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RESUMO SIMPLES - RELATO DE CASO

HABRONEMOSE CUTÂNEA EM EQUINO

Jamylle Rodrigues De Moura (jamyllerodriguesmoura@gmail.com)

Ana Karoline Rodrigues Da Costa (karolrdac@gmail.com)

Jaine Mendes Lopes (jainemendeslopes@gmail.com)

Mirlam De Oliveira Sampaio Júnior (mirlamoliveirasjr@gmail.com)

Danilo Rocha De Melo (danilomelo.vet@gmail.com)

Luan Dos Santos Souza (luannsantosrj@outlook.com)

Felipe Pinheiro Gonçalves Da Silva (felipepinheiro2828@hotmail.com)

Deusdete Conceição Gomes Junior (deusdetegomesvet@gmail.com)

Introdução. A habronemose cutânea, ora denominada “ferida de verão” é uma


enfermidade comum em equinos, causada pelo ciclo errático do parasita
nematóide Habronema sp., um dos principais grupos de espécie de importância
na medicina veterinária, os quais possuem como hospedeiros intermediários a
mosca domestica (Musca domestica) e a mosca do estábulo (Stomoxys
calcitrans). Caracteriza-se por lesões granulomatosas irregulares com exsudato
sero-sanguinolento e prurido, principalmente em face, abdômen, membros e
pênis. Objetivo. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de
habronemose cutânea em um equino. Método. Um equino, macho, não
castrado, sem raça definida, 10 anos de idade, pesando 300kg foi atendido
com relato pelo tutor de que há um ano apresentava ferida na região do boleto
do membro torácico direito e na região medial dos olhos e, ainda, que realizou
tratamento tópico sem indicação médico-veterinária, porém, não houve melhora
clínica. Ao exame clínico, o animal apresentava-se com pelos opacos, magro,
com temperatura corporal de 38ºC, frequência cardíaca de 44 bpm e
respiratória de 21 mpm, mucosas normocoradas e normohidratado. Foi
identificada reatividade dos linfonodos submandibulares e soluções de
continuidades em membro torácico direito (próximo à região do boleto) e nos
cantos mediais de ambos os olhos. Diante dos achados, a suspeita clínica foi
de habronemose cutânea, sendo realizada biopsia incisional das lesões para
confirmação diagnóstica. Resultados e discussão. No exame histopatológico foi
observada dermatite granulomatosa, com infiltrado de eosinófilos, porém o
parasito não foi encontrado, uma vez que raramente é identificado. O
diagnóstico por exclusão foi definido uma vez que os diferenciais para ptiose e
neoplasias foram negativos. Instituiu-se tratamento oral a base de Abamectina
(200µg/kg, VO, em dose única) e tópico através da higienização diária da ferida
com água corrente e solução de PVP-I degermante seguida de escarificação
com escova. Após lavagem com água corrente e secagem da lesão com gaze
estéril, era aplicada formulação composta por Ganadol, carvão ativado e
Triclorfon. O paciente foi mantido sob cuidados clínicos por 38 dias e a
evolução clínica foi satisfatória. Foi dada alta condicionada sendo solicitada
manutenção do tratamento até completa reparação tecidual, que ocorreu após
90 dias. Depois de 24 meses da cura clinica não houve recidiva. Salienta-se
que o sucesso do tratamento se dá, principalmente, com a associação de
medidas preventivas, como a limpeza de estábulos e piquetes; vermifugação
periódica e uso de repelentes licenciados.

Conclusão. A realização de exames complementares é eficaz quando


associado aos sinais clínicos, possibilitando assim descartar patologias com
apresentações semelhantes, diagnosticando a enfermidade e instituindo a
terapia correta para a melhora sem recidiva. Enfatiza-se a importância do
tratamento correto, bem como de medidas de prevenção, visto que a
ocorrência da doença está relacionada com falta de manejo ambiental e
vermifugação dos animais.

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