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Anais Brasileiros de Dermatologia - Atualização terapêutica das micoses superficiais: artigo de revisão parte II<sup>*</sup> 24/09/17 09:28

Volume 88 Número 6

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REVISÃO

Atualização terapêutica das micoses superficiais: artigo de revisão parte II*


Treatment of superficial mycoses: review - part II*

Maria Fernanda Reis Gavazzoni Dias1; Fred Bernardes-Filho2; Maria Victória Pinto Quaresma-Santos2;
Adriana Gutstein da Fonseca Amorim3; Regina Casz Schechtman4; David Rubem Azulay5
1. 1 - Doutora - Professora da pós-graduação do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay
da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro (IDPRDA - SCMRJ) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil
2. Médicos pós-graduandos do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay da Santa Casa da
Misericórdia do Rio de Janeiro (IDPRDA - SCMRJ) e da Escola Médica de Pós-Graduação da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (EMPG/PUC-RJ) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil
3. Médica dermatologista - Clínica privada - Rio de Janeiro (RJ), Brasil
4. Doutora em Dermatologia pela Universidade de Londres. Coordenadora da pós-graduação em
Dermatologia e chefe do Setor de Micologia do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay da
Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro (IDPRDA - SCMRJ) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil
5. Mestre - Chefe do Serviço de Dermatologia do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay
da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro (IDPRDA - SCMRJ). Professor titular do curso de pós-
graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Professor da Fundação Souza
Marques e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil
Recebido em 27.07.2012.
Aprovado pelo Conselho Editorial e aceito para publicação em 11.12.2012.
Suporte Financeiro: Nenhum.
Conflito de Interesses: Nenhum.
Como citar este artigo/How to cite this article: Dias MFRG, Bernardes-Filho F, Quaresma-Santos MVP,
Amorim AGF, Schechtman RC, Azulay DR. Atualização terapêutica das micoses superficiais: artigo de
revisão parte II. An Bras Dermatol. 2013;88(6):937-44.
Correspondência:
Maria Fernanda Reis Gavazzoni Dias
Rua Mariz e Barros 176 salas 607 e 608 Icaraí
24220121 - Niterói -RJ Brasil
E-mail: mgavazzoni@gmail.com

Resumo
As infecções fúngicas superficiais dos cabelos, pele e unhas representam uma causa
importante de morbidade no mundo. O tratamento nem sempre é simples, havendo dificuldade
na escolha dos esquemas terapêuticos disponíveis na literatura, assim como suas possíveis

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interações medicamentosas e efeitos colaterais. A segunda parte do trabalho aborda os


principais esquemas terapêuticos das micoses superficiais - ceratofitoses, dermatofitoses,
candidíase -, possibilitando a consulta prática das drogas tópicas e sistêmicas mais utilizadas,
sua dosagem e tempo de utilização. Novas possibilidades terapêuticas antifúngicas também
são ressaltadas, assim como as apresentações disponíveis no mercado brasileiro e mundial.
Palavras-chave: Antifúngicos; Dermatomicoses; Leveduras; Micoses; Terapêutica; Tinha

ANTIFÚNGICOS
São substâncias antibióticas ou quimioterápicas que agem, direta ou indiretamente, contra os
fungos e, portanto, são de uso terapêutico nas micoses.1,2 Ao final da década de 60 e nos
anos 70, a descoberta dos derivados imidazólicos com atividade antifúngica foi um marco
importante na terapêutica das micoses superficiais e profundas pela sua elevada eficácia e
baixa toxicidade, além de atividade imunomoduladora.1,3 Nas duas últimas décadas, surgiram
vários novos agentes antifúngicos com melhores absorção e eficácia.2,4
A eficácia dos agentes tópicos nas micoses superficiais depende não apenas do tipo de lesão
e do mecanismo de ação do fármaco, mas também da viscosidade hidrofobicidade e acidez da
formulação. Independentemente da formulação, a penetração dos agentes tópicos em lesões
hiperceratóticas é, muitas vezes, precária.3,4,5,6 As formulações para aplicação cutânea
geralmente costumam ser o creme ou a solução. As pomadas são incômodas e
excessivamente oclusivas para as lesões intertriginosas maceradas ou fissuradas. O uso de
pós, aplicados em forma de sprays ou aerossóis, limita-se, em grande parte, aos pés e às
lesões úmidas das áreas intertriginosas. As formulações cutâneas não são apropriadas para
uso oral, vaginal ou ocular.3,7-10
Os antifúngicos podem ser classificados em diversas classes, conforme apresentado na tabela
1.

