em lances onde serão utilizados subdutos é necessário instalar os mesmos antes e em seguida,
lançar os cabos ópticos no interior deles, obedecendo aos procedimentos anteriores.
• Em lances longos, tal que o lançamento único possa causar tensões excessivas, é necessário que
o lançamento seja feito em partes, isto é, o cabo óptico deve ser puxado até uma determinada
caixa de passagem (evitando trações excessivas) e, em seguida, puxar uma sobra de cabos
formando a figura de um “8” suficiente para que o cabo possa completar o lance. Este
procedimento deve ser feito em várias caixas de passagem, dependendo do comprimento do
lance.
• Os cabos não deverão permanecer, em nenhuma hipótese, tencionados no interior dos dutos e nas
caixas de passagem, nos casos onde não houver emendas, os cabos deverão ser acomodados nas
laterais das caixas de passagem, fixando-os com abraçadeiras plásticas.
• Nas caixas de passagem onde forem executadas emendas, deve ser deixada uma folga de 1 ½
volta de cabo de cada extremidade, além das sobras necessárias para a execução das emendas,
lembrando sempre que os cabos e as caixas de emendas devem ser fixados nos suportes
existentes nas caixas de passagens.

Instalação Aérea

As instalações aéreas de cabos ópticos podem ser executadas de duas formas: espinado ou
auto-sustentado, dependendo do tipo de cabo. Cada tipo de instalação exige técnica e cuidados
especiais para que os cabos sejam convenientemente instalados. Descreveremos à seguir, as técnicas
existentes em cada tipo de instalação.

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Cabos Espinado

O processo de espinamento é utilizado em cabos que são desprovidos de elementos de


sustentação, no caso, este é comumente denominado de cabo mensageiro que, geralmente é
constituído de uma cordoalha de aço que proporciona sustentação ao cabo óptico.

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Basicamente, o espinamento do conjunto, formado pelo cabo óptico e o cabo mensageiro, é


feito através da máquina de espinar, sendo que existem ainda duas formas de espinar os cabos, com
o cabo preso provisoriamente ao cabo mensageiro e com espinamento simultâneo. O processo de
espinamento com o cabo já preso provisoriamente consiste em utilizar suportes provisórios que são
deslocados simultaneamente com a máquina de espinar que, obviamente, deve estar provida de
arames de espinar. Antes de iniciar-se o espinamento é necessário que o cabo óptico já esteja preso
ao cabo mensageiro firmemente e sob certa tensão, em seguida o arame de espinar deverá ser preso
ao cabo mensageiro através de um prensa fios. Em seguida, a máquina de espinar deve ser puxada,
através da corda presa em seu corpo, a uma tensão e velocidade constante, evitando-se partidas e
paradas bruscas que podem causar uma desigualdade nos passos de espinamento.
Após o término do espinamento entre um poste e outro, o arame de espinar deve ser cortado e
imediatamente fixado ao cabo mensageiro com o prensa fios. Terminado este trecho, a máquina de
espinar deve ser deslocada ao próximo trecho onde, após a colocação da máquina e como no
processo anterior, o arame de espinar deverá ser fixado antes de iniciar-se o novo processo de
espinamento.
No processo de espinamento simultâneo, o cabo óptico é espinado ao mesmo tempo em que é
desbobinado. Este processo poderá ser utilizado somente se as condições físicas ao longo do trecho à
espinar, permitirem a movimentação do suporte para a bobina e ela mesma.
Em ambos os processos, devem ser tomados cuidados no sentido de verificar se o cabo óptico
não encontra-se “enrolado” em torno do cabo mensageiro, onde o normal é que o mesmo encontre-se
abaixo do cabo mensageiro. Um outro detalhe são os passos do espinamento que devem estar
espaçados uniformemente proporcionando uma boa fixação do cabo óptico ao cabo mensageiro.
Além disso, no processo de acabamento, lembramos que o cabo nunca deve encostar nos postes e,
finalmente, o cabo deve receber identificação óptica em todos os postes.

