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Objetivos
Assuntos
Nesta aula vamos entender como podemos descrever a distribuição de uma
amostra, usando técnicas simples, que fornecem uma visão geral dos dados
coletados. Sendo a amostra válida e representativa de uma população, a
estatística descritiva permite que sejam estimados os parâmetros populacio-
nais. Vamos entender o que significam as estatísticas amostrais e como cal-
culá-la através de fórmulas ou usando um editor de planilhas como o Excel.
Introdução
Os métodos de amostragem, que vimos na nossa primeira aula, nos permi-
tem coletar dados confiáveis que serão representativos de uma população
de interesse. Com esses dados amostrais, poderemos calcular suas estatísti-
cas e assim estimar os parâmetros da população. Mas a coleta de dados é
apenas o primeiro passo de uma pesquisa estatística e os passos seguintes
são cruciais para que um estudo tenha validade.
Estatística 31 UAB
ocorrem mais frequentemente e que intervalos de valores englobam a maior
parte da população. Para descrever uma distribuição de frequências, o pes-
quisador necessita organizar os dados de uma forma prática, tornando mais
fácil o trabalho de calcular a repetição de ocorrência dos eventos em ques-
tão. Para isso, é preciso organizar tabelas de frequências, gráficos e planilhas
de análise, de que possam ser retirados os valores necessários para o cálculo
das estatísticas amostrais.
Tabelas de Frequências
O primeiro passo de um pesquisador, que pretende descrever uma popula-
ção através de uma amostra, é descobrir a distribuição dos dados amostrais.
Pode-se descrever uma amostra através de tabelas de frequência ou de
gráficos.
37 35 36 37 34
38 39 37 36 35
37 36 38 33 34
36 37 37 35 36
Total 20
Estatística 33 UAB
Podemos logo avisar ao fabricante de sapatos que, na amostra que ele cole-
tou, não há nenhuma mulher que calce sapatos 32 ou 40, e que o tamanho
mais comum é o 37. O fabricante, então, nos pergunta qual a proporção de
cada número de sapatos que deveria fabricar, para que não tenha números
pouco procurados, encalhados em suas lojas.
37 6 0,3
38 2 0,1
39 1 0,05
40 0 0
Total 20 1
37 6 30
38 2 10
39 1 5
40 0 0
Total 20 100
Nosso amigo fabricante ficará feliz em saber que 30% das mulheres da
amostra calçam sapatos tamanho 37, que 25% calçam 36 e assim por dian-
te. Então, poderá ajustar a sua produção para atender a demanda do mer-
cado.
Estatística 35 UAB
Número do sapato Frequência Frequência Frequência
absoluta (f) relativa (%) cumulativa (F)
32 0 0 0
33 1 5 5
34 2 10 15
35 3 15 30
36 5 25 55
37 6 30 85
38 2 10 95
39 1 5 100
40 0 0 100
Vamos imaginar que um médico decidiu ver a frequência da altura dos sol-
dados de um batalhão do exército. Ele mediu um soldado a cada cinco que
Vemos que há dois soldados medindo 1,61m, dois com 1,72m, etc. Mas a
maioria das medidas ocorre uma só vez. Assim, se fôssemos criar uma tabela
de frequências como a que fizemos com o tamanhos dos sapatos, teríamos
um monte de medidas com a frequência absoluta de 1 e não chegaríamos
a qualquer conclusão. Desse modo, podemos criar intervalos de medidas
que cubram a variação das medidas e ainda assim nos dê uma ideia de qual
intervalo de altura é o mais frequente no batalhão. Devemos, em primeiro
lugar, verificar qual o valor mínimo e máximo, e assim, decidiremos quantas
classes de intervalos serão criadas.
Estatística 37 UAB
Altura (m) Frequência Frequência Frequência Frequência
absoluta relativa relativa (%) cumulativa (%)
1,60 – 1,649
5 0,17 17 17
1,65 – 1,699 6 0,2 20 37
1,70 – 1,749 6 0,2 20 57
1,75 – 1,799 5 0,17 17 74
1,80 – 1,849 5 0,17 17 91
1,85 – 1,899 2 0,06 6 97
1,90 – 1,949 1 0,03 3 100
Uma tabela deve ser apresentada com um título explicativo do seu conte-
údo e deve ser, devidamente, numerada dentro do trabalho. Também no
título, entram as notas que elucidam detalhes de abreviaturas ou métodos
utilizados.