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LEGISLAÇÃO APLICÁVEL A POLÍCIA

MILITAR DO DISTRITO FEDERAL


(exceto Lei Orgânica do DF)

ASSUNTO PÁGINA
TÓPICO 1 - Lei nº 6.450/1977 (dispõe sobre a organização básica da Polícia Militar do Distrito 2
Federal e dá outras providências). Art. 1 ao 50
TÓPICO 2 - Decreto nº 7.165/2010 (regulamenta o inciso I do art. 48 da Lei nº 6.450/1977, que dispõe 8
sobre a organização básica da Polícia Militar do Distrito Federal). Art. 1 ao 68
TÓPICO 3 - Lei nº 7.289/1984 (aprova o Estatuto dos Policiais Militares da Polícia Militar do Distrito 17
Federal e dá outras providências). Art. 1 ao 145
TÓPICO 4 - Lei nº 12.086/2009 (dispõe sobre os militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do 53
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e dá outras providências). Art. 1 ao 123
TÓPICO 5 - Decreto nº 88.777/1983 (aprova o regulamento para as policias militares e corpos de 95
bombeiros militares (R- 200)). Art. 1 ao 48

2018

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TÓPICO 1
LEI Nº 6.450, DE 14 DE OUTUBRO DE 1977.

Dispõe sobre a organização básica da Polícia Militar do


Distrito Federal, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Senado Federal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

Generalidades

CAPÍTULO ÚNICO

Destinação, Missões e Subordinação

Art. 1o A Polícia Militar do Distrito Federal, instituição permanente, fundamentada nos princípios da
hierarquia e disciplina, essencial à segurança pública do Distrito Federal e ainda força auxiliar e reserva do Exército
nos casos de convocação ou mobilização, organizada e mantida pela União nos termos do inciso XIV do art. 21 e
dos §§ 5º e 6º do art. 144 da Constituição Federal, subordinada ao Governador do Distrito Federal, destina-se à
polícia ostensiva e à preservação da ordem pública no Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 2º Compete à Polícia Militar do Distrito Federal: (Redação dada pela Lei nº 7.457, de 1986)

I - executar com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares das Forças Armadas, o policiamento
ostensivo, fardado, planejado pela autoridade competente, a fim de assegurar o cumprimento da Lei, a manutenção
da ordem pública e o exercício dos poderes constituídos; (Redação dada pela Lei nº 7.457, de 1986)

II - atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas, onde se presuma ser
possível a perturbação da ordem;

III - atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da ordem, precedendo o eventual emprego das
Forças Armadas; e

IV - atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo Federal em caso de guerra externa, ou para
prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção nos casos previstos na legislação em
vigor, subordinando-se à Força Terrestre para emprego em suas atribuições específicas de polícia militar e como
participante da Defesa Interna e da Defesa Territorial. (Redação dada pela Lei nº 7.457, de 1986)

Art. 3º (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 4º O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal é o responsável pela administração,


comando e emprego da Corporação. (Redação dada pela Lei nº 7.457, de 1986)

TÍTULO II

Organização Básica

CAPÍTULO I

Estrutura Geral

Art. 5º A Polícia Militar do Distrito Federal será estruturada em Comando-Geral, Órgãos de Apoio e Órgãos
de Execução.

Art. 6º O Comando-Geral realiza o comando e administração da Corporação, incumbindo-lhe:

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I - o planejamento em geral, visando à organização da Corporação em todos os pormenores; às necessidades
de pessoal e material e ao emprego da Corporação para o cumprimento de suas missões;

II - o acionamento, por meio de diretrizes e ordens, dos órgãos de apoio e de execução;

III - a coordenação, o controle e a fiscalização da atuação desses órgãos.

Art. 7º Incumbe aos órgãos de apoio atender às necessidades de pessoal e de material da Corporação, em
cumprimento às diretrizes do Comando-Geral.

Art. 8° Aos órgãos de execução, constituídos pelas Unidades Operacionais da Corporação, incumbe a
execução das atividades-fim da Corporação.

CAPÍTULO II

Constituição e Atribuições do Comando-Geral

Art. 9o O Comando-Geral da Corporação compreende: (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

I - o Comandante-Geral; (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

II - o Subcomandante-Geral; (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

III - o Estado-Maior, órgão de planejamento estratégico; (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

IV - os departamentos, órgãos de direção-geral;(Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

V - as diretorias, órgãos de direção setorial; (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

VI - as comissões; e (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

VII - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 9.054, de 1995).

VIII - as assessorias. (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

Parágrafo único. Os cargos de comando, direção-geral, direção setorial e assessoramento, definidos como
cargo em comissão, estabelecem a precedência funcional na organização e os vínculos hierárquicos. (Incluído pela
Lei nº 12.086, de 2009).

SEÇÃO I

Do Comandante Geral

Art. 10. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).


Art. 11. O cargo de Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal será exercido por coronel do
Quadro de Oficiais Policiais Militares, nomeado pelo Governador do Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº
12.086, de 2009).

Art. 12. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

SEÇÃO II

Do Estado-Maior

Art. 13. O Estado-Maior, órgão de direção geral, responsável, perante o Comandante-Geral, pelo estudo,
planejamento, coordenação, fiscalização e controle de todas as atividades da Corporação, inclusive dos órgãos de
direção setorial, constitui o órgão central do sistema de planejamento administrativo, programação e orçamento e
encarregado da elaboração de diretrizes e ordens do comando, que acionam os órgãos de direção setorial e os de
execução no cumprimento de suas atividades.

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Art. 14. O Estado-Maior da Corporação será composto por até 10 (dez) seções, de acordo com a natureza dos
assuntos afetos à Corporação. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

III - (revogado): (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

a) (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

b) (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

c) (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

d) (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

e) (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

f) (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 15. O Chefe do Estado-Maior, principal assessor do Comandante-Geral, dirige, orienta, coordena e
fiscaliza os trabalhos do Estado-Maior.

Art. 16. O Subcomandante-Geral da Corporação substitui o Comandante-Geral em seus impedimentos


eventuais. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 17. Os cargos de Subcomandante-Geral e de Chefe do Estado-Maior da Corporação serão exercidos por
Oficiais do posto de Coronel PM do Quadro de Oficiais Policiais Militares, indicados pelo Comandante-Geral e
nomeados pelo Governador do Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

§ 1º Quando a escolha de que trata este artigo não recair no oficial PM mais antigo no posto, o escolhido terá
precedência funcional sobre os demais.

§ 2º O substituto eventual do Chefe do Estado-Maior será o Subchefe do Estado-Maior.

Art. 18. O Subchefe do Estado-Maior auxiliará diretamente o Chefe do Estado-Maior, de acordo com os
encargos que lhe forem atribuídos.

Seção III

Dos Departamentos
(Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 19. Os departamentos, em número máximo de 6 (seis) e organizados sob a forma de sistema, exercerão
suas competências por meio de órgãos de direção setorial que lhes sejam diretamente subordinados, criados
mediante ato do Poder Executivo federal. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

III - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

Parágrafo único. O número de órgãos de direção setorial não poderá exceder ao limite de 5 (cinco) por
departamento. (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 20. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 21. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 22. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

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SEÇÃO IV

Da Ajudância-Geral

Art. 23. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

SEÇÃO V

Das Comissões

Art. 24. As Comissões são órgãos de assessoramento direto ao Comandante-Geral, podendo ser constituídas
de membros natos e de membros escolhidos pelo Comandante-Geral, conforme se dispuser em regulamento, e
terão caráter permanente e temporário.

§ 1º A Comissão de Promoção de Oficiais, presidida pelo Comandante-Geral, e a Comissão de Promoção de


Praças, presidida pelo Chefe do Estado-Maior, são de caráter permanente.

§ 2º Sempre que necessário, poderão ser constituídas comissões temporárias, a critério do Comandante-Geral,
que especificará a sua finalidade e fixará a sua duração.

SEÇÃO VI

Das Assessorias

Art. 25. As Assessorias, constituídas, eventualmente, para estudo de determinadas matérias que escapem às
atribuições normais e específicas dos órgãos de direção, destinam-se a dar flexibilidade à estrutura do Comando da
Corporação, particularmente em assuntos especializados.

Parágrafo único. As assessorias de que trata este artigo poderão ser constituídas de civis, de reconhecida
competência, contratados para esse fim, observada a legislação específica.

CAPÍTULO III

Constituição e Atribuições dos Órgãos de Apoio

Art.26. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 27. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 28. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 29. . (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

CAPÍTULO IV

Constituição e Atribuição dos Órgãos de Execução

Art. 30. Os órgãos de execução da Polícia Militar do Distrito Federal são as Unidades de Polícia Militar,
organizações que têm a seu cargo a execução das diferentes missões policiais-militares.

Art. 31. O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal poderá criar, mediante aprovação do
Governador do Distrito Federal, comandos de policiamento, sempre que houver necessidade de agrupar unidades
de execução, em razão da missão e objetivando a coordenação dessas unidades. (Redação dada pela Lei nº 12.086,
de 2009).

Art. 32. As unidades de Polícia Militar do Distrito Federal poderão ser de natureza operacional ou de
apoio. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

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Art. 33. Outros tipos de unidades de Polícia Militar do Distrito Federal poderão ser criados, de acordo com a
legislação específica e segundo as necessidades do Distrito Federal e evolução da Corporação. (Redação dada pela
Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 34. . (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 35. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

TÍTULO III

Pessoal

CAPÍTULO I

Do Pessoal da Polícia Militar do Distrito Federal

Art. 36. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 37. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 38. O pessoal civil da Polícia Militar compõe-se de:

a) pessoal civil, contratado em regime de CLT; e

b) funcionário público civil, lotado na Corporação ou eventualmente colocado à disposição da Polícia Militar.

CAPÍTULO II

Do Efetivo da Polícia Militar do Distrito Federal

Art. 39. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 40. Respeitado o efetivo fixado em lei, cabe ao Governador do Distrito Federal aprovar, por decreto, os
Quadros de Organização - QO, mediante proposta do Comando-Geral da Corporação. (Redação dada pela Lei nº
12.086, de 2009).

TÍTULO IV

Disposições Transitórias e Finais

CAPÍTULO I

Disposições Transitórias

Art. 41. A organização básica prevista nesta Lei será regulamentada pelo Poder Executivo federal, mediante
proposta do Governador do Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 42. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 43. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 44. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 45. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 46. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

CAPÍTULO II

Disposições Finais

Art. 47. O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, na forma da legislação em vigor, poderá
contratar pessoal civil para a prestação de serviços de natureza técnica ou especializada, bem como de natureza
geral.

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Art. 48. A organização, funcionamento, transformação, extinção e definição de competências de órgãos da
Polícia Militar do Distrito Federal, de acordo com a organização básica e os limites de efetivos definidos em lei,
ficarão a cargo: (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

I - do Poder Executivo federal, mediante proposta do Governador do Distrito Federal, em relação aos órgãos
da organização básica, que compreende o Comando-Geral e os órgãos de direção-geral e direção setorial;
e (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).(Regulamento)

II - do Governador do Distrito Federal, mediante proposta do Comandante-Geral, em relação aos órgãos de


apoio e de execução, não considerados no inciso I. (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 49. As atribuições dos dirigentes dos órgãos a que se referem os incisos I e II do art. 48 serão definidas
em conformidade com o disposto nesse artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

Art. 50. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições relativas à Polícia
Militar do Distrito Federal, contidas no Decreto-Lei n. 9, de 25 de junho de 1966, bem como as demais disposições
em contrário.

Brasília, 17 de outubro de 1977; 156º da Independência e 89º da República.

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TÓPICO 2

DECRETO Nº 7.165, DE 29 DE ABRIL DE 2010.

Regulamenta o inciso I do art. 48 da Lei n o 6.450, de 14 de


outubro de 1977, que dispõe sobre a organização básica da
Polícia Militar do Distrito Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição,
e tendo em vista o disposto nos arts. 41, 48, inciso I, e 49 da Lei no 6.450, de 14 de outubro de 1977,

DECRETA:

CAPÍTULO I

DA INTRODUÇÃO

Art. 1o A organização básica da Polícia Militar do Distrito Federal compreende o Comando-Geral e os órgãos
de direção-geral e de direção setorial da Corporação.

CAPÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO BÁSICA

Seção I

Do Comando-Geral

Art. 2o O Comando-Geral da Corporação compreende:

I - o Comandante-Geral;

II - o Subcomandante-Geral;

III - órgão de planejamento estratégico: Estado-Maior;

IV - órgãos de direção geral: departamentos;

V - órgãos de direção setorial: diretorias;

VI - comissões; e

VII - assessorias.

Parágrafo único. Os cargos de comando, direção-geral, direção setorial, assessoramento, definidos como
cargos em comissão, estabelecem a precedência funcional na organização e os vínculos hierárquicos.

Seção II

Do Comandante-Geral

Art. 3o Ao Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, responsável pela administração,


comando e emprego da Corporação, incumbe:

I - estabelecer a política de comando e emprego da Corporação, com vistas a atingir os objetivos


institucionais;

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II - planejar, organizar, dirigir, coordenar, controlar e fiscalizar as atividades da Polícia Militar, visando ao
cumprimento de sua missão institucional;

III - coordenar, controlar e fiscalizar a atuação dos órgãos que compõem a estrutura da Corporação;

IV - editar os atos normativos de sua competência com vistas a dirigir os órgãos da Corporação e acionar, por
meio de diretrizes e atos normativos e ordinatórios, os órgãos a ele subordinados;

V - inspecionar, pessoalmente ou por meio de delegação de competência, os órgãos da Corporação;

VI - praticar os atos de sua competência estabelecidos em lei e regulamento;

VII - assessorar o Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e, quando solicitado, o Secretário
Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, nos assuntos de interesse da segurança pública;

VIII - propor ao Governador do Distrito Federal a edição de atos afetos à Corporação;

IX - constituir comissões e assessorias, observado o disposto nos arts. 56 e 58; e

X - presidir a Comissão de Promoção de Oficiais.

Parágrafo único. O ato de delegação de competência referido no inciso V deverá indicar a autoridade
delegada e respectivas atribuições.

Art. 4o O Alto Comando da Polícia Militar do Distrito Federal, colegiado de assessoramento superior
constituído pelos Subcomandante-Geral, Chefe do Estado-Maior e Chefes dos Órgãos de Direção-Geral terá
finalidade consultiva acerca de assuntos de alta complexidade e relevância para a Corporação, objetivando dar
suporte ao Comandante-Geral no processo decisório.

Seção II

Do Subcomandante-Geral

Art. 5o O Subcomandante-Geral da Corporação, subordinado diretamente ao Comandante-Geral, exerce a


função de coordenador-geral do sistema administrativo da Polícia Militar do Distrito Federal, incumbindo-lhe:

I - assessorar o Comandante-Geral nos assuntos administrativos, operacionais e de segurança pública;

II - auxiliar no planejamento para o emprego da Corporação no cumprimento de suas missões institucionais;

III - apresentar ao Comandante-Geral propostas de atos que visem ao funcionamento da Corporação;

IV - encaminhar ao Comandante-Geral estudos realizados pelos órgãos competentes, visando a ações


estratégicas nas áreas administrativa e operacional;

V - supervisionar a execução dos planos e ordens em vigor; e

VI - presidir a Comissão de Promoção de Praças.

Seção III

Do Estado-Maior

Art. 6o Ao Estado-Maior, órgão central do sistema de planejamento administrativo, programação e


orçamento, compete elaborar estudos prospectivos, planejar, coordenar, fiscalizar e controlar as atividades da
Corporação, inclusive dos órgãos de direção setorial, incumbindo-lhe a elaboração de diretrizes e ordens de
comando, observado o disposto nos arts. 3o a 5o.

Art. 7o O Estado-Maior, subordinado ao Subcomandante-Geral, tem a seguinte estrutura básica:

I - a Chefia; e

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II - as Seções de:

a) Planejamento de Pessoal;

b) Inteligência Estratégica, Ciência e Tecnologia;

c) Operações e Doutrina Operacional;

d) Logística;

e) Assuntos Institucionais e Comunicação Social;

f) Orçamento;

g) Projetos;
h) Análise Criminal;

i) Legislação; e

j) Gestão da Qualidade.

Art. 8o Ao Chefe do Estado-Maior incumbe dirigir, orientar, coordenar e fiscalizar os trabalhos do Estado-
Maior.

Seção IV

Das Seções

Art. 9o À Seção de Planejamento de Pessoal compete formular diretrizes de pessoal e estabelecer políticas de
saúde e bem-estar aos seus integrantes.

Art. 10. À Seção de Inteligência Estratégica, Ciência e Tecnologia compete coordenar o processo de
planejamento estratégico da Corporação, sugerindo ações que visem orientar o cumprimento das metas e objetivos
institucionais estabelecidos.

Art. 11. À Seção de Operações e Doutrina Operacional compete estudar e propor medidas relativas ao
planejamento operacional, visando a desenvolver e consolidar doutrinas de emprego da polícia ostensiva e de
preservação da ordem pública, com foco na prevenção e controle dos fenômenos de criminalidade.

Art. 12. À Seção de Logística compete avaliar, especificar e indicar material, equipamento e armamento para
o adequado emprego nas missões inerentes à atividade policial.

Art. 13. À Seção de Assuntos Institucionais e Comunicação Social compete desenvolver e propor políticas de
relacionamento da Corporação com os seus profissionais, com os órgãos e entidades públicas e privadas e com a
população.

Art. 14. À Seção de Orçamento compete planejar e propor medidas a serem implantadas nos programas
plurianuais e nas leis orçamentárias anuais, bem como desenvolver ações para captação de recursos orçamentários,
visando ao atendimento das demandas da Corporação.

Art. 15. À Seção de Projetos compete elaborar, modelar e especificar os projetos de interesse de todas as áreas
da Corporação.

Art. 16. À Seção de Análise Criminal compete estudar os dados estatísticos e ambientes criminais com vistas
ao delineamento do fenômeno criminal, a fim de nortear o emprego operacional de efetivo, em consonância com o
disposto no art. 18.

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Art. 17. À Seção de Legislação compete avaliar, elaborar e controlar os atos normativos atinentes à
Corporação, propondo alterações de acordo com as necessidades institucionais.

Art. 18. À Seção de Gestão da Qualidade compete propor diretrizes para gestão da qualidade dos sistemas da
Corporação, bem como elaborar a estatística referente à administração policial militar, em consonância com o
disposto no art. 16.

CAPÍTULO III

DOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO GERAL E DE DIREÇÃO SETORIAL

Seção I

Dos Departamentos

Art. 19. Os departamentos, organizados sob a forma de sistema, são os seguintes:

I - Departamento de Gestão de Pessoal;

II - Departamento de Logística e Finanças;

III - Departamento de Educação e Cultura;

IV - Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal;

V - Departamento Operacional; e

VI - Departamento de Controle e Correição.

Subseção I
Do Departamento de Gestão de Pessoal

Art. 20. Ao Departamento de Gestão de Pessoal compete executar as atividades relacionadas com a gestão de
pessoas no âmbito da Polícia Militar do Distrito Federal, de acordo com as políticas e diretrizes estratégicas de
pessoal da Corporação.

Art. 21. Subordinam-se ao Departamento de Gestão de Pessoal os seguintes órgãos de direção setorial:

I - Diretoria de Pessoal Militar;

II - Diretoria de Inativos, Pensionistas e Civis;

III - Diretoria de Promoção e Avaliação de Desempenho;

IV - Diretoria de Recrutamento e Seleção; e

V - Diretoria de Pagamento de Pessoal e Previdência.

Art. 22. À Diretoria de Pessoal Militar compete:

I - executar planos e cumprir diretrizes decorrentes da política de pessoal estabelecida pelo Comandante-
Geral;

II - organizar e manter atualizados os registros funcionais do pessoal militar ativo;

III - movimentar o pessoal por nomeação, classificação, lotação, designação, transferência, promoção e
reclassificação, de acordo com as normas vigentes; e

IV - identificar e expedir identidade funcional dos policiais militares e seus dependentes e do pessoal civil.

Art. 23. À Diretoria de Inativos, Pensionistas e Civis compete:

I - executar a política de passagem do pessoal civil e militar para a inatividade; e

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II - instruir os processos inerentes aos inativos, pensionistas e civis.

Art. 24. À Diretoria de Promoção e Avaliação de Desempenho compete:

I - elaborar os processos de promoção de oficiais e praças, de acordo com a legislação específica; e

II - dirigir o sistema de avaliação de desempenho da Corporação.

Art. 25. À Diretoria de Recrutamento e Seleção compete:

I - executar a política de ingresso de pessoal na Corporação; e

II - coordenar demandas de formação e capacitação para o sistema de ensino, considerando os requisitos


legais, o fluxo de carreira e os impactos financeiros na folha de pagamento.

Art. 26. À Diretoria de Pagamento de Pessoal e Previdência compete executar a programação orçamentária
no que se refere a pessoal, realizar o pagamento dos direitos pecuniários previstos na legislação específica e
acompanhar a arrecadação previdenciária correspondente.
Subseção II

Do Departamento de Logística e Finanças

Art. 27. Ao Departamento de Logística e Finanças compete exercer as atividades relacionadas com as
políticas de logística e de execução orçamentária e financeira, exceto no que se refere às áreas de pessoal e de saúde,
elaboração de projetos, controle e prestação de contas.

Art. 28. Subordinam-se ao Departamento de Logística e Finanças os seguintes órgãos de direção setorial:

I - Diretoria de Apoio Logístico e Finanças;

II - Diretoria de Projetos;

III - Diretoria de Controle Contábil;

IV - Diretoria de Patrimônio, Manutenção e Transporte; e

V - Diretoria de Telemática.

Art. 29. À Diretoria de Apoio Logístico e Finanças compete executar as políticas e diretrizes estratégicas da
Corporação, no que se refere à gestão de recursos provenientes de receitas orçamentárias e extraorçamentárias e às
atividades de suprimento e contratação de obras e serviços.

Art. 30. À Diretoria de Projetos compete gerenciar projetos de interesse da Corporação, estabelecendo
métodos, processos, padrões, tecnologias e ferramentas a serem utilizados.

Art. 31. À Diretoria de Controle Contábil compete fiscalizar, controlar e realizar a prestação de contas do
Departamento de Logística e Finanças.

Art. 32. À Diretoria de Patrimônio, Manutenção e Transporte compete implementar, coordenar, controlar e
fiscalizar o sistema de transporte e o patrimônio, assim como promover sua manutenção.

Art. 33. À Diretoria de Telemática compete implementar, coordenar, controlar e fiscalizar os sistemas de
tecnologia da informação e de comunicações, assim como promover sua manutenção.

Subseção III

Do Departamento de Educação e Cultura

Art. 34. Ao Departamento de Educação e Cultura compete planejar, coordenar, fiscalizar e controlar as
atividades de ensino e pesquisa no âmbito da Corporação, visando à qualificação do seu pessoal para a ocupação de
cargos e para o desempenho de suas atribuições.

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Art. 35. Subordinam-se ao Departamento de Educação e Cultura os seguintes órgãos de direção setorial:

I - Diretoria de Formação;

II - Diretoria de Aperfeiçoamento e Extensão;

III - Diretoria de Especialização e Educação Continuada;

IV - Diretoria de Ensino Assistencial; e

V - Diretoria de Pesquisa e do Patrimônio Histórico e Cultural.

Art. 36. À Diretoria de Formação compete promover a formação de oficiais e praças, assegurando a
qualificação inicial para o desempenho das funções das carreiras policiais militares.

Art. 37. À Diretoria de Aperfeiçoamento e Extensão compete:

I - promover o aperfeiçoamento dos quadros de pessoal da Corporação, visando à atualização e à ampliação


de conhecimentos necessários à ocupação de cargos e ao desempenho de funções de maior complexidade; e

II - promover cursos de extensão, visando a ampliar os conhecimentos e as técnicas adquiridas em cursos


anteriores, necessários à ocupação de cargos e para o desempenho de funções.

Art. 38. À Diretoria de Especialização e Educação Continuada compete promover a capacitação e a


especialização dos quadros de pessoal, visando ao desenvolvimento de suas atribuições institucionais.
Art. 39. À Diretoria de Ensino Assistencial compete orientar e supervisionar as instituições de ensino da rede
pública de educação básica previstas no art. 118 da Lei no 12.086, de 6 de novembro de 2009.

Art. 40. À Diretoria de Pesquisa e do Patrimônio Histórico e Cultural compete:

I - levantar e manter o acervo histórico e artístico e promover a preservação das tradições, a memória e os
valores morais, culturais e históricos da Corporação;

II - elaborar programas e projetos de pesquisa relacionados com as áreas cultural e de ensino; e

III - elaborar, consolidar e disseminar doutrina no âmbito da instituição, por meio de estudos, manuais e
impressos, utilizando-se inclusive do mecanismo de intercâmbio com outros organismos militares e civis.

Subseção IV

Do Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal

Art. 41. Ao Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal compete estudar, planejar, organizar, dirigir,
coordenar, supervisionar, controlar e fiscalizar os projetos e atividades relativas à área de saúde e assistência ao
pessoal da Corporação.
Art. 42. Subordinam-se ao Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal os seguintes órgãos de direção
setorial:

I - Diretoria de Assistência Médica;

II - Diretoria de Assistência Odontológica;

III - Diretoria de Assistência ao Pessoal;

IV - Diretoria de Planejamento e Gestão de Contratos; e

V - Diretoria de Execução Orçamentária e Financeira.

Art. 43. À Diretoria de Assistência Médica compete planejar e coordenar os projetos, ações e atividades
relativos às áreas médica, hospitalar, veterinária e afins da Corporação, bem como controlar e fiscalizar sua
execução.

13
Art. 44. À Diretoria de Assistência Odontológica compete planejar e coordenar os projetos, ações e atividades
relativos à área odontológica da Corporação, bem como controlar e fiscalizar sua execução.

Art. 45. À Diretoria de Assistência ao Pessoal compete prestar assistência, no campo das atividades médica,
psicológica, social e religiosa, ao pessoal da Corporação e seus dependentes legais, por meio de sistema de serviços,
benefícios, programas e projetos que fortaleçam e propiciem a execução de ações de segurança e bem-estar social.

Art. 46. À Diretoria de Planejamento e Gestão de Contratos compete elaborar projetos, viabilizar, executar e
controlar contratos atinentes às necessidades das Diretorias de Assistência Médica, de Assistência Odontológica e
de Assistência ao Pessoal.

Art. 47. À Diretoria de Execução Orçamentária e Financeira compete:

I - propor necessidades orçamentárias e extraorçamentárias;

II - executar as despesas atinentes à assistência médica, odontológica e de assistência ao pessoal; e

III - exercer controle financeiro e contábil sobre os recursos provenientes de receitas orçamentárias e
extraorçamentárias.

Subseção V

Do Departamento Operacional

Art. 48. Ao Departamento Operacional, responsável pelo policiamento ostensivo no âmbito do Distrito
Federal, compete planejar, coordenar, fiscalizar e controlar os comandos de policiamento que lhe são diretamente
subordinados, visando a manter a indispensável unidade de instrução, disciplina e emprego operacional.
Art. 49. Subordinam-se ao Departamento Operacional os seguintes órgãos de direção setorial operacional:

I - Comando de Policiamento Regional Metropolitano;

II - Comando de Policiamento Regional Oeste;

III - Comando de Policiamento Regional Leste;

IV - Comando de Policiamento Regional Sul; e

V - Comando de Missões Especiais.

Parágrafo único. Os Comandos de Policiamento Metropolitano, Oeste, Leste e Sul, designados Comandos de
Policiamento Regionais, constituem-se em grandes comandos responsáveis pelo policiamento em áreas a serem
definidas no plano de articulação da Corporação, por meio de unidades de execução subordinadas.

Art. 50. Aos Comandos de Policiamento Regionais compete planejar, coordenar e fiscalizar as atividades
operacionais desenvolvidas em suas respectivas regiões de responsabilidade.

Art. 51. Ao Comando de Missões Especiais compete planejar, coordenar e fiscalizar as atividades
operacionais desenvolvidas pelas unidades de missões especiais.

Subseção VI

Do Departamento de Controle e Correição

Art. 52. Ao Departamento de Controle e Correição compete, de forma independente:

I - exercer a coordenação geral, a orientação normativa e a execução das atividades inerentes aos sistemas de
controle interno, correição, polícia judiciária militar, ouvidoria, ética policial militar e transparência da Corporação;
e

II - realizar auditoria e fiscalização nos sistemas contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial, atuando
prioritariamente de forma preventiva, com foco no desempenho da gestão.

14
Art. 53. Subordinam-se ao Departamento de Controle e Correição os seguintes órgãos de direção setorial:

I - Auditoria; e

II - Ouvidoria.

Art. 54. À Auditoria compete:

I - assessorar, orientar, avaliar e acompanhar e fiscalizar os atos de gestão administrativa, orçamentária,


financeira, patrimonial e de pessoal, assim como dar o devido tratamento aos processos de auditoria e de controle
interno e externo no âmbito da Corporação; e

II - propor e acompanhar procedimentos de correição e medidas preventivas para correção de falhas no


âmbito da Corporação, inclusive no tocante às ações e atividades dos seus prestadores de serviços.

Art. 55. À Ouvidoria compete receber, examinar e encaminhar as manifestações referentes à Polícia Militar
do Distrito Federal, dando ciência aos interessados, sempre que necessário, quanto às providências adotadas.
CAPÍTULO IV

DAS COMISSÕES E ASSESSORIAS

Seção I

Das Comissões

Art. 56. As comissões são órgãos de assessoramento direto ao Comandante-Geral, podendo ser constituídas
de membros natos e de membros escolhidos, conforme se dispuser em regulamento, tendo a seguinte composição:

I - presidente;

II - secretário; e

III - membros.

Art. 57. São comissões de caráter permanente:

I - Comissão de Promoção de Oficiais; e

II - Comissão de Promoção de Praças.

Seção II

Das Assessorias

Art. 58. As Assessorias, constituídas eventualmente para determinados estudos que escapem às atribuições
normais e específicas dos órgãos de direção, destinam-se a dar flexibilidade à estrutura do Comando da
Corporação, particularmente em assuntos especializados.
§ 1o As competências e a composição de cada assessoria serão definidas no ato que a instituir.

§ 2o As Assessorias poderão ser constituídas de pessoas de notório saber e capacidade em áreas específicas,
contratados para fim determinado, mediante ato do Comandante-Geral, observada a legislação pertinente.

CAPÍTULO V

DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES

Art. 59. Ao Chefe do Estado-Maior, chefes das Seções do Estado-Maior, chefes dos Departamentos, diretores
e Comandantes Regionais e de Missões Especiais incumbe:

I - planejar, organizar, dirigir, coordenar, controlar e fiscalizar as atividades na esfera de suas atribuições;

II - praticar os atos de suas competências estabelecidos em leis e regulamentos; e

15
III - cumprir e fazer cumprir as diretrizes e ordens do Comando-Geral.

§ 1o O regimento interno disporá sobre as atribuições específicas dos dirigentes de que trata o caput, em
conformidade com o disposto neste Decreto.

§ 2o Os chefes dos Departamentos de Gestão de Pessoal, de Logística e Finanças e de Saúde e Assistência ao


Pessoal exercerão a função de ordenador de despesas de suas respectivas áreas.

CAPÍTULO VI

DA DIREÇÃO E NOMEAÇÃO

Art. 60. O cargo de Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal será exercido por coronel do
Quadro de Oficiais Policiais Militares, nomeado por ato do Governador do Distrito Federal.

Art. 61. O Subcomandante-Geral é o substituto do Comandante-Geral, em seus impedimentos eventuais.

Parágrafo único. Nos impedimentos eventuais do Subcomandante-Geral, responde o Chefe do Estado-Maior,


seguido do Chefe de Departamento mais antigo no posto de coronel.

Art. 62. O Subcomandante-Geral e o Chefe do Estado-Maior serão indicados, entre coronéis do Quadro de
Oficiais Policiais Militares, pelo Comandante-Geral e nomeados pelo Governador do Distrito Federal.

§ 1o O Chefe do Estado-Maior é o substituto do Subcomandante-Geral em seus impedimentos eventuais.

§ 2o O Chefe do Estado-Maior será substituído em seus impedimentos pelo Subchefe do Estado Maior, que
será o mais antigo no posto de tenente-coronel entre os Chefes de Seção do Estado-Maior.

Art. 63. As Seções do Estado-Maior serão chefiadas por tenentes-coronéis do Quadro de Oficiais Policiais
Militares.

Art. 64. Os titulares dos departamentos e das diretorias serão nomeados entre coronéis do Quadro de Oficiais
Policiais Militares.

§ 1o Os titulares da Diretoria de Assistência Médica e da Diretoria de Assistência ao Pessoal serão nomeados


entre coronéis do Quadro de Oficiais Policiais Militares de Saúde Médicos.

§ 2o O titular da Diretoria de Assistência Odontológica será nomeado entre coronéis do Quadro de Oficiais
Policiais Militares de Saúde Dentista.

§ 3o Os titulares da Diretoria de Planejamento e Gestão de Contratos e da Diretoria de Execução


Orçamentária e Financeira, do Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal serão nomeados entre coronéis do
Quadro de Oficiais Policiais Militares ou do Quadro de Oficiais Policiais Militares de Saúde.

Art. 65. O Chefe do Departamento de Controle e Correição exercerá a função de Corregedor-Geral da


Corporação e terá como substituto imediato o Corregedor-Adjunto.

Art. 66. Os titulares da Auditoria e da Ouvidoria serão nomeados entre tenentes-coronéis do Quadro de
Oficiais Policiais Militares.

Art. 67. Os titulares dos Comandos de Policiamento Regionais e de Missões Especiais do Departamento
Operacional serão nomeados entre coronéis do Quadro de Oficiais Policiais Militares.