POLIENOS
São antifúngicos descritos pela primeira vez em 1950, produzidos pela fermentação de
espécies Streptomyces. Têm maior afinidade com o ergosterol da membrana celular dos
fungos do que com o colesterol das membranas celulares de humanos, o que facilita a
destruição da célula fúngica.1,2,3,10
São indicados no tratamento de infecções fúngicas superficiais e sistêmicas e não agem sobre
dermatófitos.1,2,3,10,11

NISTATINA
É fungicida e fungistática.2,10,12-14

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Eficaz e exclusivamente de uso tópico para tratamento da candidíase mucocutânea, já que,


praticamente, não é absorvida pelo TGI. É ineficaz para dermatofitoses.
A apresentação comercial se faz em creme, pomada, suspensão oral 100.000 UI/ml e drágeas
(500.000 M).
Existem também combinações de nistatina com antibacterianos ou corticosteroides.
Categoria B na gravidez.
Posologia:
Candidíase cutânea: 2-3 vezes/dia;
Vaginal: 1-2 vezes/dia;
Mucosa oral/esôfago: suspensão oral 1-2 ml, 4 vezes/dia, ou drágeas, 1 ou mesmo 2 drágeas
de 8 em 8 h; neste caso, estaria também indicada nas infecções repetidas da região perineal.
Interações medicamentosas: desconhecidas.
Reações adversas: dermatite de contato (mais frequente); raramente síndrome de Stevens-
Johnson, prurido, dispepsia, náuseas, vômitos, diarreia, eritema pigmentar fixo, edema da
língua, taquicardia, mialgia e broncoespasmo.

ANFOTERICINA B
É fungistática ou fungicida, dependendo da concentração e da sensibilidade do fungo.1,2,10,13-
15 Dentre as micoses superficiais, tem ação na candidíase e, recentemente, também foi
proposta para tratamento tópico de onicomicose por fungos não dermatófitos.
É um antifúngico de amplo espectro utilizado via parenteral; não é utilizado em micoses
superficiais sem complicações.
Categoria B na gravidez.
Apresentação comercial: ampolas de 50 mg.
Posologia:

A dose terapêutica habitual de anfotericina B é de 0,5-0,6 mg/kg, administrada em soro


glicosado a 5% durante mais de 4 horas.
Dispõe-se no comércio em loção, creme e pomada; todas essas preparações contêm 3% de
anfotericina B e são aplicadas à lesão 2-4 x/dia.
Interações medicamentosas: adefovir, aminoglicosídeos, astemizole, cephalotin, cidofovir,
ciclosporina, digoxina, ethoxzolamide, fluconazol, flucytosine, ganciclovir griseofulvina,
hidrocortisona, itraconazol, cetoconazol, pentamidine, probenecid, sulpiride, terbinafina,
triancinolona.
Reações adversas: eritema polimorfo, erupção pigmentar fixa, prurido, síndrome do homem
vermelho, urticária, alopecia, arritmias, hipotensão, hipertensão, tromboflebites, anorexia,
calafrios, delírios, febre, cefaleia, taquipneia, náusea e vômito.

AZOLES

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Os azoles podem ser imidazóis (têm 2 átomos de nitrogênio no anel azol) ou triazóis (têm 3
átomos de nitrogênio no anel azol).1,2,3,10-14,16-19 São fungistáticos (exceto em altas
concentrações, quando podem ser também fungicidas) e inibem a demetilação do carbono 14
do esterol da parede celular do fungo e, por consequência, inibem a biossíntese normal do
ergosterol, modificando sua composição bioquímica, levando à inibição do crescimento e da
replicação fúngica. Os triazóis fluconazol, itraconazol, voriconazol, posaconazol e ravuconazol
são usados para tratamento sistêmico.
Ambos compartilham o mesmo espectro antifúngico e o mesmo mecanismo de ação. Os
triazólicos sistêmicos são metabolizados mais lentamente e exercem menos efeito sobre a
síntese de esteróis humanos do que os imidazólicos.