Cabos Auto-Sustentados

Este processo é utilizado em cabos que possuem elementos de sustentação próprios e,


portanto, podem ser instalados diretamente nos postes sem a necessidade de elementos de
sustentação, sendo necessário somente as ferragens de fixação destes cabos nos postes.
Neste tipo de instalação, existem dois tipos de fixação do cabo ao poste: ancoragem e
fixação. A fixação através de ancoragem é utilizada nos casos de encabeçamento, terminação, nos
postes onde serão realizados emendas e nas ocasiões em que ocorre um desvio de rota superior à 20º,
horizontal ou verticalmente.
A fixação através da suspensão é utilizada nos casos onde o trecho é praticamente reto com
desvios de rota inferiores à 20º, horizontal ou verticalmente. O cabo não é fixo, sendo mantido
somente suspenso. Sua montagem apresenta ser bastante simples e fácil.
Neste tipo de instalação, a complexidade maior encontra-se no momento do puxamento do
cabo, o qual deve ser executado tomando-se bastante cuidado.

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EMENDAS E TERMINAÇÕES ÓPTICAS

As emendas surgem da necessidade de dar continuidade a um lance de cabo óptico que esteja
sendo instalado ou unir esse cabo à uma extensão óptica dotada de um conector e um rabicho de
cabo óptico.
Quanto às terminações ópticas, estas são constituídas de conectores ópticos que irão realizar a
conexão do cabo óptico ao terminal do equipamento.

Emendas Ópticas

As emendas ópticas são necessárias para ampliar ou dar continuidade de um lance óptico
contudo, as emendas ópticas não são simples e nem podem ser comparadas com as emendas de
cabos metálicos. Os processos existentes exigem preparo e cuidado para emendas em fibras ópticas.
Contudo, antes de executar-se uma emenda é necessário trabalhar nas extremidades das fibras
ópticas. Nesta etapa inicial, após o revestimento do cabo ser convenientemente retirado, restando
somente as fibras ópticas, os resíduos provenientes do interior do cabo óptico, como a geléia de
petróleo, deverão ser removidos utilizando-se gaze ou lenços de papel embebidos em álcool
isopropílico ou anidro (baixa concentração de água). Após isto, as extremidades das fibras ópticas
deverão ser submetidas ao processo de decapagem do seu revestimento externo (acrilato) e,
novamente, as fibras decapadas deverão ser submetidas à limpeza. Este processo deve ser refeito
várias vezes até que a fibra esteja perfeitamente limpa. Deve-se ter bastante cuidado nesta etapa, pois
é fundamental que a fibra óptica esteja suficientemente limpa.
A etapa seguinte consiste na clivagem da fibra óptica, ou seja, o corte da fibra sob um ângulo
próximo de 90º. A fibra deve ser cortada de tal forma que o ângulo da aresta resultante do corte seja
próximo de 90º.
A necessidade de o ângulo ser de 90º, consiste no fato de que, desta forma, as extremidades
das fibras ópticas estarão paralelas no momento da emenda, propiciando assim, uma emenda de boa
qualidade, ou seja, com baixos níveis de atenuação. Este processo de clivagem é realizado através de
ferramentas especialmente projetadas para esta função, denominados de clivadores.
Após estas etapas as fibras ópticas estão prontas para serem emendadas. Basicamente,
existem dois processos de emendas de fibras ópticas.

Processo Mecânico

Este processo pode ser implementado de duas formas distintas:


A primeira consiste na utilização de alinhadores de precisão, para fibras ópticas. A segunda forma
consiste no alinhamento de conectores ópticos, através de adaptadores. Este processo de emenda é
bastante utilizado em situações de emergências e em caráter provisório.