Art. 68. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de abril de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

16
TÓPICO 3
LEI No 7.289, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1984.

Dispõe sobre o Estatuto dos Policiais-Militares da Polícia


Mensagem de veto
Militar do Distrito Federal e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o SENADO FEDERAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

ESTATUTO DOS POLICIAIS-MILITARES

DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

TÍTULO I

Generalidades

CAPÍTULO I

Das Disposições Preliminares

Art 1º - O presente Estatuto regula a situação, obrigação, deveres, direitos e prerrogativas dos Policiais-Militares da
Polícia Militar do Distrito Federal.

Art 2º - A Polícia Militar do Distrito Federal, organizada com base na hierarquia e disciplina, considerada força
auxiliar reserva do Exército, é destinada à manutenção da ordem pública e segurança interna do Distrito Federal.

Art 3º - Os integrantes da Polícia Militar, em razão da destinação a que se refere o artigo anterior, natureza e
organização, formam uma categoria especial de servidores públicos do Distrito Federal, denominados policiais-
militares.

§ 1º - Os policiais-militares encontram-se em uma das seguintes situações:

I - na ativa:

a) os de carreira;

b) os incluídos na Polícia Militar, voluntariamente, durante os prazos a que se obriguem a servir;

c) os componentes da reserva remunerada da Polícia Militar, convocados ou designados para o serviço ativo; e

d) os alunos de órgãos de formação de policiais-milítares;

II - na inatividade:

a) os da reserva remunerada, percebendo remuneração do Distrito Federal e sujeitos à prestação de serviço na ativa,
mediante convocação; e

b) os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores, estiverem dispensados, definitivamente
da prestação de serviço na ativa, continuando, entretanto, a perceber remuneração do Distrito Federal.

§ 2º - Os policiais-militares de carreira são os que, no desempenho voluntário e permanente do serviço policial-


militar, têm vitaliciedade assegurada ou presumida.

Art 4º - O serviço policial-militar consiste no exercício de atividade inerente à Polícia Militar e compreende todos os
encargos previstos na legislação específica, relacionados com a manutenção da ordem pública e segurança interna.

Art 5º - A carreira policial-militar é caracterizada pela atividade continuada e inteiramente devotadas às finalidades
precípuas da Polícia Militar, denominada atividade policial-militar.

§ 1º - A carreira policial-militar é privativa do policial-militar em atividade; inicia-se com o ingresso Polícia Militar e
obedece à seqüência de graus hierárquicos.

§ 2º - A carreira de Oficial da Polícia Militar é privativa de brasileiros natos.

17
Art. 6º São equivalentes as expressões "na ativa", "da ativa", "em serviço ativo", "em serviço na ativa", "em serviço",
"em atividade", e "em atividade policial-militar", conferidas aos policiais-militares no desempenho de cargo,
comissão, encargo, incumbência ou missão, serviço ou exercício de função policial-militar ou consideradas de
natureza policial-militar, nas Organizações Policiais-Militares da Polícia Militar do Distrito Federal, bem como em
outros órgãos do Governo do Distrito Federal ou da União, quando previstos em lei ou regulamento. (Redação
dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

Art 7º - A condição jurídica dos policiais-militares do Distrito Federal é definida pelos dispositivos constitucionais
que lhes forem aplicáveis, por este Estatuto, pelas leis e pelos regulamentos que lhes outorgam direitos e
prerrogativas e lhes impõem deveres e obrigações.

Art 8º - O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber, aos policiais-militares reformados e aos da reserva
remunerada.

Art 9º - Além da convocação compulsória, prevista no art. 3º, inciso II, letra " a ", deste Estatuto, os integrantes da
reserva remunerada poderão, ainda, ser excepcionalmente designados para o serviço ativo, em caráter transitório e
mediante aceitação voluntária.

Parágrafo único - A designação para o serviço ativo, em caráter transitório e mediante aceitação voluntária, ser
regulamentada pelo Governador do Distrito Federal.

CAPÍTULO II

Do Ingresso na Polícia Militar

Art. 10. O ingresso na Polícia Militar do Distrito Federal dar-se-á mediante concurso público de provas ou de
provas e títulos, observadas as condições prescritas neste Estatuto, em leis e em regulamentos da
Corporação. (Redação dada pela Lei nº 11.134, de 2005)

Art. 11. Para matrícula nos cursos de formação dos estabelecimentos de ensino da Polícia Militar, além das
condições relativas à nacionalidade, idade, aptidão intelectual e psicológica, altura, sexo, capacidade física, saúde,
idoneidade moral, obrigações eleitorais, aprovação em testes toxicológicos e suas obrigações para com o serviço
militar, exige-se ainda a apresentação, conforme o edital do concurso, de diploma de conclusão de ensino superior,
reconhecido pelos sistemas de ensino federal, estadual ou do Distrito Federal.(Redação dada pela Lei nº 12.086, de
2009).

§ 1o A idade mínima para a matrícula a que se refere o caput deste artigo é de 18 (dezoito) anos, sendo a
máxima de 35 (trinta e cinco) anos, para o ingresso nos Quadros que exijam formação superior com titulação
específica, e de 30 (trinta) anos nos demais Quadros, não se aplicando os limites máximos aos policiais militares da
ativa da Corporação. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

§ 2o Os limites mínimos de altura para a matrícula a que se refere o caput são, com os pés nus e a cabeça
descoberta, de um metro e sessenta e cinco centímetros para homens e um metro e sessenta centímetros para
mulheres. (Incluído pela Lei nº 11.134, de 2005)

§ 3o Ato do Governador do Distrito Federal regulamentará as normas para a matrícula nos estabelecimentos
de ensino da Polícia Militar, mediante proposta de seu Comandante-Geral, observando-se as exigências
profissionais da atividade e da carreira policial. (Incluído pela Lei nº 11.134, de 2005)

Art 12 - A inclusão nos Quadros da Polícia Militar obedecerá ao voluntariado, de acordo com este Estatuto e
regulamentos da Corporação, respeitadas as prescrições da Lei do Serviço Militar e seu regulamento.

Parágrafo único - É vedada a reinclusão, salvo quando para dar cumprimento à decisão judicial e nos casos de
deserção, extravio e desaparecimento.

18
CAPÍTULO III

Da Hierarquia Policial-Militar e da disciplina

Art 13 - A hierarquia e a disciplina são a base institucional da Polícia Militar, crescendo a autoridade e a
responsabilidade com a elevação do grau hierárquico.

§ 1º - A hierarquia é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura da Polícia Militar, por
postos e graduações. Dentro de um mesmo posto ou graduação, a ordenação faz-se pela antigüidade nestes, sendo
o respeito à hierarquia consubstanciado no espírito de acatamento da autoridade.

§ 2º - Disciplina é a rigorosa observância e acatamento integral da legislação que fundamenta o organismo policial-
militar e coordena seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo, perfeito cumprimento do dever por
parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.

§ 3º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias pelos policiais-militares
em atividade ou na inatividade.

Art 14 - Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os policiais-militares da mesma categoria e têm a
finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito
mútuo.

Art 15 - Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica na Polícia Militar são os fixados nos parágrafos e quadros
seguintes.

§ 1º - Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido por ato do Governador do Distrito Federal e confirmado em
Carta Patente.

§ 2º - Graduação é o grau hierárquico da Praça, conferido pelo Comandante-Geral da Corporação.

§ 3º - Os Aspirantes-a-Oficial PM e Alunos da Escola de Formação de Oficiais Policiais-Militares são denominados


Praças Especiais.

§ 4º - Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos Quadros de Oficiais e Praças são fixados, separadamente,
para cada caso.

§ 5º - Sempre que o policial-militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do posto ou graduação, deverá
fazê-lo com as abreviaturas respectivas de sua situação.

CÍRCULO E ESCALA HIERÁRQUICA NA POLÍCIA MILITAR

HIERARQUIZAÇÃO POSTOS E GRADUAÇÕES

Círculo de Oficiais Superiores Coronel PM

Tenente-Coronel PM

Major PM

Círculo de Oficiais Intermediários Capitão PM

Círculo de Oficiais Subalternos Primeiro-Tenente PM

Segundo-Tenente PM

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PRAÇAS ESPECIAIS

Freqüentam o Círculo de Oficiais Subalternos Aspirante-a-Oficial PM

Excepcionalmente ou em reuniões sociais, têm acesso ao Círculo de Aluno-Oficial PM


Oficiais.

CÍRCULO DE PRAÇAS GRADUAÇÕES

Círculo de Subtenentes e Sargentos Subtenente PM

Primeiro-Sargento PM

Segundo-Sargento PM

Terceiro-Sargento PM

Círculo de Cabos e Soldados Cabo PM

Soldado PM 1ª. Classe

Soldado PM de 2 aClasse

Art 16 - A precedência entre os policiais-militares da ativa, do mesmo grau hierárquico, é assegurada pela
antigüidade no posto ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional estabelecida em lei ou
regulamento.

§ 1º A antigüidade em cada posto ou graduação à contada a partir da data da assinatura do ato da respectiva
promoção, nomeação, declaração ou inclusão, salvo quando estiver taxativamente fixada outra data.

§ 2º - No caso de ser igual a antigüidade referida no parágrafo anterior, é ela estabelecida:

I - entre os policiais-militares do mesmo Quadro, pela posição nas respectivas escalas numéricas ou registros
existentes na Corporação;

Il - nos demais casos, pela antigüidade no posto ou graduação anterior; se, ainda assim, subsistir igualdade de
antigüidade, recorrer-se-á, sucessivamente, aos graus hierárquicos anteriores, à data de Praça e à data de
nascimento para definir a precedência e, neste último caso, o de mais idade será considerado o mais antigo;

III - entre os alunos de um mesmo órgão de formação de policiais-militares, de acordo com o regulamento do
respectivo órgão, se não estiverem especificamente enquadrados nos incisos I e II; e

IV - na existência de mais de uma data de Praça, prevalece a antigüidade do policial-militar da última Praça
na Corporação se não estiver, especificamente, enquadrado nos incisos I, II e III.

§ 3º - Em igualdade de posto ou graduação, os policiais-militares em atividade têm precedência sobre os da


inatividade.

§ 4º - Em igualdade de Posto ou graduação, a precedência entre policiais-militares de carreira na ativa e os da


reserva remunerada, quando estiverem convocados ou designados para o serviço ativo, é definida pelo tempo de
efetivo serviço no posto ou graduação.

§ 5º - Nos casos de nomeação coletiva a hierarquia será definida em conseqüência dos resultados do concurso
a que forem submetidos os candidatos à Polícia Militar.

20
Art 17 - A precedência entre as Praças Especiais o as demais Praças assim regulada:

I - os Aspirantes-a-Oficial PM são hierarquicamente superiores às demais Praças e freqüentam o Círculo de


Oficiais Subalternos;

II - os Alunos de Escola de Formação de Oficiais são hierarquicamente superiores aos Subtenentes PM; e

III - os Cabos PM têm precedência sobre os Alunos do Curso de Formação de Sargentos, que a eles são
equiparados, respeitada a antigüidade relativa.

Art 18 - Na Polícia Militar será organizado o registro de todos os Oficiais Graduados, em atividade, cujos
resumos e constarão dos Almanaques da Corporação.

§ 1º - os Almanaques, um para Oficiais e Aspirantes-a-Oficial e outro para Subtenentes e Sargentos da Polícia


Militar conterão, respectivamente, a relação nominal de todos os Oficiais e Aspirantes-a-Oficial, Subtenentes e
Sargentos em atividade, distribuídos por seus Quadros, de acordo com seus postos, graduações e antigüidade.

§ 2º - A Polícia Militar manterá um registro de todos os dados referentes ao pessoal da reserva remunerada,
dentro das respectivas escalas numéricas segundo instruções baixadas pelo Comandante-Geral.

Art 19 - O Aluno-Oficial PM, por conclusão do curso, será declarado Aspirante-a-Oficial PM por ato do
Comandante-Geral, na forma especificada em regulamento.

Art 20 - O ingresso na carreira de Oficial será por promoção do Aspirante-a-Oficial PM para o Quadro de
Oficiais Policiais-Militares e, mediante concurso entre diplomados por faculdades civis reconhecidas pelo Governo
Federal, para o Quadro de Oficiais Policiais-Militares de Saúde.

Parágrafo único - Para os demais quadros previstos na Organização Básica da Polícia Militar do Distrito
Federal, o ingresso na carreira de Oficial será regulado por legislação específica ou peculiar.

CAPÍTULO IV

Do Cargo e da Função Policial-Militar

Art 21 - Cargo policiaI-militar é um conjunto de deveres e responsabilidades cometidos ao policial-militar em


serviço ativo.

§ 1º - O cargo policial-militar a que se refere este artigo é o que se encontra especificado nos Quadros da
Organização ou previsto, caracterizado ou definido como tal em outras disposições legais.

§ 2º - As atribuições e obrigações inerente ao cargo policial-militar devem ser compatíveis com o


correspondente grau hierárquico e, no caso da policial-militar, com as restrições fisiológicas próprias, tudo definido
em legislação ou regulamentação específica.

Art 22 - Os cargos policiais-militares são providos com pessoal que satisfaça os requisitos de grau hierárquico
e de qualificação exigidos para o seu desempenho.

Parágrafo único - O provimento de cargo policial-militar se faz por ato de nomeação, de designação ou
determinação expressa de autoridade competente.

Art 23 - O cargo policial-militar é considerado vago a partir de sua criação ou desde o momento em que o
policial-militar exonerado, dispensado ou que tenha recebido determinação expressa de autoridade
competente (VETADO), o deixe e até que outro policial-militar tome posse, de acordo com a norma de provimento
previsto no parágrafo único do art. 22.

Parágrafo único - Consideram-se também vagos os cargos policiais-militares cujos ocupantes tenham falecido
ou hajam sido considerados desertores ou extraviados.

Art 24 - Função policial-militar é o exercício das obrigações inerentes do cargo policial-militar.

21
Art 25 - Dentro de uma mesma Organização Policial-Militar, a seqüência de substituição para assumir cargo
ou responder por funções, bem como as normas, atribuições e reponsabilidades relativas, são estabelecias na
legislação específica, respeitadas a precedência e a qualificação exigida para o cargo ou para o exercício da função.

Art 26 - O policial-militar, ocupante de cargo provido em caráter efetivo ou interino, de acordo com o
parágrafo único do art. 22, faz jus aos direitos correspondentes ao cargo, conforme previsto em lei.

Art 27 - As atribuições que, pela generalidade, peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não são catalogadas
como posições tituladas em Quadros de Organização ou dispositivo legal, são cumpridas como encargos, comissão,
incumbência, serviço ou exercício de função policial-militar ou como tal considerada.

Parágrafo único - Aplica-se, no que couber, o encargo, incumbência, comissão, serviço ou exercício de função
policial-militar, o disposto neste Capítulo para cargo policial-militar.

TÍTULO II

DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES

CAPÍTULO I

Das Obrigações Policiais-Militares

SEÇÃO I

Do valor Policial-Militar

Art 28 - São manifestações essenciais do valor policial-militar:

I - o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever policial-militar e pelo solene
juramento de fidelidade à Pátria, até com o sacrifício da própria vida;

II - o civismo e o culto das tradições históricas;

III - a fé na missão elevada da Polícia Militar;

IV - o amor à profissão e o entusiasmo com que a exerce;

V - o aprimoramento técnico-profissional;

VI - o espírito de corpo e o orgulho pela Corporação; e

VII - a dedicação na defesa da sociedade.

SEÇÃO II

Da Ética Policial Militar

Art 29 - O sentimento do dever, o pundonor policial-militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos
integrantes da Polícia Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com observância dos seguintes preceitos
da ética policial-militar:

I - amar a verdade e a responsabilidade, como fundamentos da dignidade pessoal;

II - exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo;

III - respeitar a dignidade da pessoa humana;

IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades competentes;

V - ser justo e imparcial nos julgamentos dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;

22
VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista o
cumprimento da missão comum;

VII - praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de cooperação;

VIII - empregar todas as suas energias em benefício do serviço;

IX - ser discreto em suas atitudes e maneiras e em sua linguagem escrita e falada;

X - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer natureza;

XI - acatar as autoridades civis;

XII - cumprir seus deveres de cidadão;

Xlll - proceder de maneira ilibada na vida pública, e particular;

XIV - garantir a assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar;

XV - comportar-se mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não sejam prejudicados os
princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial-militar;

XVI - observar as normas de boa educação;

XVII - abster-se de fazer uso do posto ou graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou
para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;

XVIII - abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas quando:

a) em atividades político-partidárias;

b) em atividades comerciais;

c) em atividades industriais;

d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou policiais-militares,
excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e

e) no exercício de cargo ou função de natureza civil, mesmo que seja da administração pública.

XIX - zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um de seus integrantes, obedecendo e fazendo
obedecer aos preceitos da ética policial-militar.

Art 30 - Ao policial-militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de


sociedade ou deIa ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista em sociedade anônima ou por quotas
de responsabilidade limitada.

§ 1º - Os integrantes da reserva remunerada, quando convocados ou designados para o serviço ativo, ficam
proibidos de tratar nas Organizações Policiais-Militares e nas repartições civis, de interesse de organizações ou
empresas privadas de qualquer natureza.

§ 2º - Os policiais-militares, em atividade, podem exercer diretamente a gestão de seus bens, desde que não
infrinjam o disposto no posto no presente artigo.

§ 3º - No intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido aos Oficiais titulados no Quadro de Saúde
o exercício de atividade técnico-profissional, no meio civil, desde que tal prática não prejudique o serviço e não
infrinja o disposto neste artigo.

Art 31 - O Comandante-Geral poderá determinar aos policiais-militares da ativa que, no interesse da


salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem sobre a origem e natureza dos seus bens, quando haja razões que
recomendem tal medida.

23
CAPÍTULO II

Dos Deveres Policiais-Militares

SEÇÃO I

Da Conceituação

Art 32 - Os deveres policiais-militares emanam de vínculos racionais e morais que ligam o policial-militar à
comunidade do Distrito Federal e à sua segurança, compreendendo, essencialmente.

I - a dedicação integral ao serviço policial-militar e a fidelidade à instituição a que pertence, mesmo com o
sacrifício da própria vida;

II - a culto aos Símbolos Nacionais;

III - a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;

IV - a disciplina e o respeito à hierarquia;

V - o rigoroso cumprimento das obrigações e ordens;

VI - a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade;

Vil - o trato urbano, cordial e educado para com os cidadãos;

VIII - a manutenção da ordem pública; e

lX - a segurança da comunidade.

SEÇÃO II

Do Compromisso Policial-Militar

Art 33 - Após ingressar na Polícia Militar, mediante inclusão, matrícula, ou nomeação, o policial-militar
prestará compromisso de honra, no qual afirmará a sua aceitação consciente das obrigações e dos deveres policiais-
militares e manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los.

Art 34 - O compromisso a que se refere o artigo anterior terá caráter solene e será prestado na presença de
tropa, tão logo o policial-militar tenha adquirido o grau de instrução compatível com o perfeito entendimento de
seus deveres como integrante da Polícia Militar, conforme os seguintes dizeres: "Ao ingressar na PoIícia Militar do
Distrito Federal, prometo regular minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as ordens das
autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me inteiramente ao serviço policial-militar, à manutenção da
ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o risco da própria vida".

§ 1º - O compromisso do Aspirante-a-Oficial PM é prestado na solenidade de declaração de aspirante-a-


Oficial, de acordo com o cerimonial previsto no regulamento do estabelecimento de ensino.

§ 2º O compromisso do Oficial PM terá os seguintes dizeres: "Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra,
prometo cumprir os deveres de Oficial da Polícia Militar do Distrito Federal e dedicar-me inteiramente ao seu
serviço".

SEçãO III

Do Comando e da Subordinação

Art 35 - O Comando, como soma de autoridade, deveres a responsabilidades de que o policial-militar é


investido, legalmente, quando conduz homens ou dirige uma Organização Policial-Militar, vincula-se ao grau
hierárquico e constitui uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o policial-militar se define e se caracteriza
como chefe.

24
§ 1º- Aplica-se à Direção e à Chefia da Organização Policial-Militar, no que couber, o estabelecido para o
Comando.

§ 2º - (VETADO).

Art 36 - A subordinação não afeta, de modo algum, a dignidade pessoal do policial-militar e decorre,
exclusivamente, da estrutura hierarquizada da Polícia Militar.

Art. 37. O oficial é preparado, ao longo da carreira, para o exercício do Comando, da Chefia e da Direção das
Organizações Policiais-Militares. (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 1º Para o provimento do cargo de Comandante de Organização Policial-Militar Independente, cujo comando


seja privativo de Oficial do Posto de Capitão PM, somente poderá ser designado Oficial possuidor de Curso de
Aperfeiçoamento de Oficiais. (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 2º É o Governo do Distrito Federal obrigado, no prazo de 5 (cinco) anos, a proceder à criação da Academia
de Policia Militar, onde funcionarão, regularmente, os cursos de Formação de Oficiais, de Aperfeiçoamento de
Oficiais e Superior de Polícia. (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

Art 38 - Os Subtenentes e Sargento auxiliam ou complementam as atividades dos Oficiais, quer no


adestramento e emprego de meios, quer na instrução e administração.

Parágrafo único - No exercício das atividades mencionadas neste artigo e no comando de elementos
subordinados, os Subtenentes e Sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo exemplo e peIa capacidade técnico-
profissional, incumbindo-lhes assegurar a observância minuciosa e ininterrupta das ordens, das regras do serviço e
das normas operativas pelas Praças que lhes estiverem diretamente subordinadas e a manutenção da sua coesão e
do seu moral, em todas as circunstâncias.

Art 39 - Os Cabos e Soldados são essencialmente elementos de execução.

Art 40 - As Praças Especiais cabe a rigorosa observância das prescrições dos regulamentos do Estabelecimento
de Ensino policial-militar, onde estiverem matriculados, exigindo-se-lhes inteira dedicação ao estudo e ao
aprendizado técnico-profissional.

Art 41 - Ao Policial-Militar cabe a responsabilidade integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir
e pelos atos que praticar.

CAPÍTULO III

Da Violação das Obrigações e dos Deveres

Policiais-Militares

SEÇÃO I

Da Conceituação

Art 42 - A violação das obrigações ou dos deveres policiais-militares constituirá crime, contravenção ou
transgressão disciplinar, conforme dispuser a legislação ou regulamentação específica ou peculiar.

§ 1º - A violação dos preceitos da ética policial-militar é tão mais grave quanto mais elevado for o grau
hierárquico de quem a cometer.

§ 2º - No concurso de crime militar de transgressão disciplinar, será aplicada somente a pena relativa ao crime.

Art 43 - A inobservãncia ou falta de exação no cumprimento dos deveres especificados nas Leis e
regulamentos acarreta, para o policial-militar, responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal,
consoante a legislação especifica ou peculiar em vigor.

25
Parágrafo único - A apuração da responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, poderá-concluir
pela incompatibilidade do policial-militar com o cargo ou pela incapacidade do exercício das funções policiais-
militares a ele inerentes.

Art 44 - O policial-militar que, por sua atuação, se tornar incompatível com o cargo ou demonstrar
incapacidade no exercício de funções policiais-militares a ele inerentes, será afastado do cargo.

§ 1º - São competentes para determinar o imediato afastamento do cargo ou o impedimento do exercício da


função:

I - o Governador do Distrito Federal;

II - o Comandante-Geral; e

III - os Comandantes, os Chefes e os Diretores de Organização Policial-Militar-OPM, na conformidade da


legislação ou regulamentação específica ou peculiar sobre a matéria.

§ 2º - o policial-militar afastado do cargo, nas condições mencionadas neste artigo, ficará privado do exercício
de qualquer função policial-militar, até a solução do processo ou das providências legais que couberem no caso.

Art 45 - São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de caracter
reivindicatório ou político.

SEÇÃO II

Dos Crimes Militares

Art 46 - Aplicam-se, no que couber, aos policiais-militares, as disposições estabelecidas na Legislação Penal
Militar.

SEÇÃO III

Das Transgressões Disciplinares

Art 47 - O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar especificará e classificará as transgressões e estabelecerá


as normas relativas à amplitude e aplicação das penas disciplinares, a classificação do comportamento do policial-
militar e a interposição de recursos contra as penas disciplinares.

§ 1º - A pena disciplinar de detenção ou prisão não pode ultrapassar de trinta dias.

§ 2º - A Praça Especial aplicam-se, também, as disposições disciplinares previstas no regulamento do


estabelecimento do ensino onde estiver matriculada.

SEÇÃO IV

Dos Conselhos de Justificação e Disciplina

Art 48 - O Oficial, presumivelmente incapaz de permanecer como policial-militar da ativa será, na forma da
legislação específica, submetido a Conselho de Justificação.

§ 1º - O Oficial, ao ser submetido a Conselho de Justificação, deverá ser afastado do exercício de suas funções,
conforme estabelecido em legislação específica.

§ 2º - Compete ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal julgar os processos oriundos dos Conselhos de
Justificação, na forma estabelecida em lei especifica.

§ 3º - A Conselho de Justificação poderá, também, ser submetido o Oficial da reserva remunerada ou


reformado, presumivelmente incapaz de permanecer na situação de inatividade em que se encontra.

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Art 49 - O Aspirante-a-Oficial PM, bem como as Praças com estabilidade assegurada, presumivelmente
incapazes de permanecer como policiais-militares da ativa, serão submetidos a Conselho de Disciplina e afastados
das atividades que estiverem exercendo, na forma da legislação específica.

§ 1º - Cabe ao Governador do Distrito Federal, em última instância, julgar os recursos que forem interpostos
nos processos oriundos de Conselho de Disciplina.

§ 2º - A Conselho de Disciplina poderá, também, ser submetido a Praça na reserva remunerada ou reformada,
presumivelmente incapaz de permanecer na situação de inatividade em que se encontra.

TíTULO III

DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS DOS POLICIAIS-MILITARES

CAPÍTULO I

Dos Direitos

SEÇÃO I

Da Remuneração

Art 50 - São direitos dos policiais-militares:

I - a garantia da patente quando Oficial em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativa e deveres a
ela inerentes;

II - a percepção de remuneração correspondente ao grau hierárquico superior ou melhoria dela quando, ao ser
transferido para a inatividade, contar mais de 30 (trinta) anos de serviço; (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

III - a remuneração calculada com base no soldo integral do posto ou graduação, quando não contando 30
(trinta) anos de serviço, for transferido para a reserva remunerada, ex officio, por ter atingido a idade-limite de
permanência em atividade no posto ou graduação ou ter sido abrangido pela quota compulsória; (Redação dada
pela Lei nº 7.475, de 1986)

IV - nas condições ou nas limitações impostas na legislação e regulamentação específicas ou peculiares:

a) a estabilidade, quando Praça com 10 (dez) ou mais anos de tempo de efetivo serviço;

b) o uso das designações hierárquicas;

c) a ocupação de cargo correspondente ao posto ou à graduação;

d) a percepção de remuneração;

e) a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes, assim entendida como o conjunto de atividades
relacionadas com a prevenção, conservação ou recuperação da saúde, abrangendo serviços profissionais médicos,
farmacêuticos e odontológicos, bem como fornecimento, aplicação de meios e os cuidados e demais atos médicos e
paramédicos necessários;

f) o funeral para si e seus dependentes, constituindo-se no conjunto de medidas tomadas pelo Distrito Federal,
quando solicitado, desde o óbito até o sepultamento condigno;

g) a alimentação, assim entendida como as refeições fornecidas aos policiais-militares em atividade;

h) o fardamento, constituindo-se no conjunto de uniformes, roupa branca e roupa de cama, fornecido ao


policial-militar na ativa de graduação inferior a terceiro-sargento e, em casos especiais, a outros policiais-militares;

i) a moradia para a policial-militar em atividade, compreendendo:

1 - alojamento em organização policial-militar;

27
2 - habitação para si e seus dependentes em imóvel sob a responsabilidade da Corporação, de acorda com as
disponibilidades existentes;

j) o transporte, assim entendido como os meios fornecidos ao policial-militar, para seu deslocamento por
interesse do serviço; quando o deslocamento implicar em mudança de sede ou de moradia, compreende também as
passagens para seus dependentes e a translação das respectivas bagagens, de residência a residência;

l) a constituição de Pensão Policial-Militar;

m) a promoção;

n) as férias, os afastamentos temporários do serviço e as licenças;

o).a demissão e o licenciamento voluntários;

p) o porte de arma, quando oficial em serviço ativo ou na inatividade, salvo aqueles na inatividade por
alienação mental ou condenação por crimes contra a segurança do Estado ou por atividade que desaconselhe aquele
porte;

q) o porte de arma, pelas Praças, com as restrições reguladas pelo Comandante-Geral; e

r) outros direitos previstos em legislação específica ou peculiar.

s) a transferência a pedido para a inatividade. (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 1º - A percepção de remuneração ou melhoria da mesma, de que trata o item II, obedecerá ao seguinte:

I - o Oficial que contar mais de 30 (trinta) anos de serviço, após o ingresso na inatividade, terá seus proventos
calculados sobre o soldo correspondente ao posto imediato, se na Corporação existir posto superior ao seu, mesmo
que de outro Quadro; se ocupante do último posto da hierarquia Policial-Militar, terá os seus proventos calculados
sobre o soldo de seu próprio posto, acrescido de percentual fixado em legislação específica ou peculiar; (Redação
dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

II - os Subtenentes, quando transferidos para a inatividade, terão seus proventos calculados sobre o soldo
correspondente ao de Segundo-Tenente, desde que contem mais de 30 (trinta) anos de serviço; (Redação dada pela
Lei nº 7.475, de 1986)

III - os demais Praças que contem mais de 30 (trinta) anos de serviço, ao serem transferidos para a inatividade,
terão seus proventos calculados sobre o soldo correspondente à graduação imediatamente superior. (Redação dada
pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 2º - São considerados dependentes do policial-militar:

I - a esposa;

Il - o filho menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou interdito;

III - a filha solteira, desde que não perceba remuneração;

IV - o filho estudante, menor de (vinte e quatro) anos;

V - a mãe viúva, desde que não perceba remuneração;

VI - o enteado, o filho adotivo e o tutelado, nas mesmas condições dos itens II, III e IV;

VII - a viúva do policial-militar, enquanto permanecer neste estado, e os demais dependentes mencionados
nos itens II, IIl, IV, V e VI deste parágrafo, desde que vivam sob a responsabilidade da viúva; e

VIII - a ex-esposa ou ex-esposo com direito a pensão alimentícia estabelecida por sentença transitada em
julgado, enquanto não contrair novo matrimônio.

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§ 3º - Também será considerado dependente, desde que não perceba remuneração, o marido:

I - considerado inválido, isto é, impossibilitado total e permanentemente para qualquer trabalho, não podendo
prover os meios de subsistência, mediante julgamento proferido por Junta Médica da Corporação;

II - Judicialmente declarado interdito, desde que a policial-militar seja sua curadora;

III - que estiver em cárcere por mais de 2 (dois) anos;

IV - para efeito do disposto no artigo 50, item IV, letra f.

§ 4º - São, ainda, considerados dependentes do policial-militar, desde que vivam sob a sua dependência
econômica, sob o mesmo teto, e quando expressamente declarados na Organização Policial-Militar competente:

I - a filha, a enteada, a tutelada, nas condições de viúvas, separadas judicialmente ou divorciadas, desde que
não recebam remuneração;

II - a mãe solteira, a madrasta viúva, a sogra viúva ou solteira, bem como separadas judicialmente ou
divorciadas, desde que em qualquer dessas situações não recebam remuneração;

III - os avós e os pais, quando inválidos ou interditos e respectivos cônjuges, estes, desde que não recebam
remuneração;

IV - o pai maior de 60 (sessenta) anos e seu respectivo cônjuge, desde que ambos não recebam remuneração;

V - o irmão, o cunhado e o sobrinho, quando menores ou inválidos ou interditos, sem outro arrimo;

VI - a irmã, a cunhada e a sobrinha, solteiras, viúvas, separadas judicialmente ou divorciadas, desde que não
recebam remuneração;

VII - o neto, órfão, menor ou inválido ou interdito;

VIII - a pessoa que viva, no mínimo há 5 (cinco) anos, sob a sua exclusiva dependência econômica,
comprovada mediante justificação judicial;

IX - a companheira, desde que viva em sua companhia há mais de 5 (cinco) anos, comprovada por justificação
judicial; e

X - o menor que esteja sob sua guarda, sustento e responsabilidade, mediante autorização judicial.

§ 5º - Para efeito do disposto nos §§ 2º a 4º deste artigo, não serão considerados como remuneração os
rendimentos não provenientes de trabalho assalariado, ainda que recebidos dos cofres públicos, ou a remuneração
que, mesmo resultante de relação de trabalho, não enseje ao dependente do policial-militar qualquer direito à
assistência previdenciária oficial.

Art 51 - O policial-militar, que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou
disciplinar de superior hierárquico, poderá recorrer ou interpor pedido de reconsideração, queixa ou representação,
segundo o regulamento específico ou peculiar.

§ 1º - O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:

I - em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, quanto a ato que decorra de
inclusão em quota compulsória ou de composição de Quadro de Acesso; (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

II - nas questões disciplinares, como dispuser o regulamento específico ou peculiar; e

III - em 120 (cento e vinte) dias corridos, nos demais casos.

§ 2º - O pedido de reconsideração, a queixa e a representação não podem ser feitos coletivamente.

29
§ 3º - O policial-mílitar só poderá recorrer ao judiciário após esgotados todos os recursos administrativos e
deverá participar esta providência, antecipadamente, à autoridade a qual estiver subordinado.

Art 52 - Os policiais-militares são alistáveis como eleitores, desde que Oficiais, Aspirantes-a-Oficial,
Subtenentes e Sargentos ou Alunos de curso de nível superior para a Formação de Oficiais.

Parágrafo único - Os policiais-militares alistáveis são elegíveis, atendidas as seguintes condições:

I - o policial-militar, que tiver menos de 5 (cinco) anos de efetivo serviço, será ao se candidatar a cargo eletivo,
excluído do serviço ativo, mediante demissão ou licenciamento ex of ficio ; e

II - o policial-militar em atividade, com 5 (cinco) anos ou mais de efetivo serviço, ao se candidatar a cargo
eletivo, será afastado, temporariamente do serviço ativo, agregado e considerado em licença para tratar de interesse
particular; se eleito, será no ato da diplomação, transferido para a reserva remunerada, percebendo a remuneração
a que fizer jus em função de seu tempo de serviço.

