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Lembramos que para a montagem de um sistema de produção a pasto com uso de cercas elétricas eficientes é
necessário:
- boa orientação técnica;
- tipo de manejo que se pretende realizar.
- condições climáticas do local;
- topografia do terreno;
- fonte de água ou recursos hídricos disponíveis;
- dimensão dos piquetes e lay out do piqueteamento;
- tipo de forrageira;
- categoria, raça e tamanho dos lotes a serem manejados;
- adquirir materiais de boa qualidade;
O uso de cercas elétricas visando otimizar o uso das pastagens deve ser avaliado de acordo com os dados
coletados na área de implantação. Para isto não existe nenhuma “receita de bolo” a ser seguida e sim o uso de
bom senso para escolha da melhor tecnologia a ser usada.
Na primeira alternativa tem-se, normalmente, grandes áreas de pastejo (100 ha ou mais) sendo subdivididas em
áreas menores (50 ha ou menos cada). Avalia-se então a capacidade de suporte da pastagem estabelecendo assim
o tamanho dos lotes de animais. Este grupo de animais permanece então nesta mesma área durante todo o ano.
Este manejo é indicado para bovinos de corte. A situação das pastagens antes da implantação das cercas,
determinará a necessidade de adubação corretiva, de acordo com a análise do solo e recomendação de um
agrônomo. Quando se tem a indicação de pastejo rotacionado, pretende-se com este maximizar o uso das áreas de
pasto e mInimizar as variações no valor nutritivo da matéria verde ingerida. Este sistema é indicado para animais de
maior exigência nutricional e em áreas mais valorizadas.
Dentro dos sistemas de pastejo rotacionados temos ainda a variação de tamanho dos piquetes, carga animal, uso
de adubação química ou não, irrigação, período de permanência dos animais nos piquetes, período de descanso
para a forragem e existência de áreas de pastagem adjacentes ao sistema para suprir eventuais erros de manejo.
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III - CONSTRUÇÃO DE CERCA ELÉTRICA
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III - CONSTRUÇÃO DE CERCA ELÉTRICA
cerca
convencional
(farpado ou liso) porteiras
1.6 - Determinação do modelo de cerca a ser usado para bovinos: (Outras espécies ver pág. 36)
"Apesar da cerca elétrica funcionar basicamente pelo efeito psicológico do choque sobre os animais, esta deve ser
montada com mediana resistência mecânica a fim de minimizar as manutenções e aumentar a distância entre os
mourões diminuindo assim o custo final das cercas."
Indicações:
- cercas elétricas provisórias;
- utilizável apenas para categoria adulta de bovinos leiteiros;
- não recomendada para gado zebú (aprendem a pular com facilidade).
= fio eletrificado
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Indicações:
- utilizável para gado leiteiro sem bezerro ao pé;
- para recria;
- terminação de zebuínos.
3) CERCA DE 3 FIOS.
Vantagens:
Cercas com três fios isolados são bem mais eficientes que as de 1 ou 2 fios,
veja porque:
- são mais versáteis, podem ser usadas para todas as categorias animais;
- proporcionam pouca manutenção;
- permitem o manejo dos fios nas seguintes situações:
= fio eletrificado
NAS ÁGUAS
= fio terra .
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NAS SECAS
B) CERCAS MÓVEIS:
As cercas elétricas móveis estão geralmente associadas a cercas convencionais (arames lisos ou farpado) ou
cercas elétricas fixas.
a) cercas provisórias:
- isolamento de áreas superpastejadas;
- proteção de pastagens e aguadas;
- proteção de lavouras;
- áreas com formação de lama.
Neste tipo de cerca, normalmente faz-se o uso de aparelho com fonte de energia solar, pois as áreas são em sua
maioria afastadas dos pontos de energia elétrica.
b) divisão de piquetes:
- adequação da área do piquete, em função do lote de animais;
- condições da forrageira e tempo de permanência nas áreas.