IMIDAZÓIS

CLOTRIMAZOL:
Foi o primeiro derivado imidazólico.
Apresentação: creme, spray, loção e solução a 1%.
Categoria B na gravidez.
Absorção do clotrimazol é de menos de 0,5% após aplicação à pele intacta.
As aplicações na pele são feitas 2 x/dia.
Indicações: dermatofitoses (espécies de Trichophyton, Epidermophyton e
Microsporum), pitiríase versicolor e candidíase oral ou mucocutânea.
Cura as infecções por dermatófitos em 60-100% dos casos. Os índices de cura na candidíase
cutânea atingem 80-100%.
Interações medicamentosas: betametasona e ciproterona.
Reações adversas: eritema, prurido, urticária e disgeusia.

ECONAZOL
Interrompe a conversão de lanosterol em ergosterol, causando parada de crescimento fúngico.
Apresentação em creme miscível em água (1%) e loção.
Categoria C na gravidez.
Indicações: dermatofitoses (Tinea pedis, Tinea cruris e Tinea corporis), candidíase cutânea e
pitiríase versicolor.
Interações medicamentosas: acenocumarol, preservativos, diafragmas de contracepção,
imidazol, varfarina.
Reações adversas: eritema, ardência, prurido e dermatite de contato.

CETOCONAZOL
Primeiro antifúngico de amplo espectro utilizado por via oral.
Topicamente, está indicado em todas as micoses superficiais e na dermatite seborreica.
O tratamento oral deve ser usado se a doença for extensa, intensa, recalcitrante ou quando
houve falha com o tratamento tópico.1 A absorção oral é melhor quando administrada com

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bebidas ácidas. Nas dermatofitoses, o tempo de tratamento guarda certo paralelismo com o da
griseofulvina. Na candidíase cutânea, de mucosas e mucocutâneas, o tratamento dura cerca
de 10-20 dias. Em crianças acima de 2 anos, a dose recomendada é de 3-6 mg/kg/dia.
Na pitiríase versicolor, seu uso é off label e a dose recomendada é 200 mg/dia por 10 dias
podendo associar-se ao tratamento tópico o xampu de sulfeto de selênio, com taxa de
recorrência em 2 anos de 60-90%.7
Apresentação: comprimidos de 200 mg, creme e xampu.
Categoria C na gravidez.
Interações medicamentosas: álcool, alitretinoína, alprazolam, anfotericina B, anticoagulantes,
atazana vir, benzodiazepínicos, cimetidina, clopidogrel, colchicina, ciclosporina, eritromicina,
imatinibe, lopinavir, metilprednisolona, midazolam, nevirapine, omeprazol, pimecrolimus,
prednisolona, prednisona, rifampicina, ritonavir, saquinavir, sildenafil, sinvastatina, tacrolimus,
tramadol, triancinolona, vardenafil e vemurafenib.
Reações adversas: com o medicamento tópico, foram descritos prurido, queimação, ardência e
dermatite de contato. Com o medicamento oral podem ocorrer epigastralgia, vômitos, náuseas,
efeito antabuse, erupções cutâneas, sonolência, anemia hemolítica, impotência, diminuição de
libido e ginecomastia (devido à ação antiandrogênica no nível da suprarrenal e testículo) e
hepatotoxicidade.

MICONAZOL
Indicado em todas as micoses superficiais.
Apresentação: loção, gel oral e pó, pomada, creme, solução, spray, pó ou loção
dermatológicos. Para evitar a maceração, apenas a loção deve ser aplicada em áreas
intertriginosas.
Categoria B na gravidez.
Interações medicamentosas: anisindione, anticoagulantes, astemizol, clopidogrel, dicumarol,
glicazida, sinvastatina, tioridazina, tolvaptano, vimblastina, vincristina e varfarina.
Reações adversas: irritação, queimação, maceração, dermatite de contato alérgica e prurido.

OXICONAZOL
Indicado em todas as micoses superficiais.
Apresentação: creme e solução loção.
Categoria B na gravidez.
Interações medicamentosas: desconhecidas.
Reações adversas: prurido, irritação, queimação, eritema, pápulas, fissuras, maceração,
dermatite de contato alérgica.
OUTROS: Isoconazol, Bifonazol 1%, Sertaconazol, Tioconazol, Butoconazol e Sulconazol.

