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ESA 2023

MATEMÁTICA II

AULA 02
Polinômios

Prof. Ismael Santos

www.estrategiamilitares.com.br
Prof. Ismael Santos

Sumário
1 – Introdução 3

2 – Polinômios 3
2.1 – Definição de Polinômios 3
2.2 – Valor Numérico de um Polinômio 4
2.3 – Grau de um Polinômio 5
2.4 – Polinômios Idênticos 6
2.5 – Raiz ou Zero de um Polinômio 7
2.6 – Teorema do Fator 12
2.7 – Raízes Múltiplas de um Polinômio 13
2.8 – Operações com Polinômios 14
2.9 – Relações de Girard 18
2.10 – Teorema das Raízes Complexas 18
2.11 – Teorema das Raízes Irracionais 19
2.12 – Teorema da Paridade de Raízes de um Polinômio 20
2.13 – MMC e MDC de Polinômios 20
2.14 – Teorema das Raízes Racionais 21
2.15 – Teorema de Bolzano 22
2.16 – Teorema do Resto 25
2.17 – Teorema de D’alembert 26
2.18 – Dispositivo de Briot-Ruffini 27

3 – Lista de Questões – Nível 1 – Parte 1 32


3.1 – Gabarito 36

4 – Lista de Questões Comentadas – Nível 1 – Parte 1 37

5 – Lista de Questões – Nível 1 – Parte 2 45


5.1. Gabarito 61

6 – Lista de Questões Comentadas – Nível 1 – Parte 2 62

7 – Lista de Questões – Nível 2 92


7.1. Gabarito 98

8 – Lista de Questões Comentadas – Nível 2 98

9 – Lista de Questões – Nível 3 Erro! Indicador não definido.


9.1. Gabarito Erro! Indicador não definido.

10 – Lista de Questões Comentadas – Nível 3 Erro! Indicador não definido.

11 – Referências Bibliográficas 109

12 – Considerações Finais 109

AULA 02 – POLINÔMIOS 2
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1 – Introdução
Olá, meu querido aluno!!

Nesta aula, veremos um tópico um pouco chato, ao menos na opnião da maioria dos alunos. É um
tema com muito teorema, que, por vezes, nem tão óbvios. Mas, juntos, tenho certeza que passaremos
com tranquilidade por ele.

Polinômios é uma parte da matemática que vem caindo com mais frequência na sua prova.

Passarei a teoria necessária para uma boa prova. Na verdade, esta teoria está um pouco além do
nível da sua prova, justamente, para que não seja surpreendido, OK?

2 – Polinômios

2.1 – Definição de Polinômios


Podemos dizer de forma geral, que polinômio é uma função na variável x da forma:

𝑷(𝒙) = 𝒂𝒏 𝒙𝒏 + 𝒂𝒏−𝟏 𝒙𝒏−𝟏 + 𝒂𝒏−𝟐 𝒙𝒏−𝟐 +. . . +𝒂𝟏 𝒙 + 𝒂𝟎

Tal que:

- 𝑎𝑛 ; 𝑎𝑛−1 ; 𝑎𝑛−2 ; . . . 𝑎1 e 𝑎0 são chamados de coeficientes do polinômio P( x) ;

- Os expoentes de cada variável do polinômio são um número natural;

- Polinômios com um único termo são chamados de Polinômios Mônicos ou Monomiais; e

- 𝑎0 é chamado de termo independente.

Sempre que os coeficientes (todos eles) forem iguais a zero, podemos dizer que estamos
diante de um Polinômio Identicamente Nulo.

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Podemos também pensar da seguinte forma: um polinômio será dito nulo quando assumir
valor ZERO para qualquer valor da variável 𝑥, ou, até mesmo, quando assumir valor nulo
para uma quantidade de valores de 𝑥 maiores que o grau do polinômio.

Veja a forma de representação de um Polinômio Identicamente Nulo:

𝑷(𝒙) = 𝟎. 𝒙𝒏 + 𝟎. 𝒙𝒏−𝟏 + 𝟎. 𝒙𝒏−𝟐 +. . . +𝟎𝒙 + 𝟎

2.2 – Valor Numérico de um Polinômio


Imaginemos um polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + 𝑎𝑛−2 𝑥 𝑛−2 +. . . +𝑎1 𝑥 + 𝑎0 e  um
número real ou complexo. Chama-se valor numérico do polinômio P( x) a imagem de  quando este
número é inserido em P( x) .

Ou seja:

𝑷(𝜶) = 𝒂𝒏 𝜶𝒏 + 𝒂𝒏−𝟏 𝜶𝒏−𝟏 + 𝒂𝒏−𝟐 𝜶𝒏−𝟐 +. . . +𝒂𝟏 𝜶 + 𝒂𝟎

Observe:

𝑃(𝑥) = 3𝑥 3 − 5𝑥 2 + 2𝑥 − 10; 𝑝/ 𝑥 = 2

𝑃(2) = 3. (2)3 − 5. (2)2 + 2. (2) − 10


𝑃(2) = 3.8 − 5.4 + 4 − 10
𝑃(2) = 24 − 20 + 4 − 10
𝑃(2) = −2

Assim, o valor numérico de P( x) , quando 𝑥 = 2 é −2.

Sempre que um valor 𝛼 resultar num valor numérico nulo para um polinômio, podemos
dizer que esse número  é raiz de P( x) .

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O termo independente da variável 𝑥 do polinômio 𝑃(𝑥) é o termo 𝑎0 , que é igual ao valor


numérico do polinômio para quando 𝑥 = 0, ou seja, 𝒂𝟎 = 𝑷(𝟎).

A soma dos coeficientes pode ser encontrada fazendo o valor numérico de 𝑃(𝑥) para
quando 𝑥 = 1.

2.3 – Grau de um Polinômio


O grau de um polinômio é definido sempre pelo maior expoente da variável 𝑥, cujo coeficiente
seja não nulo.

Em outras palavras: considere o polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 +. . . +𝑎1 𝑥 + 𝑎0 , dizemos


que o grau de 𝑃(𝑥) é igual a " n " se, somente se, 𝑎𝑛 ≠ 0.

Veja alguns exemplos do que acabamos de falar:

a) 𝑃(𝑥) = 3𝑥 4 − 4𝑥 2 + 𝑥 − 7 ⇒ possui grau 4

b) 𝑃(𝑥) = 0. 𝑥 7 − 5𝑥 5 + 3𝑥 − 10 ⇒ possui grau 5

c) 𝑃(𝑥) = 17 ⇒ possui grau 0

Tenha sempre em mente que NÃO se defini grau de POLINÔMIO IDENTICAMENTE NULO, ao
menos para sua prova. Ou seja, o grau de um polinômio nulo é INDETERMINADO. Com isso,

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o grau do resto de uma divisão polinomial exata é indeterminado. Perceba, o grau do resto é
INDETERMINADO, mas o resto é NULO, pois trata-se de uma divisão exata.

2.4 – Polinômios Idênticos


Dois ou mais polinômios serão classificados como idênticos se, somente se, seus termos
correspondentes (coeficientes das variáveis com mesmo expoente) forem iguais entre si e, ainda,
possuírem o mesmo valor para qualquer valor de 𝑥.

Ou seja, os polinômios 𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 +. . . +𝑎1 𝑥 + 𝑎0 e 𝑄(𝑥) = 𝑏𝑛 𝑥 𝑛 +


𝑏𝑛−1 𝑥 𝑛−1 +. . . +𝑏1 𝑥 + 𝑏0 serão ditos idênticos se, somente se:

𝒂𝒏 = 𝒃𝒏 ; 𝒂𝒏−𝟏 = 𝒃𝒏−𝟏 ; 𝒂𝒏−𝟐 = 𝒃𝒏−𝟐 ; . . . ; 𝒂𝟎 = 𝒃𝟎

𝑷(𝒙) = 𝑸(𝒙) ; ∀𝒙

Quando dois polinômios são ditos idênticos, podemos escrever da forma:

𝑃(𝑥) ≡ 𝑄(𝑥)

Exemplo:

- Determine os valores de a, b e c para os quais os polinômios P( x) = ax2 + 3x + 9 e 𝐵(𝑥) =


(𝑏 + 3)𝑥 2 + (𝑐 − 1)𝑥 + 3𝑏 sejam idênticos.

Comentário:

Igualando os coeficientes, temos:

𝑎 =𝑏+3⇒𝑎 =3+3⇒𝑎 =6
{3 = 𝑐 − 1 ⇒ 𝑐 = 4
9 = 3𝑏 ⇒ 𝑏 = 3
Logo:

𝑎=6
𝑏=3
𝑐=4

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Dois polinômios são ditos idênticos quando assumem sempre o mesmo valor, qualquer que
seja o valor atribuído à variável. Além disso, dois polinômios idênticos são sempre de
mesmo grau e têm todos os coeficientes iguais, na forma ordenada.

Podemos dizer ainda que, se dois polinômios de grau n assumem o mesmo valor para (n+1)
valores distintos da variável, então esses polinômios são idênticos.

Dizer que dois polinômios são iguais é afirmar que eles retornam o mesmo valor para pelo
menos um valor da variável. Se a igualdade prevalecer para qualquer valor da variável,
podemos afirmar que esses polinômios são idênticos. Por outro lado, se a igualdade for
satisfeita para um determinado valor 𝑘 de variáveis, então podemos afirmar que os gráficos
desses polinômios possuem 𝑘 pontos de interseção, ou seja, são iguais para 𝑘 valores
distintos da variável.

Polinômio identicamente nulo é aquele que é nulo para qualquer valor da variável. Um
polinômio identicamente nulo tem todos os seus coeficientes iguais a zero.

Se um polinômio de grau n possuir mais de n raízes, então ele é identicamente nulo.

2.5 – Raiz ou Zero de um Polinômio


Eis um tema importante dentro de Polinômio.

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Sempre que um determinado valor  levar um polinômio P( x) a ZERO, podemos dizer que  é
a raiz de P( x) . Assim:

𝑷(𝜶) = 𝟎 ⇒ 𝜶 é 𝒓𝒂𝒊𝒛.

Exemplo:

Imagine o polinômio 𝑃(𝑥) = 3𝑥 3 − 7𝑥 2 + 2𝑥 + 2. Observe o valor de 𝛼 = 1, temos que:

𝑃(1) = 3. (1)3 − 7. (1)2 + 2. (1) + 2


𝑃(1) = 3 − 7 + 2 + 2
𝑃(1) = 7 − 7
𝑃(1) = 0

Logo: 𝛼 = 1 é raiz de 𝑃(𝑥)

Raiz de um polinômio recebe outras denominações, a saber: raiz, zero de polinômio e


conjunto verdade

Sempre que a soma dos coeficientes de um polinômio resultar zero, podemos afirmar que
estamos diante de um polinômio com uma de suas raízes igual a unidade, ou seja, igual a 1.

Destaco ainda que, em um polinômio completo, quando a soma alternada de seus


coeficientes for igual, podemos afirmar que o −1 será raiz do polinômio.

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Veja exemplos do que foi dito acima:

𝑃(𝑥) = 2𝑥 3 − 7𝑥 + 5

⟹ 2 + (−7) + 5 = 0, 𝑙𝑜𝑔𝑜 1 𝑠𝑒𝑟á 𝑟𝑎𝑖𝑧, 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑒:

𝑃(1) = 2(1)3 − 7(1) + 5

𝑃(1) = 2 − 7 + 5 = 0, 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚, 1 é 𝑟𝑎𝑖𝑧.

Por outro lado, temos:

𝑃(𝑥) = −𝑥 4 + 5𝑥 3 + 2𝑥 2 − 𝑥 + 3

⟹ −1 + 2 + 3 = 5 + (−1), 𝑙𝑜𝑔𝑜 − 1 𝑠𝑒𝑟á 𝑟𝑎𝑖𝑧, 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑒:

𝑃(−1) = −(−1)4 + 5(−1)3 + 2(−1)2 − (−1) + 3

𝑃(−1) = −1 + (−5) + 2 + 1 + 3 = 0, 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚, −1 é 𝑟𝑎𝑖𝑧.

Tome cuidado, o polinômio precisa estar na ordem natural, ou seja, do maior expoente para
o menor e, além disso, precisa ser completo, se não for, basta completar com temos nulos.

O que acabamos de ver (raiz ser um número que zera o polinômio) foi o conceito de raiz sob a
ótica algébrica. Porém, existe a possibilidade de analisarmos as raízes de um polinômio do ponto de vista
geométrico.

Dizemos que a raiz real de um polinômio representa o ponto de interseção com a qual a curva,
correspondente ao gráfico de P( x) , intercepta o eixo das abcissas no plano cartesiano ortogonal.

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Assim: x1; x2 e x3 são raízes reais, ou seja, soluções de P( x) . Fique atento: se um gráfico
polinomial não interceptar o eixo das abcissas, podemos afirmar que esse polinômio não possui raízes
reais, APENAS COMPLEXAS, logo, será, necessariamente, de grau PAR (devido ao Teorema da Paridade
das Raízes Complexas).

Ressalto ainda que:

✓ um polinômio é dito função par quando, para todo 𝑥 real, vale: 𝑃(𝑥) = 𝑃(−𝑥);

✓ um polinômio é dito função ímpar quando, para todo 𝑥 real, vale: 𝑃(𝑥) = −𝑃(−𝑥);

Na aula de FUNÇÕES estudaremos esse ponto com mais calma, mas, já adiantando: quando
estivermos diante de uma função PAR o gráfico deste polinômio será simétrico (espelhado) em relação à
ordenada; enquanto nos polinômios ÍMPARES, os gráficos são espelhados em relação à origem do sistema
cartesiano. Veja:

Abaixo, um exemplo de um polinômio como função PAR da forma:

𝑃(𝑥) = 𝑥 8 − 𝑥 6 − 1

Perceba que:

𝑃(1) = 𝑃(−1)

𝑃(2) = 𝑃(−2)

𝑃(0,75) = 𝑃(−0,75)

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Abaixo, um exemplo de um polinômio como função ÍMPAR da forma:

𝑃(𝑥) = 𝑥 9 − 𝑥 3

Perceba que:

𝑃(1) = −𝑃(−1)

𝑃(2) = −𝑃(−2)

𝑃(0,75) = −𝑃(−0,75)

Se 𝑃(𝑥) é um polinômio de grau maior ou igual a 1, podemos dizer que o número de raízes
desse polinômio será igual ao grau dele. Consequentemente, se o número de raízes for
maior que o grau, necessariamente, esse polinômio será identicamente nulo.

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2.6 – Teorema do Fator


Basicamente, esse teorema diz que: se um polinômio 𝑃(𝑥) se anula para um valor 𝑥 = 𝑎, podemos
dizer que (𝑥 − 𝑎) será fator desse polinômio, ou seja:

𝑷(𝒙) = (𝒙 − 𝒂) ∙ 𝑸(𝒙)

Como exemplo, podemos citar:

𝑃(𝑥) = 𝑥 2 − 5𝑥 + 6

Veja que o polinômio acima se anula para 𝑥 = 2 , ou seja:

𝑃(𝑥) = (𝑥 − 2) ∙ 𝑄(𝑥)

Perceba que, se for dado os dois valores que anulam um polinômio do 2°, poderemos escrevê-lo
na forma fatorada completa, veja:

Observe que o polinômio se anula para 𝑥 = 2 e para 𝑥 = 3, ou seja:

𝑃(𝑥) = (𝑥 − 2) ∙ (𝑥 − 3)

Em breve, por meio da divisão polinomial, saberemos descobrir os demais fatores de um


polinômio, fique tranquilo!

Em contrapartida, podemos dizer que: se (𝑥 − 𝑎) é fator de um polinômio, então 𝑎 será raiz deste.

Se (𝑥 + 𝑎) é fator de 𝑃(𝑥), então: 𝑎 será raiz do polinômio

Se (𝑥 − 𝑎) é fator de 𝑃(𝑥), então: −𝑎 será raiz do polinômio


𝑏
Se (𝑎𝑥 + 𝑏) é fator de 𝑃(𝑥), então: − 𝑎 será raiz do polinômio

𝑏
Se (𝑎𝑥 − 𝑏) é fator de 𝑃(𝑥), então: 𝑎 será raiz do polinômio

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Podemos ainda, destacar que: se um polinômio 𝑃(𝑥) de grau 𝑛 e com coeficiente do termo
dominante igual a 𝑎, podemos concluir que:

𝑷(𝒙) = 𝒂 ∙ (𝒙 − 𝒙𝟏 ) ∙ (𝒙 − 𝒙𝟐 ) ∙ (𝒙 − 𝒙𝟑 ) ∙ (𝒙 − 𝒙𝟒 ) … (𝒙 − 𝒙𝒏 )

A forma apresentada acima é chamada de FORMA FATORADA de um polinômio de grau 𝑛, cujo


coeficiente do termo dominante é 𝑎.

2.7 – Raízes Múltiplas de um Polinômio


Basicamente, esse teorema diz que: se um polinômio 𝑃(𝑥) de grau 𝑛 ≥ 𝑘 possui (𝑥 − 𝑎)𝑘 como
fator, podemos dizer que 𝑎 é raiz de multiplicidade 𝑘 do polinômio.

Se 𝑷(𝒙) = (𝒙 − 𝒂)𝒌 ∙ 𝑸(𝒙), 𝒄𝒐𝒎 𝑸(𝒂) ≠ 𝟎 ⟹ 𝒂 é 𝒓𝒂𝒊𝒛 𝒅𝒆 𝒎𝒖𝒍𝒕𝒊𝒑𝒍𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒌

Como exemplo, podemos citar:

𝑃(𝑥) = (𝑥 − 2)4 ∙ (𝑥)3 ∙ (𝑥 + 3)5

Veja que o polinômio acima se anula para 𝑥 = 2 , para 𝑥 = 0 e para 𝑥 = −3, ou seja:

𝑥 = 2 ⟹ 𝑟𝑎𝑖𝑧 𝑑𝑒 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 4
{ 𝑥 = 0 ⟹ 𝑟𝑎𝑖𝑧 𝑑𝑒 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 3
𝑥 = −3 ⟹ 𝑟𝑎𝑖𝑧 𝑑𝑒 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 5

No polinômio acima podemos afirmar que: possui (4 + 3 + 5) = 12 raízes reais e que os


pontos 2, 0 𝑒 − 3 ,na abcissa, são soluções do polinômio. Ou seja, o conjunto solução (por se
tratar de conjunto) não leva em consideração a repetição de possíveis elementos, assim,
podemos afirmar que:

𝒏º 𝒅𝒆 𝒓𝒂í𝒛𝒆𝒔 𝒅𝒆 𝑷(𝒙) ≥ 𝒏º 𝒅𝒆 𝒔𝒐𝒍𝒖çõ𝒆𝒔 𝒅𝒆 𝑷(𝒙)

Gostaria, neste momento, de destacar alguns teoremas que estão ligados às raízes comuns de
polinômios. Vamos nessa?

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✓ Se 𝑎 é raiz comum de 𝑓 𝑒 𝑔, então também será raiz do resto da divisão entre 𝑓 𝑒 𝑔;

✓ Se 𝑎 é raiz do divisor 𝑔 e do resto 𝑟, então também será raiz do dividendo 𝑓; e

✓ Se 𝑎 é raiz do 𝑀𝐷𝐶(𝑓; 𝑔), então também será raiz de 𝑓 𝑒 𝑔.

2.8 – Operações com Polinômios


A partir deste tópico o “caldo” começa a engrossar. Vamos nessa!

