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Leonardo Mendes 8
2. Construção de Tabelas:
Título: explica e tipo de dado que a tabela contém, colocado no topo da tabela.
Corpo: formado pelos dados, distribuídos em linhas e colunas (os atributos
categóricos e numéricos).
Cabeçalho: especifica a informação apresentada em cada coluna (sexo, população
residente e %).
Coluna indicadora: o tipo de informação que cada linha contém, por exemplo:
Homens
Mulheres
Total
• Não podem existir linhas externas fechando a tabela; neste caso, recebe o nome
de Quadro.
As chamadas:
i) Devem ter um algarismo arábico entre parênteses, escrito à esquerda da
casa quando a chamada é feita no corpo da tabela e à direita da coluna
indicadora quando a chamada é feita nessa coluna.
ii) Havendo mais de uma chamada, pôr em ordem crescente, de cima para
baixo e separado por pontos, no rodapé da tabela.
__________
1 Disponível em
ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Caracteristicas_Gerais_Religiao_Deficiencia/caracte
risticas_religiao_deficiencia.pdf
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Exemplo: Tabela 2: População residente no Brasil, segundo o ano do censo
demográfico.
Ano do Censo População (Habitantes)
1940(1) 41 236 315
1950 (1) 51 944 397
1960(1) 70 191 370
1970 93 139 037
1980 119 002 706
1991 146 815 796
2000 169 799 170
Fontes: IBGE (1984); IBGE (1996); IBGE (2003).
(1) População presente.
• O nº. (1) é uma chamada e não uma nota, pois explica apenas três linhas da
tabela; a nota explica a tabela toda.
Normas e Procedimentos:
1) As tabelas devem ser delimitadas no alto e embaixo, por traços horizontais, podem
ter traços mais fortes na parte externa da tabela e não devem ser delimitadas à
esquerda e à direita.
3) Devem ser numeradas com algarismos arábicos e pode ser adotada a numeração
progressiva por seções.
Ex.: Tabela 1.1, Tabela 1.2, ...
4) A finalidade da tabela é apresentar dados numéricos, e não deve ter mais casas
(células) sem número do que casas com números.
5) O texto da tabela deve estar em posição, de modo que não exija a rotação da
página. Caso não seja possível (devido ao comprimento), pôr de forma que para a
leitura, seja feita uma rotação no sentido horário.
6) Em dados obtidos por meio de perguntas ou entrevistas, se parte das pessoas não
respondeu a determinada pergunta, essa informação deve ser apresentada sob a
especificação: “Sem declaração”.
(ver Tabela 6)
8) Nenhuma célula deve ficar em branco. Toda célula deve apresentar um número ou
um sinal, segundo a convenção:
9) Para tabelas muito longas, que precisam ser escritas em 2 (duas) ou mais páginas:
• O cabeçalho deve ser repetido em todas as páginas; o título, só na primeira
página.
• Nas demais páginas escrevem-se “continua” e, na última, “conclusão”.
• O traço inferior que delimita a tabela deve ser colocado na última página.
10) Para tabelas com muitas linhas e poucas colunas podem ser organizadas em duas
ou mais partes:
• Escritas lado a lado, separadas por traços verticais duplos (||).
• O cabeçalho deve indicar o conteúdo em todas as partes
Exemplo:
11) Tabelas com muitas colunas precisam ocupar 2 (duas) páginas que se
confrontam.
• As linhas devem receber um nº. de ordem, que deve ser escrito na primeira
coluna da página à esquerda e na última coluna da página à direita.
Exemplo:
10 11
12) As tabelas devem ter significado próprio, isto é, devem ser entendidas mesmo
quando não se lê o texto em que estão apresentadas.
13) Toda tabela tem necessariamente título e corpo. Os outros componentes podem
até não existir, embora isto dependa da natureza do problema e nunca do gosto de
quem faz a tabela.
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3. Séries Estatísticas:
Obs.: O IBGE mostra os dados de todo o Brasil com a entrada Brasil na primeira linha.
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4. Representação Gráfica
Tipos de Gráficos:
Gráfico de Linha: usado para representar os dados ao longo do tempo (série temporal).
7,00
6,28
5,76
6,00
Nº de filhos por mulher
5,00 4,35
4,00 3,53
2,85
3,00 2,54 2,43
1,95 1,89
2,00
1,00
0,00
1960 1970 1980 1984 1991 1997 1998 2007 2008
Ano
900.000
800.000
Nº de infectados
700.000
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Período
Figura 2: Casos de dengue notificados no Brasil nos últimos dez anos 1997-2007.
Fonte: Ministério da Saúde
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Exemplo de gráfico em linhas usadas normalmente pela mídia, sem uma escala
apropriada (Pictogramas):
Gráfico de Barras (Colunas): são retângulos verticais sobre o eixo das abscissas. O eixo
das ordenadas representa a frequência ou percentual da categoria. Usa-se para
comparação de dados de uma série estatística (em formato 2D ou 3D).
Tipos: simples e múltiplas (os mais comuns); compostas e sobrepostas, sendo que a
múltipla é apropriada quando se objetiva comparar duas ou mais séries de dados.
100
60
40 2007
2008
20
0
Rede de Rede de Fossa Coleta de Energia Telefone
água esgoto séptica lixo elétrica
Infraestrutura
Gráfico de setor (pizza): usado para comparar os valores de uma única série com o
total. Normalmente apresenta valores relativos (%). Deve-se ter cuidado com a
quantidade de categorias (legendas), a fim de não prejudicar a visualização do gráfico. O
ângulo correspondente ao percentual é obtido de:
360 º
ai = × Fi
n
Homens
49,2%
Mulheres
50,8%
Figura 11: Dispersão da altura em função do peso dos alunos de uma escola
(MAGALHÃES e LIMA, 2002).
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Figura 12: Box-Plot para o tempo (em min) que os alunos demoraram em fazer
determinada prova (VIEIRA, 2003).
Gráfico em Haste: usado em variáveis discretas, onde o valor que a variável assume
corresponde a uma categoria. A abscissa é representada pelos valores da variável e a
ordenada as frequências absolutas ou relativas (%).
Figura 14: Ranking do desmatamento no Brasil, entre 2002 e 2008 (por mil km2)
Fonte Consultada:
MAGALHAES, Marcos Nascimento & LIMA, Carlos Pedroso de. Noções de Probabilidade
e Estatística. São Paulo: Edusp, 2002.
BUSSAB, W.O; MORETTIN, P. A. Estatística Básica. 5 ed., São Paulo, Saraiva, 2004.
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1) Rol dos Dados: ordenação numérica de n valores, os dados brutos ( X1, X 2 ,K, X n ) ,
em que ( X1 < X 2 < K < X n ) .
Dados brutos: dados da forma como foram obtidos (pesquisados), sem nenhum
tratamento aplicado aos dados. Também são chamados de dados
não agrupados.
2) Calcular:
n , n < 50
log(n)
k = 1 + = 1 + 3,322 log(n) , n ≥ 50 (Sturges, 1926).
log 2
0,9 n (Mendis)
∆
c) Amplitude do intervalo: h = , de modo que seja arredondado para mais do
c
valor calculado.
Por exemplo, se: h = 4,675 , então: h > 4,675 , ou seja, h * = {4,7; 4,8; 4,9;K} .
n = 70 = 8,367 ≅ 9
log(n)
k = 1 + = 1 + 3,322 log( 70 ) = 7,129.
log 2
0,9 70 = 7,530
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