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Processo por Fusão de Fibras Ópticas

Este processo caracteriza-se por “fundir” as extremidades das fibras ópticas através de arcos
voltaicos gerados por dois eletrodos.
Este processo faz com que a emenda seja quase imperceptível aos olhos, além de ser o
processo mais utilizado, pois apresenta os menores níveis de atenuação. Contudo, é um processo que
necessita de um equipamento especial denominado Máquina de Emenda por Fusão.
Como nos processos anteriores, este também exige muito cuidado para ser implementado,
pois, qualquer irregularidade, poderá prejudicar a qualidade da emenda, elevando o nível de
atenuação.
Os procedimentos básicos para a emenda por fusão constituem-se dos seguintes passos:
1- Inicialmente, deve ser identificado o tipo de fibra óptica à ser emendada, monomodo (SM) ou
multimodo (MM), pois a máquina deve ser configurada em função do tipo de fibra.
2- Prosseguir com o processo de decapagem e limpeza nas extremidades dos cabos ópticos. Os
comprimentos de decapagem irão variar de acordo com o acessório utilizado para a instalação
das emendas (caixa de emendas, bloqueio óptico).
3- Inserir o protetor de emendas em uma das extremidades da fibra. O protetor é constituído de um
tubo termoretrátil e de uma haste metálica que proporcionam uma proteção mecânica às
emendas.
4- Decapar as fibras e limpar as extremidades das fibras ópticas com gaze embebida em álcool
(anidro ou isopropílico) e, em seguida, proceder com o processo de clivagem das fibras.
5- Inserir as fibras ópticas nas ranhuras (V-Groove) dos dispositivos alinhadores da máquina e
aproximar as fibras até próximo à região de formação do arco voltaico.

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6- Inspecionar as condições das fibras, se as mesmas encontram-se limpas, bem clivadas e


alinhadas (verticalmente e horizontalmente), caso as fibras não estejam em condições, repetir os
passos 4 e 5.
7- Posicionar as fibras para a fusão, através da aproximação das mesmas e, no caso da máquina ser
manual, utilizar as divisões do visor (microscópio).
8- Executar a fusão efetiva das fibras.
9- No caso de máquinas manuais, efetuar o teste de tração (proof test) através do afastamento dos
alinhadores. Caso a emenda se rompa, isto indica que a emenda não foi bem sucedida.
10- Posicionar o protetor de emenda no ponto central da emenda e inserir ambos no interior da
câmara de aquecimento para o processo de contração do protetor.
11- Aguardar o resfriamento do protetor e acomodar a emenda nas bandejas ou qualquer outro
acessório de fixação de emenda.

Terminações Ópticas

As terminações ópticas são constituídas de conectores, basicamente. Os conectores têm a


função realizar a conexão entre as fibras ópticas e os equipamentos que podem ser uma fonte de luz,
detector de luz ou mesmo equipamentos de medição.

Características

Os conectores ópticos são acessórios ópticos compostos de um ferrolho, onde encontra-se a


terminação da fibra óptica e de uma parte que é responsável pela fixação do corpo do conector. Na
extremidade do ferrolho é realizado um polimento para que sejam minimizados problemas
relacionados com a reflexão da luz.
Além disso, assim como nas emendas ópticas, os conectores também contribuem com
atenuações no lance óptico que, basicamente, são conhecidas como perda de inserção e perda de
retorno.

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Perda por Inserção

A perda de inserção ou, mais comumente chamado de atenuação, consiste na perda de


potência luminosa que ocorre na passagem da luz entre as conexões.
Existem vários fatores que contribuem para que surja esta perda, sendo que as principais
causas estão relacionadas com irregularidades no alinhamento dos conectores e irregularidades
intrínsecas às fibras ópticas. Na prática, é a perda de inserção que contribui para a soma total da
atenuação ou perda de potência óptica de todo o lance de cabos.

Perda de Retorno

A perda de retorno ou conhecida também por reflectância, consiste na quantidade de potência


óptica refletida na conexão, sendo que esta luz retorna até a fonte luminosa. A causa principal está
na face dos ferrolhos dos conectores, que refletem parte da luz que não penetra no interior da fibra
óptica do conector do lado oposto.
Parte desta luz refletida retorna à fonte de luz. Esta perda não influi diretamente na atenuação
total, contudo, o retorno da luz à fonte pode degradar o funcionamento da fonte luminosa e, com
isto, prejudicar a comunicação óptica.