Quando falamos de operações, logo nos vem à mente as fundamentais: adição, subtração,
multiplicação e divisão. Vamos estudar cada uma delas dentro do tema principal: Polinômios.

a) Adição de Polinômios: Adicionar dois ou mais polinômios nada mais é que juntar (unir) os
termos semelhantes. Veja:

𝐴(𝑥) = 2𝑥 2 − 3𝑥
𝐵(𝑥) = 𝑥 3 − 𝑥 2 + 5𝑥 − 7
𝐴(𝑥) + 𝐵(𝑥) = (2𝑥 2 − 3𝑥) + (𝑥 3 − 𝑥 2 + 5𝑥 − 7)
𝐴(𝑥) + 𝐵(𝑥) = 𝑥 3 + 2𝑥 2 − 𝑥 2 + 5𝑥 − 3𝑥 + 7
𝐴(𝑥) + 𝐵(𝑥) = 𝑥 3 + 𝑥 2 + 2𝑥 + 7

b) Subtração de Polinômios: A subtração, em outras palavras, é o mesmo que adicionarmos dois


ou mais polinômios com o simétrico do outro. Assim:

𝐴(𝑥) = 3𝑥 3 + 2𝑥 2 − 1
𝐵(𝑥) = 𝑥 3 − 𝑥 2 + 𝑥 − 3
𝐴(𝑥) + [−𝐵(𝑥)] = (3𝑥 3 + 2𝑥 2 − 1) + [−𝑥 3 + 𝑥 2 − 𝑥 + 3]
𝐴(𝑥) − 𝐵(𝑥) = 3𝑥 3 − 𝑥 3 + 2𝑥 2 + 𝑥 2 − 𝑥 + 3 − 1
𝐴(𝑥) − 𝐵(𝑥) = 2𝑥 3 + 3𝑥 2 − 𝑥 + 2

c) Multiplicação de Polinômios: O produto de polinômios pode ser encontrado através da


multiplicação de cada termo do primeiro polinômio com cada termo do segundo polinômio, reduzindo,
sempre, os termos semelhantes. Em outras palavras, basta aplicar a propriedade da distributiva. Assim:

𝐴(𝑥) = 𝑥 2 + 2𝑥 − 1
𝐵(𝑥) = 𝑥 + 1
𝐴(𝑥). 𝐵(𝑥) = (𝑥 2 + 2𝑥 − 1)(𝑥 + 1)
𝐴(𝑥). 𝐵(𝑥) = (𝑥 2 . 𝑥 + 𝑥 2 . 1) + (2𝑥. 𝑥 + 2𝑥. 1) + (−1. 𝑥 − 1.1)
𝐴(𝑥). 𝐵(𝑥) = 𝑥 3 + 𝑥 2 + 2𝑥 2 + 2𝑥 − 𝑥 − 1
𝐴(𝑥). 𝐵(𝑥) = 𝑥 3 + 3𝑥 2 + 𝑥 − 1

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O grau do polinômio resultante do produto de outros dois será igual à soma dos graus de
cada um deles.

Perceba que 𝑨(𝒙) possui grau 2 e 𝑩(𝒙) grau 1, logo, 𝑨(𝒙). 𝑩(𝒙) possuirá grau 3.

d) Divisão de Polinômios: Existem diversas formas de se fazer uma divisão de polinômios. Neste
primeiro momento, trataremos do método mais conhecido como Método das Chaves. Veja:

Da divisão de dois polinômios A( x) e B( x) , não nulos, são obtidos os polinômios Q( x) (quociente)


e R( x) (resto).

Logo:

 A( x) = B( x).Q( x) + R( x)

 gr R( x)  gr B( x) ou R( x) = 0

Em que:

𝑨(𝒙) → Dividendo

𝑩(𝒙) → 𝑩(𝒙) → Divisor ; 𝒈𝒓𝑩(𝒙) → Grau do dividendo

𝑸(𝒙) → Quociente

𝑹(𝒙) → Resto ; 𝒈𝒓𝑹(𝒙) → Grau do resto

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Para que fique mais claro os conceitos acima, pagaremos uma divisão polinomial do polinômio
𝐴(𝑥) = 3𝑥 3 + 2𝑥 2 − 𝑥 + 2 pelo 𝐵(𝑥) = 𝑥 2 + 2𝑥 + 1. Observe os passos abaixo!

1º passo: Inicialmente, devemos verificar se o grau do dividendo é maior ou igual ao grau do


divisor. Caso contrário, não é possível efetuar a divisão. No problema, o grau do dividendo é igual a 3 e o
grau do divisor é igual a 2. Portanto, podemos efetuar a divisão.

Escrevemos os polinômios no seguinte formato:

Assim, dividimos o primeiro termo do dividendo pelo primeiro termo do divisor.

2º passo: Em seguida, multiplicamos 3x por todos os termos do divisor, da direita para a esquerda.
O resultado de cada multiplicação é colocado, com o sinal trocado, abaixo de cada termo correspondente,
no dividendo. Em seguida, somamos esses termos.

3𝑥 3 + 2𝑥 2 − 𝑥 + 2 𝑥 2 + 2𝑥 + 1

−3𝑥 3 − 6𝑥 2 − 3𝑥 3𝑥

Adicionado os polinômios à esquerda, temos:

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3𝑥 3 + 2𝑥 2 − 𝑥 + 2 𝑥 2 + 2𝑥 + 1

−3𝑥 3 − 6𝑥 2 − 3𝑥 3𝑥

−4𝑥 2 − 4𝑥 + 2

Repetindo o processo, temos:

3𝑥 3 + 2𝑥 2 − 𝑥 + 2 𝑥 2 + 2𝑥 + 1

−3𝑥 3 − 6𝑥 2 − 3𝑥 3𝑥 − 4

−4𝑥 2 − 4𝑥 + 2

−4𝑥 2 + 8𝑥 + 4

𝟒𝒙 + 𝟔

Observe que não podemos continuar a divisão, pois o grau do resto é menor que o grau do
dividendo. Portanto:

𝑄(𝑥) = 3𝑥 − 4
{
𝑅(𝑥) = 4𝑥 + 6

A divisão de polinômios também pode ser efetuada pelo método de Descartes ou método
dos coeficientes a determinar, que é uma aplicação da identidade de polinômios.

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2.9 – Relações de Girard


Neste tópico, faremos uma analogia à relação entre coeficientes que estudamos lá em equação do
2º grau, lembra? Pois é! Aqui, em polinômio, também é possível achar relações entre as raízes por meio
dos coeficientes. Veja:

Seja o polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑎𝑥 𝑛 + 𝑏𝑥 𝑛−1 + 𝑐𝑥 𝑛−2 + 𝑑𝑥 𝑛−3 + 𝑒𝑥 𝑛−4 +. . . +𝑘, sendo k o termo
independente de P( x) , podemos dizer que:

𝒃
• Soma das raízes ⇒ − 𝒂

𝒄
• Soma dos produtos de duas a duas (binários) ⇒ 𝒂

𝒅
• Soma dos produtos de três a três (ternários) ⇒ − 𝒂

𝒌
, 𝒔𝒆 𝒏 é 𝒑𝒂𝒓
• Produto das "𝒏" raízes ⇒ {𝒂 𝒌
− 𝒂 , 𝒔𝒆 𝒏 é í𝒎𝒑𝒂𝒓

Entendo que na teoria parece ser difícil, vamos, então, a um exemplo:

a) 𝑃(𝑥) = 𝑥 4 − 3𝑥 3 + 2𝑥 2 − 𝑥 + 7

A partir deste polinômio P( x) , podemos concluir que se ele é do 4º grau, então possui 4 raízes.
Assim:

−𝑏 (−3)
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 + 𝑥4 = ⇒− =3
𝑎 1
𝑐 2
(𝑥1 . 𝑥2 ) + (𝑥1 . 𝑥3 ) + (𝑥1 . 𝑥4 ) + (𝑥2 . 𝑥3 ) + (𝑥2 . 𝑥4 ) + (𝑥3 . 𝑥4 ) = = =2
𝑎 1
𝑑 (−1)
(𝑥1 . 𝑥2 . 𝑥3 ) + (𝑥1 . 𝑥2 . 𝑥4 ) + (𝑥1 . 𝑥3 . 𝑥4 ) + (𝑥2 . 𝑥3 . 𝑥4 ) = − =− =1
𝑎 1
𝑒 7
(𝑥1 . 𝑥2 . 𝑥3 . 𝑥4 ) = = =7
𝑎 1
Ficou mais fácil, né? Pois é! Guarde esta relação no coração. Isso cai muito em prova!

2.10 – Teorema das Raízes Complexas


Agora, com muito cuidado! Guarde com todo carinho o que vou lhe dizer, ok? Vamos lá!

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Se um polinômio de coeficientes reais admite como raiz o número complexo 𝑍 = 𝑎 + 𝑏𝑖 (𝑏 ≠ 0),


então também admite como raiz o seu conjugado 𝑍 = 𝑎 − 𝑏𝑖. Ressalto ainda que, se uma equação
polinomial admite como raiz de multiplicidade m o número complexo 𝑍 = 𝑎 + 𝑏𝑖 (𝑏 ≠ 0), então também
admite como raiz de multiplicidade m o seu conjugado 𝑍 = 𝑎 − 𝑏𝑖 (𝑏 ≠ 0)

Todo polinômio de coeficientes reais e grau ímpar tem um número ímpar de raízes reais.

Além disso, todo polinômio de coeficientes reais e grau ímpar possui, pelo menos, uma raiz
real.

2.11 – Teorema das Raízes Irracionais


Agora, com muito cuidado! Guarde com todo carinho o que vou lhe dizer, ok? Vamos lá!

De forma análoga ao item anterior, podemos pensar para quando um polinômio apresenta raízes
irracionais, ou seja: se um polinômio de coeficientes racionais admite como raiz o número irracional 𝑎 +
𝑏√𝑐, então também admite como raiz o seu conjugado 𝑎 − 𝑏√𝑐. Ressalto ainda que, se um polinômio
admite como raiz de multiplicidade m o número 𝑎 + 𝑏√𝑐, então, também admite como raiz de
multiplicidade m o seu conjugado 𝑎 − 𝑏√𝑐 .

Já adianto que, se (√𝑎 + √𝑏) , com 𝑎 𝑒 𝑏 não sendo quadrados perfeitos, for raiz irracional de um
polinômio de coeficientes racionais, podemos afirmar que:

√𝑎 − √𝑏 ⟹ 𝑠𝑒𝑟á 𝑟𝑎𝑖𝑧

−√𝑎 − √𝑏 ⟹ 𝑠𝑒𝑟á 𝑟𝑎𝑖𝑧

−√𝑎 + √𝑏 ⟹ 𝑠𝑒𝑟á 𝑟𝑎𝑖𝑧

AULA 02 – POLINÔMIOS 19
Prof. Ismael Santos

2.12 – Teorema da Paridade de Raízes de um Polinômio


Simples consequência dos dois teoremas anteriores, podemos dizer que:

• Paridade das Raízes Complexas: todas as raízes de um polinômio de coeficientes reais se


apresentam em pares conjugadas. Impossível, neste caso, o polinômio apresentar uma
quantidade ÍMPAR de raízes complexas.

• Paridade das Raízes Irracionais: todas as raízes de um polinômio de coeficientes racionais


se apresentam em pares conjugadas. Impossível, neste caso, o polinômio apresentar uma
quantidade ÍMPAR de raízes irracionais.

2.13 – MMC e MDC de Polinômios


O máximo divisor comum (M.D.C.) entre polinômios é formado pelos fatores comuns a estes
polinômios elevados aos seus menores expoentes, de forma que ele seja a expressão de maior grau que
divide todos aqueles.

Já ressalto que: se alguma divisão polinomial resultar num resto igual a uma CONSTANTE NÃO
NULA, estaremos diante de polinômios primos entre si. Podemos também, a partir do MDC entre
polinômios, se esse for igual a 1, dizer que é condição necessária e suficiente para que eles sejam primos
entre si.

Aprofundando um pouco mais, podemos afirmar que se 𝑓 𝑒 𝑔 são polinômios não nulos e 𝑟 é o
resto da divisão de 𝑓 𝑝𝑜𝑟 𝑔, então:

𝑴𝑫𝑪(𝒇; 𝒈) = 𝑴𝑫𝑪(𝒈; 𝒓)

Já o mínimo múltiplo comum (M.M.C.) entre polinômios é formado por todos os fatores que
aparecem nestes polinômios, comuns ou não, elevados ao seu maior expoente, de forma que ele é a
expressão de menor grau que é múltiplo de todos aqueles.

Exemplo:

𝑃(𝑥) = 𝑥 ⋅ (𝑥 − 1)2 ⋅ (𝑥 − 2)2

𝑄(𝑥) = 𝑥 3 ⋅ (𝑥 − 1) ⋅ (𝑥 − 3)2

𝑀𝐷𝐶(𝑃, 𝑄) = 𝑥 ⋅ (𝑥 − 1)

𝑀𝑀𝐶(𝑃, 𝑄) = 𝑥 3 ⋅ (𝑥 − 1)2 ⋅ (𝑥 − 2)2 ⋅ (𝑥 − 3)2

AULA 02 – POLINÔMIOS 20
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O tema MDC é muito útil quando estamos diante de polinômios com raízes em comum. Ou seja,
se dois ou mais polinômios possuírem raízes em comum, podemos afirmar que essas raízes em comum
serão raízes do MDC entre eles. Vamos a um exemplo prático:

𝑃(𝑥) = 𝑥 ∙ (𝑥 − 1)2 ∙ (𝑥 − 2)2 , 𝑐𝑢𝑗𝑎𝑠 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠 𝑠ã𝑜: 0, 1 𝑒 2

𝑄(𝑥) = 𝑥 3 ∙ (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 − 3)2 , 𝑐𝑢𝑗𝑎𝑠 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠 𝑠ã𝑜: 0, 1 𝑒 3

Perceba que,0 𝑒 1 são raízes comuns aos polinômios dados, logo, serão raízes também do MDC,
veja: 𝑴𝑫𝑪(𝑷, 𝑸) = 𝒙 ⋅ (𝒙 − 𝟏), 𝒄𝒖𝒋𝒂𝒔 𝒓𝒂í𝒛𝒆𝒔 𝒔ã𝒐 𝟎 𝒆 𝟐

Tudo bem até aqui, turma? OK. Sigamos firme!

Você deve estar se perguntando: “Será que existe um algoritmo para calcular o MDC entre
polinômios?” Minha resposta é SIM. Existe. E digo mais, este processo é análogo ao MDC entre números
que aprendemos noutra aula. Ou seja, faça o primeiro passo da divisão, logo em seguida, o divisor passa
a ser o dividendo e o 1º resto passa a ser o divisor, e assim por diante, até não ser mais possível a divisão.
Quando isso acontecer, o último divisor será o MDC entre os polinômios iniciais.

2.14 – Teorema das Raízes Racionais


É possível encontrar o conjunto das possíveis raízes racionais (inteiras e fracionárias) a partir dos
divisores do termo independente de um polinômio. Veja um exemplo:

𝑃(𝑥) = 𝑥 2 − 5𝑥 + 6
1º passo: achar os divisores inteiros de 6.

Logo:

𝐷(6) = {+1; −1; +2; −2; +3; −3; +6; −6}

2º passo: dividir cada divisor inteiro pelo coeficiente do termo dominante, ou seja, pelo "𝑎". Como no
exemplo, o 𝑎 = 1, não fará diferença.

AULA 02 – POLINÔMIOS 21
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3º passo: testar os valores achados, após o 2º passo, no 𝑃(𝑥). Caso o resultado seja ZERO, este tal valor
será raiz de 𝑃(𝑥).

𝑃(2) = (2)2 − 5. (2) + 6


𝑃(2) = 4 − 10 + 6
𝑃(2) = 0

Logo, 2 é raiz.

Usando o 3 no lugar de 𝑥, temos:

𝑃(3) = (3)2 − 5. (3) + 6


𝑃(3) = 9 − 15 + 6
𝑃(3) = 15 − 15
𝑃(3) = 0
Logo, 3 é raiz.

Uma consequência deste teorema afirma que: se 𝑝 é um número inteiro que é raiz de um
polinômio 𝑃(𝑥) de coeficientes reais, então 𝑝 é divisor do termo independente do polinômio
dado.
𝑝
Ademais, se 𝑞 é um racional irredutível que zera um polinômio 𝑃(𝑥), ou seja, é raiz, então
𝑝 é divisor do termo independente e 𝑞 é divisor do coeficiente do termo dominante.

Indo mais a fundo ainda, podemos concluir que, se 𝑃(1)𝑒 𝑃(0)

2.15 – Teorema de Bolzano


Teorema muito interessante quando falamos de polinômios. Preste bastante atenção no gráfico a
seguir, onde destaco um intervalo real de extremidades 𝑎 𝑒 𝑏. Veja:

AULA 02 – POLINÔMIOS 22
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É fácil notar que o valor de 𝑃(𝑎) é negativo e o valor de 𝑃(𝑏) é positivo. Ou seja, possuem sinais
contrários. Pelo gráfico mesmo, percebemos que o gráfico, neste intervalo destacado, cruza o eixo das
abcissas apenas UMA vez. Logo, consoante o TEOREMA DE BOLSANO, podemos afirmar que, no intervalo
real [𝑎; 𝑏], existe uma quantidade ÍMPAR DE RAÍZES.

Vamos a outra parte do TEOREMA!

AULA 02 – POLINÔMIOS 23
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É fácil notar que o valor de 𝑃(𝑎) é positivo e o valor de 𝑃(𝑏) é positivo. Ou seja, possuem os
mesmos sinais. Pelo gráfico mesmo, percebemos que o gráfico, neste intervalo destacado, cruza o eixo
das abcissas DUAS vezes. Logo, consoante o TEOREMA DE BOLSANO, podemos afirmar que, no intervalo
real [𝑎; 𝑏], existe uma quantidade PAR DE RAÍZES.

Resumindo, dado um polinômio 𝑃(𝑥) e um intervalo real [𝑎; 𝑏], podemos afirmar que:

𝑃(𝑎). 𝑃(𝑏) > 0 ⟹ 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑢𝑖 𝑢𝑚𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑃𝐴𝑅 𝑑𝑒 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠 𝑛𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 (𝑜𝑢 𝑛𝑒𝑛ℎ𝑢𝑚𝑎)
{ 𝑃(𝑎). 𝑃(𝑏) < 0 ⟹ 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑢𝑖 𝑢𝑚𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 Í𝑀𝑃𝐴𝑅 𝑑𝑒 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠 𝑟𝑒𝑖𝑎𝑠 𝑛𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜
𝑃(𝑎). 𝑃(𝑏) = 0 ⟹ 𝑠ó 𝑎, 𝑠ó 𝑏, 𝑜𝑢 𝑎𝑡é 𝑎𝑚𝑏𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑟ã𝑜 𝑠𝑒𝑟 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑙𝑖𝑛ô𝑚𝑖𝑜 𝑑𝑎𝑑𝑜

Muito cuidado com o polinômio no intervalo dado não possuir raízes reais no intervalo real dado.
Pois, neste caso, a quantidade de raízes reais nesse intervalo será PAR, porém, NULA. Veja no gráfico
abaixo:

AULA 02 – POLINÔMIOS 24
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Perceba que: 𝑃(𝑎). 𝑃(𝑏) > 0 , porém, neste polinômio, não possuímos raízes reais.

2.16 – Teorema do Resto


Segue, abaixo, um dos teoremas mais importantes dentro de polinômios. Observe!

𝑏
O resto da divisão de 𝑃(𝑥) por um binômio 𝑎𝑥 + 𝑏 é 𝑃 (− 𝑎).

Podemos verificar esse fato facilmente. Temos:

P( x) ax + b
R Q( x)
Podemos escrever na forma 𝑃(𝑥) = (𝑎𝑥 + 𝑏). 𝑄(𝑥) + 𝑅
𝑏
Para 𝑥 = − 𝑎, temos:

𝒃 𝒃 𝒃
𝑷 (− ) = [𝒂. (− ) + 𝒃] . 𝑸 (− ) + 𝑹 ⇒
𝒂 𝒂 𝒂

AULA 02 – POLINÔMIOS 25
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𝒃 𝒃
⇒ 𝑷 (− ) = (−𝒃 + 𝒃). 𝑸 (− ) + 𝑹 ⇒
𝒂 𝒂
𝒃 𝒃
⇒ 𝑷 (− ) = 𝟎. 𝑸 (− ) + 𝑹 ⇒
𝒂 𝒂
𝒃
⇒ 𝑷 (− ) = 𝑹
𝒂
Em outras palavras, para encontrarmos o resto da divisão de um polinômio P( x) por um binômio
do 1º grau, basta calcularmos a raiz do binômio do 1º grau e, em seguida, substituirmos no polinômio
P( x) , ou seja, fazer o valor numérico desse polinômio.