SEÇÃO II

Da Remuneração

Art. 53. A remuneração dos Policiais Militares será estabelecida em legislação específica, comum aos militares
do Distrito Federal.(Redação dada pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

§ 1o Na ativa, compreende:(Redação dada pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

I - soldo;(Redação dada pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

II - adicionais:(Redação dada pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

a) de Posto ou Graduação;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

b) de Certificação Profissional;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

c) de Operações Militares;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

d) de Tempo de Serviço;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

III - gratificações:(Inciso incluído pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

a) de Representação;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

b) de função de Natureza Especial;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

c) de Serviço Voluntário.(Redação dada pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

§ 2o Na inatividade, compreende:(Redação dada pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

I - soldo ou quotas de soldo;(Redação dada pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

II - adicionais:(Redação dada pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

a) de Posto ou Graduação;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

b) de Certificação Profissional;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

c) de Operações Militares;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

d) de Tempo de Serviço;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

III - gratificação de Representação.(Inciso incluído pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

§ 3º - 0s policiais-militares receberão o salário-família em conformidade com a lei pertinente.

30
§ 4º - Os policiais-militares farão jus, ainda, a outros direitos pecuniários, em casos especiais.

Art 54 - O auxílio-invalidez, atendidas as condições estipuladas na lei específica que trata da remuneração dos
policiais-miIitares, será concedido ao poIicial-miIitar que, quando em serviço ativo, tenha sido ou venha a ser
reformado por incapacidade definitiva e considerado inválido, isto é, impossibilitado total e permanentemente para
qualquer trabalho, não podendo prover os meios de subsistência.

Art 55 - O soldo é irredutível e não está sujeito a penhora, seqüestro ou arresto exceto nos casos previstos em
lei.

Art 56 - O valor do soldo é igual para o policial-militar da ativa, da reserva remunerada ou reformado, de um
mesmo grau hierárquico, ressalvado o disposto no item lI, do caput do art. 50.

Art 57 - É proibido acumular remuneração de inatividade.

Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica aos policiais-militares da reserva remunerada e aos
reformados quanto ao exercício de mandato eletivo, quanto à função de magistério ou cargo em comissão, ou
quanto ao contrato para prestação de serviços técnicos ou especializados.

Art 58 - Os proventos da inatividade serão previstos sempre que, por motivo de alteração do poder aquisitivo
da moeda, se modificar os vencimentos dos policiais-militares em serviço ativo.

Parágrafo único - Ressalvados os casos previstos em lei, os proventos da inatividade não poderão exceder a
remuneração percebida pelo policial-militar da ativa no posto ou graduação correspondentes aos de seus
proventos.

Art 59 - Por ocasião de sua passagem para a inatividade o policial-militar terá direito a tantas quotas de soldo,
quantos forem os anos de serviço, computáveis para inatividade, até o máximo de 30 (trinta) anos, ressalvado o
disposto no item III do caput do art. 50.

Parágrafo único - Para efeito de contagem das quotas, a fração de tempo igual ou superior a 180 (cento e
oitenta) dias será considerada 1 (um) ano.

SEÇÃO III

Da Promoção

Art 60 - O acesso na hierarquia policial-militar é seletivo, gradual e sucessivo e será feito mediante promoção,
de conformidade com o disposto na legislação e regulamentação de promoções de Oficiais e de Praças, de modo a
obter-se um fluxo regular e equilibrado de carreira para os policiais-militares.

§ 1º - O Planejamento da carreira dos Oficiais e das Praças, obedecidas as disposições da legislação e


regulamentação a que se refere este artigo, é atribuição do Comando da Polícia Militar.

§ 2º - A promoção é um ato administrativo e tem como finalidade básica a seleção dos policiais-militares para
o exercício de funções pertinentes ao grau hierárquico superior.

§ 3º As promoções serão efetuadas pelos critérios de antigüidade e merecimento, ou ainda, por bravura e post
mortem. (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 4º Em casos extraordinários, poderá haver promoção em ressarcimento de preterição, independente de


vagas. (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 5º A promoção de policial-militar feita em ressarcimento de preterição será efetuada segundo os critérios de


antigüidade e merecimento, recebendo ele o número que lhe competir na escala hierárquica como se houvesse
sido promovido, na época devida, pelo critério em que ora é feita sua promoção. (Incluído pela Lei nº 7.475, de
1986)

31
Art. 61. A fim de manter a renovação, o equilíbrio e regularidade de acesso nos diferentes Quadros, haverá
obrigatoriamente um número fixado de vagas à promoção, nas proporções abaixo indicadas: (Redação dada pela
Lei nº 7.475, de 1986)

I - Coronel PM (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

a) quando, nos Quadros, houver até 7 (sete) Oficiais, 1 (uma) por ano; (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

b) quando, nos Quadros, houver 8 (oito) ou mais Oficiais, 1/6 (um sexto) dos respectivos Quadros por
ano. (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

II - Tenente-Coronel PM (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

a) quando, nos Quadros, houver de 3 (três) a 5 (cinco) Oficiais, 1 (um) de dois em dois anos; (Incluído pela Lei
nº 7.475, de 1986)

b) quando, nos Quadros, houver 6 (seis) ou mais Oficiais, 1/8 (um oitavo) dos respectivos Quadros, por
ano; (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

c) quando, nos Quadros, houver 24 (vinte e quatro) ou mais Oficiais, 1/8 (um oitavo) dos respectivos
Quadros, por ano. (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

III - Oficiais dos Quadros de que trata a letra c , do item I do artigo 92: (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

a) quando, nos Quadros, houver até 7 (sete) Oficiais, 1 (Uma) por ano; (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

b) quando, nos Quadros, houver 8 (oito) ou mais Oficiais, 1/5 (um quinto) dos respectivos Quadros, por
ano. (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 1º Para determinação do número de Policiais-Militares de um Quadro, devem ser considerados os em


efetivo serviço, os agregados e excedentes. (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 2º O número de vagas para promoção obrigatória em cada ano (ano ou anos-base), para determinado posto
ou graduação, será fixado até o dia 15 (quinze) de janeiro do ano seguinte ao ano-base considerado (ano anterior,
por ato do Comandante-Geral.(Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 3º As frações que resultarem da aplicação das proporções estabelecidas neste artigo serão adicionadas
cumulativamente, aos cálculos correspondentes aos anos seguintes até completar-se pelo menos 1 (um) inteiro, que,
então, será computado para obtenção de uma vaga para promoção obrigatória. (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 4º As vagas serão consideradas abertas de acordo com o estabelecido em leis e regulamentos. (Incluído pela
Lei nº 7.475, de 1986)

§ 5º Para assegurar o número fixado de vagas à promoção obrigatória na forma estabelecida no caput deste
artigo, quando este número não tenha sido alcançado com as vagas ocorridas durante o ano considerado ano-base,
deverá ser aplicada uma quota, integrada de tantos policiais-militares quantos forem necessários, que
compulsoriamente serão transferidos para a inatividade, de maneira a possibilitar as promoções
determinadas. (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 6º A indicação de policiais-militares dos Postos constantes neste artigo, para integrarem a quota
compulsória, referida no parágrafo anterior, obedecerá as seguintes prescrições básicas: (Incluído pela Lei nº 7.475,
de 1986)

I - inicialmente, serão apreciados os requerimentos apresentados pelos Oficiais da Ativa que, contando mais
de 25 (vinte e cinco) anos de serviço, requeiram sua inclusão na quota compulsória, dando-se por prioridade em
cada posto aos mais idosos; (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

32
II - se o número de Oficiais voluntários na forma do item I, não atingir o total de vagas da quota fixada em
cada posto, esse total será completado, ex officio, pelos Oficiais que: (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

a) contarem, no mínimo 30 (trinta) anos de serviço; (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

b) possuírem interstício para promoção, quando for o caso; (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

c) estiverem compreendidos nos limites quantitativos de antigüidade que definem a faixa dos que concorrem
à constituição dos Quadros de Acesso por antigüidade ou merecimento; (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

d) ainda que não concorrendo à constituição dos Quadros de Acesso por antigüidade ou merecimento,
estiverem compreendidos nos limites quantitativos de antigüidade estabelecidos para a organização dos referidos
Quadros; (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

e) satisfizerem as condições das letras a, b, c, e d , na seguinte ordem de prioridade: (Incluído pela Lei nº 7.475,
de 1986)

1º os que não concorrem à constituição dos Quadros de Acesso por antigüidade ou merecimento, mesmo
estando compreendidos nos limites quantitativos de antigüidade estabelecidos para a organização dos referidos
Quadros, por não possuírem os requisitos exigidos na legislação específica ou peculiar para promoção, ressalvada a
incapacidade física até 6 (seis) meses contínuos ou 12 (doze) meses descontínuos; (Incluído pela Lei nº 7.475, de
1986)

2º os de menor merecimento, a ser apreciado pelo órgão competente da Polícia Militar, em igualdade de
merecimento, os de mais idade e, em caso de mesma idade, os mais modernos; (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

3º os que integrando os Quadros de Acesso por merecimento, tenham sido preteridos por mais
modernos; (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

4º forem os de mais idade e, no caso de mesma idade, os mais modernos. (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 7º As vagas decorrentes da aplicação direta da quota compulsória e as resultantes das promoções efetivadas
nos diversos postos em face daquela aplicação inicial, não serão preenchidas por Oficiais excedentes ou agregados
que reverterem em virtude de haverem cessado as causas da agregação. (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 8º As quotas compulsórias só serão aplicadas quando houver, no posto imediatamente abaixo, Oficiais que
satisfaçam as condições de acesso. (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 9º O Governador do Distrito Federal regulamentará a quota compulsória, em 60 (sessenta) dias após a


publicação desta lei, estabelecendo os critérios e demais normas necessárias ao cumprimento deste artigo. (Incluído
pela Lei nº 7.475, de 1986)

Art 62 - Não haverá promoção de policial-militar por ocasião de sua transferência para a reserva remunerada
ou reforma.

SEÇÃO IV

Das Férias e de Outros Afastamentos Temporários do Serviço

Art 63 - Férias são afastamentos totais do serviço, anual e obrigatoriamente concedidos aos policiais-militares
para descanso, a partir do último mês do ano a que se referem, e durante todo o ano seguinte.

§ 1º - Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar a regulamentação da concessão das férias anuais e de


outros afastamentos temporários.

§ 2º A concessão e o gozo de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licença para tratamento de saúde,
licença especial, nem pelo cumprimento de sanção disciplinar, pelo estado de guerra ou para que sejam cumpridos
atos de serviço, bem como não é anulável o direito a essa licença.(Redação dada pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002)

33
§ 3º - Somente em casos de interesse da Segurança Nacional, da manutenção da ordem, de extrema
necessidade do serviço ou de transferência para a inatividade, para cumprimento de punição decorrente de
transgressão disciplinar de natureza grave e em caso de baixa a hospital, os policiais-militares terão interrompido
ou deixado de gozar, na época prevista, o período de férias a que tiverem direito, registrando-se, então, o fato em
seus assentamentos.

§ 4º - Na impossibilidade de gozo de férias no período previsto no caput deste artigo, pelos motivos
constantes do parágrafo anterior, ressalvados os casos de transgressão disciplinar de natureza grave, o período de
férias não gozado será computado dia-a-dia pelo dobro, no momento da passagem do policial-militar para a
inatividade e somente para esse fim.

Art 64 - Os policiais-militares têm direito, ainda, aos seguintes períodos de afastamento total do serviço,
obedecidas as disposições legais e regulamentares, por motivo de:

I - núpcias: 8 (oito) dias;

II - luto: 8 (oito) dias;

III - instalação: até 48 (quarenta e oito) horas; e

IV - trânsito: até 30 (trinta) dias, quando designado para cursos ou outras missões fora do Distrito Federal.

Parágrafo único - Além do disposto neste artigo, a policial-militar, quando gestante, tem direito a um período
de 4 (quatro) meses de afastamento total do serviço, equivalente à licença para tratamento de saúde, o qual será
concedido, mediante inspeção médica, a partir do 8º (oitavo) mês de gestação, salvo prescrição em contrário.

Art 65 - As férias, e os afastamentos mencionados nesta Seção, são concebidos com a remuneração prevista na
legislação específica ou peculiar e computados como tempo de efetivo serviço para todos os efeitos legais.

SEÇÃO V

Das Licenças

Art 66 - Licença é a autorização para afastamento total do serviço, em caráter temporário, concedida ao
policial-militar, obedecidas as disposições legais e regulamentares.

§ 1º - A licença pode ser:

I - especial;

II - para tratar de interesse particular;

III - para tratamento de saúde de pessoa da família; e

IV - para tratamento de saúde própria.

§ 2º - A remuneração do policial-militar, quando em qualquer das situações de licença constantes do parágrafo


anterior, será regulada em legislação específica ou peculiar.

§ 3º - A concessão de licença é regulada pelo Comandante-Geral da Corporação.

Art 67 - A licença especial é a autorização para afastamento total do serviço, relativa a cada decênio de tempo
de efetivo serviço prestado, concedida ao policial-militar que a requerer, sem que implique em qualquer restrição
para a sua carreira.

§ 1º - A licença especial tem a duração de 6 (seis) meses, a ser gozada de uma só vez, podendo ser parcelada
em 2 (dois) ou 3 (três) meses por ano civil, quando solicitado pelo interessado e julgado conveniente pela
autoridade competente.

§ 2º - O período de licença especial não interrompe a contagem de tempo de efetivo serviço.

34
§ 3º - Os períodos de licença especial não gozados pelo policial-militar são computados em dobro para fins
exclusivos de contagem de tempo para a passagem para a inatividade e, nesta situação, para todos os efeitos legais.

§ 4º - A licença especial não é prejudicada pelo gozo anterior de qualquer licença para tratamento de saúde e
para que sejam cumpridos atos de serviço, bem como, não anula o direito àquelas licenças.

§ 5º - Uma vez concedida a licença especial, o policial-militar será exonerado do cargo ou dispensado do
exercício das funções que exerce e ficará à disposição do Órgão de Pessoal da Polícia Militar.

Art 68 - A licença para tratar de interesse particular é a autorização para afastamento total do serviço,
concedida ao policial-militar que contar mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço e que requerer com aquela
finalidade.

Parágrafo único - A licença será sempre concedida com prejuízo da remuneração e da contagem de tempo de
efetivo serviço.

Art 69 - As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou nas condições estabelecidas neste artigo.

§ 1º - A interrupção da licença especial e da licença para tratar de interesse particular poderá ocorrer:

I - em caso de mobilização e estado de guerra;

Il - em casos de decretação de estado de emergência ou de sítio;

III - para cumprimento de sentença que importe em restrição da liberdade individual;

IV - para cumprimento de punição disciplinar, conforme o regulado pelo Comandante-Geral da Policia


Militar; e

V - em caso de denúncia, pronúncia em processo criminal ou indiciação em inquérito policial-militar, a juízo


da autoridade que efetivou a denúncia, a pronúncia ou a indiciação.

§ 2º - A interrupção de licença para tratar de interesse particular será definitiva, quando o policial-militar for
reformado ou transferido ex officio para a reserva remunerada.

§ 3º - A interrupção de licença para tratamento de saúde de pessoa da família, para cumprimento de pena
disciplinar que importe em restrição da liberdade individual, será regulada na legislação específica ou peculiar.

CAPÍTULO II

Das Prerrogativas

SEÇÃO I

Da Constituição e Enumeração

Art 70 - As prerrogativas dos policiais-militares são constituídas pelas honras, dignidade e distinções devidas
aos graus hierárquicos e cargos.

Parágrafo único - São prerrogativas dos policiais-militares:

I - o uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas da Polícia Militar, do Distrito Federal,
correspondentes ao posto ou graduação;

II - honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam asseguradas em leis e regulamentos;

III - cumprimento de pena de prisão ou detenção somente em Organização Policial Militar da Corporação cujo
Comandante, Chefe ou Diretor tenha precedência hierárquica sobre o preso; e

IV - julgamento, em foro especial, dos crimes militares.

35
Art 71 - Somente em casos de flagrante delito, o policial-militar poderá ser preso por autoridade policial,
ficando esta obrigada a entregá-lo, imediatamente, à autoridade policial-militar mais próxima, só podendo retê-lo,
na Delegacia ou Posto Policial, durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.

§ 1º - Cabe ao Comandante-Geral da Corporação a iniciativa de responsabilizar a autoridade policial que não


cumprir o disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que seja maltratado qualquer policial-militar preso, ou
não lhe der o tratamento devido ao seu posto ou graduação.

§ 2º - Se, durante o processo e julgamento no foro civil houver perigo de vida para qualquer preso policial-
militar, o Comandante-Geral da Corporação providenciará os entendimentos com o Juiz do feito, visando a guarda
dos pretórios ou tribunais por Força Policial-Militar.

Art 72 - Os policiais-militares da ativa, no exercício de funções policiais-militares, são dispensados do serviço


na instituição do júri e do serviço na Justiça Eleitoral.

SEÇÃO II

Do Uso dos Uniformes da Polícia Militar

Art 73 - Os uniformes da Polícia Militar com seus distintivos, insígnias e emblemas, são privativos dos
policiais-militares e representam o símbolo da autoridade policial-militar, com as prerrogativas a ela inerentes.

Parágrafo único - Constituem crimes previstos na legislação específica o desrespeito aos uniformes,
distintivos, insígnias e emblemas policiais-militares, bem como, seu uso por parte de quem a eles não tiver direito.

Art 74 - O uso dos uniformes com seus distintivos, insígnias e emblemas, bem como, os modelos, descrição,
composição e peças acessórias, são estabelecidos em legislação peculiar da Polícia Militar do Distrito Federal.

§ 1º - É proibido ao policial-militar o uso dos uniformes:

I - em manifestação de caráter político-partidário;

II - no estrangeiro, quando em atividade não relacionada com a missão do policial-militar, saIvo quando
expressamente determinado ou autorizado;

III - Na inatividade, salvo para comparecer a solenidades policiais-militares, cerimônias cívico-comemorativas


das grandes datas nacionais ou a atos sociais solenes, quando devidamente autorizado.

§ 2º - Os policiais-militares na inatividade, cuja conduta possa ser considerada como ofensiva à dignidade da
classe, poderão ser definitivamente proibidos de usar uniformes por decisão do Comandante-Geral da Polícia
Militar.

Art 75 - O policial-militar fardado tem as obrigações correspondentes ao uniforme que use e aos distintivos,
emblemas ou insígnias que ostente.

Art 76 - É vedado a qualquer elemento civil ou organizações civis usar uniformes ou ostentar distintivos,
insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados na Policia Militar.

Parágrafo único - São responsáveis pela infração das disposições deste artigo, além dos indivíduos que a
tenham cometido, os Diretores ou Chefes de repartições, organizações de qualquer natureza, firma ou
empregadores, empresas, institutos ou departamentos que tenham adotado ou consentido sejam usados uniformes
ou ostentado distintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados na Polícia Militar.

TÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS

CAPÍTULO I

36
Das Situações Especiais

SEÇÃO I

Da Agregação

Art 77 - A agregação é a situação na qual o policial-militar da ativa deixa de ocupar a vaga na escala
hierárquica do seu quadro, nela permanecendo sem número.

§ 1º - O policial-militar deve ser agregado quando:

I - for nomeado para cargo considerado no exercício de função de natureza policial-militar ou de interesse
policial-militar estabelecido em Lei ou Decreto-lei, ou Decreto, não previsto nos Quadros de Organização da Polícia
Militar;

II - aguardar transferência para a reserva remunerada, por ter sido enquadrado em quaisquer dos requisitos
que a motivaram; e

III - for afastado, temporariamente, do serviço ativo por motivo de:

a) ter sido julgado incapaz, temporariamente, após um ano contínuo de tratamento de saúde própria;

b) ter sido julgado incapaz, definitivamente, enquanto tramita o processo de reforma;

c) haver ultrapassado um ano contínuo de licença para tratamento de saúde própria;

d) haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratar de interesse particular;

e) haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratar de saúde de pessoa da família;

f) ter sido considerado oficialmente extraviado;

g) haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção previsto no Código Penal Militar, se
Oficial ou Praça com estabilidade assegurada;

h) como desertor, ter-se apresentado voluntariamente ou ter sido capturado e reincluído a fim de se ver
processar;

i) se ver processar, após ficar exclusivamente à disposição da Justiça Comum;

j) ter sido condenado à pena restritiva de liberdade superior a 6 (seis) meses, em sentença passada em julgado,
enquanto durar a execução, excluído o período de sua suspensão condicional se concedida esta ou até ser declarado
indigno de pertencer à Polícia Militar ou com ela incompatível;

l) ter passado à disposição de outro órgão do Distrito Federal, da União, dos Estados ou Territórios para
exercer função de natureza civil;

m) ter sido nomeado para qualquer cargo Público civil temporário, não eletivo, inclusive da administração
indireta;

n) ter se candidatado a cargo eletivo, desde que conte 5 (cinco) anos ou mais de efetivo serviço; e

o) ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto, graduação ou cargo ou função, prevista no
Código Penal Militar.

§ 2º - O policial-militar agregado, de conformidade com os itens I e Il do § 1º, continua a ser considerado, para
todos os efeitos, como em serviço ativo.

§ 3º - A agregação do policial-militar a que se refere o Item I e as letras l e m do item III do § 1º, é contada a
partir da data de posse do novo cargo até o regresso à Corporação ou transferência ex officio para a reserva
remunerada.

37
§ 4º - A agregação do policial-militar, a que se referem as letras a , c e e do item III do § 1º, é contada a partir
do primeiro dia após os respectivos prazos e enquanto durar o evento.

§ 5º - A agregação do policial-militar, a que se referem o item Il e as letras b , f, g, h, i, j e o do item III do § 1º, é


contada a partir da data indicada no ato que torna público o respectivo evento.

§ 6º - A agregação do policial-militar, a que se refere a letra n do item III do § 1º, é contada a partir do registro
como candidato, até sua diplomação ou seu regresso à Corporação se não houver sido eleito.

§ 7º - O policial-militar agregado fica sujeito às obrigações disciplinares concernentes às suas relações com
outros policiais-militares e autoridades civis e militares, salvo quando ocupar cargo que lhe dê precedência
funcional sobre os outros policiais-militares mais graduados ou mais antigos.

§ 8º - Caracteriza a posse no novo cargo regulado pelo § 3º a entrada em exercício no cargo ou respectiva
função.

Art 78 - O policial-militar agregado ficará adido, para efeito de alterações e remuneração, à Diretoria de
Pessoal, continuando a figurar no lugar que então ocupava no Almanaque ou Escala Numérica, com a abreviatura "
Ag " e anotações esclarecedoras de sua situação.

Art 79 - A agregação se faz por ato do Governador do Distrito Federal, para Oficiais e pelo Comandante-
Geral, para Praças.

SEÇÃO II

Da Reversão

Art 80 - A reversão é o ato pelo qual o policial-militar agregado retorna ao respectivo Quadro, tão logo cesse o
motivo que determinou a sua agregação, voltando a ocupar o lugar que lhe competir no respectivo Almanaque
ou Escala Numérica, na primeira vaga que ocorrer.

Parágrafo único - Em qualquer tempo, poderá ser determinada a reversão do policial-militar agregado, exceto
nos casos previstos nas letras a, b, c, f, g, h, j, n, e o do item III do § 1º do artigo 77.

Art 81 - A reversão de Oficiais será efetuada mediante ato do Governador do Distrito Federal e as das Praças
por ato do Comandante-Geral da Corporação.

Parágrafo único - (VETADO).

SEÇÃO III

Do Excedente

Art 82 - Excedente é a situação transitória a que, automaticamente, passa o policial-militar que:

I - tendo cessado o motivo que determinou sua agregação, reverte ao respectivo Quadro, estando este com o
efetivo completo;

Il - aguarda a colocação a que faz jus na escala hierárquica, após haver sido transferido do Quadro, estando o
mesmo com seu efetivo completo;

III - é promovido por bravura, sem haver vaga;

IV - é promovido indevidamente, mesmo havendo vaga;

V - sendo o mais moderno da respectiva escala hierárquica, ultrapassa o efetivo de seu Quadro, em virtude de
promoção de outro policial-militar em ressarcimento de preterição; e

VI - tendo cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade definitiva, retorne ao respectivo
Quadro, estando este com seu efetivo completo.

38
§ 1º - O policial-militar, cuja situação é a de excedente, salvo o indevidamente promovido, ocupa a mesma
posição relativa, em antiguidade, que lhe cabe na escala hierárquica, com a abreviatura " EXCD " e receberá o
número que lhe competir em conseqüência da primeira vaga que se verificar.

§ 2º - O policial-militar cuja situação é de excedente é considerado como em efetivo serviço, para todos os
efeitos e concorre, respeitados os requisitos legais, em igualdade de condições e sem nenhuma restrição, a qualquer
cargo poIicial-miIitar, bem como à promoção.

§ 3º - O policiaI-militar promovido por bravura, sem haver vaga, ocupará a primeira vaga aberta, deslocando
o critério da promoção a ser seguido para a vaga seguinte.

§ 4º - O policial-militar, promovido indevidamente, só contará antigüidade e receberá o número que lhe


competir, na escala hierárquica, quando a vaga que deverá preencher corresponder ao critério pelo qual deveria ter
sido promovido, desde que satisfaça os requisitos para a promoção.

SEÇÃO IV

Do Ausente e do Desertor

Art 83 - É considerado ausente o policial-militar que, por mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas:

I - deixar de comparecer à sua Organização PoIicial-Militar sem comunicar qualquer motivo de impedimento;
e

Il - ausentar-se, sem licença, da Organização Policial-Militar onde serve ou local onde deve permanecer.

Parágrafo único - Decorrido o prazo mencionado neste artigo, serão observadas as formalidades previstas em
legislação específica.

Art 84 - O policial-militar é considerado desertor nos casos previstos na legislação penal militar.

SEÇÃO V

Do Desaparecido e do Extraviado

Art 85 - É considerado desaparecido, o policial-militar da ativa que, no desempenho de qualquer serviço, em


viagem, em operações policiais-militares ou em casos de calamidade pública, tiver paradeiro ignorado por mais de
8 (oito) dias.

Parágrafo único - A situação de desaparecimento só será considerada quando não houver indício de deserção.

Art 86 - O policial-militar que, na forma do artigo anterior, permanecer desaparecido por mais de 30 (trinta)
dias, será oficialmente considerado extraviado.

CAPÍTULO II

De Exclusão do Serviço Ativo

SEÇÃO I

Da Ocorrência

Art 87 - A exclusão do serviço ativo da Polícia Militar e o conseqüente desligamento da Organização a que
estiver vinculado o policial-militar decorrem dos seguintes motivos:

I - transferência para a reserva remunerada;

II - reforma;

III - demissão;

39
IV - perda do posto e patente;

V - licenciamento;

VI - exclusão a bem da disciplina;

VII - deserção;

VIII - falecimento; e

IX - extravio.

Parágrafo único - O desligamento do serviço ativo será processado após a expedição do ato do Governador do
Distrito Federal ou de autoridade a qual tenha sido delegado poderes para isso.

Art 88 - A transferência para a reserva remunerada ou a reforma não isentam o policial-militar da indenização
dos prejuízos causados à Fazenda do Distrito Federal ou a terceiros, nem do pagamento das pensões decorrentes de
sentença judicial.

Art. 89. O policial-militar da ativa, enquadrado em um dos itens I, II e V do artigo 87 desta lei, ou
demissionário a pedido, será movimentado da Organização Policial-Militar em que serve, passando à disposição do
órgão encarregado de pessoal até ser desligado da Polícia Militar. (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

SEÇÃO II

Da Transferência para a Reserva Remunerada

Art. 90. A passagem do policial-militar para a inatividade, mediante transferência para a reserva remunerada,
efetuar-se-á: (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

I - a pedido; ou (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

II - ex officio.(Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

Art. 91º A transferência a pedido, para a reserva será concedida ao policial-militar que a requerer, desde que
conte no mínimo 30 (trinta) anos de serviço. (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 1º O Oficial da ativa pode pleitear transferência para a reserva remunerada mediante inclusão voluntária na
quota compulsória. (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 2º É facultado ao Coronel PM exonerado ou demitido do cargo de Comandante-Geral da Polícia Militar,


requerer transferência para a reserva remunerada, quando não contar 30 (trinta) anos de serviço. (Redação dada
pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 3º No caso do policial-militar haver realizado qualquer curso ou estágio de duração superior a 6 (seis)
meses, por conta do Distrito Federal, no estrangeiro, sem haver decorrido 3 (três) anos de seu término, a
transferência para a reserva remunerada só será concedida mediante indenização de todas as despesas
correspondentes à realização do referido estágio ou curso, inclusive as diferenças de vencimentos, cabendo aos
órgãos competentes da Polícia Militar o cálculo da indenização. (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 4º ) (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

I - respondendo a inquérito ou processo em qualquer jurisdição; e (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

II - cumprindo pena de qualquer natureza. (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

Art 92 - A transferência para a reserva remunerada, que o ex officio , verificar-se-á sempre que o policial-
militar incidir nos seguintes casos:

I - atingir as seguintes idades-limite: (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

40
a) para o Quadro de Oficiais Policiais Militares: (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

1. 62 (sessenta e dois) anos, para o posto de Coronel; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto de Tenente-Coronel; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

3. 55 (cinquenta e cinco) anos, para os postos de Major e Capitão; e (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

4. 51 (cinquenta e um) anos, para os postos de Oficiais Subalternos; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

b) para os Quadros de Policiais Militares de Saúde: (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

1. 63 (sessenta e três) anos, para o posto de Coronel; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto de Tenente-Coronel; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

3. 57 (cinquenta e sete) anos, para o posto de Major; e (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

4. 53 (cinquenta e três) anos, para os postos de Capitão e Oficiais Subalternos; (Incluído pela Lei nº 12.086, de
2009).

c) para os Quadros de Policiais Militares Capelães: (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

1. 63 (sessenta e três) anos, para o posto de Tenente-Coronel; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto de Major; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

3. 57 (cinquenta e sete) anos, para o posto de Capitão; e (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

4. 53 (cinquenta e três) anos, para os postos de Oficiais Subalternos; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

d) para os Quadros de Policiais Militares de Administração e de Oficiais Policiais Militares


Especialistas: (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

1. 61 (sessenta e um) anos, para o posto de Major; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto de Capitão; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

3. 57 (cinquenta e sete) anos, para o posto de Primeiro-Tenente; e (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

4. 55 (cinquenta e cinco) anos, para os postos de Segundo-Tenente; e (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

e) para as Praças Policiais Militares: (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

1. 59 (cinquenta e nove) anos, para graduação de Subtenente; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

2. 58 (cinquenta e oito) anos, para graduação de Primeiro-Sargento; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

3. 57 (cinquenta e sete) anos, para graduação de Segundo-Sargento; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

4. 56 (cinquenta e seis) anos, para graduação de Terceiro-Sargento; e (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

5. 54 (cinquenta e quatro) anos, para graduação de Cabos e Soldados. (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

II - atingir, o Coronel PM, 6 (seis) anos de permanência no posto, desde que conte mais de 30 (trinta) anos de
serviço; (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

III - contar o policial-militar 35 (trinta e cinco) anos de serviço; (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

IV - atingir, o Oficial, 6 (seis) anos de permanência no posto, quando este for o último da hierarquia de seu
Quadro, desde que conte mais de 30 (trinta) anos de serviço; (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

V - for o Oficial considerado não habilitado para o acesso em caráter definitivo, no momento em que vier a ser
objeto de apreciação para o ingresso em Quadro de Acesso;

41
VI - ultrapassar 2 (dois) anos, contínuos ou não, em licença para tratar de interesse particular;

VII - ultrapassar 2 (dois) anos contínuos em licença para tratamento de saúde de pessoas de sua família;

VIII - ser empossado em cargo público permanente estranho à sua carreira, cujas funções sejam de magistério;

IX - ultrapassar 2 (dois) anos de afastamento, contínuo ou não, agregado em virtude de ter passado a exercer
cargo ou emprego público civil temporário, não eletivo, inclusive de administração indireta; e

X - ser diplomado em cargo eletivo, na forma do item II do parágrafo único do Art. 52.

XI - for o Oficial abrangido pela quota compulsória; e (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

XII - for a Praça abrangida pela quota compulsória, na forma regulada em decreto pelo Governador do
Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 7.475, de 1986)

§ 1º - A transferência para a reserva remunerada processar-se-á à medida em que o policial-militar for


enquadrado em um dos itens deste artigo.

§ 2º - A transferência de policial-militar para a reserva remunerada, nas condições estabelecidas no item VIII,
será efetivada no posto ou graduação que tinha na ativa, podendo acumular os proventos a que fizer jus na
inatividade com a remuneração do cargo ou emprego para o qual foi nomeado ou admitido.

§ 3º - A nomeação ou admissão do policial-militar para cargo ou emprego público de que tratam os itens VIII e
IX somente poderá ser feita:

I - quando a nomeação ou admissão for da alçada federal ou estadual, pela autoridade competente, mediante
requisição ao Governador do Distrito Federal; e

II - pelo Governador ou mediante sua autorização nos demais casos.

§ 4º - Enquanto permanecer no cargo ou emprego público de que trata o inciso IX:

I - é-lhe assegurada a opção entre a remuneração do cargo ou emprego e a do posto ou graduação;

II - somente poderá ser promovido por antigüidade; e

III - o tempo de serviço é contado apenas para a promoção por antiguidade e para a transferência para
inatividade.