TRIAZÓIS
O uso de triazóis concomitantemente a alguns medicamentos pode elevar a concentração
plasmática, estando contraindicado seu uso com: astemizol, terfenadina, midazolam,
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lovastatin, sinvastatina e atorvastatina. Deve-se evitar associação com: rifampicina, rifabutina e


inibidores de proteases. Utilizar com muita cautela se associado a: digoxina, ciclosporina,
metilprednisolona, varfarina, fenitoína, hipoglicemiantes orais, quinidina, tacrolimus,
bloqueadores de canais de cálcio, carbamazepina, anti-histamínicos bloqueadores H2.

ITRACONAZOL
É um triazol sintético, fungistático, que inibe a enzima citocromo P 450 e a conversão de
lanosterol em ergosterol, interrompendo a divisão e o crescimento celulares fúngicos.1-3,10,12-
14,16,20-25 É melhor absorvido após a refeição, metabolizado pelo fígado e eliminado pelo rim.
Apresenta bem menos efeitos colaterais do que o cetoconazol, sobretudo no nível hepático. É
contraindicado em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva.
O itraconazol é metabolizado no fígado, primariamente pelo sistema isoenzimático do
citocromo CYP3A4, e inibe o metabolismo de outros fármacos pela CYP3A4.
A hepatopatia avançada aumenta as concentrações plasmáticas de itraconazol, mas a
azotemia e a hemodiálise não têm qualquer efeito. A administração intravenosa de itraconazol
está contraindicada para pacientes com depuração de creatinina inferior a 30 mL/min. A via
intravenosa é mais apropriada para pacientes que não toleram a formulação oral ou são
incapazes de absorvê-la devido à redução do ácido gástrico.
Indicações: dermatofitoses (onicomicoses nas unhas dos pés, na dose de 200mg/dia, uso
contínuo por 12 semanas ou pulsoterapia com 200mg 2x/dia por uma semana por mês com 3
pulsos) e leveduroses. Utilizado off label no tratamento de Tinea capitis, corporis, pedis,
manum, cruris, pitiríase versicolor (100mg 2 vezes/dia por 5 dias), onicomicose por Candida
spp ou por fungos não dermatófitos ou onicomicose em crianças.
Apresentação: cápsulas de 100 mg.
Categoria C na gravidez.
Interações medicamentosas (Quadro 1): A rifampicina diminui o nível plasmático do itraconazol
que é potencializado pelo uso concomitante da difenilhidantoína. Apresenta interação
medicamentosa com: alprazolam, anfotericina B, atazanavir, atorvastatina, bloqueadores de
canal de cálcio, carbamazepina, cimetidina, claritromicina, clopidogrel, colchicina,
corticosteroide, ciclofosfamida, ciclosporina, dexametasona, diazepam, digoxina, efavirenz,
ergotamina, eritromicina, fentanil, haloperidol, imatinib, indinavir, isoniazida, lopinavir,
metilprednisolona, midazolam, omeprazol, hipoglicemiante oral, fenobarbital, fenitoína,
pimecrolimus, prednisolona, prednisona, rifampicina, ritonavir, saquinavir, sildenafil,
sinvastatina, vardenafil e varfarin.
Reações adversas: cefaleia, náuseas, dor abdominal, diarreia, dispepsia, gastrite, hepatite,
urticária, prurido, síndrome de Stevens-Johnson, tonteira, hipertensão, hipocalemia,
hipertrigliceridemia e, raramente, neutropenia e falência hepática. Pode haver ainda
fotossensibilidade, fototoxicidade, alopecia, sintomas cardiovasculares e dos sistemas nervoso
central, musculoesqueléticos, gastrointestinais e respiratórios.

FLUCONAZOL
É substância solúvel em água, apresenta alta e rápida absorção VO e não é influenciada por
alimentos ou pH gástrico.1-5, 9-14, 16, 20-25 Apresenta-se como inibidor da enzima citocromo P
450.