Exemplo:

Calcular o resto da divisão do polinômio 𝑃(𝑥) = 3𝑥 3 + 4𝑥 2 − 𝑥 + 5 por 𝐵(𝑥) = 𝑥 − 1

Comentário:

Cálculo da raiz de 𝐵(𝑥):

𝑥−1=0
𝑥=1

O resto 𝑅 é dado por:

𝑅 = 𝑃(1) = 3. 13 + 4. 12 − 1 + 5
𝑅 = 3 + 4 − 1 + 5 = 11

2.17 – Teorema de D’alembert


𝑏
P( x) é divisível por 𝑎𝑥 + 𝑏 se, e somente se, 𝑃 (− ) = 0
𝑎

Observe que o Teorema de D’alembert é uma consequência imediata do Teorema do Resto. Eis a
demonstração:

Na divisão de 𝑃(𝑥) por 𝑎𝑥 + 𝑏 o resto deve ter grau zero. Assim, podemos dizer que a divisão terá
um quociente 𝑄(𝑥) e resto 𝑅(𝑥) = 𝑅 constante. Logo,

𝑷(𝒙) = (𝒂𝒙 + 𝒃) ⋅ 𝑸(𝒙) + 𝑹

AULA 02 – POLINÔMIOS 26
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𝒃 𝒃 𝒃
⇒ 𝑷 (− ) = (𝒂 ⋅ (− ) + 𝒃) ⋅ 𝑸 (− ) + 𝑹
𝒂 ⏟ 𝒂 𝒂
𝟎
𝒃
⇔ 𝑹 = 𝑷 (− )
𝒂

Exemplo:

O resto de 𝑃(𝑥) = 2𝑥 3 − 𝑥 − 1 por 𝑥 + 1 é:

𝑃(−1) = 2(−1)3 − (−1) − 1 = −2.

Exemplo:

𝑃(𝑥) = 2𝑥 3 − 𝑥 − 1 é divisível por (𝑥 − 1), pois:

𝑃(1) = 2 ⋅ 13 − 1 − 1 = 0.

Isso é fato, visto que:

𝑃(𝑥) = 2𝑥 3 − 𝑥 − 1 = (2𝑥 2 + 2𝑥 + 1)(𝑥 − 1).

2.18 – Dispositivo de Briot-Ruffini


É um dispositivo prático que permite determinar o quociente e o resto da divisão de um polinômio
P( x) por um binômio da forma x − a . Como exemplo, vamos efetuar a divisão do polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑥 3 +
3𝑥 2 − 𝑥 + 4 por 𝐵(𝑥) = 𝑥 − 2.

Inicialmente, vamos posicionar os termos indicados, conforme o esquema a seguir:

Raiz do divisor Coeficientes do dividendo

Coeficientes do quociente Resto

AULA 02 – POLINÔMIOS 27
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Assim, temos:

2 1 3 -1 4

Repetimos o coeficiente do termo de maior grau.

2 1 3 -1 4

Multiplicamos essa raiz (2) pelo coeficiente que foi repetido (1) e, em seguida, somamos com o
próximo coeficiente (3). O resultado é colocado à direita de 1.

Fazemos 2.1 + 3 = 5

2 1 3 -1 4

1 5 9

Finalmente, repetimos para o termo 9. Assim, obteve o último termo, separado por uma linha
tracejada. Esse número é o resto da divisão de P( x) por B( x)

Fazemos 2.9 + 4 = 22

2 1 3 -1 4

1 5 9 22

AULA 02 – POLINÔMIOS 28
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Os números obtidos (1, 5 e 9) são os coeficientes do polinômio quociente. Como P( x) é do 3º grau


e B( x) é do 1º grau, o dividendo deverá ser, necessariamente, do 2º grau. Por isso, costumamos dizer
que o Dispositivo de Briot-Ruffini serve para abaixar o grau do polinômio P( x) .

Mais à frente, veremos uma importante aplicação desse fato no cálculo de raízes de equações.

Diante disso, temos o quociente 𝑄(𝑥) = 𝑥 2 + 5𝑥 + 9 e o resto 𝑅(𝑥) = 22

Podemos utilizar o Método de Briot-Ruffini também quando o divisor é um polinômio da


forma 𝑎𝑥 + 𝑏. Nesse caso, devemos dividir os coeficientes do polinômio quociente por a .

Exemplo:

Efetuar a divisão de 𝑃(𝑥) = 5𝑥 3 + 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 por 2𝑥 − 4

Comentário:

A raiz do binômio do 1º grau é igual a 2. Assim, temos:

2 5 1 -2 1

5 11 20 41

Para obtermos o polinômio quociente, devemos dividir cada termo obtido por 2. É importante
5 11
observar que o resto não se altera. Assim, temos como quociente 𝑄(𝑥) = 2 𝑥 2 + 2 𝑥 + 10 e resto 𝑅(𝑥) =
41

AULA 02 – POLINÔMIOS 29
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Um polinômio 𝑷(𝒙) é divisível por (𝒙 − 𝒂). (𝒙 − 𝒃) se, e somente se, 𝑷(𝒙) é divisível
separadamente por 𝒙 − 𝒂 e por 𝒙 − 𝒃

01. (FGV) Se o polinômio 𝑥 3 − 2𝑚𝑥 2 + (−𝑚 + 6)𝑥 + 2𝑚 + 𝑛 é divisível por 𝑥 − 1 e por 𝑥 +


1, então 𝑚 + 𝑛 é igual a:

a) 7

b) -7

c) 6

d) -6

e) 0

Comentário:

Pelo Teorema de D’Alembert, temos 𝑃(1) = 0 e 𝑃(−1) = 0. Assim:

𝑃(−1) = (−1)3 − 2𝑚(−1)2 + (−𝑚 + 6)(−1) + 2𝑚 + 𝑛 ⇒


0 = −1 − 2𝑚 + 𝑚 − 6 + 2𝑚 + 𝑛 ⇒ 𝑚 + 𝑛 = 7

Observe que não foi necessário fazer 𝑃(1) = 0, pois a pergunta envolvia 𝑚 + 𝑛

02. (Mackenzie – SP)

P( x) x − 2 Q( x) x − 6
4 Q( x) 1 Q1 ( x)

Considerando as divisões de polinômios dadas, podemos afirmar que o resto da divisão de


P( x) por x 2 − 8 x + 12 é:

AULA 02 – POLINÔMIOS 30
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a) 2 x + 2

b) 2 x + 1

c) x + 2

d) 3x − 2

e) x + 1

Comentário:

Podemos escrever do seguinte modo:

𝑃(𝑥) = (𝑥 − 2). 𝑄(𝑥) + 4 e

𝑄(𝑥) = (𝑥 − 6). 𝑄1 (𝑥) + 1

Substituindo a expressão para 𝑄(𝑥) em 𝑃(𝑥), temos:

𝑃(𝑥) = (𝑥 − 2)[(𝑥 − 6). 𝑄1 (𝑥) + 1] + 4 ⇒


𝑃(𝑥) = (𝑥 − 2). (𝑥 − 6). 𝑄1 (𝑥) + 𝑥 − 2 + 4 ⇒
𝑃(𝑥) = (𝑥 2 − 8𝑥 + 12). 𝑄1 (𝑥) + 𝑥 + 2

Logo, o resto da divisão de 𝑃(𝑥) por 𝑥 2 − 8𝑥 + 12 é igual a (𝑥 + 2).

AULA 02 – POLINÔMIOS 31
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3 – Lista de Questões – Nível 1


(EsSA 2006)
A soma dos inversos das raízes da equação do 2° grau, em “x”, ( m + 1) x2 − 2mx + ( m − 1) = 0 , m  −1
é igual a 3. Assim, o valor de m² é igual a:

a) 1

b) 0

c) 4

d) 16

e) 9

(EsSA 2007)
Seja x2 + ( q − 3 ) x − q − 2 = 0 . O valor de “q” que torna mínima a soma dos quadrados das raízes da
equação é:

a) 4

b) – 2

c) – 4

d) 2

e) 0

(EsSA 2008)
1
A equação x + ( 3x + 7 ) 2 = 1 possui uma raiz:

a) par

b) múltipla de 5

c) negativa

d) maior que 7

e) irracional

AULA 02 – POLINÔMIOS 32
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(EsSA 2009)
Se o resto da divisão do polinômio 𝑷(𝒙) = 𝟐𝒙𝒏 + 𝟓𝒙 − 𝟑𝟎 por Q ( x ) = x − 2 é igual a 44, então n é
igual a:

a) 2

b) 3

c) 4

d) 5

e) 6

(EsSA 2010)

Sabe-se que 1, a e b são raízes do polinômio𝒑(𝒙) = 𝒙𝟑 – 𝟏𝟏𝒙² + 𝟐𝟔𝒙– 𝟏𝟔, e que a  b . Nessas
condições, o valor de 𝒂𝒃 + 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂 é:

a) 193/3

b) 19

c) 67

d) 64

e) 49/3

(EsSA 2013)
Para que o polinômio do segundo grau A ( x ) = 3x2 − bx + c , com c > 0 seja o quadrado do polinômio
B ( x ) = mx + n ,é necessário que:

a) b = 4c
2

b) b = 12c
2

c) b = 12
2

d) b = 36c
2

e) b = 36
2

AULA 02 – POLINÔMIOS 33
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(EsSA 2014)

Sendo o polinômio 𝑷(𝒙) = 𝒙³ + 𝟑𝒙𝟐 + 𝒂𝒙 + 𝒃 um cubo perfeito, então a diferença a − b vale:

a) 3

b) 2

c) 1

d) 0

e) −1

(EsSA 2014)
1
Uma equação polinomial do 3º grau que admite as raízes −1, − e 2 é:
2

a) x − 2 x − 5x − 2 = 0
3 2

b) 2 x − x − 5x + 2 = 0
3 2

c) 2 x − x + 5x − 2 = 0
3 2

d) 2 x − x − 2 x − 2 = 0
3 2

e) 2 x − x − 5x − 2 = 0
3 2

(EsSA 2016)
O grau do polinômio ( 4 x − 1)  ( x 2 − x − 3 )  ( x + 1) é:

a) 6

b) 5

c) 3

d) 4

e) 2

(EsSA 2016)

AULA 02 – POLINÔMIOS 34
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O conjunto solução da equação x3 − 2 x2 − 5x + 6 = 0 é:

a) S = {−3;−1;2}

b) S = {−0,5;−3;4}

c) S = {−3;1;2}

d) S = {−2;1;3}

e) S = {0,5;3;4}

(EsSA 2017)
Se 2 + 3i é raiz de uma equação algébrica P ( x ) = 0 , de coeficientes reais, então podemos afirmar
que:

a) 3 − 2i também é raiz da mesma equação.

b) 2 − 3i também é raiz da mesma equação.

c) 2 também é raiz da mesma equação.

d) −3i também é raiz da mesma equação.

e) 3 + 2i também é raiz da mesma equação.

AULA 02 – POLINÔMIOS 35
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3.1 – Gabarito
1. E

2. D

3. C

4. D

5. C

6. B

7. B

8. E

9. D

10. D

11. B

AULA 02 – POLINÔMIOS 36
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4 – Lista de Questões Comentadas – Nível 1


(EsSA 2006)
A soma dos inversos das raízes da equação do 2° grau, em “x”, ( m + 1) x2 − 2mx + ( m − 1) = 0 , m  −1
é igual a 3. Assim, o valor de m² é igual a:

a) 1

b) 0

c) 4

d) 16

e) 9

Comentários:

Primeiramente, vamos descobrir o valor de 𝑥1 + 𝑥2 e 𝑥1 ∙ 𝑥2 da equação (𝑚 + 1)𝑥 2 − 2𝑚𝑥 +


(𝑚 − 1) = 0

−𝑏 −(−2𝑚) 2𝑚
𝑥1 + 𝑥2 = = =
𝑎 (𝑚 + 1) 𝑚+1
𝑐 𝑚−1
{ 𝑥1 ∙ 𝑥2 = =
𝑎 𝑚+1
Dessa forma, podemos calcular o que foi pedido

2𝑚
1 1 𝑥1 + 𝑥2 𝑚 + 1⁄
+ = = 𝑚−1
𝑥1 𝑥2 𝑥1 ∙ 𝑥2
𝑚+1
1 1 2𝑚 𝑚 + 1 2𝑚
+ = ∙ = =3
𝑥1 𝑥2 𝑚+1 𝑚−1 𝑚−1

Então, temos que

𝑚 = 3 → 𝑚2 = 9

Gabarito: E

AULA 02 – POLINÔMIOS 37
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(EsSA 2007)
Seja x2 + ( q − 3 ) x − q − 2 = 0 . O valor de “q” que torna mínima a soma dos quadrados das raízes da
equação é:

a) 4

b) – 2

c) – 4

d) 2

e) 0

Comentários:

Temos que a soma dos quadrados das raízes é da seguinte forma

𝑥12 + 𝑥22 = (𝑥1 + 𝑥2 )2 − 2 ∙ 𝑥1 ∙ 𝑥2

Em que

−𝑏
𝑥1 + 𝑥2 =
𝑎
𝑐
𝑥1 ∙ 𝑥2 =
𝑎
Daí,

3−𝑞 2 2+𝑞
𝑥12 + 𝑥22 =( ) − 2 ∙ (− )
1 1

𝑥12 + 𝑥22 = 𝑞 2 − 4𝑞 + 13

Para que essa soma seja mínima, devemos calcular o 𝑞𝑣

−𝑏 (−4)
𝑞𝑣 = = − =2
2𝑎 2∙1
Gabarito: D

AULA 02 – POLINÔMIOS 38
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(EsSA 2008)
1
A equação x + ( 3x + 7 ) 2 = 1 possui uma raiz:

a) par

b) múltipla de 5

c) negativa

d) maior que 7

e) irracional

Comentários:

Temos que
1
𝑥 + (3𝑥 + 7)2 = 1

Logo
1
(3𝑥 + 7)2 = 1 − 𝑥

Elevando-se os dois lados da expressão ao quadrado, temos que

3𝑥 + 7 = 1 − 2𝑥 + 𝑥 2

𝑥 2 − 5𝑥 − 6 = 0

(𝑥 − 6) ∙ (𝑥 + 1) = 0

𝑥=6
{
𝑥 = −1
No entanto, o único valor que satisfaz a expressão inicial é 𝑥 = −1, ou seja, a raiz é negativa.

Gabarito: C

AULA 02 – POLINÔMIOS 39
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(EsSA 2009)
Se o resto da divisão do polinômio 𝑷(𝒙) = 𝟐𝒙𝒏 + 𝟓𝒙 − 𝟑𝟎 por Q ( x ) = x − 2 é igual a 44, então n é
igual a:

a) 2

b) 3

c) 4

d) 5

e) 6

Comentários:

Do enunciado, podemos escrever 𝑃(𝑥) da seguinte forma

𝑃(𝑥) = 𝑄(𝑥) ∙ 𝐷(𝑥) + 𝑅𝑒𝑠𝑡𝑜

𝑃(𝑥) = 𝑄(𝑥) ∙ 𝐷(𝑥) + 44

Vamos usar 𝑥 = 2

𝑃(2) = 𝑄(2) ∙ 𝐷(2) + 44

2 ∙ 2𝑛 + 5 ∙ 2 − 30 = (2 − 2) ∙ 𝐷(2) + 44

2 ∙ 2𝑛 = 64

2𝑛 = 32 = 25

𝑛=5

Gabarito: D

AULA 02 – POLINÔMIOS 40
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(EsSA 2010)

Sabe-se que 1, a e b são raízes do polinômio𝒑(𝒙) = 𝒙𝟑 – 𝟏𝟏𝒙² + 𝟐𝟔𝒙– 𝟏𝟔, e que a  b . Nessas
condições, o valor de 𝒂𝒃 + 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂 é:

a) 193/3

b) 19

c) 67

d) 64

e) 49/3

Comentários:

Note que 1 é raiz de 𝑝(𝑥), logo

𝑝(𝑥) = (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 2 − 10𝑥 + 16) = (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 − 8) ∙ (𝑥 − 2)

Dessa forma, 2 𝑒 8 também são raízes de 𝑝(𝑥). Ou seja,

𝑎 = 8 𝑒 𝑏 = 2, pois 𝑎 > 𝑏.

Finalmente,

𝑎𝑏 + log 𝑏 𝑎 = 82 + log 2 8 = 64 + 3 log 2 2

𝑎𝑏 + log 𝑏 𝑎 = 67

Gabarito: C

(EsSA 2013)
Para que o polinômio do segundo grau A ( x ) = 3x2 − bx + c , com c > 0 seja o quadrado do polinômio
B ( x ) = mx + n ,é necessário que:

a) b = 4c
2

b) b = 12c
2

c) b = 12
2

d) b = 36c
2

e) b = 36
2

AULA 02 – POLINÔMIOS 41
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Comentários:

Devemos ter que 𝐴(𝑥) = 𝐵(𝑥) ∙ 𝐵(𝑥), logo

3𝑥 2 − 𝑏𝑥 + 𝑐 = (𝑚𝑥 + 𝑛)2 = 𝑚2 𝑥 2 + 2𝑚𝑛𝑥 + 𝑛2

Devemos comparar os coeficientes do lado esquerdo com o do lado direito

𝑚2 = 3 (𝐼)
{2𝑚𝑛 = −𝑏 (𝐼𝐼)
𝑛2 = 𝑐 (𝐼𝐼𝐼)

Em seguida, vamos elevar a equação (II) ao quadrado

(2𝑚𝑛)2 = (−𝑏)2 → 4𝑚2 𝑛2 = 𝑏 2

Vamos substituir os valores de 𝑚2 𝑒 𝑛²

𝑏 2 = 4 ∙ 3 ∙ 𝑐 → 𝑏 2 = 12𝑐

Gabarito: B

(EsSA 2014)

Sendo o polinômio 𝑷(𝒙) = 𝒙³ + 𝟑𝒙𝟐 + 𝒂𝒙 + 𝒃 um cubo perfeito, então a diferença a − b vale:

a) 3

b) 2

c) 1
d) 0

e) −1

Comentários:

Temos que

(𝑥 + 1)3 = 𝑥 3 + 3 ∙ 𝑥 2 ∙ 1 + 3 ∙ 𝑥 ∙ 12 + 1³

𝑃(𝑥) = 𝑥 3 + 3 ∙ 𝑥 2 ∙ 1 + 𝑎 ∙ 𝑥 + 𝑏

Dessa forma, comparando os coeficientes, temos que

𝑎=3
{
𝑏=1

AULA 02 – POLINÔMIOS 42
Prof. Ismael Santos

→𝑎−𝑏 =3−1=2

Gabarito: B

(EsSA 2014)
1
Uma equação polinomial do 3º grau que admite as raízes −1, − e 2 é:
2

a) x − 2 x − 5x − 2 = 0
3 2

b) 2 x − x − 5x + 2 = 0
3 2

c) 2 x − x + 5x − 2 = 0
3 2

d) 2 x − x − 2 x − 2 = 0
3 2

e) 2 x − x − 5x − 2 = 0
3 2

Comentários:

O enunciado já nos diz as raízes de 𝑝(𝑥). Logo

1 𝑥 2 5𝑥
𝑝(𝑥) = (𝑥 + 1) ∙ (𝑥 + ) ∙ (𝑥 − 2) = 𝑥 3 − − −1
2 2 2
Logo,

𝑃(𝑥) = 2 ∙ 𝑝(𝑥) = 2𝑥 3 − 𝑥 2 − 5𝑥 − 2

Gabarito: E

(EsSA 2016)
O grau do polinômio ( 4 x − 1)  ( x 2 − x − 3 )  ( x + 1) é:

a) 6

b) 5

c) 3

d) 4

e) 2

Comentários:

O grau do polinômio será dado pela soma dos graus dos polinômios que o compõe. Logo

AULA 02 – POLINÔMIOS 43
Prof. Ismael Santos

𝛿𝑝(𝑥) = 1 + 2 + 1 = 4

Gabarito: D

(EsSA 2016)

O conjunto solução da equação x3 − 2 x2 − 5x + 6 = 0 é:

a) S = {−3;−1;2}

b) S = {−0,5;−3;4}

c) S = {−3;1;2}

d) S = {−2;1;3}

e) S = {0,5;3;4}

Comentários:

Note que a soma dos coeficientes de 𝑝(𝑥) é zero. Logo, 1 é raiz de 𝑝(𝑥)

𝑥 3 − 2𝑥 2 − 5𝑥 + 6 = (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 2 − 𝑥 − 6)

𝑥 3 − 2𝑥 2 − 5𝑥 + 6 = (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 − 3) ∙ (𝑥 + 2)

Dessa forma, 𝑆 = {−2,1,3}.