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Perda de inserção no Processo de Conectorização

A montagem de um conector é um processo relativamente complexo se comparado ao


processo de emenda por fusão. A conectorização pode ser feita de duas formas, industrialmente ou
em campo. O mais recomendado e mais utilizado é o industrial, pois a conectorização é executada
através de equipamentos adequados e sob um ambiente limpo e com temperatura controlada,
resultando em menores níveis de atenuação. Na maioria das vezes, as condições ambientais são
desfavoráveis, além disso, todo o processo é realizado manualmente, sendo que a qualidade irá
depender muito da habilidade da pessoa que estiver trabalhando na conectorização, podendo resultar
em níveis de atenuação altos.
A conectorização é executada em cabos monofibra do tipo tight, que oferecem uma estrutura
adequada para tal.

Tipos de Conectores

Existem vários tipos de conectores ópticos no mercado, cada um voltado à uma aplicação.
Os tipos existentes de conectores variam nos formatos e na forma de fixação (encaixe, rosca).
Os conectores são todos machos, ou seja, os ferrolhos são estruturas cilíndricas ou cônicas,
dependendo do tipo de conector, que são conectados no interior de adaptadores ópticos ou dos
orifícios dos detectores dos equipamentos. A figura abaixo ilustra os tipos de conectores mais
comuns.

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Aplicações

Basicamente, os conectores ópticos são utilizados na conexão das fibras ópticas através das
seguintes formas:
• Extensão óptica ou pig-tail: o conector é aplicado em uma das extremidades do cabo e a outra
extremidade será utilizada para emenda por fusão ou emenda mecânica.
• Cordão óptico: o conector é aplicado nas duas extremidades do cabo.
• Cabo multi-cordão: o conector é aplicado em um cabo com várias fibras do tipo tight.

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Tabela com Características dos Conectores

Tipos de Polimento:

• PC (Physical Contact): face do ferrolho é convexa para permitir contato entre as fibras ópticas;
• SPC (Super Physical Contact): Mantém a face convexa, porém com menor raio de curvatura;
• APC (Angled Physical Contact): Face Convexa porem com um certo ângulo em relação ao eixo
do ferrolho;
• PLANO: Polimento plano do ferrolho.

Acessórios Ópticos

Distribuidor Interno Óptico (DIO)

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Aplicação - Acomodar e proteger as emendas do cabo óptico com as extensões ópticas e acomodar
as conexões dos cordões ópticos com os conectores dos pigtails através da placa de adaptadores
ópticos.
Montagem - Fixação através de parafusos M5 em racks ou brackets.
Materiais - Chapa de alumínio, dispositivo de ancoragem do cabo, uma bandeja para acomodação
das emendas ópticas, uma placa com adaptadores ópticos e extensões ópticas montadas.

Instalação

1. Preparação de cabos tipo loose:

• Abrir o cabo óptico com aproximadamente 3 metros.


• Fixar o cabo óptico na lateral do rack com o auxílio de abraçadeiras plásticas. Fixar o cabo o
mais próximo possível da entrada traseira do DIO.
• Introduzir os tubo loose no interior do módulo de emenda, pela abertura traseira. Os mesmos
devem ser introduzidos no interior do tubo flexível de proteção existente no módulo. Para
facilitar esta tarefa recomenda-se abrir totalmente a gaveta do respectivo módulo.

2. Preparação com cabos ópticos tipo tight:

• Abrir o cabo com aproximadamente 3 metros;


• Fixar o cabo óptico na lateral do rack com o auxílio de abraçadeiras plásticas. Fixar o cabo o
mais próximo possível da entrada traseira do DIO.
• Determinar a posição em que os cordões entram no DIO (abertura traseira).
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• À partir deste ponto proteger o feixe de cordões com spiral tube, por um comprimento de 600
mm.
• Introduzir o feixe no interior do módulo de emenda pela abertura traseira. Neste caso, não é
necessária a utilização do tubo flexível de proteção. Para facilitar esta tarefa recomenda-se
abrir totalmente a gaveta do respectivo módulo.
• Retirar a placa traseira e fixar o feixe de cordões no suporte com auxílio de abraçadeiras
plásticas.

3. Montagem das fibras na bandeja de emendas

• Acomodação e emenda do cabo com as extensões ópticas.