§ 5º O órgão encarregado de pessoal da Polícia Militar deverá encaminhar para a Junta Médica da Corporação,
para os exames médicos necessários, os policiais-militares que serão enquadrados nos itens I, II, III e IV deste artigo,
120 (cento e vinte) dias antes da data em que os mesmos serão transferidos ex officio para a reserva
remunerada. (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

Art 93 - A transferência do policial-militar para a reserva remunerada pode ser suspensa na vigência do
estado de guerra, estado de sítio ou de estado de emergência, em caso de mobilização e de interesse da segurança
pública.

SEÇÃO III

Da Reforma

Art 94 - A passagem do policial-militar à situação de inatividade, mediante reforma, será sempre ex officio e
aplicada ao mesmo, desde que:

I - atinja as seguintes idades-limites de permanência na reserva remunerada:

a) para Oficiais - 65 (sessenta e cinco) anos; e (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

b) para Praças - 63 (sessenta e três) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

42
c) para Praças - 58 anos;

II - seja julgado incapaz, definitivamente, para o serviço da Policia Militar;

III - esteja agregado há mais de 2 (dois) anos, por ter sido julgado incapaz, temporariamente, mediante
homologação da Junta Superior de Saúde, ainda mesmo que se trate de moléstia curável;

IV - seja, condenado à pena da reforma prevista no Código Penal Militar, por sentença transitada em julgado;

V - sendo Oficial, a tiver determinada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, em julgamento por ele
efetuado, em conseqüência de Conselho de Justificação a que foi submetido; e

VI - sendo Aspirante-a-Oficial PM ou Praça com estabilidade assegurada, for para tal indicado, ao
Comandante-Geral da Polícia Militar, em julgamento do Conselho de Disciplina.

Parágrafo único - O policial-militar reformado na forma dos itens V e VI só poderá readquirir a situação de
policial-militar anterior, respectivamente, por outra sentença do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e nas
condições nela estabelecidas ou por decisão do Comandante-Geral da Polícia Militar.

Art 95 - Anualmente, no mês de fevereiro, a Diretoria de Pessoal organizará a relação dos policiais-militares
que houverem atingido a idade-limite de permanência na reserva remunerada a fim de serem reformados.

Parágrafo único - A situação de inatividade do policial-militar da reserva remunerada, quando reformado por
limite de idade, não sofre solução de continuidade, exceto quanto às condições de mobilização estabelecidas em
legislação específica.

Art 96 - A incapacidade definitiva pode sobrevir em conseqüência de:

I - ferimento recebido em operações policiais-militares ou na manutenção da ordem pública;

II - enfermidade contraída em operações policiais-militares ou na manutenção da ordem pública, ou


enfermidade cuja causa eficiente decorra de uma dessas situações;

III - acidente em serviço;

IV - doença, moléstia ou enfermidade adquirida em tempo de paz, com relação de causa e efeito a condições
inerentes ao serviço;

V - tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia irreversível e
incapacitante, cardiopatia grave, mal de Parkinson, pênfigo, espondiloartrose, anquilosante, nefropatia grave, e
outras moléstias que a lei indicar com base nas conclusões da medicina especializada; e

VI - acidente ou doença, moléstia ou enfermidade, sem relação de causa e efeito com o serviço.

§ 1º - Os casos de que tratam os itens I, II, III e IV, serão provados por atestado de origem, inquérito sanitário
de origem ou ficha de evacuação, sendo os termos do acidente, baixa ao hospital, papeleta de tratamento nas
enfermarias e hospitais, e os registros de baixa utilizados como meios subsidiários para esclarecer a situação.

§ 2º - Os policiais-militares julgados incapazes por um dos motivos constantes do item V deste artigo, somente
poderão ser reformados após a homologação, por junta superior de saúde, da inspeção de saúde, que concluiu pela
incapacidade definitiva, obedecida a regulamentação específica ou peculiar.

Art 97 - O policial-militar da ativa julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes dos itens I,
II, III e V do artigo anterior será reformado com qualquer tempo de serviço.

Art 98 - O policial-militar da ativa julgado incapaz, definitivamente por um dos motivos constantes dos itens I
e II do art. 96 será reformado com remuneração calculada com base no soldo correspondente ao grau hierárquico
imediato ao que possuir na ativa.

43
§ 1º - Aplica-se o disposto neste artigo aos casos previstos nos itens III, IV e V do art. 96, quando, verificada a
incapacidade definitiva, for o policial-militar considerado inválido, isto é, impossibilitado total e permanentemente
para qualquer trabalho.

§ 2º - Considera-se, para efeito deste artigo, grau hierárquico imediato:

I - o de Primeiro-Tenente PM, para Aspirante-a-Oficial PM e Subtenente PM;

II - o de Segundo-Tenente PM, para Primeiro-Sargento PM, Segundo-Sargento PM e Terceiro-Sargento PM; e

III - o de Terceiro-Sargento PM, para Cabo PM e as demais Praças constantes do Quadro a que se refere o art.
15.

§ 3º - Aos benefícios previstos neste artigo e seus parágrafos poderão ser acrescidos outros relativos á
remuneração, estabelecidos em legislação específica, desde que o policial-militar, ao ser reformado, já satisfaça as
condições por ela exigidos.

§ 4º - O direito do policial-militar previsto no art. 50, item Il, independerá dos benefícios referidos no caput e
no § 1º deste artigo, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 136.

§ 5º - Quando a Praça fizer jus ao direito previsto no item II do art. 50 e, conjuntamente, a um dos benefícios a
que se refere o parágrafo anterior, aplicar-se-á somente o disposto no § 2º deste artigo.

Art 99 - O policial-militar da ativa julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes do item VI
do art. 96, será reformado:

I - com remuneração proporcional ao tempo de serviço, se Oficial ou Praça com estabilidade assegurada; e

II - com remuneração integral do posto ou graduação desde que, com qualquer tempo de serviço, seja
considerado inválido, isto é, impossibilitado total e permanentemente para qualquer trabalho.

Art 100 - O policial-militar reformado, considerado incapaz definitivamente, que for julgado apto em inspeção
de saúde por Junta Superior em grau de recurso ou revisão, poderá retornar ao serviço ativo ou ser transferido para
a reserva remunerada, conforme dispuser a legislação específica ou peculiar.

§ 1º - O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o tempo decorrido na situação de reformado não ultrapassar 2
(dois) anos e na forma do disposto no § 1º do art. 82.

§ 2º - A transferência para a reserva remunerada, observado o limite de idade de permanência nessa reserva,
ocorrerá se o tempo transcorrido na situação de reformado ultrapassar 2 (dois) anos.

Art 101 - O policial-militar reformado por alienação mental, enquanto não ocorrer a designação judicial do
curador, terá remuneração paga aos seus beneficiários desde que estes o tenham sob sua guarda e responsabilidade
e lhe dispensem tratamento humano e condigno.

§ 1º - A interdição judicial do policial-militar, reformado por alienação mental, deverá ser providenciada junto
ao Ministério Público, por iniciativa dos beneficiários, parentes ou responsáveis até 60 (sessenta) dias a contar da
data do ato de reforma.

§ 2º - A interdição judicial do policial-militar e seu internamento em instituição apropriada, deverão ser


providenciados pela Policia Militar, quando:

I - não houver beneficiários, parentes ou responsáveis; e

II - não forem satisfeitas as condições de tratamento exigidas neste artigo.

§ 3º - Os processos e os atos de registros de interdição do policial-militar terão andamento sumário, serão


instruídos com laudo proferido por Junta Policial - Militar de Saúde e isentos de custas.

44
Art 102 - Para fins do previsto na presente Seção, as Praças constantes no Quadro a que se refere o art. 15 são
consideradas:

I - Segundo-Tenente PM, os Aspirantes-a-Oficial PM;

II - Aspirante-a-Oficial PM, Alunos da Escola de Formação de Oficiais PM, qualquer que seja o ano;

III - Terceiro-Sargento PM, Alunos dos Cursos de Formação de Sargentos PM; e

IV - Cabo PM, os Alunos do Curso de Formação de Soldados PM.

SEÇÃO IV

Da Demissão

Art 103 - A demissão da Polícia Militar, aplicada exclusivamente aos Oficiais, se efetua:

I - A pedido; e

III - ex officio .

Art 104 - A demissão a pedido será concedida mediante requerimento do interessado:

I - sem indenização aos cofres públicos, quando contar mais de 5 (cinco) anos de oficialato na Policia Militar,
ressalvado o disposto no § 1º deste artigo; e

II - com indenização das despesas relativas à sua preparação e formação, quando contar menos de 5 (cinco)
anos de oficialato.

§ 1º - A demissão a pedido só será concedida mediante indenização de todas as despesas correspondentes,


acrescidas, se for o caso, das previstas no item II, quando o Oficial tiver realizado qualquer curso ou estágio, no país
ou no exterior, e não tenham decorrido os seguintes prazos:

I - 2 (dois) anos, para cursos ou estágios de duração igual ou superior a 2 (dois) meses e inferior a 6 (seis)
meses;

II - 3 (três) anos, para cursos ou estágios de duração igual ou superior a 6 (seis) meses e igual ou inferior a 18
(dezoito) meses; e

III - 5 (cinco ) anos, para cursos ou estágios de duração superior a 18 (dezoito) meses.

§ 2º - O cálculo das indenizações a que se referem o item II e o § 1º deste artigo será efetuado pela Organização
Policial-Militar encarregada das finanças da Polícia Militar.

§ 3º - O Oficial demissionário, a pedido, não terá direito a qualquer remuneração, sendo a sua situação militar
definida pela Lei do Serviço Militar.

§ 4º - O direito à demissão a pedido pode ser suspenso na vigência do estado de guerra, calamidade pública,
perturbação da ordem interna, estado de sítio, estado de emergência, em caso de mobilização, ou, ainda, quando a
legislação específica determinar.

Art 105 - O Oficial da ativa que passar a exercer cargo ou emprego público permanente estranho a sua
carreira, cuja função não seja de magistério, será demitido ex officio, sem direito a qualquer remuneração ou
indenização, sendo-a sua situação militar definida pela Lei do Serviço Militar.

SEÇÃO V

Da Perda do Posto e da Patente

45
Art 106 - O Oficial policial-militar perderá o posto e a patente se for declarado indigno do oficialato, ou com
ele incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, em ocorrência de julgamento a que foi
submetido.

Parágrafo único - O Oficial policial-militar declarado indigno do oficialato ou com ele incompatível,
condenado à perda de posto e patente, só poderá readquirir a situação policial-militar anterior através de outra
sentença do Tribunal mencionado e nas condições nela estabelecidas.

Art 107 - O Oficial policial-militar que houver perdido o posto e a patente será demitido ex officio , sem
direito a qualquer remuneração ou indenização e terá sua situação militar definida pela Lei do Serviço Militar.

Art 108 - Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato ou de incompatibilidade com o mesmo, o
Oficial que:

I - for condenado, por Tribunal Civil ou Militar, a pena restritiva de liberdade individual superior a 2 (dois)
anos, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado;

II - for condenado, por sentença transitada em julgado, por crimes para os quais o Código Penal Militar
comina essas penas acessórias e por crimes previstos na legislação concernente a segurança do Estado.

III - incidir nos casos previstos em leis específicas que motivam julgamento por Conselho de Justificação e
neste for considerado culpado; e

IV - houver perdido a nacionalidade brasileira.

SEÇÃO VI

Do Licenciamento

Art 109 - O licenciamento do serviço ativo, aplicado somente às Praças, se efetua:

I - a pedido; e

II - ex officio .

1º - O licenciamento a pedido poderá ser concedido às Praças de acordo com as normas baixadas pelo
Comadante-Geral.

§ 2º - O licenciamento ex officio será aplicado às Praças:

I - por conveniência do serviço;

II - a bem da disciplina; e

III - por conclusão de tempo de serviço.

§ 3º - O policial-militar licenciado não tem direito a qualquer remuneração e terá a sua situação militar
definida pela Lei do Serviço Militar.

§ 4º - o licenciado ex officio a bem da disciplina receberá o certificado de isenção do serviço militar, previsto
na Lei do Serviço Militar.

Art 110 - O Aspirante-a-Oficial PM e as demais Praças que passarem a exercer cargo ou emprego público
permanente, estranho á sua carreira e cuja função não seja de magistério, serão imediatamente licenciados ex
officio , sem remuneração, e terão a sua situação definida pela Lei do Serviço Militar.

Art 111 - O direito ao licenciamento a pedido poderá ser suspenso na vigência do estado de guerra,
calamidade pública, perturbação da ordem interna, estado de sítio, estado de emergência, em caso de mobilização
ou, ainda, quando a legislação específica regular.

46
SEÇÃO VII

Da Exclusão das Praças a Bem da Disciplina

Art 112 - A exclusão a bem da disciplina será aplicada ex officio ao Aspirante-a-Oficial PM ou às Praças com
estabilidade assegurada:

I - sobre os quais houver pronunciado tal sentença o Conselho Permanente de Justiça, por haverem sido
condenados em sentença transitada em julgado por aquele Conselho ou Tribunal Civil, à pena restritiva da
liberdade superior a 2 (dois) anos ou nos crimes previstos na legislação concernente à segurança do Estado à pena
de qualquer duração;

II - sobre os quais houver pronunciado tal sentença o Conselho Permanente da Justiça, por haverem perdido a
nacionalidade brasileira; e

Ill - que incidirem nos casos que motivarem o julgamento pelo Conselho de Disciplina, previsto no artigo 49 e
neste forem considerados culpados.

Parágrafo único - O Aspirante-a-Oficial PM ou a Praça com estabilidade assegurada que houver sido excluído
a bem da disciplina só poderá readquirir a situação policial-militar anterior:

I - por outra sentença do Conselho Permanente de Justiça e nas condições nela estabelecidas se a exclusão for
conseqüência de sentença daquele Conselho; e

II - por decisão do Comandante-Geral da Policia Militar, se a exclusão for conseqüência de ter sido julgado
culpado em Conselho de Disciplina.

Art 113 - É da competência do Comando-Geral o ato de exclusão a bem da disciplina do Aspirante-a-Oficial


PM, bem como das Praças com estabilidade assegurada.

Art 114 - A exclusão da Praça a bem da disciplina acarreta a perda do seu grau hierárquico e não a isenta da
indenização dos prejuízos causados à Fazenda do Distrito Federal ou a terceiros, nem das pensões decorrentes de
sentença judicial.

Parágrafo único - A Praça excluída a bem da disciplina não terá direito a qualquer indenização ou
remuneração e a sua situação militar será definida pela Lei do Serviço Militar.

SEÇÃO VIII

Da Deserção

Art 115 - A deserção do policial-militar acarreta uma interrupção do serviço policial-militar, com a
conseqüente demissão ex officio , para o Oficial, ou exclusão do serviço ativo para o Aspirante-a-Oficial PM ou
Praça.

§ 1º - A demissão do Oficial ou a exclusão do Aspirante-a-Oficial PM ou da Praça com estabilidade assegurada


processar-se-á após 1 (um) ano de agregação, se não houver captura ou apresentação voluntária antes desse prazo.

§ 2º - A Praça sem estabilidade assegurada será automaticamente excluída, após oficialmente declarada
desertora.

§ 3º - O policial-militar desertor que foi capturado ou que se apresentar voluntariamente, depois de ter sido
demitido ou excluído será reincluído no serviço ativo e a seguir agregado para se ver processar.

§ 4º - A reinclusão em definitivo do policial-militar de que trata o parágrafo anterior, dependerá de sentença


do conselho de Justiça.

SEÇÃO IX

47
Do Falecimento, do Extravio e do Reaparecimento

Art 116 - O falecimento do policial-militar na ativa acarreta, automaticamente, a exclusão do serviço ativo e
desligamento da Organização Policial-Militar a que está vinculado, na data da ocorrência do óbito.

Art 117 - O extravio do policial-militar na ativa acarreta interrupção do serviço policial-militar, com o
conseqüente afastamento temporário do serviço ativo, a partir da data em que o mesmo foi oficialmente
considerado extraviado.

§ 1º - A exclusão do serviço ativo será feita 6 (seis) meses após a agregação por motivo de extravio.

§ 2º - Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, calamidade pública ou outros acidentes oficialmente
reconhecidos, o extravio ou o desaparecimento de policial-militar da ativa será considerado como falecimento, para
fins deste Estatuto, tão logo sejam esgotados os prazos máximos de possível sobrevivência ou quando se dêem
encerradas as providências de salvamento.

Art 118 - O reaparecimento do policial-militar extraviado ou desaparecido, já excluído do serviço ativo,


resulta em sua reinclusão e nova agregação enquanto se apuram as causas que deram origem ao seu afastamento.

Parágrafo único - O policial-militar reaparecido será submetido a Conselho de Justificação ou a Conselho de


disciplina, por decisão do Governador do Distrito Federal ou do Comandante-Geral, respectivamente, se assim for
julgado necessário.

CAPÍTULO III

Do Tempo de Serviço

Art 119 - Os policiais-militares começam a contar tempo de serviço na Policia Militar a partir da data de sua
inclusão, matricula em órgão de formação de policiais-militares ou nomeação para posto ou graduação na Policia
Militar.

§ 1º - Considera-se como data de inclusão, para fins deste artigo, a do ato de inclusão em uma Organização
Polícial-Militar, a de matricula em qualquer órgão de formação de Oficiais ou Praças ou a de apresentação para o
serviço em caso de nomeação.

§ 2º - O policial-militar reincluído recomeça a contar tempo de serviço da data de sua reinclusão.

§ 3º - Quando, por motivo de força maior oficialmente reconhecido, decorrente de incêndio, inundação,
sinistro aéreo e outras calamidades, faltarem dados para contagem de tempo de serviço caberá ao Comandante-
Geral arbitrar o tempo a ser computado para cada caso particular, de acordo com os elementos disponíveis.

§ 4º - Os períodos de tempo de serviço, prestados pelas Praças, serão estabelecidos em normas baixadas
pelo Comandante-Geral.

Art 120 - Na apuração de tempo de serviço do policial-militar será feita a distinção entre:

I - tempo de efetivo serviço; e

II - anos de serviço.

Art 121 - Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo computado dia-a-dia entre a data de inclusão e a data-
limite estabelecida para a contagem ou a data do desligamento em conseqüência da exclusão do serviço ativo,
mesmo que tal espaço de tempo seja parcelado.

§ 1º - Será computado como tempo de efetivo serviço:

I - o tempo de serviço prestado nas Forças Armadas ou em outras Policias Militares; e

48
Il - o tempo passado dia-a-dia, nas Organizações Policiais-Militares, pelo policial-militar da reserva da
Corporação, convocados para o exercício de funções Policiais-Militares.

§ 2º - Não serão deduzidos do tempo de efetivo serviço, além dos afastamentos previstos no artigo.65, os
períodos em que o policial-militar estiver afastado do exercício de suas funções, em gozo de licença especial.

§ 3º - Ao tempo de efetivo serviço, de que tratam este artigo e seus parágrafos, apurado e totalizado em dias,
será aplicado o divisor de 365 (trezentos e sessenta e cinco) para a correspondente obtenção dos anos de efetivo
serviço.

Art 122 - "Anos de Serviço" é a expressão que designa o tempo de efetivo serviço a que se referem o artigo 121
e seus parágrafos, com os seguintes acréscimos:

I - tempo de serviço público federal, estadual ou municipal, prestado pelo policial-militar, anteriormente à sua
inclusão, matrícula, nomeação ou reinclusão na Polícia Militar;

II - tempo de serviço de atividade privada na forma da Lei nº 6.226, de 14 de julho de 1975, alterada pela Lei nº
6.864, de 1º de dezembro de 1980;

III - 1 (um) ano para cada 5 (cinco) anos de tempo de efetivo serviço prestado pelo Oficial do Quadra de Saúde
que possuir curso universitário, até que este acréscimo complete o total de anos de duração normal correspondente
ao referido curso, sem superposição a qualquer tempo de serviço policial-militar ou público, eventualmente
prestado durante a realização deste mesmo curso;

IV - tempo relativo a cada licença especial não gozada, contado em dobro; e

V - tempo relativo a férias não gozadas, contado em dobro.

§ 1º - o acréscimo a que se refere o item I deste artigo só será computado no momento da passagem do
policial-militar situação de inatividade e para esse fim.

§ 2º - Os acréscimos a que se referem os itens Il, III, IV e V deste artigo serão computados somente no
momento da passagem do policial-militar à situação de inatividade e, nessa situação, para todos os efeitos legais,
inclusive quanto à percepção definitiva da gratificação de tempo de serviço.

§ 3º - O disposto no item III, deste artigo aplicar-se-á nas mesmas condições e na forma da legislação específica
ou peculiar, aos possuidores de curso universitário, reconhecido oficialmente, que venham a ser aproveitados como
Oficiais da Polícia Militar, desde que esse curso seja requisito para seu aproveitamento.

§ 4º - Não é computável, para efeito algum, o tempo:

I - que ultrapassar de 1 (um) ano, contínuo ou não, em licença para tratamento de saúde de pessoa da família;

II - passado em licença para tratar de interesse particular;

III - passado como desertor;

IV - decorrido em cumprimento de pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função por
sentença transitada em julgado; e

V - decorrido em cumprimento de pena restritiva da liberdade, por sentença transitada em julgado, desde que
não tenha sido concedida suspensão condicional da pena, quando, então, o tempo que exceder ao período da
pena será computado para todos os efeitos, caso as condições estipuladas na sentença não o impeçam.

Art 123 - O tempo que o policial-militar passou ou vier a passar afastado do exercício de suas funções, em
conseqüência de ferimentos recebidos em acidentes quando em serviço na manutenção da ordem pública e em
operações policiais-militares ou de moléstia adquirida no exercício de qualquer função policial-militar, será
computado como se ele o tivesse passado no exercício efetivo daquelas funções.

49
Art 124 - O tempo de serviço em campanha para o policial-militar é o período em que o mesmo estiver em
operações de guerra.

Parágrafo único - A participação do policial-militar em atividades dependentes ou decorrentes das operações


de guerra será regulada em legislação específica.

Art 125 - O tempo de serviço dos policiais-militares beneficiados por anistia será contado como estabelecer o
ato legal que o conceder.

Art. 126. Uma vez computado o tempo de efetivo serviço e seus acréscimos, previstos nos artigos 121 e 122
desta lei, e no momento da passagem do policial-militar à situação de inatividade, pelos itens I, II, IV, V, XI e XII do
artigo 92 e nos itens II e III do artigo 94 desta lei, a fração de tempo igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias
será considerada como 1 (um) ano para os efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 7.475, de 1986)

Art 127 - O tempo de serviço prestado ao antigo Departamento Federal da Segurança Pública (DFSP), pelos
Oficiais e Praças da Polícia Militar, aproveitados nos termos do art. 4º, e seu parágrafo, do Decreto-lei nº 9, de 25 de
junho de 1966, é computado como tempo de efetivo serviço para fins do artigo 121 deste Estatuto.

Art 128 - A data-limite estabelecida para final de contagem dos anos de serviço, para inatividade, será a do
desligamento em conseqüência da exclusão do serviço ativo.

Parágrafo único - A data-limite não poderá exceder de 45 (quarenta e cinco) dias, dos quais o máximo de 15
(quinze) no órgão encarregado de efetivar a transferência, da data da publicação do ato de transferência para a
reserva remunerada da Polícia Militar ou reforma, no órgão oficial do Governo do Distrito Federal ou em Boletim
da Organização Policial-Militar considerada sempre a primeira publicação oficial.

Art 129 - Na contagem dos anos de serviço não poderá ser computada qualquer superposição do tempo de
serviço público federal, estadual ou municipal e da administração indireta entre si, nem com os acréscimos de
tempo para os possuidores de curso universitário, e nem com o tempo de serviço computável após a inclusão em
Organização Policial-Militar, matrícula em órgão de formação policial-militar ou nomeação para posto ou
graduação na Polícia Militar.

CAPÍTULO IV

Do Casamento

Art 130 O policial-militar da ativa pode contrair matrimônio, desde que observada a legislação civil específica.

§ 1º - É vedado o casamento as Praças Especiais, com qualquer idade, enquanto estiverem sujeitas aos
regulamentos dos Órgãos de Formação de Oficiais.

§ 2º - O casamento de policiais-militares com estrangeiros somente poderá ser realizado após autorização do
Comando-Geral.

§ 3º - Excetuadas as situações previstas nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, todo policial-militar deve participar
com antecedência, ao Comandante de sua Organização Policial-Militar, o evento a ser realizado.

Art 131 - As Praças Especiais que contraírem matrimônio em desacordo com o § 1º do artigo anterior serão
excluídas sem direito a qualquer remuneração ou indenização.

CAPÍTULO V

Das Recompensas e das Dispensas do Serviço

Art 132 - As recompensas constituem reconhecimentos dos bons serviços prestados pelos policiais-militares.

§ 1º - São recompensas policiais-militares:

I - prêmios de Honra ao Mérito;

50
Il - condecorações;

III - elogios; e

IV - dispensa do serviço.

§ 2º - As recompensas serão concedidas de acordo com as normas estabelecidas na legislação em vigor.

Art 133 - As dispensas do serviço são autorizações concedidas aos policiais-militares para afastamento total do
serviço, em caráter temporário.

Art 134 - As dispensas de serviço podem ser concedidas aos policiais-militares:

I - como recompensa;

II - para desconto em férias; e

III - em decorrência de prescrição médica.

Parágrafo único - As dispensas do serviço serão concedidas com a remuneração integral e computadas como
tempo de efetivo serviço.

TÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art 135 - A assistência religiosa aos policiais-militares é regulada em legislação específica ou peculiar.

Art 136 - O policial-militar beneficiado por uma ou mais das Leis nºs 288, de 8 de junho de 1948; 616, de 2 de
fevereiro de 1949; 1.156, de 12 de julho de 1950; 1.267, de 9 de dezembro de 1950, em virtude do disposto no art. 62
desta Lei, não mais usufruirá das promoções previstas naquelas Leis, ficando assegurada, por ocasião da
transferência para a reserva remunerada da Polícia Militar ou reforma, a remuneração de inatividade relativa ao
posto ou graduação a que seria promovido em decorrência da aplicação das referidas Leis.

Parágrafo único - A remuneração de inatividade assegurada neste artigo não poderá exceder, em nenhum
caso, à que caberia ao policial-militar, se fosse ele promovido até 2 (dois) graus hierárquicos acima daquele que
tiver por ocasião do processamento de sua transferência para a reserva remunerada ou reformado, incluindo-se
nesta limitação a aplicação do disposto no § 1º do art. 50 e no § 1º do art.98.

Art 137 - Ao policial-militar já na situação de inatividade remunerada, que venha a ser julgado inválido,
impossibilitado total e permanentemente para qualquer trabalho, ainda que sem relação de causa e efeito com o
exercício de suas funções enquanto esteve na ativa, aplica-se o disposto no art. 106 e seus parágrafos da Lei nº 5.619,
de 03 de novembro de 1970.

Art 138 - O policial-militar que em inspeção de saúde for julgado incapaz para o serviço policial-militar e vier
a falecer antes da efetivação de sua reforma, será considerado reformado, para todos os efeitos legais a contar da
data do óbito.

Art 139 - Ao Policial-militar, do sexo feminino, integrante dos Quadros Orgânicos da Polícia Militar, aplicar-
se-ão, na íntegra, os dispositivos deste Estatuto, resguardados os direitos, específicos da mulher, regulados por
legislação específica ou peculiar.

Art 140 - É vedado o uso, por parte de Organização Civil, de designações que possam sugerir sua vinculação à
Polícia Militar.

Parágrafo único - Excetuam-se das prescrições deste artigo as associações, clubes, círculos e outras entidades
que congreguem membros da Polícia Militar e que se destinem, exclusivamente a promover intercâmbio social e
assistencial entre os policiais-militares e seus familiares e entre esses e a sociedade civil e local.

51
Art 141 - Enquanto não entrar em vigor a Lei de Pensão Policial-Militar, considerar-se-ão vigentes os arts. 70 a
72 da Lei nº 6.023, de 3 de janeiro de 1974.

Art 142 - Após a vigência do presente Estatuto serão a ele ajustados todos os dispositivos legais e
regulamentares que com ele tenham pertinência.

Art 143 - As disposições deste Estatuto não retroagem para alcançar situações constituídas anteriormente à
data de sua vigência.

144 - O presente Estatuto entra em vigor na data de sua publicação.

Art 145 - Ressalvado o disposto no art. 141 desta Lei, ficam revogadas a Lei nº 6.023,de 3.1.74, o artigo 2º da
Lei nº 6.547, de 4.7.78,e demais disposições em contrário.

Brasília, em 18 de dezembro de 1984; 163º da Independência e 96º da República.

52
TÓPICO 4

LEI Nº 12.086, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2009.

Dispõe sobre os militares da Polícia Militar do Distrito


Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
Federal; altera as Leis nos6.450, de 14 de outubro de
1977, 7.289, de 18 de dezembro de 1984, 7.479, de 2 de
junho de 1986, 8.255, de 20 de novembro de 1991, e
10.486, de 4 de julho de 2002; revoga as Leis n os 6.302, de
15 de dezembro de 1975, 6.645, de 14 de maio de 1979,
Mensagem de veto. 7.491, de 13 de junho de 1986, 7.687, de 13 de dezembro
de 1988, 7.851, de 23 de outubro de 1989, 8.204, de 8 de
julho de 1991, 8.258, de 6 de dezembro de 1991, 9.054, de
29 de maio de 1995, e 9.237, de 22 de dezembro de 1995;
revoga dispositivos das Leis nos7.457, de 9 de abril de
1986, 9.713, de 25 de novembro de 1998, e 11.134, de 15
de julho de 2005; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:

Art. 1o Esta Lei estabelece os critérios e as condições que asseguram aos policiais militares da ativa da Polícia
Militar do Distrito Federal e aos Bombeiros Militares da ativa do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e o
acesso à hierarquia das Corporações, mediante promoções, de forma seletiva, gradual e sucessiva, com base nos
efetivos fixados para os Quadros que os integram.

TÍTULO I

DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 2o O efetivo da Polícia Militar do Distrito Federal é de 18.673 (dezoito mil e seiscentos e setenta e três)
policiais militares distribuídos em Quadros, conforme disposto no Anexo I.

Parágrafo único. Não serão considerados no limite do efetivo fixado no caput:

I - os policiais militares da reserva remunerada designados para o serviço ativo;

II - os policiais militares da reserva remunerada e os reformados, sujeitos à prestação de serviço por tempo
certo, em caráter transitório e mediante aceitação voluntária;

III - os Aspirantes-a-Oficial PM;

IV - os alunos dos cursos de ingresso na Carreira policial militar; e

V - os policiais militares agregados e excedentes.

Art. 3o A distribuição do pessoal ativo da Polícia Militar do Distrito Federal no Quadro de Organização da
Corporação, respeitados os quantitativos estabelecidos nesta Lei, será feita em ato do Comandante-Geral.

Art. 4o As atividades desenvolvidas pelos integrantes dos Quadros da Polícia Militar do Distrito Federal
serão especificadas em ato do Governador do Distrito Federal.

CAPÍTULO II

53
DAS PROMOÇÕES

Art. 5o Promoção é ato administrativo e tem como finalidade básica a ascensão seletiva aos postos e
graduações superiores, com base nos interstícios de cada grau hierárquico, conforme disposto no Anexo I.

§ 1o Interstício é o tempo mínimo que cada policial militar deverá cumprir no posto ou graduação.

§ 2o Cumpridas as demais exigências estabelecidas para a promoção, o interstício poderá ser reduzido em até
50% (cinquenta por cento), sempre que houver vagas não preenchidas por esta condição.

§ 3o A redução de interstício prevista no § 2o será efetivada mediante ato:

I - do Governador do Distrito Federal, por proposta do Comandante-Geral, para as promoções de Oficiais; e

II - do Comandante-Geral, por proposta do titular do órgão de gestão de pessoal, para as promoções de


Praças.

Art. 6o No âmbito da Polícia Militar do Distrito Federal, as promoções ocorrem pelos seguintes critérios:

I - antiguidade;

II - merecimento;

III - ato de bravura; e

IV - post mortem.

Art. 7o Promoção por antiguidade é aquela que se baseia na precedência hierárquica de um policial militar
sobre os demais de igual grau hierárquico, dentro do mesmo Quadro, Especialidade, Qualificação ou Grupamento.

Art. 8o Promoção por merecimento é aquela que se baseia:

I - na ordem de classificação obtida ao final dos cursos iniciais de cada Quadro; e

II - no conjunto de atributos e qualidades que distingue e realça o valor do Oficial entre seus pares, avaliado
no decurso da Carreira e no desempenho de cargos, funções, missões e comissões exercidas, em particular no posto
que ocupe ao ser cogitado para a promoção.

Art. 9o A promoção por ato de bravura é aquela que resulta de ato não comum de coragem e audácia, que,
ultrapassando os limites normais do cumprimento do dever, representa feito heróico indispensável ou relevante às
operações policiais militares ou à sociedade, pelos resultados alcançados ou pelo exemplo positivo deles emanado.

§ 1o A promoção de que trata este artigo, decretada por intermédio de ato específico do Governador do
Distrito Federal, dispensa as exigências para a promoção por outros critérios estabelecidos nesta Lei.

§ 2o Os atos de bravura que poderão ensejar a promoção de que trata o caput serão analisados pelas
competentes comissões de promoção, com base em processo administrativo autuado para este fim.

§ 3o A solicitação de promoção por ato de bravura poderá ser feita pelo interessado, no prazo de até 120
(cento e vinte) dias da data do fato.

§ 4o Será proporcionado ao policial militar promovido por ato de bravura a oportunidade de satisfazer as
condições exigidas para o acesso obtido.

§ 5o No caso de não cumprimento das condições de que trata o § 4 o, será facultado ao policial militar
continuar no serviço ativo, no grau hierárquico que atingiu, até a transferência para a inatividade com os benefícios
que a lei lhe assegurar.

54
Art. 10. Promoção post mortem é aquela que visa a expressar o reconhecimento ao policial militar morto no
cumprimento do dever ou em consequência disto, ou a reconhecer direito que lhe cabia, não efetivado por motivo
de óbito.