Gabarito: D

(EsSA 2017)
Se 2 + 3i é raiz de uma equação algébrica P ( x ) = 0 , de coeficientes reais, então podemos afirmar
que:

a) 3 − 2i também é raiz da mesma equação.

b) 2 − 3i também é raiz da mesma equação.

c) 2 também é raiz da mesma equação.

d) −3i também é raiz da mesma equação.

e) 3 + 2i também é raiz da mesma equação.

Comentários:

Como nosso 𝑝(𝑥) apresenta apenas coeficientes reais, se 𝑧 é solução, então o conjugado de z é
solução

AULA 02 – POLINÔMIOS 44
Prof. Ismael Santos

2 − 3𝑖 também é raiz.

Gabarito: B

5 – Lista de Questões – Nível 2


(EEAR-2000)

Dada a equação 𝒙𝟑 − 𝟏𝟎𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟐𝟎 = 𝟎, e sendo a, b e c as suas reízes, o valor da soma 𝒂𝟐 𝒃𝒄 +


𝒂𝒃𝟐 𝒄 + 𝒂𝒃𝒄² é:

a) 𝟐𝟎𝟎

b) −𝟐𝟎𝟎
c) 𝟒𝟎𝟎

d) −𝟒𝟎𝟎

(EEAR-2001)

Para que o polinômio 𝟐𝒙𝟑 + 𝒎𝒙 + 𝒏𝒙 + 𝟔 seja divisível por (𝒙 + 𝟏) 𝒆 (𝒙 − 𝟑), então os valores de
m e n devem ser, respectivamente, iguais a:

a) −𝟕 𝒆 − 𝟑

b) −𝟔 𝒆 − 𝟏𝟎

c) −𝟔 𝒆 − 𝟐

d) −𝟐 𝒆 − 𝟔

(EEAR-2001)

Qualquer raiz racional da equação 𝒙𝟑 + 𝟑𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 + 𝟗 = 𝟎 é inteira.

O menor grau da equação polinomial de coeficientes reais, que admite as raízes 𝟑, 𝟐 + 𝒊 𝒆 − 𝒊,é 𝟓.

Toda equação polinomial da forma 𝒂𝒙𝟒 + 𝒃𝒙𝟑 + 𝒄𝒙𝟐 + 𝒅𝒙 + 𝒆 = 𝟎 de coeficientes reais e 𝒂 ≠ 𝟎,


necessariamente possui uma raiz real.

São verdadeiras as afirmações:

a) I, II e III.
b) I e II.

AULA 02 – POLINÔMIOS 45
Prof. Ismael Santos

c) II e III.

d) I e III.

(EEAR-2001)

Uma das raízes da equação 𝒙𝟑 − 𝟏𝟐𝒙𝟐 + 𝟒𝟒𝒙 − 𝟒𝟖 = 𝟎 é a soma das outras duas. A maior raiz
dessa equação é:

a) 𝟕

b) 𝟔

c) 𝟒

d) 𝟐

(EEAR-2001)

Os valores reais de a e b tais que os polinômios 𝑷(𝒙) = 𝒙𝟑 − 𝟐𝒂𝒙𝟐 + (𝟑𝒂 + 𝒃)𝒙 − 𝟑𝒃 e 𝑸(𝒙) =
𝒙𝟑 − (𝒂 + 𝟐𝒃)𝒙 + 𝟐𝒂 sejam divisíveis por 𝒙 + 𝟏 são dois números

a) Inteiros positivos.

b) Inteiros negativos.

c) Reais, sendo um racional e outro irracional.

d) Inteiros, sendo um positivo e outro negativo.

(EEAR-2002)

É verdadeira a afirmação:

“A equação 𝒙𝟖 − 𝟏𝟑𝒙𝟒 + 𝟑𝟔 = 𝟎

a) Admite 𝟒 raízes reais irracionais”.

b) Admite 𝟒 raízes reais racionais positivas”.

c) Não admite raízes reais”.

d) Admite 𝟒 raízes reais inteiras”.

AULA 02 – POLINÔMIOS 46
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2002)

A equação 𝒙𝟑 − 𝟏𝟎𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟐𝟎 tem como raízes a, b e c. Então, o valor da expressão 𝒂𝟐 𝒃𝒄 +


𝒂𝒃𝟐 𝒄 + 𝒂𝒃𝒄𝟐 é

a) 𝟏𝟎𝟎

b) 𝟐𝟓𝟎

c) −𝟐𝟎𝟎

d) −𝟒𝟎𝟎

(EEAR-2002)

Uma das raízes da equação 𝟐𝒙𝟑 + 𝒙𝟐 − 𝟕𝒙 − 𝟔 = 𝟎 é 𝒙𝟏 = 𝟐.

Pode-se afirmar que:

a) As outras raízes são números imaginários puros.

b) As outras raízes são −𝟑 𝒆 − 𝟐.

c) Só uma das outras raízes é real.

d) As outras raízes estão entre −𝟐 𝒆 𝟎.

(EEAR-2002)

Considere a equação 𝒙𝟑 + 𝟔𝒙𝟐 + 𝟏𝟑𝒙 + 𝟏𝟎 = 𝟎 em que −𝟐 é uma das raízes. As demais raízes são

a) −𝟐 + 𝒊 𝒆 − 𝟐 − 𝒊

b) −𝟏 𝒆 −5

c) 𝟐 − 𝒊 𝒆 𝟐 + 𝒊

d) −𝟐 + 𝟐𝒊 𝒆 − 𝟐 − 𝟐𝒊

AULA 02 – POLINÔMIOS 47
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2002)

Uma equação do 3° grau cujas raízes são −𝟏, −𝟐 𝒆 𝟑 é

a) 𝒙𝟑 + 𝟔𝒙𝟐 − 𝟗𝒙 + 𝟔 = 𝟎

b) 𝒙𝟑 − 𝟔𝒙𝟐 − 𝟔 = 𝟎

c) 𝒙𝟑 − 𝟕𝒙 − 𝟔 = 𝟎

d) 𝒙𝟑 + 𝟔𝒙𝟐 + 𝟗𝒙 = 𝟎

(EEAR-2002)

Sobre a equação 𝟏𝟗𝟖𝟑𝒙𝟐 − 𝟏𝟗𝟖𝟒𝒙 − 𝟏𝟗𝟖𝟓 = 𝟎, a afirmação correta é:

a) Não tem raízes reais

b) Tem duas raízes simétricas

c) Tem duas raízes reais distintas

d) Tem duas raízes reais iguais

(EEAR-2002)

O n° 𝟏 é uma das raízes do polinômio 𝒙𝟑 + 𝟒𝒙𝟐 + 𝒙 − 𝟔. Com relação às outras raízes do polinômio,
podemos afirmar que

a) Ambas são negativas

b) Uma é negativa e a outra é positiva

c) Ambas são positivas

d) Uma delas é nula

AULA 02 – POLINÔMIOS 48
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2003)

Se 𝟏, 𝒙𝟐 𝒆 𝒙𝟑 são as raízes da equação 𝒙𝟑 − 𝟐𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 + 𝟔 = 𝟎, então o valor de 𝒙𝟐 − 𝒙𝟑 , para 𝒙𝟐 >


𝒙𝟑 , é

a) 𝟑

b) 𝟏

c) 𝟔

d) 𝟓

(EEAR-2003)

Se o resto da divisão de 𝑷(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝒎𝒙𝟐 + 𝒏𝒙 + 𝟓 por 𝒙 − 𝟐 é 𝟏𝟓, então o valor de 𝟐𝒎 + 𝒏 é

a) 𝟏

b) 𝟐

c) 𝟑

d) 𝟓

(EEAR-2003)
𝟑𝟓
Se a diferença entre os quadrados das raízes da equação 𝟑𝒙𝟐 − 𝟕𝒙 + 𝒄 = 𝟎 é , então o valor de c
𝟗
é
−𝟐
a) 𝟑

b) −𝟐
𝟐
c) 𝟑

d) 𝟐

AULA 02 – POLINÔMIOS 49
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2003)

Dentro do conjunto dos números complexos, a equação 𝒙𝟒 − 𝒙𝟐 − 𝟐 = 𝟎 tem como soluções

a) ±𝟐 𝒆 ± 𝒊

b) ±√𝟐 𝒆 ± 𝒊

c) ±𝟏 𝒆 𝒊√𝟐

d) ±𝟏 𝒆 ± 𝒊

(EEAR-2003)

Ao dividir o polinômio −𝟓𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 + 𝟐 por um polinômio Q, Ana obteve −𝟓 por quociente e 𝟏𝟐𝒙 +
𝟕 por resto. O polinômio Q é igual a

a) 𝒙𝟐 + 𝟑𝒙 − 𝟐

b) 𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 − 𝟏

c) 𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 + 𝟏

d) 𝒙𝟐 + 𝟑𝒙 + 𝟏

(EEAR-2003)

A divisão do polinômio 𝑷(𝒙) por 𝒙 − 𝒂 fornece o quociente 𝒒(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝒙𝟐 + 𝒙 + 𝟏 e resto 1.


Sabendo que 𝑷(𝟎) = −𝟏𝟓, o valor de 𝒂 é

a) −𝟏𝟔

b) −𝟏𝟑

c) 𝟏𝟑

d) 𝟏𝟔

AULA 02 – POLINÔMIOS 50
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2004)

Um dos zeros do polinômio 𝑷(𝒙) = 𝟑𝒙𝟑 − 𝟐𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 é uma fração imprópria cujo módulo da
diferença entre seus termos é igual a

a) 𝟏

b) 𝟐

c) 𝟑

d) 𝟒

(EEAR-2004)

Dado 𝑷(𝒙) = 𝒙𝟑 − (𝟐𝒎 + 𝟒)𝒙𝟐 + 𝟗𝒙 + 𝟏𝟑, o valor de m. para que 𝟑𝒊 seja raiz de 𝑷(𝒙), é
−𝟒𝟗
a) 𝟏𝟖
𝟐𝟑
b) − 𝟏𝟖
𝟐𝟓
c) − 𝟔
𝟐𝟑
d)
𝟏𝟖

(EEAR-2005)

O resto da divisão de 𝒌𝒙𝟐 + 𝒙 + 𝟏 por 𝒙 − 𝒌 é

a) 𝒌𝟐 + 𝟏
b) 𝒌𝟐 + 𝒌 + 𝟏

c) 𝒌𝟑 + 𝒌𝟐 + 𝟏

d) 𝒌𝟑 + 𝒌 + 𝟏

AULA 02 – POLINÔMIOS 51
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2005)

Se o polinômio 𝒙𝟑 − 𝟗𝒙𝟐 + 𝟏𝟒𝒙 + 𝟐𝟒 tem uma raiz igual a 6, decompondo-o em fatores, obtém-se:

a) (𝒙 − 𝟔)(𝒙 − 𝟒)(𝒙 + 𝟏)

b) (𝒙 − 𝟔)(𝒙 + 𝟒)(𝒙 − 𝟏)

c) (𝒙 + 𝟔)(𝒙 − 𝟒)(𝒙 + 𝟏)

d) (𝒙 + 𝟔)(𝒙 + 𝟒)(𝒙 − 𝟏)

(EEAR-2006)

A equação cujas raízes são −√𝟐, √𝟐, −√𝟓 𝒆 √𝟓, é 𝒙𝟒 + 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃 = 𝟎. O valor de |𝒂 + 𝒃|é

a) 𝟐

b) 𝟑

c) 𝟒

d) 𝟓

(EEAR-2006)

Sejam os polinômios 𝑨(𝒙) = 𝒂(𝒙𝟐 + 𝒙 + 𝟏) + (𝒃𝒙 + 𝒄)(𝒙 + 𝟏) e 𝑩(𝒙) = 𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟏. Se 𝑨(𝒙) ≡


𝑩(𝒙), então 𝒂 + 𝒃 − 𝒄 =

a) 𝟒

b) 𝟑

c) 𝟐

d) 𝟏

AULA 02 – POLINÔMIOS 52
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2006)

Para que o polinômio 𝑷(𝒙) = 𝟐𝒙𝟒 + 𝒙𝟑 − 𝟔𝒙𝟐 + 𝜶𝒙 + 𝜷 tenha como raiz dupla o número 𝟏, os
valores de α e β devem ser, respectivamente,

a) 𝟏 𝒆 𝟐.

b) 𝟐 𝒆 𝟏.

c) −𝟐 𝒆 𝟏.

d) 𝟏 𝒆 − 𝟐.

(EEAR-2007)

Uma das raízes da equação 𝒙𝟑 − 𝒙𝟐 − 𝟏𝟕𝒙 − 𝟏𝟓 = 𝟎 é −𝟑. A soma das demais raízes é

a) 𝟔

b) 𝟒

c) −𝟏

d) −𝟑

(EEAR-2007)

Se 𝟑 𝒆 − 𝟑 são duas das raízes da equação 𝒙𝟒 − 𝟓𝒙𝟐 − 𝟑𝟔 = 𝟎, as outras raízes são

a) 𝟑𝒊 𝒆 𝟐𝒊.

b) c𝟐𝒊 𝒆 − 𝟐𝒊.

c) −𝒊 𝒆 − 𝟑𝒊.

d) 𝟑𝒊 𝒆 − 𝟑𝒊.

AULA 02 – POLINÔMIOS 53
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2007)

O polinômio (𝒎 − 𝒏 − 𝟑)𝒙𝟐 + (𝒎 + 𝒏 − 𝟓)𝒙 = 𝟎 será identicamente nulo, se o valor de 𝒎𝟐 − 𝒏²


for

a) −𝟏𝟐

b) −𝟓

c) 𝟏𝟎

d) 𝟏𝟓

(EEAR-2007)

Uma equação polinomial de coeficientes reais admite como raízes os números 𝟑 + 𝒊, 𝟕 𝒆 𝟐 − 𝟑𝒊.
Essa equação tem, no mínimo, grau

a) 𝟔

b) 𝟓

c) 𝟒

d) 𝟑

(EEAR-2008)

Seja um polinômio 𝑷(𝒙) = 𝒂𝒙𝟑 + 𝒃𝒙𝟐 + 𝒄𝒙 + 𝒅. Se os coeficientes de 𝑷(𝒙) são diferentes de zero,
então, para todo 𝒙 ∈ ℝ, “𝑷(𝒙) + 𝑷(−𝒙)" tem grau

a) 𝟒

b) 𝟑

c) 𝟐
d) 𝟏

AULA 02 – POLINÔMIOS 54
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2008)

Se (𝒙 + 𝒃)𝟐 − (𝒙 − 𝒂)(𝒙 + 𝒂) ≡ 𝟐𝒙 + 𝟏𝟕, sendo 𝒂 𝒆 𝒃 números reais positivos, então o valor de


𝒂+𝒃é

a) 𝟐

b) 𝟑

c) 𝟓

d) 𝟔

(EEAR-2009)

O resto da divisão de 𝒌𝒙𝟐 + 𝒙 − 𝟏 por 𝒙 + 𝟐𝒌 é

a) 𝒌 − 𝟏

b) −𝟐𝒌 − 𝟏

c) 𝒌𝟑 − 𝒌 − 𝟏

d) 𝟒𝒌𝟑 − 𝟐𝒌 − 𝟏

(EEAR-2009)

Se 𝟑, 𝟓 𝒆 − 𝟐 são as raízes da equação 𝟒(𝒙 − 𝒂)(𝒙 − 𝒃)(𝒙 − 𝟓) = 𝟎, o valor de 𝒂 + 𝒃 é

a) 𝟎

b) 𝟏

c) 𝟐

d) 𝟑

(EEAR-2009)

Ao dividir 𝒙𝟓 − 𝟑𝒙𝟒 + 𝟐𝒙𝟐 + 𝒙 + 𝟓 por 𝒙 − 𝟑, obtém-se um quociente cuja soma dos coeficientes é

a) 𝟒

b) 𝟔

c) 𝟖

d) 𝟏𝟎

AULA 02 – POLINÔMIOS 55
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2009)

Sabe-se que a equação 𝒙𝟒 − 𝟐𝒙𝟑 − 𝟖𝒙𝟐 + 𝟏𝟖𝒙 − 𝟗 = 𝟎 equivale a (𝒙 − 𝟏)𝟐 . (𝒙𝟐 − 𝟗) = 𝟎. Assim, a
raiz de multiplicidade 𝟐 dessa equação é

a) −𝟑

b) −𝟏

c) 𝟏

d) 𝟑

(EEAR-2010)

Seja 𝑨 = {−𝟐, −𝟏, 𝟏, 𝟐} o conjunto formado pelas raízes de um polinômio 𝑷(𝒙) do 𝟒° grau. Se o
coeficiente do termo de maior grau de 𝑷(𝒙) é 1, então o termo independente é

a) 𝟑

b) 𝟒

c) 𝟓

d) 𝟔

(EEAR-2010)

Se a maior das raízes da equação 𝒙𝟑 − 𝟔𝒙𝟐 + 𝟏𝟏𝒙 − 𝟔 = 𝟎 é igual à soma das outras duas, então
seu valor é divisor de

a) 𝟏𝟎

b) 𝟏𝟔

c) 𝟏𝟖

d) 𝟐𝟎

AULA 02 – POLINÔMIOS 56
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2011)

Uma equação polinomial de coeficientes reais admite como raízes os números −𝟐, 𝟎, 𝟐 𝒆 𝟏 + 𝒊. O
menor grau que essa equação pode ter é

a) 𝟔

b) 𝟓

c) 𝟒

d) 𝟑

(EEAR-2011)

Se o polinômio 𝑷(𝒙) = 𝒂𝒙𝟑 − 𝟑𝒙𝟐 − 𝒃𝒙 − 𝟑 é divisível por (𝒙 − 𝟑)(𝒙 + 𝟏), então o valor de 𝒂 + 𝒃
é

a) 𝟏𝟎

b) 𝟖

c) 𝟕

d) 𝟓

(EEAR-2011)

Seja 𝒓 a maior raiz da equação 𝒙(𝒙 + 𝟐)(𝒙 − 𝟏)𝟑 = 𝟎. Se 𝒎 é a multiplicidade de 𝒓, então 𝒓. 𝒎 é


igual a

a) 𝟔

b) 𝟓

c) 𝟒
d) 𝟑

(EEAR-2012)

Seja a equação polinomial 𝟐𝒙𝟑 + 𝟒𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟒 = 𝟎. Se 𝑺 e 𝑷 são, respectivamente, a soma e o


produto de suas raízes, então

a) 𝑺 = 𝑷
b) 𝑺 = 𝟐𝑷

AULA 02 – POLINÔMIOS 57
Prof. Ismael Santos

c) 𝑺 = 𝟐 𝒆 𝑷 = −𝟒

d) 𝑺 = −𝟐 𝒆 𝑷 = 𝟒

(EEAR-2013)

O resto da divisão de O resto da divisão de 𝟒𝒙𝟑 + 𝟐𝒙𝟐 + 𝒙 − 𝟏 por 𝒙𝟐 − 𝟑 é igual a

a) 𝟏𝟑𝒙 + 𝟓

b) 𝟏𝟏𝒙 − 𝟑

c) 𝟐𝒙 + 𝟓

d) 𝟔𝒙 − 𝟑

(EEAR-2014)