• Realizada as etapas de preparação dos cabos, fixar os mesmos através de abraçadeiras
plásticas nos furos existentes na gaveta.
• Acomodar o feixe de cordões ou as unidades básicas (tubos loose) nos clips.
• Antes de completar uma volta, fixar as unidades (máximo duas) ou feixes de cordões
(máximo seis) nas respectivas entradas na bandeja. Cada bandeja permite acomodar no
máximo 12 emendas por fusão.
• Retirar a proteção das fibras, acomodá-las na bandeja e realizar as emendas com as extensões
ópticas conforme procedimento e recomendações do manual da máquina de emenda.
• Recolocar os filmes de proteção e fechar a bandeja.

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4. Montagem das extensões com os cordões ópticos

• DIO já é fornecido com as extensões ópticas montadas, portanto é necessário somente realizar a
montagem dos cordões na placa de adaptadores.
• A saída dos cordões poderá ser pela parte frontal lateral do DIO, necessitando neste caso, fixá-
los no suporte com abraçadeiras plásticas.
• Caso seja necessário uma saída traseira dos cordões, a extremidade destes deverá ser introduzida
no interior do módulo atingindo a saída lateral traseira, onde deverá ser fixada com abraçadeiras
plásticas. Para esta montagem, proteger o feixe dos cordões com spiral tube por um comprimento
de 600 mm e determinar o ponto de fixação nos suportes e na gaveta.

5. Cuidados

• Os cuidados devem ser redobrados quanto ao manejo com os conectores ópticos.


• Respeitar o raio de curvatura mínimo das fibras ópticas que é de 50 mm.

Cordões e Extensões Ópticas

São cabos monofibra do tipo tight, dotados de conectores ópticos com comprimentos
definidos.
Os cordões se diferenciam das extensões por disporem de conectores em ambas as
extremidades, enquanto que as extensões possuem conector somente em uma delas. Os cordões se
aplicam à interligação entre os equipamentos e entre equipamentos e acessórios ópticos, por
exemplo, o distribuidor óptico. As extensões ópticas são utilizadas para a interface entre os cabos e
os equipamentos ou acessórios ópticos.
Em uma extremidade da extensão é realizada a emenda e a outra extremidade com conector é
interligada ao equipamento ou distribuidor óptico, por exemplo.
As extensões ópticas são utilizadas sempre em conjunto com os bloqueios ópticos. Existem
fabricantes que dispõe de cordões e extensões ópticas pré-conectorizadas de fábrica, com conectores
e fibras ópticas de excelente qualidade que garantem uma boa terminação e conexão óptica. Os tipos
de conectores disponíveis são: ST, FDDI, SC e FC.
À seguir são descritos os cuidados principais necessários para um correto manuseio dos Cordões e
Extensões Ópticas.

1. Conectar sempre segurando a parte metálica do conector.


2. Nunca deixar que a extremidade espelhada do conector (parte cerâmica) sofra riscos ou
raspagens.

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3. Quando os conectores não estiverem conectados, inserir a proteção de plástico no mesmo.


4. Não permitir que a extensão sofra torções, dobramentos, estrangulamentos e tracionamentos, em
nenhuma hipótese, para que a fibra não seja danificada.
5. O raio de curvatura permissível é de, no mínimo, 50 mm.
6. Tração máxima permitida: 2 Kgf.

TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DE FIBRAS ÓPTICAS

Considerando-se que uma rede óptica esteja instalada, desde os cabos até todos os acessórios
necessários, o passo seguinte consiste no teste da cabeação óptica. O teste irá demonstrar se a rede
está disponível para o uso e, se não estiver, irá apontar as falhas que devam ser corrigidas.
Vale ressaltar que os testes de certificação devem ser feitos sempre depois que toda a
instalação foi completada e sempre antes da rede ser disponibilizada para o uso. É imprescindível
que este procedimento seja respeitado pois, no caso da rede ser ativada antes dos testes e
eventualmente surgir um defeito, a localização da causa do mesmo bem como seu diagnóstico pode
levar muito tempo, causando transtornos como desativação e paralisação pois, defeitos com software
ou hardware costumam ser confundidos com defeitos de cabeamento.
Portanto, é de fundamental importância que a rede seja certificada convenientemente antes de
ser ativada.