§ 1o A promoção de que trata o caput será realizada quando o policial militar falecer em uma das seguintes
situações:

I - em ação de manutenção e preservação da ordem pública, ou em ato ou consequência de atividade militar;

II - em consequência de ferimento, doença, moléstia ou enfermidade contraída em ação de manutenção e


preservação da ordem pública, ou em ato ou consequência de atividade militar, ou que nela tenham sua causa
eficiente; ou

III - em acidente em serviço ou em consequência de doença, moléstia ou enfermidade que nele tenham sua
causa eficiente.

§ 2o As situações que possam ensejar a promoção de que trata o caput deverão ser devidamente analisadas
pelas competentes comissões de promoção, com base em processo administrativo autuado para este fim.

§ 3o A promoção post mortem será efetivada ao grau hierárquico imediatamente superior do Quadro,
Especialidade, Qualificação ou Grupamento a que pertencia o militar.

Art. 11. O policial militar também será promovido post mortem ao grau hierárquico cujas condições de
acesso satisfazia e pertencia a faixa dos que concorreriam à promoção, nomeação ou declaração, se ao falecer
possuía as condições de acesso e integrava a faixa dos que concorreriam à promoção pelos critérios de antiguidade
ou merecimento.

Art. 12. Os casos de morte por ferimento, doença, moléstia ou enfermidade serão comprovados por
procedimento apuratório adequado para este fim, podendo utilizar como meios subsidiários para esclarecer a
situação documentos oriundos da área de saúde.

Art. 13. A promoção por ato de bravura exclui, em caso de falecimento, a promoção post mortem que
resultaria de suas consequências.

Art. 14. Promoção em ressarcimento de preterição é aquela feita após ser reconhecido ao policial militar
preterido o direito à promoção que lhe caberia, sendo efetivada segundo o critério de antiguidade ou merecimento,
recebendo o militar assim promovido o número que lhe competia na escala hierárquica, como se houvesse sido
promovido na época devida.

Art. 15. Em casos extraordinários, poderá haver promoção por ressarcimento de preterição decorrente do
reconhecimento do direito de promoção que caberia a militar preterido.

Parágrafo único. O policial militar será ressarcido de preterição quando:

I - tiver solução favorável no recurso interposto;

II - cessar sua situação de desaparecido, extraviado ou desertor, desde que tal situação não tenha sido
provocada por culpa ou dolo do militar;

III - for considerado capaz de permanecer nas fileiras da Corporação em decisão final prolatada a partir de
apuração feita por conselho de justificação, conselho de disciplina ou processo administrativo de licenciamento a
que tiver sido submetido;

IV - for absolvido ou impronunciado no processo a que estiver respondendo; ou

V - tiver sido prejudicado por comprovado erro administrativo.

55
Art. 16. As promoções post mortem, por ato de bravura e em ressarcimento de preterição, ocorrerão a
qualquer tempo, com efeitos retroativos à data do fato que motivou ou preteriu a promoção.

Art. 17. O Governador do Distrito Federal editará os atos de nomeação e promoção de Oficiais.

§ 1o Os atos de nomeação para o posto inicial da Carreira e de promoção a este posto ou ao primeiro posto de
Oficial Superior acarretam a expedição de carta patente, pelo Governador do Distrito Federal.

§ 2o As promoções aos demais postos serão apostiladas à carta patente expedida.

Art. 18. Os atos de declaração e promoção de Praças são efetivados em ato do Comandante-Geral da
Corporação.

Art. 19. Nos diferentes quadros, as vagas a serem consideradas para as promoções serão provenientes de:

I - promoção ao grau hierárquico superior imediato;

II - agregação;

III - demissão, licenciamento ou exclusão do serviço ativo;

IV - aumento de efetivos; e

V - falecimento.

Art. 20. As vagas são consideradas abertas:

I - na data da publicação oficial do ato que promove, agrega, passa para a inatividade, demite, licencia ou
exclui do serviço ativo o policial militar, salvo se no próprio ato for estabelecida outra data;

II - na data oficial do óbito; ou

III - como dispuser a lei, no caso de alteração de efetivo.

Parágrafo único. Serão também consideradas vagas abertas as que resultarem das transferências ex
officio para a reserva remunerada, já previstas, até a data da promoção, inclusive, bem como as decorrentes de
quota compulsória.

Art. 21. Feita a apuração de vagas a preencher, este número não sofrerá alteração.

Parágrafo único. Cada vaga aberta em determinado posto ou graduação acarretará vagas nos graus
hierárquicos inferiores, sendo esta sequência interrompida no posto ou graduação em que houver preenchimento
por excedente, ressalvado o caso de vaga aberta em decorrência de aplicação da quota compulsória conforme
disposto no Estatuto dos Policiais Militares, de que trata a Lei no 7.289, de 18 de dezembro de 1984.

Art. 22. O policial militar promovido indevidamente passará à situação de excedente e, nesse caso, contará
antiguidade e receberá o número que lhe competir na escala hierárquica, quando a vaga a ser preenchida
corresponder ao critério pelo qual deveria ser promovido, desde que preencha os requisitos para a promoção.

Art. 23. Não preenche vaga o policial militar que, estando agregado, venha a ser promovido e continue na
mesma situação.

Art. 24. A promoção por merecimento será aplicada exclusivamente para o acesso ao último posto dos
Quadros e Especialidades de Oficiais.

Parágrafo único. Os critérios gerais de avaliação dos Oficiais no decurso da Carreira e no exercício de cargos,
funções, missões e comissões, para atendimento ao disposto no caput, serão estabelecidos pelo Poder Executivo
federal, e os critérios específicos constarão de ato do Governador do Distrito Federal.

56
Art. 25. As promoções aos demais graus hierárquicos dos Quadros de Oficiais e Praças serão realizadas pelo
critério de antiguidade.

Parágrafo único. A antiguidade no grau hierárquico é contada a partir da data do ato de promoção,
nomeação, declaração ou na data especificada no próprio ato.

Art. 26. O policial militar agregado, quando no desempenho de cargo policial militar ou considerado de
natureza ou interesse policial militar ou da segurança pública, concorrerá à promoção por quaisquer dos critérios,
sem prejuízo do número de concorrentes regularmente estipulado.

Parágrafo único. O policial militar agregado por qualquer outro motivo não será promovido pelo critério de
merecimento.

Art. 27. O policial militar não poderá constar em Quadro de Acesso quando:

I - for considerado não habilitado para o acesso, em caráter provisório, mediante decisão fundamentada da
respectiva comissão de promoção, por ser, presumivelmente, incapaz de satisfazer ao critério estabelecido para o
conceito moral da Corporação;

II - não possuir o interstício exigido para seu grau hierárquico;

III - não tiver concluído com aproveitamento o curso ou estágio previsto;

IV - estiver submetido a conselho de justificação, conselho de disciplina ou processo administrativo de


licenciamento;

V - for condenado a pena privativa de liberdade, enquanto durar o seu cumprimento, inclusive no caso de
suspensão condicional, não se computando o tempo acrescido à pena por ocasião de sua suspensão condicional;

VI - for condenado a pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função, durante o prazo
dessa suspensão;

VII - for considerado desaparecido, extraviado ou desertor;

VIII - estiver em gozo de licença para tratamento de saúde de pessoa da família por mais de um ano contínuo;
ou

IX - estiver em gozo de licença para tratar de interesse particular.

Parágrafo único. O policial militar incluído no inciso I será submetido, ex officio, a conselho de justificação,
conselho de disciplina ou processo administrativo de licenciamento, conforme o caso.

Art. 28. Será excluído do Quadro de Acesso o policial militar que incidir em uma das circunstâncias previstas
no art. 27 ou ainda:

I - for incluído indevidamente no referido Quadro;

II - for promovido; ou

III - for excluído do serviço ativo.

Art. 29. As promoções serão efetuadas anualmente, nos dias 22 de abril, 21 de agosto e 26 de dezembro, para
as vagas abertas até o décimo dia útil do mês anterior às datas mencionadas, bem como para as decorrentes destas
promoções.

Parágrafo único. Para a primeira data de promoção após a vigência desta Lei, a data de apuração de vagas a
serem preenchidas será estipulada em conformidade com o calendário estabelecido pelo Comandante-Geral da
Corporação.

CAPÍTULO III

57
DA INCLUSÃO

Art. 30. A inclusão nos postos e graduações iniciais de cada Quadro de Oficiais e Praças da Polícia Militar do
Distrito Federal está condicionada ao atendimento das exigências legais.

Parágrafo único. Aplicam-se a todos os policiais militares, licenciados ou demitidos a pedido, as


indenizações especificadas no art. 104 da Lei no 7.289, de 18 de dezembro de 1984.

Art. 31. A ordem hierárquica de colocação dos Oficiais e Praças nos graus hierárquicos iniciais resulta da
ordem de classificação em curso de formação ou habilitação, para a inclusão nos seguintes Quadros:

I - Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM;

II - Quadro de Oficiais Policiais Militares de Saúde - QOPMS;

III - Quadro de Oficiais Policiais Militares Capelães - QOPMC;

IV - Quadro de Oficiais Policiais Militares Administrativos - QOPMA;

V - Quadro de Oficiais Policiais Militares Especialistas - QOPME;

VI - Quadro de Oficiais Policiais Militares Músicos - QOPMM;

VII - Quadro de Praças Policiais Militares Combatentes - QPPMC; e

VIII - Quadro de Praças Policiais Militares Especialistas - QPPME.

Art. 32. Para inclusão nos QOPMA, QOPME e QOPMM, o policial militar deverá:

I - ser selecionado dentro do somatório das vagas disponíveis no respectivo Quadro ou Especialidade para
matrícula no Curso de Habilitação de Oficiais Administrativos, Especialistas e Músicos (CHOAEM),
sendo: (Redação dada pela Lei nº 13.459, de 2017)

a) 50% (cinquenta por cento) das vagas ocupadas pelo critério de antiguidade; e (Incluída pela
Lei nº 13.459, de 2017)

b) 50% (cinquenta por cento) das vagas ocupadas mediante aprovação em processo seletivo de provas, de
caráter classificatório e eliminatório, destinado a aferir o mérito intelectual dos candidatos; (Incluída
pela Lei nº 13.459, de 2017)

II - possuir diploma de ensino superior expedido por instituição reconhecida pelo Ministério da Educação,
observada a área de atuação;

III - possuir, no mínimo, 18 (dezoito) anos de serviço policial militar, até a data da inscrição do processo
seletivo;

V - possuir o Curso de Aperfeiçoamento de Praças ou equivalente;

VI - pertencer ao QPPMC para o acesso ao QOPMA; e

VII - pertencer ao QPPME para o acesso ao QOPME ou para o QOPMM, correspondentes.

58
§ 1º A titulação ou qualificação necessária para ingresso nos Quadros e Especialidades de que trata
o caput será estabelecida em ato do Governador do Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº 13.459,
de 2017)

§ 2o Na hipótese de o quantitativo da aplicação das proporções estabelecidas no inciso I do caput deste artigo
resultar em número fracionário: (Incluído pela Lei nº 13.459, de 2017)

I - o quantitativo de vagas ocupadas por antiguidade será arredondado por inteiro e para mais; e
(Incluído pela Lei nº 13.459, de 2017)

II - o quantitativo de vagas ocupadas por mérito intelectual será arredondado por inteiro e para
menos. (Incluído pela Lei nº 13.459, de 2017)

§ 3o Para a inclusão referida no caput deste artigo, não será exigido o Curso de Aperfeiçoamento de Praças
ao policial militar que possua os demais pré-requisitos, desde que a corporação não tenha ofertado o referido
curso. (Incluído pela Lei nº 13.459, de 2017)

Art. 33. A Praça a que se refere o art. 32 frequentará o Curso de Habilitação de Oficiais na graduação em que
se encontra ou na que venha a ser promovida no decorrer do curso.

Parágrafo único. Se o candidato não concluir com aproveitamento o curso de que trata o caput, permanecerá
na graduação e voltará a ocupar a mesma posição anterior na escala hierárquica.

Art. 34. Para a confirmação na graduação de Soldado, mediante promoção à graduação de Soldado PM
1a Classe, independentemente de vagas na graduação, o Soldado PM 2 a Classe deverá concluir com aproveitamento
o Curso de Formação de Praças e ser aprovado em estágio probatório.

Parágrafo único. As normas reguladoras de habilitação, acesso e situação das Praças especialistas serão
estabelecidas pelo Comandante-Geral da Corporação.

Art. 35. Para inclusão no posto de Segundo-Tenente do QOPM, o policial militar deverá concluir com
aproveitamento o Curso de Formação de Oficiais, ser declarado Aspirante-a-Oficial e ser aprovado no estágio
probatório.

Parágrafo único. O Aspirante-a-Oficial será promovido ao posto de Segundo-Tenente após o cumprimento


dos requisitos na graduação, na primeira data de promoção, independentemente da existência de vagas.

Art. 36. Para ingresso nos QOPMS e QOPMC no posto de Segundo-Tenente, o policial militar deverá concluir
com aproveitamento o Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde e Capelães. (Redação dada pela Lei nº
13.459, de 2017)

Parágrafo único. Para todos os efeitos legais, o Estágio de Adaptação de Oficiais - EAO, efetivado para o
QOPMS e para o QOPMC, equivale ao Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde e Capelães.

Art. 37. O candidato a que se refere o art. 36 frequentará o curso inicial de Carreira como aluno, na condição
de Aspirante-a-Oficial.

59
Parágrafo único. Se o candidato não concluir, com aproveitamento, o curso inicial de Carreira, será licenciado
ou demitido ex officio, conforme o caso, sem direito a qualquer remuneração ou indenização, e terá a sua situação
definida pela Lei no 4.375, de 17 de agosto de 1964 - Lei do Serviço Militar.

Art. 37-A. Concluído com aproveitamento o Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde e Capelães, o
Aspirante-a-Oficial será promovido ao posto de Segundo-Tenente após o cumprimento dos requisitos da
graduação, na primeira data de promoção, observando-se o interstício mínimo de seis meses, independentemente
da existência de vagas. (Incluído pela Lei nº 13.459, de 2017)

CAPÍTULO IV

DAS CONDIÇÕES PARA INGRESSO NO QUADRO DE ACESSO

Art. 38. Para o ingresso no Quadro de Acesso é necessário que o policial militar satisfaça as seguintes
condições de acesso:

I - possuir os cursos exigidos em leis ou regulamentos, concluídos com aproveitamento;

II - cumprir o interstício referente ao grau hierárquico;

III - não ser considerado incapaz definitivamente para o serviço ativo da Polícia Militar do Distrito Federal,
em inspeção de saúde realizada na Corporação;

IV - atender às condições peculiares a cada posto ou graduação dos diferentes Quadros;

V - alcançar o critério estabelecido como necessário para o conceito profissional no âmbito da Corporação; e

VI - atender aos critérios estabelecidos para o conceito moral da Corporação.

§ 1o Enquadram-se no inciso I os seguintes Cursos, conforme o caso:

I - Curso de Formação de Oficiais, para acesso aos postos de Segundo-Tenente, Primeiro-Tenente e Capitão
pertencentes ao QOPM;

II - Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde e Capelães, para acesso aos postos de Segundo-Tenente,
Primeiro-Tenente e Capitão pertencentes ao QOPMS e ao QOPMC;

III - Curso de Habilitação de Oficiais Administrativos, Especialistas e Músicos, para acesso aos postos de
Segundo-Tenente, Primeiro-Tenente e Capitão pertencentes ao QOPMA, ao QOPME e ao QOPMM;

IV - Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, para acesso aos postos de Major e Tenente-Coronel pertencentes
ao QOPM, ao QOPMS e ao QOPMC;

V - Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais Administrativos, Especialistas e Músicos, para acesso ao posto de


Major pertencentes ao QOPMA, ao QOPME e ao QOPMM;

VI - Curso de Altos Estudos para Oficiais, para acesso ao posto de Coronel pertencentes ao QOPM e ao
QOPMS;

VII - Curso de Formação de Praças, para acesso às graduações de Soldado, Cabo e Terceiro-Sargento;

VIII - Curso de Aperfeiçoamento de Praças, para acesso às graduações de Segundo-Sargento e Primeiro-


Sargento;

IX - Curso de Altos Estudos para Praças, para acesso à graduação de Subtenente; e

60
X - Curso de Especialização ou Habilitação, a cada período de 5 (cinco) anos, realizado de acordo com as
condições estabelecidas pela Corporação, se oficial subalterno do Quadro de Oficiais Combatentes, Cabo ou
Soldado.

§ 2o Ato do Governador do Distrito Federal estabelecerá critérios objetivos para a avaliação dos conceitos
profissional e moral.

§ 3o Na impossibilidade de o policial militar realizar o teste de aptidão física por motivo de força maior ou
caso fortuito, será considerado o resultado alcançado no teste imediatamente anterior.

§ 4o A inspeção de saúde a que se refere o inciso III do caput será realizada pela junta médica da Corporação.

§ 5o Em casos excepcionais, inspeções de saúde realizadas fora das unidades da Polícia Militar do Distrito
Federal poderão ser convalidadas pela junta médica da Corporação.

Art. 39. Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal promover a incorporação dos
candidatos aprovados nos concursos públicos para os diversos quadros ou qualificações existentes na Corporação.

CAPÍTULO V

DO QUADRO DE ACESSO

Art. 40. Serão estipulados limites quantitativos de antiguidade que definirão a faixa dos policiais militares
que concorrerão às promoções ao grau hierárquico superior.

§ 1o Os limites quantitativos de antiguidade são os seguintes:

I – 1/4 (um quarto) do previsto em cada grau hierárquico dos quadros constantes do Anexo I; e

II - nos graus hierárquicos dos quadros em que o quantitativo previsto for até 10 (dez), concorrerá a sua
totalidade, em caráter excepcional.

§ 2o Sempre que, nas divisões previstas no inciso I do § 1 o, resultar quociente fracionário, será ele tomado por
inteiro e para mais.

Art. 41. Quadros de Acesso são as relações de Oficiais e Praças organizadas por postos e graduações para as
promoções por antiguidade, no Quadro de Acesso por Antiguidade, e por merecimento, no Quadro de Acesso por
Merecimento.

§ 1o O Quadro de Acesso por Antiguidade é a relação dos Oficiais e Praças incluídos nos limites
quantitativos de antiguidade habilitados ao acesso, dentro dos respectivos quadros, colocados em ordem
decrescente de antiguidade na escala hierárquica.

§ 2o O Quadro de Acesso por Merecimento é a relação dos Oficiais incluídos nos limites quantitativos de
antiguidade habilitados ao acesso, dentro dos respectivos quadros, resultante da apreciação dos méritos exigidos
para a promoção.

§ 3o Somente será organizado Quadro de Acesso por Merecimento para as promoções ao último posto dos
Quadros e Especialidades de Oficiais.

Art. 42. Para ser promovido pelos critérios de antiguidade ou de merecimento, é indispensável que o policial
militar esteja incluído no Quadro de Acesso.

Art. 43. Não poderão constar no Quadro de Acesso por Merecimento os Oficiais que estiverem no exercício
de cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ou que
estiverem à disposição de órgão do governo federal, estadual ou do Distrito Federal, para exercerem função de
natureza civil.

61
Art. 44. São requisitos para o Oficial figurar no Quadro de Acesso por Merecimento, observado o disposto
nos arts. 27, 38 e 43:

I - eficiência revelada no desempenho de cargos e comissões;

II - potencialidade para o desempenho de cargos mais elevados;

III - capacidade de liderança, iniciativa e presteza de decisões;

IV - resultado dos cursos regulamentares realizados; e

V - realce do Oficial entre seus pares.

§ 1o Os méritos e qualidades constantes deste artigo serão comprovados, expressamente, pelos


Comandantes, Chefes ou Diretores da Organização Policial Militar à qual pertencer o Oficial ou, ainda, pelo
responsável pelo órgão ou repartição onde ele tenha exercido cargo ou comissão.

§ 2o Os parâmetros gerais de aferição de mérito e de qualidade constantes dos incisos I a V serão


estabelecidos pelo Poder Executivo federal, e os específicos mediante ato do Governador do Distrito Federal.

Art. 45. A promoção por merecimento será feita com base no Quadro de Acesso por Merecimento,
obedecendo ao seguinte critério:

I - para a primeira vaga, será selecionado um entre os 3 (três) Oficiais que ocupam as 3 (três) primeiras
classificações no Quadro;

II - para a segunda vaga, será selecionado um Oficial entre a sobra dos concorrentes à primeira vaga e mais os
3 (três) que ocupam as 3 (três) classificações que vêm imediatamente a seguir; e

III - para a terceira vaga, será selecionado um Oficial entre a sobra dos concorrentes à segunda vaga e mais 3
(três) que ocupam as 3 (três) classificações que vêm imediatamente a seguir, e assim por diante.

§ 1o Caso os concorrentes à primeira vaga venham a ser promovidos e permaneçam na condição de


agregados, serão indicados para concorrer a esta vaga os 3 (três) oficiais que ocupam as 3 (três) classificações
imediatamente a seguir, e assim por diante até o seu preenchimento.

§ 2o O Governador do Distrito Federal, nos casos de promoção por merecimento, apreciará livremente o
mérito dos Oficiais contemplados na proposta encaminhada pelo Comandante-Geral e decidirá por quaisquer dos
nomes.

§ 3o O Oficial que constar do Quadro de Acesso por Merecimento em primeiro lugar em 3 (três) datas de
promoção, tendo havido promoção ao último posto nas 2 (duas) datas anteriores, será promovido por ocasião da
apresentação deste terceiro Quadro ao Governador do Distrito Federal na primeira vaga apurada.

CAPÍTULO VI

DAS COMISSÕES DE PROMOÇÃO

Art. 46. Apenas os policiais militares que satisfaçam as condições de acesso e estejam compreendidos nos
limites quantitativos de antiguidade definidos nesta Lei serão considerados pela Comissão de Promoção para
possível inclusão no Quadro de Acesso.

Art. 47. A Comissão de Promoção de Oficiais e a Comissão de Promoção de Praças, de caráter permanente,
são órgãos de processamento das promoções, sendo constituídas por membros natos e efetivos.

§ 1o Compõem a Comissão de Promoção de Oficiais:

62
I - o Comandante-Geral, que a presidirá, o Subcomandante da Corporação, o Corregedor-Geral e o titular do
órgão de direção-geral de pessoal, como membros natos; e

II - 3 (três) coronéis designados pelo Comandante-Geral, pelo prazo de 1 (um) ano, admitindo-se a
recondução, como membros efetivos.

§ 2o Compõem a Comissão de Promoção de Praças:

I - o Subcomandante da Corporação, que a presidirá, o Corregedor Adjunto e o titular do órgão de direção-


geral de pessoal, como membros natos; e

II - 2 (dois) coronéis designados pelo Comandante-Geral, pelo prazo de 1 (um) ano, admitindo-se a
recondução, como membros efetivos.

Art. 48. As regras de funcionamento e as competências das Comissões de Promoção serão estabelecidas pelo
Poder Executivo federal.

CAPÍTULO VII

DOS RECURSOS

Art. 49. O policial militar que se julgar prejudicado, por ocasião de composição de Quadro de Acesso, poderá
interpor recurso ao Presidente da respectiva Comissão de Promoções.

§ 1o Para a apresentação do recurso, o policial militar terá prazo de 15 (quinze) dias corridos contados do dia
da publicação oficial do Quadro de Acesso.

§ 2o O recurso referente à composição do Quadro de Acesso deverá ser solucionado no prazo máximo de 15
(quinze) dias contados a partir da data de seu recebimento.

Art. 50. Os Oficiais e Praças que se julgarem preteridos ou prejudicados com relação a direito de promoção
poderão interpor recurso ao Governador do Distrito Federal ou ao Comandante-Geral, respectivamente, como
última instância na esfera administrativa.

Parágrafo único. Para a apresentação do recurso, o policial militar terá prazo de 15 (quinze) dias corridos, a
contar da data da publicação do ato de promoção no órgão oficial.

CAPÍTULO VIII

DAS REGRAS DE TRANSIÇÃO

Art. 51. A progressão funcional do policial militar do Distrito Federal cessa com a sua transferência para a
inatividade.

Art. 52. Aos Soldados e Cabos que não possuam o Curso de Formação de Praça deverá ser disponibilizado
curso de nivelamento para promoção à graduação de Terceiro-Sargento, que substituirá a exigência constante do
inciso VII do § 1o do art. 38.

Parágrafo único. O prazo para disponibilização do curso de nivelamento será de 2 (dois) anos, período em
que, excepcionalmente, poderão ocorrer promoções às graduações de Cabo e de Terceiro-Sargento sem a
obrigatoriedade da exigência do caput, limitando-se a uma promoção para cada graduado sem o referido curso.

Art. 53. No prazo máximo de 2 (dois) anos, após a publicação desta Lei, poderão ocorrer promoções às
graduações de Segundo-Sargento e de Primeiro-Sargento, sem a obrigatoriedade do Curso de Aperfeiçoamento de
Praças, limitando-se a uma promoção para cada graduado sem o referido curso.

Art. 54. No prazo máximo de 2 (dois) anos, após a publicação desta Lei, poderão ocorrer promoções à
graduação de Subtenente, dos Primeiros-Sargentos que possuam somente o Curso de Aperfeiçoamento de Praças.

63
Art. 55. No prazo máximo de 1 (um) ano, após a publicação desta Lei, os Capitães que não possuam o Curso
de Aperfeiçoamento de Oficiais poderão ser promovidos ao posto de Major, limitando-se a uma promoção para
cada Oficial sem o referido curso.

Art. 56. No prazo máximo de 2 (dois) anos contados da publicação desta Lei, a exigência prevista no inciso X
o
do § 1 do art. 38 poderá ser dispensada para as promoções aos postos de Capitão e de Primeiro-Tenente do QOPM,
e às graduações de Cabo e de Terceiro-Sargento.

Art. 57. As exigências de que tratam os incisos I e II do art. 32 poderão ser sobrestadas, mediante ato do
Governador do Distrito Federal, pelo prazo máximo de 60 (sessenta) meses, contado do início da vigência desta Lei.

Parágrafo único. Os atuais ocupantes do QOPMA poderão ser empregados em atividades operacionais, a
critério do Comandante-Geral da Corporação.

Art. 58. A manutenção do efetivo dos militares da Polícia Militar do Distrito Federal será assegurada
mediante ingresso anual, gradual e sucessivo de militares nos diversos quadros ou qualificações, observada a
existência de recursos orçamentários e financeiros e o quantitativo proposto no Anexo I.

Art. 59. Para efeitos de promoção e de percepção do adicional de Certificação Profissional, o Curso de
Aperfeiçoamento de Sargentos é equivalente ao Curso de Aperfeiçoamento de Praças.

Art. 60. O Curso de Altos Estudos para Praças somente é equivalente ao Curso de Altos Estudos para Oficiais
para fins de pagamento de adicional de Certificação Profissional, conforme disposto no inciso III do art. 3o da Lei
no 10.486, de 4 de julho de 2002.

Art. 61. Os requisitos estabelecidos para os novos cursos instituídos por esta Lei serão de exigência
obrigatória aos que ingressarem na Polícia Militar do Distrito Federal a partir de sua publicação.

Art. 62. O processamento das promoções e seu cronograma serão estabelecidos mediante ato do Governador
do Distrito Federal.

Parágrafo único. Até que sejam editados os atos a que se referem o caput, o parágrafo único do art. 24, o §
2o do art. 38, o § 2o do art. 44 e o art. 48, as promoções dos policiais militares serão feitas com base na legislação
aplicável até o dia imediatamente anterior ao da publicação desta Lei, em relação aos seguintes aspectos:

I - Comissões de Promoção de Oficiais e de Praças e suas respectivas constituições, competências e


atribuições;

II - limites quantitativos de antiguidade, exceto nos casos em que a previsão desta Lei exceder os
quantitativos previstos na legislação anterior;

III - datas de calendário, com exceção da primeira data de promoção que vier a ocorrer após a edição desta
Lei, cujo calendário será fixado em ato do Comandante-Geral;

IV - aptidão física;

V - inspeção de saúde; e

VI - documentação básica.

CAPÍTULO IX

DA ORGANIZAÇÃO

Art. 63. Os arts. 1o, 9o, 11, 14, 16, 17, 19, 31, 32, 33, 40, 41, 48 e 49 da Lei n o 6.450, de 14 de outubro de 1977,
passam a vigorar com a seguinte redação:

64
“Art. 1o A Polícia Militar do Distrito Federal, instituição permanente, fundamentada nos
princípios da hierarquia e disciplina, essencial à segurança pública do Distrito Federal e
ainda força auxiliar e reserva do Exército nos casos de convocação ou mobilização,
organizada e mantida pela União nos termos do inciso XIV do art. 21 e dos §§ 5 o e 6o do art.
144 da Constituição Federal, subordinada ao Governador do Distrito Federal, destina-se à
polícia ostensiva e à preservação da ordem pública no Distrito Federal.” (NR)

“Art. 9o O Comando-Geral da Corporação compreende:

I - o Comandante-Geral;

II - o Subcomandante-Geral;

III - o Estado-Maior, órgão de planejamento estratégico;

IV - os departamentos, órgãos de direção-geral;

V - as diretorias, órgãos de direção setorial;

VI - as comissões; e

.............................................................................................

VIII - as assessorias.

Parágrafo único. Os cargos de comando, direção-geral, direção setorial e assessoramento,


definidos como cargo em comissão, estabelecem a precedência funcional na organização e
os vínculos hierárquicos.” (NR)

“Art. 11. O cargo de Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal será exercido
por coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares, nomeado pelo Governador do
Distrito Federal.” (NR)

“Art. 14. O Estado-Maior da Corporação será composto por até 10 (dez) seções, de acordo
com a natureza dos assuntos afetos à Corporação.

I - (revogado);

II - (revogado);

III - (revogado):

a) (revogado);

b) (revogado);

c) (revogado);

d) (revogado);

e) (revogado);

f) (revogado).” (NR)

65
“Art. 16. O Subcomandante-Geral da Corporação substitui o Comandante-Geral em seus
impedimentos eventuais.” (NR)

“Art. 17. Os cargos de Subcomandante-Geral e de Chefe do Estado-Maior da Corporação


serão exercidos por Oficiais do posto de Coronel PM do Quadro de Oficiais Policiais
Militares, indicados pelo Comandante-Geral e nomeados pelo Governador do Distrito
Federal.

..................................................................................” (NR)

“Seção III

Dos Departamentos

‘Art. 19. Os departamentos, em número máximo de 6 (seis) e organizados sob a forma de


sistema, exercerão suas competências por meio de órgãos de direção setorial que lhes sejam
diretamente subordinados, criados mediante ato do Poder Executivo federal.

I - (revogado);

II - (revogado);

III - (revogado).

Parágrafo único. O número de órgãos de direção setorial não poderá exceder ao limite de 5
(cinco) por departamento.’ (NR)

............................................................................................”

“Art. 31. O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal poderá criar,


mediante aprovação do Governador do Distrito Federal, comandos de policiamento,
sempre que houver necessidade de agrupar unidades de execução, em razão da missão e
objetivando a coordenação dessas unidades.” (NR)

“Art. 32. As unidades de Polícia Militar do Distrito Federal poderão ser de natureza
operacional ou de apoio.

Parágrafo único. (Revogado).” (NR)

“Art. 33. Outros tipos de unidades de Polícia Militar do Distrito Federal poderão ser
criados, de acordo com a legislação específica e segundo as necessidades do Distrito
Federal e evolução da Corporação.” (NR)

“Art. 40. Respeitado o efetivo fixado em lei, cabe ao Governador do Distrito Federal
aprovar, por decreto, os Quadros de Organização - QO, mediante proposta do Comando-
Geral da Corporação.” (NR)

“Art. 41. A organização básica prevista nesta Lei será regulamentada pelo Poder Executivo
federal, mediante proposta do Governador do Distrito Federal.” (NR)

“Art. 48. A organização, funcionamento, transformação, extinção e definição de


competências de órgãos da Polícia Militar do Distrito Federal, de acordo com a organização
básica e os limites de efetivos definidos em lei, ficarão a cargo:

66
I - do Poder Executivo federal, mediante proposta do Governador do Distrito Federal, em
relação aos órgãos da organização básica, que compreende o Comando-Geral e os órgãos
de direção-geral e direção setorial; e

II - do Governador do Distrito Federal, mediante proposta do Comandante-Geral, em


relação aos órgãos de apoio e de execução, não considerados no inciso I.” (NR)

“Art. 49. As atribuições dos dirigentes dos órgãos a que se referem os incisos I e II do art.
48 serão definidas em conformidade com o disposto nesse artigo.” (NR)

Art. 64. Os arts. 11, 92 e 94 da Lei n o 7.289, de 18 de dezembro de 1984, passam a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 11. Para matrícula nos cursos de formação dos estabelecimentos de ensino da Polícia
Militar, além das condições relativas à nacionalidade, idade, aptidão intelectual e
psicológica, altura, sexo, capacidade física, saúde, idoneidade moral, obrigações eleitorais,
aprovação em testes toxicológicos e suas obrigações para com o serviço militar, exige-se
ainda a apresentação, conforme o edital do concurso, de diploma de conclusão de ensino
superior, reconhecido pelos sistemas de ensino federal, estadual ou do Distrito Federal.

§ 1o A idade mínima para a matrícula a que se refere o caput deste artigo é de 18 (dezoito)
anos, sendo a máxima de 35 (trinta e cinco) anos, para o ingresso nos Quadros que exijam
formação superior com titulação específica, e de 30 (trinta) anos nos demais Quadros, não
se aplicando os limites máximos aos policiais militares da ativa da Corporação.

...................................................................................” (NR)

“Art. 92. .......................................................................