A equação (𝒙𝟐 + 𝟑)(𝒙 − 𝟐)(𝒙 + 𝟏) = 𝟎 tem ____ raízes reais.

a) 𝟑

b) 𝟐

c) 𝟏

d) 𝟎

(EEAR-2015)

Seja a equação 𝒙𝟑 − 𝟓𝒙𝟐 + 𝟕𝒙 − 𝟑 = 𝟎. Usando as relações de Girard, pode-se encontrar como das
raízes o valor

a) 𝟏𝟐

b) 𝟕

c) 𝟓

d) 𝟐

(EEAR-2016)

Dada a equação 𝟑𝒙𝟑 + 𝟐𝒙𝟐 − 𝒙 + 𝟑 = 𝟎 e sabendo que 𝒂, 𝒃 𝒆 𝒄

AULA 02 – POLINÔMIOS 58
Prof. Ismael Santos

São raízes dessa equação, o valor do produto 𝒂. 𝒃. 𝒄 é

a) 𝟏

b) −𝟏
𝟏
c) 𝟑
𝟏
d) − 𝟑

(EEAR-2016)

Dado o polinômio 𝒂𝒙𝟑 + (𝟐𝒂 + 𝒃)𝒙𝟐 + 𝒄𝒙 + 𝒅 − 𝟒 = 𝟎, os valores de 𝒂 𝒆 𝒃 para que ele seja um
polinômio de 𝟐° grau são

a) 𝒂 = 𝟎 𝒆 𝒃 = 𝟎
b) 𝒂 = 𝟏 𝒆 𝒃 ≠ 𝟎

c) 𝒂 = 𝟎 𝒆 𝒃 ≠ 𝟎

d) 𝒂 = −𝟏 𝒆 𝒃 ≠ 𝟎

(EEAR-2017)

Sejam as funções polinomiais definidas por 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙 + 𝟏 𝒆 𝒈(𝒙) = 𝒇−𝟏 (𝒙). O valor de 𝒈(𝟑) é

a) 𝟑

b) 𝟐

c) 𝟏

d) 𝟎

(EEAR-2017)

Considere 𝑷(𝒙) = 𝟐𝒙𝟑 + 𝒃𝒙𝟐 + 𝒄𝒙, tal que 𝑷(𝟏) = −𝟐 e 𝑷(𝟐) = 𝟔. Assim, os valores de 𝒃 𝒆 𝒄 são,
respectivamente,

a) 𝟏 𝒆 𝟐

b) 𝟏 𝒆 − 𝟐

c) −𝟏 𝒆 𝟑

d) −𝟏 𝒆 − 𝟑

AULA 02 – POLINÔMIOS 59
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2018)

Se os números 𝟐, 𝟓, 𝟏 + 𝒊 𝒆 𝟑 − 𝟓𝒊 são raízes de uma equação polinomial de grau 𝟔, a soma das


outras duas raízes dessa equação é

a) 𝟒 + 𝟒𝒊

b) 𝟒 + 𝟑𝒊

c) 𝟑 + 𝟒𝒊

d) 𝟑 + 𝟑𝒊

(EEAR-2018)

Sejam os polinômios 𝑨(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝟐𝒙𝟐 − 𝒙 − 𝟒, 𝑩(𝒙) = 𝒂𝒙𝟑 − 𝒃𝒙𝟐 − 𝟒𝒙 + 𝟏 e 𝑷(𝒙) = 𝑨(𝒙) −


𝑩(𝒙). Para que 𝑷(𝒙) seja de grau 𝟐, é necessário que

a) 𝒂 ≠ −𝟏 𝒆 𝒃 = −𝟐

b) 𝒂 = 𝟏 𝒆 𝒃 = −𝟐

c) 𝒂 = 𝟏 𝒆 𝒃 ≠ −𝟐

d) 𝒂 ≠ 𝟏 𝒆 𝒃 ≠ 𝟐

(EEAR-2019)

Seja a equação polinomial 𝒙𝟑 + 𝒃𝒙𝟐 + 𝒄𝒙 + 𝟏𝟖 = 𝟎. Se ? 𝟐 𝒆 𝟑 são suas raízes, sendo que a raiz 𝟑
tem multiplicidade 𝟐, o valor de 𝒃 é

a) 𝟖

b) 𝟔

c) −𝟑

d) −𝟒

AULA 02 – POLINÔMIOS 60
Prof. Ismael Santos

5.1. Gabarito
1. B 18. D 35. C

2. C 19. B 36. B

3. B 20. A 37. C

4. B 21. D 38. B

5. D 22. A 39. A

6. A 23. B 40. D

7. C 24. A 41. A

8. D 25. A 42. A

9. D 26. B 43. B

10. C 27. B 44. C

11. C 28. D 45. B

12. A 29. B 46. C

13. D 30. C 47. C

14. A 31. C 48. D

15. D 32. D 49. A

16. B 33. B 50. C

17. D 34. D 51. D

AULA 02 – POLINÔMIOS 61
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6 – Lista de Questões Comentadas – Nível 2


(EEAR-2000)

Dada a equação 𝒙𝟑 − 𝟏𝟎𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟐𝟎 = 𝟎, e sendo a, b e c as suas reízes, o valor da soma 𝒂𝟐 𝒃𝒄 +


𝒂𝒃𝟐 𝒄 + 𝒂𝒃𝒄² é:

a) 𝟐𝟎𝟎

b) −𝟐𝟎𝟎

c) 𝟒𝟎𝟎

d) −𝟒𝟎𝟎

Comentário:

Fatorando a expressão, temos:

𝑎2 𝑏𝑐 + 𝑎𝑏 2 𝑐 + 𝑎𝑏𝑐 2 = 𝑎𝑏𝑐(𝑎 + 𝑏 + 𝑐).

Por Girard,

𝑎𝑏𝑐 = −(20) e 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = −(−10) = 10.

Logo,

𝑎𝑏𝑐(𝑎 + 𝑏 + 𝑐) = −20.10 = −200

Gabarito: B

(EEAR-2001)

Para que o polinômio 𝟐𝒙𝟑 + 𝒎𝒙 + 𝒏𝒙 + 𝟔 seja divisível por (𝒙 + 𝟏) 𝒆 (𝒙 − 𝟑), então os valores de
m e n devem ser, respectivamente, iguais a:

a) −𝟕 𝒆 − 𝟑

b) −𝟔 𝒆 − 𝟏𝟎

c) −𝟔 𝒆 − 𝟐

d) −𝟐 𝒆 − 𝟔

Comentário:

Para que o polinômio seja divisível por (𝑥 + 1) 𝑒 (𝑥 − 3), 𝑟1 =-1 e 𝑟2 =3 devem ser duas de suas
raízes. Por Girard, podemos descobrir qual será a terceira raiz desse polinômio de grau 3:

AULA 02 – POLINÔMIOS 62
Prof. Ismael Santos

−6
𝑟1 𝑟2 𝑟3 = = −3 → (−1)(3)𝑟3 = −3 → 𝑟3 = 1
2
Logo, as raízes são -1, 1 e 3. Dessa forma, pelas outras relações de Girard:
−𝑚 𝑛
𝑟1 + 𝑟2 + 𝑟3 = 𝑒 𝑟1 𝑟2 + 𝑟1 𝑟3 + 𝑟2 𝑟3 =
2 2
Portanto,

𝑚 = −6 𝑒 𝑛 = −2.

Gabarito: C

(EEAR-2001)

Qualquer raiz racional da equação 𝒙𝟑 + 𝟑𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 + 𝟗 = 𝟎 é inteira.

O menor grau da equação polinomial de coeficientes reais, que admite as raízes 𝟑, 𝟐 + 𝒊 𝒆 − 𝒊,é 𝟓.
Toda equação polinomial da forma 𝒂𝒙𝟒 + 𝒃𝒙𝟑 + 𝒄𝒙𝟐 + 𝒅𝒙 + 𝒆 = 𝟎 de coeficientes reais e 𝒂 ≠ 𝟎,
necessariamente possui uma raiz real.

São verdadeiras as afirmações:

a) I, II e III.

b) I e II.

c) II e III.

d) I e III.

Comentário:

I. Pelo Teorema das Raízes Racionais, temos que as possíveis candidatas a raízes racionais
são: 9, −9, 3, −3, 1, −1. Portanto, inteiras.

II. Como os coeficientes são reais, vale o Teorema da Raízes Conjugadas, o qual afirma que se um
número complexo é raiz da equação o seu conjugado também será. Logo, teremos as raízes 3, 2 −
𝑖, 2 + 𝑖, −𝑖 𝑒 + 𝑖. Assim, há 5 raízes de modo que o menor grau desse polinômio é 5.

III. Como o grau do polinômio de coeficientes reais é 4, poderíamos ter 𝑎 + 𝑏𝑖, 𝑎 − 𝑏𝑖, 𝑐 +
𝑑𝑖 𝑒 𝑐 − 𝑑𝑖, com b≠ 0 𝑒 𝑑 ≠ 0 como raízes. Logo, não se faz necessário ter uma raiz real.

Gabarito: B

AULA 02 – POLINÔMIOS 63
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2001)

Uma das raízes da equação 𝒙𝟑 − 𝟏𝟐𝒙𝟐 + 𝟒𝟒𝒙 − 𝟒𝟖 = 𝟎 é a soma das outras duas. A maior raiz
dessa equação é:

a) 𝟕

b) 𝟔

c) 𝟒

d) 𝟐

Comentário:

Sejam 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐 as raízes dessa equação, com 𝑐 > 𝑏 > 𝑎. Assim, 𝑐 = 𝑎 + 𝑏.

Por Girard, temos que

𝑖) 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 12

𝑖𝑖) 𝑎𝑏 + 𝑎𝑐 + 𝑏𝑐 = 44

𝑖𝑖𝑖) 𝑎𝑏𝑐 = 48

De 𝑖), 2𝑐 = 12 → 𝑐 = 6.

Gabarito: B

(EEAR-2001)

Os valores reais de a e b tais que os polinômios 𝑷(𝒙) = 𝒙𝟑 − 𝟐𝒂𝒙𝟐 + (𝟑𝒂 + 𝒃)𝒙 − 𝟑𝒃 e 𝑸(𝒙) =
𝒙𝟑 − (𝒂 + 𝟐𝒃)𝒙 + 𝟐𝒂 sejam divisíveis por 𝒙 + 𝟏 são dois números

a) Inteiros positivos.

b) Inteiros negativos.

c) Reais, sendo um racional e outro irracional.

d) Inteiros, sendo um positivo e outro negativo.

Comentário:

Para que os polinômios sejam divisíveis por 𝑥 + 1, temos que -1 deve ser raiz de ambos os
polinômios. Assim, 𝑃(−1) = 𝑄(−1) = 0.

𝑃(−1) = −1 − 2𝑎 − 3𝑎 − 𝑏 − 3𝑏 = −1 − 5𝑎 − 4𝑏 = 0

AULA 02 – POLINÔMIOS 64
Prof. Ismael Santos

𝑄(−1) = −1 + 𝑎 + 2𝑏 + 2𝑎 = −1 + 3𝑎 + 2𝑏 = 0

Resolvendo o sistema, 𝑎 = 3 𝑒 𝑏 = −4.

Gabarito: D

(EEAR-2002)

É verdadeira a afirmação:

“A equação 𝒙𝟖 − 𝟏𝟑𝒙𝟒 + 𝟑𝟔 = 𝟎

a) Admite 𝟒 raízes reais irracionais”.

b) Admite 𝟒 raízes reais racionais positivas”.

c) Não admite raízes reais”.

d) Admite 𝟒 raízes reais inteiras”.

Comentário:

Faremos uma substituição de variável:

𝑥 4 = 𝑚 → 𝑚2 − 13𝑚 + 36 = 0.

Resolvendo agora a equação do segundo grau, temos que

13 ± √169 − 144 13 ± 5
𝑚= = → 𝑚 = 9 𝑜𝑢 𝑚 = 4.
2 2
Logo,
4 4
𝑥 = √9 = √3 𝑜𝑢 𝑥 = √4 = √2.

Logo, temos 4 raízes reais irracionais (√2 𝑒 √3 são raízes duplas cada uma).

Gabarito: A

(EEAR-2002)

A equação 𝒙𝟑 − 𝟏𝟎𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟐𝟎 tem como raízes a, b e c. Então, o valor da expressão 𝒂𝟐 𝒃𝒄 +


𝒂𝒃𝟐 𝒄 + 𝒂𝒃𝒄𝟐 é

a) 𝟏𝟎𝟎

b) 𝟐𝟓𝟎

c) −𝟐𝟎𝟎

d) −𝟒𝟎𝟎

AULA 02 – POLINÔMIOS 65
Prof. Ismael Santos

Comentário:

Fatorando a expressão solicitada, temos

𝑎2 𝑏𝑐 + 𝑎𝑏 2 𝑐 + 𝑎𝑏𝑐 2 = 𝑎𝑏𝑐(𝑎 + 𝑏 + 𝑐).

Pelas relações de Girard, podemos afirmar que

𝑎𝑏𝑐 = −(20) 𝑒 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 10

Assim, 𝑎𝑏𝑐(𝑎 + 𝑏 + 𝑐) = −200

Gabarito: C

(EEAR-2002)

Uma das raízes da equação 𝟐𝒙𝟑 + 𝒙𝟐 − 𝟕𝒙 − 𝟔 = 𝟎 é 𝒙𝟏 = 𝟐.

Pode-se afirmar que:

a) As outras raízes são números imaginários puros.

b) As outras raízes são −𝟑 𝒆 − 𝟐.

c) Só uma das outras raízes é real.

d) As outras raízes estão entre −𝟐 𝒆 𝟎.

Comentário:

Pelo dispositivo prático de Briot-Ruffini, podemos baixar o grau do polinômio. Assim, resultamos
que

2𝑥 2 + 5𝑥 + 3 = 0.

As raízes dessa equação, por Bhaskara são:

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −5 ± √5² − 4.2.3 −5 ± 1


𝑥= = =
2𝑎 2.2 4
−3
Assim, as raízes são −1 𝑒 .
2

Gabarito: D

(EEAR-2002)

Considere a equação 𝒙𝟑 + 𝟔𝒙𝟐 + 𝟏𝟑𝒙 + 𝟏𝟎 = 𝟎 em que −𝟐 é uma das raízes. As demais raízes são
a) −𝟐 + 𝒊 𝒆 − 𝟐 − 𝒊

AULA 02 – POLINÔMIOS 66
Prof. Ismael Santos

b) −𝟏 𝒆 −5

c) 𝟐 − 𝒊 𝒆 𝟐 + 𝒊

d) −𝟐 + 𝟐𝒊 𝒆 − 𝟐 − 𝟐𝒊

Comentário:

Podemos fatorar o polinômio (utilizando o dispositivo de Briot-Ruffini) da seguinte forma

(𝑥 + 2)(𝑥 2 + 4𝑥 + 5) = 0

Assim, para

2
−4 ± √42 − 4.5
𝑥 + 4𝑥 + 5 = 0 → 𝑥 =
2
Logo,

𝑥 = −2 + 2𝑖 𝑒 𝑥 = −2 − 2𝑖

Gabarito: D

(EEAR-2002)

Uma equação do 3° grau cujas raízes são −𝟏, −𝟐 𝒆 𝟑 é

a) 𝒙𝟑 + 𝟔𝒙𝟐 − 𝟗𝒙 + 𝟔 = 𝟎

b) 𝒙𝟑 − 𝟔𝒙𝟐 − 𝟔 = 𝟎

c) 𝒙𝟑 − 𝟕𝒙 − 𝟔 = 𝟎
d) 𝒙𝟑 + 𝟔𝒙𝟐 + 𝟗𝒙 = 𝟎

Comentário:

Pelo teorema da decomposição de um polinômio cujas raízes são 𝑟1 , 𝑟2 𝑒 𝑟3 , 𝑐𝑜𝑚 𝑎 ≠ 0,

𝑃(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑟1 )(𝑥 − 𝑟2 )(𝑥 − 𝑟3 )

Assim,

𝑃(𝑥) = 𝑎(𝑥 + 1)(𝑥 + 2)(𝑥 − 3) = 𝑎(𝑥 3 − 7𝑥 − 6)

Para 𝑎 = 1, temos que a equação fica 𝑃(𝑥) = 𝑥 3 − 7𝑥 − 6.

Gabarito: C

AULA 02 – POLINÔMIOS 67
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2002)

Sobre a equação 𝟏𝟗𝟖𝟑𝒙𝟐 − 𝟏𝟗𝟖𝟒𝒙 − 𝟏𝟗𝟖𝟓 = 𝟎, a afirmação correta é:

a) Não tem raízes reais

b) Tem duas raízes simétricas

c) Tem duas raízes reais distintas

d) Tem duas raízes reais iguais

Comentário:

Primeiramente façamos uma substituição facilitadora: 1984 = 𝑎.

Resolvendo a equação do segundo grau (𝑎 − 1)𝑥 2 − 𝑎𝑥 − (𝑎 + 1) = 0,

𝑎 ± √𝑎2 − 4. (𝑎 − 1)(−𝑎 − 1) 𝑎 ± √5𝑎2 − 4


𝑥= →𝑥=
2. (𝑎 − 1) 2(𝑎 − 1)

Como 5𝑎2 − 4 > 0, a equação possui duas raízes reais distintas.

Gabarito: C

(EEAR-2002)

O n° 𝟏 é uma das raízes do polinômio 𝒙𝟑 + 𝟒𝒙𝟐 + 𝒙 − 𝟔. Com relação às outras raízes do polinômio,
podemos afirmar que

a) Ambas são negativas

b) Uma é negativa e a outra é positiva

c) Ambas são positivas

d) Uma delas é nula

Comentário:

Podemos fatorar o polinômio acima (utilizando Briot-Ruffini) da seguinte forma:

𝑥 3 + 4𝑥 2 + 𝑥 − 6 = (𝑥 − 1)(𝑥 2 + 5𝑥 + 6)

Para acharmos as outras raízes, faremos

−5 ± √52 − 4.1.6 −5 ± 1
𝑥 2 + 5𝑥 + 6 = 0 → 𝑥 = →𝑥=
2 2

AULA 02 – POLINÔMIOS 68
Prof. Ismael Santos

Assim, 𝑥 = −3 𝑜𝑢 𝑥 = −2.

Gabarito: A

(EEAR-2003)

Se 𝟏, 𝒙𝟐 𝒆 𝒙𝟑 são as raízes da equação 𝒙𝟑 − 𝟐𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 + 𝟔 = 𝟎, então o valor de 𝒙𝟐 − 𝒙𝟑 , para 𝒙𝟐 >


𝒙𝟑 , é

a) 𝟑

b) 𝟏

c) 𝟔

d) 𝟓

Comentário:

Como 1 é raiz, podemos fatorar o polinômio (com o auxílio do Briot-Ruffini) da seguinte maneira:

𝑥 3 − 2𝑥 2 − 5𝑥 + 6 = (𝑥 − 1)(𝑥 2 − 𝑥 − 6) = (𝑥 − 1)(𝑥 − 3)(𝑥 + 2)

Assim, verificamos que 𝑥2 = 3 𝑒 𝑥3 = −2 afinal 𝑥2 > 𝑥3 .

Dessa forma, 𝑥2 − 𝑥3 = 3 − (−2) = 5.

Gabarito: D

(EEAR-2003)

Se o resto da divisão de 𝑷(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝒎𝒙𝟐 + 𝒏𝒙 + 𝟓 por 𝒙 − 𝟐 é 𝟏𝟓, então o valor de 𝟐𝒎 + 𝒏 é


a) 𝟏

b) 𝟐

c) 𝟑

d) 𝟓

Comentário:

Pelo Teorema do Resto, temos que 𝑃(2) = 15. Dessa forma,

𝑃(2) = 23 + 𝑚(2)2 + 𝑛(2) + 5 = 15

8 + 4𝑚 + 2𝑛 + 5 = 15

4𝑚 + 2𝑛 = 2

AULA 02 – POLINÔMIOS 69
Prof. Ismael Santos

Assim,

2𝑚 + 𝑛 = 1

Gabarito: A

(EEAR-2003)
𝟑𝟓
Se a diferença entre os quadrados das raízes da equação 𝟑𝒙𝟐 − 𝟕𝒙 + 𝒄 = 𝟎 é , então o valor de c
𝟗
é
−𝟐
a)
𝟑

b) −𝟐
𝟐
c) 𝟑

d) 𝟐

Comentário:

Sejam 𝑟 𝑒 𝑠 as raízes da equação.

