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Campina Grande-PB
2022
Editora da Universidade Estadual da Paraíba
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Sylvia Iasulaitis
PARTE I
CIÊNCIA POÉTICA
PARTE IV
NEGACIONISMO CLIMÁTICO E AMBIENTAL
Sylvia Iasulaitis
Apresentação
Iago Marichi Costa, que também abre esta coletânea com sua ilustra-
ção. Os autores avaliam aspectos da desinformação no filme Não olhe
para cima na perspectiva da agnotologia, campo do conhecimento
dedicado a estudar a formação, disseminação e persistência da igno-
rância. Embora identifiquem que o negacionismo e a intransigência
da ignorância permeiam o senso comum e são manipulados por inte-
resses escusos, bem como que a figura do cientista pode se apresentar
isolada com seus pares em relação ao restante da humanidade, enfa-
tizam que a ciência - enquanto prática social -, de uma maneira ou de
outra, de uma controvérsia a uma obliteração, segue no intento de não
deixar de olhar para cima.
A literatura também marca sua presença. Como a vida imita a
arte, o economista e engenheiro de produção Caio Chiariello identi-
fica aspectos da realidade brasileira a partir da distopia 1984 de George
Orwell. Desembocando em utopia, afinal, a bota não pode permanecer
sob o rosto da humanidade, o autor conclama à emancipação e que as
chagas da escravidão, de ditaduras e de uma pandemia trágica sejam
relegadas de maneira pedagógica para o escaninho da história.
Na segunda parte da coletânea - Pandemia, Infodemia e
Desinformação, a organizadora desta obra, Sylvia Iasulaitis, apre-
senta dois estudos de Ciência Social Computacional com importantes
parcerias. No capítulo 6, juntamente com a cientista política Isabella
Vicari e os cientistas da computação e da informação, Bruno Greco e
Janailton Galvão Pereira, procede à análise do fenômeno da desinfor-
mação a respeito da vacina contra Covid-19 em sites de redes sociais.
Nesta obra, a desinformação é compreendida como a propaga-
ção de informações falsificadas, supostamente de uma fonte neutra,
para influenciar opinião, enfraquecer um campo, alterar as relações de
poder e alimentar preconceitos por meio de representações delibera-
damente distorcidas.
Considerando que, atualmente, as mídias sociais geram enormes
quantidades de dados, tornando-se fontes inestimáveis para a mine-
ração de opinião, no capítulo Infodemia no Brasil: um estudo sobre
a desinformação a respeito da vacina contra Covid-19 no Twitter as
autoras e autores lançam mão de uma tarefa de Processamento de
1 INTRODUÇÃO1
1 Este trabalho apresenta parte dos resultados de um exercício de pesquisa que foi
desenvolvido durante o curso de mestrado, entre 2016 e 2018, no Programa de
Pós-Graduação em História da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Esse
exercício resultou em uma história social de uma instituição negacionista, o Institute
for Historical Review. C.f.: MAGALHÃES, L. P. A. Intelectuais de extrema-direita e o
negacionismo do Holocausto: o caso do Institute for Historical Review. Orientador:
Luís Edmundo de Souza Moraes. 2019. 216f. Dissertação (Mestrado) – Programa de
Pós-Graduação em História, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica,
2019. Disponível em: < Plataforma Sucupira (capes.gov.br)> . Acesso em: 20 jun. 2021.
2 MORAES, L. E. S. O negacionismo e o problema da legitimidade da escrita sobre o
passado. In: Simpósio Nacional de História, 13, 2011, São Paulo. Anais [...] São Paulo:
ANPUH, 2011, p.3-5. Para uma tipologia classificatória do fenômeno, C.f.: CHARNY,
I. W. Innocent denials of know genocides: a further contribution to a psychology of
denial of genocide. Human Rights Review, v.1, n.3, p.15-39, abril/junho de 2002; idem.
A classification of denial of the Holocaust and other genocides. Journal of Genocide
Research, vol. 5, n.1, p. 11-31, 2003. CHURCHILL, W. Denials of the Holocaust. In:
CHARNY, I. (Org). Encyclopedia of Genocide. v.I. Santa Bárbara: Abc-Clio, 1999,
p.167-174.