I - atingir as seguintes idades-limite:

a) para o Quadro de Oficiais Policiais Militares:

1. 62 (sessenta e dois) anos, para o posto de Coronel;

2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto de Tenente-Coronel;

3. 55 (cinquenta e cinco) anos, para os postos de Major e Capitão; e

4. 51 (cinquenta e um) anos, para os postos de Oficiais Subalternos;

b) para os Quadros de Policiais Militares de Saúde:

1. 63 (sessenta e três) anos, para o posto de Coronel;

2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto de Tenente-Coronel;

3. 57 (cinquenta e sete) anos, para o posto de Major; e

4. 53 (cinquenta e três) anos, para os postos de Capitão e Oficiais Subalternos;

c) para os Quadros de Policiais Militares Capelães:

1. 63 (sessenta e três) anos, para o posto de Tenente-Coronel;

2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto de Major;

67
3. 57 (cinquenta e sete) anos, para o posto de Capitão; e

4. 53 (cinquenta e três) anos, para os postos de Oficiais Subalternos;

d) para os Quadros de Policiais Militares de Administração e de Oficiais Policiais Militares


Especialistas:

1. 61 (sessenta e um) anos, para o posto de Major;

2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto de Capitão;

3. 57 (cinquenta e sete) anos, para o posto de Primeiro-Tenente; e

4. 55 (cinquenta e cinco) anos, para os postos de Segundo-Tenente; e

e) para as Praças Policiais Militares:

1. 59 (cinquenta e nove) anos, para graduação de Subtenente;

2. 58 (cinquenta e oito) anos, para graduação de Primeiro-Sargento;

3. 57 (cinquenta e sete) anos, para graduação de Segundo-Sargento;

4. 56 (cinquenta e seis) anos, para graduação de Terceiro-Sargento; e

5. 54 (cinquenta e quatro) anos, para graduação de Cabos e Soldados.

........................................................…........................” (NR)

“Art. 94. .....................................…………………….........

I - ..........................................................………...............

a) para Oficiais - 65 (sessenta e cinco) anos; e

b) para Praças - 63 (sessenta e três) anos;

....................................................................................” (NR)

TÍTULO II

DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 65. O efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal é fixado em 9.703 (nove mil setecentos e
três) bombeiros militares de Carreira, distribuídos nos quadros, qualificações, postos e graduações, na forma do
Anexo II.

Parágrafo único. Não serão considerados nos limites do efetivo fixado no caput:

I - os bombeiros militares da reserva remunerada designados para o serviço ativo;

II - os bombeiros militares da reserva remunerada e os reformados, sujeitos à prestação de serviço por tempo
certo, em caráter transitório e mediante aceitação voluntária;

68
III - os Aspirantes-a-Oficial BM;

IV - os alunos dos cursos de ingresso na Carreira bombeiro militar; e

V - os bombeiros militares agregados e os que, por força de legislação precedente, permanecerão sem
numeração nos quadros de origem.

Art. 66. Ato do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal disporá sobre a
distribuição do pessoal ativo no Quadro de Organização da Corporação, respeitados os quantitativos estabelecidos
nesta Lei.

Art. 67. As atividades desenvolvidas pelos integrantes dos Quadros do Corpo de Bombeiros Militar do
Distrito Federal serão especificadas em ato do Governador do Distrito Federal.

CAPÍTULO II

DOS CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO

Art. 68. A promoção é ato administrativo com a finalidade básica de ascensão seletiva aos postos e
graduações superiores no âmbito do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.

Art. 69. As promoções ocorrerão pelos critérios de:

I - antiguidade;

II - merecimento;

III - ato de bravura; e

IV - post mortem.

Art. 70. Promoção por antiguidade é aquela que se baseia na precedência hierárquica de um militar sobre os
demais de igual grau hierárquico, dentro do mesmo Quadro.

Art. 71. Promoção por merecimento é aquela que se baseia:

I - na ordem de classificação obtida ao final dos cursos iniciais de cada Quadro;

II - na avaliação do desempenho medida pelas qualidades e atributos que distinguem e realçam o valor do
oficial em relação aos seus pares, nos seguintes postos:

a) de Tenente-Coronel do Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Combatentes - QOBM/Comb,


Complementar - QOBM/Compl e de Saúde - QOBM/S;

b) de Major do Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Capelães - QOBM/Cpl; e

c) de Capitão dos Quadros de Oficiais Bombeiros Militares Intendentes - QOBM/Intd, Condutores e


Operadores de Viaturas - QOBM/Cond, Músicos - QOBM/Mús e de Manutenção - QOBM/Mnt.

§ 1o A ordem de classificação referida no inciso I do caput dar-se-á de forma crescente, a partir do primeiro
colocado, considerando-se a classificação geral entre todas as turmas existentes no respectivo curso.

§ 2o A avaliação do desempenho referida no inciso II do caput será medida segundo o conjunto de


qualidades e atributos que distinguirão o oficial no decurso de sua Carreira, exigida somente ao ser cogitado para
as promoções, da seguinte forma:

I - ao posto de Coronel dos QOBM/Comb, QOBM/Compl e de QOBM/S;

II - ao posto de Tenente-coronel do QOBM/Cpl; e

III - ao posto de Major dos QOBM/Intd, QOBM/Cond, Músicos - QOBM/Mús e de QOBM/Mnt.

69
Art. 72. Promoção por ato de bravura é aquela que resulta de ato não comum de coragem e audácia, ainda
que no cumprimento do dever, que represente feito relevante à operação bombeiro militar e à sociedade, pelos
resultados alcançados ou pelo exemplo positivo dele emanado, podendo ocorrer a qualquer tempo,
independentemente da existência de vaga e com efeitos retroativos à data da ocorrência do aludido ato.

Art. 73. Promoção post mortem é aquela que visa a expressar o reconhecimento ao militar morto no
cumprimento do dever ou em consequência disso, ou a reconhecer direito que lhe cabia, não efetivado por motivo
de óbito, podendo ocorrer a qualquer tempo, independentemente da existência de vaga e com efeitos retroativos à
data da ocorrência do aludido ato.

Parágrafo único. A promoção post mortem não resultará em ocupação de vaga.

Art. 74. Em casos extraordinários, a qualquer tempo e independentemente da existência de vaga, poderá
haver promoção por ressarcimento de preterição, decorrente do reconhecimento do direito de promoção que
caberia a militar preterido.

§ 1o O bombeiro militar será ressarcido de preterição quando:

I - tiver solução favorável no recurso interposto;

II - cessar sua situação de desaparecido, extraviado ou desertor, desde que tal situação não tenha sido
provocada por culpa ou dolo do militar;

III - for considerado capaz de permanecer nas fileiras da Corporação em decisão final prolatada a partir de
apuração feita por conselho de justificação, conselho de disciplina ou processo administrativo de licenciamento a
que tiver sido submetido;

IV - for absolvido ou impronunciado no processo a que estiver respondendo; ou

V - tiver sido prejudicado por comprovado erro administrativo.

§ 2o A promoção, motivada por ressarcimento de preterição, será efetuada com base no critério pleiteado
pelo requerente, desde que reconhecido o seu direito, recebendo o bombeiro militar o número que lhe competia na
escala hierárquica, como se houvesse sido promovido na época devida.

CAPÍTULO III

DO INGRESSO

Art. 75. Para o ingresso no QOBM/Comb, no posto de Segundo-Tenente, o candidato deverá:

I - ser selecionado dentro do número de vagas fixadas no Anexo III;

II - concluir, com aproveitamento, o Curso de Formação de Oficiais Bombeiro Militar;

III - ser declarado Aspirante-a-Oficial; e

IV - ser aprovado no estágio probatório.

Art. 76. Para ingresso no QOBM/Compl, no posto de Segundo-Tenente, o candidato deverá ser selecionado
dentro do número de vagas fixadas no Anexo III e concluir, com aproveitamento, o respectivo Curso de Habilitação
de Oficiais.

Art. 77. Para ingresso no QOBM/S, no posto de Segundo-Tenente, o candidato deverá ser selecionado dentro
do número de vagas fixadas no Anexo III, e concluir, com aproveitamento, o respectivo Curso de Habilitação de
Oficiais.

70
Art. 78. Para ingresso no QOBM/Cpl, no posto de Segundo-Tenente, o candidato deverá ser selecionado
dentro do número de vagas fixadas no Anexo III, e concluir, com aproveitamento, o respectivo Curso de
Habilitação de Oficiais.

Art. 79. Para ingresso nos QOBM/Intd, QOBM/Cond, QOBM/Mús e de QOBM/Mnt, no posto de Segundo-
Tenente, a Praça obedecerá às seguintes regras:
Art. 79. Para ingresso nos QOBM/Intd, QOBM/Cond, QOBM/Mús e QOBM/Mnt no posto de Segundo-
Tenente, a Praça obedecerá às seguintes regras: (Redação dada pela Medida Provisória nº 760, de
2016)

Art. 79. Para ingresso nos QOBM/Intd, QOBM/Cond, QOBM/Mús e QOBM/Mnt no posto de Segundo-
Tenente, a Praça obedecerá às seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 13.459, de 2017)

I - ser selecionada dentro do somatório de vagas disponíveis no respectivo Quadro para matrícula no Curso
Preparatório de Oficiais (CPO), sendo: (Incluído pela Lei nº 13.459, de 2017)

a) 50% (cinquenta por cento) das vagas ocupadas pelo critério de antiguidade; (Incluída pela
Lei nº 13.459, de 2017)

b) 50% (cinquenta por cento) das vagas ocupadas mediante aprovação em processo seletivo de provas, de
caráter classificatório e eliminatório, destinado a aferir o mérito intelectual dos candidatos; e (Incluída
pela Lei nº 13.459, de 2017)

c) na hipótese de o quantitativo da aplicação das proporções estabelecidas nas alíneas a e b deste inciso
resultar em número fracionário:

1. o quantitativo de vagas ocupadas por antiguidade será arredondado por inteiro e para mais; e
(Incluído pela Lei nº 13.459, de 2017)

2. o quantitativo de vagas ocupadas por mérito intelectual será arredondado por inteiro e para
menos. (Incluído pela Lei nº 13.459, de 2017)

II - possuir diploma de curso superior obtido em instituição de ensino superior reconhecida pelos sistemas de
ensino federal, estadual ou do Distrito Federal;

III - ter concluído, com aproveitamento, o Curso de Aperfeiçoamento de Praças ou equivalente;

IV - possuir, no mínimo, 18 (dezoito) anos de tempo de serviço na ativa, até a data de inscrição do processo
seletivo; e

V - concluir, com aproveitamento, o Curso Preparatório de Oficiais.

§ 1o As vagas a que se refere o inciso I do caput serão preenchidas mediante a transposição dos militares
oriundos da:

I - Qualificação Bombeiro Militar Geral Operacional - QBMG-1 para o QOBM/Intd;

71
II - Qualificação Bombeiro Militar Geral de Condutor e Operador de Viaturas - QBMG-2 para o
QOBM/Cond;

III - Qualificação Bombeiro Militar Geral de Manutenção - QBMG-3 para o QOBM/Mnt; ou

IV - Qualificação Bombeiro Militar Geral de Músico - QBMG-4 para o QOBM/Mús.

§ 2o As exigências de que tratam os incisos I, II e IV do caput serão aplicadas após 5 (cinco) anos contados da
data de publicação desta Lei.

§ 3o No período de transição a que se refere o § 2 o, a transposição aos Quadros de que trata o caput será
processada observando-se as disposições desta Lei e o seguinte:

I - 50% (cinquenta por cento) das vagas existentes pelo critério de antiguidade;

II - 50% (cinquenta por cento) das vagas pelo critério de merecimento, observadas as regras de promoção de
que tratam os incisos I a III do § 2o do art. 71;

III - o candidato deverá ser Subtenente ou, quando não houver Subtenente habilitado, deverá ser Primeiro-
Sargento; e

IV - o militar deverá ter concluído, com aproveitamento, o Curso de Habilitação de Oficiais e possuir
certificado emitido por instituição de ensino médio ou equivalente autorizada ou reconhecida pelos sistemas de
ensino federal, estadual ou do Distrito Federal;

§ 4o A contar da data da publicação desta Lei, os Oficiais existentes no QOBM/Adm passam a integrar os
seguintes Quadros:

I - o QOBM/Intd, se militar oriundo da QBMG-1; e

II - o QOBM/Cond, se militar oriundo da QBMG-2.

Art. 80. Para o ingresso no Quadro Geral de Praças, na graduação de Soldado de Primeira Classe, o
candidato deverá concluir com aproveitamento o Curso de Formação de Praças Bombeiros Militares e ser aprovado
em estágio probatório.

Art. 81. Os candidatos a que se referem os arts. 76, 77, 78 e 80, aprovados e selecionados, frequentarão o curso
inicial de Carreira como aluno, na condição de Aspirante-a-Oficial ou de soldado de segunda classe, conforme o
caso.

Parágrafo único. Se o candidato não concluir, com aproveitamento, o curso inicial de Carreira, será licenciado
ou demitido ex officio, conforme o caso, sem direito a qualquer remuneração ou indenização, e terá a sua situação
definida de acordo com a Lei no 4.375, de 17 de agosto de 1964 - Lei do Serviço Militar.

Art. 82. O Aspirante-a-Oficial será promovido ao posto de Segundo-Tenente após o cumprimento dos
requisitos na graduação, na primeira data de promoção que vier a ocorrer, independentemente da existência de
vaga.

Art. 83. A Praça a que se refere o art. 79 frequentará o Curso Preparatório de Oficiais ou o Curso de
Habilitação de Oficiais, conforme o caso, na graduação em que se encontra ou na que venha a ser promovido no
decorrer do curso.

Parágrafo único. Se o candidato não concluir, com aproveitamento, o curso de que trata o caput permanecerá
na graduação e voltará a ocupar a mesma posição anterior na escala hierárquica.

72
Art. 84. A manutenção do efetivo dos militares do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal será
assegurada mediante ingresso anual, gradual e sucessivo de militares nos diversos quadros ou qualificações,
observada a existência de recursos orçamentários e financeiros e o quantitativo proposto no Anexo III.

Parágrafo único. No ano em que o número de exclusões do serviço ativo for igual ou superior a 2 (duas)
vezes a média dos últimos 10 (dez) anos, em qualquer Quadro ou Qualificação, no ano subsequente haverá o
ingresso de 2 (duas) turmas de militares, com intervalo de 6 (seis) meses entre cada ingresso, respeitados os limites
estabelecidos neste artigo.

Art. 85. Compete ao Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal promover a
incorporação dos candidatos aprovados nos concursos públicos para os diversos Quadros ou Qualificações
existentes na Corporação.

CAPÍTULO IV

DAS CONDIÇÕES BÁSICAS

Art. 86. São condições básicas, imprescindíveis, que habilitam o militar de Carreira à promoção ao posto ou
graduação superior:

I - ter concluído, com aproveitamento, os seguintes cursos, conforme o caso:

a) Curso de Formação de Oficiais - CFO/BM, para acesso ao posto de Segundo-Tenente do Quadro de


Oficiais Bombeiros Militares Combatentes;

b) Curso de Formação de Praça BM - CFP/BM, para acesso à graduação de Soldado de 1 a Classe, Cabo e
Terceiro-Sargento;

c) Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais - CAO/BM, para acesso ao posto de Major dos diversos Quadros de
Oficiais Bombeiros Militares;

d) Curso de Aperfeiçoamento de Praça BM - CAP/BM, para o acesso à graduação de Segundo e Primeiro-


Sargento;

e) Curso de Altos Estudos para Oficiais - CAEO/BM, para acesso ao posto de Coronel;

f) Curso de Altos Estudos para Praça BM - CAEP/BM, para acesso à graduação de Subtenente;

g) Curso Preparatório de Oficiais - CPO/BM, específico para acesso ao posto de Segundo-Tenente dos
Quadros de Oficiais Bombeiros Militares de Administração - QOBM/Adm e Especialista - QOBM/Esp; e

h) Curso de Habilitação de Oficiais - CHO/BM - específico para acesso ao posto de Segundo-Tenente dos
QOBM/Compl, de QOBM/S e de QOBM/Cpl;

II - possuir o interstício exigido para o respectivo grau hierárquico, conforme disposto no Anexo IV;

III - obter o aproveitamento mínimo de 70% (setenta por cento) no teste de aptidão física da Corporação;

IV - possuir o tempo de serviço arregimentado previsto no Anexo IV;

V - frequentar, com aproveitamento, a Instrução Geral - IG e a Instrução Específica - IE, a serem cumpridas
dentro do planejamento exclusivo para cada interstício, conforme regulamentação do Comandante-Geral da
Corporação;

VI - não ser considerado incapaz definitivamente para o serviço ativo do Corpo de Bombeiros Militar do
Distrito Federal, em inspeção de saúde realizada na Corporação; e

73
VII - ter concluído, com aproveitamento, um curso de especialização ou habilitação no Corpo de Bombeiros
Militar do Distrito Federal a cada período de 5 (cinco) anos, conforme normas estabelecidas pela Corporação, se
Oficial subalterno do Quadro de Oficiais Combatentes, Cabo ou Soldado.

§ 1o O Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, a que se refere a alínea c do inciso I do caput, poderá ser
desenvolvido em turmas específicas contemplando militares de um ou mais quadros, para adequação da
capacitação com vistas no melhor aproveitamento dos militares nas suas futuras funções.

§ 2o O índice mínimo a que se refere o inciso III do caput é aquele obtido pelo militar no último teste de
aptidão física precedente à data prevista para a promoção.

§ 3o Na impossibilidade de o militar realizar o teste de aptidão física dentro do período previsto no § 2 o, por
motivo de força maior ou caso fortuito, será considerado o resultado alcançado por ele no teste imediatamente
anterior.

§ 4o Interstício é o tempo mínimo que cada militar deverá cumprir no posto ou graduação, conforme
estabelecido no Anexo IV.

§ 5o Cumpridas as demais exigências estabelecidas para a promoção, o interstício poderá ser reduzido em até
50% (cinquenta por cento) sempre que houver vagas não preenchidas por esta condição.

§ 6o A redução de interstício prevista no § 5o será efetivada mediante ato:

I - do Governador do Distrito Federal, por proposta do Comandante-Geral, para as promoções de Oficiais; e

II - do Comandante-Geral, por proposta do Diretor de Pessoal, para as promoções de Praças.

§ 7o O tempo de serviço arregimentado somente será reduzido quando ocorrer a redução do interstício,
prevista no § 5o, e na mesma proporção, bem como não será exigido, a contar da publicação desta Lei, para a
primeira promoção do bombeiro militar.

§ 8o As exigências de que tratam os incisos V e VII do caput poderão ser sobrestadas por até 24 (vinte e
quatro) meses contados da data da publicação desta Lei.

Art. 87. Ato do Governador do Distrito Federal definirá os parâmetros de equivalência dos cursos:

I - de aperfeiçoamento com cursos de especialização, de mestrado ou mestrado profissional para os Quadros


de Oficiais Complementares, de Saúde, de Administração e Especialistas; e

II - de altos estudos com cursos de doutorado para os Quadros de Oficiais Complementares e de Saúde, desde
que reconhecidos pelo Ministério da Educação.

CAPÍTULO V

DO PROCESSAMENTO DAS PROMOÇÕES

Art. 88. As promoções serão efetuadas nos seguintes dias, para o interstício completado até as respectivas
datas:

I - em 22 de abril, 21 de agosto e 26 de dezembro, para promoção de Oficiais; e

II - em 30 de março, 30 de julho e 30 de novembro, para promoção das Praças.

Parágrafo único. Anualmente, o Comandante-Geral da Corporação fará publicar o calendário com as datas
de encerramento das alterações e dos demais atos necessários ao processamento das promoções.

74
Art. 89. Até que seja expedido o ato de que tratam os §§ 3 o e 4o do art. 94, as promoções dos bombeiros
militares serão feitas com base na legislação aplicável até o dia imediatamente anterior ao da publicação desta Lei,
em relação aos seguintes aspectos:

I - Comissões de Promoção de Oficiais e de Praças e suas respectivas constituições, competências e


atribuições;

II - limites quantitativos de antiguidade;

III - organização dos Quadros de Acesso;

IV - condições de acesso;

V - interstícios, com as seguintes exceções:

a) o interstício para Terceiro-Sargento BM será o mesmo previsto para o Primeiro-Sargento BM; e

b) o interstício para Capitão BM será o mesmo previsto para o Major QOBM/Comb;

VI - serviço arregimentado;

VII - datas de calendário, com exceção da primeira data de promoção que vier a ocorrer após a edição desta
Lei, cujo calendário será fixado mediante ato do Comandante-Geral;

VIII - datas de promoção;

IX - aptidão física;

X - inspeção de saúde;

XI - cursos, com as seguintes exceções:

a) não será exigido o Curso de Formação de Cabos para a promoção à graduação de Cabo;

b) não será exigido o Curso de Formação de Sargentos ou equivalente para a promoção à graduação de
Terceiro-Sargento; e

c) não será exigido o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos para a promoção à graduação de Primeiro-
Sargento;

XII - critérios de seleção;

XIII - documentação básica; e

XIV - processamento das promoções.

§ 1o Os limites quantitativos de antiguidade especificados no inciso II do caput para os Cabos e Soldados


serão iguais aos previstos no § 2o do art. 92.

§ 2o Os limites quantitativos de antiguidade referidos no inciso II do caput serão calculados de acordo com as
seguintes regras:

I - deverão ser tomados por base os quantitativos de efetivo fixados no Anexo II;

II - o resultado numérico final do limite quantitativo de antiguidade poderá ser acrescido de até 30% (trinta
por cento) quando houver vagas disponíveis para serem preenchidas; e

III - serão contabilizados apenas os bombeiros militares numerados nos Quadros.

75
§ 3o Os militares promovidos conforme previsto na alínea b do inciso XI do caput serão compulsoriamente
matriculados no primeiro Curso de Aperfeiçoamento de Praças a ser realizado, em conformidade com a alínea d do
inciso I do caput do art. 86.

§ 4o A apuração das vagas para as promoções de que trata este artigo será realizada considerando o disposto
no Anexo II.

Art. 90. O órgão de direção setorial do sistema de pessoal da Corporação será responsável pelo
processamento das promoções.

Art. 91. O processamento das promoções será iniciado com a abertura de processo administrativo,
devidamente autuado, protocolado e numerado, ao qual serão juntados, oportunamente, os documentos
comprobatórios que justifiquem a composição do Quadro de Acesso.

Art. 92. Apenas os bombeiros militares que satisfaçam às condições de acesso e estejam compreendidos nos
limites quantitativos de antiguidade serão relacionados pelas Comissões de Promoção, para estudo destinado à
inclusão nos Quadros de Acesso.

§ 1o Os limites quantitativos de antiguidade, referidos neste artigo, destinam-se a estabelecer, por postos e
graduações, nos Quadros e Qualificações, as faixas dos bombeiros militares que concorrem à constituição dos
Quadros de Acesso.

§ 2o Os limites quantitativos de antiguidade dos bombeiros militares que concorrerão às promoções ao grau
hierárquico superior serão os seguintes:

I - 1/5 (um quinto) do previsto em cada grau hierárquico dos quadros constantes do Anexo II, exceto o
previsto no inciso II;

II - 1/3 (um terço) do previsto nos graus hierárquicos de que tratam as alíneas a a c do inciso II do caput do
art. 71, constantes dos quadros do Anexo II;

III - em caráter excepcional, nos graus hierárquicos de que trata o inciso II em que o quantitativo previsto for
igual ou inferior a 10 (dez), concorrerá a sua totalidade; e

IV - nos demais graus hierárquicos constantes dos Quadros do Anexo II, em que o quantitativo previsto for
igual ou inferior a 10 (dez), concorrerá 1/3 (um terço), em caráter excepcional.

§ 3o Sempre que nas divisões previstas nos incisos I, II e IV do § 2 o resultar quociente fracionário, será ele
tomado por inteiro e para mais.

§ 4o Para as promoções aos postos de que tratam os incisos I a III do § 2 o do art. 71, apenas os Oficiais que
cumpram as condições básicas previstas no art. 86 serão avaliados pela Comissão de Promoção de Oficiais para
composição dos Quadros de Acesso por Merecimento.

Art. 93. Quadro de Acesso é a relação nominal dos bombeiros militares organizados por postos ou
graduações, dentro dos respectivos Quadros e Qualificações existentes na Corporação, colocados na seguinte
ordem:

I - decrescente de precedência hierárquica, de acordo com o disposto no Estatuto dos Bombeiros Militares,
aprovado pela Lei no 7.479, de 2 de junho de 1986, para as promoções por antiguidade ou por ato de bravura;

II - de forma crescente, a partir do primeiro colocado do curso inicial de cada Quadro, considerando-se a
classificação geral entre todas as turmas existentes no respectivo curso para promoção por merecimento, baseada na
ordem de classificação obtida ao final dos respectivos cursos; e

76
III - decrescente, segundo o resultado da soma algébrica da quantidade de votos recebidos em todos os
fatores de avaliação do desempenho para a promoção por merecimento aos postos definidos, conforme dispõem os
incisos I a III do § 2o do art. 71.

Art. 94. A Comissão de Promoção de Oficiais e a Comissão de Promoção de Praças, de caráter permanente,
são órgãos de processamento das promoções, sendo constituídas por membros natos e efetivos, tendo as seguintes
competências:

I - proceder à investigação sumária dos atos motivadores de promoção por ato de bravura e post mortem;

II - consolidar juízo de valor, em caráter provisório, quanto ao conceito moral do bombeiro militar;

III - assessorar o Comandante-Geral da Corporação na coordenação, acompanhamento e fiscalização da


gestão do processamento das promoções;

IV - julgar recursos, em primeira instância;

V - encaminhar os processos de promoção ao Comandante-Geral da Corporação com pronunciamento


conclusivo para os atos decorrentes; e

VI - proceder à avaliação do desempenho e quantificação do mérito para o processamento das promoções por
merecimento aos postos definidos, conforme dispõem os incisos I a III do § 2o do art. 71.

§ 1o Compõem a Comissão de Promoção de Oficiais:

I - o Comandante-Geral, que a presidirá, o Subcomandante-Geral, o Chefe do Estado-Maior-Geral e o titular


do órgão de direção-geral de pessoal, como membros natos; e

II - 3 (três) Coronéis do Quadro de Oficiais Combatentes, designados pelo Comandante-Geral pelo prazo de 1
(um) ano, podendo ser reconduzidos por igual período, como membros efetivos.

§ 2o Compõem a Comissão de Promoção de Praças:

I - o Subcomandante-Geral, que a presidirá, os titulares dos órgãos de direção-geral de pessoal e operacional e


o Controlador como membros natos; e

II - 3 (três) oficiais superiores designados pelo Comandante-Geral, pelo prazo de 1 (um) ano, podendo ser
reconduzidos por igual período, como membros efetivos.

§ 3o As regras de funcionamento e as competências das Comissões de Promoção serão estabelecidas pelo


Poder Executivo federal.

§ 4o Ato do Governador do Distrito Federal disporá sobre os critérios para avaliação do conceito moral e
quantificação do mérito a que se referem os incisos II e VI do caput.

§ 5o Para a quantificação do mérito a que se refere o inciso VI do caput deverá ser utilizado como método de
avaliação a comparação em relação aos seus pares, 2 (dois) a 2 (dois) de cada vez, com a escolha de um entre ambos
em relação ao fator observado, de forma que cada Oficial seja comparado com todos os pares que integram o
Quadro de Acesso.

§ 6o Na avaliação a que se refere o § 5 o, será utilizado como pontuação o somatório do número de votos
recebidos pelo militar em cada um dos seguintes fatores de avaliação:

I - produção: avaliação do trabalho respeitante à quantidade e à qualidade de serviços produzidos durante o


desempenho da atividade bombeiro militar, bem como a comparação da exatidão, a frequência de erros, a
apresentação, a ordem e o esmero que caracterizam os serviços dos avaliados;

77
II - responsabilidade: avaliação da maneira como o militar se dedica ao trabalho e faz o serviço no prazo
estipulado;

III - cooperação: ponderação sobre a vontade de cooperar, a atitude e o auxílio que presta aos colegas e a
maneira de acatar ordens;

IV - iniciativa: consideração sobre o bom senso das decisões do militar na ausência de instruções detalhadas,
ou em situações fora do comum; e

V - contribuição futura: avaliação do potencial de desenvolvimento futuro, que compara o conjunto de


conhecimentos, habilidades e experiências que credenciam cada avaliado a exercer o último posto do seu Quadro.

§ 7o É vedada a utilização de qualquer critério de avaliação ou escolha não previsto em lei.

Art. 95. O ato de promoção em qualquer posto, graduação, quadro e qualificação será consubstanciado pelo:

I - Governador do Distrito Federal, se a posto de Oficial; ou

II - Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, se a graduação de Praça e Praça


Especial Bombeiro Militar.

§ 1o O ato de nomeação para o posto inicial da Carreira e os atos de promoção àquele posto e ao primeiro de
oficial superior acarretam expedição de carta-patente pelo Governador do Distrito Federal.

§ 2o A promoção aos demais postos é apostilada à última carta-patente expedida.

Art. 96. A promoção por merecimento é garantida aos bombeiros militares que concluíram, com
aproveitamento, o curso do seu respectivo quadro ou qualificação, bem como será o único critério para a progressão
do oficial bombeiro militar aos postos definidos, conforme dispõem os incisos I a III do § 2o do art. 71.

§ 1o Apenas o Oficial bombeiro militar que satisfaça as condições básicas e esteja compreendido no limite
quantitativo de antiguidade fixado nesta Lei será relacionado pela Comissão de Promoção de Oficiais, para estudo
destinado à inclusão nos Quadros de Acesso por Merecimento.

§ 2o Para a composição do Quadro de Acesso por Merecimento, a Comissão de Promoção de Oficiais


procederá ao julgamento da avaliação de desempenho dos militares concorrentes à promoção.

§ 3o No julgamento a que se refere o § 2 o, a avaliação e a quantificação do mérito serão aferidas


individualmente pelos membros da Comissão de Promoção de Oficiais, somando-se, ao final, a pontuação de cada
um dos avaliados.

§ 4o Para a promoção a que se referem os incisos I a III do § 2 o do art. 71, a proposta extraída do Quadro de
Acesso por Merecimento, a ser submetida ao Governador do Distrito Federal para escolha do Oficial a ser
promovido, será organizada da seguinte forma:

I - os 3 (três) Oficiais mais bem pontuados, por ordem de classificação, para a primeira vaga aberta para a
respectiva data de promoção;

II - aos Oficiais não promovidos na vaga existente serão acrescidos mais 2 (dois) Oficiais, na sequência do
Quadro de Acesso por Merecimento, para concorrerem a cada vaga subsequente aberta para a mesma data de
promoção;

III - sempre que os Oficiais concorrentes a uma vaga forem promovidos em sua totalidade, por estarem
agregados, serão acrescidos 3 (três) Oficiais, na sequência do Quadro de Acesso por Merecimento, passando aquela
vaga a ser a primeira, dando-se nova sequência às promoções conforme redação dos incisos I e II; e

78
IV - o Oficial que constar do Quadro de Acesso por Merecimento em primeiro lugar em 3 (três) datas de
promoção, tendo havido promoção ao último posto nas 2 (duas) datas anteriores, será promovido por ocasião da
apresentação do terceiro Quadro ao Governador do Distrito Federal, na primeira vaga apurada.

Art. 97. As promoções aos demais graus hierárquicos dos quadros de Oficiais e Praças, não contemplados
pelos critérios por ato de bravura, post mortem e merecimento, serão realizadas pelo critério de antiguidade.

Art. 98. A promoção por bravura somente será processada após apuração do mérito do ato praticado em
investigação sumária, determinada pelo Comandante-Geral da Corporação e procedida pelas Comissões de
Promoção.

§ 1o Na promoção por bravura, não se aplicam as exigências para a promoção por outro critério estabelecidas
nesta Lei.

§ 2o Na investigação sumária, as Comissões de Promoção deverão analisar os reflexos da incidência, pelo


bombeiro militar, nos quesitos estabelecidos nos incisos I a X do art. 100.

§ 3o Será proporcionada ao bombeiro militar promovido por bravura, quando for o caso, a oportunidade de
satisfazer às condições de acesso ao posto ou graduação a que foi promovido, de acordo com o disposto nesta Lei.

§ 4o Na hipótese de o bombeiro militar não conseguir satisfazer as condições exigidas, permanecerá no


serviço ativo, no posto ou na graduação que atingiu, até que consiga satisfazê-las, ou até sua transferência para a
reserva remunerada ou reforma, conforme as disposições do Estatuto dos Bombeiros Militares, aprovado pela Lei
no 7.479, de 2 de junho de 1986, e com os benefícios que a lei lhe assegurar.

Art. 99. A promoção post mortem é efetivada quando o bombeiro militar falecer em uma das seguintes
situações, apuradas em investigação sumária pela Comissão de Promoção:

I - em ação de manutenção da ordem pública, ou em ato ou consequência de atividade de bombeiro militar;

II - em consequência de ferimento, doença, moléstia ou enfermidade contraída em ação de manutenção da


ordem pública ou em atividade de bombeiro militar, ou que nelas tenham sua causa eficiente; ou

III - em acidente em serviço, conforme definido em ato do Governador do Distrito Federal, ou em


consequência de doença, moléstia ou enfermidade que nele tenham sua causa eficiente.

§ 1o O bombeiro militar será também promovido se, ao falecer, satisfazia às condições de acesso e integrava a
faixa dos que concorriam à promoção.

§ 2o Os casos de morte por ferimento, doença, moléstia ou enfermidade, referidos nos incisos I a III do caput,
serão comprovados por documento sanitário de origem, sendo os termos do acidente, baixa a hospital, papeletas de
tratamento nas enfermarias e hospitais e os registros de baixa utilizados como meios subsidiários para esclarecer a
situação.

§ 3o A promoção que resultar de qualquer das situações estabelecidas nos incisos I a III
do caput independerá daquela prevista no § 1o e será efetivada no grau imediato do Quadro ou Qualificação a que
pertencia.

§ 4o A promoção que resultar de falecimento do bombeiro militar, em consequência de ato de bravura, exclui
a promoção post mortem e será efetivada pelo critério de bravura no grau imediato do Quadro ou Qualificação a
que pertencia.