Do enunciado, temos que

35 35
𝑠2 − 𝑟2 = → (𝑠 − 𝑟)(𝑠 + 𝑟) =
9 9
Da relação de Girard,

7
𝑠+𝑟 =
3
Assim,

5
𝑠−𝑟 =
3
1
Do sistema, 𝑠 = 2 𝑒 𝑟 = 3. Dessa forma, por Girard

𝑐
𝑟. 𝑠 = →𝑐=2
3
Gabarito: D

(EEAR-2003)

Dentro do conjunto dos números complexos, a equação 𝒙𝟒 − 𝒙𝟐 − 𝟐 = 𝟎 tem como soluções

a) ±𝟐 𝒆 ± 𝒊

AULA 02 – POLINÔMIOS 70
Prof. Ismael Santos

b) ±√𝟐 𝒆 ± 𝒊

c) ±𝟏 𝒆 𝒊√𝟐

d) ±𝟏 𝒆 ± 𝒊

Comentário:

Fazemos a substituição de variável: 𝑚 = 𝑥 2 . Assim,

2
−(−1) ± √12 − 4.1(−2) 1 ± 3
𝑚 −𝑚−2=0 →𝑚 = =
2 2
Logo,

𝑚 = 2 𝑜𝑢 𝑚 = −1.

Por fim,

𝑥 = ±√2 𝑜𝑢 𝑥 = ±𝑖

Gabarito: B

(EEAR-2003)

Ao dividir o polinômio −𝟓𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 + 𝟐 por um polinômio Q, Ana obteve −𝟓 por quociente e 𝟏𝟐𝒙 +
𝟕 por resto. O polinômio Q é igual a

a) 𝒙𝟐 + 𝟑𝒙 − 𝟐

b) 𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 − 𝟏

c) 𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 + 𝟏

d) 𝒙𝟐 + 𝟑𝒙 + 𝟏

Comentário:

Da congruência polinomial na divisão, temos

−5𝑥 2 − 3𝑥 + 2 ≡ 𝑄(𝑥). (−5) + (12𝑥 + 7)

Assim, 𝑄(𝑥) deve ser um polinômio de grau 2.

𝑄(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐

Dessa forma,

−5𝑥 2 − 3𝑥 + 2 ≡ (𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐)(−5) + (12𝑥 + 7)

AULA 02 – POLINÔMIOS 71
Prof. Ismael Santos

Ou seja,

−5𝑐 + 7 = 2 → 𝑐 = 1

−5𝑏 + 12 = −3 → 𝑏 = 3

−5𝑎 = −5 → 𝑎 = 1

Por fim, 𝑄(𝑥) = 𝑥 2 + 3𝑥 + 1

Gabarito: D

(EEAR-2003)

A divisão do polinômio 𝑷(𝒙) por 𝒙 − 𝒂 fornece o quociente 𝒒(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝒙𝟐 + 𝒙 + 𝟏 e resto 1.


Sabendo que 𝑷(𝟎) = −𝟏𝟓, o valor de 𝒂 é

a) −𝟏𝟔

b) −𝟏𝟑

c) 𝟏𝟑

d) 𝟏𝟔

Comentário:

Da congruência polinomial na divisão,

𝑃(𝑥) ≡ (𝑥 − 𝑎)(𝑥 3 + 𝑥 2 + 𝑥 + 1) + 1

Sabendo que 𝑃(0) = −15,

𝑃(0) ≡ (−𝑎)(1) + 1 = −15

𝑎 = 16

Gabarito: D

(EEAR-2004)

Um dos zeros do polinômio 𝑷(𝒙) = 𝟑𝒙𝟑 − 𝟐𝒙𝟐 − 𝟓𝒙 é uma fração imprópria cujo módulo da
diferença entre seus termos é igual a

a) 𝟏

b) 𝟐

c) 𝟑

d) 𝟒

AULA 02 – POLINÔMIOS 72
Prof. Ismael Santos

Comentário:

Fatorando o polinômio, temos

𝑃(𝑥) = 𝑥(3𝑥 2 − 2𝑥 − 5)

Para fatorarmos ainda mais, vamos calcular as raízes de

3𝑥 2 − 2𝑥 − 5 = 0.

−(−2) ± √22 − 4.3. (−5) 5


𝑥= → 𝑥 = 𝑒 𝑥 = −1
2.3 3
5 5
Portanto, os zeros do polinômio 𝑃(𝑥) são 0, −1 𝑒 3. A fração imprópria é 3, cujo módulo da
diferença entre seus termos é igual a 2.

Gabarito: B

(EEAR-2004)

Dado 𝑷(𝒙) = 𝒙𝟑 − (𝟐𝒎 + 𝟒)𝒙𝟐 + 𝟗𝒙 + 𝟏𝟑, o valor de m. para que 𝟑𝒊 seja raiz de 𝑷(𝒙), é
−𝟒𝟗
a)
𝟏𝟖
𝟐𝟑
b) − 𝟏𝟖
𝟐𝟓
c) − 𝟔
𝟐𝟑
d) 𝟏𝟖

Comentário:

Da congruência polinomial, temos que, para 3𝑖 ser raiz do polinômio,

𝑃(3𝑖) ≡ 0

(3𝑖)3 − (2𝑚 + 4)(3𝑖)2 + 9(3𝑖) + 13 ≡ 0

−27𝑖 − (2𝑚 + 4)(−9) + 27𝑖 + 13 ≡ 0

−49
𝑚=
18
Gabarito: A

(EEAR-2005)
O resto da divisão de 𝒌𝒙𝟐 + 𝒙 + 𝟏 por 𝒙 − 𝒌 é

AULA 02 – POLINÔMIOS 73
Prof. Ismael Santos

a) 𝒌𝟐 + 𝟏

b) 𝒌𝟐 + 𝒌 + 𝟏

c) 𝒌𝟑 + 𝒌𝟐 + 𝟏

d) 𝒌𝟑 + 𝒌 + 𝟏

Comentário:

Pelo Teorema do Resto, temos que

𝑃(𝑘) = 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑘𝑥 2 + 𝑘 + 1 𝑝𝑜𝑟 𝑥 − 𝑘

Ou seja,

𝑃(𝑘) = 𝑘 3 + 𝑘 + 1

Gabarito: D

(EEAR-2005)

Se o polinômio 𝒙𝟑 − 𝟗𝒙𝟐 + 𝟏𝟒𝒙 + 𝟐𝟒 tem uma raiz igual a 6, decompondo-o em fatores, obtém-se:

a) (𝒙 − 𝟔)(𝒙 − 𝟒)(𝒙 + 𝟏)

b) (𝒙 − 𝟔)(𝒙 + 𝟒)(𝒙 − 𝟏)

c) (𝒙 + 𝟔)(𝒙 − 𝟒)(𝒙 + 𝟏)

d) (𝒙 + 𝟔)(𝒙 + 𝟒)(𝒙 − 𝟏)

Comentário:

Fatorando o polinômio (com auxílio do dispositivo de Briot-Ruffini), temos

𝑥 3 − 9𝑥 2 + 14𝑥 + 24 = (𝑥 − 6)(𝑥 2 − 3𝑥 − 4)

Agora falta-nos fatorar a expressão 𝑥 2 − 3𝑥 − 4 com base em suas raízes:

−(−3) ± √32 − 4.1. (−4)


𝑥= → 𝑥 = 4 𝑜𝑢 𝑥 = −1
2
Assim,

𝑥 3 − 9𝑥 2 + 14𝑥 + 24 = (𝑥 − 6)(𝑥 − 4)(𝑥 + 1)

Gabarito: A

AULA 02 – POLINÔMIOS 74
Prof. Ismael Santos

(EEAR-2006)

A equação cujas raízes são −√𝟐, √𝟐, −√𝟓 𝒆 √𝟓, é 𝒙𝟒 + 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃 = 𝟎. O valor de |𝒂 + 𝒃|é

a) 𝟐

b) 𝟑

c) 𝟒

d) 𝟓

Comentário:

Como as raízes são os zeros da equação algébrica,


4 2 4 2
(√2) + 𝑎(√2) + 𝑏 = 0 𝑒 (√5) + 𝑎(√5) + 𝑏 = 0

Assim,

𝑎 = −7 𝑒 𝑏 = 10

Por fim,

|𝑎 + 𝑏| = |−7 + 10| = 3

Gabarito: B

(EEAR-2006)

Sejam os polinômios 𝑨(𝒙) = 𝒂(𝒙𝟐 + 𝒙 + 𝟏) + (𝒃𝒙 + 𝒄)(𝒙 + 𝟏) e 𝑩(𝒙) = 𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟏. Se 𝑨(𝒙) ≡


𝑩(𝒙), então 𝒂 + 𝒃 − 𝒄 =

a) 𝟒

b) 𝟑

c) 𝟐

d) 𝟏

Comentário:

Sabemos que 𝐴(𝑥) = (𝑎 + 𝑏)𝑥 2 + (𝑎 + 𝑏 + 𝑐)𝑥 + 𝑎 + 𝑐

Assim, pela congruência de polinômios,

𝑎+𝑏 =1

AULA 02 – POLINÔMIOS 75
Prof. Ismael Santos

𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = −2

𝑎+𝑐 =1

Assim, 𝑎 = 4, 𝑏 = −3 𝑒 𝑐 = −3.

Por fim, 𝑎 + 𝑏 − 𝑐 = 4.

Gabarito: A

(EEAR-2006)

Para que o polinômio 𝑷(𝒙) = 𝟐𝒙𝟒 + 𝒙𝟑 − 𝟔𝒙𝟐 + 𝜶𝒙 + 𝜷 tenha como raiz dupla o número 𝟏, os
valores de α e β devem ser, respectivamente,

a) 𝟏 𝒆 𝟐.

b) 𝟐 𝒆 𝟏.

c) −𝟐 𝒆 𝟏.

d) 𝟏 𝒆 − 𝟐.

Comentário:

Como o 1 é raiz dupla, ele é raiz o polinômio 𝑃(𝑥) 𝑒 𝑃′ (𝑥), de modo que 𝑃′(𝑥) é o polinômio
derivado, ou seja, 𝑃′ (𝑥) = 8𝑥 3 + 3𝑥 2 − 12𝑥 + 𝛼.

Assim,

𝑃(1) = 2 + 1 − 6 + 𝛼 + 𝛽 = 0

𝑃′ (1) = 8 + 3 − 12 + 𝛼 = 0

Desse modo,

𝛼 = 1𝑒𝛽 = 2

Gabarito: A

(EEAR-2007)

Uma das raízes da equação 𝒙𝟑 − 𝒙𝟐 − 𝟏𝟕𝒙 − 𝟏𝟓 = 𝟎 é −𝟑. A soma das demais raízes é

a) 𝟔

b) 𝟒

c) −𝟏
d) −𝟑

AULA 02 – POLINÔMIOS 76
Prof. Ismael Santos

Comentário:

Sejam 𝑎, 𝑏 𝑒 − 3 as raízes da equação.

Pela relação de Girard, temos

𝑎+𝑏−3=1

𝑎+𝑏 =4

Gabarito: B

(EEAR-2007)

Se 𝟑 𝒆 − 𝟑 são duas das raízes da equação 𝒙𝟒 − 𝟓𝒙𝟐 − 𝟑𝟔 = 𝟎, as outras raízes são

a) 𝟑𝒊 𝒆 𝟐𝒊.
b) c𝟐𝒊 𝒆 − 𝟐𝒊.

c) −𝒊 𝒆 − 𝟑𝒊.

d) 𝟑𝒊 𝒆 − 𝟑𝒊.

Comentário:

Fatorando o polinômio proposto, temos

(𝑥 2 − 9)(𝑥 2 + 4) = 0

Assim, além das raízes 3 𝑒 − 3 que zeram o fator (𝑥 2 − 9), podemos zerar a expressão com

𝑥 2 + 4 = 0 → 𝑥 = ±2𝑖

Gabarito: B

(EEAR-2007)

O polinômio (𝒎 − 𝒏 − 𝟑)𝒙𝟐 + (𝒎 + 𝒏 − 𝟓)𝒙 = 𝟎 será identicamente nulo, se o valor de 𝒎𝟐 − 𝒏²


for

a) −𝟏𝟐

b) −𝟓

c) 𝟏𝟎
d) 𝟏𝟓

AULA 02 – POLINÔMIOS 77
Prof. Ismael Santos

Comentário:

Para que o polinômio seja identicamente nulo, todos os seus coeficientes devem ser nulos. Assim,

𝑚−𝑛−3=0 →𝑚−𝑛 =3

𝑚+𝑛−5=0 →𝑚+𝑛 =5

Desse modo,

(𝑚 − 𝑛)(𝑚 + 𝑛) = 𝑚2 − 𝑛2 = 3.5 = 15

Gabarito: D

(EEAR-2007)

Uma equação polinomial de coeficientes reais admite como raízes os números 𝟑 + 𝒊, 𝟕 𝒆 𝟐 − 𝟑𝒊.
Essa equação tem, no mínimo, grau

a) 𝟔

b) 𝟓

c) 𝟒

d) 𝟑

Comentário:

Como os coeficientes do polinômio são reais, vale o Teorema das Raízes Conjugadas: Se 𝑎 +
𝑏𝑖 (𝑏 ≠ 0) é raiz, logo 𝑎 − 𝑏𝑖 também é raiz. Assim,

𝑠𝑒 3 + 𝑖, 3 − 𝑖 é 𝑟𝑎𝑖𝑧

𝑠𝑒 2 − 3𝑖. 2 + 3𝑖 é 𝑟𝑎𝑖𝑧

Dessa forma, teremos, no mínimo, 5 raízes. Logo, o grau mínimo é 5.

Gabarito: B

(EEAR-2008)

Seja um polinômio 𝑷(𝒙) = 𝒂𝒙𝟑 + 𝒃𝒙𝟐 + 𝒄𝒙 + 𝒅. Se os coeficientes de 𝑷(𝒙) são diferentes de zero,
então, para todo 𝒙 ∈ ℝ, “𝑷(𝒙) + 𝑷(−𝒙)" tem grau

a) 𝟒

b) 𝟑

AULA 02 – POLINÔMIOS 78
Prof. Ismael Santos

c) 𝟐

d) 𝟏

Comentário:

Vamos calcular cada parcela da soma:

𝑃(𝑥) = 𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑑 𝑒 𝑃(−𝑥) = −𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 − 𝑐𝑥 + 𝑑

Assim, somando ambos temos

𝑃(𝑥) + 𝑃(−𝑥) = 2𝑏𝑥 2 + 2𝑑

Trata-se, portanto, de um polinômio do segundo grau (𝑏 ≠ 0).

Gabarito: C

(EEAR-2008)

Se (𝒙 + 𝒃)𝟐 − (𝒙 − 𝒂)(𝒙 + 𝒂) ≡ 𝟐𝒙 + 𝟏𝟕, sendo 𝒂 𝒆 𝒃 números reais positivos, então o valor de


𝒂+𝒃é

a) 𝟐

b) 𝟑

c) 𝟓

d) 𝟔

Comentário:

Na congruência de polinômios, todos os termos de mesmo grau devem ser idênticos entre os
polinômios. Logo, podemos estabelecer as igualdades

0𝑥 2 + (2𝑏)𝑥 + 𝑎2 + 𝑏 2 ≡ 2𝑥 + 17

Assim,

2𝑏 = 2 → 𝑏 = 1

𝑎2 + 𝑏 2 = 17 → 𝑎 = 4

Finalmente, 𝑎 + 𝑏 = 5

Gabarito: C

(EEAR-2009)

AULA 02 – POLINÔMIOS 79
Prof. Ismael Santos

O resto da divisão de 𝒌𝒙𝟐 + 𝒙 − 𝟏 por 𝒙 + 𝟐𝒌 é

a) 𝒌 − 𝟏

b) −𝟐𝒌 − 𝟏

c) 𝒌𝟑 − 𝒌 − 𝟏

d) 𝟒𝒌𝟑 − 𝟐𝒌 − 𝟏

Comentário:

Com base no Teorema do Resto, temos que o resto da divisão de 𝑃(𝑥) por 𝑥 − 𝑎 é igual a 𝑃(𝑎).
Assim, se

𝑃(𝑥) = 𝑘𝑥 2 + 𝑥 + 1

Então, para 𝑎 = −2𝑘

𝑃(−2𝑘) = 4𝑘 3 − 2𝑘 − 1

Gabarito: D

(EEAR-2009)

Se 𝟑, 𝟓 𝒆 − 𝟐 são as raízes da equação 𝟒(𝒙 − 𝒂)(𝒙 − 𝒃)(𝒙 − 𝟓) = 𝟎, o valor de 𝒂 + 𝒃 é

a) 𝟎

b) 𝟏

c) 𝟐
d) 𝟑

Comentário:

Pelo Teorema da Decomposição de Polinômios, podemos decompor um polinômio do terceiro


grau em função do coeficiente líder e suas raízes da seguinte forma

𝑃(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑥1 )(𝑥 − 𝑥2 )(𝑥 − 𝑥3 ) = 0

Assim, em comparação ao polinômio dado,

𝑎 = 3 𝑒 𝑏 = −2

Pois representam as raízes.

Logo, 𝑎 + 𝑏 = 1.

AULA 02 – POLINÔMIOS 80
Prof. Ismael Santos

Gabarito: B

(EEAR-2009)

Ao dividir 𝒙𝟓 − 𝟑𝒙𝟒 + 𝟐𝒙𝟐 + 𝒙 + 𝟓 por 𝒙 − 𝟑, obtém-se um quociente cuja soma dos coeficientes é

a) 𝟒

b) 𝟔

c) 𝟖

d) 𝟏𝟎

Comentário:

Podemos utilizar o método de Decartes para efetuar a divisão com base na congruência
polinomial

𝑃(𝑥) ≡ 𝑄(𝑥). 𝑞(𝑥) + 𝑟(𝑥)

Ou seja,

𝑥 5 − 3𝑥 4 + 2𝑥 2 + 𝑥 + 5 ≡ 𝑄(𝑥)(𝑥 − 3) + 𝑟(𝑥)

Como 𝑟(𝑥) deve ter um grau abaixo de 𝑥 − 3, trata-se de um polinômio de grau zero. Já o 𝑄(𝑥)
possui grua 4 para satisfazer o grau cinco de 𝑃(𝑥).

Logo,

𝑥 5 − 3𝑥 4 + 2𝑥 2 + 𝑥 + 5 ≡ (𝑎𝑥 4 + 𝑏𝑥 3 + 𝑐𝑥 2 + 𝑑𝑥 + 𝑒)(𝑥 − 3) + 𝑓

Da identidade polinomial,

𝑎=1

−3𝑎 + 𝑏 = −3 → 𝑏 = 0

−3𝑏 + 𝑐 = 0 → 𝑐 = 0

−3𝑐 + 𝑑 = 2 → 𝑑 = 2

−3𝑑 + 𝑒 = 1 → 𝑒 = 7

Assim, 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 + 𝑑 + 𝑒 = 10

Gabarito: D

(EEAR-2009)

AULA 02 – POLINÔMIOS 81
Prof. Ismael Santos

Sabe-se que a equação 𝒙𝟒 − 𝟐𝒙𝟑 − 𝟖𝒙𝟐 + 𝟏𝟖𝒙 − 𝟗 = 𝟎 equivale a (𝒙 − 𝟏)𝟐 . (𝒙𝟐 − 𝟗) = 𝟎. Assim, a
raiz de multiplicidade 𝟐 dessa equação é

a) −𝟑

b) −𝟏

c) 𝟏

d) 𝟑

Comentário:

Raiz de multiplicidade 2 pode ser identificada como aquela que aparece duas vezes na
decomposição do polinômio em suas raízes. Sabendo disso,

𝑥 4 − 2𝑥 3 − 8𝑥 2 + 18𝑥 − 9 = (𝑥 − 1)(𝑥 − 1)(𝑥 − 3)(𝑥 + 3) = 0

Logo, verifica-se que o fator (𝑥 − 1) aparece repetidamente 2 vezes.