Tipos de Testes

A priori, os cabos ópticos e os acessórios são previamente testados em fábrica, sob uma série
de parâmetros relacionados com os dados construtivos dos mesmos e, principalmente, com os
parâmetros de desempenho. Basicamente, os parâmetros medidos compreendem:
- Dispersão cromática.
- Largura de banda.
- Comprimento de onda de corte.
- Diâmetro do campo modal.
- Características geométricas.
- Atenuação espectral.
Contudo, apesar dos cabos e acessórios já saírem pré-testados da fábrica, faz-se necessário
realizar testes em campo após a instalação ter sido executada. Esta medida tem a finalidade de
verificar se, na ocasião da instalação dos cabos e acessórios ópticos, as características destes não
foram afetadas à ponto de prejudicar o desempenho da rede instalada. Os testes em campo envolvem
o uso de equipamentos portáteis suficientemente precisos para certificar a instalação de uma rede.
Basicamente, estes testes são compreendidos em dois tipos:

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Testes de Atenuação Absoluta

Compreendem as medidas de atenuação nos links ópticos em determinados comprimentos de


onda, 850nm para fibras multimodo e 1310 e 1550nm para fibras monomodo, cujo objetivo é
determinar quanto de potência óptica é perdida em um determinado link.
Estes testes são executados através de equipamentos denominados Medidores de Potência
(Power Meter) que funcionam através da injeção de luz em uma extremidade do link óptico e, na
outra extremidade, a luz proveniente do link é medida através do Medidor de Potência.
No caso, o Medidor de Potência deverá ser calibrado previamente através do uso de um
cordão óptico de referência e de uma fonte de luz que deverá ser a mesma a ser utilizada na medição
do link. Com isto, pode-se determinar a atenuação através da diferenças de potências medidas na
calibração e no link óptico. Este método é denominado Inserção e é comumente utilizado para
medições de redes estruturadas.
Com relação às redes, as normas EIA/TIA especificam, além das características físicas, as
performances de transmissão dos cabos e os acessórios ópticos.
Descrevemos à seguir, as principais especificações.

Emendas Ópticas

As emendas de fibras ópticas sejam elas mecânicas ou por fusão, não podem exceder o valor
máximo de atenuação de 0,30 dB, quando medido de acordo com a norma EIA/TIA-455-59.
Recomenda-se que sejam utilizadas, preferencialmente, as emendas por fusão, as quais,
proporcionam os menores valores de atenuação.

Conectores Ópticos

Os conectores ópticos não poderão apresentar atenuações superiores à 1,5 dB para cada par
de conectores, pela norma EIA/TIA-455-34. Este valor de atenuação é apresentado para pares de
conectores porque, em todos os casos, os conectores estão sempre conectados aos pares.

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Testes Analíticos

Os testes analíticos são executados através de equipamentos denominados reflectômetros


ópticos no domínio do tempo (OTDR), cujo funcionamento baseia-se na emissão de pulsos de luz de
curta duração com comprimentos de onda determinados (850, 1300, 1310, 1330 e 1550 nm).
Estes pulsos de luz são gerados por um laser controlado por um gerador de pulsos e o sinal
refletido é captado por um fotodetector que o transmite a um estágio que se encarregará de realizar a
sua análise. O sinal refletido fornece várias informações à respeito do estado do link óptico e, além
disso, indica o seu comprimento através da medida do tempo de propagação do pulso.
Basicamente, o OTDR proporciona uma curva atenuação x comprimento do link, tornando
possível uma análise mais apurada por parte do instalador. Na prática, o OTDR proporciona
condições para diagnosticar eventuais defeitos devido à atenuações localizadas, atenuação do cabo
óptico, conectores com defeito ou com elevada atenuação e ruptura de cabos.