Art. 100. O bombeiro militar não poderá constar de Quadro de Acesso quando não cumprir as condições
básicas previstas no art. 86, bem como incidir em um dos seguintes quesitos:

79
I - esteja submetido a conselho de justificação, conselho de disciplina ou processo administrativo de
licenciamento;

II - for condenado a pena privativa de liberdade, enquanto durar o cumprimento da pena, ou do prazo
referente à sua suspensão condicional inclusive, não se computando o tempo acrescido à pena por ocasião de sua
suspensão condicional;

III - estiver de licença para tratar de interesse particular;

IV - for condenado à pena de suspensão do exercício do posto, da graduação, cargo ou função, prevista no
Código Penal Militar, durante o prazo dessa suspensão;

V - for considerado desaparecido, extraviado ou desertor;

VI - estiver em gozo de licença para tratamento de saúde de pessoa da família por prazo superior a 1 (um)
ano contínuo;

VII - for preso preventivamente ou em flagrante delito, enquanto a prisão não for revogada;

VIII - for considerado não habilitado para o acesso, em caráter provisório, a juízo das Comissões de Promoção
por, presumivelmente, ser incapaz de satisfazer ao critério estabelecido para o conceito moral de que trata o inciso
II do caput do art. 94 e seu § 4o;

IX - venha a atingir, até a data das promoções, a idade limite para permanência no serviço ativo; ou

X - seja julgado incapaz, definitivamente, para o serviço do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
ou esteja agregado há mais de 2 (dois) anos por ter sido julgado incapaz, temporariamente, em inspeção de saúde.

Parágrafo único. O bombeiro militar incurso no inciso VIII será submetido a conselho de justificação ex
officio ou a conselho de disciplina ex officio, conforme o caso.

Art. 101. Será excluído do quadro de acesso o bombeiro militar que incidir em uma das circunstâncias
previstas no art. 100 ou ainda:

I - for nele incluído indevidamente;

II - for promovido; ou

III - for excluído do serviço ativo.

Art. 102. Nos diferentes quadros, as vagas a serem consideradas para as promoções serão provenientes de:

I - promoção ao nível hierárquico superior;

II - agregação;

III - demissão, licenciamento ou exclusão do serviço ativo;

IV - falecimento; e

V - aumento de efetivo.

§ 1o As vagas são consideradas abertas:

I - na data da publicação do ato que promove, agrega, passa para a inatividade ou demite, licencia ou exclui
do serviço ativo, salvo se, no próprio ato, for estabelecida outra data;

II - na data oficial do óbito; e

III - como dispuser a lei, no caso de aumento de efetivo.

80
§ 2o Feita a apuração das vagas a preencher, este número não sofrerá alteração, sendo que cada vaga aberta,
em determinado posto ou graduação, acarretará vagas nos graus hierárquicos inferiores e interromper-se-á no posto
ou graduação em que houver preenchimento por excedente, ressalvado o caso de vaga aberta em decorrência de
aplicação da quota compulsória prevista em legislação específica.

§ 3o Serão também consideradas as vagas que resultarem das transferências ex officio para a reserva
remunerada, já previstas até a data de promoção, inclusive.

§ 4o Não preenche vaga o militar que, estando agregado, venha a ser promovido e continue na mesma
situação.

§ 5o As vagas decorrentes de promoções por ressarcimento de preterição só serão consideradas se o ato que
as originou for publicado antes da data prevista para a apuração das vagas a serem preenchidas.

Art. 103. O bombeiro militar agregado, quando no desempenho de cargo bombeiro militar ou considerado de
natureza ou interesse bombeiro militar, ou da segurança pública, concorrerá à promoção por quaisquer dos
critérios, sem prejuízo do número de concorrentes regularmente estipulados.

Parágrafo único. O bombeiro militar agregado por qualquer outro motivo não será promovido pelo critério
de merecimento.

CAPÍTULO VI

DOS RECURSOS

Art. 104. O bombeiro militar que se julgar prejudicado em consequência de composição de Quadro de Acesso
ou em seu direito de promoção poderá impetrar recurso, como última instância na esfera administrativa, ao:

I - Governador do Distrito Federal, se o recorrente postular à patente de Oficial; ou

II - Comandante-Geral da Corporação, se o recorrente postular à graduação de Praça.

§ 1o Para a apresentação do recurso, o militar terá o prazo previsto no art. 52 do Estatuto dos Bombeiros
Militares, aprovado pela Lei no 7.479, de 2 de junho de 1986, a contar da data da publicação do ato no órgão oficial.

§ 2o O recurso referente à composição do Quadro de Acesso e à promoção deverá ser solucionado,


respectivamente, no prazo máximo de 10 (dez) e 60 (sessenta) dias corridos, a partir da data de recebimento do
recurso.

CAPÍTULO VII

DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 105. Para os efeitos do disposto no inciso I do art. 86, fica estabelecida a seguinte equivalência de cursos:

I - a Curso de Formação de Praça BM - CFP/BM, o Curso de Formação de Soldado BM - CFSd/BM;

II - a Curso de Aperfeiçoamento de Praça BM - CAP/BM, o Curso de Formação de Sargentos BM - CFS/BM;

III - a Curso de Altos Estudos para Praça BM - CAEP/BM, o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos BM -
CAS/BM; e

IV - a Curso de Formação, os cursos superiores exigidos para o ingresso dos militares dos Quadros de Oficiais
Bombeiros Militares Complementar - QOBM/Compl, de Saúde - QOBM/S e Capelães - QOBM/Cpl.

Art. 106. A contar da publicação desta Lei, o interstício exigido para as promoções por antiguidade e
merecimento será o estabelecido no Anexo IV.

81
Art. 107. Aos Aspirantes-a-Oficial e Soldados de Segunda Classe serão aplicados os dispositivos constantes
desta Lei, no que lhes for pertinente.

Art. 108. Será transferido para a reserva remunerada, ex officio, o militar dos postos definidos nos incisos I a
III do § 2o do art. 71 ou da última graduação de cada Quadro ou Qualificação, que possuir 6 (seis) anos de
permanência nesse posto ou graduação e contar, cumulativamente, com 30 (trinta) anos ou mais de serviço.

Art. 109. A progressão funcional do bombeiro militar de Carreira do Distrito Federal cessa com a sua
transferência para a inatividade.

Art. 110. Os arts. 2o, 3o, 5o, 11, 78, 93, 95 e 121 do Estatuto dos Bombeiros Militares, aprovado pela Lei
no 7.479, de 2 de junho de 1986, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 2o O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, instituição permanente,


essencial à segurança pública e às atividades de defesa civil, fundamentada nos princípios
da hierarquia e disciplina, e ainda força auxiliar e reserva do Exército nos casos de
convocação ou mobilização, organizada e mantida pela União nos termos do inciso XIV do
art. 21 e dos §§ 5o e 6o do art. 144 da Constituição Federal, subordinada ao Governador do
Distrito Federal, destina-se à execução de serviços de perícia, prevenção e combate a
incêndios, de busca e salvamento, e de atendimento pré-hospitalar e de prestação de
socorros nos casos de sinistros, inundações, desabamentos, catástrofes, calamidades
públicas e outros em que seja necessária a preservação da incolumidade das pessoas e do
patrimônio.” (NR)

“Art. 3o Os integrantes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, à vista da


natureza e da destinação a que se refere o art. 2 o, são militares do Distrito Federal e formam
categoria especial denominada bombeiro militar.

§ 1o ...............................................................................

I - na ativa:

a) os de carreira;

b) os incluídos no Corpo de Bombeiros, voluntariamente, durante os prazos a que se


obrigam a servir;

c) os componentes da reserva remunerada do Corpo de Bombeiros, convocados ou


designados para o serviço ativo; e

d) os alunos de órgãos de formação de bombeiros-militares; e

II - na inatividade:

a) os componentes da reserva remunerada, que estejam sujeitos à prestação de serviços na


ativa, mediante convocação;

b) os reformados quando, tendo passado por uma das situações previstas neste artigo,
estejam dispensados definitivamente da prestação de serviço na ativa;

c) os da reserva remunerada, sujeitos à prestação de tarefa por tempo certo, em caráter


transitório e mediante aceitação voluntária.

...................................................................……...........” (NR)

82
“Art. 5o .............................................……………………....

.................................................................................................

§ 2o A Carreira de Oficial do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal é privativa de


brasileiro nato ou naturalizado.” (NR)

“Art. 11. Para matrícula nos cursos de formação dos estabelecimentos de ensino bombeiro
militar, além das condições relativas à nacionalidade, idade, aptidão intelectual e
psicológica, altura, sexo, capacidade física, saúde, idoneidade moral, obrigações eleitorais,
aprovação em testes toxicológicos e suas obrigações para com o serviço militar, exige-se
ainda a apresentação, conforme o edital do concurso, de diploma de conclusão de ensino
superior, reconhecido pelos sistemas de ensino federal, estadual ou do Distrito Federal.

§ 1o A idade mínima para a matrícula a que se refere o caput é de 18 (dezoito) anos, sendo
a máxima de:

I - 28 (vinte e oito) anos para o Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Combatentes e o


Quadro Geral de Praças Bombeiros Militares; e

II - 35 (trinta e cinco) anos para ingresso nos Quadros de Oficiais Bombeiros Militares de
Saúde, Complementar e Capelães.

§ 2o Os limites mínimos de altura para matrícula a que se refere o caput são, com os pés
nus e cabeça descoberta, de um metro e sessenta centímetros para homens e um metro e
cinquenta e cinco centímetros para mulheres.

.............................................................................................

§ 4o Ato do Poder Executivo federal estabelecerá as áreas específicas de formação a serem


exigidas para matrícula nos cursos de formação para a Carreira de Oficiais do Quadro de
Oficiais Bombeiros Militares Combatentes e para os Quadros de Oficiais Bombeiros
Militares de Saúde, Complementares e Capelães.” (NR)

“Art. 78. ..........................……………………...................

§ 1o ...................................…………………….................

.............................................................................................

b) aguardar transferência para a reserva remunerada, por ter sido enquadrado em qualquer
dos requisitos que a motivam; e

.........................................................……....................” (NR)

“Art. 93. ................................…………………................

I - ..........................................………...............................

a) para o Quadro de Oficiais Combatentes:

1. 62 (sessenta e dois) anos, para o posto de Coronel;

2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto de Tenente-Coronel;

83
3. 55 (cinquenta e cinco) anos, para os postos de Major e Capitão; e

4. 51 (cinquenta e um) anos, para os postos de oficiais subalternos;

b) para os demais Quadros:

1. 64 (sessenta e quatro) anos, para o posto de Coronel;

2. 60 (sessenta) anos, para o posto de Tenente-Coronel;

3. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto de Major; e

4. 56 (cinquenta e seis) anos, para os postos Intermediário e Subalterno; e

c) para Praças:

1. 59 (cinquenta e nove) anos, para graduação de Subtenente;

2. 58 (cinquenta e oito) anos, para graduação de Primeiro-Sargento;

3. 57 (cinquenta e sete) anos, para graduação de Segundo-Sargento;

4. 56 (cinquenta e seis) anos, para graduação de Terceiro-Sargento; e

5. 54 (cinquenta e quatro) anos, para graduação de Cabos e Soldados;

..............................................................................................

IV - ultrapassar o Tenente-Coronel e o Major 6 (seis) anos de permanência no posto,


quando esse for o último de seu Quadro, desde que conte 30 (trinta) anos ou mais de
serviço;

....................................................................…...........” (NR)

“Art. 95. ..........................................………………….....

I - .........................................................………...............

a) para oficiais: 65 (sessenta e cinco) anos;

b) para Praças: 63 (sessenta e três) anos;

c) (revogado);

...............................................................................” (NR)

“Art. 121. ...................................................................

............................................................................................

III - tempo de serviço arregimentado.” (NR)

Art. 111. O Estatuto dos Bombeiros Militares, aprovado pela Lei n o 7.479, de 2 de junho de 1986, passa a
vigorar acrescido do seguinte dispositivo:

84
“Art. 122-A. Tempo de serviço arregimentado é o tempo passado pelo bombeiro militar no
desempenho de função em Organização do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
ou em função considerada de natureza militar quando cedido ou à disposição de outro
órgão público, conforme estabelecer legislação específica.

§ 1o Será considerado como tempo de serviço arregimentado o tempo passado dia a dia
nas Organizações do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal pelo bombeiro militar
da reserva da Corporação convocado para o exercício de funções de bombeiro militar.

§ 2o Não serão deduzidos do tempo de serviço arregimentado, além dos afastamentos


previstos no art. 66, os períodos em que o bombeiro militar estiver em gozo do afastamento
total a que se refere o art. 68.”

CAPÍTULO VIII

DA ORGANIZAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

Art. 112. Os arts. 2o, 8o, 10, 11, 12, 13, 22, 24, 26, 28, 29, 30 e 32 da Lei n o 8.255, de 20 de novembro de 1991,
passam a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 2o .........................................................................

..............................................................................................

X - executar serviços de atendimento pré-hospitalar.” (NR)

“Art. 8o O Comando-Geral é constituído do Comandante-Geral, além do seguinte:

I - o Subcomandante-Geral;

II - o Chefe do Estado-Maior-Geral;

III - os Chefes de Departamentos;

IV - o Controlador;

V - o Chefe de Gabinete do Comandante-Geral;

VI - os Diretores;

VII - o Comandante Operacional; e

VIII - a Ajudância-Geral.” (NR)

“Art. 10. O Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal será um


coronel da ativa do Quadro de Oficiais BM Combatentes da própria Corporação.

..............................................................................................

§ 2o O provimento do cargo de Comandante-Geral será feito mediante ato do Governador


do Distrito Federal, observada a formação profissional do oficial para o exercício do
comando.” (NR)

“Art. 11. O Estado-Maior-Geral é o órgão de orientação e planejamento responsável pela


elaboração da política militar, pelo planejamento estratégico e pela orientação do preparo e
do emprego da Corporação, visando ao cumprimento da destinação constitucional e legal.

85
Parágrafo único. O Estado-Maior-Geral, encarregado da elaboração das diretrizes e ordens
do comando, tem por missão o estudo, o planejamento, a coordenação, a programação
orçamentária e financeira e o controle de todas as atividades da Corporação, por
intermédio dos órgãos de direção-geral e de direção setorial, de apoio e de execução, no
exercício de suas competências, em conformidade com as decisões e diretrizes do
Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.” (NR)

“Art. 12. .......................................................................

..............................................................................................

III - Seções, que não poderão exceder o número de 10 (dez).

a) (revogado);

b) (revogado);

c) (revogado);

d) (revogado);

e) (revogado);

f) (revogado);

g) (revogado).

§ 1o Cabe ao Chefe do Estado-Maior-Geral a orientação, a coordenação e a fiscalização dos


trabalhos do Estado-Maior-Geral, visando ao cumprimento das determinações e políticas
estabelecidas pelo Comandante-Geral.

........................................................................................

§ 3o O Chefe do Estado-Maior-Geral será um coronel da ativa do Quadro de Oficiais BM


Combatentes, indicado pelo Comandante-Geral e nomeado pelo Governador do Distrito
Federal.

§ 4o (Revogado).

§ 5o (Revogado).” (NR)

“Seção III

Dos Departamentos e das Diretorias

‘Art. 13. Os Departamentos, em número máximo de 6 (seis) e organizados sob a forma de


sistema, exercerão suas competências por meio de diretorias e órgãos de direção setorial
que lhes sejam diretamente subordinados.

I - (revogado);

II - (revogado);

III - (revogado);

86
IV - (revogado);

V - (revogado);

VI - (revogado);

VII - (revogado);

VIII - (revogado).

Parágrafo único. O número de Diretorias não poderá exceder ao limite de 5 (cinco) por
Departamento.’

................................................................................(NR)”

“Seção V

Da Controladoria

‘Art. 22. A Controladoria é o órgão de assessoramento direto e imediato ao Comandante-


Geral quanto aos assuntos e providências relacionados com a defesa do patrimônio
público, auditoria, correição, ouvidoria, orientação e fiscalização, e averiguação e análise
das atividades de administração orçamentária, financeira, patrimonial e de gestão de
pessoas.’ (NR)

.............................................................................................

“Art. 24. ......................................................................

.............................................................................................

II - as Policlínicas:

a) Policlínica médica; e

b) Policlínica odontológica; e

III - os Centros, em número máximo de 12 (doze).

a) (revogado);

b) (revogado);

c) (revogado);

d) (revogado);

e) (revogado)

f) (revogado);

g) (revogado);

h) (revogado)

87
i) (revogado).” (NR)

“Art. 26. As Policlínicas são órgãos de apoio ao sistema de saúde, incumbidas da


assistência médica, odontológica, farmacêutica e sanitária à família bombeiro-militar,
conforme dispuser a lei.” (NR)

“Art. 28. Os órgãos de execução do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal são
classificados, segundo a natureza dos serviços que prestam ou as peculiaridades do
emprego, em:

I - Comando Operacional;

II - Unidade de Prevenção e Combate a Incêndio;

III - Unidade de Busca e Salvamento;

IV - Unidade de Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar;

V - Unidade de Proteção Ambiental;

VI - Unidade de Proteção Civil;

VII - Unidade de Aviação Operacional;

VIII - Unidade de Multiemprego.

.........................................................................................

§ 4o Unidade de Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar é a que tem a seu cargo,


dentro de determinada área de atuação operacional, as missões de emergências médicas
voltadas para o atendimento pré-hospitalar e socorros de urgência, nos casos de sinistro,
inundações, desabamentos, catástrofes e calamidades públicas, bem como outras que se
fizerem necessárias à preservação da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

§ 5o Unidade de Proteção Ambiental é a que tem a seu cargo, dentro de determinada área
operacional, o cumprimento das atividades e missões de prevenção e combate a incêndios
florestais, contenção de produtos perigosos e demais ações de proteção ao meio ambiente.

§ 6o Unidade de Proteção Civil é a que tem a seu cargo, dentro de determinada área de
responsabilidade, a execução de atividades de defesa civil.

§ 7o Unidade de Aviação Operacional é a que tem a seu cargo, dentro de determinada área
operacional, a execução de missões aéreas e apoio a ações conexas.

§ 8o Unidade de Multiemprego é a que tem a seu cargo, dentro de determinada área


operacional, a execução de 2 (duas) ou mais das missões previstas nos §§ 2o a 7o.

§ 9o Cada Unidade Operacional terá, em sua jurisdição, tantas subunidades subordinadas


quantas forem necessárias, para o atendimento das respectivas missões.” (NR)

“Art. 29. A estrutura dos órgãos de direção, apoio e execução de que trata esta Lei será a
mínima indispensável, de modo a possibilitar amplo emprego da Corporação.

I - (revogado);

88
II - (revogado);

III - (revogado);

IV - (revogado);

V - (revogado);

VI - (revogado);

VII - (revogado);

VIII - (revogado);

IX - (revogado);

X - (revogado).

§ 1o (Revogado).

§ 2o (Revogado).

§ 3o (Revogado).

§ 4o (Revogado).” (NR)

“Art. 30. ........................................................................

I - pessoal da ativa, constituído dos seguintes Quadros:

a) Quadro de Oficiais BM Combatentes - QOBM/Comb; e

b) Quadro de Oficiais BM de Saúde - QOBM/S, que se divide em:

1. Quadro de Oficiais BM Médicos - QOBM/Méd; e

2. Quadro de Oficiais BM Cirurgiões Dentistas - QOBM/CDent;

c) Quadro de Oficiais BM Complementar - QOBM/Compl;

d) Quadro de Oficiais BM de Administração - QOBM/Adm, que se divide em:

1. Quadro de Oficiais BM Intendentes - QOBM/Intd; e

2. Quadro de Oficiais BM Condutores e Operadores de Viaturas - QOBM/Cond;

e) Quadro de Oficiais BM Especialistas - QOBM/Esp, que se divide em:

1. Quadro de Oficiais BM Músicos - QOBM/Mús; e

2. Quadro de Oficiais BM de Manutenção - QOBM/Mnt;

f) Quadro de Oficiais BM Capelães - QOBM/Cpl; e

g) Quadro Geral de Praças BM - QGPBM;

89
...................................................................................” (NR)

“Art. 32. O efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal será fixado em lei
específica, mediante proposta do Governador do Distrito Federal.

...................................................................................” (NR)

Art. 113. Os Capítulos I e II do Título II da Lei n o 8.255, de 20 de novembro de 1991, passam a vigorar
acrescidos dos seguintes arts. 7o-A, 8o-A, 10-A, 10-B e 23-A:

“Art. 7o-A. Os cargos de comando, direção-geral, direção setorial e assessoramento,


definidos como cargos em comissão, estabelecem a precedência funcional na organização e
os vínculos hierárquicos.”

“Art. 8o-A. O Alto Comando, órgão consultivo do Comandante-Geral, é constituído dos


seguintes membros:

I - Comandante-Geral, na qualidade de Presidente;

II - Subcomandante-Geral, na qualidade de Vice-Presidente;

III - Chefe do Estado-Maior-Geral;

IV - Controlador;

V - Chefe de Gabinete do Comandante-Geral;

VI - Chefes de Departamento;

VII - Diretores;

VIII - Comandante-Operacional;

IX - Ajudante-Geral;

X - os Ex-Comandantes-Gerais e Ex-Subcomandantes-Gerais da Corporação, enquanto não


passarem para a inatividade.

Parágrafo único. O funcionamento do Alto Comando será regulamentado por ato do


Governador do Distrito Federal.”

“Art. 10-A. O Subcomando-Geral é o órgão de direção-geral responsável perante o


Comandante-Geral pela coordenação, fiscalização e controle das rotinas administrativas da
Corporação, acionando os órgãos de direção-geral, direção setorial, de apoio e de execução
no cumprimento de suas atividades.

§ 1o O Subcomandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal será um


coronel do Quadro de Oficiais BM Combatentes da ativa da própria Corporação, escolhido
pelo Comandante-Geral e nomeado pelo Governador do Distrito Federal.

§ 2o Quando a escolha de que trata o § 1 o não recair sobre o coronel mais antigo, o
escolhido terá precedência funcional sobre os demais.

§ 3o O substituto eventual do Subcomandante-Geral será o coronel mais antigo existente


na Corporação.

90
§ 4o O Subcomandante-Geral é o substituto eventual do Comandante-Geral da
Corporação.”

“Art. 10-B. A organização, funcionamento, transformação, extinção e definição de


competências de órgãos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, de acordo com
a organização básica e os limites de efetivos definidos em lei, ficarão a cargo:

I - do Poder Executivo federal, mediante proposta do Governador do Distrito Federal, em


relação aos órgãos da organização básica, que compreendem o Comando-Geral e os órgãos
de direção-geral e de direção setorial; e

II - do Governador do Distrito Federal, em relação aos órgãos de apoio e de execução, não


considerados no inciso I.”

“Art. 23-A. Fica criado instituto, no Gabinete do Comandante-Geral, diretamente a ele


subordinado, que terá a seu cargo:

I - a responsabilidade pelo planejamento e coordenação da realização periódica de


concursos públicos de provas ou de provas e títulos, para seleção dos candidatos a
matrícula nos cursos de formação requeridos para ingresso nas Carreiras do quadro de
pessoal da Corporação;

II - a organização e a administração de provas e testes necessários para comprovação da


habilitação às profissões relacionadas à missão do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
Federal;

III - a promoção e a organização de simpósios, seminários, trabalhos e pesquisas sobre


questões relacionadas às missões da Corporação; e

IV - a organização e administração de biblioteca, de museu e de centro de documentação,


nacional e internacional, sobre doutrina, técnicas e legislação pertinentes à missão dos
corpos de bombeiros e questões correlatas.

Parágrafo único. Ato do Poder Executivo federal disporá sobre a organização,


funcionamento, competências e atribuições dos dirigentes do instituto referido neste
artigo.”

Art. 114. Ficam os Comandantes-Gerais da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros
Militar do Distrito Federal autorizados a designar policiais militares e bombeiros militares da reserva remunerada,
referidos na alínea a do inciso II do § 1odo art. 3o da Lei no 7.289, de 18 de dezembro de 1984, e na alínea c do inciso
II do § 1º do art. 3º da Lei nº 7.479, de 2 de junho de 1986, respectivamente, até o limite fixado em ato do
Governador do Distrito Federal, para a execução de tarefa, encargo, incumbência ou missão, em organizações da
Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, por tempo não superior a
cinco anos, prorrogável por igual período, iniciando-se no primeiro dia do mês. (Redação dada pela
Lei nº 13.459, de 2017)

§ 1o As nomeações, na forma do caput, destinam-se ao atendimento das seguintes atividades, de caráter


voluntário e temporário, por absoluta necessidade do serviço de:

I - professores, instrutores e monitores em estabelecimento de ensino da Corporação;

II - administração, de saúde, de finanças, de informática e de ciência e tecnologia;

III - apoio e em complemento a atividade operacional; e

91
IV - realização de serviços ou atividades de natureza emergencial ou urgente.

§ 2o O chamamento e a seleção de militar inativo para a prestação de tarefa a que se refere o caput serão
feitos por intermédio do órgão de direção setorial do sistema de pessoal da Corporação, mediante processo seletivo
para o exercício do cargo, observadas as seguintes condicionantes:

I - observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência, publicidade e


transparência;

II - comprovação de conhecimento ou experiência na execução da atividade para a qual o inativo é voluntário;


e

III - aptidão comprovada para a execução da tarefa para a qual é voluntário, em inspeção de saúde realizada
na Corporação.

§ 3o O militar da reserva remunerada do Distrito Federal, e excepcionalmente o reformado, que tenha


modificada sua situação na inatividade para a prestação de tarefa por tempo certo, faz jus a adicional igual a 0,3
(três décimos) dos proventos que estiver percebendo.

§ 4o O militar do Distrito Federal, reformado de acordo com as situações previstas no inciso II do art. 94 da
Lei no 7.289, de 18 de dezembro de 1984, e no inciso II do art. 95 do Estatuto dos Bombeiros Militares, aprovado
pela Lei no 7.479, de 2 de junho 1986, poderá, observado o disposto no § 2o, ser aproveitado no serviço das
Corporações, exercendo as atividades descritas nos incisos I e II do § 1 o deste artigo, por meio de nomeação em
idênticas condições conforme o previsto no caput, seus parágrafos e incisos, exceto quanto ao tempo de
permanência, que poderá ser prorrogado até o limite de 30 (trinta) anos de serviço.

Art. 115. Os arts. 3o, 19, 23 e 26 da Lei no 10.486, de 4 de julho de 2002, passam a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 3o ........................................................................

.............................................................................................

XI - ajuda de custo - direito pecuniário devido ao militar, pago adiantadamente, por


ocasião de transferência para a inatividade ou quando se afastar de sua sede em razão de
serviço, para custeio das despesas de locomoção e instalação, exceto as de transporte, nas
movimentações para fora de sua sede, conforme Tabela I do Anexo IV;

...................................................................................” (NR)

“Art. 19. O militar, ao ser transferido para a inatividade remunerada, além dos direitos
previstos no inciso XI do art. 3o e nos arts. 20 e 21 desta Lei, fará jus ao valor relativo ao
período integral das férias a que tiver direito não gozadas por necessidade do serviço e ao
incompleto, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo serviço, sendo
considerada como mês integral a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias, bem como
licenças não gozadas.

...................................................................................” (NR)

“Art. 23. .......................................................................

..............................................................................................

II - da cassação da situação de inatividade.

92
III - (revogado).

Parágrafo único. Será cassada a situação de inatividade do militar que houver praticado,
quando em atividade falta punível com a demissão ou exclusão a bem da disciplina.” (NR)

“Art. 26. ..........................................................................

I - necessitar de internação especializada, militar ou não; ou

II - necessitar de assistência ou de cuidados em razão das doenças relacionadas no § 1 o do


art. 24.

.................................................................................” (NR)

Art. 116. A Tabela V do Anexo IV da Lei no 10.486, de 4 de julho de 2002, passa a vigorar na forma do Anexo
V.

Art. 117. Fica instituída a Gratificação por Risco de Vida, parcela remuneratória devida mensal e
regularmente aos militares do Distrito Federal, conforme valores constantes do Anexo VI, gerando efeitos
financeiros a partir das datas nele especificadas.

§ 1o A gratificação de que trata o caput integra os proventos da inatividade e as pensões.

§ 2o (VETADO)

Art. 118. Nos termos da legislação distrital, poderá o Governo do Distrito Federal manter instituições de
ensino de sua rede pública de educação básica sob a orientação e supervisão do Comando da Polícia Militar do
Distrito Federal e do Comando do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, com vistas no atendimento dos
dependentes de militares das Corporações e integrantes do Sistema de Segurança Pública do Distrito Federal e da
população em geral.

Art. 119. (VETADO)

Art. 120. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei serão atendidas à conta das dotações consignadas no
Fundo Constitucional do Distrito Federal, constantes do orçamento-geral da União.

Art. 121. Os Comandantes-Gerais da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do
Distrito Federal estabelecerão os procedimentos para realização ou equiparação do Curso de Altos Estudos para os
Oficiais oriundos das Carreiras de Praças, que não tenham realizado o referido curso quando Praças.

Art. 122. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 123. Ficam revogados:

I - a Lei no 6.302, de 15 de dezembro de 1975;

II - a Lei no 6.645, de 14 de maio de 1979;

III - os arts. 3o, 10, 12, 20, 21, 22, 23, 26, 27, 28, 29, o parágrafo único do art. 32, os arts.
o
34, 35, 36, 37, 39, 42, 43, 44, 45 e 46 da Lei n 6.450, de 14 de outubro de 1977;

IV - o § 4o do art. 91 da Lei no 7.289, de 18 de dezembro de 1984;

V - o art. 1o da Lei no 7.457, de 9 de abril de 1986, na parte em que dá nova redação aos arts. 3o e 10 da Lei
no 6.450, de 14 de outubro de 1977;

93
VI - o § 3o do art. 92 e a alínea c do inciso I do art. 95 do Estatuto dos Bombeiros Militares, aprovado pela Lei
no 7.479, de 2 de junho de 1986;

VII - a Lei no 7.491, de 13 de junho de 1986;

VIII - a Lei no 7.687, de 13 de dezembro de 1988;

IX - a Lei no 7.851, de 23 de outubro de 1989;

X - a Lei no 8.204, de 8 de julho de 1991;

XI - as alíneas a a g do inciso III do art. 12 e seus §§ 4o e 5o, os arts. 14 a 20, o parágrafo único do art. 23, os §§
1o a 4o do art. 29 e o art. 35 da Lei no 8.255, de 20 de novembro de 1991;

XII - a Lei no 8.258, de 6 de dezembro de 1991;

XIII - a Lei no 9.054, de 29 de maio de 1995;

XIV - a Lei no 9.237, de 22 de dezembro de 1995;

XV - o art. 1o da Lei no 9.713, de 25 de novembro de 1998; e

XVI - os arts. 2o, 3o, 9o e 10 e os Anexos II e III da Lei no 11.134, de 15 de julho de 2005.

Brasília, 6 de novembro de 2009; 188o da Independência e 121o da República.

94
TÓPICO 5

DECRETO No 88.777, DE 30 DE SETEMBRO DE 1983

Aprova o regulamento para as policias militares e corpos


de bombeiros militares (R-200).

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição,

DECRETA:

Art . 1º - Fica aprovado o Regulamento para as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares (R-200), que com
este baixa.

Art . 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogados os Decretos nº 66.862, de 08 de julho de
1970, e nº 82.020, de 20 de julho de 1978, e as demais disposições em contrário.

REGULAMENTO PARA AS POLÍCIAS MILITARES E CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES (R-200)

Art.
ÍNDICE DE ASSUNTOS

CAPÍTULO I Das Finalidades 1º

CAPÍTULO II Da Conceituação e Competência 2º/6º

CAPÍTULO III Da Estrutura e Organização 7º/10

CAPÍTULO IV Do Pessoal das Polícias Militares 11/19

CAPÍTULO V Do Exercito de Cargo ou Função 20/25

CAPÍTULO VI Do Ensino, Instrução e Material 26/32

CAPÍTULO VII Do Emprego Operacional 33/36

CAPÍTULO VIII Da Competência do Estado-Maior do Exercito, através da


Inspetoria-Geral das Polícias Militares 37/39

CAPÍTULO IX Das Prescrisões Diversas 40/48


REGULAMENTO PARA AS POLÍCIAS MILITARES E CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES (R-200)

CAPÍTULO I

Das Finalidades

Art . 1º - Este Regulamento estabelece princípios e normas para a aplicação do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de
1969, modificado pelo Decreto-lei nº 1.406, de 24 de junho de 1975, e pelo Decreto-lei nº 2.010, de 12 de janeiro de
1983.

CAPÍTULO II

Da Conceituação e Competência

Art . 2º - Para efeito do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de 1969 modificado pelo Decreto-lei nº 1.406, de 24 de
junho de 1975, e pelo Decreto-lei nº 2.010, de 12 de janeiro de 1983, e deste Regulamento, são estabelecidos os
seguintes conceitos:

95
1) À disposição - É a situação em que se encontra o policial-militar a serviço de órgão ou autoridade a que não esteja
diretamente subordinado.

2) Adestramento - Atividade destinada a exercitar o policial-militar, individualmente e em equipe, desenvolvendo-


lhe a habilidade para o desempenho das tarefas para as quais já recebeu a adequada instrução.

3) Agregação - Situação na qual o policial-militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquica do seu
quadro, nela permanecendo sem número.

4) Aprestamento - Conjunto de medidas, incluindo instrução, adestramento e preparo logístico, para tornar uma
organização policial-militar pronta para emprego imediato.

5) Assessoramento - Ato ou efeito de estudar os assuntos pertinentes, propor soluções a cada um deles, elaborar
diretrizes, normas e outros documentos.

6) Comando Operacional - Grau de autoridade que compreende atribuições para compor forças subordinadas,
designar missões e objetivos e exercer a direção necessária para a condução das operações militares.