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Indicações: para micoses superficiais, é utilizado no tratamento de espécies de Candida. É


utilizado off label para o tratamento de onicomicoses, dermatofitoses (Tinea corporis e pedis -
150mg/semana por 2-3 semanas - e na Tinea capitis e cruris, a mesma dose por 4-6
semanas), pitiríase versicolor (400mg, em dose única) e candidíase mucocutânea crônica.1,2 A
dose para crianças acima de 6 meses é de 3-6 mg/kg/semana.6
Apresentação: cápsulas de 150mg e em solução para infusão venosa.
Categoria C na gravidez.
Interações medicamentosas: alprazolam, anfotericina B, anticoagulantes, atorvastatina,
clopidogrel, eritromicina, midazolam, nevirapina, fenobarbital, fenitoína, pimecrolimus,
propranolol, sulfoniureias, triancinolona, varfarin e zidovudina.
Reações adversas: cefaleia, náuseas, dor abdominal, diarreia, dispepsia, tonteira, alteração do
paladar, prolongamento do QT com ou sem arritmia (Torsade de Pointes) e, raramente,
anafilaxia. Erupção acneiforme, anafilaxia/reação anafilactoide (na AIDS), erupção pigmentar
fixa, neutropenia, hemorragia ocular e teratogenicidade.
Evitar o uso do fluconazol com:
Alprazolam - aumento do nível plasmático - sedação
Anfotericina B - aumento do nível plasmático do fluconazol
Astemizol - aumenta riscos de arritmias graves
Carbamazepina - diminuição da eficácia do fluconazol
Cimetidina - diminuição da eficácia do fluconazol
Cisaprida - aumenta riscos de arritmias graves
Claritromicina - aumento do nível plasmático
Clorpropamida - pode ocorrer hipoglicemia
Estradiol - pode diminuir o nível plasmático
Fenitoína - aumento do nível plasmático - toxicidade e diminuição da eficácia do fluconazol
Gliburida - pode ocorrer hipoglicemia
Glipizida - pode ocorrer hipoglicemia
Hidroclorotiazida - pode aumentar o nível plasmático do fluconazol
Levonorgestrel - pode diminuir o nível plasmático
Loratadina - pode ocorrer aumento do nível plasmático
Midazolam - pode ocorrer aumento do nível plasmático
Pimozida - aumento do nível plasmático - arritmias
Retinoide - pode aumentar o nível plasmático
Rifabutina - diminuição da eficácia do fluconazol e pode aumentar o nível plasmático - uveíte
bilateral
Ritonavir - pode aumentar o nível plasmático
Tacrolimus - nefrotoxicidade
Teofilina injetável - aumento do nível plasmático Terfenadina - risco de arritmias

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Tiazídicos - aumento do nível plasmático do fluconazol


Tolbutamida - pode ocorrer hipoglicemia
Triazolam - aumento do nível plasmático
Varfarina - aumento do nível plasmático - hemorragia
Zidovudina - aumento do nível plasmático

ALILAMINAS

TERBINAFINA:
Atua inibindo a enzima esqualeno epoxidase na membrana citoplasmática do fungo, levando a
uma deficiência do ergosterol e acúmulo intracelular do esqualeno.1-3, 11-14, 16, 20-25 É
metabolizada por algumas isoenzimas do sistema citocromo-P450, em especial CYP2D6, o
que explica o seu baixo potencial de interações medicamentosas. É fungicida contra
dermatófitos e, contra leveduras, é fungicida ou fungistático, dependendo da espécie. A
disponibilidade da droga não é modificada pela alimentação, e o pico de concentração no
plasma se dá em 2 horas, ligando-se fortemente a proteínas plasmáticas (99%). A meia-vida
de eliminação é de 17 h. O metabolismo é hepático e os metabólitos formados, que não têm
ação, são eliminados na urina; portanto, pacientes com insuficiência renal ou hepática devem
ter sua dosagem diminuída.
Não é recomendada para pacientes com azotemia pronunciada ou insuficiência hepática,
devido a um aumento dos níveis plasmáticos até quantidades imprevisíveis.
Indicações: é fungicida contra dermatófitos; contra leveduras, pode ser fungicida ou
fungistática, dependendo da espécie. A apresentação tópica tem ação na pitiríase versicolor,
ao contrário dos comprimidos.
Apresentação: comprimidos de 125 mg ou 250 mg e em creme 1%.
Posologia:
Crianças acima de 12 kg: 62,5 mg/dia;
Crianças de 20-40 kg: 125 mg/dia;
Crianças acima de 40 kg e adultos: 250 mg/dia.
O creme de terbinafina é aplicado 2 x/dia.
Tempo de tratamento: na Tinea pedis, 4-6 semanas, e nas onicomicoses, de 3 a 6 meses ou
mais.
Risco B na gravidez.
Interações medicamentosas: amitriptilina; carbamazepina raramente interage com outros
medicamentos, mas seu metabolismo pode ser acelerado pela rifampicina e retardado pela
cimetidina.
Reações adversas: irritações locais, gastrointestinais e cutâneas, alteração de paladar, rash,
urticária e, raramente, hepatotoxicidade. Podem surgir ainda lúpus eritematoso induzido por
droga, erupção liquenoide, fotossensibilidade, pitiríase rósea, prurido, síndrome de Sjogren,
síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, alopecia e onicocriptose.
Evitar o uso da terbinafina com:

