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2 APRESENTAÇÕES ESTATÍSTICAS
A massa de dados, tal como resulta do processo de amostragem, não permite a
visualização de qualquer característica da amostra levantada e muito menos da
população que originou a amostra.
As tabelas e os gráficos são recursos estatísticos que resumem, organizam e
apresentam grandes quantidades de dados, tornando-os compreensíveis ao
pesquisador, já que tornam “visíveis” as várias informações neles contidas.
1 Dados brutos: São aqueles que ainda não foram organizados, ou seja,
encontram-se tal como foram registados.
frequência absoluta
Frequência relativa (%) x 100
tamanho da amostra ( n )
Milton & Tsokos (1991) indicam o uso das seguintes fórmulas para a determinação do
n.º de classes:
1 - n.º de classes = 5 x lg n em que n é o tamanho da amostra
2 - n.º de classes = n
Beiguelman (2002) indica que “o n.º de classes é frequentemente tomado entre 8 e 20,
dependendo dos dados”.
Beth & Trapp (2003) sugerem que, “em geral, entre 6 e 14 classes são o número adequado para
o fornecimento de informações suficientes sem ocorrer o excesso de detalhes”. Adiantam ainda
que “existem várias regras disponíveis para o cálculo do número de classes, mas o bom senso em
geral é adequado para se tomar essa decisão”.
Triola & Triola (2006) recomendam que o número de classes deve situar-se entre 5 e
20 enquanto Kuzma & Bohnenblust (2001) são de opinião que o número de classes
deve ser de 5 a 15.
No entanto, muitas variáveis (nas ciências biológicas, nas ciências tecnológicas, nas
ciências económicas e sociais, etc.) têm categorias já definidas e com indicação dos
respectivos valores de referência, isto é, estão padronizadas.
Os dados sobre o peso e a altura dos indivíduos amostrados servem de base para a
construção do Índice de Massa Corporal (IMC). O IMC ajuda a definir o grau de
obesidade de uma pessoa segundo a Organização Mundial da Saúde. Através do
cálculo e interpretação do IMC é possível saber se uma pessoa está acima ou abaixo
dos parâmetros de peso ideal ou saudável para a sua estrutura.
Já que o objectivo é avaliar a relação peso / altura, expressa em IMC, nos indivíduos,
para poder-se afirmar se os indivíduos são ou não obesos ou se têm ou não um peso
convenientemente relacionado com as respectivas estruturas, o critério válido para a
construção da tabela de distribuição de frequências é o uso dos valores de
referência, padronizados e certificados pela comunidade científica mundial através da
Organização Mundial da Saúde (ver página 1.13, Capítulo 1)
A interpretação dos dados representados torna-se óbvia pela associação dos atributos
quantitativos (IMC) aos qualitativos (Condição).
A tabela 2 mostra que a maior parte dos indivíduos amostrados, tanto em 2008 como
em 2009, tem peso normal. Constata-se também que, felizmente, o número de
indivíduos com obesidade mórbida (e por isso com maior risco de saúde) é muito baixo
em 2008 e inexistente em 2009.
Classificação da pressão arterial Pressão arterial sistólica (mmHg) Pressão arterial diastólica
(mmHg)
Normal < 120 e < 80
Pré-hipertensão 120 á 139 ou 80 á 89
Indivíduos
Classificação TA Sistólica 2008 2009
Normal 0 120 1680 39% 511 29%
Pré-hipertenso 121 139 1917 45% 856 49%
Hipertenso grau I 140 159 611 14% 344 20%
Hipertenso grau II 160 240 90 2% 38 2%
4298 100% 1749 100%
Número de Homens
Nível de colesterol Idade Idade
(mg/100 ml) 25 - 34 55 - 64
80 - 119 13 5
120 - 159 150 48
160 - 199 442 265
200 - 239 299 458
240 - 279 115 281
280 - 319 34 128
320 - 359 9 35
360 - 399 5 7
Tabela 5: Frequências absolutas dos níveis séricos de colesterol para 2.294 homens
dos Estados Unidos, 1976 – 1980.
Número de Homens
Idade Idade
Nível de colesterol (mg/100 ml) 25 - 34 55 – 64
Desejável ou Normal < 200 605 318
Limítrofe 200 - 239 299 458
Alto ≥ 240 163 451
Nos casos em que as variáveis não têm categorias pré-definidas deve-se procurar na
literatura informações que sirvam de base para a definição de categorias. Na maior
parte dos casos o objectivo será definir pelo menos as três categorias mais comuns:
médio, alto, baixo ou ainda normal, acima do normal e abaixo do normal.
Exemplo:
Idade de 182 candidatos inscritos para os exames de acesso aos cursos da Faculdade
de Ciências da Universidade Agostinho Neto, no ano académico 2009. A média da
idade é de 22 anos e o desvio padrão é de 4 anos.
A figura 2.1 mostra um histograma feito para a distribuição de frequências dos dados
da tabela 2.1.
18
16 3,75 – 5,95
14 5,95 – 8,15
8,15 – 10, 35
n.º de pacientes
12
10,35 – 12,55
10
12,55 – 14,75
8
14,75 – 16,95
6
0
Tempo (min.)
0.30
frequência relativa (%)
0.25
0.20
0.15
0.10
0.05
0.00
1.75 2.05 2.35 2.65 2.95 3.25
N.º de acidentes (limites de classe)
Polígono de frequência
15
Curva de frequência
N.º de pacientes
10
0
4.85 7.05 9.25 11.45 13.65 15.85
Tempo (min) PMC
Ogivas percentuais
40
N.º de pacientes
30
Frequência acumulada
Curva ogiva
20
10
0
1 2 3 4 5 6
Tempo (min.)
0
1980 1981 1982 1983 1984 1985
Ano
Fig. 2.5 Distribuição do n.º de pacientes internados num Hospital por ano e por
patologia.
Tuberculose
12% Malária
29% Asma
59%
Fig. 2.6: Distribuição do n.º de pacientes internados num hospital, por patologias,
durante um certo tempo.
Os dados a seguir referem-se aos níveis de ácido úrico, em mg/100 ml, encontrados
nos exames bioquímicos de sangue de pacientes seropositivos seguidos no Hospital
Esperança em Luanda, no ano 2012.
4,99 4,59 4,45 6,61 4,63 0,53 3,67 3,27 3,39 3,25 4,47 4,48 5,00 6,60 5,20
3,14 3,43 3,77 3,23 7,08 9,09 7,08 11,30 7,22 2,88 4,92 6,54 7,57 3,89 3,96
2,71 3,80 2,78 2,89 5,75 2,43 3,44 2,62 2,12 6,80 5,08 3,45 5,39 5,29 5,05
5,35 2,47 6,17 10,20 9,82 5,33 4,51 4,87 4,80