A Documentação Rede – AS BUILT

A documentação da rede ou, As Built é definida como sendo o conjunto de toda a


documentação envolvida no projeto de uma rede. Estas informações são geralmente técnicas, e
permitem a qualquer pessoa do ramo, uma visão macro e micro da rede, além de ser um instrumento
essencial para qualquer manutenção ou expansão que possa ocorrer. Geralmente, esta documentação
é constituída das seguintes informações:
• Apresentação: Descritivo geral da rede instalada, nome do cliente e da empresa onde foi
instalada a rede, tipo de rede e local da instalação.
• Garantias: Termo de garantia dos materiais e/ou instalação e suas condições.
• Lista e especificação técnica dos materiais utilizados: Informações técnicas e quantitativas de
todos os materiais instalados, desde o conector até os equipamentos.
• Esquemas lógicos: Descritivos e desenhos dos esquemas lógicos da rede estruturada instalada,
proporcionando uma visão macro da instalação.
• Resultados de testes dos links ópticos da rede: Tabelas e/ou impressões dos resultados dos testes
dos links ópticos da rede (comprimento, atenuação, localização etc).
• Plantas de localização: Plantas contendo a localização física de todos os bloqueios ópticos e todo
o encaminhamento dos cabos com a indicação do tipo de infra-estrutura.

Manutenção da Cabeação

Como em qualquer instalação é necessário que se faça um plano de manutenção de uma rede
instalada, tanto à nível preventivo com corretivo.

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Preventivo

Dependendo da importância da rede, faz-se necessário um plano de manutenção à nível


preventivo que, como o próprio nome já diz, tem como objetivo substituir algum material que
eventualmente poderia ocasionar algum tipo de problema.
Basicamente, a manutenção preventiva na cabeação óptica pode ser executada seguindo-se os
materiais que apresentam as maiores probabilidades de causar algum problema na rede. Em geral,
estes materiais são aqueles que estão sujeitos a constantes manobras: conectores, cordões e
extensões, DIOs. No caso de conectores, deve ser verificado se os mesmos não se encontram gastos
e se os ferrolhos não estão arranhados. Quanto aos cabos, normalmente, não sofrem manobras
constantes, contudo, vale à pena verificar periodicamente os pontos onde estes estejam mais
expostos.

Corretivo

Tem como objetivo corrigir qualquer defeito que surja na rede seja ao nível de troca de
materiais ou uma reconectorização que tenha que ser feita. Uma vez acusado algum problema na
rede, é necessário descobrir-se a causa do defeito seguindo-se os procedimentos:
Verificar se não existem problemas relacionados com o software ou com o hardware da rede
e se a causa do problema não esteja em nenhum destes, prosseguir verificando a cabeação.
Recomenda-se que esta verificação seja feita nesta seqüência, pois a verificação de defeitos costuma
ser difícil, representando uma perda de tempo, caso o defeito não esteja na cabeação. Constatado o
defeito e, desde que este esteja na cabeação, substituir o material com defeito ou reconectorizar
alguma conexão, mantendo-se as mesmas características anteriores.
Ao nível de organização faz-se necessário um controle de manutenções preventivas e
corretivas que proporcione uma listagem dos materiais reparados e períodos de manutenção
preventiva.

Tipos de cabos coaxiais

Tipo de Cabo Impedância Diâmetro Conector


Cabo fino Ethernet – RG-58 50 ohms 3/16" BNC
ARCNET – RG-62 93 ohms 3/16" BNC
Utiliza um rabicho RG-62 na
RG-59/U 75 ohms 3/16"
extremidade com BNC
Transceptor/MAU no cabo espesso
Cabo espesso Ethernet 50 ohms 1/2" com uma derivação de par trançado
até o cordão da rede
Cabo derivado de Ethernet espesso
(não é coaxial, é um cabo de par - 3/8" DIX/AUI
blindado)

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Classificação de par trançado

Categoria Velocidade Mídia do Cabo Conector Uso


1 Não adequada a LANs
2 Não adequada a LANs
UTP 4 pares 100 568A ou 568B de
3 Até 10 Mbps 10Base-T
ohms 8 fios
STP 2 pares 150 10Base-T ou
4 Até 16 Mbps STP-A
ohms Token Ring
10Base-T,
UTP 4 pares 100 568A ou 568B de
5 Até 100 Mbps 100Base-T, FDDI,
ohms 8 fios
ATM, Token Ring

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