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Cafeína - aumento do nível plasmático


Ciclosporina - redução do nível plasmático
Cimetidina - aumento do nível plasmático da terbinafina
Rifampicina - diminuição da eficácia da terbinafina

BENZILAMINAS

BUTENAFINA
Atua inibindo a enzima esqualeno epoxidase na membrana citoplasmática do fungo, levando a
uma deficiência do ergosterol e acúmulo intracelular do esqualeno.1-4,11-14,16
Indicações: dermatofitoses, candidíases e pitiríase versicolor.
Apresentação: creme.
Reações adversas: queimação, prurido, dermatite de contato e eritema.

EQUINOCANDINAS
Utilizadas como opção terapêutica de infecção fúngica invasiva.11,13,14,16

CASPOFUNGIN MICAFUNGIN
Categoria C na gravidez.
Interações medicamentosas: itraconazol, nifedipina e sirolimus.
Reações adversas: anafilaxia/reação anafilactoide, hiperidrose, urticária, prurido, epistaxis,
hipotensão, hipertensão, dispneia, artralgia, sintomas do sistema nervoso central e
gastrointestinais.

HIDROXIPIRIDONA

CICLOPIROX
Tem propriedades anti-inflamatórias devido à inibição da 5-lipoxigenase e cicloxigenase e à
inibição de prostaglandinas e leucotrienos.11,13,14,16,26 Inibe a captação celular de
componentes essenciais e prejudica a integridade da membrana celular fúngica.
Indicações: dermatofitoses, candidíase, pitiríase versicolor e dermatite seborreica.
Apresentação: creme, solução e esmalte.
Categoria B na gravidez.
Interações medicamentosas: desconhecidas.
• Reações adversas: irritação, queimação, dor, eritema, prurido, pigmentação ungueal e
onicocriptose.

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DERIVADOS MORFOLÍNEOS

AMOROLFINA
Age, principalmente, modificando a biossíntese do esterol da membrana, reduzindo o teor de
ergosterol e levando a um acúmulo de esteróis anormais. 11,13,14,16,21
Indicações: ação em todas as micoses superficiais. O creme é utilizado 1x/dia até a cura
clínica e, depois disso, deve ser mantido por vários dias. A duração deve ser sempre superior a
2 semanas e, na Tinea pedis, por 4-8 semanas. O esmalte é utilizado nas onicomicoses,
1x/semana, com duração média de 4-6 meses para as afecções das mãos e de 6-12 meses
para as dos pés. Pode ser usado 2x/mês por 6 meses para profilaxia de recidivas em
onicomicoses crônicas.
Apresentação: creme ou esmalte.

