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ANÁLISE DE DADOS

Análise de dados é o processo de aplicação de técnicas estatísticas e


lógicas para avaliar informações obtidas a partir de determinados processos. O
principal objetivo da prática é extrair informações úteis a partir dos dados. A partir
destas informações, é possível tomar decisões mais assertivas e orientadas para
resultados.

Representação de dados por meio de tabelas e gráficos estão sempre


presentes em nosso cotidiano, principalmente nos meios de comunicação
(jornais, revistas, internet). Isso está ligado a facilidade com que podemos
analisar e interpretar as informações que estão organizadas de forma clara e
objetiva e, além disso, não exigir o uso de cálculos complexos para a sua análise.

Tipos de gráficos

Em estatística é muito comum a utilização de diagramas para representar


dados, diagramas são gráficos construídos em duas dimensões, isto é, no plano.
Existem vários modos de representá-los, as principais são: gráfico de pontos,
gráfico de linha, gráfico de barra, gráfico de coluna e gráfico de setor.

Gráfico de pontos

Também conhecido como Dotplot, é utilizado quando possuímos uma


tabela de distribuição de frequência, sendo ela absoluta ou relativa. O gráfico de
pontos tem por objetivo apresentar os dados das tabelas de forma resumida e
que possibilite a análise das distribuições desses dados.

Exemplo

Suponha uma pesquisa, realizada em uma escola de educação infantil,


na qual foram coletadas as idades das crianças. Nessa coleta foi organizado o
seguinte rol:

Rol: {1, 1, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 4, 4, 4, 4, 4, 4, 5, 5, 6}

Podemos organizar esses dados utilizando um Dotplot.


Observe que a quantidade de pontos corresponde à frequência de cada
idade e o somatório de todos os pontos fornecendo-nos a quantidade total de
dados coletados.

Gráfico de linha

É utilizado em casos que existe a necessidade de analisar dados ao longo


do tempo, esse tipo de gráfico é muito presente em análises financeiras. O eixo
das abscissas (eixo x) representa o tempo, que pode ser dado em anos, meses,
dias, horas etc., enquanto o eixo das ordenadas (eixo y) representa o outro dado
em questão.Uma das vantagens desse tipo de gráfico é a possibilidade de
realizar a análise de mais de uma tabela, por exemplo.

Exemplo

Uma empresa deseja verificar seu faturamento em determinado ano, os


dados foram dispostos em uma tabela:

Veja que nesse tipo de gráfico é possível ter uma melhor noção a respeito
do crescimento ou do decrescimento dos rendimentos da empresa.

Gráfico de barras
Tem como objetivo comparar os dados de determinada amostra utilizando
retângulos de mesma largura e altura. Altura essa que deve ser proporcional ao
dado envolvido, isto é, quanto maior a frequência do dado, maior deve ser a
altura do retângulo.

Gráfico de colunas

Seu estilo é semelhante ao do gráfico de barras, sendo utilizado para a


mesma finalidade. O gráfico de colunas então é usado quando as legendas
forem curtas, a fim de não deixar muitos espaços em branco no gráfico de barra.

Exemplo

Este gráfico está, de forma genérica, quantificando e comparando


determinada grandeza ao longo de alguns anos.
Gráfico de setor

É utilizado para representar dados estatísticos com um círculo dividido em


setores, as áreas dos setores são proporcionais às frequências dos dados, ou
seja, quanto maior a frequência, maior a área do setor circular.

Exemplo

Este exemplo, de forma genérica, está apresentando diferentes variáveis


com frequências diversas para determinada grandeza, a qual pode ser, por
exemplo, a porcentagem de votação em candidatos em uma eleição.
Na hora de fazer uma Interpretação de Gráficos é necessário também
saber retirar deles as informações precisas para chegar à resposta do problema
proposto.

Na análise de gráfico, é fundamental saber qual o tipo de gráfico que


estamos lidando e, além disso, levar em consideração que ele está fazendo uso
de duas grandezas. Ademais, para que a nossa análise tenha êxito, ela deve vir
acompanhada de muita atenção na leitura do enunciado.

Tabela simples

Ela é usada para mostrar a relação entre duas grandezas, informações ou


dados, como produto e preço. A tabela simples é formada por duas colunas e
são lidas horizontalmente, ou seja, em linhas (sentido esquerda para direita).
A fim de interpretar esta tabela é necessário, primeiramente, considerar
as duas categorias apresentadas no topo da tabela, que determinam as duas
grandezas (ou dados relacionados) dos quais estamos tratando.

Tabela dupla entrada

Ela é usada a fim de apresentar dois ou mais tipos de dado, informações


ou grandezas, como altura e peso, a respeito de um item. Para fazer a leitura de
uma tabela de dupla entrada, o eixo vertical e horizontal é considerado
simultaneamente, para que as linhas e as colunas possam ser entendidos e
relacionados de forma adequada.

Por meio do exemplo vemos como a tabela de dupla entrada é parte do


nosso cotidiano, dado que a maioria dos alimentos que compramos no mercado
vem com esta tabela com as informações nutricionais no verso.