Tal fato garante que a raiz de multiplicidade 2 é o 1.

Gabarito: C

(EEAR-2010)

Seja 𝑨 = {−𝟐, −𝟏, 𝟏, 𝟐} o conjunto formado pelas raízes de um polinômio 𝑷(𝒙) do 𝟒° grau. Se o
coeficiente do termo de maior grau de 𝑷(𝒙) é 1, então o termo independente é

a) 𝟑

b) 𝟒

c) 𝟓

d) 𝟔

Comentário:

Com base no Teorema da Decomposição Polinomial, podemos expressar um polinômio em


função apenas do coeficiente líder (de maior grau) e das raízes desse polinômio. Assim,

𝑃(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑥1 )(𝑥 − 𝑥2 )(𝑥 − 𝑥3 )(𝑥 − 𝑥4 )

Substituindo, teremos

𝑃(𝑥) = 1(𝑥 + 2)(𝑥 + 1)(𝑥 − 1)(𝑥 − 2)

Ou podemos fatorar como

AULA 02 – POLINÔMIOS 82
Prof. Ismael Santos

𝑃(𝑥) = (𝑥 2 − 1)(𝑥 2 − 4) = 𝑥 4 − 5𝑥 2 + 4

Gabarito: B

(EEAR-2010)

Se a maior das raízes da equação 𝒙𝟑 − 𝟔𝒙𝟐 + 𝟏𝟏𝒙 − 𝟔 = 𝟎 é igual à soma das outras duas, então
seu valor é divisor de

a) 𝟏𝟎

b) 𝟏𝟔

c) 𝟏𝟖

d) 𝟐𝟎

Comentário:

Considere 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐 as raízes da equação fornecida com 𝑐 > 𝑏 > 𝑎 𝑒 𝑐 = 𝑎 + 𝑏.

Pela Relação de Girar da soma. Temos que

𝑎+𝑏+𝑐 =6

2𝑐 = 6

𝑐=3

Sabemos que 3 é divisor de 18, afinal 18 dividido por 3 resulta em 6 (inteiro).

Gabarito: C

(EEAR-2011)

Uma equação polinomial de coeficientes reais admite como raízes os números −𝟐, 𝟎, 𝟐 𝒆 𝟏 + 𝒊. O
menor grau que essa equação pode ter é

a) 𝟔

b) 𝟓

c) 𝟒

d) 𝟑

Comentário:

Com base no Teorema das Raízes Conjugadas, se um polinômio possui coeficientes reais vale a
seguinte propriedade:

AULA 02 – POLINÔMIOS 83
Prof. Ismael Santos

Se 𝑎 + 𝑏𝑖 (𝑏 ≠ 0) é raiz, então 𝑎 − 𝑏𝑖 também é raiz

Assim, teremos as seguintes raízes para o polinômio proposto

−2, 0, 2, 1 + 𝑖 𝑒 1 − 𝑖

Dessa forma, o menor grau é 5.

Gabarito: B

(EEAR-2011)

Se o polinômio 𝑷(𝒙) = 𝒂𝒙𝟑 − 𝟑𝒙𝟐 − 𝒃𝒙 − 𝟑 é divisível por (𝒙 − 𝟑)(𝒙 + 𝟏), então o valor de 𝒂 + 𝒃
é

a) 𝟏𝟎

b) 𝟖

c) 𝟕

d) 𝟓
Comentário:

Pelo Teorema do Resto, como o polinômio é simultaneamente divisível por (𝑥 − 3) 𝑒 (𝑥 + 1)


vale afirmar que 3 𝑒 − 1 são raízes desse polinômio. Assim,

𝑃(3) = 27𝑎 − 27 − 3𝑏 − 3 = 0

𝑃(−1) = −𝑎 − 3 + 𝑏 − 3 = 0

Assim, teremos o sistema

27𝑎 − 3𝑏 = 30 → 9𝑎 − 𝑏 = 10

𝑏−𝑎 =6

Resolvendo,

𝑎 =2𝑒𝑏 =8

Ou seja,

𝑎 + 𝑏 = 10.

Gabarito: A

(EEAR-2011)

AULA 02 – POLINÔMIOS 84
Prof. Ismael Santos

Seja 𝒓 a maior raiz da equação 𝒙(𝒙 + 𝟐)(𝒙 − 𝟏)𝟑 = 𝟎. Se 𝒎 é a multiplicidade de 𝒓, então 𝒓. 𝒎 é


igual a

a) 𝟔

b) 𝟓

c) 𝟒

d) 𝟑

Comentário:

Verificando a decomposição do polinômio dado, verificamos que suas raízes são −2, 0 𝑒 1.

Sendo assim, como 𝑟 é a maior raiz,

𝑟 = 1.

A raiz 1 tem multiplicidade 3, afinal o termo (𝑥 − 1) aparece elevado a 3 na expressão


decomposta do polinômio. Assim,

𝑚=3

Logo, temos

𝑟. 𝑚 = 1.3 = 3

Gabarito: D

(EEAR-2012)

Seja a equação polinomial 𝟐𝒙𝟑 + 𝟒𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟒 = 𝟎. Se 𝑺 e 𝑷 são, respectivamente, a soma e o


produto de suas raízes, então

a) 𝑺 = 𝑷

b) 𝑺 = 𝟐𝑷

c) 𝑺 = 𝟐 𝒆 𝑷 = −𝟒

d) 𝑺 = −𝟐 𝒆 𝑷 = 𝟒

Comentário:

Sejam 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐 as raízes do polinômio do terceiro grau apresentado.

Pelas Relações de Girard para soma de produto, temos

AULA 02 – POLINÔMIOS 85
Prof. Ismael Santos

4 4
𝑎+𝑏+𝑐 =− = −2 𝑒 𝑎. 𝑏. 𝑐 = − = −2
2 2
Dessa forma,

𝑆 = 𝑃 = −2

Gabarito: A

(EEAR-2013)

O resto da divisão de O resto da divisão de 𝟒𝒙𝟑 + 𝟐𝒙𝟐 + 𝒙 − 𝟏 por 𝒙𝟐 − 𝟑 é igual a

a) 𝟏𝟑𝒙 + 𝟓

b) 𝟏𝟏𝒙 − 𝟑

c) 𝟐𝒙 + 𝟓

d) 𝟔𝒙 − 𝟑

Comentário:

Podemos utilizar do Método de Decartes para a divisão da seguinte maneira

𝑃(𝑥) ≡ 𝑄(𝑥). 𝑞(𝑥) + 𝑟(𝑥)

4𝑥 3 + 2𝑥 2 + 𝑥 − 1 ≡ 𝑄(𝑥). (𝑥 2 − 3) + 𝑟(𝑥)

Como o grau máximo do resto 𝑟(𝑥) é um a menos que o grau do dividendo 𝑞(𝑥), o resto tem
grau 1. Faremos 𝑥 receber √3
3 2
4. (√3) + 2(√3) + √3 − 1 ≡ 𝑎√3 + 𝑏

Igualando parte racional com parte irracional, resulta

𝑎 = 13 𝑒 𝑏 = 5

Ou seja,

𝑟(𝑥) = 13𝑥 + 5.

Gabarito: A

(EEAR-2014)

A equação (𝒙𝟐 + 𝟑)(𝒙 − 𝟐)(𝒙 + 𝟏) = 𝟎 tem ____ raízes reais.


a) 𝟑

AULA 02 – POLINÔMIOS 86
Prof. Ismael Santos

b) 𝟐

c) 𝟏

d) 𝟎

Comentário:

Para verificarmos quais e quantas são as raízes dessa equação, vamos zerar cara fator

𝑥 2 + 3 = 0 → 𝑥 2 = −3 → 𝑥 = ±√3𝑖

𝑥−2=0 →𝑥 =2

𝑥 + 1 = 0 → 𝑥 = −1

Assim, verifica-se que 𝑥 = 2 𝑒 𝑥 = −1 são as raízes reais da equação. Logo, há duas raízes reais.

Gabarito: B

(EEAR-2015)

Seja a equação 𝒙𝟑 − 𝟓𝒙𝟐 + 𝟕𝒙 − 𝟑 = 𝟎. Usando as relações de Girard, pode-se encontrar como das
raízes o valor

a) 𝟏𝟐

b) 𝟕

c) 𝟓

d) 𝟐

Comentário:

Sejam 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐 as raízes do polinômio proposto.

Utilizando-se da Relação de Girard para a soma, tem-se

5
𝑎+𝑏+𝑐 = =5
1
Gabarito: C

(EEAR-2016)

Dada a equação 𝟑𝒙𝟑 + 𝟐𝒙𝟐 − 𝒙 + 𝟑 = 𝟎 e sabendo que 𝒂, 𝒃 𝒆 𝒄

São raízes dessa equação, o valor do produto 𝒂. 𝒃. 𝒄 é

AULA 02 – POLINÔMIOS 87
Prof. Ismael Santos

a) 𝟏

b) −𝟏
𝟏
c) 𝟑
𝟏
d) − 𝟑

Comentário:

Com base na Relação de Girard do produto das raízes, teremos

3
𝑎. 𝑏. 𝑐 = (−1)3 . = −1
3
Gabarito: B

(EEAR-2016)

Dado o polinômio 𝒂𝒙𝟑 + (𝟐𝒂 + 𝒃)𝒙𝟐 + 𝒄𝒙 + 𝒅 − 𝟒 = 𝟎, os valores de 𝒂 𝒆 𝒃 para que ele seja um
polinômio de 𝟐° grau são

a) 𝒂 = 𝟎 𝒆 𝒃 = 𝟎

b) 𝒂 = 𝟏 𝒆 𝒃 ≠ 𝟎

c) 𝒂 = 𝟎 𝒆 𝒃 ≠ 𝟎

d) 𝒂 = −𝟏 𝒆 𝒃 ≠ 𝟎

Comentário:

Para que o polinômio seja de segundo grau, temos que o coeficiente do termo de terceiro grau
deve ser nulo e aquele que acompanha o termo de segundo grau deve ser não-nulo. Assim,

𝑎 = 0 𝑒 2𝑎 + 𝑏 ≠ 0

Logo,

𝑎 = 0 𝑒 𝑏 ≠ 0.

Gabarito: C

(EEAR-2017)

Sejam as funções polinomiais definidas por 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙 + 𝟏 𝒆 𝒈(𝒙) = 𝒇−𝟏 (𝒙). O valor de 𝒈(𝟑) é

AULA 02 – POLINÔMIOS 88
Prof. Ismael Santos

a) 𝟑

b) 𝟐

c) 𝟏

d) 𝟎

Comentário:

Para calcularmos inicialmente a função inversa 𝑔(𝑥) = 𝑓 −1 (𝑥) ,devemos fazer a troca de variável
entre 𝑥 𝑒 𝑦 e, em seguida, isolar o 𝑦. Dessa forma,

𝑥−1
𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1 = 𝑦 → 𝑥 = 2𝑦 + 1 → 𝑦 = = 𝑓 −1 (𝑥)
2
Assim,

3−1
𝑔(3) = 𝑓 −1 (3) = =1
2
Gabarito: C

(EEAR-2017)

Considere 𝑷(𝒙) = 𝟐𝒙𝟑 + 𝒃𝒙𝟐 + 𝒄𝒙, tal que 𝑷(𝟏) = −𝟐 e 𝑷(𝟐) = 𝟔. Assim, os valores de 𝒃 𝒆 𝒄 são,
respectivamente,

a) 𝟏 𝒆 𝟐

b) 𝟏 𝒆 − 𝟐

c) −𝟏 𝒆 𝟑

d) −𝟏 𝒆 − 𝟑

Comentário:

Do enunciado, temos

𝑃(1) = 2 + 𝑏 + 𝑐 = −2 → 𝑏 + 𝑐 = −4

𝑃(2) = 16 + 4𝑏 + 2𝑐 = 6 → 4𝑏 + 2𝑐 = −10

Assim, resolvendo o sistema linear

𝑏 = −1 𝑒 𝑐 = −3

Gabarito: D

AULA 02 – POLINÔMIOS 89
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(EEAR-2018)

Se os números 𝟐, 𝟓, 𝟏 + 𝒊 𝒆 𝟑 − 𝟓𝒊 são raízes de uma equação polinomial de grau 𝟔, a soma das


outras duas raízes dessa equação é

a) 𝟒 + 𝟒𝒊

b) 𝟒 + 𝟑𝒊

c) 𝟑 + 𝟒𝒊

d) 𝟑 + 𝟑𝒊

Comentário:

Supondo dado no enunciado que a equação polinomial é formada apenas por coeficientes reais,
temos válido o Teorema das Raízes Conjugadas. Ou seja,

𝑠𝑒 𝑎 + 𝑏𝑖 (𝑏 ≠ 0)é 𝑟𝑎𝑖𝑧, 𝑎 − 𝑏𝑖 𝑡𝑎𝑚𝑏é𝑚 é

Assim, teremos as raízes

2, 5, 1 + 𝑖, 1 − 𝑖, 3 − 5𝑖, 3 + 5𝑖

Dadas as seis raízes, a soma daquelas não listadas no enunciado é

1 − 𝑖 + 3 + 5𝑖 = 4 + 4𝑖

Gabarito: A

(EEAR-2018)

Sejam os polinômios 𝑨(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝟐𝒙𝟐 − 𝒙 − 𝟒, 𝑩(𝒙) = 𝒂𝒙𝟑 − 𝒃𝒙𝟐 − 𝟒𝒙 + 𝟏 e 𝑷(𝒙) = 𝑨(𝒙) −


𝑩(𝒙). Para que 𝑷(𝒙) seja de grau 𝟐, é necessário que

a) 𝒂 ≠ −𝟏 𝒆 𝒃 = −𝟐

b) 𝒂 = 𝟏 𝒆 𝒃 = −𝟐

c) 𝒂 = 𝟏 𝒆 𝒃 ≠ −𝟐

d) 𝒂 ≠ 𝟏 𝒆 𝒃 ≠ 𝟐

Comentário:

Calculando a expressão do polinômio 𝑃(𝑥),

𝑃(𝑥) = (1 − 𝑎)𝑥 3 + (2 + 𝑏)𝑥 2 + 3𝑥 − 5

AULA 02 – POLINÔMIOS 90
Prof. Ismael Santos

Para que esse polinômio seja do segundo grau, temos que, necessariamente,

(1 − 𝑎) = 0 𝑒 (2 + 𝑏) ≠ 0

Dessa forma,

𝑎 = 1 𝑒 𝑏 ≠ −2.

Gabarito: C

(EEAR-2019)

Seja a equação polinomial 𝒙𝟑 + 𝒃𝒙𝟐 + 𝒄𝒙 + 𝟏𝟖 = 𝟎. Se ? 𝟐 𝒆 𝟑 são suas raízes, sendo que a raiz 𝟑
tem multiplicidade 𝟐, o valor de 𝒃 é

a) 𝟖

b) 𝟔

c) −𝟑

d) −𝟒

Comentário:

Do enunciado, concluímos que as raízes são ±2, 3 𝑒 3 (3 é raiz dupla).

Vamos definir qual o sinal da raiz 2. Pela Relação de Girard,

𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 = (±2). 3.3 = −18

Concluímos que −2 é raiz do polinômio.

Assim, com base nas Relações de Girard, temos

𝑏
−2 + 3 + 3 = −
1
Assim, chegamos que

𝑏 = −4

Gabarito: D

AULA 02 – POLINÔMIOS 91
Prof. Ismael Santos

7 – Lista de Questões – Nível 3


(EsPCEx-2001)
Dadas as funções f ( x ) = x 3 = 9 x 2 + 27 x − 27 e g ( x ) = x 2 − 6 x + 9 . O grafico que melhor representa a
f (x)
função f ( x ) = é:
g(x)

a)

b)

c)

d)

AULA 02 – POLINÔMIOS 92
Prof. Ismael Santos

e)

(EsPCEx-2006)

Temos as funções:
f (x) = x +1
g ( x ) = x 3 + ax 2 + bx + c
h ( x ) = g ( f ( x ))

Considerando que as raízes de h(x) são {−1; 0; 1}, determine h(−2)

a) 0

b) −3

c) 4

d) 5

e) −6

(EsPCEx-2011)
Os polinômios A ( x ) e B ( x ) são tais que A ( x ) = B ( x ) + 3x 3 + 2x 2 + x + 1 . Sabendo-se que –1 é raiz de A(x)
e 3 é raiz de B(x), então A ( 3) − B ( −1) é igual a:

a) 98

b) 100

c) 102

d) 103

e) 105

AULA 02 – POLINÔMIOS 93
Prof. Ismael Santos

(EsPCEx-2011)

As medidas em centímetros das arestas de um bloco retangular são as raízes da equação polinomial
x 3 − 14 x 2 + 64 x − 96 = 0 . Denominando-se r, s e t essas medidas, se for construído um novo bloco
retangular, com arestas medindo (r − 1), (s − 1) e (t − 1), ou seja, cada aresta medindo 1 cm a menos
que a do bloco anterior, a medida do volume desse novo bloco será:

a) 36 cm³

b) 45 cm³

c) 54 cm³

d) 60 cm³

e) 80 cm³

(EsPCEx-2011)

Seja a função complexa P ( x ) = 2x 3 − 9 x 2 + 14 − 5 . Sabendo-se que 2 + i é raiz de P, i intervalo I de


números reais que faz P ( x )  0 , para todo x I é:

a)  − , 
1
 2

b) 0,1

c)  ,2 
1
4 
d) 0,−

e)  − , 
1 3
 4 4

(EsPCEx-2012)
A figura a seguir apresenta o gráfico de um polinômio P(x) do 4º grau no intervalo 0,5 .

AULA 02 – POLINÔMIOS 94
Prof. Ismael Santos

O número de raízes reais da equação P ( x ) + 1 = 0 no intervalo 0,5 é:

a) 0

b) 1

c) 2

d) 3

e) 4

(EsPCEx-2013)

Sabendo que 2 é uma raiz do polinômio P ( x ) = 2x 3 − 5x 2 + x + 2 , então o conjunto de todos os


números reais x para os quais a expressão P ( x ) está definida é:

a) {𝒙 ∈ ℝ|𝟏 ≤ 𝒙 ≤ 𝟐}
𝟏
b) {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 ≤ − 𝟐}
𝟏
c) {𝒙 ∈ ℝ| − 𝟐 ≤ 𝒙 ≤ 𝟏 ou 𝒙 ≥ 𝟐}

d) {𝒙 ∈ ℝ| 𝒙 ≠ 𝟐}

e) {𝒙 ∈ ℝ| 𝒙 ≠ 𝟐 𝒆  𝒙 ≠ 𝟏}

(EsPCEx-2013)
Dado o polinômio q(x) que satisfaz a equação x 3 + ax 2 − x + b = ( x − 1) q ( x ) e sabendo que 1 e 2 são
raízes da equação x 3 + ax 2 − x + b = 0 , determine o intervalo no qual q ( x  0 ) :

a) [−5, −4]

b) [−3, −2]

c) [−1, 2]

d) [3, 5]

e) [6, 7]

A função 𝒇: ℝ → ℝ definida por f ( x ) = x 4 − 5x 3 + 5x 2 + 5x − 6 tem como algumas de suas raízes os


números −1 e 1. Assinale a alternativa que representa o conjunto de todos os números reais para os
quais a função f(x) é positiva.

AULA 02 – POLINÔMIOS 95
Prof. Ismael Santos

a) ( −, −1)  ( 0,1)

b) ( − , −1)  ( 2, + )

 1 1 
c) ( − , −1)   − ,   2, + )
 2 2

1   5 
d) ( − , −3)   ,2    , + 
2  2 
e) ( −, −1)  (1,2)  ( 3, + )

(EsPCEx-2014)
O polinômio f ( x ) = x 5 − x 3 + x 2 + 1 , quando dividido por q ( x ) = x 3 − 3x + 2 deixa resto r(x). Sabendo
disso, o valor numérico de r(−1) é:

a) −10.

b) −4.

c) 0.

d) 4.

e) 10.