OUTROS

GRISEOFULVINA
É um fungistático derivado do metabolismo do Penicillium griseofulvum.1-4,11-14,16,17,24 Tem
ação exclusiva contra dermatófitos e age interferindo na síntese de DNA. É melhor absorvida
sob a forma de microcristais e em presença de gordura. É metabolizada no fígado e eliminada
pelos rins, chegando à superfície cutânea através, possivelmente, da sudorese.
Indicações: dermatofitoses (de escolha para Tinea microspórica). A dose em crianças é entre
15 a 20 mg/kg/dia por 6-8 semanas e, em adultos, 1 ou 2 comprimidos após a refeição.
A dose diária recomendada de griseofulvina é de 5-15 mg/kg para crianças e de 500mg-1g
para adultos. Podem ser necessárias doses de 1,5-2,0g/dia por curtos períodos no tratamento
de infecções graves ou extensas. Os melhores resultados são obtidos quando a dose diária é
fracionada e administrada a intervalos de 6 horas, apesar de o fármaco ser frequentemente
administrado 2 x/dia. O tratamento deve ser mantido até que o tecido infectado seja substituído
por cabelo, pele ou unhas normais, o que exige 1 mês para as dermatofitoses do couro
cabeludo e do cabelo, 6-9 meses para as unhas das mãos e, pelo menos, 1 ano para as unhas
dos pés.
Apresentação: comprimidos de 500 mg.
Categoria C na gravidez.
Interações medicamentosas: álcool, levonorgestrel, liraglutida e midazolam.
Reações adversas: epigastralgia, cefaleia, fototoxicidade, urticária, erupções cutâneas,
hepatotoxicidade, síndrome lúpus-símile e porfiria intermitente aguda, além de erupção
liquenoide, pitiríase rósea, hemorragia subungueal e porfiria cutânea tarda.
Interações: barbitúricos diminuem os níveis plasmáticos da griseofulvina; a griseofulvina
diminui o efeito de anticoagulantes orais (cumarínicos) e, talvez, de anticoncepcionais.

SULFETO DE SELÊNIO
Indicações: tratamento da pitiríase versicolor. 1,2,3,11-14,16
Apresentação: xampu a 2-5%.
Posologia: utilizar 1 vez/dia por 7 dias e no primeiro e terceiro dias da semana por 6 meses.1

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Reações adversas: dermatite, eritema discrômico perstans, fotossensibilidade, prurido,


alopecia e cabelos frágeis.

NOVOS ANTIFÚNGICOS
Nos últimos anos, devido ao surgimento de fungos resistentes ao tratamento convencional,
muito esforço tem sido direcionado para o desenvolvimento de terapia antifúngica mais
efetiva.27-43

RILOPIROX
Derivado sintético da piridona para tratamento tópico. É fungicida e tem boa atividade
contra Candida albicans, sendo utilizado via vaginal. Não foram descritas reações adversas.
Estudos recentes sugerem papel também na pitiríase versicolor, dermatite seborreica e
candidíase orofaríngea.

LANOCONAZOL ou NND 3138


É um imidazólico tópico para tratamento de candidíase mucocutânea e dermatofitoses
(especialmente Tinea pedis e corporis), que inibe a formação do ergosterol e, com isso, o
crescimento fúngico. Pode desencadear dermatite de contato alérgica, mas não foi descrita
reação cruzada com outros derivados imidazólicos.

NND 502
É um análogo do lanoconazol, utilizado topicamente, efetivo contra dermatófitos
(especialmente T. rubrum e T. mentagrophytes).

BUTENAFINA
Primeiro membro da nova classe de antifúngicos derivados da benzilamina, utilizado
topicamente no tratamento de dermatofitoses (Tinea pedis, Tinea cruris e Tinea corporis).
Eventualmente, pode ocorre como reação adversa sensação de queimação ou ardência.
O cloridrato de butenafina é um derivado benzilamínico com mecanismo de ação semelhante
ao da terbinafina e naftifina. Seu espectro de atividade antifúngica e usos também são
semelhantes aos das alilaminas.

EBERCONAZOL
Derivado imidazólico utilizado topicamente no tratamento de candidíase resistente (Candida
crusei e Candida glabrata) e dermatofitoses. Podem ocorrer eritema, prurido e queimação

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como reações adversas.

VORICONAZOL
Novo triazol oral/parenteral para o tratamento de infecções por Candida e Aspergillus. Reações
adversas descritas incluem distúrbios visuais transitórios e dose-dependentes, como visão
borrada, elevação de transaminases, lúpus discoide e fotossensibilidade.
Categoria D na gravidez.
Interações medicamentosas: astemizol, atazanavir, barbitúricos, carbamazepina, clopidogrel,
diclofenaco, lopinavir, omeprazol, rifampicina e ritonavir.
Reações adversas: anafilaxia/reação anafilactoide, eritema polimorfo, reação enxerto-versus-
hospedeiro, lúpus eritematoso induzido por droga, fotossensibilidade, fototoxicidade, síndrome
de Stevens-Johnson, alopecia, hiperplasia gengival, sintomas cardiovasculares, do sistema
nervoso central, neuromusculares, gastrointestinais e respiratórios.

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* Trabalho realizado no Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay da Santa


Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro (IDPRDA-SCMRJ) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

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