O uso de cercas móveis em sistemas de pastejo rotacionado pode não ser a alternativa mais econômica devido ao:
- elevado custo com mão-de-obra para mudança das cercas;
- alto custo dos carretéis, cabos flexíveis e outros acessórios.
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2.1) Aparelho
Para a escolha do aparelho deve-se ter à mão a quantidade de cercas (metros lineares), existência de pontos de luz
na área e o tipo de solo, com base nestes dados faz-se o levantamento na região de possíveis fornecedores,
preços, qualidade e assistência técnica.
Há ainda a opção da energia solar (painéis solares) para a manutenção da carga das baterias.
A eficiência ou capacidade de trabalho de cada aparelho é mencionada pelo fabricante em Km de cerca por
aparelho ou em Joules, sendo que 1 Joule corresponde aproximadamente a 10 Km de cerca eletrificada.
O aparelho deve ser instalado preferencialmente no centro do sistema de partejo sendo que os pontos mais
distantes das cercas fiquem eqüidistantes do aparelho. Os pontos limitantes para este procedimento são:
- Fonte de energia para o aparelho (aparelhos com fonte de energia do tipo alternada);
- Local impróprio para aterramento (solo seco e mau condutor);
- Lay out adequado; etc.
2.2) Aterramento
Deve-se seguir orientação do fabricante do aparelho; deve-se dar atenção maior às áreas de solo arenoso que
possuem menor condutibilidade e às cercas instaladas distante do local do aterramento do aparelho. (Ver pág 24)
2.3) Isoladores
As castanhas são indicadas para os cantos (ou passagens em ângulo) e as extremidades, podendo ser feitas de
plástico ou porcelana e sua correta instalação (ver pag 15) permite o estiramento dos fios das cercas com grandes
cargas sem que haja ruptura das mesmas.
Os isoladores tubulares (tipo mangueira) encontrados no mercado, podem ter suas paredes rompidas quando
usados em situação de laçada, nos cantos e extremidades divido à pressão que o fio exerce sobre ela
pressionando-a no mourão. Podem ser encontradas no mercado isoladores tubulares próprios para cantos e
extremidades, estes possuem uma proteção metálica que impede a deformação pela pressão.
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Para o isolamento dos mourões ou lascas de meio recomendamos o uso de isoladores tubulares próprios para
cercas elétricas com proteção contra raios U.V. e capacidade de isolamento do pulso. Este material pode ser
encontrado no mercado com várias marcas e modelos. Para que estes sejam eficientes faz-se necessária a
avaliação de sua qualidade e correta instalação.
As estacas ou lascas intermediárias podem ser espaçadas de 10 a 30m, procurando-se sempre manter o
paralelismo entre a superfície do solo e o arme.
Atenção: Estas dimensões mínimas são comprovadamente eficientes. Do ponto de vista econômico, não se justifica
a aquisição de peças maiores.
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Deve-se optar por nós seguidos de charruas, este procedimento confere maior resistência aos arremates dos
arames, ou charruas mais compridas.
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Utiliza-se um segmento do Belgo-ELETRIX para fazer o arremate no mourão e uma das laçadas na castanha, a
outra laçada da castanha deve ser feita com o Belgo-ELETRIX da cerca.
Nos cantos ou passagens em ângulo o Belgo-ELETRIX da cerca deverá passar livre pelo orifício sem fazer laçadas
seguindo até a castanha da extremidade, onde deverá ser arrematada com uma laçada ou com o GRIPPLE
(extremidade de estiramento).
Encaixe os isoladores tubulares nos mourões intermediários de acordo com as recomendações abaixo:
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Para o correto estiramento dos fios, fazemos primeiro a instalação dos isoladores de meio (isoladores tipo
mangueira) e castanhas nas extremidades e cantos, em seguida desenrolamos o Belgo-ELETRIX na extremidade
de estiramento do fio, passando-o nos mourões de meio e de canto (ou passagens em ângulo).
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