(EsPCEx-2015)
Considere os polinômios p ( x ) = x 80 + 3x 79 − x 2 − x − 1 e b ( x ) = x 2 + 2x − 3 . Sendo r(x) o resto da divisão
1
de p(x) por b(x), o valor de r   é igual a:
2

a) 0
1
b)
2

c) 1

d) 2
5
e)
2

AULA 02 – POLINÔMIOS 96
Prof. Ismael Santos

(EsPCEx-2015)
Considere o polinômio p ( x ) = x 6 − 2 x 5 + 2 x 4 − 4 x 3 + x 2 − 2 x . Sobre as raízes de p(x) = 0, podemos
afirmar que:

a) quatro raízes são reais distintas.

b) quatro raízes são reais, sendo duas iguais.

c) apenas uma raiz é real.

d) apenas duas raízes são reais e iguais.

e) apenas duas raízes são reais distintas

(EsPCEx-2015) QUESTÃO 153


11x + 6 2
Sendo R a maior das raízes da equação = x , então o valor de 2R – 2 é:
x −4

a) 2

b) 4

c) 6

d) 8

e) 10

(EsPCEx-2016)

As três raízes da equação x 3 − 6 x 2 + 21x − 26 = 0 são m, n e p. sabendo que m e n são complexas e que
p é uma raíz racional, o valor de m2 + n2 é igual a:

a) −18

b) −10

c) 0

d) 4

e) 8

AULA 02 – POLINÔMIOS 97
Prof. Ismael Santos

7.1. Gabarito
1. A 8. C

2. E 9. E

3. C 10. A

4. B 11. A

5. A 12. E

6. C 13. A

7. C 14. B

8 – Lista de Questões Comentadas – Nível 3


(EsPCEx-2001)
Dadas as funções f ( x ) = x 3 = 9 x 2 + 27 x − 27 e g ( x ) = x 2 − 6 x + 9 . O grafico que melhor representa a
f (x)
função f ( x ) = é:
g(x)

a)

b)

AULA 02 – POLINÔMIOS 98
Prof. Ismael Santos

c)

d)

e)

Comentário:

𝑓(𝑥) 𝑥 3 − 9𝑥 2 + 27𝑥 − 27 (𝑥 3 − 27) − 9𝑥(𝑥 − 3) (𝑥 3 − 33 ) − 9𝑥(𝑥 − 3)


ℎ(𝑥) = = = =
𝑔(𝑥) 𝑥 2 − 6𝑥 + 9 𝑥 2 − 6𝑥 + 9 𝑥 2 − 6𝑥 + 9

Vamos usar a seguinte fatoração: 𝑎3 − 𝑏 3 = (𝑎 − 𝑏)(𝑎2 + 𝑎𝑏 + 𝑏 2 )

(𝑥 3 − 33 ) − 9𝑥(𝑥 − 3) (𝑥 − 3)(𝑥 2 + 3𝑥 + 9) − 9𝑥(𝑥 − 3) (𝑥 − 3)(𝑥 2 − 6𝑥 + 9)


ℎ(𝑥) = = =
𝑥 2 − 6𝑥 + 9 𝑥 2 − 6𝑥 + 9 𝑥 2 − 6𝑥 + 9
=𝑥−3

ℎ(𝑥) = 𝑥 − 3

Gabarito: A

(EsPCEx-2006)
Temos as funções:

AULA 02 – POLINÔMIOS 99
Prof. Ismael Santos

f (x) = x +1
g ( x ) = x 3 + ax 2 + bx + c
h ( x ) = g ( f ( x ))

Considerando que as raízes de h(x) são {−1; 0; 1}, determine h(−2)

a) 0

b) −3

c) 4

d) 5

e) −6

Comentário:

Vamos começar calculando a ℎ(𝑥):

ℎ(𝑥) = 𝑔(𝑓(𝑥)) = (𝑥 + 1)3 + 𝑎(𝑥 + 1)2 + 𝑏(𝑥 + 1) + 𝑐

Pela questão, ℎ(𝑥) tem raízes {1; 0; −1}. Sendo assim, temos que:

(1 + 1)3 + 𝑎(1 + 1)2 + 𝑏(1 + 1) + 𝑐 = 0 ⇒ 2𝑎 + 𝑏 = −4


{ (0 + 1)3 + 𝑎(0 + 1)2 + 𝑏(0 + 1) + 𝑐 = 0 ⇒ 𝑎 = −𝑏 − 1 ⇒ (𝑎, 𝑏, 𝑐) = (−3, 2, 0)
(−1 + 1)3 + 𝑎(−1 + 1)2 + 𝑏(−1 + 1) + 𝑐 = 0 ⇒ 𝑐 = 0

Dessa forma, ℎ(𝑥) = (𝑥 + 1)3 − 3(𝑥 + 1)2 + 2(𝑥 + 1) ⇒ ℎ(−2) = −6

Gabarito: E

(EsPCEx-2011)
Os polinômios A ( x ) e B ( x ) são tais que A ( x ) = B ( x ) + 3x 3 + 2x 2 + x + 1 . Sabendo-se que –1 é raiz de A(x)
e 3 é raiz de B(x), então A ( 3) − B ( −1) é igual a:

a) 98

b) 100

c) 102

d) 103

e) 105

AULA 02 – POLINÔMIOS 100


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Comentário:

Da questão, se −1 e raiz de 𝐴(𝑥) e 3 é raiz de 𝐵(𝑥), temos que 𝐴(−1) = 0 e 𝐵(3) = 0

Com isso, podemos montar o seguinte sistema de equações:

𝐴(−1) = 𝐵(−1) + 3(−1)3 + 2(−1)2 + (−1) + 1 𝐵(−1) = 1


{ 3 2 ⇒{ ⇒ 𝐴(3) − 𝐵(−1) = 102
𝐴(3) = 𝐵(3) + 3(3) + 2(3) + (3) + 1 𝐴(3) = 103

Gabarito: C

(EsPCEx-2011)

As medidas em centímetros das arestas de um bloco retangular são as raízes da equação polinomial
x 3 − 14 x 2 + 64 x − 96 = 0 . Denominando-se r, s e t essas medidas, se for construído um novo bloco
retangular, com arestas medindo (r − 1), (s − 1) e (t − 1), ou seja, cada aresta medindo 1 cm a menos
que a do bloco anterior, a medida do volume desse novo bloco será:

a) 36 cm³

b) 45 cm³

c) 54 cm³

d) 60 cm³

e) 80 cm³

Comentário:

Para resolver essa questão, devemos encontrar os valores de 𝑟, 𝑠 e 𝑡, que são raízes do polinômio:

𝑥 3 − 14𝑥 2 + 64𝑥 − 96 = 0

Para achar as raízes dessa equação, vamos fazer pesquisa por raízes racionais. As raízes podem
ser {±1, ±2, ±3, ±4, ±6, ±8, ±12, ±16, ±24, ±32, ±48, ±96} Fazendo o teste com os valores
iniciais, percebemos que 4 é raiz da equação. Sendo assim, reduzindo o grau por algoritmo de
Briot-Rufini, temos:

𝑥 3 − 14𝑥 2 + 64𝑥 − 96 = (𝑥 − 4)(𝑥 2 − 10𝑥 + 24) = (𝑥 − 4)2 (𝑥 − 6)

Logo, o polinômio tem uma raiz dupla igual à 4 e outra raiz igual a 6.

O volume do novo sólido é (4 − 1)(4 − 1)(6 − 1) = 45𝑐𝑚3

AULA 02 – POLINÔMIOS 101


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Gabarito: B

(EsPCEx-2011)

Seja a função complexa P ( x ) = 2x 3 − 9 x 2 + 14 − 5 . Sabendo-se que 2 + i é raiz de P, i intervalo I de


números reais que faz P ( x )  0 , para todo x I é:

a)  − , 
1
 2

b) 0,1

c)  ,2 
1
4 
d) 0,−

e)  − , 
1 3
 4 4

Comentário:

Para resolver essa questão, devemos saber que, se um número complexo 𝑧 é raiz de um
polinômio de coeficientes reais, então 𝑧 também é raiz desse polinômio. Se 2 + 𝑖 é raiz de 𝑃(𝑥) =
2𝑥 3 − 9𝑥 2 + 14𝑥 − 5, então 2 − 𝑖 também é raiz de 𝑃(𝑥).

1 1 1
(𝑥 2 − 4𝑥 + 5) (𝑥 − ) < 0 ⇒ 𝑥 <
𝑃(𝑥) = 2[𝑥 − (2 + 𝑖)][𝑥 − (2 − 𝑖)] (𝑥 − ) = 2 ⏟
2 2 2
>0

1
Logo, 𝐼 = ]−∞, 2[.

Gabarito: A

(EsPCEx-2012)
A figura a seguir apresenta o gráfico de um polinômio P(x) do 4º grau no intervalo 0,5 .

AULA 02 – POLINÔMIOS 102


Prof. Ismael Santos

O número de raízes reais da equação P ( x ) + 1 = 0 no intervalo 0,5 é:

a) 0

b) 1

c) 2

d) 3

e) 4

Comentário:

Somar o valor 1 ao polinômio, ou seja, 𝑃(𝑥) + 1, é o mesmo que somar 1 a todos os pontos do
gráfico do polinômio no plano cartesiano. Sendo assim, o gráfico sobe 1 unidade, de forma que
1 1
o vértice do gráfico que tangenciava a reta 𝑦 = − 2 agora vai tangenciar 𝑦 = 2. Com isso, no
intervalo ]0, 5[, 𝑃(𝑥) + 1 tem apenas duas raízes.

Gabarito: C

(EsPCEx-2013)

Sabendo que 2 é uma raiz do polinômio P ( x ) = 2x 3 − 5x 2 + x + 2 , então o conjunto de todos os


números reais x para os quais a expressão P ( x ) está definida é:
a) x  |1  x  2


b) x  | x  −
1
2 
c)  
1
x  |−  x  1 ou x  2
2

d) x  |x  2
e) x |x  2 e x  1

Comentário:

Para que a expressão √𝑃(𝑥) seja definida, o valor de 𝑃(𝑥) deve ser maior ou igual a zero. Sendo
assim, temos:

2𝑥 3 − 5𝑥 2 + 𝑥 + 2 ≥ 0

Achando as raízes desse polinômio por pesquisa de raízes racionais, obtemos:

AULA 02 – POLINÔMIOS 103


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1
2(𝑥 − 1)(𝑥 − 2) (𝑥 + ) ≥ 0
2
1
Fazendo análise de sinal, concluímos que 𝑥 ∈ [2, +∞[ ∪ [− 2 , 1]

Gabarito: C

(EsPCEx-2013) Dado o polinômio q(x) que satisfaz a equação x 3 + ax 2 − x + b = ( x − 1) q ( x ) e sabendo


que 1 e 2 são raízes da equação x 3 + ax 2 − x + b = 0 , determine o intervalo no qual q ( x  0 ) :

a) [−5, −4]

b) [−3, −2]

c) [−1, 2]

d) [3, 5]

e) [6, 7]

Comentário:

Dado o polinômio 𝑥 3 − 𝑎𝑥 2 − 𝑥 + 𝑏 = (𝑥 − 1) △ 𝑞(𝑥). Sabemos que 1 e 2 são raízes de 𝑥 3 −


𝑎𝑥 2 − 𝑥 + 𝑏. Logo:
3 2 𝑏=𝑎
{13 − 𝑎12 − 1 + 𝑏 = 0 ⇒ {
2 − 𝑎2 − 2 + 𝑏 = 0 4𝑎 − 𝑏 = 6 ⇒ 𝑎 = 𝑏 = 2

𝑥 3 − 𝑎𝑥 2 − 𝑥 + 𝑏 = (𝑥 − 1) △ 𝑞(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥 2 − 𝑥 + 2 = (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)(𝑥 − 2)


= (𝑥 − 1) △ 𝑞(𝑥)

△ 𝑞(𝑥) = (𝑥 + 1)(𝑥 − 2)

△ 𝑞(𝑥) < 0 ⇒ 𝑥 ∈ [−1, 2]

Gabarito: C

A função 𝒇: ℝ → ℝ definida por f ( x ) = x 4 − 5x 3 + 5x 2 + 5x − 6 tem como algumas de suas raízes os


números −1 e 1. Assinale a alternativa que representa o conjunto de todos os números reais para os
quais a função f(x) é positiva.
a) ( −, −1)  ( 0,1)

AULA 02 – POLINÔMIOS 104


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b) ( − , −1)  ( 2, + )

 1 1 
c) ( − , −1)   − ,   2, + )
 2 2

1   5 
d) ( − , −3)   ,2    , + 
2  2 
e) ( −, −1)  (1,2)  ( 3, + )

Comentário:

Primeiro devemos achar todas as raízes do polinômio dado na questão:

𝑥 4 − 5𝑥 3 + 5𝑥 2 + 5𝑥 − 6 = 0

Reduzindo o grau pelo algoritmo de Briot-Rufini, temos que 𝑥 4 − 5𝑥 3 + 5𝑥 2 + 5𝑥 − 6 = (𝑥 −


1)(𝑥 + 1)(𝑥 2 − 5𝑥 + 6)

Dessa forma, temos que:

𝑥 4 − 5𝑥 3 + 5𝑥 2 + 5𝑥 − 6 = (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)(𝑥 − 2)(𝑥 − 3)

A questão pede que 𝑓(𝑥) > 0, logo, fazendo análise de sinal, temos que:

𝑥 ∈ (3, +∞) ∪ (1, 2) ∪ (−∞, −1)

Gabarito: E

(EsPCEx-2014)
O polinômio f ( x ) = x 5 − x 3 + x 2 + 1 , quando dividido por q ( x ) = x 3 − 3x + 2 deixa resto r(x). Sabendo
disso, o valor numérico de r(−1) é:

a) −10.

b) −4.

c) 0.

d) 4.

e) 10.

Comentário:

AULA 02 – POLINÔMIOS 105


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Usando o algoritmo da divisão de polinômios, temos que:

𝑥 5 − 𝑥 3 + 𝑥 2 + 1 = (𝑥 3 − 3𝑥 + 2)(𝑥 2 + 2) − 𝑥 2 + 6𝑥 − 3 ⇒ 𝑅(𝑥) = −𝑥 2 + 6𝑥 − 3

𝑅(−1) = −10

Gabarito: A

(EsPCEx-2015)
Considere os polinômios p ( x ) = x 80 + 3x 79 − x 2 − x − 1 e b ( x ) = x 2 + 2x − 3 . Sendo r(x) o resto da divisão
1
de p(x) por b(x), o valor de r   é igual a:
2

a) 0
1
b)
2

c) 1

d) 2
5
e)
2

Comentário:

Usando o algoritmo da divisão de polinômios, temos que:

𝑥 80 + 3𝑥 79 − 𝑥 2 − 𝑥 − 1 = (𝑥 78 + 𝑥 77 + ⋯ + 𝑥 2 + 𝑥)(𝑥 2 + 2𝑥 − 3) + 2𝑥 − 1 ⇒ 𝑅(𝑥)
= 2𝑥 − 1

1
𝑅( ) = 0
2

É importante ressaltar que, pelo fato de o grau do polinômio do numerador ser muito alto, é
necessário enxergar algum padrão na divisão, que acontece quando nos dois primeiros fatores
do numerado, cujos coeficientes são sempre 1 e 3 até o grau do numerador ser reduzido à 4

Gabarito: A

(EsPCEx-2015)

AULA 02 – POLINÔMIOS 106


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Considere o polinômio p ( x ) = x 6 − 2 x 5 + 2 x 4 − 4 x 3 + x 2 − 2 x . Sobre as raízes de p(x) = 0, podemos


afirmar que:

a) quatro raízes são reais distintas.

b) quatro raízes são reais, sendo duas iguais.

c) apenas uma raiz é real.

d) apenas duas raízes são reais e iguais.

e) apenas duas raízes são reais distintas

Comentário:

Vamos analisar o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 6 − 2𝑥 5 + 2𝑥 4 − 4𝑥 3 + 𝑥 2 − 2𝑥 = 0

Logo percebemos que 0 é raiz dessa equação, logo, temos que 𝑝(𝑥) = 𝑥(𝑥 5 − 2𝑥 4 + 2𝑥 3 −
4𝑥 2 + 𝑥 − 2)

Pela pesquisa de raízes racionais, percebemos que 2 também é raiz dessa equação. Sendo assim,
temos:

𝑝(𝑥) = 𝑥(𝑥 − 2)(𝑥 4 + 2𝑥 2 + 1) = 𝑥(𝑥 − 2)(𝑥 2 + 1)2

Logo, em se tratando das raízes desse polinômio, são apenas duas raízes reais e distintas.

Gabarito: E

11x + 6 2
(EsPCEx-2015) Sendo R a maior das raízes da equação = x , então o valor de 2R – 2 é:
x −4

a) 2

b) 4

c) 6

d) 8

e) 10

Comentário:

11𝑥 + 6
= 𝑥 2 ⇒ 𝑥 3 − 4𝑥 2 − 11𝑥 − 6 = 0, 𝑥≠4
𝑥−4

AULA 02 – POLINÔMIOS 107


Prof. Ismael Santos

Por pesquisa de raízes racionais, obtemos que -1 é raiz dessa equação. Logo, temos que:

𝑥 3 − 4𝑥 2 − 11𝑥 − 6 = 0 = (𝑥 + 1)(𝑥 2 − 5𝑥 − 6)(𝑥 + 1)(𝑥 − 6)(𝑥 + 1) = (𝑥 + 1)2 (𝑥 − 6)

Dessa forma, a maior raiz 𝑅 = 6 e 2𝑅 − 2 = 10

Gabarito: A

(EsPCEx-2016)

As três raízes da equação x 3 − 6 x 2 + 21x − 26 = 0 são m, n e p. sabendo que m e n são complexas e que
p é uma raíz racional, o valor de m2 + n2 é igual a:

a) −18

b) −10

c) 0

d) 4

e) 8

Comentário:

Dada a equação 𝑥 3 − 6𝑥 2 + 21𝑥 − 26 = 0, vamos primeiro descobrir a raiz real dessa equação.

Por pesquisa de raízes racionais, podemos verificar que uma raiz possível é 𝑥 = 2. Com isso, e
sabendo que as outras raízes são da forma 𝑎 + 𝑏𝑖 e 𝑎 − 𝑏𝑖, por Girard, concluímos que:

6 = 𝑎 + 𝑏𝑖 + 𝑎 − 𝑏𝑖 + 2 ⇒ 𝑎 = 2

Além disso, temos que:

26 = 2 ∙ (𝑎 + 𝑏𝑖)(𝑎 − 𝑏𝑖) ⇒ 13 = 4 + 𝑏 2 ⇒ 𝑏 = ±3

Logo, 𝑚 = 2 + 3𝑖 e 𝑛 = 2 − 3𝑖 e 𝑚2 + 𝑛2 = −10

Gabarito: B

AULA 02 – POLINÔMIOS 108


Prof. Ismael Santos

11 – Referências Bibliográficas
[1] Iezzi, Gelson. Fundamentos de matemática elementar, 6: complexos, polinômios e equações. 7. ed.
Atual, 2013. 472p.
[2] Gionvanni.; Bonjorno, Jr. Giovanni. Matemática Fundamental. FTD, 1994. 560p.
[3] Guimarães, Caio dos Santos; Matemática em Nível IME/ITA: complexos e polinômios. 1. Ed. Vestseller,
2008, 330p.

12 – Considerações Finais
É isso, meu querido! Finalizamos a nossa aula. Espero que tenham gostado!

Restando qualquer dúvida, estou à disposição no fórum de dúvidas. Pode usar sem moderação!!

Mantenham a pegada, a sua aprovação está mais perto que imagina!

Qualquer crítica, sugestão ou elogio, só mandar mensagem no fórum!

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Vamos que vamos! Fé na missão!

AULA 02 – POLINÔMIOS 109

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