Para interpretação deste tipo de tabela, temos primeiro a referência dada


pelo título e subtítulo. Então iremos considerar essas quantidades de acordo com
a porção de 200ml (1 unidade do produto).

A partir disso, a primeira coluna dispõe cada um dos nutrientes que


compõe o alimento, a segunda da quantidade, em gramas (g), miligramas (mg)
e microgramas (mcg), de cada um destes nutrientes e a última a porcentagem
deles para o valor diário (VD).
Para ler e entender cada um desses item, fazemos a leitura deles em
linhas. Relacionamos um nutriente, com sua quantidade em gramas e valor
diário. E repetimos isso para todas as demais.

No final da tabela, nos é dado uma informação extra, que podemos


relacionar aos elementos da última coluna dados pelo valor diário. E
conseguimos fazer outra inferência de todas essas informações com uma nova
grandeza, que é o valor médio de calorias da dieta de uma pessoa média adulta.

Tabela de Distribuição de Frequência

Uma tabela de frequência contém inúmeros dados. Os dados qualitativos


e quantitativos são igualmente importantes e precisam ser agrupados em
frequências para que a tabela possa ser construída corretamente.

Assim, para que a tabela esteja correta, é necessário que os seus dados
sejam organizados em linhas e colunas. A frequência de um determinado dado
representa o número de ocorrências ou repetições.

Em casos nos quais há muitos elementos no rol e muitas repetições de


dados, o rol torna-se obsoleto, pois a organização desses dados é inviável.
Nesses casos, as tabelas e a distribuição de frequências servem como uma
excelente ferramenta de organização.

Tabela de Frequência Absoluta (Fi)

Na tabela de distribuição de frequência absoluta, devemos colocar a


frequência em que cada dado aparece, ou seja, a quantidade de vezes que ele
aparece.

Por exemplo, ao analisar o alfabeto em número de vezes em que cada


letra aparece em uma amostra a variável será cada letra em si. O número
máximo total é o número de letras na amostra.

Sendo assim, você deve classificar cada letra de acordo com o número
de vezes em que ela aparece naquele texto e inseri-las de forma gráfica para
então demonstrar a diferença entre cada uma delas. Confira a seguir:

Amostra: concentrar
Frequência Relativa (fr):

A
Letras Frequência Absoluta

C 2

O 1

N 2

E 1

T 1

R 2

A 1

TOTAL 10

frequência relativa é dada pela razão entre a frequência absoluta de cada classe
e a frequência total ou soma das frequências absolutas:

Letras Frequencia Frequência Frequência


Absoluta Relativa Relativa %

C 2 0,2 20

O 1 0,1 10

N 2 0,2 20

E 1 0,1 10

T 1 0,1 10
R 2 0,2 20

A 1 0,1 10

TOTAL 10 1 100

A utilização da frequência relativa facilita as comparações entre mais de


um conjunto de dados com diferentes números de elementos.

A soma das frequências relativas é sempre igual a 1.

Classes

Em casos em que a variável é contínua, isto é, quando ela possui diversos


valores, é necessário agrupá-los em intervalos reais. Na estatística esses
intervalos são chamados de classes.

Considere-se a seguinte amostra que resultou de observar a variável


Altura em 30 alunos de uma turma

164 166 170 170 147 131 151 148 173 143 180 167 166 162 160 164 166
170 170 147 131 151 148 173 143 180 167 166 162 160 180 148 158 173 150
159 174 149 158 171 140 164 158 167 160

Classes Frequência Frequência Frequência


absoluta Relativa Relativa %

131-141 2 0,07 7
141-151 6 0,2 20

151-161 7 0,23 23

161-171 9 0,3 30

171-180 6 0,2 20

TOTAL 30 1 100

ALTURA
7
20
20
30
23
131-141 141-151 151-161
161-171 171-180

Por exemplo, a seguinte amostra que resultou de observar a variável “Cor


dos olhos” em 20 alunos de uma turma

Castanhos, Pretos, Castanhos, Azuis, Castanhos, Castanhos, Pretos,


Castanhos, Verdes, Castanhos, Pretos, Castanhos, Azuis, Castanhos,
Castanhos, Pretos, Pretos, Castanhos, Pretos, Pretos

pode ser resumida na seguinte tabela de frequências:

Por exemplo, a seguinte amostra que resultou de observar a


variável Número de irmãos em 20 alunos de uma turma

2 1 0 1 1 0 2 3 1 1 1 0 2 3 1 0 0 2 2
REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Paulo Roberto Medeiros de. Introdução à estatística - 3. ed. -


Natal: EDUFRN, 2016.

BUSSAB, Wilton de 0.; MORETTIN, Pedro A. Estatística básica. 8. ed.


São Paulo: Saraiva, 2013. MORETTIN, Pedro A. Estatística básica. 9^ ed. São
Paulo: Saraiva, 2017.

LEVINE, David M. et. al. Estatística: Teoria e Aplicações. 6. ed. Rio de


Janeiro: LTC, 2014.

TRIOLA, Mario F. Introdução à estatística. Traduçao e revisão técnica Ana


Maria Lima de Farias, Vera Regina Lima de Farias e Flores. 12• ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2023.

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