7) Controle - Ato ou efeito de acompanhar a execução das atividades das Polícias Militares, por forma a não
permitir desvios dos propósitos que lhe forem estabelecidos pela União, na legislação pertinente.

8) Controle Operacional - Grau de autoridade atribuído à Chefia do órgão responsável pela Segurança Pública para
acompanhar a execução das ações de manutenção da ordem pública pelas Polícias Militares, por forma a não
permitir desvios do planejamento e da orientação pré-estabelecidos, possibilitando o máximo de integração dos
serviços policiais das Unidades Federativas.

9) Coordenação - Ato ou efeito de harmonizar as atividades e conjugar os esforços das Polícias Militares para a
consecução de suas finalidades comuns estabelecidas pela legislação, bem como de conciliar as atividades das
mesmas com as do Exército, com vistas ao desempenho de suas missões.

10) Dotação - Quantidade de determinado material, cuja posse pelas Polícias Militares é autorizada pelo Ministério
do Exército, visando ao perfeito cumprimento de suas missões.

11) Escala Hierárquica - Fixação ordenada dos postos e graduações existentes nas Policias Militares (PM).

12 ) Fiscalização - Ato ou efeito de observar, examinar e inspecionar as Polícias Militares, com vistas ao perfeito
cumprimento das disposições legais estabelecidas pela União.

13) Graduação - Grau hierárquico da praça.

14) Grave Perturbação ou Subversão da Ordem - Corresponde a todos os tipos de ação, inclusive as decorrentes de
calamidade pública, que por sua, natureza, origem, amplitude, potencial e vulto:

a) superem a capacidade de condução das medidas preventivas e repressivas tomadas pelos Governos Estaduais;

b) sejam de natureza tal que, a critério do Governo Federal, possam vir a comprometer a integridade nacional, o
livre funcionamento de poderes constituídos, a lei, a ordem e a prática das instituições;

c) impliquem na realização de operações militares.

15) Hierarquia Militar - Ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças Armadas e
Forças Auxiliares.

16) Inspeção - Ato da autoridade competente, com objetivo de verificar, para fins de controle e coordenação, as
atividades e os meios das Policias Militares.

17) Legislação Específica - Legislação promulgada pela União, relativa às Policias Militares.

18) Legislação Peculiar ou Própria - Legislação da Unidade da Federação, pertinente à Polícia Militar.

96
19) Manutenção da Ordem Pública - É o exercício dinâmico do poder de polícia, no campo da segurança pública,
manifestado por atuações predominantemente ostensivas, visando a prevenir, dissuadir, coibir ou reprimir eventos
que violem a ordem pública.

20) Material Bélico de Polícia Militar - Todo o material necessário às Policias Militares para o desempenho de suas
atribuições especificas nas ações de Defesa Interna e de Defesa Territorial.

Compreendem-se como tal:

a) armamento;

b) munição;

c) material de Motomecanização;

d) material de Comunicações;

e) material de Guerra Química;

f) material de Engenharia de Campanha.

21) Ordem Pública -.Conjunto de regras formais, que emanam do ordenamento jurídico da Nação, tendo por escopo
regular as relações sociais de todos os níveis, do interesse público, estabelecendo um clima de convivência
harmoniosa e pacífica, fiscalizado pelo poder de polícia, e constituindo uma situação ou condição que conduza ao
bem comum.

22) Operacionalidade - Capacidade de uma organização policial-militar para cumprir as missões a que se destina.

23) Orientação - Ato de estabelecer para as Polícias Militares diretrizes, normas, manuais e outros documentos, com
vistas à sua destinação legal.

24) Orientação Operacional - Conjunto de diretrizes baixadas pela Chefia do órgão responsável pela Segurança
Pública nas Unidades Federativas, visando a assegurar a coordenação do planejamento da manutenção da ordem
pública a cargo dos órgãos integrantes do Sistema de Segurança Pública.

25) Perturbação da Ordem - Abrange todos os tipos de ação, inclusive as decorrentes de calamidade pública que,
por sua natureza, origem, amplitude e potencial possam vir a comprometer, na esfera estadual, o exercício dos
poderes constituídos, o cumprimento das leis e a manutenção da ordem pública, ameaçando a população e
propriedades públicas e privadas.

As medidas preventivas e repressivas neste caso, estão incluídas nas medidas de Defesa Interna e são conduzidas
pelos Governos Estaduais, contando ou não com o apoio do Governo Federal.

26) Planejamento - Conjunto de atividades, metodicamente desenvolvidas, para esquematizar a solução de um


problema, comportando a seleção da melhor alternativa e o ordenamento contentemente avaliado e reajustado, do
emprego dos meios disponíveis para atingir os objetivos estabelecidos.

27) Policiamento Ostensivo - Ação policial, exclusiva das Policias Militares em cujo emprego o homem ou a fração
de tropa engajados sejam identificados de relance, quer pela farda quer pelo equipamento, ou viatura, objetivando a
manutenção da ordem pública.

São tipos desse policiamento, a cargo das Polícias Militares ressalvadas as missões peculiares das Forças Armadas,
os seguintes:

- ostensivo geral, urbano e rural;

- de trânsito;

- florestal e de mananciais;

97
- rodoviária e ferroviário, nas estradas estaduais;

- portuário;

- fluvial e lacustre;

- de radiopatrulha terrestre e aérea;

- de segurança externa dos estabelecimentos penais do Estado;

- outros, fixados em legislação da Unidade Federativa, ouvido o Estado-Maior do Exército


através da Inspetoria-Geral das Polícias Militares.

28) Posto - Grau hierárquico do oficial.

29) Praças Especiais - Denominação atribuída aos policiais-mílitares não enquadrados na escala hierárquica como
oficiais ou praças.

30) Precedência - Primazia para efeito de continência e sinais de respeito.

31) Subordinação - Ato ou efeito de uma corporação policial-militar ficar, na totalidade ou em parte, diretamente
sob o comando operacional dos Comandantes dos Exércitos ou Comandantes Militares de Área com jurisdição na
área dos Estados, Territórios e Distrito Federal e com responsabilidade de Defesa Interna ou de Defesa Territorial.

32) Uniforme e Farda - Tem a mesma significação.

33) Vinculação - Ato ou efeito de uma Corporação Policial-Militar por intermédio do comandante Geral atender
orientarão e ao planejamento global de manutenção da ordem pública, emanados da Chefia do órgão responsável
pela Segurança Pública nas Unidades da Federação, com vistas a obtenção de soluções integradas.

34) Visita - Ato por meio do qual a autoridade competente estabelece contatos pessoais com os Comandos de
Polícias Militares, visando a obter, por troca de idéias e informações, uniformidade de conceitos e de ações que
facilitem o perfeito cumprimento, pelas Polícias Militares, da legislação e das normas baixadas pela União.

Art . 3º - O Ministério do Exército exercerá o controle e a coordenação das Polícias Militares, atendidas as
prescrições dos § 3º, 4º e 6º do artigo 10 do Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967 (Reforma Administrativa),
por intermédio dos seguintes órgãos:

1) Estado-Maior do Exército, em todo o território nacional;

2) Exércitos e Comandos Militares de Área, como grandes escalões de enquadramento e preparação da tropa para
emprego nas respectivas jurisdições;

3) Regiões Militares, como órgãos territoriais, e demais Grandes Comandos, de acordo com a delegação de
competência que lhes for atribuída pelos respectivos Exércitos ou Comandos Militares de Área.

Parágrafo único - O controle e a coordenação das Polícias Militares abrangerão os aspectos de organização e
legislação, efetivos, disciplina, ensino e instrução, adestramento, material bélico de Polícia Militar, de Saúde e
Veterinária de campanha, aeronave, como se dispuser neste Regulamento e de conformidade com a política
conveniente traçada pelo Ministério do Exército. As condições gerais de convocação, inclusive mobilização, serão
tratadas em instruções.

Art . 4º - A Polícia Militar poderá ser convocada, total ou parcialmente, nas seguintes hipóteses:

1) Em caso de guerra externa;

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2) Para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção, e nos casos de calamidade
pública declarada pelo Governo Federal e no estado de emergência, de acordo com diretrizes especiais baixadas
pelo Presidente da República.

Art . 5º - As Polícias Militares, a critério dos Exércitos e Comandos Militares de Área, participarão de exercícios,
manobras e outras atividades de instrução necessárias às ações específicas de Defesa Interna ou de Defesa
Territorial, com efetivos que não prejudiquem sua ação policial prioritária.

Art . 6º - Os Comandantes-Gerais das Polícias Militares poderão participar dos planejamentos das Forças Terrestres,
que visem a Defesa Interna e à Defesa Territorial.

CAPíTULO III

Da Estrutura e Organização

Art . 7º - A criação e a localização de organizações policiais-militares deverão atender ao cumprimento de suas


missões normais, em consonância com os planejamentos de Defesa Interna e de Defesa Territorial, dependendo de
aprovação pelo Estado-Maior do Exército.

Parágrafo único - Para efeito deste artigo, as propostas formuladas pelos respectivos Comandantes-Gerais de
Polícia Militar serão examinadas pelos Exércitos ou Comandos Militares de Área e encaminhadas ao Estado-Maior
do Exército, para aprovação.

Art . 8º - Os atos de nomeação e exoneração do Comandante-Geral de Polícia Militar deverão ser simultâneos,
obedecidas as prescrições do artigo 6º, do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de 1969, na redação modificada
pelo Decreto-lei nº 2.010, de 12 de janeiro de 1983. Proceder-se à da mesma for quanto ao Comandante-Geral de
Corpo de Bombeiro Militar.

§ 1º - O policial do serviço ativo do Exército, nomeado para comandar Polícia Militar ou Corpo de Bombeiro Militar,
passará à disposição do respectivo Governo do Estado, Território ou Distrito Federal, pelo prazo de 2 (dois) anos.

§ 2º - O prazo a que se refere o parágrafo anterior poderá ser prorrogado por mais 2 (dois) anos, por proposta dos
Governadores respectivos.

§ 3º - Aplicam-se as prescrições dos § 1º e 2º, deste artigo, ao Oficial do serviço ativo do Exército que passar à
disposição, para servir no Estado-Maior ou como instrutor das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares,
obedecidas para a designação as prescrições do art. 6º do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de 1969, na redação dada
pelo Decreto-lei nº 2.010, de 12 de janeiro de 1983, ressalvado quanto ao posto.

§ 4º - Salvo casos especiais, a critério do Ministro do Exército, o Comandante exonerado deverá aguardar no
Comando o seu substituto efetivo.

Art . 9º - O Comandante de Polícia Militar, quando Oficial do Exército, não poderá desempenhar, ainda que
acumulativamente com as funções de Comandantes, outra função, no âmbito estadual, por prazo superior a 30
(trinta) dias em cada período consecutivo de 10 (dez) meses.

Parágrafo único - A colaboração prestada pelo Comandante de Polícia Militar a órgãos de caráter técnico, desde que
não se configure caso de acumulação previsto na legislação vigente e nem prejudique o exercício normal de suas
funções, não constitui impedimento constante do parágrafo 7º do Art 6º do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de
1969.

Art . 10 - Os Comandantes-Gerais das Polícias Militares são os responsáveis, em nível de Administração Direta,
perante os Governadores das respectivas Unidades Federativas, pela administração e emprego da Corporação.

§ 1º - Com relação ao emprego, a responsabilidade funcional dos Comandantes-Gerais verificar-se-á quanto à


operacionalide, ao adestramento e aprestamento das respectivas Corporações Policiais-Militares.

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§ 2º - A vinculação das Polícias Militares ao órgão responsável pela Segurança Pública nas Unidades Federativas
confere, perante a Chefia desse órgão, responsabilidade aos Comandantes-Gerais das Polícias Militares quanto à
orientação e ao planejamento operacionais da manutenção da ordem pública, emanados daquela Chefia.

§ 3º - Nas missões de manutenção da ordem pública, decorrentes da orientação e do planejamento do Órgão


responsável pela Segurança Pública nas Unidades Federativas, são autoridades competentes, para efeito do
planejamento e execução do emprego das Polícias Militares, os respectivos Comandantes-Gerais e, por delegação
destes, os Comandantes de Unidades e suas frações, quando for o caso.

CAPíTULO IV

Do Pessoal das Polícias Militares

Art . 11 - Consideradas as exigências de formação profissional, o cargo de Comandante-Geral da Corporação, de


Chefe do Estado-Maior Geral e de Diretor, Comandante ou Chefe de Organização Policial-Militar (OPM) de nível
Diretoria, Batalhão PM ou equivalente, serão exercidos por Oficiais PM, de preferência com o Curso Superior de
Polícia, realizado na própria Polícia Militar ou na de outro Estado.

Parágrafo único - Os Oficiais policiais-militares já diplomados pelos Cursos Superiores de Polícia do Departamento
de Policia Federal e de Aperfeiçoamento de Oficiais do Exército terão, para todos os efeitos, o amparo legal
assegurado aos que tenham concluído o curso correspondente nas Polícias Militares.

Art . 12 - A exigência dos Cursos de Aperfeiçoamento de Oficiais e Superior de Polícia para Oficiais Médicos,
Dentistas, Farmacêuticos e Veterinários, ficará a critério da respectiva Unidade Federativa e será regulada mediante
legislação peculiar, ouvido o Estado-Maior do Exército.

Art . 13 - Poderão ingressar nos Quadros de Oficiais Policiais-Militares, caso seja conveniente à Polícia Militar,
Tenentes da Reserva não Remunerada das Forças Armadas, mediante requerimento ao Ministro de Estado
correspondente, encaminhado por intermédio da Região Militar, Distrito Naval ou Comando Aéreo Regional.

Art . 14 - O acesso na escala hierárquica, tanto de oficiais como de praças, será gradual e sucessivo, por promoção,
de acordo com a legislação peculiar de cada Unidade da Federação, exigidos dentre outros, os seguintes requisitos
básicos:

1) para todos os postos e graduações, exceto 3º Sgt e Cabo PM:

- Tempo de serviço arregimentado, tempo mínimo de permanência no posto ou graduação, condições de


merecimento e antigüidade, conforme dispuser a legislação peculiar;

2) para promoção a Cabo: Curso de Formação de Cabo PM;

3) para promoção a 3º Sargento PM: Curso de Formação de Sargento PM;

4) para promoção a 1º Sargento PM: Curso de Aperfeiçoamento de Sargento PM;

5) para promoção ao posto de Major PM: Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais PM;

6) para promoção ao posto de Coronel PM: Curso Superior de Polícia, desde que haja o Curso na Corporação.

Art . 15 - Para ingresso nos quadros de Oficiais de Administração ou de Oficiais Especialistas, concorrerão os
Subtenentes e 1º Sargentos, atendidos os seguintes requisitos básicos:

1) possuir o Ensino de 2º Grau completo ou equivalente;

2) possuir o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos.

Parágrafo único - É vedada aos integrantes dos quadros de Oficiais de Administração e de Oficiais Especialistas, a
matrícula no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais.

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Art . 16 - A carreira policial-militar é caracterizada por atividade continuada e inteiramente devotada às finalidades
precípuas das Polícias Militares, denominada "Atividade Policial-Militar."

Art . 17 - A promoção por ato de bravura, em tempo de paz, obedecerá às condições estabelecidadas na legislação
da Unidade da Federação.

Art . 18 - O acesso para as praças especialistas músicos será regulado em legislação própria.

Art . 19 - Os policiais-militares na reserva poderão ser designados para o serviço ativo, em caráter transitório e
mediante aceitação voluntária, por ato do Governador da Unidade da Federação, quando:

1) se fizer necessário o aproveitamento de conhecimentos técnicos e especializados do policial-militar;

2) não houver, no momento, no serviço ativo, policial-militar habilitado a exercer a função vaga existente na
Organização Policial-Militar.

Parágrafo único - O policial-militar designado terá os direitos e deveres dos da ativa de igual situação hierárquica,
exceto quanto à promoção, a que não concorrerá, e contará esse tempo de efetivo serviço.

CAPíTULO V

Do Exercício de Cargo ou Função

Art 20 - São considerados no exercício de função policial-militar os policiais-militares da ativa ocupantes dos
seguintes cargos:

1) os especificados nos Quadros de Organização da Corporação a que pertencem;

2) os de instrutor ou aluno de estabelecimento de ensino das Forças Armadas ou de outra Corporação Policial-
Militar, no país e no exterior; e

3) os de instrutor ou aluno da Escola Nacional de Informações e da Academia Nacional de Polícia da Polícia


Federal.

Parágrafo único - São considerados também no exercício de função policial-militar os policiais-militares colocados à
disposição de outra Corporação Policial-Militar.

Art. 21. São considerados no exercício de função de natureza policial-militar ou de interesse policial-militar ou de
bombeiro-militar, os militares dos Estados, do Distrito Federal ou dos Territórios, da ativa, colocados à disposição
do Governo Federal para exercerem cargo ou função nos seguintes órgãos: (Redação dada pelo Decreto nº 5.896,
de 2006)

I - da Presidência e da Vice-Presidência da República; (Redação dada pelo Decreto nº 8.377, de 2014)

II - Ministério ou órgão equivalente; (Redação dada pelo Decreto nº 8.806, de 2016)

III - Secretaria Nacional de Segurança Pública, Secretaria Nacional de Justiça, Secretaria Nacional de Políticas sobre
Drogas, Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos e Conselho Nacional de Segurança Pública,
do Ministério da Justiça; (Redação dada pelo Decreto nº 8.377, de 2014)

IV - Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional; (Redação dada pelo
Decreto nº 8.377, de 2014)

V - Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores e Conselho Nacional de Justiça; (Redação dada pelo
Decreto nº 8.377, de 2014)

VI - Ministério Público da União e Conselho Nacional do Ministério Público; (Redação dada pelo Decreto nº
8.377, de 2014)

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§ 1º São ainda considerados no exercício de função de natureza policial-militar ou bombeiro-militar ou de interesse
policial-militar ou bombeiro-militar, os policiais-militares e bombeiros-militares da ativa nomeados ou designados
para: (Redação dada pelo Decreto nº 4.531, de 2002)

1) o Gabinete Militar, a Casa Militar ou o Gabinete de Segurança Institucional, ou órgão equivalente, dos Governos
dos Estados e do Distrito Federal; (Redação dada pelo Decreto nº 4.531, de 2002)

2) o Gabinete do Vice-Governador; (Redação dada pelo Decreto nº 4.531, de 2002)

3) a Secretaria de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal, ou órgão equivalente; (Redação dada pelo
Decreto nº 4.531, de 2002)

4) órgãos da Justiça Militar Estadual e do Distrito Federal; e (Incluído pelo Decreto nº 4.531, de 2002)

5) a Secretaria de Defesa Civil dos Estados e do Distrito Federal, ou órgão equivalente. (Incluído pelo Decreto nº
4.531, de 2002)

6) órgãos policiais de segurança parlamentar da Câmara Legislativa do Distrito Federal. (Incluído pelo Decreto
nº 5.416, de 2005)

7) Administrador Regional e Secretário de Estado do Governo do Distrito Federal, ou equivalente, e cargos de


Natureza Especial níveis DF-14 ou CNE-7 e superiores nas Secretarias e Administrações Regionais de interesse da
segurança pública, definidos em ato do Governador do Distrito Federal; e (Incluído pelo Decreto nº 6.745, de
2009)

8) Diretor de unidade da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em áreas de risco ou de interesse da


segurança pública definidas em ato do Governador do Distrito Federal. (Incluído pelo Decreto nº 6.745, de 2009)

9) a Secretaria de Estado de Ordem Pública e Social do Distrito Federal. (Incluído pelo Decreto nº 7.292, de
2010)

§ 2o Os policiais-militares e bombeiros-militares da ativa só poderão ser nomeados ou designados para exercerem


cargo ou função nos órgãos constantes dos itens 1 a 6 do § 1 o na conformidade de vagas e cargos nos respectivos
órgãos cessionários. (Redação dada pelo Decreto nº 6.745, de 2009)

Art . 22 - Os policiais-militares da ativa, enquanto nomeados ou designados para exercerem cargo ou função em
qualquer dos órgãos relacionados nos Art 20 e 21, não poderão passar à disposição de outro órgão.

Art. 23. Os Policiais Militares nomeados juízes dos diferentes Órgãos da Justiça Militar Estadual serão regidos por
legislação especial. (Redação dada pelo Decreto nº 95.073, de 21.10.1987)

Art . 24 - Os policiais-militares, no exercício de função ou cargo não catalogados nos Art 20 e 21 deste Regulamento,
são considerados no exercício de função de natureza civil.

Parágrafo único - Enquanto permanecer no exercício de função ou cargo público civil temporário, não eletivo,
inclusive da administração indireta, o policial-militar ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá ser
promovido por antigüidade, constando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência
para a inatividade e esta se dará, ex-officio , depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, na forma da lei.

Art . 25 - As Polícias Militares manterão atualizada uma relação nominal de todos os policiais-militares, agregados
ou não, no exercício de cargo ou função em órgão não pertencente à estrutura da Corporação.

Parágrafo único - A relação nominal será semestralmente publicada em Boletim Interno da Corporação e deverá
especificar a data de apresentação do serviço e a natureza da função ou cargo exercido, nos termos deste
Regulamento.

CAPíTULO VI

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Do Ensino, Instrução e Material

Art . 26 - O ensino nas Polícias Militares orientar-se-á no sentido da destinação funcional de seus integrantes, por
meio da formação, especialização e aperfeiçoamento técnico-profissional, com vistas, prioritariamente, à Segurança
Pública.

Art . 27 - O ensino e a instrução serão orientados, coordenados e controlados pelo Ministério do Exército, por
intermédio do Estado-Maior do Exército, mediante a elaboração de diretrizes e outros documentos normativos.

Art . 28 - A fiscalização e o controle do ensino e da instrução pelo Ministério do Exército serão exercidos:

1) pelo Estado-Maior do Exército, mediante a verificação de diretrizes, planos gerais, programas e outros
documentos periódicos, elaborados pelas Polícias Militares; mediante o estudo de relatórios de visitas e inspeções
dos Exércitos e Comandos Militares de Área, bem como por meio de visitas e inspeções do próprio Estado-Maior do
Exército, realizadas por intermédio da Inspetoria-Geral das Policias Militares;

2) pelos Exércitos e Comandos Militares de Área, nas áreas de sua jurisdição, mediante visitas e inspeções, de
acordo com diretrizes e normas baixadas pelo Estado-Maior do Exército;

3) pelas Regiões Militares e outros Grandes Comandos, nas respectivas áreas de jurisdição, por delegação dos
Exércitos ou Comandos Militares de Área, mediante visitas e inspeções, de acordo com diretrizes e normas baixadas
pelo Estado-Maior do Exército.

Art . 29 - As características e as dotações de material bélico de Polícia Militar serão fixadas pelo Ministério do
Exército, mediante proposta do Estado-Maior do Exército.

Art . 30 - A aquisição de aeronaves, cuja existência e uso possam ser facultados às Polícias Militares, para melhor
desempenho de suas atribuições específicas, bem como suas características, será sujeita à aprovação pelo Ministério
da Aeronáutica, mediante proposta do Ministério do Exército.

Art . 31 - A fiscalização e o controle do material das Polícias Militares serão procedidos:

1) pelo Estado-Maior do Exército, mediante a verificação de mapas e documentos periódicos elaborados pelas
Polícias Militares; por visitas e inspeções, realizadas por intermédio da Inspetoria-Geral das Polícias Militares, bem
como mediante o estudo dos relatórios de visitas e inspeções dos Exércitos e Comandos Militares de Área;

2) pelos Exércitos e Comandos Militares de Área, nas respectivas áreas de jurisdição, através de visitas e inspeções,
de acordo com diretrizes e normas baixadas pelo Estado-Maior do Exército;

3) pelas Regiões Militares e outros Grandes Comandos, nas respectivas áreas de jurisdição, por delegação dos
Exércitos e Comandos Militares de Área, mediante visitas e inspeções, de acordo com diretrizes normas baixadas
pelo Estado-Maior do Exército.

Art . 32 - A fiscalização e o controle do material das Polícias Militares far-se-ão sob os aspectos de:

1) características e especificações;

2) dotações;

3) aquisições;

4) cargas e descargas, recolhimentos e alienações;

5) existência e utilização;

6) manutenção e estado de conservação.

§ 1º - A fiscalização e controle a serem exercidos pelos Exércitos, Comandos Militares de Área, Regiões Militares e
demais Grandes Comandos, restringir-se-ão aos aspectos dos números 4), 5) e 6).

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§ 2º - As aquisições do armamento e munição atenderão às prescrições da legislação federal pertinente.

CAPíTULO VII

Do Emprego Operacional

Art . 33 - A atividade operacional policial-militar obedecerá a planejamento que vise, principalmente, à manutenção
da ordem pública nas respectivas Unidades Federativas.

Parágrafo único - As Polícias Militares, com vistas à integração dos serviços policiais das Unidades Federativas, nas
ações de manutenção da ordem pública, atenderão às diretrizes de planejamento e controle operacional do titular
do respectivo órgão responsável pela Segurança Pública.

Art . 34 - As Polícias Militares, por meio de seus Estados-Maiores, prestarão assessoramento superior à chefia do
órgão responsável pela Segurança Pública nas Unidades Federativas, com vistas ao planejamento e ao controle
operacional das ações de manutenção da ordem pública.

§ 1º - A envergadura e as características das ações de manutenção da ordem pública indicarão o nível de comando
policial-militar, estabelecendo-se assim, a responsabilidade funcional perante a Comandante-Geral da Polícia
Militar.

§ 2º - Para maior eficiência das ações, deverá ser estabelecido um comando policial-militar em cada área de
operações onde forem empregadas frações de tropa de Polícia Militar.

Art . 35 - Nos casos de perturbação da ordem, o planejamento das ações de manutenção da ordem pública deverá
ser considerado como de interesse da Segurança Interna.

Parágrafo único - Nesta hipótese, o Comandante-Geral da Polícia Militar ligar-se-á ao Comandante de Área da
Força Terrestre, para ajustar as medidas de Defesa Interna.

Art . 36 - Nos casos de grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção, as Polícias Militares cumprirão as
missões determinadas pelo Comandante Militar de Área da Força Terrestre, de acordo com a legislação em vigor.

CAPíTULO VIII

Da Competência do Estado-Maior do Exército, através da

Inspetoria-Geral das Polícias Militares

Art . 37 - Compete ao Estado-Maior do Exército, por intermédio da Inspetoria-Geral das Polícias Militares:

1) o estabelecimento de princípios, diretrizes e normas para a efetiva realização do controle e da coordenação das
Polícias Militares por parte dos Exércitos, Comandos Militares de Área, Regiões Militares e demais Grandes
Comandos;

2) a centralização dos assuntos da alçada do Ministério do Exército, com vistas ao estabelecimento da política
conveniente e à adoção das providências adequadas;

3) a orientação, fiscalização e controle do ensino e da instrução das Polícias Militares;

4) o controle da organização, dos efetivos e de todo material citado no parágrafo único do artigo 3º deste
Regulamento;

5) a colaboração nos estudos visando aos direitos, deveres, remuneração, justiça e garantias das Polícias Militares e
ao estabelecimento das condições gerais de convocação e de mobilização;

6) a apreciação dos quadros de mobilização para as Polícias Militares;

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7) orientar as Polícias Militares, cooperando no estabelecimento e na atualização da legislação básica relativa a essas
Corporações, bem como coordenar e controlar o cumprimento dos dispositivos da legislação federal e estadual
pertinentes.

Art . 38 - Qualquer mudança de organização, aumento ou diminuição de efetivos das Polícias Militares dependerá
de aprovação do Estado-Maior do Exército, que julgará da sua conveniência face às implicações dessa mudança no
quadro da Defesa Interna e da Defesa Territorial.

§ 1º - As propostas de mudança de efetivos das Polícias Militares serão apreciadas consoante os seguintes fatores,
concernentes à respectiva Unidade da Federação:

1) condições geo-sócio-econômicas;

2) evolução demográfica;

3) extensão territorial;

4) índices de criminalidade;

5) capacidade máxima anual de recrutamento e de formação de policiais-militares, em particular os Soldados PM;

6) outros, a serem estabelecidos pelo Estado-Maior do Exército.

§ 2º - Por aumento ou diminuição de efetivo das Polícias Militares compreende-se não só a mudança no efetivo
global da Corporação mas, também, qualquer modificação dos efetivos fixados para cada posto ou graduação,
dentro dos respectivos Quadros ou Qualificações.

Art . 39 - O controle da organização e dos efetivos das Polícias Militares será feito mediante o exame da legislação
peculiar em vigor nas Polícias Militares e pela verificação, dos seus efetivos, previstos e existentes, inclusive em
situações especiais, de forma a mantê-los em perfeita adequabilidade ao cumprimento das missões de Defesa
Interna e Defesa Territorial, sem prejuízos para a atividade policial prioritária.

Parágrafo único - O registro dos dados concernentes à organização e aos efetivos das Polícias Militares será feito
com a remessa periódica de documentos pertinentes à Inspetoria-Geral das Polícias Militares.

CAPíTULO IX

Das Prescrições Diversas

Art . 40 - Para efeito das ações de Defesa Interna e de Defesa Territorial, nas situações previstas nos Art 4º e 5º deste
Regulamento, as unidades da Polícia Militar subordinar-se-ão ao Grande Comando Militar que tenha jurisdição
sobre a área em que estejam localizadas, independentemente do Comando da Corporação a que pertençam ter sede
em território jurisdicionado por outro Grande Comando Militar.

Art . 41 - As Polícias Militares integrarão o Sistema de Informações do Exército, conforme dispuserem os


Comandantes de Exército ou Comandos Militares de Área, nas respectivas áreas de jurisdição.

Art . 42 - A Inspetoria-Geral das Polícias Militares tem competência para se dirigir diretamente às Polícias Militares,
bem como aos órgãos responsáveis pela Segurança Pública e demais congêneres, quando se tratar de assunto
técnico-profissional pertinente às Polícias Militares ou relacionado com a execução da legislação federal específica
àquelas Corporações.

Art . 43 - Os direitos, remuneração, prerrogativas e deveres do pessoal das Polícias Militares, em serviço ativo ou na
inatividade, constarão de legislação peculiar em cada Unidade da Federação, estabelecida exclusivamente para as
mesmas. Não será permitido o estabelecimento de condições superiores às que, por lei ou regulamento, forem
atribuídas ao pessoal das Forças Armadas, considerada a correspondência relativa dos postos e graduações.

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Parágrafo único - No tocante a Cabos e Soldados, será permitido exceção no que se refere à remuneração bem como
à idade-limite para permanência no serviço ativo.

Art . 44 - Os Corpos de Bombeiros, à semelhança das Polícias Militares, para que passam ter a condição de "militar"
e assim serem considerados forças auxiliares, reserva do Exército, têm que satisfazer às seguintes condições:

1) serem controlados e coordenados pelo Ministério do Exército na forma do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de
1969, modificado pelo Decreto-lei nº 2.010, de 12 de janeiro de 1983, e deste Regulamento;

2) serem componentes das Forças Policiais-Militares, ou independentes destas, desde que lhes sejam
proporcionadas pelas Unidades da Federação condições de vida autônoma reconhecidas pelo Estado-Maior do
Exército;

3) serem estruturados à base da hierarquia e da disciplina militar;

4) possuírem uniformes e subordinarem-se aos preceitos gerais do Regulamento Interno e dos Serviços Gerais e do
Regulamento Disciplinar, ambos do Exército, e da legislação específica sobre precedência entre militares das Forças
Armadas e os integrantes das Forças Auxiliares;

5 ) ficarem sujeitos ao Código Penal Militar;

6) exercerem suas atividades profissionais em regime de trabalho de tempo integral.

§ 1º - Caberá ao Ministério do Exército, obedecidas as normas deste Regulamento, propor ao Presidente da


República a concessão da condição de "militar" aos Corpos de Bombeiros.

§ 2º - Dentro do Território da respectiva Unidade da Federação, caberá aos Corpos de Bombeiros Militares a
orientação técnica e o interesse pela eficiência operacional de seus congêneres municipais ou particulares. Estes são
organizações civis, não podendo os seus integrantes usar designações hierárquicas, uniformes, emblemas, insígnias
ou distintivos que ofereçam semelhança com os usados pelos Bombeiros Militares e que possam com eles ser
confundidos.

Art . 45 - A competência das Polícias Militares estabelecida no artigo 3º, alíneas a, b e c do Decreto-lei nº 667, de 02
de julho de 1969, na redação modificada pelo Decreto-lei nº 2.010, de 12 de janeiro de 1983, e na forma deste
Regulamento, é intransferível, não podendo ser delegada ou objeto de acordo ou convênio.

§ 1º - No interesse da Segurança Interna e a manutenção da ordem pública, as Polícias Militares zelarão e


providenciarão no sentido de que guardas ou vigilantes municipais, guardas ou serviços de segurança particulares
e outras organizações similares, exceto aqueles definidos na Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, e em sua
regulamentação, executem seus serviços atendidas as prescrições deste artigo.

§ 2º - Se assim convier à Administração das Unidades Federativas e dos respectivos Municípios, as Polícias
Militares poderão colaborar no preparo dos integrantes das organizações de que trata o parágrafo anterior e
coordenar as atividades do policiamento ostensivo com as atividades daquelas organizações.

Art . 46 - Os integrantes das Polícias Militares, Corporações instituídas para a manutenção da ordem pública e da
segurança interna nas respectivas Unidades da Federação, constituem uma categoria de servidores públicos dos
Estados, Territórios e Distrito Federal, denominado de "policiais-militares".

Art . 47 - Sempre que não colidir com as normas em vigor nas unidades da Federação, é aplicável às Polícias
Militares o estatuído pelo Regulamento de Administração do Exército, bem como toda a sistemática de controle de
material adotada pelo Exército.

Art . 48 - O Ministro do Exército, obedecidas as prescrições deste Regulamento, poderá baixar instruções
complementares que venham a se fazer necessárias à sua execução.

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